Edição 57 - Reparação Automotiva
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Ano V | Edição <strong>57</strong> | Fevereiro 2013 | Distribuição Nacional | R$ 5,00 | WWW.REPARACAOAUTOMOTIVA.COM.BR
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EDITORIAL<br />
4 | Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong><br />
Empresas de autopeças investem<br />
mais em treinamento<br />
Nesse nosso encontro, destacamos como reportagem<br />
de capa desta edição um assunto que para<br />
nós, da Prána E&M, é muito importante: a formação<br />
profissional. Tanto que até criamos o Centro de Treinamento<br />
da Reposição <strong>Automotiva</strong> (CTRA) com o intuito<br />
de ampliar e oferecer um local de treinamento à altura dos<br />
profissionais de todos os elos da cadeia de distribuição de autopeças,<br />
em particular profissionais da reparação e do varejo<br />
de autopeças.<br />
Pelo Brasil, nossos entrevistados destacam o Senai, mas<br />
outras iniciativas ganham relevância, como o próprio CTRA,<br />
já utilizado por diversas empresas do segmento, para suprir<br />
a carência de especialização, uma vez que no setor de reparação<br />
automotiva as demandas são muitas. De um lado, uma<br />
grande quantidade de veículos seminovos que estão saindo<br />
do período da garantia e vão para as mãos dos reparadores.<br />
De outro, o problema nas oficinas com a velha conhecida<br />
carência de mão de obra.<br />
A oficina de Magnelson Mendes há 28 anos é sinônimo<br />
de transparência, certeza de um serviço de qualidade e preço<br />
justo. Nossa reportagem Especial deste mês é com o pro-<br />
Artigos . . . . . . . . . . . . . . . . .6/25/29/33<br />
Dicas Técnicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17<br />
Mural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30<br />
Especial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38<br />
prietário da Galu’s Auto Parts, localizada no bairro Jardim<br />
das Orquídeas, em SBC.<br />
A Brosol dá dicas de como preservar o sistema de lubrificação<br />
e diagnosticar defeitos na bomba de óleo, já que o sistema<br />
é formado pelo conjunto de componentes e condições<br />
que unidas têm que controlar e diminuir o atrito entre determinadas<br />
partes do motor.<br />
Na seção Perfil deste mês, Novo C3, sem mistérios, avaliado<br />
nas dependências do CTRA. O compacto Premium da<br />
Citroën, equipado com propulsor 1.5L, traz tecnologia de<br />
ponta em sua construção e facilidade para a manutenção.<br />
Em Comparativo desta edição, as picapes evoluíram.<br />
Nova arquitetura, motores diesel de última geração e transmissão<br />
automática de seis velocidades são as novidades incorporadas<br />
à nova S10 e Nova Ranger.<br />
Por fim, na 5ª edição do Suplemento Reparador-Empresário,<br />
o tema é Pós-Venda, uma vez que investimentos na área<br />
são fundamentais para conquistar a confiança e promover um<br />
relacionamento de amizade com o consumidor.<br />
Até mês que vem!<br />
O Editor<br />
CRÉDITO DE FOTO DA CAPA<br />
Fotos:<br />
Estúdio Prána<br />
Diretor Executivo / Financeiro<br />
Bernardo Henrique Tupinambá<br />
Diretor Comercial<br />
Edio Ferreira Nelson<br />
ANO V - NÀ <strong>57</strong> - FEVEREIRO DE 2013<br />
www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
twitter.com/reparacao<br />
Editor executivo<br />
Bernardo Henrique Tupinambá<br />
Editor-chefe<br />
Silvio Rocha<br />
editor@reparacaoautomotiva.com.br<br />
Editor<br />
Edison Ragassi<br />
ragassi@pranaeditora.com.br<br />
Redação<br />
Simone Kühl - redacao@reparacaoautomotiva.com.br<br />
Departamento de Arte<br />
criacao@pranaeditora.com.br<br />
Diretor de Arte<br />
Ricardo DG Moreira<br />
Assistente de Arte<br />
João Gabriel de O. Roquini<br />
Diagramador<br />
Adriano Siqueira<br />
Fotografia<br />
José Nascimento<br />
Departamento Comercial<br />
comercial@reparacaoautomotiva.com.br<br />
Diretor Comercial<br />
Edio Ferreira Nelson - edio@pranaeditora.com.br<br />
Executivos de Contas<br />
Richard Fabro Faria - richard@pranaeditora.com.br<br />
Rafael Bergamini - rafael@pranaeditora.com.br<br />
Executiva de Contas<br />
Rosa Souza - rosa@pranaeditora.com.br<br />
Marketing<br />
marketing@pranaeditora.com.br<br />
Internet<br />
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Supervisor de Desenvolvimento<br />
Aryel Tupinambá - aryel@reparacaoautomotiva.com.br<br />
Assinaturas<br />
Denise Rinaldi<br />
Telefone: 11 5084-1090 - contato@reparacaoautomotiva.com.br<br />
Financeiro<br />
Analista Financeira<br />
Tatiane Nunes Garcia<br />
Estagiária Financeira<br />
Renata Alves<br />
Impressão<br />
Prol Editora Gráfica<br />
Jornalista Responsável<br />
Silvio Rocha – MTB: 30375<br />
Colaboradores<br />
Arthur Henrique S. Tupinambá / Fauzi Timaco Jorge<br />
Ingo Hoffmann / Jeison Cocianji / Karin Fuchs<br />
Edson Roberto de ˘vila / César Garcia Samos<br />
Reparação <strong>Automotiva</strong> é uma publicação mensal da Prána Editora &<br />
Marketing Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais<br />
automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para<br />
melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.<br />
INSTITUTO<br />
VERIFICADOR<br />
DE CIRCULAÇ‹O<br />
Apoios e Parcerias<br />
Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva<br />
dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As<br />
matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.<br />
Atendimento ao Leitor<br />
Fone: 11 5084-1090<br />
contato@reparacaoautomotiva.com.br<br />
Prána Editora & Marketing Ltda. - Jornal Reparação <strong>Automotiva</strong><br />
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CEP 04362-060 - Vila Mascote - São Paulo - SP
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motiva
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6 ARTIGO<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
| Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
A Concessão do Crédito<br />
Texto: Fauzi Timaco Jorge*<br />
São poucos os estabelecimentos, notadamente em uma cidade<br />
grande, que não proporcionam a facilidade de pagamento via cartão<br />
de crédito ou débito aos seus clientes. E, graças à própria evolução<br />
da tecnologia da informação e comunicação (TIC), esta modalidade se<br />
alastra por grande parte dos mais de 5.500 municípios brasileiros, num<br />
ritmo condizente com a própria evolução dos negócios.<br />
Para quem paga, isto representa uma comodidade, desde que ele não<br />
se atrase e não pague os juros extorsivos que incidem sobre os valores em<br />
aberto. Para quem recebe, a certeza de que, arcando com os custos operacionais,<br />
ele se livrará dos riscos de crédito, tão comuns em operações mercantis<br />
envolvendo fornecimento de materiais e prestação de serviços. Se<br />
tais custos são repassados ao cliente, a margem de contribuição estará preservada.<br />
Caso contrário, significa um ônus considerável a ser suportado<br />
pelo negócio, que, muitas vezes, pode até mesmo superar o que sobra para<br />
o empreendedor “no frigir dos ovos”, ou seja, no final de cada período, ao levantar<br />
os recebimentos e pagamentos efetuados.<br />
Façamos um exercício numérico sobre a importância do crédito para<br />
o seu negócio e os custos aí envolvidos. Suponhamos que, para um fatu-<br />
ramento de R$ 100.000,00 por mês, 10% deste valor seja pago à vista, em<br />
dinheiro. Não há o que se pensar em termos de crédito, neste caso, porque<br />
o dinheiro é o mais líquido dos ativos, não requerendo qualquer outra<br />
operação para que este ativo liquide compromissos financeiros. Suponhamos,<br />
ainda, que uma parte deste faturamento seja paga com cartão de crédito<br />
ou débito, num montante equivalente a 60%, e que os 30% restantes<br />
sejam pagos com cheque pré-datado. O risco de crédito, portanto, está<br />
condicionado a esses 30%, já que o crédito restante é suportado mediante<br />
pagamento de uma taxa que, em nosso exemplo, será de 3%. Logo, 1,8%<br />
do faturamento – 3% de 60% -, equivalentes a R$ 1.800,00, serão despesas<br />
a serem suportadas pela margem de contribuição.<br />
Ao conceder o crédito, quando o risco será integralmente suportado<br />
pelo próprio negócio, empresários mais experimentados analisam, consciente<br />
ou inconscientemente, os 5 Cs do crédito, como identificados por<br />
alguns autores:<br />
Caráter<br />
Refere-se à determinação de pagar; é a integridade ou qualidade moral<br />
que se traduz em honestidade em todas as transações comerciais.<br />
Condições<br />
Refere-se às condições financeiras ligadas à conjuntura econômica, do<br />
país ou entre as nações, ao ambiente econômico e sua organização ou<br />
desorganização.<br />
Capacidade<br />
Refere-se às condições que o cliente demonstra, relacionadas à sua<br />
competência administrativa, às suas habilidades e formação.<br />
Capital<br />
Refere-se às condições materiais de que dispõe o cliente, se ele possui<br />
ou não renda suficiente para arcar com o serviço e/ou fornecimento<br />
contratados.<br />
Colateral<br />
Refere-se às garantias e bens pessoais que o cliente oferecerá caso não<br />
reúna condições para arcar com o pagamento na forma pactuada.<br />
Em termos de risco de crédito, segurança absoluta é uma utopia.<br />
Segurança relativa com base nas técnicas mais apropriadas de concessão<br />
de crédito é o objetivo mais adequado. Os 5 Cs buscam esta segurança<br />
relativa.<br />
Agora, substitua o valor do faturamento e os percentuais referentes às<br />
diversas modalidades de recebimento de suas vendas naquele nosso exemplo<br />
e faça suas contas. O que você está pagando hoje pelo risco de crédito<br />
é justo e conveniente ante as suas peculiaridades de mercado e perfil de<br />
cliente atendidos?<br />
*Economista, professor-tutor da FGV Online e professor da FGV +<br />
CEA-Centro de Estudos Automotivos, escreve regularmente nesta coluna<br />
e pode ser acessado pelo e-mail fauzi@balcaoautomotivo.com.br
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8 PERFIL<br />
| Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
MOLA TRASEIRA<br />
A MOLA COLOCADA NA SUSPENS‹O<br />
TRASEIRA DO NOVO C3 EST˘ SEPA-<br />
RADA DO AMORTECEDOR, ASSIM<br />
ELA PODE SER SUBSTITU¸DA DE<br />
MANEIRA INDEPENDENTE SEM AFE-<br />
TAR OUTRAS PARTES<br />
AMORTECEDOR E FREIO<br />
FOTOS: ESTÐDIO PR˘NA<br />
Novo C3 sem mistérios<br />
O compacto Premium da Citroën equipado com propulsor 1.5L traz tecnologia<br />
de ponta em sua construção, mas é simples para reparar<br />
Texto: Edison Ragassi<br />
Em 2012, as fabricantes<br />
de veículos instaladas no<br />
Brasil promoveram várias<br />
mudanças nos modelos comercializados,<br />
é o caso da<br />
Citroën com o novo C3. O<br />
carro de entrada na marca francesa<br />
é fabricado no Brasil, entre<br />
outros itens, ele recebeu nova<br />
arquitetura, design alinhado ao<br />
europeu, um para-brisa que<br />
avança no teto. Chamado de<br />
Zenith, é como uma bolha de<br />
vidro e oferece visão superior<br />
para motorista e passageiro.<br />
O interior tem um novo<br />
quadro de instrumentos, com<br />
luz de cor branca e cinco saídas<br />
de ar arredondadas.<br />
Ainda foi incorporado o<br />
novo motor 1.5i Flex de quatro<br />
cilindros, oito válvulas, bloco e<br />
cabeçote em alumínio. Mudaram<br />
os pistões, coletor de admissão<br />
e o corpo da borboleta.<br />
Foram integrados recursos<br />
como uma válvula termostática<br />
pilotada e velas com tecnologia<br />
“V” Groove. Os pistões, anéis,<br />
assim como os cilindros usam<br />
acabamento “low friction”, uma<br />
tecnologia para reduzir atritos.<br />
As bielas são novas de alta resistência<br />
e baixo peso. A rota das<br />
correias foi otimizada, conta<br />
com tensionador dinâmico para<br />
minimizar vibrações e ruídos,<br />
sistema drive by wire, o qual<br />
emprega fios e sensores para<br />
conectar o corpo da borboleta<br />
ao acelerador, a taxa de compressão<br />
é de 12,5:1. Este propulsor<br />
entrega potência de 89<br />
cv (G)/ 93 cv (E) a 5.500 rpm.<br />
O torque é de 13,5 kgfm/ (G) e<br />
15,5 kgfm (E) a 3.000 rpm.<br />
Apesar destas novidades, o<br />
propulsor não apresenta dificuldades<br />
ao reparar. “Ele tem<br />
bom espaço no cofre, o que facilita<br />
acesso aos principais itens<br />
como os bicos injetores, filtros<br />
de ar e óleo e a correia Poly V, o<br />
que dá um pouco mais de tra-<br />
PARA TROCAR OS AMORTECEDORES<br />
N‹O H˘ NECESSIDADE DE RECOR-<br />
RER AO USO DE FERRAMENTAS ES-<br />
PECIAIS, A VERS‹O COM MOTOR 1.5L<br />
UTILIZA DISCO DE FREIO SŁLIDO<br />
NA DIANTEIRA<br />
BICOS INJETORES<br />
NESTE MOTOR OS BICOS INJETORES<br />
S‹O DE F˘CIL ACESSO, O QUE FA-<br />
CILITA PARA REALIZAR REPAROS E<br />
SUBSTITUIǛES
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www.reparacaoautomotiva.com.br Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> |<br />
PERFIL 9<br />
balho é para acessar as velas,<br />
pois antes é necessário retirar a<br />
bobina”, analisa Roberto Ghelardini<br />
Montibeller, do Centro<br />
Automotivo High Tech.<br />
Comparado ao C3 anterior,<br />
os sistemas de suspensões dianteiro<br />
e traseiro foram reformulados.<br />
Na frente a bitola<br />
FILTRO DE ŁLEO<br />
SEGUE A LINHA UTILIZADA NOS MO-<br />
TORES DO GRUPO PSA, É DO TIPO<br />
ECOLŁGICO E NECESSITA DE<br />
TORQU¸METRO, A ESPECIFICAÇ‹O DE<br />
APERTO EST˘ NA TAMPA<br />
FILTRO DE COMBUST¸VEL<br />
aumentou 14 mm. Também<br />
foram modificados amortecedores,<br />
