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eparacao45_<strong>Layout</strong> 1 23/02/2012 12:37 Page 1<br />

Ano IV | Edição 45 | Fevereiro 2012 | Distribuição Nacional | R$ 5,00 | WWW.REPARACAOAUTOMOTIVA.COM.BR


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Prána


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Fevereiro de 2012 - Edição 45 | EDITORIAL 7<br />

Diretor Executivo<br />

Bernardo Henrique Tupinambá<br />

Diretora Financeira<br />

Mariza de Oliveira Neto<br />

Diretor Comercial<br />

Edio Ferreira Nelson<br />

ANO IV - NÀ 45 - FEVEREIRO DE 2012<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

twitter.com/reparacao<br />

Editor executivo<br />

Bernardo Henrique Tupinambá<br />

Editor-chefe<br />

Silvio Rocha<br />

editor@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Editor<br />

Edison Ragassi<br />

ragassi@pranaeditora.com.br<br />

Redação<br />

Simone Kühl - redacao@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Departamento de Arte<br />

criacao@pranaeditora.com.br<br />

Supervisor de Arte<br />

Clayton Adjair<br />

Diagramador<br />

Adriano Siqueira<br />

Assistente de Arte<br />

Ricardo DG Moreira<br />

Fotografia<br />

José Nascimento e Saulo Mazzoni<br />

Departamento Comercial<br />

comercial@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Diretor Comercial<br />

Edio Ferreira Nelson - edio@pranaeditora.com.br<br />

Gerente Comercial<br />

Richard Fabro Faria - richard@pranaeditora.com.br<br />

Executivos de Contas<br />

Rosa Souza - rosa@pranaeditora.com.br<br />

Comercial<br />

Patrícia Girardi - patricia@pranaeditora.com.br<br />

Internet<br />

webmaster@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Supervisor de Desenvolvimento<br />

Aryel Tupinambá - aryel@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Assinaturas<br />

Jeane Zenobi da Silva<br />

Telefone: 11 5084-1090 - contato@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Financeiro<br />

Diretora Financeira<br />

Mariza de Oliveira Neto - mariza@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Assistente Financeiro<br />

Tatiane Nunes Garcia<br />

Impressão<br />

Prol Editora Gráfica<br />

Jornalista Responsável<br />

Silvio Rocha – MTB: 30375<br />

Colaboradores<br />

Arthur Henrique S. Tupinambá<br />

Carlos Napoletano Neto / Fauzi Timaco Jorge<br />

Ingo Hoffmann / Jeison Cocianji / Karin Fuchs<br />

Edson Roberto de ˘vila / César Garcia Samos<br />

O CTRA é para todos. Sejam bem-vindos!<br />

Écom grande satisfação que informamos o início das<br />

atividades no CTRA – Centro de Treinamento da<br />

Reposição <strong>Automotiva</strong>, conforme grade publicada<br />

nas páginas 4 e 5 deste jornal Reparação <strong>Automotiva</strong>.<br />

Com isso, os profissionais da reparação terão à disposição<br />

um local adequado para seu aprimoramento profissional,<br />

com instrutores capacitados e preço bastante acessível, atendendo<br />

a uma reivindicação da classe.<br />

Nesse primeiro momento os treinamentos serão oferecidos<br />

pela Prána Editora & Marketing Ltda. por meio do seu<br />

corpo de instrutores. Mas a ideia é ter também indústrias e<br />

distribuidores ministrando seus treinamentos no CTRA.<br />

Comunicamos que isso é só o começo de um projeto<br />

ainda mais abrangente, que tem como objetivo principal ser<br />

um centro de referência para o aprimoramento dos profissionais<br />

da reposição automotiva. Esperamos contar com sua<br />

ajuda para que isso aconteça.<br />

Em nossa reportagem de capa desta edição, apuramos<br />

que existem oficinas que ainda consideram a parte técnica<br />

como sua principal carência. No entanto, o interesse em treinamentos<br />

por Gestão vem crescendo em importância.<br />

Outro assunto deste mês é o Sistema de Injeção Eletrô-<br />

Artigos . . . . . . . . . . . . . . . . .8/18/31/36<br />

Lançamentos . . . . . . . . . . . . . . . . .18/36<br />

Dicas Técnicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19<br />

Mural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24<br />

Técnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26<br />

Especial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32<br />

nica. Reparadores devem estar atentos aos cuidados com cada<br />

item do conjunto, responsável entre outras funções por controlar<br />

a mistura ar/combustível.<br />

Em Comparativo, os novos sedãs médios: novo motor e<br />

câmbio para o Cruze; no New Civic o propulsor foi reconstruído<br />

e ainda recebeu um novo conversor de torque, isso<br />

exige conhecimento ao realizar reparos.<br />

Na seção Perfil, A1, o pequeno notável. Com motor 1.4<br />

turbo e transmissão automatizada de sete velocidades, é o primeiro<br />

compacto da Audi comercializado no país com soluções<br />

avançadas e muita praticidade para reparar.<br />

Ainda: a S10, da Chevrolet, que recebeu nova arquitetura,<br />

ganhou novo motor diesel, novas caixas de câmbio e o propulsor<br />

Flexpower evoluído; e a Peugeot, que lançou o sedã<br />

médio 308 igual ao vendido na Europa e com propulsor flex<br />

sem o tanquinho de partida a frio.<br />

Por fim, esperamos contar com a sua presença em nossos<br />

inúmeros treinamentos dos meses de março e abril, que serão<br />

temas de grande importância e necessidade para todo o mercado.<br />

Esperamos você aqui.<br />

Até mais!<br />

O Editor<br />

CRÉDITO DE FOTO DA CAPA<br />

Fotos:<br />

Estúdio Prána<br />

Reparação <strong>Automotiva</strong> é uma publicação mensal da Prána Editora &<br />

Marketing Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais<br />

automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para<br />

melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.<br />

Tiragem 22 mil exemplares<br />

Apoios e Parcerias<br />

Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva<br />

dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As<br />

matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.<br />

Atendimento ao Leitor<br />

Fone: 11 5084-1090<br />

contato@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Prána Editora & Marketing Ltda. - Jornal Reparação <strong>Automotiva</strong><br />

Rua Eng. Jorge Oliva, 111<br />

CEP 04362-060 - Vila Mascote - São Paulo - SP<br />

Prána Criação<br />

INSTITUTO<br />

VERIFICADOR<br />

DE CIRCULAÇ‹O


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8 ARTIGO<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

O ciclo<br />

de caixa<br />

| Fevereiro de 2012 - Edição 45 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Texto: Fauzi Timaco Jorge*<br />

Um dos mais angustiantes<br />

problemas enfrentados<br />

pelo pequeno e médio<br />

empresário é o financiamento do<br />

capital de giro do seu negócio e, por<br />

consequência, os custos financeiros<br />

daí decorrentes.<br />

Como minimizar tais custos e<br />

como obter financiamento do caixa<br />

sem botar a mão no próprio bolso?<br />

Existem dois conceitos na gestão<br />

de finanças do negócio que ajudam a<br />

entender como é possível ter custo<br />

zero e, se for assim, a dedução óbvia é<br />

que não existirá capital próprio ou de<br />

terceiros - com ônus - investido no<br />

giro do negócio. Se ainda não foi tentado<br />

por você, experimente visualizar<br />

essa possibilidade depois da apreensão<br />

desses conceitos.<br />

O primeiro deles diz respeito ao<br />

ciclo financeiro ou ciclo de caixa,<br />

como também é conhecido. É expresso<br />

em quantidade de dias.<br />

Advém de uma simples soma aritmética<br />

entre prazos médios, como<br />

nessa fórmula:<br />

CC = PMRV + PMRE (-) PMPC<br />

Não interrompa essa leitura antes<br />

de aprender tudo sobre o que essa<br />

fórmula nos indica! Primeiro, identifiquemos<br />

as siglas: CC significa<br />

ciclo de caixa; PMRV é prazo<br />

médio de recebimento de vendas,<br />

ou seja, quantos dias você demora<br />

para receber suas vendas, em<br />

média, tanto de peças como de serviços<br />

prestados; PMRE é prazo<br />

médio de renovação de estoques,<br />

ou seja, quanto tempo você mantém<br />

uma peça em seu estoque, além de<br />

materiais de consumo necessários aos<br />

serviços prestados e, por último,<br />

PMPC é o prazo médio de pagamento<br />

de compras, retratando qual<br />

é a quantidade de dias que você dispõe<br />

para efetuar os pagamentos de<br />

suas compras em geral.<br />

Coloque alguns números ali<br />

nessa fórmula, para identificar seus<br />

prazos médios e, consequentemente,<br />

seu ciclo de caixa. Que tal 30 dias para<br />

o PMRV? 60 dias para o PMRE? 45<br />

dias para o PMPC? Nesse caso, o seu<br />

ciclo de caixa é de 45 dias, resultado<br />

de 30+60-45. Isso indica que você<br />

precisará de capital de giro suficiente<br />

para suportar 45 dias da sua operação.<br />

Daqui você extrai o custo financeiro:<br />

se a taxa mensal for de 2%, você já terá<br />

que arcar com 3% (um mês e meio)<br />

para compensar os encargos financeiros<br />

que poderão existir no caso de financiamento<br />

do capital de giro via<br />

empréstimo bancário. Se for capital<br />

próprio colocado no giro do negócio,<br />

pense na metade desse valor, pelo<br />

menos, como retribuição pelo risco<br />

ao investir em seu negócio.<br />

Como diminuir esse custo financeiro?<br />

Não pense que é via redução<br />

da taxa de juros que lhe cobram. A<br />

briga é desproporcional. Empresas de<br />

pequeno e médio porte são tomadoras<br />

de recursos e estão no fim da fila daqueles<br />

que influenciam a taxa de juros<br />

praticada no mercado. Então, a saída<br />

se faz pela redução do ciclo de<br />

caixa. E isso só será possível se houver<br />

uma diminuição do PMRV e do<br />

PMRE e uma ampliação do PMPC.<br />

Em outras palavras: diminua ao máximo<br />

possível o seu prazo médio de<br />

recebimento de vendas e prazo de estocagem<br />

dos seus produtos e amplie<br />

até onde for possível o prazo médio<br />

de pagamento de suas compras. Sem<br />

hesitar! Com muita habilidade nessa<br />

negociação! Mesmo que lhe custe alguma<br />

compensação perante seus<br />

clientes e seus fornecedores. Use sua<br />

criatividade para isso, também!<br />

E qual é o tamanho desse capital<br />

de giro? Em termos técnicos, qual é a<br />

Necessidade de Capital de Giro<br />

(NCG) do seu negócio?<br />

Já que você chegou até aqui na<br />

leitura desse texto, vai aqui outra fórmula<br />

para responder a essa pergunta.<br />

Mas não se assuste e prossiga até o<br />

fim, ok?<br />

NCG = ACO (-) PCO<br />

Some todos os seus títulos a receber,<br />

duplicatas, promissórias, cheques<br />

pré-datados e outros recebíveis. Depois,<br />

some isso ao valor do seu estoque<br />

de peças e material de consumo.<br />

Com isso, você determinou o valor<br />

dos seus bens e direitos de curto prazo,<br />

ou seja, o seu Ativo Circulante Operacional<br />

(o ACO da fórmula). Agora,<br />

é a vez das suas obrigações de curto<br />

prazo, ou seja, o Passivo Circulante<br />

Operacional (PCO), onde figuram<br />

suas duplicatas a pagar, cheques prédatados<br />

que você emitiu, impostos a<br />

recolher, salários a pagar e outras obrigações<br />

decorrentes da operação.<br />

Pronto! Faça um exercício com seus<br />

dados reais e, se quiser, mande suas<br />

informações para mim, com um<br />

plano de ação sobre o que você pretende<br />

fazer para diminuir essa NCG<br />

e o CC. Trocaremos impressões a<br />

respeito, ok?<br />

*Economista, professor-tutor da<br />

FGV Online e professor da FGV +<br />

CEA-Centro de Estudos Automotivos,<br />

escreve regularmente nesta coluna e<br />

pode ser acessado pelo e-mail<br />

fauzi@balcaoautomotivo.com.br


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| Fevereiro de 2012 - Edição 45 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

10 CAPA<br />

Muito além da técnica<br />

Segundo apuramos, existem oficinas que ainda consideram a parte técnica como sua principal<br />

carência. Gestão, que deveria merecer atenção especial, fica em segundo plano, mas é essencial<br />

para o negócio seguir em frente<br />

Texto: Karin Fuchs<br />

coisa está linkada à outra.<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

JOSÉ PAL˘CIO,<br />

COORDENADOR DE SERVIÇOS DO IQA<br />

Não apenas o mercado<br />

automotivo passou<br />

por uma revolução e<br />

evolução tecnológica nas últimas<br />

décadas, como o próprio<br />

consumidor também mudou.<br />

Mais exigente, ele busca serviços<br />

de qualidade e aprendeu<br />

quais são os seus direitos,<br />

principalmente com o advento<br />

do Código de Defesa<br />

do Consumidor, há mais de<br />

vinte anos.<br />

Paralelamente a tantas<br />

mudanças, há oficinas que infelizmente<br />

não acompanharam<br />

os novos tempos. Muitas<br />

ainda trabalham com metodologias<br />

antigas que não condizem<br />

mais com a realidade,<br />

mantendo o seu negócio de<br />

portas abertas, sem saber ao<br />

menos como calcular pelos<br />

serviços cobrados. Engana-se<br />

quem pensa que o correto é<br />

vender serviços. As oficinas<br />

vendem horas trabalhadas.<br />

Nesta matéria de capa, o<br />

objetivo da equipe de reportagem<br />

do Reparação <strong>Automotiva</strong><br />

foi abordar os<br />

profissionais da reparação<br />

para levantar quais são as<br />

principais carências que eles<br />

têm em relação a cursos e<br />

treinamentos. A maioria, sem<br />

pensar duas vezes, afirmou<br />

pontualmente: “curso técnicos,<br />

devido à demanda de veículos<br />

novos”. Uma resposta<br />

condizente para quem vive o<br />

dia-a-dia nas oficinas mecânicas.<br />

Porém, tão importante<br />

quanto, é a gestão. E, como<br />

diz José Palácio, coordenador<br />

de Serviços do IQA, uma<br />

“Gestão tem tudo a ver<br />

com a parte técnica. Quando<br />

se fala em gestão podemos<br />

abranger a gestão de abastecimento,<br />

de estoque, abertura<br />

de ordem de serviços, cadastro<br />

de clientes (que é o mais<br />

importante), entre outros. É<br />

muito comum as oficinas não<br />

saberem exatamente quantos<br />

clientes têm, as fichas cadastrais<br />

dos veículos. Sem isso,<br />

elas não conseguem prospectar<br />

demandas e manutenção”,<br />

destaca.<br />

Antonio Fiola, presidente<br />

do Sindirepa-SP é conivente<br />

com Palácio. “O setor tem<br />

uma crença que a maior carência<br />

de treinamentos é<br />

sempre para os veículos mais<br />

novos, com mais tecnologia.<br />

No entanto, percebemos que<br />

treinamento gerencial é<br />

muito importante. Há uma<br />

grande carência nas oficinas<br />

em relação à sua produtividade,<br />

fluxo de caixa e saber<br />

realmente qual veículo a in-<br />

teressa”, informa.<br />

Ainda de acordo com<br />

Fiola, “o reparador preza<br />

muito pela parte técnica, que<br />

é o seu perfil, eles não abrem<br />

mão de estar sempre de<br />

acordo com os lançamentos.<br />

O que é correto. Mas a parte<br />

gerencial é fundamental. Inclusive,<br />

um dos trabalhamos<br />

que estamos desenvolvendo é<br />

a criação de um software de<br />

ambientação para cálculo de<br />

preço de serviços por hora<br />

trabalhada. O reparador precisa<br />

se conscientizar que o<br />

valor é por hora e não por<br />

serviço. Somente assim consegue<br />

estimar o seu preço e<br />

explicar para o seu cliente<br />

como foi feito o orçamento”.<br />

EVOLUÇÃO<br />

Em uma retrospectiva do<br />

setor, Salvador Parisi, vicepresidente<br />

do Sindirepa-SP,<br />

faz uma linha do tempo.<br />

“Tudo começou de uma maneira<br />

artesanal. Pelo gosto<br />

dos brasileiros por carros,


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www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Fevereiro de 2012 - Edição 45 | CAPA 11<br />

