potencial de poluição orgân - ppgerha - Universidade Federal do ...
potencial de poluição orgân - ppgerha - Universidade Federal do ...
potencial de poluição orgân - ppgerha - Universidade Federal do ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
107<br />
• As baixas velocida<strong>de</strong>s encontradas na área entre a entrada <strong>de</strong> lago e o verte<strong>do</strong>uro favorecem<br />
o acúmulo <strong>de</strong> sedimentos;<br />
• Apesar <strong>do</strong> pequeno tempo <strong>de</strong> residência médio <strong>do</strong> lago, a <strong>de</strong>gradação da qualida<strong>de</strong> da<br />
água provavelmente <strong>de</strong>ve-se à gran<strong>de</strong> área estagnada.<br />
Segun<strong>do</strong> Cioffi e Gallerano (2000), as áreas estagnadas <strong>do</strong> lago são as mais críticas <strong>do</strong><br />
ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> eutrofização e vulnerabilida<strong>de</strong> à anoxia, pois a baixa agitação turbulenta<br />
resulta em liberação <strong>de</strong> nutrientes <strong>do</strong>s sedimentos para a coluna d’água e o crescimento<br />
<strong>de</strong> fitoplâncton. As baixas velocida<strong>de</strong>s e conseqüentemente baixos níveis <strong>de</strong> mistura turbulenta,<br />
<strong>de</strong>terminam uma redução <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> oxigênio da atmosfera para a coluna d’água, e <strong>de</strong>sta para<br />
o sedimento.<br />
Mesmo não ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> calibra<strong>do</strong>, o mo<strong>de</strong>lo apresenta possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estar reproduzin<strong>do</strong><br />
o campo <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s. Especialmente a distribuição espacial <strong>do</strong> campo <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s<br />
(vetores) e a confirmação <strong>do</strong>s pontos <strong>de</strong> assoreamento em campo.<br />
5.2.2 Mo<strong>de</strong>lagem da Qualida<strong>de</strong> da Água<br />
A mo<strong>de</strong>lagem da qualida<strong>de</strong> da água baseou-se no diagrama conceitual <strong>de</strong> balanço <strong>de</strong><br />
massa <strong>de</strong> matéria orgânica apresenta<strong>do</strong> na Figura 3.4 (Capítulo 3). Preten<strong>de</strong>-se com a mo<strong>de</strong>lagem<br />
i<strong>de</strong>ntificar os oito parâmetros ou constantes <strong>de</strong> reação, que irão fornecer informações sobre<br />
a dinâmica da matéria orgânica no lago.<br />
Os valores das constantes <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo, emprega<strong>do</strong>s nas Equações 9 a 12, foram a vazão<br />
média anual Q = 2 m 3 s −1 = 172.800 m 3 dia −1 e o volume médio <strong>do</strong> lago V = 356.000 m 3 .<br />
Os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> monitoramento, provenientes <strong>de</strong> 6 campanhas <strong>de</strong> coleta, foram discretiza<strong>do</strong>s em<br />
intervalos <strong>de</strong> um dia. A condição inicial <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo correspon<strong>de</strong>u à Coleta 1, e os parâmetros<br />
foram estima<strong>do</strong>s consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as <strong>de</strong>mais coletas.<br />
As concentrações <strong>de</strong> entrada no balanço <strong>de</strong> massa foram aquelas obtidas na estação<br />
<strong>de</strong> monitoramento <strong>do</strong> rio (Figura 5.43). No lago, os valores <strong>de</strong> CID na coluna d’água foram<br />
subtraí<strong>do</strong>s pela troca atmosférica em mg L −1 dia −1 <strong>do</strong> dia da coleta. A troca atmosférica <strong>de</strong><br />
carbono inorgânico foi estimada segun<strong>do</strong> Reckhow e Chapra (1999), a partir da Lei <strong>de</strong> Henry<br />
e a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong>-se o coeficiente <strong>de</strong> reaeração médio calcula<strong>do</strong> pelas diversas formulações apresentadas<br />
em Cole e Wells (2002). Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> fluxo <strong>de</strong> gás carbônico indicam que o lago<br />
emite gás carbônico, com fluxo médio <strong>de</strong> 500 kg dia −1 , que correspon<strong>de</strong> a -2 mg L −1 dia −1<br />
consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se o volume médio. As concentrações <strong>de</strong> COT na coluna d’água no lago empregadas<br />
no mo<strong>de</strong>lo foram aquelas obtidas diretamente no monitoramento.