molas, batentes dianteiros<br />
e traseiros. A dianteira<br />
utiliza sistema tipo Pseudo<br />
McPherson, independente,<br />
molas helicoidais, amortecedores<br />
hidráulicos telescópicos e<br />
barra estabilizadora. Já a traseira<br />
tem travessa deformável, molas<br />
helicoidais, amortecedores hidráulicos<br />
telescópicos e barra<br />
estabilizadora. “Não há dificuldades<br />
em reparar as suspensões,<br />
as ferramentas são comuns nas<br />
oficinas, o reparador deve ficar<br />
atento com as bandejas, pois o<br />
ideal é trocá-las e não tentar<br />
substituir só as buchas, como<br />
ocorre em outros carros. E para<br />
dar curso aos amortecedores é<br />
preciso baixar o sub-chassi<br />
antes de efetuar a troca”,<br />
fala Roberto.<br />
COXIM SUPERIOR<br />
Também para reparar os sistemas<br />
de freios o reparador não<br />
encontra dificuldades, pois na<br />
dianteira utiliza discos sólidos e<br />
tambor na traseira.<br />
Outro equipamento de série<br />
utilizado no novo C3 é a direção<br />
elétrica com assistência variável,<br />
o que não causa<br />
problemas ao alinhar o modelo.<br />
“O reparador só precisará de<br />
MOTOR<br />
DENOMINADO TU4M FLEX, COM 1.449 CM³, QUATRO CILINDROS EM LINHA E OITO<br />
V˘LVULAS, UTILIZA SISTEMA DE INJEÇ‹O ELETRłNICA MPI<br />
PAINEL<br />
BANDEJA<br />
NA FOTO É POSS¸VEL VISUALIZAR A<br />
FIXAÇ‹O FEITA COM REBITES, NO<br />
CASO DE PROBLEMAS NO PIVł É<br />
NECESS˘RIO TROCAR TAMBÉM<br />
A BANDEJA<br />
COLOCADO NA PARTE TRASEIRA DO<br />
CARRO, AO LADO DO TANQUE, É DE<br />
F˘CIL ACESSO E N‹O EXIGE FERRA-<br />
MENTAS ESPEC¸FICAS PARA TROCAR<br />
DE F˘CIL ACESSO, QUANDO FOR PRE-<br />
CISO REALIZAR A TROCA DA PEÇA, O<br />
REPARADOR N‹O ENCONTRAR˘<br />
DIFICULDADES<br />
FILTRO DE AR<br />
O SISTEMA DE ASPIRAÇ‹O DO AR EST˘ COLOCADO DE MANEIRA BEM VIS¸VEL, O SU-<br />
PORTE É F˘CIL DE RETIRAR E O ELEMENTO FILTRANTE TAMBÉM<br />
EM RELAÇ‹O AO C3 ANTERIOR, RECEBEU UM NOVO QUADRO DE INSTRUMENTOS,<br />
COM LUZ DE COR BRANCA E CINCO SA¸DAS DE AR ARREDONDADAS
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10 PERFIL<br />
| Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong><br />
www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
SUSPENS‹O TRASEIRA<br />
ELA UTILIZA TRAVESSA DEFOR-<br />
M˘VEL, MOLAS HELICOIDAIS,<br />
AMORTECEDORES HIDR˘ULI-<br />
COS TELESCŁPICOS E BARRA<br />
ESTABILIZADORA<br />
equipamento específico no caso<br />
de trocar o motor elétrico da<br />
direção para que o novo item<br />
seja reconhecido pelo<br />
sistema eletrônico do carro”,<br />
afirma ele.<br />
O novo C3 1.5L tem comprimento<br />
de 3.944 mm, sua largura<br />
total é de 1.708 mm, para<br />
uma distância entre-eixos de<br />
2.460 mm e altura de 1.521<br />
mm. A capacidade volumétrica<br />
do porta-malas é de 300 litros,<br />
mas chega a 1.000 litros<br />
com os bancos traseiros<br />
rebatidos.<br />
A versão de entrada Origine<br />
do novo Citroën C3 com<br />
motor 1.5L custa R$ 39.990 e<br />
traz de série: direção elétrica,<br />
ar-condicionado manual, air<br />
bags duplo, freios com ABS e<br />
EBD, vidros dianteiros com<br />
acionamento elétrico, volante<br />
com regulagem de altura e profundidade,<br />
retrovisores com regulagem<br />
elétrica e banco do<br />
motorista com regulagem de<br />
altura. Não integra a versão o<br />
teto Zenith.<br />
A opção Tendance traz de<br />
série a mais que a Origine: faróis<br />
de neblina, Luzes Diurnas<br />
de LED (DRL), para-brisa Zenith,<br />
rádio “Pioneer By Citroën”<br />
com comando satélite na<br />
coluna de direção e vidros traseiros<br />
com acionamento elétrico<br />
ao custo de R$ 45.090.<br />
Vendido com 3 anos de garantia,<br />
a fabricante oferece ainda a<br />
Revisão com Preços Fixos.<br />
ROBERTO GHELARDINI MONTIBELLER (CENTRO AUTOMOTIVO HIGH TECH)<br />
FICHA TÉCNICA<br />
NOVO CITROËN C3 1.5I BVM<br />
Motor<br />
Denominação: TU4M Flex<br />
Posição: Dianteiro, transversal<br />
Cilindrada: 1.449 cm³<br />
Número de cilindros: 4 em linha<br />
Número de válvulas: 8<br />
Sistema de injeção: Eletrônica MPI<br />
Acelerador: Eletrônico<br />
Potência: 89 cv (G)/ 93 (E) a 5.500 rpm<br />
Torque: 13,5 kgfm(G)/ 14,2 kgfm (E) a<br />
3.000 rpm<br />
Transmissão: Manual, 5 marchas<br />
Tração: Dianteira<br />
Direção: Elétrica com assistência variável<br />
Suspensões<br />
Dianteira: Pseudo McPherson, independente,<br />
molas helicoidais, amortecedores hidráulicos<br />
telescópicos e barra estabilizadora<br />
Traseira: Travessa deformável, molas helicoidais,<br />
amortecedores hidráulicos telescópicos e barra<br />
estabilizadora<br />
Freios<br />
Dianteiros: Discos sólidos<br />
Traseiros: Tambor<br />
Dimensões<br />
Comprimento: 3.944 mm<br />
Distância entre-eixos: 2.460mm<br />
Largura: 1708 mm<br />
Altura: 1.521mm<br />
Capacidades<br />
Tanque de combustível: 55 litros<br />
Porta-malas: 300 litros<br />
CUSTOS DE PEÇAS E SERVIÇOS*<br />
PEÇA/SERVIÇO<br />
AMORTECEDOR DIANTEIRO: R$593,88- PAR -<br />
AMORTECEDOR TRASEIRO: R$483,70- PAR -<br />
DISCOS DE FREIOS DIANTEIROS: R$339,43 -<br />
JOGO DE PASTILHAS DIANTEIRAS: R$145,73 -<br />
JOGO DE LONAS TRASEIRAS: R$232,42 -<br />
FILTRO DE ÓLEO: R$31,98 -<br />
FILTRO DE AR: R$67,98 -<br />
FILTRO DE COMBUSTÍVEL: R$26,00 -<br />
FILTRO ANTI-PÓLEN: R$40,98 -<br />
VELAS: R$25,02 -<br />
*A CITROËN NÃO DIVULGA PREÇOS DE SERVIÇOS, POIS ELES VARIAM DE ACORDO<br />
COM A REGIÃO QUE ESTÁ POSICIONADA A CONCESSIONÁRIA<br />
Colaborou: Citroën do Brasil
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12 CAPA<br />
| Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
Muito mais do<br />
que treinamentos<br />
Em se tratando de formação profissional, o destaque<br />
é o SENAI, mas outras iniciativas ganham relevância,<br />
como o CTRA, para suprir a carência de especialização<br />
Texto: Karin Fuchs<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
No setor de reparação automotiva as demandas são muitas. De um<br />
lado, uma grande quantidade de veículos seminovos que estão<br />
saindo do período da garantia e vão para as mãos dos reparadores.<br />
De outro, o gap nas oficinas com a velha conhecida carência de mão de obra.<br />
Nesse meio campo, algumas iniciativas fazem a diferença para quem busca<br />
não apenas qualificação, mas a diferenciação.<br />
Em todo o País, o braço dos reparadores se traduz no SENAI, uma<br />
referência em formação profissional e parceiro dos Sindirepas. Mas, há<br />
também projetos que se destacam em se tratando de cursos, que vão<br />
muito além de puros treinamentos institucionais/técnicos, sejam eles de<br />
fabricantes, lojas de autopeças, como também o próprio CTRA, Centro<br />
de Treinamento da Reposição <strong>Automotiva</strong>, idealizado pela Prána<br />
Editora & Marketing. Nesta matéria, veremos quem está fazendo a diferença<br />
no mercado com foco no reparador.<br />
Idealizado em janeiro de 2011, o CTRA foi criado com uma proposta<br />
diferenciada: reunir em um único espaço uma oficina modelo e duas salas<br />
de aulas equipadas e climatizadas, com o objetivo de oferecer aos reparadores<br />
cursos de especialização. Inaugurado em setembro do mesmo ano,<br />
somente no ano passado cerca de 1.700 profissionais da reparação participaram<br />
dos cursos.<br />
Bernardo Tupinambá, diretor da Prána E&M, conta que o CTRA nasceu<br />
de uma necessidade identificada no<br />
mercado. “Em contato com as indústrias<br />
e com os profissionais de assistências<br />
técnicas, percebemos que<br />
grande parte do problema de devolução<br />
de peças em garantia ocorre<br />
por erros de aplicação. Assim, idealizamos<br />
o CTRA como um espaço<br />
para que as indústrias ofereçam cursos<br />
para a correta aplicação de seus<br />
produtos”, afirma.<br />
Localizado na zona Sul de São<br />
Paulo, o CTRA oferece aos seus parceiros<br />
não apenas duas salas de aulas,<br />
como também uma oficina modelo<br />
- uma oficina escola -, com equipamentos<br />
de última geração fornecidos<br />
por exemplo pela Bosch e Raven, o<br />
que inclui rampas, elevadores e scanners.<br />
São vários cursos oferecidos aos<br />
BERNARDO TUPINAMB˘, DA<br />
PR˘NA EDITORA & MARKETING<br />
reparadores e, para cada um deles, a<br />
meta é ter no máximo 15 alunos para<br />
que eles tenham o máximo de aproveitamento.<br />
“Outro diferencial que oferecemos às indústrias é delas terem um espaço<br />
para divulgação de seus produtos, uma área de publicidade que se destaca na<br />
oficina modelo. Além disso, as anunciantes também participam com as suas<br />
logomarcas nas matérias Passo-a-Passo, Perfil e Comparativos, publicadas<br />
mensalmente no Reparação <strong>Automotiva</strong>”, especifica Tupinambá.<br />
Para este ano, o foco é intensificar e aumentar o número de treinamentos.<br />
“Os cursos são abertos ao reparador e ministrados por profissionais do mercado.<br />
Vale destacar que os treinamentos são de especialização e não de formação<br />
de mecânico”, ressalta o diretor da Prána. Confira a grade do CTRA<br />
neste jornal na página 36.<br />
PENSANDO NO COLETIVO<br />
Neste ano, o Núcleo Estadual de Automecânicas de Santa Catarina<br />
(NEA-SC) completa 15 anos e, desde o início, sempre teve como foco<br />
a qualificação nas oficinas. Atualmente, 66 municípios, de um total de<br />
293, são atendidos por meio do programa de treinamentos, totalizando<br />
420 oficinas.<br />
Odair J. Borges de Freitas, coordenador do NEA-SC e presidente da<br />
ARVESC (Associação dos Reparadores Veiculares de Santa Catarina), informa<br />
que, até 2020, a meta é atingir pelo menos 80% dos municípios. “É<br />
um trabalho grande que estamos fazendo e queremos chegar a pelo menos<br />
200 municípios atendidos”, revela.<br />
E, para tanto, além do programa permanente de capacitação técnica, incluindo<br />
treinamentos técnico e gerencial, o que envolve 16 núcleos em uma<br />
programação de 24 meses, com uma média de 10 horas de treinamento/mês,<br />
o NEA-SC também disponibilizará dois treinamentos semanais via TV a<br />
cabo. “É uma parceria que fizemos e já adquirimos 13 antenas para os núcleos<br />
que farão parte deste programa”, antecipa.<br />
Todas as demandas vêm dos núcleos locais. Eles realizam reuniões<br />
quinzenais, especificam as suas necessidades para, assim, serem discutidas<br />
CRIADO H˘ 15 ANOS, O NÐCLEO ESTADUAL DE AUTOMEC˜NICAS DE SANTA CATARINA<br />
(NEA-SC) SEMPRE TEVE COMO FOCO A QUALIFICAÇ‹O NAS OFICINAS
eparacao<strong>57</strong>c_Layout 1 15/02/2013 19:42 Page 13<br />
r<br />
www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> | CAPA 13<br />
PELO BRASIL<br />
Tanto em Goiás como em Minas Gerais, o Sindirepa conta com o Senai<br />
como grande parceiro na formação profissional. No Estado mineiro, a programação<br />
contempla os meses de fevereiro a agosto, com foco no aperfeiçoamento<br />
e qualificação profissional. Há também o Programa Novos<br />
Talentos, que tem como objetivo atender a uma demanda específica de um<br />
grupo de oficinas que necessita recrutar para determinado cargo específico,<br />
dando total aporte financeiro para a formação do profissional e sua imediata<br />
contratação.<br />
Outra iniciativa é o Programa Egressos, que possibilita o encaminhamento<br />
de alunos dos cursos ofertados pela unidade Centro Automotivo para<br />
as oficinas. Assim, eles têm a vivência prática em ambiente real de trabalho<br />
e sua futura absorção no quadro de funcionários das empresas filiadas ao<br />
Sindirepa-MG.<br />
Já em Goiás, Ailton Aires Mesquita, presidente do Sindirepa-GO, informa<br />
que a programação de cursos é feita de comum acordo com o SENAI-<br />
GO, e de acordo com a necessidade dos associados. “As demandas são para<br />
todas as áreas da reparação automotiva, pois não estamos conseguindo a connas<br />
reuniões mensais do NEA-SC e determinadas as prioridades. “Além<br />
de um instrutor contratado que foi professor do Senai e pessoas qualificadas<br />
pela Dpaschoal, temos também parcerias com as fábricas que disponibilizam<br />
seus técnicos para demonstração de procedimentos de<br />
montagem e aplicação de determinado produto”, diz Freitas, acrescentando<br />
que, no ano passado, a MTE-Thomson, Luk Embreagem e a Fremax<br />
foram as parceiras nesse processo.<br />
Para o biênio 2013-2015, Freitas conta que a meta é envolver mais de<br />
200 oficinas nos programas de capacitação, com a participação de mais de<br />
1.000 profissionais e oferecer, no mínimo, quatro horas de capacitação mensal<br />
via TV a cabo e, também, intensificar os treinamentos por meio de parcerias<br />
com indústrias, distribuidores e instrutores contratados pelo NEA-SC.<br />
INICIATIVA INDIVIDUAL<br />
Na cidade de Santa Maria (RS), o grupo Apul, atualmente composto<br />
pela APUL Peças e Acessórios, Apultech São Leopoldo e POA, e o Centro<br />
de Treinamento APUL, durante 18 anos realizou cursos e palestras com foco<br />
nos profissionais do aftermarket (oficinas, frotistas, balconistas, entre outros).<br />
E foi exatamente por meio desta iniciativa que foi criado, no ano de 2009, o<br />
Centro de Treinamento Apul especificamente para formação profissional.<br />
Alexandre Lima, diretor Geral do grupo Apul, conta que até agora cerca<br />
de 1.900 profissionais já foram treinados, em turmas de 20 alunos, com uma<br />
carga horária média de 15 horas. “Os cursos são ministrados pelo professor<br />
Carlos Alexandre de Oliveira, que tem vasta experiência no setor e que por<br />