ANTONIO FIOLA,<br />

PRESIDENTE DO SINDIREPA-SP<br />

muitos abriram oficinas fazendo<br />

com que o negócio<br />

desse certo perante a tecnologia<br />

da época, o que exigia um<br />

mínimo de treinamento e<br />

ferramenta. Creio até que<br />

abrir uma oficina era mais<br />

pelo prazer, do que para ser<br />

um empresário”.<br />

Com o passar do tempo,<br />

veio a divisão entre a parte<br />

técnica e gerencial. “E uma<br />

complementa a outra. Assim,<br />

começaram a surgir movimentos<br />

para conscientizar as<br />

oficinas a terem um perfil de<br />

empresa e cuidarem da parte<br />

gerencial. Paralelamente, a<br />

tecnologia dos veículos<br />

mudou drasticamente, uma<br />

mudança de 180 graus, de<br />

forma que o reparador tem<br />

pela frente dois desafios:<br />

acompanhar a evolução tecnológica<br />

da manutenção e<br />

ter cabeça de empresário”,<br />

expõe Parisi.<br />

Um estágio que, segundo<br />

ele, algumas oficinas não<br />

atingiram. “Talvez por estarem<br />

afastadas dos grandes<br />

centros ou pelos proprietários<br />

já terem certa idade e não<br />

dependerem exclusivamente<br />

da oficina. E, neste caso,<br />

creio que a oficina não irá<br />

adiante. Já outras, que veem<br />

o setor como um investimento,<br />

o dono é automaticamente<br />

um gestor por ter essa<br />

postura de investidor, e há<br />

também várias oficinas com<br />

excelentes profissionais, mas<br />

que não têm um empresário<br />

no comando”, analisa.<br />

MAIS DO QUE<br />

CONSERTAR VEÍCULOS<br />

Na avaliação de Parisi, as<br />

oficinas vão muito além de<br />

consertar veículos, “consertar<br />

para atender às exigências legais<br />

em uma inspeção veicular<br />

é totalmente diferente de<br />

uma manutenção corretiva.<br />

Esse é o novo desafio da parte<br />

técnica que o reparador terá<br />

de vencer. Já é obrigação consertar,<br />

mas dentro desse<br />

parâmetro exige mais investimento<br />

em treinamento e<br />

equipamento. Esses movimentos<br />

acabam fazendo com<br />

que muitas empresas elevem<br />

o seu patamar e, outras, acabam<br />

mudando de atividade”.<br />

Parisi defende que até o<br />

conceito de oficina mecânica<br />

deveria mudar. “É um conceito<br />

sem muita relevância<br />

para o consumidor. Você não<br />

encontra oficina GM, mas<br />

sim concessionária GM, por<br />

exemplo. A titularidade das<br />

empresas do setor deveria ser<br />

revista, como, por exemplo,<br />

para centro de reparação, até<br />

para mostrar para o consumidor<br />

que a empresa de hoje<br />

nada tem a ver com a do passado.<br />

Mesmo porque os veículos<br />

de hoje com alta<br />

tecnologia requerem profissionais<br />

à altura. Há carros<br />

com valores elevadíssimos,<br />

como acima de R$ 200 mil, e<br />

é preciso ser uma empresa<br />

para trabalhar com eles. O<br />

setor tem de enxergar isso e<br />

buscar seu caminho”.<br />

OFERTA E PROCURA<br />

Os desafios são grandes<br />

para o setor e a única saída é<br />

a formação profissional, téc-<br />

nica e de gestão. E, para isso,<br />

diz Palácio, o mercado oferece<br />

as oportunidades. “O<br />

próprio Senai é uma referência<br />

em cursos profissionalizantes,<br />

técnicos de longa<br />

duração, o Sebrae oferece<br />

muitas opções em treinamentos<br />

de gestão. E aqui no IQA,<br />

nós temos cursos informativos<br />

que são desenvolvidos de<br />

acordo com as necessidades<br />

do cliente. Se não tivermos<br />

uma gama de cursos sobre<br />

determinados procedimentos<br />

de prontidão, desenvolvemos”,<br />

ressalta.<br />

Além disso, diz Palácio, as<br />

oficinas podem recorrer às<br />

fábricas pedindo treinamentos.<br />

“Não estamos falando de<br />

apresentação de produtos,<br />

mas sim um treinamento para<br />

trabalhar corretamente a<br />

parte técnica. Acho que vale<br />

muito a pena as oficinas<br />

fazerem essa solicitação<br />

às fábricas”.<br />

Na parte de gestão, informa<br />

ele, “creio que falta aos<br />

reparadores uma direção,<br />

onde eles devem buscar informações<br />

e o ponto de partida<br />

é o Sebrae. Somente com<br />

uma gestão bem feita é<br />

possível organizar a oficina”,<br />

defende.<br />

Salvados Parisi comenta<br />

que os desafios nas oficinas<br />

são diferentes de outras áreas.<br />

“Diferentemente de outras<br />

áreas, onde as pessoas têm<br />

tempo para estudar, têm a<br />

época do estágio, se formam<br />

e são profissionais do mercado,<br />

no nosso setor não tem<br />

esse trajeto e as ofertas de<br />

treinamento ainda não atendem<br />

às necessidades. Por<br />

outro lado, culturalmente,<br />

nós temos a falta de interesse<br />

do próprio reparador. Exemplo<br />

disso é que nós temos<br />

hoje no Sindirepa-SP um<br />

treinamento de uma grande<br />

empresa, que foi divulgado e<br />

é gratuito, que teve pouca<br />

adesão. No entanto, em qualquer<br />

evento ou palestra que<br />

participamos, o pleito dos reparadores<br />

é o mesmo: falta de<br />

treinamento”.<br />

Para Parisi, o profissional<br />

do setor ainda não entendeu<br />

que ele precisa investir em<br />

formação e treinamento. “Se<br />

o curso/treinamento começa<br />

às 19h, ele não consegue chegar.<br />

Se é aos finais de semana,<br />

ele alega que é o tempo que<br />

tem para ficar com a família.<br />

Não que isso não seja importante<br />

ou prioridade, mas ele<br />

tem que administrar o seu<br />

tempo para acompanhar a<br />

evolução. A única solução que<br />

vejo é o reparador acreditar e<br />

se envolver com a atividade”.<br />

Finalizando, o executivo<br />

do Sindirepa-SP comenta que<br />

ante essas dificuldades, muitas<br />

empresas têm oferecido<br />

alternativas com palestras, informações<br />

técnicas e catálogos.<br />

“Isso ameniza um pouco<br />

o trauma de não conseguir resolver<br />

problemas por falta de<br />

conhecimento. Porém, é perceptível<br />

a diferença do profissional<br />

que busca se<br />

aperfeiçoar, a evolução técnica<br />

que ele adquire e, consequentemente,<br />

monetária. Tem<br />

um provérbio que diz que<br />

quem trabalha muito não<br />

ganha dinheiro”.<br />

SALVADOR PARISI,<br />

VICE-PRESIDENTE DO SINDIREPA-SP


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12 CAPA PROFISSIONAL EXTINTO<br />

| Fevereiro de 2012 - Edição 45 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

AS DEMANDAS DE CADA UM<br />

Na região metropolitana de São Paulo e nas cidades vizinhas, cinco oficinas<br />

mecânicas participam desta matéria expondo as suas principais demandas.<br />

INFORMAÇÕES RESTRITAS<br />

No Centro Automotivo Atalaia,<br />

em Cotia (SP), além da demanda<br />

por treinamentos<br />

técnicos, principalmente na<br />

parte de injeção, a carência é<br />

por mão de obra qualificada.<br />

“Não existem mais mecânicos.<br />

É uma profissão em extinção.<br />

Daqui a pouco, começaremos a importar mão de obra”, diz<br />

Fábio Caldeira, gerente da oficina.<br />

Na parte técnica, diz ele, o que há de oferta de treinamento<br />

hoje é muito superficial. “Precisamos de cursos mais aprimorados.<br />

Os que as fábricas oferecem hoje são superficiais,<br />

muito mais em relação a produtos”. Para driblar as necessidades<br />

da oficina, informa Caldeira, periodicamente eles solicitam<br />

treinamentos às empresas e contam com um profissional<br />

que administra cursos e faz as atualizações no próprio<br />

centro automotivo.<br />

Na Hybrid Motors, em São<br />

Bernardo do Campo (SP), o sócio<br />

da oficina Eduardo Konio Inoue,<br />

pontua que há uma demanda<br />

muito grande por informações técnicas.<br />

“Não temos tabela de<br />

aperto, torque, e como cada caso é<br />

um caso, isso é muito complicado.<br />

Também não temos acesso à<br />

manual técnico das montadoras. Temos muita demanda, principalmente<br />

na parte de injeção e os cursos que são oferecidos<br />

geralmente acontecem a partir das 19 horas, não conseguimos<br />

chegar pela distância”, comenta.<br />

Uma das soluções encontradas, diz Inoue, é a troca de informações<br />

por meio do portal Procuro Oficina. “No portal um ajuda<br />

o outro, há muita troca de informação, além de indicações sobre<br />

cursos e treinamentos”. Sócia de Inoue, Alexandra de Abreu, que<br />

cuida da parte administrativa da oficina, diz que na sua área o<br />

cenário não é diferente. “Também temos uma carência de cursos<br />

e treinamento na área administrativa e financeira”, revela.<br />

À MODA ANTIGA<br />

ESCASSEZ DAS FÁBRICAS<br />

FALTA DE APOIO<br />

Proprietário da Motor Car,<br />

localizada no bairro do Morumbi,<br />

em São Paulo (SP), Mauro Jean<br />

afirma que muitos reparadores<br />

ainda são resistentes a treinamentos<br />

e preferem aprender na raça.<br />

“Há uma falta de interesse em se<br />

aperfeiçoar. Há muitos cursos e<br />

treinamentos que o mercado<br />

oferece, mas a alegação é que não<br />

coincidem com o horário disponível<br />

para participar”.<br />

O lado bom, informa Jean, é a tecnologia<br />

dos equipamentos que<br />

ajuda a detectar os problemas dos<br />

veículos. “Equipamentos como os<br />

scanners ajudam a identificar as<br />

falhas, o que facilita muito. E como<br />

nós trabalhamos com uma frota<br />

seminova é muito raro apresentar<br />

problemas mais complexos. Além<br />

disso, temos muitas pessoas qualificadas<br />

e eu escolho a dedo quem<br />

trabalha na oficina”, revela.<br />

Ainda de acordo com o empresário,<br />

a falta de qualificação não<br />

está só nas oficinas. “Para se ter<br />

uma ideia, já tive funcionários que<br />

vieram de concessionárias e sabiam<br />

menos do que os que já estavam<br />

aqui na oficina. Estou no mercado<br />

há 30 anos e você nem imagina o<br />

que já passou por aqui”, conclui.<br />

Apesar da<br />

pouca idade<br />

(33 anos), Fabiano<br />

do Nascimento<br />

Patrone,<br />

sócio da Santa<br />

Oficina, em São<br />

Caetano do Sul<br />

(SP), começou a<br />

trabalhar aos 12 anos de idade. Ele lembra<br />

que no passado a oferta de treinamentos das<br />

fábricas era grande. “Tenho muitos diplomas<br />

de cursos que participei. Mas, depois que<br />

descobriram a palavra marketing, esqueceram-se<br />

da tecnologia. Hoje, os treinamentos<br />

são mais para divulgação de produtos e promoções<br />

para vender peças”, lamenta.<br />

Para ele, as fábricas deveriam estar mais<br />

próximas das oficinas. Porém, com a entrada<br />

massiva dos chineses, talvez esse seja um<br />

dos motivos pelo distanciamento. “A<br />

globalização está arrebentando todo mundo.<br />

Se perguntarem aos mecânicos a diferença<br />

de uma peça chinesa com uma nacional, vão<br />

dizer que é somente preço. Ninguém se<br />

atém à qualidade. Tanto que se quebrar uma<br />

peça chinesa, na hora é reposta. Uma nacional<br />

devido à burocracia com a garantia,<br />

pode levar meses, prejudicando a oficina e o<br />

consumidor final. Muitos estão deixando de<br />

trabalhar com peças nacionais e aqui nós<br />

prezamos pela qualidade”.<br />

Paulo Rubio Jr., sócio<br />

da Paraopeba, em São<br />

Bernardo do Campo (SP),<br />

também avalia que faltam<br />

profissionais no<br />

mercado, mais treinamento<br />

e acesso às informações<br />

técnicas. “Não<br />

consigo formar profissional para o futuro. Os<br />

jovens de hoje não estão interessados em ser<br />

mecânicos, vejo isso também, de forma geral, na<br />

área de manutenção de diversos setores, como na<br />

construção civil. Para se ter uma ideia, tenho<br />

duas vagas em aberto que não consigo<br />

preencher”, comenta.<br />

Acesso à informação técnica também é um entrave,<br />

avalia Rubio. “Temos pouco acesso a manuais.<br />

Algumas montadoras, como Fiat e GM, abrem<br />

mais, mas não são todas. Nós temos de nos virarmos,<br />

buscar informações pela internet ou pelo<br />

banco de dados que estamos formando no portal.<br />

Se dependermos das montadoras, fechamos<br />

as portas”.<br />

Para o empresário, as montadoras deveriam se<br />

conscientizar que são as oficinas que detêm o<br />

maior volume de manutenção. “Além de serem elas<br />

que indicam marcas/modelos para seus clientes. E,<br />

com certeza, a oficina vai indicar as que quebram<br />

menos e têm mais facilidade de acesso às informações.<br />

Todos deveriam se juntar e promover uma<br />

revolução no mercado de reparação, de forma que<br />

haja apoio das montadoras”, defende. Segundo ele,<br />

o melhor carro é o que o cliente consegue consertar<br />

em qualquer lugar.


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eparacao45_<strong>Layout</strong> 1 23/02/2012 12:38 Page 14<br />

14 PERFIL AMORTECEDOR E FREIO DIANTEIROS<br />

| Fevereiro de 2012 - Edição 45 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

A1, o pequeno notável<br />

FOTOS: JOSÉ NASCIMENTO<br />

PARA RETIRAR AS MOLAS É<br />

NECESS˘RIO SOLTAR TODO O CON-<br />

JUNTO, TROCAR DISCOS E<br />

PASTILHAS N‹O EXIGE FERRAMEN-<br />

TAS ESPECIAIS, O CUIDADO A SER<br />

TOMADO É COM OS SENSORES<br />

DO ABS<br />

Com motor 1.4 turbo e transmissão automatizada de sete velocidades, o<br />

primeiro compacto da Audi comercializado no país traz soluções avançadas e<br />

muita praticidade para reparar<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

TRASEIRA<br />

Não se engane com as<br />

formas compactas<br />

do A1, pois nele está<br />

preservada a característica esportiva<br />

da marca Audi. Seu<br />

motor é o 1.4 TFSI, que entrega<br />

122 cavalos de potência<br />

máxima. Usa taxa de compressão<br />

de 10:1, sistema de<br />

injeção direta de combustível<br />

na câmara de combustão e<br />

turbocharger com intercooler.<br />

O turbo não é de geometria<br />

variável e não usa bomba auxiliar<br />

de vácuo. “A injeção direta<br />

na câmara de combustão<br />

acontece em alta pressão, é<br />

muito semelhante ao common<br />

rail dos motores diesel,<br />

por isso o reparador deve procurar<br />

atualizar-se sobre esta<br />

tecnologia, é necessário conhecimento<br />

técnico para realizar<br />

manutenção e reparos”,<br />

afirma César Samos, diretor<br />

do Sindirepa-SP e da Mecânica<br />

Gato, centro automotivo<br />

localizado na Mooca (SP).<br />

Para retirar o coletor de<br />

admissão, que não é variável,<br />

é preciso atenção. “Neste<br />

caso, é necessário utilizar uma<br />

chave bits perfil Torx, assim é<br />

possível soltar o coletor”, fala<br />

Ney, diretor da oficina Opcar,<br />

do bairro Moinho Velho (SP).<br />

Os dois reparadores concordam<br />

que itens como, velas,<br />

filtros (ar, óleo, combustível)<br />

e correias são de fácil acesso e<br />

não exigem ferramentas especiais<br />

para substituí-los.<br />

Paulinho, outro diretor da<br />

Opcar, é especialista na parte<br />

elétrica dos veículos, ele elogia<br />

a disposição de alguns<br />

componentes. “O alternador e<br />

o motor de partida deste carro<br />

são fáceis de acessar, porém a<br />

bateria e os faróis de neblina<br />

são mais difíceis, mas para realizar<br />

reparos em um veículo<br />

como este é preciso ter os<br />

MOTOR<br />

SEGUE O DESIGN ADOTADO NOS<br />

NOVOS VE¸CULOS DA AUDI, AS<br />

LANTERNAS INVADEM A TAMPA DO<br />

PORTA-MALAS, AS QUATRO ARGOLAS<br />

APARECEM AO CENTRO<br />

O 1.4 TFSI CHEGA A 122 CV DE POT¯NCIA, SUA TAXA DE COMPRESS‹O É DE 10:1. O<br />

SISTEMA DE INJEÇ‹O DE COMBUST¸VEL É SEMELHANTE AO DIESEL COMMON<br />

RAIL, A MISTURA AR/ COMBUST¸VEL É FEITA NO COLETOR


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www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Fevereiro de 2012 - Edição 45 | PERFIL 15<br />

