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Elaine Barbaresco<br />
Visão pedagógica da maternidade<br />
(2)<br />
Ela já era sócia de uma franquia do Objetivo na<br />
Saúde, quando se casou, foi mãe pela primeira vez,<br />
da Grazielle, aos 19 anos. Foi a primeira mulher da<br />
família a se separar do marido, cinco anos depois<br />
de casada. Criou a filha sozinha, dentro da escola,<br />
sempre com muito apoio da própria mãe, sua sócia.<br />
Aprendeu muito com a mãe, aprendeu muito com<br />
as mães dos alunos de sua escola, aprendeu inclusive<br />
o que não deveria fazer nunca com os filhos,<br />
observando os erros de outras mães. Como dona<br />
de escola pode observar mães que mandavam os<br />
filhos sujos para a escola, mães que não colocavam<br />
limites, mães de todos os tipos.<br />
Com as filhas Grazielle e Ingrid.<br />
(3)<br />
Demorou 20 anos para se casar novamente, pois<br />
procurava alguém que respeitasse a sua filha. Se casou<br />
pela segunda vez com um homem que também<br />
vinha de um casamento desfeito, com uma filha de<br />
12 anos (Ingrid) e um filho de 6 (Ian) em sua guarda.<br />
O caçula decidiu morar com a mãe e se junta à<br />
família nos finais de semana, mas Ingrid ficou com<br />
o pai e adotou a madrasta (ou boadrasta) como<br />
mãe. “Eu acho que ser mãe é bem mais do que gerar,<br />
é dar atenção, dar colo, dar limites, dar direção,<br />
orientar, educar e eu não faço isso só com os meus<br />
filhos, eu faço isso até nas ações sociais que sempre<br />
realizo”, explica. “São tantos os que precisam de<br />
colo e atenção”, observa. Por outro lado ela também<br />
observou, em 30 anos de escola, que tem gente que<br />
não nasceu para ser mãe, que não gosta de ser mãe<br />
e não tem perfil para ser mãe. “Tem gente que não<br />
está nem ai para o filho, independente de classe<br />
social”, analisa. “Por isso que tem tanto bandido e<br />
gente mal educada por ai, estas pessoas não tiveram<br />
mães que os educassem”, alerta. “Hoje, em muitas<br />
famílias quem dita as regras é o filho e isso não pode<br />
acontecer”, aconselha.<br />
Elaine hoje também trabalha com produção de<br />
eventos. Sua filha está prestes a se casar e é uma<br />
fotógrafa bem sucedida e a filha do marido, sua<br />
“filha do coração”, é estudante de direito e trabalha<br />
no Uol há 2 anos. “O seu filho é o que você<br />
constrói”, afirma.<br />
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