mais de uma década atuou no Senai. Já a programação é desenvolvida conforme<br />
as peculiaridades de cada região ou cidade. Nos grandes centros, por<br />
exemplo, o foco é veículos mais novos e, nas cidades do interior do Estado,<br />
o grande apelo são os carros mais antigos”, comenta.<br />
Para a formação de turmas é utilizado o banco de dados da própria loja<br />
do grupo. “Com o cadastro em mãos, o nosso vendedor faz uma primeira<br />
sondagem de tema, data, hora e local. Posteriormente, disponibilizamos a<br />
agenda para divulgação. Entre os principais temas dos treinamentos, destacam-se:<br />
multímetro e medições, injeção eletrônica, análise de gases, scanner<br />
e interpretações”, cita.<br />
E, neste ano, o Centro de Treinamento Apul contará com uma novidade.<br />
“Além de novos temas, ainda neste mês de fevereiro disponibilizaremos um<br />
novo site onde os alunos e clientes poderão se inscrever para participar dos<br />
cursos, esclarecer dúvidas com uma assessoria técnica mais revigorada e,<br />
também, comprar equipamentos de diagnóstico em condições mais facilitadas”,<br />
finaliza.<br />
ESCOLA ESPECIALIZADA<br />
Referência em São Paulo, a Escola SENAI Conde José Vicente de Aze-<br />
O CENTRO DE TREINAMENTO APUL, PERTENCENTE AO GRUPO APUL, REALIZA CURSOS<br />
E PALESTRAS COM FOCO NOS PROFISSIONAIS DO AFTERMARKET<br />
REFER¯NCIA EM S‹O PAULO, A ESCOLA SENAI CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO<br />
(SENAI IPIRANGA) OFERECE UMA EXTENSA PROGRAMAÇ‹O DE CURSOS<br />
vedo (Senai Ipiranga) oferece uma extensa programação de cursos com turmas<br />
que se iniciam semestralmente. O professor Fabio Rocha, diretor da<br />
escola, conta que na área automotiva são emitidos anualmente cerca de<br />
15.000 certificados, incluindo profissionais da reparação independente e de<br />
concessionárias, da indústria e da comunidade.<br />
“Por serem cursos de formação e gratuitos, as maiores procuras são para<br />
os cursos de Aprendizagem Industrial, Mecânico Automobilístico e Curso<br />
Técnico em Manutenção <strong>Automotiva</strong>. O Curso Superior de Tecnologia em<br />
Sistemas Automotivos, ressarcido, também tem apresentando um grande<br />
número de interessados pelos profissionais do setor automotivo. E, na linha<br />
de Cursos de Formação Inicial e Continuada (curta duração) os títulos mais<br />
procurados são de Mecânico de Motor Ciclo Otto e Eletricista Automotivo”,<br />
especifica, acrescentando que a grade de cursos está disponível no portal<br />
www.automobilistica.sp.senai.br.<br />
Além desses, Rocha especifica que o SENAI oferece também cursos de<br />
Gratuidade Regimental na linha de cursos de Formação Inicial e Continuada<br />
para pessoas de baixa renda ou desempregadas. E, ainda, “o SENAI do Ipiranga,<br />
como toda a sua rede, tem realizado um trabalho no sentido de adequar-se<br />
às demandas. Neste aspecto, as entidades de classe do setor, entre<br />
elas o Sindirepa, Sindipeças e Anfavea, têm tido uma participação estreita<br />
com nossa entidade subsidiando na organização das ações para atendimento<br />
das necessidades do setor. Vale ressaltar que o Departamento Regional do<br />
SENAI de São Paulo, em conjunto com a FIESP, têm realizado investimentos<br />
significativos em recursos tecnológicos, não só na unidade do Ipiranga<br />
como também nas outras 26 unidades do estado de São Paulo, que também<br />
atuam no segmento automotivo”, conclui.
eparacao<strong>57</strong>c_Layout 1 15/02/2013 19:42 Page 14<br />
AILTON AIRES MESQUITA,<br />
PRESIDENTE DO SINDIREPA-GO<br />
14 CAPA tratação de mão de obra especializada<br />
para atender todo o nosso segmento”,<br />
revela.<br />
De acordo com ele, no ano passado<br />
participaram dos treinamentos<br />
cerca de 400 profissionais, em cursos<br />
com carga horária média de 20<br />
horas. “Para este ano, estamos finalizando<br />
a elaboração da grade de cursos<br />
e com certeza teremos ótimas<br />
novidades para os nossos associados.<br />
Além disso, contamos também com<br />
o apoio das fábricas, entre elas, Bosch, Magneti Marelli e Mahle Metal Leve,<br />
para a realização dos treinamentos”, cita.<br />
No Maranhão, uma iniciativa bem diferenciada vem surtindo ótimos<br />
efeitos. Por meio de uma ONG local – a CEPROMAR (Centro Profissionalizante<br />
do Maranhão), cuja missão é a formação profissional de jovens carentes<br />
e em situação de vulnerabilidade social –, o Sindirepa e o Senai, que<br />
abraçou a ideia, foi criado o projeto Mecânico Solidário, para ofertar cursos<br />
de formação profissional nos períodos matutino e vespertino, e de capacitação<br />
sempre à noite.<br />
Antonio Rosa Pereira, presidente do Sindirepa-MA, conta que a programação<br />
de treinamento é feita sempre em dezembro para o ano todo e que<br />
os temas são definidos pelo próprio Sindirepa. “Assim, temos cursos de mecânica<br />
de 160 horas e cursos de especialização de componentes específicos,<br />
com duração média de 60 horas. São entre 60 e 80 jovens inscritos por cursos,<br />
selecionados após uma triagem, desde a ficha de inscrição, entrevista e teste<br />
aplicado por proprietários de oficinas. Os que não são selecionados são encaminhados<br />
para outros cursos oferecidos pela ONG”, especifica.<br />
Criado em 2006, Antonio, que também faz parte da diretoria do CE-<br />
PROMAR, lembra que no início as aulas eram ministradas por donos de<br />
oficinas e que, após a parceria, ficou a responsabilidade para o SENAI em<br />
realizar os treinamentos e capacitações necessárias, com o acompanhamento<br />
tanto do CEPROMAR como do Sindirepa/MA. Como resultado, diz ele:<br />
“90% dos jovens formados são empregados nas oficinas. E neste ano, além<br />
de novos treinamentos, também ganhamos um novo laboratório de<br />
informática”, comemora.<br />
O presidente do Sindirepa-MA só lamenta a falta de interesse, apoio de<br />
fabricantes e distribuidores. “Gostaríamos muito que eles estivessem conosco,<br />
como acontece em outros segmentos. Essa seria realmente a grande<br />
conquista para um projeto dessa magnitude, pois além de ser profissionalizante<br />
é também um projeto social”, finaliza.<br />
E em São Paulo, Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP, informa que<br />
o Sindicato tem uma ampla programação de atividades voltadas à capacitação<br />
do profissional da reparação por meio de convênio com empresas e instituições.<br />
“A entidade firmou parcerias com a Escola Senai-SP e também com<br />
empresas de treinamentos, como a Brasil Automático, que tem cursos focados<br />
em transmissão automática; a Carbusam Autotraining com treinamentos<br />
sobre inspeção veicular; a Mahle Metal Leve com treinamentos focados em<br />
montagem de desmontagem de motores, entre outros”, cita.<br />
Além deles, em 2011, outra iniciativa foi o convênio com o CIEE (Centro<br />
de Integração Empresa-Escola), para facilitar a contratação de estagiários<br />
nas oficinas, inclusive na área de mecânica, e o programa Educação Continuada<br />
que promove palestras técnicas gratuitas e conta com a participação<br />
de diversos fabricantes de autopeças e equipamentos em palestras técnicas<br />
em diversos municípios do estado de São Paulo. “Recentemente, como parte<br />
do projeto Educação Continuada, o Sindirepa-SP lançou o curso de Formação<br />
de Mecânicos para Inspeção Ambiental Veicular, com apoio da Controlar<br />
e patrocínio do Sebrae-SP”, informa Fiola.<br />
Depende da cidade, são, em média, mais de 40 profissionais por palestra.<br />
“Ainda não temos os números fechados do ano passado, mas desde que foi<br />
criado, em 2005, o projeto Educação Continuada já atendeu 63 núcleos de<br />
oficinas em 59 cidades do Estado de São Paulo, totalizando a participação de<br />
mais de 15 mil profissionais”, especifica.<br />
Segundo Fiola, atualmente o foco do trabalho do Sindirepa-SP está<br />
direcionado à capacitação profissional do reparador e também ao apoio e<br />
acompanhamento da iniciativa da criação de certificação profissional pelo<br />
SENAI, auditada pelo Inmetro. “Também estamos reestruturando o projeto<br />
Educação Continuada para ampliar ainda mais a sua programação<br />
nas cidades do Estado de São Paulo, por meio de parceria com as unidades<br />
regionais do SENAI. Assim, será possível dar mais dinamismo ao<br />
trabalho que desenvolvemos e, com isso, atingir um maior número de<br />
reparadores”, antecipa. Toda a programação de treinamentos está disponível<br />
no portal www.sindirepa-sp.org.br”.<br />
SOB A ÓTICA DAS INDÚSTRIAS<br />
Gerente de Marketing da MTE-<br />
THOMSON, Alfredo Bastos Júnior,<br />
analisa que a indústria sabe fazer<br />
peça e desenvolver tecnologia. Já<br />
ensinar é atribuição para outro<br />
tipo de empresa. “Como, por<br />
exemplo, o CTRA, que tem uma<br />
estrutura montada especificamente<br />
para isso, sem interferir<br />
PALESTRA MTE-THOMSON REALIZADA<br />
NAS DEPEND¯NCIAS DO CTRA<br />
numa rotina de fábrica, por<br />
exemplo. Porém, precisamos buscar<br />
um modelo completo em três etapas com formação básica, capacitação e especialização”,<br />
defende.<br />
Desta forma, ele acrescenta que é preciso discutir uma formação ao reparador<br />
de uma forma mais ampla. “Apenas informações disseminadas pelas indústrias<br />
sobre os seus produtos e aplicações não é suficiente. O reparador precisa de<br />
embasamento técnico, teorias mecânicas, que uma indústria não oferece. Informação<br />
é sempre bem-vinda, mas formação é imprescindível para a construção<br />
de um bom profissional. É necessário que haja uma formação completa do<br />
reparador, com certificação profissional e reconhecimento do MEC (Ministério<br />
da Educação e Cultura)”.<br />
Para Willian Moreira da Silva, engenheiro Automotivo da NSK Brasil - Aftermarket,<br />
“as principais vantagens de cursos ocorridos no CTRA em relação aos promovidos<br />
na indústria, é que o CTRA possui uma estrutura muito próxima de<br />
uma oficina completa, o que aproxima o reparador da sua rotina diária, além<br />
disso, a localização do CTRA auxilia o interesse dos reparadores da região de<br />
participarem dos cursos”.<br />
Ele também avalia que cursos de longa duração são importantes para os profissionais<br />
de reparação que estão entrando no mercado, já que eles oferecem uma base<br />
técnica para utilizarem em toda sua carreira. “Porém, não podem ser deixados de<br />
| Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br
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16 CAPA<br />
| Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
SOB A ÓTICA DAS INDÚSTRIAS<br />
lado os treinamentos de atualização. As tecnologias utilizadas no setor automotivo<br />
se desenvolvem tão rapidamente que sem cursos de atualização os reparadores<br />
ficam desatualizados rapidamente”, comenta.<br />
E na visão de Luiz Freitas, diretor de Marketing da Freudenberg-NOK, joint-venture<br />
da Corteco, curso rápido é interessante, mas acaba sendo muito raso. “Acabam<br />
sendo palestras técnicas e institucionais, sem muito aprofundamento no tema. O<br />
que temos privilegiado são os treinamentos um pouco mais longos, como, por<br />
exemplo, o programa Maxxi Training, que tem três dias de duração e, também os<br />
realizados via TV, que oferecem módulos mais completos”.<br />
Em relação ao CTRA, Freitas destaca que a grande vantagem é a estrutura, a qualidade<br />
do treinamento, os sistemas e o apoio das indústrias. “E tudo isso é muito importante<br />
para o reparador, pois ele sabe que está indo aprender com a ferramenta e<br />
os equipamentos necessários”. A mesma avaliação é feita por Sabrina Carbone,<br />
gerente de Marketing da Affinia <strong>Automotiva</strong>. “É uma iniciativa importante para promover<br />
a capacitação dos profissionais da reparação de veículos. Trata-se de mais um<br />
espaço para levar informação técnica ao aplicador que precisa estar atualizado com<br />
as novidades e lançamentos do mercado ainda mais com a diversificação de marcas<br />
e modelos de veículos, o que acaba ampliando o portfólio de produtos e, consequentemente,<br />
aumentando também as informações sobre a aplicação. Tudo isso<br />
exige muito conhecimento por parte do reparador que deve estar<br />
sempre atualizado”.<br />
Ainda de acordo com ela, “assim como uma oficina, o CTRA tem uma estrutura bem<br />
montada com variados tipos de equipamentos e ferramentas que facilitam os cursos<br />
na prática. Além disso, é possível agregar a força de divulgação que o CTRA possui<br />
por ter um relacionamento já desenvolvido com o nosso canal”.<br />
Por fim, Sabrina compara que sejam cursos rápidos ou longos, formação é sempre<br />
importante. “Os cursos rápidos são úteis para ajudar o reparador a se atualizar e<br />
tornar o serviço na oficina mais ágil. Já os mais longos de especialização são essenciais<br />
para a formação do reparador. Diria que os dois são importantes e se complementam”,<br />
conclui.<br />
NO CENTRO, AFFINIA REALIZOU TREINAMENTOS DE LUBRIFICAÇ‹O E<br />
SUSPENS‹O DA NAKATA<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O
eparacao<strong>57</strong>c_Layout 1 15/02/2013 19:42 Page 17<br />
r<br />
Ano V - NÀ<strong>57</strong> - Fevereiro 2013<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
Das pistas para as ruas<br />
ARTIGO<br />
Texto: Fernando Calmon*<br />
Oautomobilismo de competição sempre teve<br />
papel primordial para o desenvolvimento<br />
dos carros comuns desde a primeira corrida<br />
realizada no mundo, em 1894, entre as cidades<br />