DIFERENTE DE OUTROS MODE-<br />

LOS DA MARCA QUE UTILIZAM O<br />

ELEMENTO FILTRANTE DE COM-<br />

BUST¸VEL NA BOMBA, O DO A1<br />

EST˘ LOCALIZADO NA PARTE<br />

DEBAIXO DO CARRO PRŁXIMO<br />

AO TANQUE<br />

PAINEL<br />

VELOC¸METRO E CONTA-GIROS NO TRADICIONAL FORMATO REDONDO, AO CEN-<br />

TRO O DISPLAY MOSTRA AS INFORMAǛES DO COMPUTADOR DE BORDO, NA<br />

TELA ACIMA O USU˘RIO TEM AS CONFIGURAÇ›ES DO CARRO<br />

FILTRO DE ŁLEO<br />

UMA CARACTER¸STICA DOS MOTORES<br />

TFSI É A FACILIDADE PARA TROCAR O<br />

FILTRO DE ŁLEO, POIS ELE EST˘<br />

POSICIONADO NA PARTE SUPERIOR<br />

DO MOTOR<br />

FILTRO DE COMBUST¸VEL<br />

equipamentos específicos de<br />

leitura e diagnóstico”, explica.<br />

Acoplado ao motor do A1,<br />

uma caixa de câmbio automatizada<br />

de dupla embreagem e<br />

7 velocidades, com opção de<br />

trocas manuais sequenciais<br />

ou nas borboletas ao lado<br />

do volante.<br />

A suspensão dianteira é do<br />

tipo McPherson de construção<br />

triangular, o que para<br />

César e Ney não oferece dificuldades<br />

na hora de realizar<br />

reparos ou trocas de molas e<br />

amortecedores. Já na traseira,<br />

a fabricante optou por mudar<br />

o sistema que normalmente é<br />

usado nos seus carros. Ele usa<br />

eixo de torção, no lugar da<br />

suspensão independente. As<br />

molas são separadas dos<br />

amortecedores, o que também<br />

é um facilitador quando<br />

for necessário substituir<br />

os itens.<br />

Os freios são a disco, ventilados<br />

na dianteira e sólidos<br />

na traseira, ao realizar substituições,<br />

a dica é ter atenção<br />

com os sensores do ABS, e a<br />

direção é do tipo eletrohidráulica.<br />

O A1 é um carro projetado<br />

para os grandes centros urbanos,<br />

onde cada vez mais os<br />

espaços são reduzidos.<br />

Tem comprimento de<br />

3.954 mm, largura de 1.740<br />

mm, distância entre-eixos de<br />

2.469 mm e altura de 1.416<br />

mm. E a capacidade volumétrica<br />

do porta-malas é de 270<br />

litros, mas pode ser ampliada<br />

ao rebater os bancos.<br />

E o trem de força ficou<br />

muito bem ajustado. É preciso<br />

cuidado ao pressionar o<br />

pé direito, pois o arranque é<br />

forte. Exige mais cuidado<br />

ainda ao rodar na cidade de<br />

São Paulo, pois os limites<br />

foram reduzidos e o A1 ganha<br />

velocidade de maneira<br />

muita rápida.<br />

E na rodovia ele mostra do<br />

que é capaz. Os 122 cv de potência<br />

dão total segurança<br />

para ultrapassagens e retomadas.<br />

O câmbio de 7 velocidades<br />

é extremamente preciso e<br />

muito bem ajustado, não há<br />

trancos nas trocas.<br />

Vencedor do Prêmio<br />

Abiauto (Associação Brasileira<br />

da Imprensa <strong>Automotiva</strong>)<br />

2011 na categoria de<br />

carro importado, o A1 ainda<br />

tem preço sugerido para<br />

venda de R$ 89.900. Este<br />

valor será alterado por causa<br />

das novas regras de cobrança<br />

do IPI.<br />

TURBO COMPRESSOR<br />

PARA APROVEITAR AS VANTAGENS<br />

DA INJEÇ‹O DIRETA, EMITIR MENOS<br />

POLUENTES E DAR MAIS POT¯NCIA<br />

AO PEQUENO MOTOR, ELE USA<br />

TURBOCHARGER COM INTER-<br />

COOLER, O TURBO N‹O É DE<br />

GEOMETRIA VARI˘VEL<br />

BATERIA<br />

PŁLO POSITIVO<br />

LOCALIZADA NA PARTE TRASEIRA,<br />

EMBAIXO DA RODA SOBRESSALENTE,<br />

NO CASO DE FALHA DA BATERIA<br />

EXISTE O PŁLO POSITIVO PRŁXIMO<br />

AO MOTOR PARA LIGAR AO SISTEMA<br />

DE RECARGA<br />

C˜MBIO<br />

O AUDI A1 EST˘ EQUIPADO COM C˜M-<br />

BIO AUTOMATIZADO DE DUPLA EM-<br />

BREAGEM E 7 MARCHAS, OFERECE<br />

TROCAS PRECISAS E SEM TRANCOS


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16 PERFIL FICHA TÉCNICA<br />

| Fevereiro de 2012 - Edição 45 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

ESPAÇO INTERNO<br />

SUSPENS‹O TRASEIRA<br />

Audi A1<br />

Motor<br />

dianteiro, transversal, injeção direta,<br />

turbointercooler,<br />

Cilindrada: 1.390 cm3<br />

Taxa de compressão: 10:1<br />

Potência: 122 cv<br />

Torque: 20,39 kgfm<br />

Transmissão<br />

Tração: Dianteira<br />

Câmbio: Automatizado de<br />

dupla embreagem e 7 marchas<br />

Suspensões<br />

Dianteira: McPherson<br />

construção triangular<br />

Traseira: eixo de torção<br />

Freios<br />

Dianteiros: Disco ventilado<br />

Traseiros: Disco sólido<br />

Direção: eletro-hidráulica<br />

Pneus: 215/40 R17<br />

Dimensões<br />

Comprimento: 3.954 mm<br />

Largura: 1.740 mm<br />

Altura: 1.416 mm<br />

Entre-eixos: 2.469 mm<br />

Capacidades<br />

Porta-malas: 270 litros<br />

Tanque: 45 litros<br />

POR TRATAR-SE DE UM COMPACTO, A<br />

PARTE TRASEIRA EST˘ DIMENSIONADA<br />

PARA RECEBER APENAS DOIS<br />

PASSAGEIROS NO BANCO DE TR˘S<br />

NO A1 A AUDI N‹O UTILIZA SISTEMA<br />

INDEPENDENTE NA PARTE TRASEIRA,<br />

ELE USA BARRA DE TORÇ‹O, AS<br />

MOLAS E AMORTECEDORES EST‹O<br />

COLOCADOS SEPARADOS<br />

CÉSAR SAMOS, DIRETOR DA<br />

MEC˜NICA DO GATO E<br />

DO SINDIREPA- SP<br />

PAULINHO E NEY, DA MEC˜NICA OPCAR<br />

CUSTOS DE PEÇAS E SERVIÇOS<br />

SERVIÇO<br />

AMORTECEDORES DIANTEIROS: R$ 637, 35- CADA R$ 270,00<br />

AMORTECEDORES TRASEIROS: PREÇO NÃO DISPONÍVEL R$ 162,00<br />

DISCOS DE FREIOS DIANTEIROS: R$ 533,20- CADA R$ 162,00<br />

JOGO DE PASTILHAS DIANTEIRAS: R$ 623,02 -CADA R$ 162,00<br />

DISCOS DE FREIOS TRASEIROS: R$ 289,87- CADA R$ 162,00<br />

JOGO DE PASTILHAS TRASEIRAS: R$ 392,35 R$ 162,00<br />

ÓLEO/ LITRO: R$ 65,00 CADA R$ 90,00<br />

FILTRO DE ÓLEO: R$ 72,97 -<br />

FILTRO DE AR: R$139,65 -<br />

FILTRO DE COMBUSTÍVEL: PREÇO NÃO DISPONÍVEL R$ 54,00<br />

FILTRO ANTI-PÓLEN: R$ 157,88 R$ 54,00<br />

VELAS: R$ 113,23- CADA R$ 126,00<br />

Colaboraram:<br />

Audi Brasil Distribuidora de Veículos Ltda., Concessionária Caraigá<br />

Audi - Morumbi, Mecânica do Gato e Mecânica Opcar


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18 ARTIGO Gestão faz<br />

toda a diferença<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Texto: Antônio Carlos Bento*<br />

Os novos tempos exigem<br />

muito mais do<br />

que conhecimento de<br />

mecânica, o que, aliás,<br />

mudou muito nas últimas décadas<br />

e trouxe novos desafios<br />

para o setor de reparação de<br />

veículos. A tecnologia avançou<br />

com a aplicação de novos<br />

sistemas, a eletrônica está<br />

cada vez mais presente nos<br />

veículos e exige conhecimento<br />

técnico e investimento<br />

em equipamentos. Mas, não<br />

é só na parte dos serviços que<br />

o reparador deve concentrar<br />

os seus esforços. A área administrativa<br />

é outro setor que<br />

demanda muita dedicação. O<br />

reparador deve se preocupar<br />

em se aperfeiçoar e fazer cursos<br />

em administração e gestão.<br />

O Programa Carro 100%/<br />

Caminhão 100% / Moto<br />

100%, que realizou um curso<br />

a distância em quatro módulos,<br />

abordou algumas questões<br />

com relação às finanças<br />

da oficina.<br />

Como fica difícil dar conta<br />

de todos os departamentos,<br />

muitos reparadores contam<br />

com membros da família, esposa<br />

e filhos, para cuidar da<br />

parte administrativa, o que é<br />

muito bom desde que a pessoa<br />

encarregada conheça as<br />

funções e saiba conduzir os<br />

trabalhos, nem que seja necessário<br />

prepará-la para isso.<br />

Hoje, com a nota fiscal<br />

eletrônica, legislação ambiental<br />

e outras exigências de órgãos<br />

públicos, é fundamental<br />

contar com profissionais experientes.<br />

Outra questão de extrema<br />

importância é o controle dos<br />

gastos e separar as contas pessoais<br />

das despesas da empresa.<br />

O reparador precisa<br />

computar todos os custos<br />

para avaliar o seu lucro real.<br />

A rentabilidade da empresa<br />

precisa ser levada muito<br />

a sério. Não dá para fugir das<br />

contas e cálculos. Tudo deve<br />

ser contabilizado e colocado<br />

na ponta do lápis. É um exercício<br />

permanente que permite<br />

conhecer todas as<br />

despesas e também ajuda a<br />

cortar gastos desnecessários e<br />

desperdícios.<br />

Portanto, cuide das finanças<br />

de seu negócio e delegue<br />

a função a alguém preparado<br />

para fazer um bom trabalho.<br />

*Coordenador do GMA –<br />

Grupo de Manutenção <strong>Automotiva</strong><br />

– Programa Carro 100% -<br />

www.carro100.com.br<br />

Tudo novo na S10<br />

A picape média Chevrolet recebeu nova arquitetura,<br />

além do visual, ganhou novo motor diesel, novas<br />

caixas de câmbio e o propulsor Flexpower evoluiu<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

Dia 14 de fevereiro, a Chevrolet<br />

mostrou em Campinas<br />

(SP) a nova S10. A<br />

picape média lidera as vendas do segmento<br />

há 16 anos. Fabricada na unidade<br />

de São José dos Campos (SP),<br />

já está em produção na Tailândia e em<br />

breve em outras fábricas da GM no<br />

mundo, o projeto foi desenvolvido<br />

no Brasil.<br />

Para este modelo, a GM desenvolveu<br />

um novo motor 2.8 Turbodiesel<br />

CTDI, que tem bloco de ferro<br />

fundido, já o cárter e cabeçote são feitos<br />

em alumínio. O turbo é de geometria<br />

continuamente variável, sua<br />

diferença dos de geometria fixa são as<br />

pás que se movimentam continuamente.<br />

O cabeçote usa duplo comando<br />

de válvulas tubular feitos em<br />

aço inox, balanceiros roletados de<br />

baixo atrito. Na injeção de combustível,<br />

o sistema é o common rail, com<br />

velas aquecedoras, ajuste hidráulico<br />

das válvulas e corpo de borboleta de<br />

nova geração. Sua potência é de<br />

180 cv a 3.800 rpm e o torque de<br />

47,9 kgfm a 2.000 rpm.<br />

Já o motor 2.4 FlexPower passou<br />

por alterações, ele evoluiu. Recebeu<br />

um novo cárter, de alumínio estrutural,<br />

ganhou um novo corpo de<br />

borboleta e sistema de admissão, com<br />

filtro, ressonador de ar e sensor de<br />

massa de ar.<br />

Foi adotado o System Zero, sistema<br />

de gerenciamento do motor, o<br />

qual conta com um número maior<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

de sensores (sensor de massa de ar,<br />

de rotação e de temperatura). Comparado<br />

ao motor anterior, que entregava<br />

21,9 kgfm de torque, o novo<br />

chega a 24,1 kgfm, com 90% deste<br />

valor atingido a 2.800 rpm. E potência<br />

continua a mesma 147 cv (E)/<br />

141 cv (G) a 5.200 rpm.<br />

O sistema de escape da S10 2.4<br />

FlexPower também foi modificado,<br />

usa novos catalisadores e dutos de<br />

escape, os quais melhoram o fluxo<br />

dos gases.<br />

Para os propulsores flex e diesel,<br />

a GM preparou novas caixas de câmbio<br />

manuais de cinco marchas,<br />

FSO2505 e a FSO2105 e a automática<br />

de seis velocidades.<br />

As vendas da nova S10 começam<br />

em março, na opção com motor 2.4<br />

Flexpower versão LS cabine simples<br />

tração 4X2 seu preço é de R$ 58.868,<br />

a LT custa R$ 61.890. Com o<br />

mesmo motor e tração a cabine<br />

dupla sai por R$ 66.350 (LS)/<br />

R$ 72.490 (LT)/ R$ 84.400 (LTZ).<br />

Com propulsor diesel, a cabine<br />

simples 4X4 custa R$ 85.400 (LS). A<br />

mesma motorização na cabine dupla<br />

sai por: R$ 98.900 (LT/ 4X2/ manual)/<br />

R$ 103.900 (LT/ 4X2/ automática)/<br />

R$ 109.500 (LT/ 4X4/<br />

manual)/ R$ 113.400 (LT/ 4X4/ automática)/<br />

R$ 117.400 (LTZ/ 4X2/<br />

automática) e R$ 135.250 (LTZ/<br />

4X4/ automática).<br />

A expectativa é de comercializar<br />

em média 4.000 unidades/ mês da<br />

nova S10.<br />

LANÇAMENTO | Fevereiro de 2012 - Edição 45


eparacao45_<strong>Layout</strong> 1 23/02/2012 12:38 Page 19<br />

Ano IV - NÀ45 - Fevereiro 2012<br />

A importância da manutenção<br />

preventiva de bombas e carburadores<br />

Serviços rápidos e de baixo custo são capazes de ampliar o movimento da oficina e<br />

aumentar a satisfação dos clientes, além de colaborarem com o trânsito e o meio ambiente<br />

Afalta de manutenção preventiva, um dos grandes problemas da frota nacional,<br />

gera péssimas notícias todos os dias. É muito comum vermos veículos<br />

quebrados atrapalhando o trânsito, a poluição do ar em níveis alarmantes,<br />

acidentes causados por falhas mecânicas ou motoristas estressados “lutando” com<br />

o carro para chegar ao seu destino.<br />

O pior é que na maioria das vezes são problemas simples que poderiam ser evitados<br />

com uma reparação rápida e barata. Com décadas de experiência na produção<br />

de carburadores, bombas de água, óleo e combustível, a equipe técnica da Urba e<br />

Brosol reuniu algumas dicas sobre como verificar os principais sistemas do motor e<br />

garantir a tranquilidade dos clientes.<br />

SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO<br />

A manutenção do sistema de alimentação de combustível pode começar com<br />

uma inspeção detalhada do sistema, verificando sua integridade e possíveis vazamentos.<br />

Caso o filtro esteja<br />

próximo do período de<br />

troca (em média, a cada<br />

10.000 km), é recomendado<br />

substituí-lo. Se o veículo for<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

MANUTENÇ‹O PREVENTIVA<br />

DE CARBURADOR<br />

antigo ou houver sinais de sujeira<br />

nos componentes, é<br />

interessante limpar o tanque.<br />

O próximo passo é testar a<br />

pressão e vazão da bomba,<br />

checar os injetores ou, se o<br />

modelo tiver carburador, realizar<br />

a sua manutenção e regulagem.<br />

A Brosol disponibiliza em seu site<br />

a tabela de calibragem e giclagem, além de produzir todas as peças originais para a<br />

reparação. As informações podem ser obtidas em www.brosol.com.br ou pelo tele-<br />

Cada vez melhor<br />

COLABOROU: URBA-BROSOL<br />

fone 0800-880-2154.<br />

A seguir, é importante revisar<br />

a parte elétrica, atentando<br />

para o estado da bobina, distribuidor<br />

(se houver), cabos e<br />

velas. E, para finalizar, conferir<br />

as emissões de poluentes.<br />

SISTEMA DE<br />

ARREFECIMENTO<br />

O sistema de arrefecimento<br />

deve passar primeiro por uma<br />

inspeção visual, onde deve ser<br />

conferido o estado do radiador,<br />

MANUTENÇ‹O PREVENTIVA<br />

DE BOMBA DE ˘GUA<br />

tampa, reservatório de expansão, mangueiras, abraçadeiras e correias. A válvula<br />

termostática e os sensores de temperatura precisam ser retirados, checados e, se<br />

necessário, trocados.<br />

Também é preciso conferir se a bomba de água não tem vazamentos ou ruídos<br />

no rolamento, além de avaliar o estado da polia, correia e tensionador do<br />

sistema de transmissão. Mas todo esse trabalho será perdido se o líquido de<br />

arrefecimento estiver com impurezas ou sem o aditivo na proporção recomendada<br />

pela montadora.<br />

SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO<br />

O sistema de lubrificação não costuma apresentar problemas durante a vida<br />

do motor. Mas, para isso, o proprietário do veículo deve realizar as trocas do<br />