francesas de Paris e Rouen. Essa migração de tecnologia<br />
aconteceu em praticamente todos os componentes<br />
e sistemas, em maior ou menor grau,<br />
muitas vezes sofrendo adaptações por razões práticas<br />
e/ou de custos.<br />
Os primeiros automóveis, surgidos em 1886, não<br />
passavam de carroças ou carruagens que recebiam<br />
motor e transmissão. Justamente a necessidade<br />
surgida com a competição levou ao desenvolvimento do primeiro chassi específico<br />
para automóvel. Daí em diante, a lista de pioneirismos nascidos nas pistas é muito<br />
extensa. Desde itens simples, como o primeiro espelho retrovisor (1911) até o<br />
turbocompressor nos motores (1923).<br />
Tração nas quatro rodas, por exemplo, surgiu em 1906, e transcorreram 60<br />
anos até o sistema migrar de utilitários pesados para automóveis comuns. Já freios<br />
a disco tiveram adoção bem mais rápida, pois surgiram em 1953 e dois anos depois<br />
estreavam nas rodas dianteiras de um automóvel topo de linha.<br />
A Fórmula 1, expressão máxima de um veículo específico para corridas, também<br />
responde por vários avanços, embora sofisticação e alto custo sempre<br />
tenham sido obstáculos para transferências. Fibra de carbono, utilizada desde<br />
1975, é aplicada hoje em carros mais caros, mas já em 1987 apareceu em pequenas<br />
partes mecânicas de picapes para aliviar peso.<br />
Os motores atuais herdaram vários de seus desenvolvimentos diretamente<br />
dos autódromos. Economia de combustível é exceção, porém as coisas vêm mudando<br />
até na F-1. Em 2013 termina a era do foco único em potência, embora<br />
desde 2008 a categoria utilize a recuperação de energia cinética dos freios (KERS,<br />
em inglês). O objetivo não foi apenas potência extra, pois<br />
o sistema permite pequena economia de gasolina.<br />
A partir de 2014, os motores sofrerão o processo de<br />
downsizing, ou seja, diminuição de tamanho e adoção de<br />
turbocompressor, como já acontece nos propulsores de<br />
veículos comuns. O V-8, de 2,4 litros, 700 cv/18.000 rpm,<br />
consumo em torno de 1,6 km/l, passará a V-6, de 1,6 litro,<br />
limitado a 550 cv/15.000 rpm. Esse novo motor utilizará<br />
pela primeira vez injeção direta, mas com nada menos de<br />
500 bares de pressão contra 200 bares dos automóveis<br />
de rua.<br />
Outra novidade é um motor elétrico acoplado ao turbocompressor<br />
(foto) que, além de acrescentar 150 cv, elimina qualquer atraso de<br />
resposta na aceleração (turbo lag). No final, a potência somada se iguala aos 700<br />
cv atuais, porém com extraordinária diminuição de consumo de 35%. Apesar de<br />
caros, acredita-se que tanto o eletroturbo como as válvulas injetoras e bombas<br />
de alta pressão (desenvolvidas pela Magneti Marelli), possam baixar de preço e<br />
migrar para os automóveis em quatro a cinco anos, de início em<br />
modelos premium.<br />
Não para por aí. O sistema avançado de captação de dados e transmissão em<br />
tempo real dos monopostos para os boxes, substituto da radiofrequência, tem<br />
previsão de evoluir da F-1 para ruas e estradas, de modo ampliado. Ao utilizar<br />
redes Wi-Fi de grande capacidade, será possível integração entre um veículo e<br />
outro, para evitar acidentes; ou entre veículos e infraestruturas centrais, visando<br />
ao tráfego inteligente, o que inclui otimização de rotas e direção sem motorista.<br />
*Jornalista especializado desde 1967, engenheiro e consultor<br />
técnico, de comunicação e mercado. fernando@calmon.jor.br e<br />
www.twitter.com/fernandocalmon<br />
Para o seu crescimento<br />
Este mês Fernando Calmon aborda as novas tecnologias desenvolvidas<br />
nos sistemas dos veículos com o artigo „Das pistas para as ruas‰.<br />
Já a Monroe destaca os problemas que os pneus descalibrados<br />
causam aos amortecedores.<br />
Para o segmento dos pesados, Iveco explica como entender as infor-<br />
mações transmitidas pelo tacômetro (conta-giros). Por fim, a Meritor<br />
alerta para a segurança do veículo e condutor através do perfeito funcionamento<br />
do eixo.<br />
Boa leitura!<br />
O Editor
eparacao<strong>57</strong>c_Layout 1 15/02/2013 19:42 Page 18<br />
NÀ<strong>57</strong> - Fevereiro 2013<br />
Monroe revela problemas que pneus<br />
descalibrados causam aos amortecedores<br />
FABRICANTE OFERECE DICAS DE COMO MANTER AS PEÇAS EM ORDEM E SEM DESGASTE<br />
T<br />
Conduzir um automóvel com<br />
pneus sem a calibragem correta<br />
pode colocar em risco os<br />
ocupantes do veículo, desgaste de<br />
vários componentes, além de registrar<br />
um gasto extra na oficina. Este é<br />
o alerta da Monroe, líder mundial no<br />
desenvolvimento e fabricação de<br />
amortecedores, sobre a importância<br />
de verificar a calibragem de pneus,<br />
evitando possíveis corrosões no sistema<br />
de suspensão.<br />
Ao passar por uma via irregular,<br />
os pneus são os primeiros componentes<br />
da suspensão a absorver os<br />
impactos e oscilações, transmitindo<br />
esses movimentos à suspensão. Desta<br />
forma, se os pneus estiverem desgastados<br />
ou descalibrados, haverá uma<br />
alteração significativa no repasse<br />
desses comportamentos ao amortecedor,<br />
sobrecarregando a peça.<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
“Se descalibrados, os pneus<br />
transmitirão para a suspensão do<br />
veículo movimentos exagerados,<br />
assim quanto pior as condições de<br />
rodagem, maior será a corrosão do<br />
amortecedor”, esclarece Juliano<br />
Caretta, coordenador de Treinamento<br />
da Monroe no Brasil. “A recomendação<br />
é que os pneus, bem<br />
como os amortecedores, sejam verificados<br />
no ato do rodízio, a cada<br />
5.000 km ou conforme especificações<br />
do fabricante”, conclui.<br />
Para garantir que os amortecedores<br />
não sofram desgaste por<br />
conta do mau uso do pneu, verifique<br />
se o mesmo é compatível com o<br />
veículo, conferindo o desenho da<br />
banda, o índice de carga e velocidade.<br />
É importante ressaltar que<br />
nunca devem ser usados pneus de<br />
medidas diferentes no mesmo<br />
veículo e o ideal é que os quatro<br />
sejam da mesma marca. Além disso,<br />
faça regularmente o balanceamento<br />
e alinhamento, e semanalmente,<br />
confira a calibragem dos pneus.<br />
REVISÃO<br />
A principal função do amortecedor<br />
é manter o contato permanente entre os pneus e o solo. Amortecedores<br />
danificados provocam o desgaste prematuro dos pneus, risco de<br />
aquaplanagem, balanço excessivo do carro, ruídos na suspensão e perda de<br />
estabilidade, diminuindo o controle em curvas e em pavimentos irregulares,<br />
oferecendo riscos para os ocupantes do veículo. Por isso, a Monroe aconselha<br />
a verificação dos amortecedores e do sistema de suspensão a cada 40.000<br />
quilometros ou conforme especificações do fabricante.<br />
*COLABOROU: MONROE
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Fevereiro de 2013 Módulo 1 - Fascículo 5 / 5<br />
Pós-Venda<br />
Texto: Simone Kühl<br />
Investimentos no pós-venda são fundamentais<br />
para conquistar a confiança e promover um<br />
relacionamento de amizade com o consumidor<br />
O caderno Reparador-Empresário, desenvolvido pelo jornal<br />
Reparação <strong>Automotiva</strong>, trouxe em suas últimas<br />
edições: Atendimento, Avaliação/Orçamento/Cotação,<br />
Condições de Pagamento e Garantia com dicas importantes<br />
de gestão para o profissional.<br />
E para finalizar a série de cinco edições deste caderno<br />
especial, o tema discutido pelos reparadores e pelo consultor<br />
do Sebrae-SP é Pós-Venda, área esta essencial<br />
para o crescimento e sucesso dos negócios.<br />
Estruturação e expectativas<br />
“Quanto mais pós-venda, mais<br />
chances de corrigir pequenos defeitos<br />
e atender as expectativas de desejos<br />
dos clientes”.<br />
De acordo com Reinaldo Messias, consultor do Sebrae-SP<br />
existem dois canais diretos de relacionamento com o<br />
cliente, o proativo, quando o empresário prospecta a<br />
opinião do cliente; e o reativo, quando o cliente entra em<br />
contato com a empresa para dizer o que não estava<br />
bom no produto/serviço. Os dois canais avaliados pelo<br />
pós-venda refletem a análise do mercado.<br />
“Em uma entrevista de pós-venda é<br />
possível identificar outras observações<br />
do cliente, que servem<br />
de apoio para novas condições<br />
de serviços”.<br />
Exemplo: Há algum tempo levei meu veículo em uma<br />
pequena mecânica perto de minha casa devido um<br />
problema no freio. O profissional fez o reparo e trocou as<br />
pastilhas e os discos de freio. Em uma pequena entrevista<br />
ele perguntou se eu andava muito com o carro, em<br />
média quantos quilômetros por semana e se eu tinha o<br />
hábito de fazer a manutenção preventiva. E, para a<br />
minha surpresa em um período correspondente aproximadamente<br />
entre seis e oito meses, dentro de uma<br />
quilometragem que ele havia especificado como adequada<br />
para fazer a troca da pastilha de freio, ele me telefonou,<br />
se apresentou, perguntou se eu ainda estava com<br />
o veículo que ele realizou o reparo e se eu gostaria de<br />
passar pela oficina sem compromisso para verificar o estado<br />
das pastilhas de freio e caso necessário realizar a<br />
substituição. Contudo, esta ação só seria possível se o<br />
reparador tivesse realizado o serviço de maneira adequada,<br />
ou seja, dois dias após executado o serviço recebi<br />
uma ligação de sua secretária perguntando se o carro estava<br />
adequado, foi entregue limpo, se eu estava satisfeito<br />
com o resultado, se o prazo de entrega foi dentro do<br />
combinado e se tudo estivesse de acordo o reparador<br />
voltaria a ligar no período julgado necessário para um<br />
novo reparo.<br />
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Bernardo Henrique Tupinambá<br />
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SUPLEMENTO DESTACÁVEL E COLECIONÁVEL
eparacao<strong>57</strong>c_Layout 1 15/02/2013 19:42 Page 20<br />
2<br />
Fevereiro de 2013<br />
Lidando com críticas<br />
A oficina deve deixar claro que a crítica é<br />
bem recebida.<br />
De acordo com Reinaldo, todos têm o direito de errar e<br />
eventualmente ocorrem falhas na comunicação também.<br />
“Revidar a crítica durante o pós-venda<br />
é assumir que não está preparado para<br />
realizar esta atividade”.<br />
No caso de críticas procedentes, é recomendada uma<br />
manifestação formal do dono da oficina referente<br />
ao problema.<br />
“Deixe claro ao cliente que a crítica<br />
será ouvida, se você já está se expondo e<br />
perguntando se o reparo deu o resultado<br />
esperado e escuta um não, a primeira atitude<br />
é perguntar o porquê. Em seguida,<br />
pergunte se o mesmo já entrou em contato<br />
com a oficina que fez o trabalho e<br />
caso não, sugira que o cliente leve o<br />
veículo à oficina para levantar as necessidades<br />
que não o deixaram satisfeito”.<br />
ALERTA: Nunca responda bravo ao cliente. Responda<br />
de maneira tranquila. Saiba escutar.<br />
Se a oficina tem poucos clientes, o ideal é fazer a cobertura<br />
de todos no pós-venda. Agora, se a oficina tem uma gama<br />
maior de clientes, o profissional pode levantar uma<br />
amostragem de 50% dos clientes atendidos nos últimos<br />
três dias. “Após, repasse estas informações para a equipe<br />
e procure se reposicionar em curto espaço de tempo para<br />
que os clientes deixem de perceber os pontos negativos”.<br />
Se prepare<br />
Para estar preparado e capacitado na área de pós-venda,<br />
Reinaldo sugere que o profissional separe um tempo do<br />
seu dia, em média de uma hora para a coleta de informações,<br />
de dois a três dias anteriores, para identificar a<br />
percepção dos clientes referentes aos serviços.<br />
ATENÇÃO: Existem casos em que as pessoas não se<br />
sentem muito à vontade ao receberem a ligação do<br />
dono da oficina, que muitas vezes também realizou o<br />
serviço. Recomenda-se contratar uma pessoa exclusiva<br />
para a função.<br />
Antes de iniciar a entrevista de pós-venda, o profissional<br />
deve estar atento a alguns detalhes, conforme explica<br />
Reinaldo:<br />
• Ordem de serviço.<br />
Independente do tamanho da oficina é primordial abrir<br />
uma ordem de serviço, pois nela ficará claro qual será o<br />
procedimento, horário de início e prazo de entrega. Caso<br />
possível, tire uma foto do veículo quando chegou e<br />
coloque-a também na ficha do cliente. Verifique se esta<br />
ordem está sendo respeitada e levada no devido tempo.<br />
• Reúna o máximo de informações na hora de realizar<br />
a entrevista.<br />
Tenha a ficha do cliente na mão, com informações do<br />
tipo de veículo e reparo executado para ter sensibilidade<br />
do que está falando.<br />
• Respeite os horários e privacidade do cliente.<br />
Procure não interromper o cliente em seu horário de<br />
trabalho. Se apresente primeiro e reforce em como essa<br />
pesquisa irá ter um resultado positivo, diga que está<br />
avaliando o serviço realizado e gostaria de um tempo da<br />
atenção do cliente. Determine o tempo e seja breve, com<br />
no máximo seis perguntas bem elaboradas que digam<br />
respeito à qualidade, satisfação, organização e reparo<br />
executado.<br />
• Contrate pessoas com experiência nesta área.<br />
Se possível procure contratar pessoas que possuam<br />
conhecimento na área de pós-venda. Tire o dono da<br />
oficina desta tarefa e contrate alguém para realizar este<br />
trabalho de forma mais estruturada e contínua.
eparacao<strong>57</strong>c_Layout 1 15/02/2013 19:42 Page 21<br />
Fevereiro de 2013 3<br />
Exemplos na prática<br />
Exercite o pós-venda<br />
Formulação do questionário:<br />
• O questionário deve ser simples e pequeno;<br />
• Tenha conhecimento do diagnóstico e execução do<br />
trabalho na hora da abordagem;<br />
• Seja claro. É importante transmitir clareza para o<br />
cliente responder da maneira mais assertiva possível;<br />
• Nada de utilizar “x” no formulário deve-se deixar o<br />
cliente falar, pois ele poderá fornecer informações<br />
importantes;<br />
• Evite falar de preços, no momento do pós-venda o<br />
preço não tem nenhum significado;<br />
• Fale sobre o prazo de entrega, reparo realizado, estado<br />
que o veículo foi devolvido, se os pertences estavam<br />
todos no veículo ou se o cliente notou falta de algo.<br />
Ressalte que a preocupação com a credibilidade da<br />
operação é tão importante quanto à ética profissional;<br />
• Não esqueça a famosa pergunta: “Você voltaria e<br />
por que motivo isso seria feito?”;<br />
• Pergunte se o cliente indicaria o serviço da oficina<br />
para terceiros e o porquê,<br />
• E nos últimos 30 segundos da entrevista, fale ao<br />
cliente que gostaria de vê-lo novamente na oficina, e ao<br />
chegar, informando que respondeu a pesquisa, ele<br />
ganhará um brinde, como um chaveiro, uma caneta ou<br />
uma lavagem.<br />
“Através deste questionário o cliente<br />
irá fornecer uma série de informações<br />
fortes para o melhor planejamento da<br />
atividade”.<br />
Reinaldo Messias,<br />
consultor<br />
do SEBRAE - SP<br />
FOTO: AG¯NCIA LUZ<br />
Importante para a oficina, o pós-venda representa o<br />
feedback do cliente sobre o serviço, é sua opinião desde o<br />
momento do atendimento até a entrega e teste do veículo,<br />
para verificar a eficiência do trabalho.<br />
“O pós-venda é tão importante quanto à própria execução<br />
do serviço”, destaca o diretor Técnico Responsável do Departamento<br />
Técnico de Manutenção Preventiva e Corretiva<br />
de Autos Mingau, em Suzano (SP), Edson Roberto de Avila.<br />
“É um diferencial onde o profissional pode mostrar o<br />
porquê do seu trabalho e a sua preocupação com o cliente.<br />
Representa também uma oportunidade para qualificar a<br />
equipe e a empresa”.<br />
De acordo com o sócio-proprietário da Mecânica do Gato,<br />
em São Paulo (SP), César Samos, o pós-venda sempre foi<br />
uma área delicada em qualquer empresa. “Nas empresas<br />
de pequeno porte, como a maioria das oficinas, é uma<br />
tarefa ainda mais complexa, principalmente devido à falta<br />
de pessoal dedicado a esta área. Mas devemos lembrar<br />
que é fundamental acompanharmos nossos clientes após<br />
a prestação do serviço, para medir o nível de qualidade do<br />
mesmo e a satisfação dos clientes”.<br />
Atendimento pós-venda<br />
Na Nipo Brasileiro (SP), o atendimento de pós-venda é<br />
feito após 15 dias da realização do trabalho, conforme explica<br />
o reparador Técnico, Eduardo Neves. “É feita uma<br />
ligação para o cliente, perguntando se o serviço executado<br />
no veículo ficou bom. O cliente sempre fica muito satisfeito<br />
com a ligação, caso seja negativa sua resposta, pedimos<br />
que o mesmo retorne à oficina para os ajustes necessários<br />
em seu veículo”.<br />
Já o proprietário da oficina MotorFast, em São Paulo (SP),<br />
Alberto Martinucci Jr., informa que este atendimento é efetuado<br />
em média após 5 dias. “Entramos em contato com o<br />
cliente para saber sua opinião sobre o atendimento, tempo<br />
de execução, forma de pagamento e se o mesmo sentiu<br />
real diferença entre o antes e depois do veículo. Caso haja<br />
alguma dúvida solicitamos o comparecimento dele<br />
na oficina”.
eparacao<strong>57</strong>c_Layout 1 15/02/2013 19:42 Page 22<br />
4<br />
Fevereiro de 2013<br />
Contato com o cliente<br />
Para Edson, todos os dispositivos tecnológicos vieram para<br />
agregar o pós-venda, mas o contato pessoal com o cliente<br />
se torna o mais eficaz. “Às vezes você acaba ligando em um<br />
momento inoportuno. A crítica construtiva é melhor realizada<br />
no bate-papo com o cliente, pois você dá liberdade para ele<br />
falar e automaticamente você irá ter liberdade para conhecêlo,<br />
desta maneira surge o relacionamento de amizade e o<br />
cliente deixa de existir, o que é extremamente positivo. Pois,<br />
caso o componente apresente algum problema, mesmo depois<br />
de efetuado o pós-venda, ele tem que ter a liberdade<br />
de ir à oficina, e quem dá essa liberdade é o profissional”.<br />
Em casos de reclamações, César sugere uma atenção especial,<br />
pois esta será a hora em que o cliente saberá se poderá<br />
contar com a empresa. “Neste momento nos cabe acolher o<br />
cliente, buscar a melhor solução do problema e garantir que<br />
o mesmo fique satisfeito. Isto não significa ceder a todas as<br />
reivindicações, mas usando o bom senso e embasamento<br />
técnico, chegar a uma solução justa para as partes”.<br />
Promova um atendimento<br />
diferenciado<br />
Eduardo, conta que em uma ligação de pós-venda, o cliente<br />
estava com um amigo no automóvel, que ficou admirado<br />
pela ligação da oficina, de ter esse atendimento<br />
diferenciado. “Este amigo quis saber mais detalhes sobre a<br />
oficina e hoje é nosso cliente e indica a oficina para os<br />
seus amigos”.<br />
Para Alberto, de todo o processo de comercialização de<br />
serviços o mais importante é o pós-venda. “Acredito que é o<br />
que representa a manutenção do cliente e agregação de<br />
novos. Fazer valer a garantia pós-serviço é mostrar ao<br />
cliente que você realmente trabalha com peças de origem e<br />
troca garantida quando se depara com defeitos. A atenção<br />
dispensada no caso de troca/ retrabalho se faz de forma<br />
imediata e rápida, pois o cliente não pode e não deve ficar<br />
novamente sem seu veículo. Primeiro resolve-se o problema<br />
com o cliente e depois com o seu fornecedor”.<br />
Eduardo Neves, da<br />
Nipo Brasileiro<br />
Alberto Martinucci Jr,<br />
da MotorFast<br />
Edson Roberto de Avila,<br />
da Autos Mingau<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
Dicas dos profissionais:<br />
César Samos, da<br />
Mecânica do Gato<br />
• Realize um bom diagnóstico.<br />
Tudo começa por um bom diagnóstico, de nada adianta<br />
uma oficina limpa, organizada e uma sala de espera se o<br />
profissional não estiver trocando ou reparando a peça correta.<br />
Invista em feedback, o retorno é muito bom e a<br />
satisfação do cliente é evidente. (Eduardo, da Nipo<br />
Brasileiro).<br />
• Desenvolva um sistema eficaz para executar o<br />
pós-venda.<br />
O ideal para criar um bom pós-venda é ter alguém da<br />
área administrativa para realizar este acompanhamento,<br />
desenvolver um questionário e um roteiro conforme o<br />
serviço prestado. O importante é ter um sistema próprio<br />
implantado, dinâmico e eficaz, que se cumpra de verdade<br />
e realize correções em casos de críticas negativas. Não<br />
adianta escutar, anotar e deixar do mesmo jeito, isto<br />
é perda de tempo, dinheiro e cliente. (Alberto,<br />
da MotorFast).<br />
• Invista em uma boa gestão.<br />
Para um pós-venda adequado é importante ter uma boa<br />
gestão da oficina para controle dos dados dos clientes e<br />
serviços prestados, garantindo a rastreabilidade de todo<br />
o processo, desde a chegada do veículo até a finalização,<br />
e, depois manter o arquivo destes serviços para consulta<br />
posterior. (César, da Mecânica do Gato).<br />
• Assuma a postura e responsabilidade de um<br />
profissional.<br />
O cliente nem sempre tem razão, com a gama de veículos<br />
novos, muitas vezes o cliente faz questionamentos sem<br />
entender, apenas pelas informações que colhe através da<br />
internet. O reparador não deve ter receio de debater com<br />
o cliente, é preciso assumir a postura de profissional, pois<br />
é ele que será responsável pela segurança do cliente, pois<br />
se o carro quebra ele colocará a vida da pessoa em risco.<br />
O reparador deve ser responsável e determinar o que<br />
será feito no veículo e cabe ao cliente acatar ou não ao<br />
orçamento, o reparador tem que ter a consciência que<br />
muitas das vezes ele não estará perdendo e sim<br />
ganhando, pois deixará de ter problema com o dono do<br />
veículo. (Edson, da Autos Mingau).
eparacao<strong>57</strong>c_Layout 1 15/02/2013 19:42 Page 23<br />
NÀ<strong>57</strong> - Fevereiro 2013<br />
Texto: Carlos Augusto de Souza*<br />
A identificação visual<br />
do tacômetro<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
3) Dentro da faixa verde, há a faixa econômica, que indica a<br />
rotação de melhor aproveitamento de combustível e torque (força)<br />
do motor. O segredo para conseguir um alto desempenho com motores<br />
eletrônicos é garantir sempre uma folga no acelerador, sem<br />
pisar fundo, o famoso “dirigir na casca” (como dizem os motoristas<br />
especialistas em economia de combustível).<br />
4) Saindo da faixa verde, vem a indicação de rotação que gera<br />
aumento no consumo de combustível.<br />
Otacômetro (ou conta-giros, como é mais conhecido entre<br />
os motoristas) traz uma série de informações importantes<br />
para uma condução econômica e eficaz do caminhão. Apesar<br />
de ser um componente comum em todos os veículos comerciais<br />
da Iveco (desde o leve Daily ao extrapesado Stralis), nem todos<br />
os motoristas profissionais conseguem identificar com precisão<br />
qual é a mensagem de cada faixa de cor do conta-giros.<br />
Para facilitar a compreensão, seguem abaixo seis tópicos importantes<br />
que todo motorista deve ter conhecimento. A imagem<br />
que ilustra este texto indica a exata posição de cada explicação.<br />
Vamos aos itens:<br />
5) A faixa amarela é a da rotação de aumento de consumo de<br />
combustível e lubrificante. É recomendável não utilizá-la. Mas, em<br />
trechos com descidas, esta rotação, junto com a marcha correta e<br />
o freio motor, auxilia o sistema de freios, deixando-o resfriado e<br />
garantindo a máxima eficiência em casos de uma frenagem de<br />
emergência.<br />
6) Por fim, a faixa vermelha é a da rotação que nunca deve<br />
ser atingida. Ao chegar nela, o caminhão entra na “zona de risco”,<br />
e o motor passa a correr riscos de danos graves.<br />
* Supervisor Help Desk Técnico da Iveco<br />
1) O primeiro grupo numérico, que antecede a faixa verde,<br />
indica a rotação de marcha lenta do motor. Normalmente, não se<br />
deve dirigir nestas rotações, pois o consumo de combustível será<br />
elevado. Além disso, o torque gerado em baixa rotação provoca<br />
um excesso de vibração no veículo (o popular “bater cardã”).<br />
2) A faixa verde indica a rotação de utilização normal do<br />
motor. Dentro dela, o motorista obtém a maior durabilidade dos<br />
componentes internos do motor.