óleo e filtro sempre nos intervalos indicados e evitar os combustíveis<br />

adulterados, o que nem sempre acontece. Então, na hora da revisão preventiva,<br />

é interessante realizar uma verificação completa, respeitando a classificação e<br />

viscosidade de cada lubrificante.<br />

Nesta edição do seu encarte Dicas Técnicas, Urba-Brosol alerta sobre a importância da manutenção preventiva de bombas e carburadores.<br />

A Tuper dá dicas para escolher o catalisador adequado ao modelo do carro. Já o GMA alerta para os benefícios da manutenção preventiva.<br />

Por fim, a Affinia ensina como diagnosticar falhas na junta homocinética deslizante. Boa leitura e até mais!<br />

O Editor


eparacao45_<strong>Layout</strong> 1 23/02/2012 12:38 Page 20<br />

NÀ45 - Fevereiro 2012<br />

Dicas para escolher o catalisador<br />

adequado ao modelo do carro<br />

Ocatalisador é um item do sistema de exaustão obrigatório<br />

a partir de 1992, e tem a função de transformar os gases<br />

nocivos através de uma reação química em gases inertes<br />

e água, sendo essencial para garantir o bom funcionamento do<br />

veículo e a preservação do meio ambiente.<br />

A primeira troca deve ser feita quando o veículo ultrapassa<br />

dos 80.000 km, sendo que a peça de reposição tem durabilidade<br />

de 40.000 km e precisa ser de qualidade atestada pelo Inmetro e<br />

seguir as especificações técnicas das montadoras, bem como é<br />

necessário avaliar o modelo adequado para cada tipo de veículo.<br />

“Cada modelo de veículo necessita de um catalisador específico<br />

com volume próprio de conversão. Um conversor catalítico<br />

inadequado irá comprometer o processo de conversão de gases<br />

ofensivos em gases inofensivos e água”, explica o engenheiro especialista<br />

no setor automotivo, Henry Grosskopf*.<br />

É importante ressaltar também que a durabilidade da peça<br />

depende das condições de uso do automóvel. No caso do<br />

catalisador, o engenheiro explica que gasolina adulterada pode<br />

derreter a manta cerâmica localizada no interior da peça, assim<br />

como batidas em lombadas podem soltar essa parte, comprometendo<br />

a eficiência do processo de conversão de gases e implicando<br />

em troca prematura.<br />

Além de ser um componente que age na redução de emissão<br />

de poluentes do veículo, o catalisador também atenua o ruído.<br />

Segundo o engenheiro, existem catalisadores de reposição para<br />

cada modelo de veículo, levando sempre em consideração a motorização<br />

do automóvel, inclusive para os chamados universais que<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

podem ser instalados em várias marcas de veículos. “Além disso,<br />

também é importante seguir as recomendações do fabricante do<br />

veículo, contidas no manual do proprietário”, acrescenta.<br />

Outro ponto importante que Grosskopf destaca é que não<br />

basta apenas colocar um catalisador novo para ser aprovado na<br />

inspeção ambiental, pois podem existir problemas de regulagem,<br />

desgaste e falta de manutenção do motor. “Por isso, é fundamental<br />

fazer uma revisão completa em uma oficina de confiança antes<br />

de efetuar a substituição da peça”, orienta.<br />

O consumidor deve exigir catalisador com o selo do Inmetro,<br />

obrigatório desde abril de 2011. A lista dos fabricantes homologados<br />

está disponível para consulta no site do Inmetro<br />

www.inmetro.gov.br.<br />

*Gerente de engenharia de produtos da Tuper Escapamentos<br />

e Catalisadores<br />

COLABOROU: TUPER


eparacao45_<strong>Layout</strong> 1 23/02/2012 12:38 Page 21<br />

Superaquecimento, falha mecânica e<br />

pane elétrica podem ser evitados<br />

O GMA – Grupo de Manutenção <strong>Automotiva</strong>,<br />

responsável pelo Programa Carro<br />

100% / Caminhão 100%, que visa incentivar<br />

o motorista sobre a importância da<br />

manutenção preventiva de veículo, recomenda<br />

que motorista faça a revisão em<br />

uma oficina de confiança para preservação<br />

de seu bem.<br />

Com as altas temperaturas do<br />

verão, por exemplo, uma das partes do<br />

motor que merece atenção é o sistema<br />

de arrefecimento.<br />

É importante checar o líquido do reservatório,<br />

as mangueiras, válvula termostática,<br />

ventoinha, interruptor térmico,<br />

bomba d’água e sensor de temperatura. Em<br />

caso de desgaste ou identificação de<br />

problema, é necessário fazer a substituição<br />

das peças, de acordo com as especificações<br />

do fabricante do veículo.<br />

Também é importante verificar os<br />

seguintes itens:<br />

Sistema de freio: É recomendado trocar<br />

o fluido de freio uma vez por ano<br />

porque essa substância passa por uma<br />

reação química absorvendo a umidade do<br />

ar, e o motorista não percebe que o<br />

líquido está misturado com água e por<br />

isso não tem a mesma eficácia, comprometendo<br />

o funcionamento do sistema de<br />

freios. As pastilhas de freio precisam ser<br />

trocadas conforme a quilometragem estipulada<br />

no manual, do contrário, o disco<br />

pode ser danificado.<br />

NÀ45 - Fevereiro 2012<br />

GMA alerta para os benefícios da<br />

manutenção preventiva<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Pneus: Verificar a calibragem dos<br />

pneus e fazer a regulagem, conforme recomendação<br />

do manual do proprietário do<br />

veículo. Os pneus e o estepe devem estar<br />

em boas condições de uso. O rodízio de<br />

pneus, uma medida de economia importante,<br />

deve ser feito a cada 10.000 km rodados,<br />

garantindo vida útil maior. Ao fazer<br />

o rodízio é importante balancear e alinhar<br />

as rodas para evitar o desgaste prematuro<br />

dos pneus que também pode aumentar o<br />

consumo de combustível. Além disso, o<br />

alinhamento e o balanceamento das rodas<br />

garantem a dirigibilidade e segurança do<br />

automóvel. Quando essa manutenção é<br />

feita, toda a parte de suspensão do veículo<br />

também é inspecionada, podendo ser diagnosticado,<br />

em tempo, problemas na suspensão<br />

e amortecedores.<br />

Sinalização: Verificar o funcionamento<br />

das luzes das lâmpadas das lanternas dianteiras,<br />

traseiras, de freio e ré, fazendo a<br />

substituição das que estiverem queimadas.<br />

Faróis: Quando estão desregulados dificultam<br />

a visibilidade do motorista que<br />

trafega à noite e também ofuscam a visão<br />

de que vem na direção contrária e aos que<br />

trafegam bem na frente, podendo roubar a<br />

COLABOROU: GMA<br />

visão numa fração de segundos, o suficiente<br />

para causar acidentes. É possível fazer um<br />

teste visual para averiguar se os faróis estão<br />

regulados, basta acendê-los e estacionar o<br />

carro em frente a uma parede à uma distância<br />

de três metros. Assim, o próprio motorista<br />

verifica se eles estão alinhados para<br />

o lado direito ou se um está mais baixo do<br />

que o outro ou ainda se estão mais direcionados<br />

para o lado esquerdo.<br />

Nivelar os feixes de luz é uma tarefa<br />

simples que pode ser feita em alguns<br />

minutos por um profissional habilitado. A<br />

checagem pode ser feita de forma manual<br />

ou por meio de alinhadores (reguloscópios).<br />

Recomenda-se fazê-la a cada seis meses ou<br />

se houver alguma ocorrência que desregule<br />

os faróis, como uma batida na parte frontal<br />

do carro. Até mesmo o excesso de peso na<br />

traseira ou na dianteira do veículo pode afetar<br />

a direção do facho de luz dos faróis.<br />

Com o tempo, as lâmpadas também<br />

perdem a potência e ficam mais fracas,<br />

prejudicando a visibilidade. A troca deve<br />

ser feita, sempre aos pares, a cada 50 mil<br />

km garantindo, assim, que os faróis<br />

direito e esquerdo estejam iluminando de<br />

forma uniforme.<br />

Cintos de segurança: A vida útil do<br />

cinto de segurança depende das<br />

condições em que o carro é exposto, e<br />

também do uso correto do item. O motorista<br />

deve observar periodicamente<br />

se há sinais de desgastes no cadarço e<br />

verificar se o fecho não está travando<br />

adequadamente. Ele tem que fechar e<br />

abrir corretamente. Todos os ocupantes<br />

do veículo devem estar usando<br />

o equipamento.<br />

Palhetas do limpador de parabrisa:<br />

Para mantê-las em bom funcionamento,<br />

a troca deve ser feita uma vez por ano.<br />

Deixar de fazer a substituição, além de<br />

colocar em risco a segurança do motorista<br />

e passageiros, pode causar danos maiores<br />

ao carro. O mais comum é que, com o<br />

passar do tempo, a borracha das palhetas<br />

fique ressecada, e dependendo de seu estado,<br />

pode riscar o parabrisa. Por isso, se<br />

as palhetas deixam riscos nos vidros a<br />

serem acionadas, significa que já passou<br />

da hora de trocá-las. A borracha deformada,<br />

ao invés de retirar a sujeira, deixa<br />

uma névoa no vidro e se estiver rasgada<br />

inviabiliza a limpeza, prejudicando totalmente<br />

a visibilidade do motorista.<br />

Verificar o nível de água do reservatório<br />

do limpador de parabrisa que<br />

deve ser abastecido com uma solução de<br />

água com aditivo apropriado para<br />

limpeza que ajuda na diminuição do<br />

atrito entre a borracha e o vidro,<br />

melhora a qualidade da limpeza e não<br />

corrói a borracha.<br />

Extintor de incêndio: Checar a validade<br />

do extintor de incêndio, e se estiver<br />

vencida, faça a substituição.<br />

Macaco: Deve estar em perfeitas<br />

condições de uso.<br />

Triângulo de segurança – Deve estar<br />

em perfeitas condições de uso.<br />

A manutenção preventiva do veículo<br />

contribui para a segurança no trânsito,<br />

gera economia de combustível e reduz a<br />

emissão de poluentes.<br />

Para obter mais informações sobre<br />

o assunto, acesse o site do Carro 100%<br />

www.carro100.com.br.


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NÀ45 - Fevereiro 2012<br />

Como diagnosticar falhas na<br />

junta homocinética deslizante<br />

JUNTA HOMOCINÉTICA DESLIZANTE<br />

Chamamos de junta deslizante aquela que fica no lado do câmbio,<br />

por causa da sua aparência ela também é chamada de "bolachão"<br />

pelo mercado de reposição. As características<br />

construtivas dessas juntas permitem que o semi-eixo homocinético<br />

sofra variações no seu comprimento (daí o nome<br />

deslizante) para poder acompanhar e compensar os movimentos<br />

da suspensão do veículo.<br />

Como saber se a junta trabalhou na posição correta<br />

Quando a quebra da junta ocorre por interferência nos seus<br />

ângulos operacionais as cargas de trabalho deixam marcas nos<br />

anéis interno e externo, conforme pode ser observado nos<br />

desenhos abaixo. Essas marcas facilitam a interpretação da causa<br />

da falha.<br />

Principais causas de problemas em Juntas Homocinéticas<br />

Deslizantes<br />

- Coifa cortada, deteriorada ou ainda: abraçadeiras fixadas de<br />

forma incorreta permitindo a entrada de impurezas que<br />

contaminam a graxa e causam desgaste prematuro da junta;<br />

- Deformação, empenamento ou desalinhamento do semieixo,<br />

normalmente provocado por impacto ou acidente;<br />

- Alteração na geometria da suspensão; o rebaixamento por<br />

exemplo altera os ângulos de camber que passam a interferir nos<br />

ângulos operacionais da junta homocinética;<br />

- Coxins de motor e/ou câmbio danificados,<br />

- Aplicação incorreta do componente.<br />

CONTATO CENTRALIZADO POSIÇ‹O<br />

DESCENTRALIZADA<br />

POSIÇ‹O DE TRABALHO CORRETA.<br />

POSIÇ‹O DE TRABALHO INCORRETA,<br />

A JUNTA IR˘ QUEBRAR<br />

O que fazer quando a quebra é frequente<br />

A quebra frequente da junta deslizante pode indicar outros<br />

problemas no veículo como por exemplo:<br />

- Danos estruturais no monobloco;<br />

- Agregado ou sub-chassis desalinhado,<br />

- Pontos de ancoragem da suspensão comprometidos.<br />

Nessas condições é preciso identificar corretamente a causa e<br />

fazer as correções necesssárias antes de instalar uma nova junta,<br />

caso contrário elas continuarão quebrando ou escapando do<br />

seu alojamento.<br />

Regra Básica<br />

Não deixe de fazer uma inspeção detalhada nos demais componentes<br />

da suspensão e nos coxins de motor e câmbio antes de<br />

substituir as juntas homocinéticas.<br />

Após a conclusão do reparo, confira a geometria da suspensão<br />

e direção (alinhamento) em equipamento apropriado.<br />

Para saber mais sobre nossas marcas, acesse:<br />

www.affinia.com.br.<br />

COLABOROU: AFFINIA<br />

www.pranaeditora.com.br<br />

Prána Editora & Marketing Ltda.<br />

Jornal Reparação <strong>Automotiva</strong><br />

Rua Eng. Jorge Oliva, 111<br />

CEP 04362-060 - Vila Mascote<br />

São Paulo - SP<br />

Jornalista Responsável<br />

Silvio Rocha – MTB: 30375<br />

Departamento Comercial<br />

comercial@reparacaoautomotiva.com.br


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FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

APTTA BRASIL ministra primeiro curso<br />

dos automatizados do Brasil para<br />

reparadores independentes<br />

A Associação de Profissionais Técnicos em<br />

Transmissão Automática (APTTA Brasil)<br />

realizou em 27, 28 e 29 de Janeiro de<br />

2012 o primeiro curso de câmbios<br />

automatizados do Brasil para reparadores<br />

independentes, incluindo as linhas<br />

Dualogic, da FIAT e Easytronic, da<br />

Chevrolet. O programa do curso inclui descrição de funcionamento<br />

do sistema automatizado, que é diferente para as duas linhas<br />

iniciais que foram abrangidas. Com mais este curso em sua grade<br />

de treinamentos, a APTTA Brasil espera poder ajudar aos técnicos<br />

reparadores independentes de todo o Brasil. Para mais informações,<br />

acesse ao site: www.apttabrasil.com.<br />

Nakata lança campanha de comunicação<br />

direcionada ao consumidor e especialistas em<br />

reparação de veículos<br />

A Affinia <strong>Automotiva</strong>, fabricante de autopeças<br />

nos segmentos de suspensão, transmissão,<br />

freios e motor para o mercado de reposição,<br />

lança campanha para a marca Nakata em<br />

veículo de massa para atingir o consumidor. Pela<br />

segunda vez faz investimentos em uma ampla<br />

ação em rádio voltada para o consumidor com o<br />

objetivo de criar maior identificação dos produtos, amortecedores<br />

e suspensão, junto ao dono do carro. A campanha será<br />

realizada na Rádio Bandeirantes, AM e FM, ao longo de todo o<br />

ano, totalizando 7 mil inserções durante a programação de jornalismo<br />

na parte da manhã e em todos os programas esportivos<br />

da emissora.<br />

Meritor Aftermarket abre novo centro de<br />

operações, agilizando em 50% o processo<br />

de distribuição de peças<br />

Em fevereiro, a Meritor Aftermarket começa a<br />

operar a partir de seu novo centro de distribuição<br />

e operações na cidade de Barueri,<br />

em São Paulo. A planta, que possui cinco mil<br />

metros quadrados, permite que os negócios<br />

da unidade de reposição da Meritor na<br />

América do Sul sejam realizados de uma<br />

maneira mais eficiente, além de possibilitar também ações ambientais.<br />

O prédio foi adquirido pronto e o processo de mudança demorou em<br />

torno de oito meses para ser concluído, recebendo um investimento de<br />

R$ 1,7 milhão em infraestrutura. A nova planta possibilita ainda que a<br />

empresa mantenha uma área específica para o recebimento e despacho<br />

de mercadoria, aumentando assim a eficiência operacional.<br />

MTE-Thomson complementa sua linha moto<br />

Complementando sua mais nova linha de produtos, a<br />

MTE-Thomson lança agora para o mercado de<br />

reposição o sensor de temperatura do motor para<br />

modelos Yamaha. Este sensor é responsável pela<br />

identificação da temperatura interna do motor, enviando<br />

a informação ao módulo de injeção, que por<br />

sua vez controla a mistura ar/combustível para que<br />

ela seja feita de forma ideal, contribuindo para uma<br />

melhor combustão e consequente desempenho do<br />

motor. O número MTE para a peça é o 4146. Para<br />

mais informações e orientações sobre aplicação, basta<br />

ligar para o SIM – 0800 704 7277 ou através do<br />

sim@mte-thomson.com.br.<br />

Delphi divulga datas de treinamentos<br />

para reparadores<br />

A Delphi Soluções em Produtos e Serviços, divisão de Aftermarket, irá<br />

realizar neste primeiro semestre de 2012 cinco treinamentos de ciclo<br />

Otto para reparadores e aplicadores em sua oficina especializada, localizada<br />

na unidade de Piracicaba (SP), onde também estão localizados<br />

o Centro Tecnológico de Engenharia e o Centro de Distribuição da<br />

companhia. Além dos treinamentos realizados em Piracicaba, a empresa<br />

também organiza treinamentos regionais, que são divulgados de<br />

acordo com a definição das datas em cada localidade. Os interessados<br />

em fazer inscrições ou obter informações adicionais devem entrar em<br />

contato através do Delphi Atende, pelo telefone 0800 0118135.<br />

Aspersul lança promoção<br />

A empresa Aspersul apresenta para os consumidores<br />

a promoção do Movimentador Hidráulico, válida até<br />

20/03. O produto é ideal para movimentação de<br />

veículos em oficinas, garagens e estacionamentos sem<br />

ligar o automóvel. Ele pode elevar o veículo a 50mm<br />

do solo, com trava de segurança, além de otimizar o espaço dentro<br />

dos locais de trabalho. Sua capacidade é de 680Kg por peça. Para mais<br />

informações, consulte ao site da empresa (www.aspersul.com.br).<br />

Molas Master amplia sua linha<br />

A Molas Master inicia 2012 com ampliação de sua linha de produtos<br />

para autos nacionais e importados. São mais de 20 lançamentos e<br />

entre eles estão os modelos Citroën C3 e C4; Novo Uno; New Fiesta;<br />

Agile; Vectra GT; Peugeot 307; Renault Logan; Sandero; Kangoo;<br />

Chevrolet Cruze; Jeep Cherokee; Kia Soul; entre outros<br />

modelos. Os itens são muito solicitados por autopeças e auto centers<br />

da Capital e de todo o Brasil. A Molas Master pode ser encontrada<br />

nas melhores lojas de autopeças de São Paulo.