eparacao<strong>57</strong>c_Layout 1 15/02/2013 19:42 Page 24<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
*<br />
NÀ<strong>57</strong> - Fevereiro 2013<br />
Segurança do veículo<br />
e do condutor<br />
Oeixo é parte fundamental<br />
de um veículo de carga e<br />
deve estar sempre em perfeito<br />
estado de funcionamento.<br />
Para isso, devem ser feitas todas as<br />
revisões periódicas do veículo conforme<br />
orientação da montadora.<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
• O coração do eixo – coroa<br />
e pinhão – é parte fundamental na<br />
engrenagem do eixo. No caso da<br />
quebra da coroa o veículo<br />
trava imediatamente para evitar<br />
acidentes;<br />
• O eixo possui interface<br />
com a suspensão e a frenagem. O<br />
mau funcionamento deles também<br />
é capaz de ocasionar acidentes. O<br />
ideal é sempre ser utilizado conforme<br />
orientação da montadora ou treinamento Meritor;<br />
• O eixo é feito para durar toda a vida útil do caminhão, passando<br />
por revisões periódicas em peças de maior desgaste,<br />
• A maior parte das peças é substituída durante a revisão ou a<br />
inspeção. Os vedadores, os rolamentos, o óleo e a bucha sofrem mais com<br />
o desgaste.<br />
SAIBA COMO LIDAR COM<br />
AS POSSÍVEIS FALHAS DOS<br />
COMPONENTES<br />
Um dos principais problemas<br />
que afetam a vida de quem trabalha<br />
com caminhões na estrada é<br />
o excesso de carga.<br />
Muitas vezes, o carreteiro<br />
transporta mais peso do que o<br />
adequado para o veículo e acaba<br />
comprometendo toda a parte<br />
mecânica, desde a suspensão até o<br />
powertrain.<br />
Forçando a rodagem em<br />
condições acima do limite, as peças<br />
são danificadas com maior velocidade,<br />
e peças como o diferencial<br />
têm sua vida útil reduzida.<br />
O diferencial permite que as<br />
rodas de tração trabalhem em velocidades diferentes. Em veículos pesados,<br />
quando o conjunto de transmissão é sobrecarregado, as engrenagens<br />
do diferencial acabam se desgastando bem mais rápido, podendo até resultar<br />
em quebra.<br />
A principal prática que afeta o funcionamento do diferencial em veículos<br />
pesados é o excesso de carga.<br />
A fabricante da peça não fixa períodos para as manutenções preventivas,<br />
já que variam de aplicação para aplicação. Logo, para saber o tempo<br />
correto das operações de troca de óleo e de peças, devem ser consultados<br />
os manuais da montadora de cada veículo. O tipo de óleo para troca, no<br />
entanto, não varia.<br />
A Meritor indica o uso do óleo de especificação APIGL5 85W140 no<br />
diferencial e todo o lubrificante deve ser substituído a cada intervenção<br />
no eixo.<br />
*COLABOROU:MERITOR<br />
www.pranaeditora.com.br<br />
Prána Editora & Marketing Ltda.<br />
Jornal Reparação <strong>Automotiva</strong><br />
Rua Eng. Jorge Oliva, 111<br />
CEP 04362-060 - Vila Mascote<br />
São Paulo - SP<br />
Jornalista Responsável<br />
Silvio Rocha – MTB: 30375<br />
Departamento Comercial<br />
comercial@reparacaoautomotiva.com.br
eparacao<strong>57</strong>c_Layout 1 15/02/2013 19:42 Page 25<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> | ARTIGO 25<br />
*Texto: César Samos<br />
Variedade e disponibilidade<br />
Com a entrada de novas<br />
marcas e modelos de<br />
veículos, as oficinas<br />
precisam ter um controle rigoroso<br />
para compra das peças.<br />
É necessário fazer um estudo<br />
a partir do atendimento dos<br />
veículos para verificar quais<br />
marcas e modelos são mais<br />
frequentes na oficina.<br />
Além disso, o reparador<br />
deve contar com fornecedores<br />
que garantam o pronto atendimento<br />
para a entrega diária<br />
de peças. Os pedidos estão<br />
cada vez mais fracionados,<br />
pois o espaço nas oficinas está<br />
cada vez mais difícil para abrigar<br />
um grande estoque de<br />
peças. A maioria tem apenas<br />
itens de maior saída, o que<br />
também ajuda a não empatar<br />
o capital de giro. Por outro<br />
lado, ter estoque de peças de<br />
alto giro é importante, além<br />
de agilizar o serviço pode ser<br />
rentável para a oficina.<br />
Cada caso deve ser avaliado<br />
individualmente. Contudo,<br />
o reparador tem de<br />
buscar a melhor forma para<br />
garantir bons resultados no<br />
faturamento da empresa. Para<br />
isso, todos os itens relacionados<br />
à gestão devem ser computados,<br />
bem como o tempo<br />
que a equipe demora para<br />
concluir os serviços. As peças<br />
também fazem parte desse estudo,<br />
pois representa capital<br />
investido.<br />
Além disso, o empresário<br />
deve computar os impostos,<br />
gastos fixos, como água, luz,<br />
telefone, folha salarial, aluguel,<br />
entre outros, para saber<br />
qual é o seu lucro real. É necessário<br />
ter tudo registrado<br />
para fazer o balanço mês a<br />
mês e verificar como pode<br />
melhorar o resultado de<br />
sua empresa.<br />
O aumento de serviços<br />
nem sempre indica ganho de<br />
rentabilidade. Tudo precisa<br />
ser calculado e dimensionado.<br />
Com relação às peças, o<br />
mesmo deve ser feito, lembrando<br />
que bons parceiros são<br />
importantes e que não se pode<br />
apenas levar em consideração<br />
o preço do produto. A qualidade<br />
da peça é essencial para<br />
garantir a eficácia do serviço<br />
e, consequentemente, a satisfação<br />
e fidelização do cliente.<br />
*Diretor do Sindirepa-SP<br />
– Sindicato da Indústria da<br />
Reparação de Veículos e Acessórios<br />
do Estado de São Paulo<br />
– e sócio da Oficina Mecânica<br />
do Gato
eparacao<strong>57</strong>c_Layout 1 15/02/2013 19:42 Page 26<br />
26<br />
TÉCNICA<br />
| Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
Dica técnica Brosol -<br />
Cuidados com o sistema<br />
de lubrificação<br />
Entenda como preservar este sistema<br />
e diagnosticar defeitos na bomba de óleo<br />
Texto: Redação<br />
Osistema de lubrificação é o conjunto de componentes e<br />
condições que unidas têm a propriedade de controlar e<br />
diminuir o atrito entre determinadas partes do motor de<br />
forma a reduzir o desgaste e a geração de calor, agindo ainda que<br />
de forma secundária na refrigeração do motor.<br />
OS COMPONENTES BÁSICOS SÃO:<br />
• Reservatório de lubrificante (cárter);<br />
• Lubrificante (óleo);<br />
• Bomba de óleo;<br />
• Filtro de óleo,<br />
• Válvula reguladora de pressão.<br />
TIPOS DE ÓLEOS LUBRIFICANTES:<br />
• Óleo mineral;<br />
• Óleo semi-sintético,<br />
• Óleo sintético.<br />
Atenção: Brosol informa que os lubrificantes jamais devem ser<br />
misturados, pois podem causar entupimento nas galerias, criação<br />
de borra, excesso de pressão no sistema, perda das propriedades<br />
dos lubrificantes e falta de lubrificação. As manutenções preventivas<br />
devem ser realizadas nas datas ou quilometragens especificadas<br />
pelos fabricantes. Durante a manutenção é importante verificar<br />
as especificações técnicas dos lubrificantes recomendados (viscosidade/API).<br />
BOA LUBRIFICAÇÃO<br />
Para garantir que o motor tenha uma boa lubrificação, certifique<br />
que existirá o trio da lubrificação:<br />
EXEMPLO DE CONTAMINAÇ‹O POR UTILIZAÇ‹O DE LUBRIFICANTE<br />
INCORRETO: EXCESSO DE BORRA NO CABEÇOTE DO MOTOR<br />
PRESSÃO DO ÓLEO<br />
A bomba de óleo, ao contrário do que muitos pensam, não é<br />
quem gera a pressão de óleo no sistema. Sua principal função é<br />
promover a exata circulação do óleo por todas as partes móveis do<br />
motor. A pressão de óleo é formada pela circulação do lubrificante<br />
através das folgas entre as partes móveis do motor.<br />
Devido à viscosidade do óleo, forma-se uma resistência à entrada<br />
de mais óleo no circuito, esta resistência é conhecida como<br />
contra-pressão do motor, mas na verdade é a própria pressão de<br />
óleo do motor.<br />
POSSIBILIDADE DE ACONTECER<br />
UMA CONTRA-PRESSÃO<br />
1. Folgas excessivas entre rotores, carcaça e tampa<br />
e/ou entrada de ar no setor de aspiração da bomba.<br />
2. Rotor solto ou partido.<br />
3. Válvula de alívio travada na posição aberta.<br />
ASSISTÊNCIA TÉCNICA<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O
eparacao<strong>57</strong>c_Layout 1 15/02/2013 19:42 Page 27<br />
www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> | TÉCNICA 27<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
1<br />
ATENÇÕES NA HORA DO DIAGNÓSTICO - FATOS QUE FAZEM PENSAR QUE A BOMBA ESTÁ COM DEFEITO<br />
2<br />
BORRA DE ÓLEO<br />
3<br />
EXCESSO DE PRESSÃO<br />
• Óleo com formação de borra ou verniz geralmente causado<br />
por mistura de óleo sintético ou mineral.<br />
• Limpeza incompleta ou inadequada do motor, que gera<br />
a circulação de partículas maiores que as folgas internas<br />
da bomba.<br />
• Não compensação do centro do virabrequim, retificar a<br />
base do bloco gera uma mudança na posição deste centro<br />
com os pinos de montagem da bomba.<br />
• Ponta do eixo virabrequim excessivamente gasta, o que<br />
origina contato irregular com o facetado do rotor interno<br />
da bomba, podendo causar sua ruptura.<br />
• Pressão baixa por entrada de ar no tubo coletor de óleo<br />
causada por montagem inadequada.<br />
• Contaminação do óleo lubrificante;<br />
• Filtro de ar saturado ou inexistente;<br />
• Combustível adulterado,<br />
• Mistura de óleos de diferentes especificações.<br />
4<br />
VAZAMENTO DE ÓLEO<br />
• Retentor violado;<br />
• Junta mal instalada;<br />
• Sensor de pressão com vazamento,<br />
• Uso indevido de junta química.<br />
Impurezas no sistema podem causar travamento das<br />
válvulas de alívio e/ou reguladora de pressão.<br />
5<br />
CERTIFICADO DE GARANTIA<br />
Preencha corretamente o certificado na hora da compra
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FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
28 LANÇAMENTO<br />
Rely chega ao Brasil<br />
A fabricante é uma divisão de veículos comerciais da<br />
chinesa Chery e passa a comercializar no país uma<br />
picape ao custo de R$ 29.900<br />
| Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
T<br />
Texto: Edison Ragassi<br />
AVenko Motors do Brasil,<br />
com sede na cidade de<br />
Salto (SP), iniciou a importação<br />
dos veículos comerciais<br />
leves fabricados pela chinesa Rely,<br />
divisão da Chery Automobile.<br />
Para iniciar as atividades, o<br />
modelo escolhido foi uma picape<br />
com carroceria de 2,5 m e capacidade<br />
de carga para 800 kg. Equipada<br />
com motor de quatro<br />
cilindros, DOHC, 16 válvulas, o<br />
qual entrega 64 cavalos de potência<br />
a 6.000 rpm e torque de 8,97<br />
kgfm a 4.500 rpm. O sistema de<br />
injeção é MPFI e a transmissão<br />
mecânica de 5 marchas.<br />
O veículo comercial leve é<br />
equipado com ar-condicionado e<br />
direção hidráulica e tem preço sugerido<br />
para venda de R$ 29.900 nas<br />
cores branca e prata.<br />
Com o mesmo motor está previsto<br />
para março o modelo Van de<br />
7 lugares. Em abril é a vez da versão<br />
Link, também van para 7 ocupantes,<br />
com propulsor de 1,3 litro, o<br />
qual gera 84 cv de potência.<br />
Os planos dos importadores incluem<br />
ainda trazer no segundo semestre<br />
deste ano a opção picape<br />
CD (cabine dupla), picape EX (caçamba<br />
estendida com 3 metros no<br />
comprimento) e a van H13, que<br />
utiliza propulsor 2.0 L movido a<br />
gasolina, com 170 cv de potência e<br />
capacidade para 14 passageiros.<br />
A empresa de importação acertou<br />
parceria com a Caixa Econômica<br />
Federal para facilitar os<br />
financiamentos e inicia as vendas<br />
com 30 concessionárias nas principais<br />
cidades e capitais do país, todas<br />
atendendo não só a comercialização<br />
de veículos, mas também serviços<br />
em geral.<br />
Para o início das atividades, a<br />
Venko Motors, que implantou a<br />
marca Chery no Brasil, disponibiliza<br />
um centro de distribuição para<br />
peças de reposição com objetivo de<br />
atender o pós-vendas. A importadora,<br />
porém, não descarta a<br />
possibilidade de homologar fornecedores<br />
nacionais que atenderiam<br />
os itens de maior giro.
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FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
Texto: Antônio Carlos Bento*<br />
ARTIGO<br />
Panorama da<br />
reposição<br />
29<br />
Nos últimos cinco anos, as<br />
vendas de veículos bateram<br />
recordes consecutivos<br />
e a frota circulante vem<br />
crescendo a cada ano. São mais de<br />
3 milhões de veículos que chegam<br />
às ruas todos os anos, como nunca<br />
havia acontecido. O setor automotivo<br />
brasileiro em evolução<br />
continuou o ritmo de crescimento,<br />
mesmo com a crise na Europa<br />
em 2009. Esse cenário tem<br />
refletido positivamente no mercado<br />
de reposição, que passa por<br />
transformações devido aos novos<br />
players atraídos pelas oportunidades<br />
de negócios.<br />
Com novas marcas de veículos<br />
presentes, surgem também desafios.<br />
Mais variedade de peças para atender<br />
a reposição. Além disso, as novas tecnologias<br />
que exigem conhecimento<br />
técnico por parte da reparação.<br />
Diante de todas essas adversidades,<br />
o GMA – Grupo de Manutenção<br />
<strong>Automotiva</strong>, vem realizando<br />
um amplo trabalho com base em<br />
uma pauta de atividades voltadas ao<br />
desenvolvimento do setor. O<br />
fórum de discussão também aborda<br />
assuntos de interesse de todos os<br />
elos da cadeia.<br />
O GMA também foi responsável<br />
pela criação de uma das principais<br />
iniciativas e o único movimento<br />
do setor feito de forma organizada<br />
que é o programa Carro 100% / Caminhão<br />
100% / Moto 100% que,<br />
desde 2008, vem difundindo a conscientização<br />
do motorista sobre a importância<br />
da manutenção preventiva<br />
do veículo. Considerada uma ação<br />
inédita, o programa vem mobilizando<br />
todos os elos da cadeia produtiva<br />
do setor de reposição desde o<br />
fabricante, passando pelo distribuidor<br />
e varejo até chegar à reparação.<br />
Para isso, foi elaborada uma<br />
série de ações, como campanhas<br />
em veículos de comunicação do<br />
segmento, publicações direcionadas<br />
ao consumidor final, além de<br />
mídia espontânea com várias matérias<br />
e artigos publicados.<br />
Além disso, foram iniciados projetos<br />
importantes como a certificação<br />
de autopeças, retomada da discussão<br />
para a implantação da inspeção técnica<br />
veicular, convênio com o Senai<br />
Nacional para garantir capacitação<br />
aos mecânicos, entre outros assuntos<br />
relacionados à legislação e tributos.<br />
A atuação do GMA, com a participação<br />
de todas as entidades que<br />
representam o setor - Sindipeças,<br />
Andap/Sicap, Sincopeças e Sindirepa<br />
- fortaleceu o aftermarket brasileiro<br />
que ficou conhecido como uma cadeia<br />
produtiva importante e sólida,<br />
um setor que emprega mais de 1<br />
milhão de pessoas e é responsável<br />
por 80% da manutenção de toda a<br />
frota circulante estimada em 37<br />
milhões de veículos.<br />
Como coordenador do GMA,<br />
ao longo desses últimos anos,<br />
quero agradecer aos membros do<br />
GMA que sempre me apoiaram e<br />
a todos que contribuíram, de alguma<br />
forma, para que essas ações<br />
efetivamente fossem concretizadas<br />
e o setor de reposição ganhasse o<br />
reconhecimento merecido.<br />
Sinto-me honrado por fazer<br />
parte de um pedaço da história da<br />
reposição. Continuarei contribuindo<br />
para o aftermarket, não<br />
mais como coordenador do GMA,<br />
mas como um representante do<br />
setor e também do Sindipeças que<br />
tem muito entusiasmo e paixão por<br />
esse mercado que se mostra cada<br />
vez mais forte e atuante.<br />
*Conselheiro do Sindipeças e<br />
ficou à frente da coordenação do GMA<br />
de 2007 a 2012
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Oficinas optantes pelo Simples têm<br />
direito a bolsas de estudo gratuitas<br />
no Senai<br />