eparacao45_<strong>Layout</strong> 1 23/02/2012 12:39 Page 25<br />

Juntalima anuncia venda de produtos da linha pesada<br />

A Juntalima, empresa especializada no ramo de juntas automotivas, que tem os princípios baseados em aperfeiçoar seus processos, estimulando<br />

o comprometimento individual dos funcionários; procurar por novas tecnologias; e ser eficaz no cumprimento das necessidades<br />

dos seus clientes; anuncia a venda de juntas de sua linha pesada com financiamento através do Cartão BNDES. Para conhecer os produtos,<br />

basta baixar o catálogo eletrônico no site da empresa (www.juntalima.com.br).<br />

Novo Catálogo Eletrônico TECFIL<br />

A TECFIL lançou em janeiro seu novo catálogo<br />

Eletrônico. Agora com um visual moderno e<br />

com muito mais praticidade na hora de consultar<br />

as aplicações dos Filtros automotivos e conversões.<br />

Para instalar, basta acessar o site da<br />

TECFIL www.tecfil.com.br e clicar em Catálogo<br />

Online. Na página do Catálogo Online, o cliente<br />

terá a opção de "baixar" o catálogo eletrônico. Para qualquer dúvida<br />

com a instalação, o consumidor pode consultar a área técnica pelo<br />

telefone 0800 11 6964.<br />

Monroe Club oferece novas vantagens para<br />

associados em 2012<br />

O Monroe Club, programa de fidelização de revendedores das marcas<br />

Monroe e Monroe Axios, fabricante de borrachas e componentes<br />

para suspensão, vai ampliar as vantagens para os seus mais de 700<br />

associados, em 2012. A empresa lançou um novo pacote de benefícios<br />

como premiações, publicidade e promoções, além de treinamentos<br />

que oferecem aos profissionais uma visão completa sobre a<br />

troca de amortecedores e itens de suspensão. Revendedores associados<br />

ao Monroe Club vão ganhar neste ano um pacote de vantagens<br />

focado na geração de novos negócios. Além disso, o<br />

revendedor poderá ter sua marca inserida no site conveniado SOS<br />

Motors (www.sosmotors.com.br).<br />

Bosch realiza convenção de vendas<br />

em novo conteúdo<br />

Entre os dias 22 e 27 de janeiro a Bosch realizou<br />

a Convenção Diagnostics 2012, em<br />

Campinas (SP), para 80 representantes e<br />

consultores técnicos comerciais da empresa<br />

que atuam no mercado de vendas de<br />

equipamentos de testes para oficinas<br />

mecânicas. O evento é realizado desde<br />

2002 e tem como objetivos o alinhamento estratégico dos temas,<br />

treinamento técnico comercial e formação de um time de<br />

excelência. Neste ano, a convenção apresentou uma nova programação<br />

com informações sobre os lançamentos, o que permitiu<br />

uma maior integração entre os representantes e os profissionais<br />

da Bosch.<br />

Conarem estuda programa para compra de peças<br />

O Conselho Nacional de Retíficas de Motores<br />

(Conarem) irá criar uma central associativa para<br />

negociar em bloco a compra de peças para motores<br />

com o objetivo de ampliar a competitividade<br />

e garantir melhores resultados financeiros para as<br />

empresas associadas à entidade. “Temos um<br />

grupo de trabalho focado em desenvolver um programa<br />

comercial para reduzir os custos dos insumos. E a iniciativa de efetuar<br />

a compra coletiva de peças poderá trazer bons resultados para o<br />

setor retificador e, principalmente, para o consumidor, pois ao reduzir os<br />

custos da produção, o motor terá um menor preço de venda”, afirma José<br />

Arnaldo Laguna, presidente do Conarem.<br />

Mahle promove cursos gratuitos<br />

para reparadores<br />

Com o objetivo de preparar e reciclar mecânicos com experiência,<br />

a empresa MAHLE Metal Leve promoverá cursos gratuitos<br />

para as empresas de reparação associadas ao SINDIREPA-SP,<br />

com programação de fevereiro a novembro. Com duração de<br />

16 horas, em dois dias, os treinamentos serão realizados no<br />

Centro de Treinamento da Mahle, na cidade de São Bernardo<br />

do Campo/SP (Av. 31 de Março, 2.000 – Jd. Borborema) e tem<br />

como objetivo promover conhecimento em motores do Ciclo<br />

Otto (Básico e Avançado) e Ciclo Diesel (Básico e Avançado).<br />

Os interessados deverão fazer sua inscrição com Karina ou<br />

Andréia pelo telefone (11) 5594-1010 ou e-mail:<br />

karina@sindirepa-sp.org.br / andreia@sindirepa-sp.org.br.<br />

Grupo Schaeffler é premiado pela<br />

Honda Automóveis<br />

O Grupo Schaeffler, através da LuK, uma de suas marcas, recebeu<br />

da Honda Automóveis do Brasil, durante o 14º Encontro de Fornecedores<br />

da montadora, no dia 24 de janeiro, em Campinas-SP, o<br />

Prêmio Destaque Empresarial – Desempenho Comercial e o certificado<br />

de Performance em Qualidade e Logística, devido ao atendimento<br />

às metas definidas pela montadora japonesa para 2011. No<br />

evento, a Honda Automóveis apresentou os resultados obtidos em<br />

2011, bem como os planos para 2012 e projetos futuros. Na ocasião,<br />

esteve presente a diretoria da montadora para a realização da entrega<br />

dos prêmios aos fornecedores que foram destaque durante o<br />

último ano.<br />

Jedal apresenta novas soluções ao mercado<br />

Jedal, por meio de sua divisão Jedox (linha de aço inox),<br />

apresenta ao mercado soluções com requinte. Entre elas<br />

destaque para os coletores de cigarro que oferecem uma<br />

solução tecnológica antipoluente, evitando que bitucas de cigarros<br />

fiquem no chão, desta maneira o produto incentiva o uso<br />

consciente, bem como o descarte, direcionando para uma adequada<br />

reciclagem. A empresa também divulgou suas lixeiras<br />

seletivas, o Polidox (produto que lustra sapatos), o Grill Multi<br />

Uso, o porta guarda-chuva, e o Cachepot, de aço inox polido<br />

para enfeitar os estabelecimentos.<br />

TRW inicia a produção de EPS no Brasil<br />

A TRW, uma das líderes globais em sistemas integrados<br />

de segurança automotiva, anuncia o início<br />

da produção de sistemas de direção eletricamente<br />

assistida (Electric Power Steering) – EPS<br />

na planta de Limeira, no oeste do estado de São<br />

Paulo. A TRW tem investido em alta tecnologia, em equipamentos<br />

e espaço de fabricação para atender cada vez melhor os clientes<br />

na América do Sul. A tecnologia pode oferecer uma economia de<br />

combustível de 0,3 a 0,4 L/100km, com uma correspondente redução<br />

de emissão de dióxido de carbono de aproximadamente<br />

7-8 g/km.


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26 TÉCNICA<br />

| Fevereiro de 2012 - Edição 45 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Texto: Carlos<br />

Napoletano Neto*<br />

Diferencial com acoplamento<br />

Haldex – veículos Audi / Mercedes / BMW /<br />

Porsche / VW (veículos alemães) com tração<br />

integral 4X4<br />

Nesta nova série de matérias técnicas, iremos estudar o<br />

equipamento para veículos 4X4 de passeio e mistos, que<br />

atende sob demanda às necessidades de tração nas quatro<br />

rodas em pisos escorregadios, tais como neve na Europa e Estados<br />

Unidos e lama e areia em outros países mais quentes, como o<br />

Brasil, por exemplo.<br />

CARACTERÍSTICAS DO ACOPLAMENTO HALDEX:<br />

• Tração permanente nas quatro rodas através de uma embreagem<br />

multi-discos controlada eletronicamente.<br />

• Características de um veículo com tração dianteira.<br />

• Respostas rápidas.<br />

• Ausência de esforço da embreagem quando estacionando<br />

ou manobrando o veículo.<br />

• Compatível com tamanho de pneus diferentes<br />

(exemplo: utilizando o estepe).<br />

• Sem restrições quando o veículo for rebocado com as rodas<br />

traseiras no chão.<br />

• Totalmente compatível com outros sistemas do veículo tais<br />

como o sistema de freio (ABS), Travamento eletrônico do<br />

diferencial (EDL), sistema anti-patinação<br />

(ASR), sistema eletrônico de distribuição de frenagem<br />

(EBD) e programa ativo de estabilização (ESP).<br />

O acoplamento Haldex é montado no diferencial do eixo traseiro e<br />

acionado pelo eixo cardan.<br />

O desenvolvimento do acoplamento Haldex é um gigantesco<br />

passo à frente na moderna tecnologia de tração 4X4. O acoplamento<br />

Haldex é controlável, baseado nos sinais de entrada que o<br />

módulo de comando recebe dos diversos componentes do veículo.<br />

A patinação não é mais o fator decisivo na distribuição das forças<br />

de tração; o estado dinâmico do automóvel também é um<br />

fator. O módulo de comando Haldex monitora os sensores de velocidade<br />

das rodas no sistema ABS e o sinal de posição do pedal<br />

do acelerador proveniente do módulo de injeção (através da rede<br />

CAN). Estes dados fornecem ao módulo de comando Haldex<br />

toda a informação que ele necessita, tipo velocidade do veículo,<br />

curvas, reduções ou tração normal, e responde de maneira otimizada<br />

para qualquer situação de dirigibilidade.<br />

O torque do motor é transmitido ao eixo cardan através da<br />

transmissão (manual ou automática), o eixo do diferencial<br />

dianteiro e eixo de saída dianteiro.<br />

O eixo cardan é conectado ao eixo de entrada do acoplamento<br />

Haldex, que por sua vez é separado do eixo de saída ao<br />

diferencial traseiro.<br />

O torque somente pode ser transmitido ao diferencial do<br />

eixo traseiro quando a embreagem multi-discos do acoplamento<br />

Haldex está aplicada.


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TÉCNICA<br />

27<br />

SISTEMA HALDEX<br />

O sistema é composto de:<br />

• Eixo de entrada.<br />

• Discos de embreagem internos e externos.<br />

• Placa de acionamento.<br />

• Rolamento de roletes e pistão anelar.<br />

• Eixo de saída.<br />

O óleo e filtro do sistema Haldex deve ser trocado a cada 30.000 km para uma<br />

manutenção correta do sistema.<br />

O SISTEMA ELETRÔNICO É COMPOSTO DE:<br />

• Bomba elétrica.<br />

• Motor posicionador da válvula reguladora.<br />

• Sensor de temperatura.<br />

• Módulo de controle eletrônico.<br />

• Válvulas de pressão.<br />

• Acumulador.<br />

• Filtro de óleo.<br />

• Pistão anelar.<br />

• Válvula reguladora.<br />

O SISTEMA HIDRÁULICO É COMPOSTO DE:<br />

Na próxima edição do jornal, começaremos estudando o<br />

funcionamento da embreagem multi-discos, seus componentes<br />

e método de operação. Tenham todos um ótimo mês de<br />

trabalho e até lá!<br />

*Especialista em transmissões automáticas.<br />

atendimento@apttabrasil.com ou (11) 2376-0686.<br />

www.apttabrasil.com.br


eparacao45_<strong>Layout</strong> 1 23/02/2012 12:39 Page 28<br />

28 COMPARATIVO<br />

| Fevereiro de 2012 - Edição 45 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

FOTOS: ESTÐDIO PR˘NA<br />

Os novos sedãs médios<br />

Novo motor e câmbio para o Cruze, no New Civic o propulsor foi reconstruído e ainda recebeu<br />

um novo conversor de torque, isso exige conhecimento ao realizar reparos<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

Produzido em São Caetano<br />

do Sul, o Chevrolet Cruze<br />

chegou ao mercado nacional<br />

em setembro do ano passado e<br />

substituiu o Vectra.<br />

Neste competitivo segmento, o<br />

dos sedãs médios, a Honda Automóveis<br />

também apresentou uma<br />

novidade, o New Civic de 9ª geração,<br />

o qual é fabricado em Sumaré<br />

(SP) e começou a ser comercializado<br />

em janeiro deste ano.<br />

O carro da Chevrolet usa o<br />

novo motor 1.8 litro Ecotec6. No<br />

cabeçote, duplo comando de válvulas<br />

continuamente variável (Dual<br />

CVVT). Com taxa de compressão<br />

de 10,5:1, entrega potência de 140<br />

cv (G) / 144 cv (E) a 6.300 rpm. E o<br />

torque máximo é de 17,8 kgfm (G)/<br />

18,9 kgfm (E) a 3.800 rpm.<br />

Este propulsor traz ainda bielas<br />

forjadas, ao invés de fundidas, cabeçote<br />

e cárter de alumínio e o bloco<br />

MOTOR<br />

CRUZE E CIVIC USAM MOTOR 1.8L 16 V˘LVULAS FLEX. O DA CHEVROLET ENTREGA 144<br />

CV DE POT¯NCIA ABASTECIDO COM ETANOL, J˘ O HONDA CHEGA A 140 CV USANDO O<br />

MESMO COMBUST¸VEL<br />

em ferro. As galerias internas para<br />

refrigeração foram desenhadas para<br />

que a temperatura no cabeçote seja<br />

menor e permita um maior avanço<br />

de ignição.<br />

Outra diferença está na bomba<br />

d’água, ela é montada no bloco e<br />

movimentada pela correia secundária<br />

(ou de acessórios), o que facilita<br />

na hora de realizar manutenção, já<br />

que o acesso ao componente ficou<br />

mais fácil.<br />

Para Edson Roberto de Ávila,<br />

conhecido no setor como Mingau,<br />

diretor técnico responsável do Departamento<br />

Técnico de Manutenção<br />

Preventiva e Corretiva de Autos<br />

Mingau, localizado em Suzano<br />

(SP), o propulsor tem construção<br />

avançada. “Para trocar a correia sincronizada<br />

deste motor, é preciso<br />

ficar muito atento, pois cada um dos<br />

comandos de válvulas tem sua variação,<br />

assim, não é só fazer a marcação<br />

para substituí-la”, afirma.<br />

Roberto Ghelardini Montiboeller,<br />

do Centro Automotivo High<br />

Tech, localizado na Lapa (SP),<br />

concorda com Mingau e ainda<br />

ressalta que é necessário usar<br />

ferramenta especial para substituir<br />

a correia dentada. Ele aprovou o<br />

posicionamento da bomba d’água.<br />

“O Cruze tem um bom espaço<br />

para trabalhar na área do motor,<br />

esta solução adotada para a bomba<br />

d’água ajuda o reparador na hora<br />

da substituição”, avalia.<br />

No New Civic 2012, o propulsor<br />

i-VTEC 1.8L SOHC Flex recebeu<br />

modificações. Feito em<br />

alumínio, ele foi reconstruído, teve<br />

a tecnologia de controle de sincronização<br />

e abertura variável das válvulas<br />

aprimorada. Mudaram os<br />

dutos de admissão para melhorar a<br />

combustão, também recebeu um<br />

novo motor de partida, mais leve,<br />

menor e mais potente (de 1,2 KW<br />

para 1,4 KW). Essas alterações não<br />

influíram na potência e torque, elas<br />

continuam as mesmas da geração<br />

anterior, ou seja, 140 cv (E)/ 139 cv<br />

(G) a 6.500 rpm e torque de 17,7<br />

kgfm (E) a 5.000 rpm / 17,5 kgfm<br />

(G) a 4.600 rpm, usa taxa de compressão<br />

de 11,7:1. O motor Honda<br />

usa corrente no lugar da correia sincronizada,<br />

para a partida a frio, foi<br />

preservado o sistema que utiliza<br />

quatro bicos na injeção de gasolina.<br />

Itens como filtros, correias e<br />

velas são de fácil acesso nos dois<br />

carros, porém, alguns cuidados<br />

devem ser tomados. O Cruze utiliza<br />

um corpo de bobina para as<br />

velas, já no New Civic as bobinas<br />

são separadas. “Quando o motor<br />

tem as velas aprofundadas, o ideal<br />

antes de retirar é limpar o local com<br />

ar comprimido. Isso evita que alguma<br />

impureza entre no motor,<br />

ajuda também ao colocar a vela usar<br />

a ferramenta que lembra uma mangueira,<br />

pois ao apertar se ela entrou<br />

torta não vai rosquear, gira em falso,<br />

sem danificar a rosca”, comenta<br />

Edson Roberto de Ávila.<br />

Os reparadores notaram que são<br />

vários os conectores espalhados nos<br />

propulsores dos dois carros, assim é<br />

preciso cuidado para desconectar,<br />

sem danificar os itens.<br />

Cruze e Civic usam sistema de<br />

direção elétrica, no carro da Honda<br />

o motor da direção está colocado<br />

próximo ao assoalho, enquanto que<br />

no da Chevrolet ele fica próximo ao<br />

motor. “No Civic é preciso ficar<br />

atento, se for levantar com um macaco<br />

é preciso cuidado, olhar bem<br />

para não danificar a peças, já nos<br />

dois carros ao realizar o reparo, deixar<br />

desligado, pois se ativar o sis-


eparacao45_<strong>Layout</strong> 1 23/02/2012 12:39 Page 29<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Fevereiro de 2011 - Edição 45 | COMPARATIVO 29<br />

FOTOS: ESTÐDIO PR˘NA<br />

FILTRO DO ŁLEO<br />

NO CRUZE A CHEVROLET ADOTOU O FIL-<br />

TRO ECOLŁGICO (FOTO ACIMA), PARA RE-<br />

TIRAR E COLOCAR É NECESS˘RIO O USO<br />

DO TORQU¸METRO, O CIVIC UTILIZA ELE-<br />

MENTO FILTRANTE TRADICIONAL<br />

C˜MBIO AUTOM˘TICO<br />

NA FOTO ACIMA O DRENO DA CAIXA DE<br />

C˜MBIO DO CRUZE E ABAIXO O FILTRO<br />

EXTERNO USADO NO C˜MBIO DO CIVIC<br />

CORREIA SINCRONIZADORA<br />

O MOTOR DO CARRO DA CHEVROLET TEM<br />

DUPLO COMENDO DE V˘LVULAS<br />

VARI˘VEL E USA CORREIA DENTADA,<br />

PARA SUBSTITU¸-LA É NECESS˘RIO<br />

FERRAMENTA ESPEC¸FICA<br />

tema será necessário reprogramálo”,<br />

alerta Mingau.<br />

No Cruze, a Chevrolet usa um<br />

novo câmbio automático de seis velocidades,<br />

com opção de trocas manuais<br />

sequenciais. “Este câmbio não<br />

tem necessidade de verificar o nível<br />

do óleo, a fabricante recomenda a<br />

troca a cada 80.000 km, o sistema de<br />

arrefecimento é compartilhado<br />

com o motor, a chave multifunção<br />

está colocada no console e não tem<br />

filtro. Usa soluções já conhecidas e<br />

seu conceito é de um câmbio robusto<br />

e de alta durabilidade”, explica<br />

Maurício Carreiro, diretor da Global<br />

Treinamentos e especialista em<br />

câmbio automático, pois trabalha<br />

com este tipo de equipamento há<br />

32 anos.<br />

Nesta nova geração de um dos<br />

carros mais vendidos no mundo, a<br />

Honda também evoluiu seu câmbio<br />

automático de cinco marchas.<br />

O conversor de torque teve sua capacidade<br />

aumentada e a redução de<br />

atrito do pacote de embreagem.<br />

Além disso, a 4ª e 5ª marchas passaram<br />

a ter características Overdrive,<br />

a rotação para as rodas é superior à<br />

do motor.<br />

Segundo Maurício, ao comparar<br />

ao utilizado no Civic da geração<br />

anterior não ocorreram mudanças<br />

externas. “O posicionamento está<br />

igual ao anterior, ele tem um elemento<br />

filtrante ATF externo, o<br />

qual precisa ser substituído quando<br />

trocar o fluido, para acessar este<br />

elemento é preciso retirar a caixa<br />

do filtro do ar, já o filtro interno só<br />

deve ser trocado quando for necessário<br />

consertar o câmbio”, explica<br />

o especialista.<br />

A suspensão dianteira do<br />

Cruze é do tipo McPherson, as<br />

molas têm um formato especial e<br />

buchas hidráulicas de fixação dos<br />

braços inferiores da suspensão ao<br />

sub-chassi. A suspensão traseira é<br />

do tipo Z-link, com barra de torção<br />

especial em ‘U’, construído com<br />

duas camadas.<br />

Os freios são a disco nas quatro<br />

rodas, com ABS de série, o carro<br />

também tem controle de tração.<br />

A suspensão dianteira do New<br />

Civic 2012 é do tipo McPherson e<br />

a traseira é independente Multilink,<br />

a qual tem necessidade de<br />

alinhamento. Segundo a Honda, foi<br />

introduzida uma articulação, a qual<br />

liga o amortecedor diretamente à<br />

barra estabilizadora, o que melhora<br />

o comportamento dinâmico e assegura<br />

maior rigidez quando há tendência<br />

de rolagem. O sub-chassi<br />

teve alterado a geometria. E os freios<br />

também são a disco nas quatro<br />

rodas com ABS e EBD.<br />

Para realizar manutenção ou<br />

substituir itens destes sistemas dos<br />

dois carros, o reparador não necessita<br />

de ferramentas especiais,<br />

porém, alguns cuidados devem ser<br />

tomados ao diagnosticar as prováveis<br />

avarias. “O sensor do ABS funciona<br />

com o rolamento do sistema<br />

de rodagem, ao conectar o scanner,<br />

se a roda girar, dependendo da velocidade,<br />

ele mostra o diagnóstico<br />

de avaria. Assim, é necessário parar<br />

a rodagem, zerar o equipamento e<br />

fazer novo diagnóstico”, explica<br />

Mingau.<br />

Os dois carros foram avaliados<br />

no CTRA (Centro de Treinamento<br />

da Reposição <strong>Automotiva</strong>) com o<br />

scanner KTS 340 da Bosch, o qual<br />

diagnosticou todos os sistemas, ou<br />

seja, apesar de tratar-se de novos veículos,<br />

o segmento independente já<br />

está preparado para atender.<br />

Para Roberto, do Centro Automotivo<br />

High Tech, os dois carros<br />

são simples para reparar, porém exigem<br />

conhecimento, “o reparador<br />

precisa atualizar-se, estudar, buscar<br />

conhecimento sobre as novas tecnologias<br />

antes realizar reparos e manutenções”.<br />

E Mingau alerta, “além<br />

do conhecimento técnico, o reparador<br />

precisa notar que o quadro de<br />

ferramentas está mudando, ele necessita<br />

acompanhar estas mudanças<br />

ou vai ficar fora do mercado”.<br />

Na opção com câmbio automático,<br />

o Chevrolet Cruze LT tem<br />

preço sugerido de R$ 69.900, a topo<br />

de linha LTZ chega a R$ 79.900. Já<br />

com câmbio manual seu preço inicial<br />

é de R$ 67.900 e o intermediário<br />

custa R$ 69.900.<br />

O New Civic 2012 tem preço<br />

sugerido na versão LXS de<br />

R$ 69.700 (manual)/ R$ 72.900 (automática).<br />

A LXL custa R$ 72.700<br />

(manual)/ R$ 75.900 (automática) e<br />

a EXS custa R$ 85.900 (automática).<br />

MOTOR DA DIREÇ‹O ELÉTRICA<br />

A FOTO ACIMA MOSTRA O MOTOR<br />

ELÉTRICO DO CRUZE MONTADO NA PARTE<br />

INFERIOR DO COFRE, ABAIXO O DO CIVIC<br />

QUE EST˘ PRŁXIMO AO ASSOALHO<br />

FILTRO DO AR<br />

TANTO NO CRUZE COMO NO CIVIC O ELE-<br />

MENTO FILTRANTE DO AR É DE F˘CIL<br />

VISUALIZAÇ‹O, PARA ACESSAR É SŁ<br />

ABRIR A CAIXA


*<br />

M<br />

<strong>reparacao45</strong>_<strong>Layout</strong> 1 23/02/2012 12:39 Page 30<br />

30<br />

COMPARATIVO<br />

| Fevereiro de 2012 - Edição 45 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

SENSOR TRASEIRO DO ABS<br />

SISTEMA DE<br />

PARTIDA A FRIO<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

O FUNCIONAMENTO DO SENSOR<br />

OCORRE COM O ROLAMENTO DO<br />

SISTEMA DE RODAGEM, PARA FAZER<br />

O DIAGNŁSTICO N‹O GIRAR A RODA,<br />

POIS PODE MOSTRAR AVARIA<br />

VELAS<br />

ROBERTO MONTIBOELLER- CENTRO AUTOMOTIVO HIGH TECH, PAULO MASSONE-<br />

CENTRO AUTOMOTIVO LIGEIRINHO, EDSON DE ˘VILA- DEPARTAMENTO TÉCNICO DE<br />

MANUTENÇ‹O PREVENTIVA E CORRETIVA DE AUTOS MINGAU E MAUR¸CIO CARREIRO-<br />

GLOBAL TREINAMENTOS<br />

COXIM FRONTAL<br />

A PEÇA DO CHEVROLET CRUZE USA PL˘STICO NA PARTE EXTERIOR, ENQUANTO QUE A<br />

DO HONDA CIVIC PERMANECE FEITA EM AÇO<br />

FICHA TÉCNICA<br />

CHEVROLET CRUZE 1.8 16V<br />

O CARRO DA CHEVROLET UTILIZA A<br />

SOLUÇ‹O TRADICIONAL, O TANQUINHO<br />

COLOCADO NA PARTE SUPERIOR DO<br />

MOTOR. NO MODELO DA HONDA O<br />

RESERVATŁRIO FICA FORA E O SIS-<br />

TEMA TEM QUATRO BICOS PARA<br />

INJETAR A GASOLINA<br />

NEW CIVIC 2012<br />

O SED‹ DA CHEVROLET UTILIZA UM<br />

CORPO DE BOBINAS, J˘ NO HONDA ELAS<br />

S‹O SEPARADAS, EM AMBOS OS CABOS<br />

FORAM ELIMINADOS.<br />

A MANEIRA CORRETA DE RECOLOCAR A<br />

VELA É USAR A FERRAMENTA<br />

SEMELHANTE A UMA MANGUEIRA, AO<br />

APERTAR ELA N‹O DANIFICA A ROSCA<br />

Motor<br />

Modelo: N18XFF<br />

Tipo: Tranversal bi-combustível<br />

Injeção eletrônica de combustível: SFI (Sequential Multi-point<br />

Fuel Injection)<br />

Número de cilindros: 4 em linha<br />

Potência máxima líquida: Gasolina: 140 cv / Etanol:<br />

144 cv a 6.300 rpm<br />

Taxa de compressão: 10,5:1<br />

Torque máximo líquido: Gasolina: 17,8 kgfm / Etanol: 18,9 kgfm<br />

a 3800 rpm<br />

Número de válvulas: 16 (4 por cilindro)<br />

Transmissão<br />

Tipo: Automática de 6 velocidades/Active Select no câmbio para<br />

Automática<br />

Direção<br />

Tipo: Elétrica progressiva (EPS)<br />

Freios<br />

Dianteiros: Disco ventilado<br />

Traseiros: Disco sólido<br />

Rodas e pneus<br />

Rodas: Alumínio, 17 polegadas<br />

Pneus: 225/50 R17<br />

Dimensões<br />

Comprimento: 4.600 mm<br />

Distância entre-eixos 2.685 mm<br />

Largura total: 2.098 mm<br />

Capacidades<br />

Porta-malas: 450 litros / Tanque de combustível: 60,3 litros<br />

Motor<br />

Modelo: 1.8 16V SOHC i-VTEC Flex<br />

Tipo: Transversal<br />

Injeção de combustível: Multiponto PGM-FI (Programmed<br />

Fuel Injection),<br />

Número de cilindros: 4 em linha<br />

Potência máxima liquida: 140 cv (E)/ 139 cv (G) a 6.500 rpm<br />

Torque: 17,7 kgfm (E) a 5.000 rpm / 17,5 kgfm (G)<br />

a 4.600 rpm<br />

Taxa de compressão: 11,7:1<br />

Número de válvulas: 16 (4 por cilindro)<br />

Transmissão<br />

Tipo: Automática de 5 velocidades com Shift Hold Control<br />

Direção<br />

Tipo: com assistência elétrica progressiva - EPS<br />

Freios<br />

Dianteira: Discos ventilados<br />

Traseira: Discos sólidos<br />

Rodas e pneus<br />

Rodas: Liga leve 16 x 6,5' J<br />

Pneus: 205/55 R16<br />

Dimensões<br />

Comprimento: 4.525 mm<br />

Distância entre eixos: 2.668 mm<br />

Largura: 1.755 mm<br />

Capacidades<br />

Volume do porta-malas: 449 litros<br />

Capacidade do<br />

tanque de combustível: 57 litros<br />

p<br />

w<br />

b


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ARTIGO<br />

31<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

*Texto: César Samos<br />

Internet facilita<br />

o contato com<br />

o consumidor<br />

No setor de serviços, a<br />

Internet tem sido<br />

uma importante<br />

ferramenta para aproximar<br />

empresas do consumidor.<br />

Milhares de pessoas recorrem<br />

à rede mundial de computadores<br />

para fazer consultas<br />

sobre os mais variados assuntos<br />

e também para procurar<br />

empresas e serviços.<br />

PORTAL SINDIREPA-SP REFORMULADO<br />

Pensando nessa evolução e<br />

sabendo da importância de<br />

prestar serviço ao consumidor,<br />

o Sindirepa-SP reformulou<br />

o portal para atender às<br />

novas necessidades. O portal<br />

www.sindirepa-sp.org.br,<br />

que está mais dinâmico e com<br />

mais informações ao reparador<br />

e ao consumidor, conta<br />

também com guia de oficinas<br />

de várias cidades do Estado de<br />

São Paulo. Ao todo são 1.200<br />

empresas relacionadas por segmento<br />

(leve, pesado e motocicleta)<br />

e pela área de atuação<br />

(mecânica, ar-condicionado,<br />

funilaria e pintura, ar-condicionado),<br />

facilitando a consulta<br />

do consumidor. Com a reformulação<br />

do site, é possível estreitar<br />

ainda mais o canal de<br />

informação da entidade direto<br />

com o consumidor, que também<br />

pode conferir a tabela e<br />

preços de serviços e custo de<br />

mão de obra, além de pesquisar<br />

as oficinas que fazem parte<br />

do Programa de Seleção de<br />

Oficinas para Atendimento<br />

Pré e Pós-Inspeção Ambiental<br />

Veicular e outras questões relevantes,<br />

assim como o contato<br />

da Ouvidoria, canal de comunicação<br />

entre cliente e oficina.<br />

Para o reparador, o site oferece<br />

dados e notícias sobre o<br />

setor, além de destacar assuntos<br />

que envolvem várias áreas<br />

relacionadas à oficina, como legislação,<br />

ambiental, inspeção,<br />

jurídico, normas ABNT, informações<br />

técnicas, programas de<br />

capacitação e tabelas de tempo<br />

de serviço, entre outros.<br />

O reparador deve também<br />

ter um site da sua empresa,<br />

uma forma de divulgação,<br />

além de ser também um canal<br />

de informação e contato junto<br />

aos consumidores, podendo<br />

destacar os serviços que a oficina<br />

oferece.<br />

O número de internautas<br />

tem crescido nos últimos anos<br />

no País, o que tem levado ao<br />

crescimento das vendas de<br />

produtos via web. É um novo<br />

mercado que tem cada vez<br />

mais força e tem mudado os<br />

hábitos das pessoas com relação<br />

ao consumo. Portanto, não<br />

dá para ficar fora da internet.<br />

*Diretor do Sindirepa-SP<br />

– Sindicato da Indústria da<br />

Reparação de Veículos e Acessórios<br />

do Estado de São Paulo<br />

– e sócio da Oficina Mecânica<br />

do Gato


eparacao45_<strong>Layout</strong> 1 23/02/2012 12:39 Page 32<br />

32 ESPECIAL<br />

| Fevereiro de 2012 - Edição 45 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Conheça o sistema de Injeção Eletrônica<br />