As empresas de reparação optantes pelo Simples Nacional,<br />
regime de tributação simplificado para micro e pequenas empresas,<br />
com CNAE principal (Classificação Nacional de Atividades<br />
Econômicas) com os números 4520-0/01, 4520-0/02, 4520-<br />
0/03, 4520-0/04, 4520-0/06 e 4520-0/07, e o código FPAS 507<br />
(Fundo de Previdência e Assistência Social), contam com cinco<br />
bolsas de estudo por ano, na Escola Senai Ipiranga, para seus<br />
funcionários. Os interessados em obter mais informações devem<br />
entrar em contato com Valdir de Jesus ou Hélio Franco pelo telefone<br />
(11) 6166-1988 ou no Senai Ipiranga, à Rua Moreira de<br />
Godói, 226, Ipiranga, São Paulo (SP).<br />
Sandro Beneduce será o novo<br />
presidente do Grupo Continental<br />
para Brasil e Argentina<br />
Mais de 10 mil reparadores<br />
participaram do treinamento da<br />
Nakata em 2012<br />
A Nakata investiu em diversas ações de marketing<br />
e comunicação com o objetivo de estreitar<br />
ainda mais o relacionamento com reparadores e<br />
consumidores. A fabricante e as outras marcas da Affinia <strong>Automotiva</strong>:<br />
Wix e Spicer, também participam de outros projetos voltados<br />
ao reparador, entre eles, o programa “Empresa Amiga da Oficina”,<br />
iniciativa do Sindirepa-SP que visa a disseminação da informação<br />
técnica dos fabricantes de autopeças ao setor de reparação, com a<br />
realização de palestras em várias regiões do Estado de São Paulo.<br />
Dayco com novo diretor de Vendas<br />
e Gerente Geral/OEM na América<br />
do Sul<br />
O engenheiro mecânico Eduardo Buchaim, até<br />
então diretor de Vendas e Marketing/OEM da<br />
Dayco brasileira, foi promovido a diretor de<br />
Vendas e gerente geral OEM da empresa na América do Sul e ficará<br />
sediado em São Paulo, local da matriz sul-americana do grupo. O<br />
novo diretor será responsável por todas as operações industriais da<br />
empresa na América do Sul e algumas no Brasil, como as plantas<br />
nas cidades de São Paulo e Contagem (MG). Em Vendas, o cargo<br />
abrange todas as montadoras instaladas no continente, além dos<br />
negócios que envolvem a área comercial e o centro de pesquisa e<br />
desenvolvimento de produtos.<br />
Ação da Monroe condena 43% dos<br />
amortecedores avaliados em 2012<br />
Durante o ano de 2012, a Monroe realizou pelo Brasil o Pit Stop -<br />
programa que realiza um diagnóstico completo das peças, verificando<br />
o nível de desempenho de cada uma delas. De 9.176<br />
amortecedores avaliados, o fabricante recomendou a troca em<br />
43% dos casos, o que corresponde a 3.950 unidades. O índice<br />
cresceu se comparado com a ação realizada em 2011, que avaliou<br />
10.000 peças e reprovou 4.034, cerca de 40%.<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
O Grupo Continental terá novo comando para os<br />
mercados do Brasil e Argentina a partir de fevereiro<br />
de 2013. O executivo Sandro Beneduce assumirá a<br />
presidência de um dos maiores fornecedores mundiais<br />
de componentes para a indústria automobilística,<br />
posto ocupado desde 2008 por Maurício Muramoto,<br />
que anuncia ao mercado sua aposentadoria. Engenheiro Mecânico, há<br />
20 anos no mercado, com passagens pelas empresas MWM, Valeo e<br />
General Motors, Sandro Beneduce chega à presidência do Grupo com<br />
o desafio de alavancar as metas de crescimento na região. O executivo<br />
está na Continental há 13 anos e atuou tanto em operações no<br />
Brasil quanto no exterior.<br />
Sindirepa-SP oferece curso gratuito<br />
para mecânicos<br />
A Mahle Metal Leve, uma das empresas que participa do programa<br />
“Empresa Amiga da Oficina”, iniciativa do Sindirepa-SP (Sindicato<br />
da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de<br />
São Paulo), levará informação técnica aos profissionais promovendo<br />
treinamento gratuito para os reparadores. Em parceria<br />
com o sindicato, oferecerá curso de 16 horas, em dois dias, no<br />
Centro de Treinamento da Mahle, que fica na cidade de São<br />
Bernardo do Campo (SP). Os interessados deverão fazer sua<br />
inscrição com Karina ou Andréia por meio do telefone<br />
(11) 5594-1010 ou e-mail: karina@sindirepa-sp.org.br /<br />
andreia@sindirepa-sp.org.br .<br />
Borgwarner é fornecedora de cinco dos 10 melhores<br />
motores eleitos pela premiação americana Ward’s<br />
A BorgWarner é a responsável pelo desenvolvimento e fornecimento<br />
de sistemas e componentes a cinco motores eleitos os melhores em<br />
2013 na premiação Ward’s, promovida pela revista norte americana<br />
especializada no setor automotivo WardsAuto. Realizado no dia 16 de<br />
janeiro, na cidade de Detroit, durante o Salão Internacional do Automóvel<br />
da América do Norte, o prêmio elegeu os 10 melhores motores<br />
do ano, incluindo: 3.0 litros N55 Turbocharged DOHC 1-6<br />
(testado no BMW 135is coupe), 3.6 litros Pentastar DOHC V-6 (RAM<br />
1500), 2.0 litros EcoBoost DOHC I-4 (Ford Focus ST/Taurus), 5.8 litros<br />
Supercharged DOHC V-8 (Ford Shelby GT500) e 2.0 litros FA DOHC<br />
H-4 Boxer (Subaru BRZ).
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Autopeças com o selo do Inmetro<br />
Oito tipos de autopeças passam a ser fabricadas com selo do Inmetro<br />
no mercado de reposição. A medida começou a vigorar<br />
em janeiro para fabricação e importação, o varejo tem o prazo<br />
até julho de 2014 para iniciar a comercialização desses produtos<br />
somente certificados com padrão de qualidade. As autopeças<br />
que terão o selo do Inmetro são: amortecedores de suspensão;<br />
bombas elétricas de combustível para motores do ciclo Otto;<br />
buzinas ou equipamentos similares utilizados em veículos<br />
rodoviários automotores; pistões de liga leve de alumínio; pinos<br />
e anéis de trava (retenção); anéis de pistão; bronzinas e lâmpadas<br />
para veículos automotivos.<br />
Missão Empresarial do Conarem visita<br />
Autopromotec, na Itália, em maio<br />
O Conarem (Conselho Nacional de Retíficas de Motores) promoverá Missão<br />
Empresarial, em maio, para visitar a Autopromotec, a mais importante<br />
feira de reparação veicular da Itália. O grupo de empresários da<br />
área de retíficas, sob a coordenação da entidade, visitará também o maior<br />
fabricante de máquinas de retíficas da Europa - a Berco, empresa pertencente<br />
ao ThyssenKrupp Technologies, em Copparo, na Itália, e visitará<br />
duas retíficas, uma na Tunísia e outra na Itália.<br />
SKF renova parceria com a Ferrari<br />
O grupo SKF anuncia a renovação da parceria com<br />
equipe italiana Ferrari. O contrato, válido até o fim<br />
de 2014, é fruto de uma aliança de longa data. A<br />
companhia sueca completou no ano passado 65<br />
anos de parceria técnica com a equipe de Fórmula 1<br />
e é a mais longa colaboração ininterrupta nessa<br />
modalidade esportiva. Desde o início do acordo, em<br />
1947, foram 219 vitórias e 31 campeonatos mundiais<br />
conquistados pela Ferrari.<br />
Wurth lança linha<br />
modular de carrinhos<br />
para ferramentas<br />
Manter as ferramentas de trabalho organizadas<br />
é fundamental para evitar desperdício<br />
de tempo e perda de materiais.<br />
Pensando nisso, a Wurth Brasil, multinacional<br />
alemã especializada em peças de<br />
fixação, produtos químicos, ferramentas<br />
e EPI’s, acaba de lançar o Set up System,<br />
linha modular de carrinhos de ferramentas<br />
que pode ser adaptado de<br />
acordo com a necessidade de utilização do usuário. Com ele é possível, a<br />
partir de um carrinho base, montar o mais completo sistema de trabalho<br />
em oficinas mecânicas.<br />
Procura por carro usado cresce 42% nos<br />
Feirões em janeiro<br />
Em janeiro de 2013, a procura por carros usados<br />
cresceu 42% nos Feirões Auto Show, organizados<br />
pela Matel Produções, em relação a<br />
dezembro. Só no feirão realizado no estacionamento<br />
do Pavilhão do Anhembi, o fluxo<br />
de pessoas chegou a 28.000 entre compradores<br />
e vendedores, por domingo. O número de janeiro também<br />
representa alta de 31% no público presente, em relação ao mesmo<br />
período do ano passado. Outro motivo, além do fim do incentivo da<br />
redução de IPI, é a procura por um preço melhor no mercado.<br />
Nestes locais, onde vendedor e comprador interagem diretamente, a<br />
vantagem é que o preço negociado é benéfico para os dois.<br />
Oficina modelo aproxima<br />
expositores e público na<br />
AUTOMEC 2013<br />
Uma oportunidade única para as empresas<br />
que querem comprovar na<br />
prática a qualidade e desempenho de<br />
seus produtos, além de estreitar relacionamento<br />
com seu público-alvo. Esse é o princípio da primeira<br />
Oficina Modelo, projeto inovador idealizado pela Reed Exhibitions<br />
Alcantara Machado para a AUTOMEC 2013. A novidade agradou<br />
em cheio e vem conquistando adesões em larga escala. Por ser<br />
um ponto de atração, a oficina será instalada em local privilegiado<br />
do Pavilhão de Exposições do Anhembi, o que garante ainda mais<br />
visibilidade e fluxo de visitantes.<br />
Perfect Brasil, inovando para crescer<br />
A Perfect Brasil realizou no dia 29 de<br />
janeiro o seu workshop anual, onde<br />
foram apresentados os 18 anos de<br />
história da Perfect, suas conquistas, a<br />
nova estrutura da empresa, o plano<br />
anual estratégico e os planos para o futuro.<br />
O evento contou com a participação<br />
de convidados das mídias<br />
especializadas, sindicatos e parceiros.<br />
Desde 1994, a Perfect vem evoluindo e<br />
solidificando sua presença no mercado de reposição automotiva.<br />
Seguindo uma estratégia de expansão, a Perfect se destaca por ser cada<br />
vez mais ágil e inteiramente voltada aos seus clientes e usuários.<br />
Rede PitStop lança novo site e amplia<br />
interação com seus públicos na web<br />
No mundo off-line a Rede PitStop cresce a<br />
cada dia. Para acompanhar a expansão dos<br />
negócios da Rede e estreitar o relacionamento<br />
com os membros e profissionais que atuam<br />
no segmento de reposição de autopeças, a<br />
Rede PitStop lança um novo site<br />
(www.pitstop.com.br). Concebido pela Chleba, o novo site convida o<br />
usuário à navegação. Seu design é arrojado, de acordo com as últimas<br />
tendências do mercado online e todo o conteúdo pode ser<br />
acessado a partir da home, utilizando o menu principal ou o sistema<br />
de busca por palavra-chave.<br />
Exposição comemora 45 anos de design italiano<br />
A Volkswagen patrocina a exposição "Giugiaro:<br />
45 anos de design italiano", que<br />
acontece de 7 de fevereiro até 31 de<br />
março no Museu da Casa Brasileira, em<br />
São Paulo. Giorgetto Giugiaro mantém<br />
estreita relação com o Grupo VW desde<br />
os primeiros anos de atividade de seu estúdio,<br />
Italdesign. É de sua autoria, por exemplo, o desenho da primeira<br />
geração do Golf (1974), ele também desenhou vários outros projetos<br />
como o Passat (1973), Scirocco (1974), Audi 80 (1978) e Lamborghini<br />
Gallardo (2002). O Museu da Casa Brasileira está localizado na Av.<br />
Brigadeiro Faria Lima, 2.705, Jd. Paulistano, telefone para informações:<br />
(11) 3032-3727.
eparacao<strong>57</strong>c_Layout 1 15/02/2013 19:43 Page 32<br />
32 DESTAQUE<br />
| Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
Novos negócios NSK<br />
Focada no fortalecimento da marca, empresa<br />
anuncia o lançamento de novo catálogo para<br />
facilitar o acesso às informações<br />
Texto: Redação<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
Fundado em 1916, o grupo<br />
japonês NSK conta com<br />
62 fábricas espalhadas em<br />
27 países pelos cinco continentes.<br />
A empresa emprega mais de 20<br />
mil colaboradores e produz praticamente<br />
todos os tipos de rolamentos,<br />
num total de 1,25 bilhão<br />
de peças por ano.<br />
Atende ao setor automotivo,<br />
agrícola, siderúrgico, de minério,<br />
açúcar e etanol, papel e celulose,<br />
cimentos, químico e petroquímico,<br />
alimentos e bebidas, máquinas<br />
ferramentas, turbinas<br />
eólicas, ferroviário, bombas e<br />
compressores, motores elétricos<br />
e redutores.<br />
SETOR AUTOMOTIVO<br />
Com presença consolidada na<br />
indústria automotiva, tem direcionado<br />
esforços para crescer<br />
também na reposição, para isso,<br />
de acordo com o departamento<br />
de distribuição automotiva,<br />
desenvolve ações com toda a cadeia<br />
produtiva, desde o fabricante<br />
até o aplicador.<br />
Para este setor a empresa tra-<br />
EQUIPE DO DEPARTAMENTO DE DISTRIBUIÇ‹O AUTOMOTIVA<br />
balha com linha de<br />
produtos de motor<br />
de partida, roda, alternador<br />
elétrico,<br />
compressor de arcondicionado,<br />
suspensão,<br />
caixa de<br />
direção, transmissão<br />
e aplicações de moto.<br />
NOVOS<br />
NEGÓCIOS<br />
Para a NSK o mercado de reposição<br />
está em crescimento, o<br />
que representou grandes possibilidades<br />
para a empresa se destacar.<br />
“Conseguimos visualizar<br />
grandes oportunidades e desenvolvimento<br />
de novos negócios”.<br />
No ano de 2012, a empresa<br />
também aproveitou para se reestruturar,<br />
além de ter o seu foco<br />
voltado para o estudo de novos<br />
itens e negócios, como citou o<br />
departamento de distribuição<br />
automotiva.<br />
QUALIDADE E<br />
CREDIBILIDADE<br />
Para atestar e comprovar sua<br />
qualidade no setor, a NSK possui<br />
certificados ISO 9002, ISO<br />
9001, ISO 9000, ISO14001 e<br />
ISO/TS 16949. Além disto, a<br />
empresa sempre participa de<br />
feiras e eventos para levar seus<br />
produtos para mais perto<br />
do consumidor.<br />
“Participamos da última edição<br />
da Autopar, onde foram expostos<br />
nossos produtos e<br />
demos a oportunidade aos visitantes<br />
de tirar dúvidas técnicas<br />
com nossos profissionais, além<br />
disto, também realizamos eventos<br />
em parceria com nossos<br />
distribuidores”.<br />
DIVISÃO<br />
DE TREINAMENTO<br />
A Divisão de Treinamento<br />
é considerada um dos sólidos<br />
pilares de serviços da NSK, de<br />
forma a sempre acompanhar<br />
as novas tendências tecnológicas<br />
com cursos ministrados<br />
por profissionais especializados<br />
no ramo.<br />
“Os treinamentos auxiliam<br />
os usuários de rolamentos na extinção<br />
das falhas humanas, no<br />
manuseio e aplicação de rolamentos,<br />
preparando os colaboradores<br />
de nossos clientes a<br />
evitar desgastes precoces das<br />
peças e a agir pró ativamente na<br />
correção de falhas”.<br />
CENTRO TECNOLŁGICO NSK<br />
NOVIDADES PARA 2013<br />
Com grandes expectativas, a<br />
NSK prepara a nova versão do catálogo<br />
Geral Automotivo para o<br />
mercado de reposição, que está<br />
previsto para ser lançado ainda no<br />
primeiro trimestre deste ano.<br />
“Apostamos no lançamento do<br />
catálogo geral. Nosso objetivo é facilitar<br />
a venda no balcão e o acesso<br />
às informações dos nossos produtos<br />
ao consumidor final, fortalecendo<br />
e propagando a marca NSK<br />
no mercado de reposição”.<br />
EXCELÊNCIA EM QUALIDADE<br />
Com mais 90 anos de experiência, a NSK<br />
está presente na América, África, Ásia,<br />
Europa e Oceania, considerada a maior<br />
fabricante de rolamentos fixos de uma<br />
carreira de esferas da América Latina,<br />
com mais de 50 milhões de unidades por<br />
ano. Possui escritórios de vendas em 27<br />
países e 62 fábricas pelo mundo.<br />
Os rolamentos NSK são componentes de<br />
série adquiridos por fabricantes de autopeças,<br />
eletrodomésticos, motores e<br />
veículos, entre outros, usados também<br />
para reposição de peças em equipamentos<br />
da indústria de transformação.<br />
A empresa fabrica produtos para<br />
manutenção industrial, mecatrônicos,<br />
para movimentação linear e componentes<br />
automotivos, e oferece serviços<br />
exclusivos ao cliente, por meio de<br />
soluções inteligentes, como o AIP (Asset<br />
Improvement Program), que promove<br />
significativa redução de custos, entre<br />
outras vantagens.