Reparadores devem estar atentos aos cuidados com cada item do sistema<br />

Texto: Simone Kühl<br />

Ainjeção eletrônica é<br />

responsável por controlar<br />

a mistura ar/<br />

combustível. Garante um<br />

melhor rendimento, diminui<br />

as emissões de poluentes, prolonga<br />

a vida útil do motor e<br />

proporciona a queima do<br />

combustível. Para isto, é<br />

necessário realizar a manutenção<br />

preventiva para manter<br />

os componentes em<br />

perfeito funcionamento.<br />

ALBERTO F. MACIEL,<br />

DA MTE-THOMSON<br />

SISTEMA<br />

O sistema de injeção eletrônica<br />

é essencial para a atuação<br />

do automóvel, como<br />

explica o especialista de<br />

Desenvolvimento da Continental<br />

Powertrain, Luiz Nagy.<br />

“Os componentes transmitem<br />

diversos sinais aos sensores,<br />

atuadores e módulo de injeção<br />

eletrônica que, com estas informações,<br />

escolhem a melhor<br />

condição para o bom funcionamento<br />

do veículo”.<br />

Para que haja uma mistura<br />

ideal é importante que todos<br />

estejam dentro das suas especificações<br />

técnicas, conforme<br />

avalia o assistente Técnico da<br />

MTE-Thomson, Alberto F.<br />

Maciel. “O sistema de injeção<br />

é composto basicamente por<br />

sensores, atuadores, módulo e<br />

bobina de ignição, unidade de<br />

controle eletrônico e bomba<br />

elétrica”, aponta.<br />

PERÍODO DE TROCA<br />

Não existe uma vida útil<br />

pré-determinada para os itens,<br />

acredita o responsável de Marketing<br />

e Assistência Técnica<br />

da Magneti Marelli, Estevam<br />

Barna Junior. “Vários fatores<br />

interferem em sua durabilidade,<br />

como a intensidade do<br />

uso do veículo, o ambiente no<br />

qual é utilizado, o tipo do<br />

combustível e os cuidados<br />

com a manutenção geral<br />

do motor”.<br />

Já o gerente da Assistência<br />

Técnica da Tecfil, Roberto<br />

Rualonga, afirma que a troca<br />

do filtro de combustível e do<br />

filtro de ar devem ser constantes,<br />

conforme a quilometra-<br />

gem recomendada pelo manual<br />

do veículo. Porém a troca<br />

do filtro de ar pode oscilar de<br />

acordo com o ambiente<br />

de trabalho.<br />

EMISSÃO DE GASES<br />

POLUENTES<br />

O especialista em conceito<br />

de oficinas da Divisão Automotive<br />

Aftermarket da Bosch,<br />

Daniel Angelo, comenta que a<br />

injeção eletrônica contribui<br />

diretamente nas emissões de<br />

poluentes, pois consegue dosar<br />

a quantidade ideal de combustível<br />

para determinado regime<br />

de funcionamento do motor.<br />

O sistema controla a quantidade<br />

de combustível a ser injetada<br />

em cada cilindro. “Desta<br />

maneira, otimiza a eficiência<br />

de queima do combustível e<br />

facilita o processo de conversão<br />

catalítica para assegurar<br />

uma redução ainda maior nos<br />

principais gases nocivos”, explica<br />

o técnico do depto. de assistência<br />

técnica da NGK,<br />

Hiromori Lucio Galvão Mori.<br />

RECOMENDAÇÕES<br />

Devido aos componentes<br />

serem instalados em lugares<br />

onde a visualização para o<br />

profissional é difícil, não<br />

existe uma receita adequada<br />

para os cuidados com estes<br />

itens. Porém, o engenheiro de<br />

Qualidade de Produto da<br />

VTO Automotivos, Jair José<br />

Araldi, diz que a revisão é<br />

aconselhada entre 20.000 a<br />

25.000 km ou se o carro apresentar<br />

falhas.<br />

O responsável da área de<br />

Marketing da Iguaçu Componentes<br />

Automotivos, Rodrigo<br />

Ferreira Lima, também informa<br />

que no painel da maioria<br />

dos veículos existe uma<br />

lâmpada de advertência que<br />

ao piscar ou manter-se acessa<br />

com o motor em funcionamento,<br />

indica alguma anomalia<br />

no sistema, com isto é<br />

necessário atentar-se aos sinais<br />

de falha do veículo.<br />

Para o analista de produto<br />

e desenvolvimento da Forcecar,<br />

Marcelo Kubota, estar em<br />

dia com a manutenção do<br />

veículo evita possíveis problemas<br />

e desgaste nos componentes<br />

do sistema. “Quando<br />

apresentar falhas ou aumento<br />

expressivo de consumo, devese<br />

ir ao mecânico de<br />

confiança para diagnosticar<br />

a falha de algum componente<br />

e, se necessário,<br />

substituí-lo”.<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

HIROMORI LUCIO GALV‹O MORI,<br />

DA NGK<br />

JAIR JOSÉ ARALDI,<br />

DA VTO AUTOMOTIVOS<br />

RODRIGO FERREIRA LIMA,<br />

DA IGUAÇU<br />

MARCELO KUBOTA,<br />

DO GRUPO FORCECAR


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www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Fevereiro de 2012 - Edição 45 | ESPECIAL 33<br />

COMPONENTES E SUAS FUNÇÕES:<br />

• Central eletrônica: Capta os sinais elétricos enviados pelos diversos sensores, compara e<br />

processa todas as informações, gerenciando todos os demais componentes do sistema.<br />

• Bomba de combustível: Localizada dentro do tanque de combustível, é acionada ao se dar<br />

partida no motor do veículo e inicia o fluxo do mesmo em direção aos bicos injetores.<br />

• IAC – Válvula de controle de marcha lenta: Controla a entrada do ar para a marcha lenta.<br />

• EGR – Válvula de recirculação dos gases de escapamento: Permite a recirculação dos gases<br />

de escapamento para diminuir a temperatura da câmara de combustão, baixando o NOX.<br />

• Bobina de Ignição: Fornece a faísca ou centelha para o motor.<br />

• Válvula de injeção (bico injetor): Recebe um sinal enviado pela unidade de comando de<br />

gerenciamento do motor (ECU) e pulveriza o combustível para que seja admitido pelo motor.<br />

• Válvula de canister: Responsável pelo reaproveitamento de vapores de combustível<br />

contidos no tanque no processo de queima.<br />

• Sistema de Ignição (Transformador / Cabos de ignição / Vela de ignição): Fornece a<br />

corrente elétrica sob a forma de alta tensão para proporcionar a ignição responsável pelo<br />

início da queima do combustível.<br />

• Injetores: Responsáveis pela injeção do combustível no motor.<br />

• Sonda Lambda: Informa a unidade de comando de gerenciamento do motor (ECU) qual a<br />

quantidade de oxigênio existente no tubo de escapamento, para que esta possa controlar<br />

qual a condição de mistura resultante da queima.<br />

• Sensor de rotação: Informa a rotação do motor para a unidade de comando de<br />

gerenciamento do motor (ECU).<br />

• Sensor de fase: Identifica o momento em que o primeiro cilindro do motor atinge o PMS<br />

(ponto morto superior) para a unidade de comando de gerenciamento do motor (ECU).<br />

• Sensor de Detonação: Identifica uma combustão detonante no motor e informa<br />

a unidade de comando de gerenciamento do motor (ECU) para controle do chaveamento<br />

da bobina de ignição.<br />

• Sensor de velocidade: Informa à ECU qual é a velocidade do veículo.<br />

• Sensor de temperatura da água: Informa a unidade de comando de gerenciamento do<br />

motor a temperatura da água de arrefecimento que circula pelo motor.<br />

• IAT- Sensor de temperatura do ar de admissão: Informa ao módulo de injeção a<br />

temperatura do ar admitido pelo coletor de admissão, em muitos veículos ele está<br />

incorporado ao corpo de borboleta.<br />

• MAP- Sensor de pressão do coletor de admissão: Informa ao módulo de injeção a pressão<br />

(depressão) do coletor de admissão, antes da partida informa a pressão atmosférica local.<br />

• Sensor de oxigênio: Informa ao módulo de injeção a concentração de oxigênio nos<br />

gases de escapamento, compara a quantidade de oxigênio presente nos gases de escape<br />

com ar ambiente e gera um sinal elétrico em forma de tensão.<br />

• TPS – Sensor de posição de borboleta: Informa ao módulo de injeção a posição da<br />

borboleta do acelerador.<br />

• Cápsula de marcha lenta / solenóide de marcha lenta / motor de passo: Responsáveis<br />

por garantir um funcionamento estável do motor em regime de marcha lenta, ou seja,<br />

sem carga (veículo parado/motor ligado), além das estratégias de desaceleração<br />

e ar-condicionado.<br />

• Corpo de borboleta: Sua função é dosar a quantidade de ar que é aspirado pelo motor<br />

através de uma borboleta que aumenta ou diminui a oferta de ar para o motor.<br />

• Filtros: Localizados em diversos pontos do sistema, de diferentes tipos e tamanhos,<br />

garantem a inexistência de impurezas no combustível com a finalidade de evitar o<br />

entupimento dos injetores.<br />

• Pedal de acelerador: Responsável por informar à unidade de comando de gerenciamento<br />

do motor (ECU) a intenção de aceleração do motorista.<br />

• Luz avaria do sistema: Luz quando acesa mostra ao condutor de que algum erro<br />

ocorreu na injeção eletrônica.<br />

MANUTENÇÃO<br />

CELSO RICARDO<br />

PAZZOTTO, DA<br />

AUTO MEC˜NICA<br />

PAZZOTTO<br />

Para dar início à manutenção, o proprietário<br />

da Auto Mecânica Pazzotto, de São Paulo<br />

(SP), Celso Ricardo Pazzotto, orienta que o<br />

profissional analise o motor (compressão,<br />

pressão de óleo, correia dentada, linha de<br />

combustível, etc.). Após constatar que tudo<br />

está em ordem, ele deve começar a testar os<br />

componentes de injeção (sensores<br />

e atuadores).<br />

Pazzotto afirma que o sistema de injeção<br />

eletrônica exige conhecimento em mecânica,<br />

elétrica e eletrônica, pois a manutenção requer uma boa análise e<br />

muita atenção do reparador. “Devemos tomar muito cuidado com a<br />

análise do sistema, pois uma junta danificada apresentará falha no<br />

sistema que não existe”.<br />

A troca de filtro de combustível é outro componente essencial e<br />

pouco lembrado pelos proprietários dos veículos, afirma Pazzotto.<br />

“Um filtro obstruído causará danos à bomba de combustível, entupimento<br />

nos bicos e perda de potência no carro.<br />

Parece fácil quando falamos, mas não é, o sistema é muito complexo”,<br />

conclui.


eparacao45_<strong>Layout</strong> 1 23/02/2012 12:39 Page 34<br />

34 TÉCNICA<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

| Fevereiro de 2012 - Edição 45 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Oficinas de reparação e o custo da má<br />

qualidade das peças de reposição<br />

Texto: Hilário Ademar Scheid*<br />

Com o mercado de automóveis<br />

aquecido e o consequente<br />

aumento do<br />

número de fornecedores de autopeças<br />

no mercado brasileiro, a<br />

concorrência entre estes, para conseguir<br />

espaço no mercado, é cada vez<br />

mais acirrada. E, muitas vezes, para<br />

conseguir mais espaço no mercado,<br />

as empresas usam muitos artifícios<br />

para baixar o preço final de seus produtos,<br />

o que pode implicar na redução<br />

da qualidade dos mesmos.<br />

Embora a minha atividade principal<br />

não seja diretamente a de Reparação<br />

de Automóveis, convivo<br />

diariamente, há mais de 25 anos,<br />

com este segmento, ministrando<br />

cursos para o pessoal que “pega no<br />

pesado”. Eu mesmo comecei minha<br />

vida profissional em 1969 trabalhando<br />

numa oficina Auto-elétrica<br />

autorizada Bosch, na cidade de São<br />

Leopoldo/RS. Trabalhei durante<br />

quatro anos nesta empresa e durante<br />

este tempo fiz o curso técnico de<br />

Eletromecânica. Depois fui trabalhar<br />

na indústria e cursei Engenharia Eletrônica.<br />

Em 1985, voltei para o ramo<br />

automotivo como Instrutor Técnico<br />

na Bosch, onde fiquei por mais de<br />

três anos. Assim que sai desta empresa<br />

montei a minha e continuo até<br />

hoje ministrando cursos.<br />

Considero uma das minhas<br />

atribuições como instrutor a de<br />

ouvir as necessidades dos meus alunos<br />

e adequar o conteúdo programático<br />

dos meus cursos a estas<br />

necessidades. Para isto, dou muita<br />

ênfase à parte prática do que ensino,<br />

a ponto de facultar ao aluno (ou até<br />

ex-aluno) me consultar no caso de<br />

algum problema que acontece na<br />

oficina e que ele não consiga resolver<br />

sozinho, trazer o carro-problema<br />

para o local do curso ou até<br />

eu mesmo fazer serviços em veículos<br />

de minha propriedade, com o<br />

objetivo de procurar sempre a melhor<br />

solução para os problemas do<br />

dia-a-dia. E muitas vezes esta solução<br />

requer pesquisa e desenvolvimento<br />

de novos métodos de<br />

trabalho, soluções e até ferramentas<br />

especiais não muito convencionais.<br />

Uma das queixas que mais ouço<br />

o pessoal falar é com relação à qualidade<br />

das peças de reposição, principalmente<br />

as do mercado paralelo, as<br />

ditas não originais. Devido ao custo<br />

mais baixo, muitos clientes das oficinas<br />

preferem colocar estas peças<br />

em seus veículos. No entanto, conforme<br />

a peça e a quantidade de problemas<br />

que são criados em função<br />

da má qualidade das mesmas, como<br />

a perda de tempo, adaptações necessárias,<br />

stress com o cliente e fornecedor,<br />

devolução e processos de<br />

garantia, muitos mecânicos simplesmente<br />

se negam a fazer o serviço. E<br />

eu mesmo passei a dar mais razão a<br />

eles quando fui fazer um reparo no<br />

sistema de arrefecimento do meu<br />

próprio carro.<br />

Considero muito importante<br />

contar esta história (e não é “estória”<br />

não), porque nunca nos meus 42<br />

anos de trabalho havia encontrado<br />

em uma só peça de reposição tantos<br />

defeitos a ponto de levar mais de três<br />

dias fazendo um serviço que deveria<br />

levar no máximo 1 hora. Não vou<br />

citar o fornecedor da peça por questões<br />

de ética profissional.<br />

O veículo em questão é um Escort<br />

SW motor ZETEC 16V com<br />

um problema de “sumiço” misterioso<br />

de líquido de arrefecimento.<br />

Outros vazamentos já aconteceram<br />

anteriormente e o problema estava<br />

na carcaça da válvula termostática.<br />

Esta carcaça, além de conter esta válvula,<br />

tem quatro conexões de mangueiras<br />

do sistema de arrefecimento:<br />

uma de maior diâmetro que interliga<br />

a saída da válvula com a parte superior<br />

do radiador; duas conexões menores<br />

também ligadas ao radiador; e<br />

a quarta conexão que é a interligação<br />

com o reservatório de expansão do<br />

sistema de arrefecimento. Além<br />

disto, esta carcaça também suporta<br />

os dois sensores de temperatura do<br />

motor, o da Injeção Eletrônica (o superior)<br />

e o do marcador de temperatura,<br />

no painel de instrumentos (o<br />

inferior). A peça original é fabricada<br />

com uma resina especial parecida<br />

com Baquelite e é fixada ao cabeçote<br />

por meio de três parafusos.<br />

Nos casos anteriores de vazamento,<br />

devido ao alto preço da peça<br />

original e pelo fato de não ter encontrado<br />

no paralelo, usei meus<br />

“recursos técnicos” e consegui consertar<br />

a peça com relativa facilidade<br />

de forma a eliminar o vazamento<br />

com eficiência. Na minha última<br />

tentativa, o defeito era uma fissura<br />

na parede da carcaça, na parte onde<br />

o sensor de temperatura superior<br />

era parafusado, conforme posição A<br />

da foto 1 abaixo. Quando fiz o teste<br />

de estanqueidade após este último<br />

conserto, apareceu outro vazamento,<br />

agora no alojamento de um<br />

dos parafusos de fixação, conforme<br />

posição B da foto 2 abaixo. As fotos<br />

1 e 2 mostram como ficou a peça<br />

depois dos vários consertos.<br />

FOTO 1- PARTE SUPERIOR DA CARCAÇA<br />

FOTO 2 – VISTA DE FRENTE DA CARCAÇA<br />

A partir deste momento resolvi<br />

substituir a peça. Me dirigi à loja de<br />

autopeças onde costumo comprar e<br />

consegui encontrar finalmente uma<br />

peça similar em Alumínio, sendo que<br />

o balconista/vendedor me garantiu<br />

que já tinha vendido várias sem nenhuma<br />

reclamação de qualidade. O<br />

preço era um terço da original. Comprei<br />

a peça com a crença de que finalmente<br />

resolveria meu problema. Mal<br />

sabia o “calvário” que me esperava.<br />

Cheguei na oficina e a primeira<br />

providência era a de transferir os dois<br />

sensores de temperatura e a válvula<br />

termostática da carcaça velha para a<br />

nova. Ai começou o problema.<br />

De cara, verifiquei que a bitola da<br />

rosca do alojamento do sensor de<br />

temperatura superior (da injeção) era<br />

maior que o diâmetro da rosca do<br />

sensor, ou seja, no alojamento da peça<br />

nova a rosca era de 16,6 mm (3/8<br />

NPT) e a rosca do sensor era de 12<br />

mm. E isto, com certeza, é um erro<br />

de fabricação (que é pior que um defeito),<br />

já que esta dimensão da rosca<br />

está indicada inclusive na etiqueta que<br />

está colada na caixa que contém a<br />

peça. A não ser que meu carro fosse o<br />

único com rosca e sensor errados do<br />

mercado. Para solucionar este problema,<br />

o correto seria mandar fazer<br />

uma bucha de redução com a rosca<br />

externa adequada ao alojamento da<br />

carcaça, e a interna adequada à rosca<br />

do sensor. Não cheguei a consultar<br />

um torneiro, mas acho que este tra-


eparacao45_<strong>Layout</strong> 1 23/02/2012 12:39 Page 35<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Fevereiro de 2012 - Edição 45 | TÉCNICA 35<br />

balho não me sairia por menos de<br />

R$ 50,00, fora o tempo que levaria<br />

para a fabricação. A solução mais rápida<br />

e barata que adotei foi a de usar<br />

uma bucha de redução de latão de 3/8<br />

para ¼ NPT (posição A na foto 3),<br />

que é uma peça comum no mercado<br />

e que comprei numa loja da esquina.<br />

Só que tive que solucionar outro problema:<br />

a rosca do sensor era diferente<br />

de ¼ NPT da bucha. Consegui a solução<br />

(ou “jeitinho”, como queiram<br />

chamar), com relação à rosca e vedação,<br />

usando fita Teflon e resina de poliéster.<br />

O “arranjo” ficou conforme a<br />

foto abaixo.<br />

FOTO 3 – „JEITINHO‰ DE FIXAÇ‹O DO<br />

SENSOR NA CARCAÇA „NOVA‰<br />

O próximo passo foi rosquear<br />

o sensor de temperatura inferior<br />

no alojamento correspondente da<br />

peça. A rosca deste sensor também<br />

estava com problema, de<br />

forma que só consegui rosquear o<br />

mesmo no máximo quatro voltas.<br />

Mas enfim, aparentemente estava<br />

bem firme e vedado, pelo fato de<br />

também ser uma rosca NPT.<br />

Mais tarde vim a descobrir o problema<br />

da rosca. Também na caixa<br />

que acompanhou a carcaça estava<br />

especificado a rosca M10 x 1,0,<br />

sendo que a do sensor é de 1/8<br />

NPT. Ou seja, mais um erro de<br />

fabricação. Mais adiante, no processo<br />

de teste de estanqueidade, o<br />

problema desta rosca também<br />

apareceu como vazamento.<br />

A última etapa de montagem<br />

da carcaça foi a colocação e fixação<br />

da válvula termostática. Coloquei a<br />

mesma no respectivo alojamento e<br />

fixei com os três parafusos de fixação<br />

correspondentes. Só faltava<br />

agora a colocação da junta que<br />

acompanha a carcaça, e sua fixação<br />

e aperto no cabeçote, com os três<br />

parafusos correspondentes. Isto<br />

feito, foi só encaixar as mangueiras<br />

nas conexões correspondentes e<br />

apertar as braçadeiras, além de encaixar<br />

os conectores dos dois sensores.<br />

Parece que agora era só<br />

encher o sistema com líquido de<br />

arrefecimento adequado (na proporção<br />

correta água/aditivo) e dar o<br />

trabalho como encerrado. Ainda<br />

não, o sofrimento ainda não<br />

tinha acabado...<br />

Como não confiava mais na<br />

peça, resolvi, antes de abastecer o<br />

sistema com o líquido de arrefecimento<br />

já devidamente preparado,<br />

fazer um teste de estanqueidade de<br />

todo o sistema. Anteriormente eu<br />

fazia este teste depois de encher o<br />

sistema, ligar o motor até a ventoinha<br />

funcionar por três vezes<br />

(considerado um ciclo de aquecimento<br />

do motor). Depois disto, ou<br />

mesmo durante o funcionamento<br />

do motor, fazia uma inspeção visual<br />

para checar os vazamentos.<br />

Feito isto, desligava o motor e conectava<br />

um adaptador no lugar da<br />

tampa do reservatório de expansão.<br />

Usando uma bomba manual,<br />

pressurizava o sistema com uma<br />

pressão entre 1,5 a 2 bar e verificava<br />

se ainda existiam vazamentos.<br />

Na realidade, este sistema de diagnóstico<br />

de estanqueidade é o especificado<br />

pelas montadoras e<br />

fornecido por vários fabricantes de<br />

equipamentos no mercado. Cumpre<br />

aqui dizer que não tenho este<br />

equipamento de teste.<br />

Continua na próxima edição.<br />

*Informações: (21) 3331-4925 /<br />

9914-1497, www.autron.com.br e e-<br />

mail: autronic@uol.com.br


eparacao45_<strong>Layout</strong> 1 13/03/2012 10:33 Page 36<br />

36 LANÇAMENTO<br />

Novo carro e novo motor<br />

Peugeot lança o hatch médio 308 igual ao vendido<br />

na Europa e com propulsor flex sem o tanquinho<br />

de partida a frio<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

ARTIGO | Fevereiro de 2012 - Edição 45<br />

Texto: José Palacio*<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

O que é atualização<br />

profissional em<br />

qualidade?<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Em Ouro Preto (MG), dia<br />

15 de fevereiro, a Peugeot<br />

mostrou para a imprensa<br />

especializada o novo hatch médio<br />

308. Além das alterações feitas na<br />

carroceria e interior, o modelo recebeu<br />

o novo propulsor EC5 1.6L<br />

16 válvulas Flex Start. Este é o primeiro<br />

motor flex produzido em<br />

série sem o tanquinho de gasolina<br />

para a partida a frio.<br />

O sistema foi desenvolvido pela<br />

Bosch, que projetou uma nova galeria<br />

de combustível com elementos de<br />

aquecimento integrados (lanças<br />

aquecedoras), uma unidade de controle<br />

de aquecimento e o software de<br />

controle do sistema. Isso garante que<br />

a temperatura do combustível atinja<br />

valores ideais para uma partida segura<br />

mesmo em baixas condições climáticas.<br />

Ao mesmo tempo, oferece um<br />

controle preciso da temperatura do<br />

combustível em todas as condições<br />

de operação do motor.<br />

Este 1.6L 16V ainda traz: VVT<br />

(comando de válvulas variável),<br />

bomba de óleo variável (segundo a<br />

Peugeot este componente é usado<br />

pela primeira vez em um motor produzido<br />

no Brasil), ela ajusta automaticamente<br />

o fluxo de óleo enviado de<br />

acordo com a rotação do motor e a<br />

carga, conjunto pistões/anéis e cilindros<br />

com acabamento “low friction”,<br />

bielas forjadas, coletor de aspiração e<br />

tampa do motor em plástico, tuchos<br />

hidráulicos e sistema drive by wire.<br />

Com estas alterações, este propulsor<br />

entrega 122 cv de potência a<br />

5.800 rpm (E)/ 115 cv a 6.000 rpm<br />

(G) e torque máximo de 16,4 kgfm<br />

(E)/ 15,5 kgfm (G) a 4.000 rpm.<br />

Na opção de entrada, Active 1.6,<br />

o preço sugerido para venda é de<br />

R$ 53.990. A intermediaria Allure sai<br />

por R$ 56.990.<br />

O Peugeot 308 também é oferecido<br />

com a motorização 2.0 Flex 16V.<br />

Sua potência máxima é de 151 cv a<br />

6.000 rpm (E)/ 143 cv a 6.250 rpm<br />

(G) e um torque máximo de 22<br />

kgfm (E)/ 20 kgfm (G) / a 4.000 rpm.<br />

São duas as opções de câmbio,<br />

manual de cinco marchas e automático<br />

sequencial AT8 de quatro marchas.<br />

Seu preço sugerido na opção<br />

Allure é de R$ 59.990 (manual)/<br />

R$ 63.990(automático) e a versão<br />

topo de linha Feline é comercializada<br />

só com câmbio automático ao preço<br />

de R$ 70.990.<br />

O 308 não compartilha peças<br />

como discos de freios, pastilhas,<br />

molas, amortecedores, com o modelo<br />

anterior o 307. E a Peugeot oferece<br />

três anos de garantia e revisões<br />

com preços fixos, o custo de<br />

R$ 234,00 é cobrado na a primeira<br />

revisão (10 mil quilômetros ou um<br />

ano). Já a de 30 mil quilômetros, ou<br />

três anos, custa R$ 799,00.<br />

Quando falamos de qualidade<br />

no setor automotivo, logo<br />

pensamos nas montadoras<br />

e fabricantes de autopeças,<br />

que precisam sempre investir em produtos<br />

que duram mais, sejam mais baratos<br />

e atendam melhor às<br />

necessidades dos clientes. Mas, falar de<br />

qualidade em serviços automotivos é<br />

o mesmo que separar o profissional<br />

rápido e ágil daquele que não consegue<br />

executar bem as tarefas.<br />

Existe algo chamado dom e<br />

aptidão, que é quando não importa<br />

o problema a ser solucionado, a<br />

pessoa resolve rapidamente, primeiro<br />

porque gosta do que faz e<br />

segundo porque sente prazer em<br />

fazer. É como juntar a fome com a<br />

vontade de comer. E há aqueles<br />

que querem aprender um ofício,<br />

pois gostam desse assunto, mas<br />

precisam de tempo e estudo. Estes<br />

são a maioria das pessoas, pois ninguém<br />

nasce sabendo.<br />

Para ambos vale uma regra: é preciso<br />

se atualizar constantemente. No<br />

setor automotivo, os fabricantes de<br />

autopeças inovam a cada lançamento<br />

das montadoras, que exigem deles<br />

componentes mais leves, baratos e<br />

nem sempre mais fáceis de lidar.<br />

Para o balconista da loja de autopeças,<br />

é fundamental hoje saber fazer<br />

uma venda consultiva, que nada mais<br />

é do que conhecer aspectos técnicos<br />

do produto que está comercializando<br />

para poder vender a peça certa e evitar<br />

o transtorno de ir e vir do cliente. O<br />

mesmo vale para o reparador automotivo,<br />

que não adianta apenas identificar<br />

o problema, é preciso explicar<br />

porque ele ocorre e o que fazer para<br />

evitar danos maiores no veículo.<br />

Outro assunto que pode ser estudado<br />

através de treinamentos específicos,<br />

tanto no varejo e atacado<br />

de autopeças quanto nas oficinas de<br />

reparação automotiva, são as técnicas<br />

de organização de 5S e Housekeeping,<br />

que preparam o ambiente<br />

de trabalho para ser mais eficiente<br />

e prazeroso. O 5S é um conceito<br />

de organização japonês, que traduzido<br />

significa Utilização, Organização,<br />

Limpeza, Saúde e<br />

Autodisciplina (das palavras japonesas<br />

Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu<br />

e Shitsuke, respectivamente).<br />

Para dar mais um exemplo, há os<br />

treinamentos em meio ambiente e<br />

legislação, assuntos que estão cada<br />

vez mais cobrados não apenas pelas<br />

autoridades, mas também pelos consumidores.<br />

Será que o seu estabelecimento<br />

respeita as leis ambientais?<br />

O IQA – Instituto da Qualidade <strong>Automotiva</strong><br />

– oferece ao mercado de<br />

reposição e reparação uma série de<br />

treinamentos específicos sobre os assuntos<br />

aqui citados (e muitos outros)<br />

que podem alavancar negócios por<br />

meio da qualidade.<br />

São treinamentos voltados para<br />

empresários do setor, que querem enxergar<br />

da porta para dentro e de dentro<br />

para fora. São investimentos, que<br />

trazem retorno quando aplicados.<br />

Não por acaso, esses empreendedores<br />

são os que mais apostam<br />

em ações como o Selo Verde em<br />

busca de bom relacionamento com<br />

os clientes. Trata-se de uma certificação<br />

ambiental para as oficinas e<br />

centros de reparação lançada pelo<br />

IQA que atesta a adoção de processos<br />

ambientalmente sustentáveis e<br />

procedimentos adequados para<br />

descarte de materiais.<br />

*Coordenador de Serviços Automotivos<br />

do IQA - Instituto da Qualidade<br />

<strong>Automotiva</strong>


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eparacao45_<strong>Layout</strong> 1 23/02/2012 12:39 Page 38<br />

38 ARTIGO<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Texto: Fernando Calmon*<br />

Certas simplificações de<br />

linguagem mal utilizadas<br />

no Brasil acabam confundindo<br />

conceitos técnicos importantes.<br />

Uma delas é o<br />

chamado “Piloto Automático”<br />

nos automóveis que, na verdade,<br />

não passa – ou passava – de um<br />

simples controle de velocidade<br />

de cruzeiro (Cruise Control, em<br />

inglês). No entanto, trata-se de<br />

um assunto muito sério e a Europa<br />

criou, em fevereiro de 2008,<br />

o programa HAVEit, acrônimo<br />

em inglês que significa Veículos<br />

Altamente Automatizados para<br />

Transporte Inteligente.<br />

No total são 17 parceiros<br />

Mais segurança<br />

com automação<br />

ao dirigir<br />

entre fabricantes de automóveis,<br />

caminhões, componentes e institutos<br />

científicos da Alemanha,<br />

Suécia, França, Áustria, Suíça,<br />

Grécia e Hungria com apoio financeiro<br />

dos participantes e da<br />

União Europeia. As preocupações<br />

existem em função da crescente<br />

densidade de tráfego e do<br />

aumento da idade média da população<br />

que passa a guiar com reflexos<br />

menos imediatos, além da<br />

massa de informações atualmente<br />

disponível aos motoristas. Automação<br />

aliviará o estresse ao dirigir.<br />

A busca pelo tráfego eficiente<br />

persegue o objetivo de torná-lo<br />

mais amigável ao meio ambiente.<br />

| Fevereiro de 2012 - Edição 45 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Recentemente, os parceiros se<br />

reuniram na cidade sueca de<br />

Boräs para demonstração de sete<br />

veículos, com diferentes graus de<br />

automação, apresentados pela<br />

Volkswagen, Volvo, Continental,<br />

Haldex e o Centro Aeroespacial<br />

Alemão. Hoje já é possível comprar<br />

automóveis com controle<br />

ativo de cruzeiro (freia e acelera<br />

conforme o programado), assistência<br />

para se manter dentro das<br />

faixas de rodagem e parada automática<br />

abaixo de 30 km/h a fim de<br />

evitar colisão ou atropelamento.<br />

O passo adiante surgiu em<br />

um Passat equipado com TAP<br />

(Piloto Automático Temporário,<br />

na sigla inglesa). O sistema programado<br />

pelo motorista conserva<br />

distância segura do veículo à<br />

frente até 130 km/h, mantém o<br />

carro dentro das faixas delimitadas<br />

no solo e reduz a velocidade<br />

antes de uma curva, segundo seu<br />

raio, com ajuda do GPS. Também<br />

tem capacidade de ultrapassar<br />

observando regras (nunca<br />

pela direita) e limites de velocidade.<br />

Parada e arrancada nos<br />

congestionamentos são totalmente<br />

automáticas.<br />

Porém, o termo temporário é<br />

usado porque, mesmo sem precisar<br />

utilizar mãos e pés para guiar,<br />

o motorista deve ficar atento ao<br />

tráfego na estrada e intervir em<br />

caso de necessidade. Na realidade,<br />

ainda se considera esse um dispositivo<br />

semiautomático, baseado<br />

em uma combinação de recursos<br />

existentes agora agrupados experimentalmente.<br />

Uma câmera interna<br />

monitora o grau de atenção<br />

do motorista pela movimentação<br />

dos olhos e dispara avisos sonoros<br />

ou vibratórios.<br />

A Volvo desenvolveu um sistema<br />

semelhante para caminhões<br />

que funciona sob medida<br />

quando há filas de congestionamento<br />

nas estradas ou nas cidades.<br />

Alivia bastante o trabalho do<br />

motorista profissional por frear e<br />

arrancar de acordo com a movimentação<br />

dos outros veículos e<br />

evita acidentes, em geral catastróficos<br />

quando envolvem veículos<br />

de menor porte.<br />

HAVEit é um programa em<br />

constante evolução. Futuras demonstrações<br />

serão feitas até o<br />

amadurecimento completo das<br />

tecnologias, inclusive tornandoas<br />

as mais intuitivas possíveis. As<br />

ideias lançadas estão previstas<br />

para a produção seriada no intervalo<br />

de cinco a dez anos, quando<br />

o custo ficará mais acessível para<br />

modelos pequenos e médios.<br />

*Jornalista especializado<br />

desde 1967, engenheiro e consultor<br />

técnico, de comunicação e<br />

mercado.<br />

fernando@calmon.jor.br<br />

e www.twitter.com/<br />

fernandocalmon


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