eparacao<strong>57</strong>c_Layout 1 15/02/2013 20:06 Page 33<br />
www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> | ARTIGO 33<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
Qualificação de empresas do aftermarket:<br />
o primeiro passo para a certificação<br />
*Texto: José Palacio<br />
Quando o consumidor<br />
busca um serviço automotivo,<br />
qualidade é um<br />
dos fatores decisivos.<br />
Afinal, este é um setor em que o<br />
‘boca-a-boca’ é uma das formas<br />
mais efetivas de propaganda.<br />
Mas, e quando não há<br />
um conhecido para indicar<br />
uma oficina?<br />
É neste sentido que a Certificação<br />
IQA – Instituto da Qualidade<br />
<strong>Automotiva</strong> funciona,<br />
uma vez que o IQA é um organismo<br />
de referência em qualidade<br />
no setor automotivo,<br />
criado por Anfavea, Sindipeças,<br />
Sindirepa e outras entidades<br />
do setor.<br />
Assim, as oficinas e centros<br />
de reparos que contam com o<br />
Certificado IQA oferecem ao<br />
consumidor garantias de qualidade<br />
no reparo do veículo.<br />
Para conquistar o certificado,<br />
a empresa é avaliada e auditada<br />
por profissionais experientes,<br />
que verificam desde a organização<br />
do negócio até a forma de<br />
atendimento aos clientes, considerando<br />
instalações, ferramentas<br />
e equipamentos, e também<br />
conhecimento dos técnicos de<br />
manutenção automotiva.<br />
Diariamente visitamos centros<br />
de reparação e lojas de autopeças<br />
(atacado e varejo) e nos<br />
quase 18 anos de experiência<br />
que adquirimos desde a fundação<br />
do IQA, em 1995, notamos<br />
que as empresas passam por diversas<br />
fases, geralmente com<br />
início humilde e, à medida que<br />
ganham experiência, evoluem,<br />
crescem e se estabilizam.<br />
Assim iniciamos uma nova<br />
modalidade que chamamos de<br />
Qualificação. Na prática, tratase<br />
de uma etapa anterior à certificação,<br />
em que os itens de<br />
capital humano são mais importantes,<br />
ficando a infraestrutura<br />
e equipamentos em<br />
segundo plano e numa escala<br />
de exigência menor.<br />
Esta estratégia permite a formação<br />
de empresas enxutas e<br />
eficientes desde o berço, e reforça<br />
os conceitos da certificação,<br />
que passa a ser automática<br />
no momento em que o empreendimento<br />
evolui.<br />
Outra boa notícia é que o<br />
processo de Qualificação é também<br />
possível realizar em grupos,<br />
uma prática que muitas empresas<br />
de reparação automotiva e<br />
distribuição de autopeças têm<br />
utilizado para ganhar competitividade,<br />
pois conseguem reduzir<br />
custos ao efetuarem juntos procedimentos<br />
que individualmente<br />
seriam muito onerosos.<br />
*Coordenador de Serviços Automotivos<br />
do IQA - Instituto da<br />
Qualidade <strong>Automotiva</strong>
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34 COMPARATIVO<br />
| Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
FOTOS: ESTÐDIO PR˘NA<br />
As picapes evoluem<br />
Nova arquitetura, motores diesel de última geração e transmissão automática de seis velocidades são as<br />
novidades incorporadas à nova S10 e nova Ranger<br />
Texto: Edison Ragassi<br />
Lançada em fevereiro do ano<br />
passado, a nova Chevrolet<br />
S10 chegou para manter a<br />
liderança em vendas do segmento<br />
conquistada há 16 anos. Ela mudou<br />
radicalmente e, além de passar a ser<br />
fabricada em outra arquitetura, recebeu<br />
um novo propulsor 2.8L Turbodiesel<br />
CTDI, montado em bloco<br />
de ferro fundido, com cárter e cabeçote<br />
feitos em alumínio. O turbo é<br />
de geometria continuamente variável.<br />
O cabeçote usa duplo comando<br />
de válvulas tubular feitos em aço<br />
inox, balanceiros roletados de baixo<br />
atrito. Na injeção de combustível, o<br />
sistema é o common rail, com velas<br />
aquecedoras, ajuste hidráulico das<br />
válvulas e corpo de borboleta de<br />
nova geração. Sua potência é de 180<br />
cv a 3.800 rpm e o torque de 47,9<br />
kgfm a 2.000 rpm.<br />
O novo motor exige cuidados ao<br />
reparar. “O espaço no cofre é pe-<br />
DIFERENCIAL TRASEIRO<br />
queno, o que dificulta o acesso. Para<br />
retirar as mangueiras, precisa antes<br />
tirar a bateria, ao trocar as correias é<br />
necessário deslocar o suporte que<br />
acomoda o filtro do ar”, comenta<br />
Roberto Ghelardini Montibeller, do<br />
Centro Automotivo High Tech.<br />
Em junho de 2012 foi a vez da<br />
Ford apresentar a Nova Ranger, a<br />
picape média também tem como<br />
destaque a nova arquitetura, design<br />
arrojado e o novo motor 3.2 Diesel<br />
I5 de 20 válvulas. Com cinco cilindros,<br />
pertence à família Duratorq,<br />
usa injeção de alta pressão (common<br />
rail) e turbina de geometria variável.<br />
Oferece potência de 200 cv a 3.000<br />
rpm e torque de 47,9 kgfm, o qual<br />
segundo a Ford está disponível entre<br />
1.500 a 2.500 rpm.<br />
Algumas soluções tecnológicas<br />
foram incluídas, em relação ao modelo<br />
anterior, para melhorar o desempenho<br />
e conservar o sistema de<br />
propulsão da picape. “A Nova Ranger<br />
tem um radiador na parte traseira<br />
para resfriar a linha de retorno<br />
e assim diminuir a condensação<br />
do combustível, isso proporciona<br />
menor acúmulo de água no tanque.<br />
Também há uma bomba de combustível<br />
exclusiva no injetor do escapamento<br />
para regenerar o filtro de<br />
partículas. E no diferencial traseiro<br />
foi colocado um amortecedor de vibração,<br />
para deixar a cabine mais silenciosa”,<br />
explica Marcio Ferreira,<br />
consultor técnico da concessionária<br />
SISTEMA ABS<br />
Ford Navesa- Nações Unidas.<br />
Com a Nova S10 a Chevrolet<br />
passou a disputar o segmento das picapes<br />
médias equipadas com transmissão<br />
automática, a caixa é a 6L50<br />
de seis velocidades. “A frente é montada<br />
longitudinalmente, ela equipa<br />
também outros modelos da General<br />
Motors. É bastante robusta e conta<br />
ainda com mudanças manuais, o<br />
que garante uma melhor dirigibilidade.<br />
Tem fácil manutenção, ela é<br />
conhecida do reparador por se tratar<br />
de uma evolução da 4L30 e 4L60, ou<br />
MOTOR<br />
AMBAS AS PICAPES T¯M SISTEMA DE TRAÇ‹O 4X4, NA RANGER FOI COLOCADO UM<br />
AMORTECEDOR PARA EVITAR RU¸DOS, COMO PODE SER VISTO NA FOTO DA DIREITA<br />
AO REALIZAR MANUTENÇ‹O, FICAR<br />
ATENTO ¤ POSIÇ‹O DOS TUBOS. COMO H˘<br />
V˘RIOS SISTEMAS QUE FUNCIONAM EM<br />
CONJUNTO, É NECESS˘RIO UTILIZAR<br />
EQUIPAMENTO PARA REINICIAR<br />
O PROPULSOR CHEVROLET É O 2.8L TUR-<br />
BODIESEL CTDI COM POT¯NCIA DE 180 CV,<br />
J˘ O DA FORD RANGER É O 3.2 L 20V TC I5<br />
DURATORQ COM CINCO CILINDROS E<br />
POT¯NCIA DE 200 CV
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Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> | COMPARATIVO<br />
35<br />
FOTOS: ESTÐDIO PR˘NA<br />
FILTRO DE AR<br />
O SISTEMA DE ASPIRAÇ‹O DO AR DA S10<br />
É MAIS COMPLEXO QUE O DA RANGER,<br />
EXIGE MAIS CUIDADO AO FAZER A SUBSTI-<br />
TUIÇ‹O DO FILTRO<br />
seja, não deverá causar desconfortos<br />
quando for necessário realizar manutenção”,<br />
explica o especialista<br />
em transmissão automática,<br />
Maurício Carreiro Blanco, da<br />
TTR Treinamentos.<br />
E a Ford também incluiu câmbio<br />
automático de seis marchas na<br />
Nova Ranger. “Esta transmissão é<br />
designada pela Ford como 6R80, ela<br />
é produzida em parceria com a ZF<br />
e no caso a especificação é 6HP 26.<br />
A capacidade relativa de torque está<br />
muito acima da motorização, o que<br />
confere longevidade ao sistema.<br />
Possui três conjuntos de embreagem<br />
e dois freios, dois conjuntos<br />
planetários e um conjunto mecatrônico<br />
bem equilibrado, isso transmite<br />
suavidade e bastante conforto. Com<br />
número reduzido de elementos internos,<br />
simplifica a manutenção em<br />
caso de reforma do sistema. Conta<br />
FILTRO DO ŁLEO<br />
MOTOR ELÉTRICO DE<br />
ACIONAMENTO 4 POR 4<br />
AS DUAS PICAPES T¯M EM COMUM O<br />
ACIONAMENTO DO SISTEMA 4X4, ELAS<br />
UTILIZAM UM MOTOR ELÉTRICO QUE É<br />
ACIONADO POR BOT‹O NO PAINEL<br />
ainda com mudanças manuais, o<br />
que confere uma certa esportividade,<br />
e aproveita a boa motorização”,<br />
fala Maurício sobre o câmbio<br />
da Nova Ranger.<br />
Na picape da Chevrolet a suspensão<br />
dianteira é independente,<br />
com braços articulados, molas helicoidais<br />
e amortecedores telescópicos<br />
hidráulicos pressurizados a gás de<br />
alto desempenho. A traseira tem<br />
feixe de molas semi-elípticas de dois<br />
estágios, os amortecedores são do<br />
mesmo tipo da dianteira.<br />
Na Nova Ranger, a suspensão<br />
dianteira também é independente,<br />
com molas helicoidais e barra estabilizadora.<br />
O conjunto traseiro utiliza<br />
eixo rígido com feixe de molas<br />
longitudinais e amortecedores. Em<br />
ambas, a direção com mecanismo<br />
de pinhão e cremalheira usa assistência<br />
hidráulica.<br />
OS DOIS MOTORES UTILIZAM FILTRO DE ŁLEO ECOLŁGICO, A DIFERENÇA EST˘<br />
NO ACESSO, NA S10 ELE É POR CIMA E NA RANGER OCORRE NA PARTE INFERIOR<br />
DO PARA-LAMA<br />
Os freios da S10 são a discos<br />
ventilados de 300 x 27 mm na dianteira<br />
e tambor de 147,5 x 50 mm na<br />
traseira. Enquanto que a picape da<br />
Ford tem sistema hidráulico a<br />
vácuo, duplo circuito, discos ventilados<br />
na dianteira e tambor na traseira,<br />
ambas usam sistema ABS nas<br />
quatro rodas e EBD. “Nas duas picapes<br />
realizar reparos e substituição<br />
de peças nos sistemas de suspensão<br />
e freios o processo é o já utilizado<br />
nas oficinas, não há novidades”, fala<br />
Alberto Martinucci, diretor da<br />
Motor Fast.<br />
A eletrônica embarcada utilizada<br />
nestas picapes é o que exige maior<br />
atenção dos reparadores quando for<br />
necessário realizar a manutenção<br />
preventiva ou corretiva. “Os motores<br />
movidos a diesel passaram a ser<br />
extremamente complexos e cada fabricante<br />
adotou uma linha de funcionamento<br />
e isso exige do<br />
reparador conhecimentos de eletrônica<br />
e equipamento específico para<br />
realizar análise e diagnósticos. E no<br />
caso da Ranger, o fato de utilizar um<br />
motor com cinco cilindros não é<br />
um complicador ”, alerta Edson Roberto<br />
de Ávila, do Departamento<br />
Técnico de Manutenção Preventiva<br />
e Corretiva de Autos Mingau.<br />
A Nova S10 com transmissão<br />
automática e tração 4x4 é comercializada<br />
na versão LT ao preço de<br />
NOVA CHEVROLET S10<br />
CABINE DUPLA 2.8<br />
TURBODIESEL CTDI<br />
Motor<br />
Chevrolet 2.8 Turbodiesel CTDI - Posição:<br />
Dianteira, longitudinal - Combustível: Diesel<br />
Taxa de compressão: 16,0:1 - Número de<br />
cilindros: 4 em linha - Válvulas: DOHC, quatro<br />
válvulas por cilindro - Cilindrada: 2.776<br />
cm³ - Injeção combustível: Turboalimentado,<br />
intercooler com injeção direta eletrônica<br />
Potência: 180 cv a 3.800 rpm - Torque: 47,9<br />
kgfm a 2.000 rpm - Tração: 4x4<br />
Transmissão<br />
Modelo: 6L50 - Tipo: Automática de 6 velocidades<br />
- Rodas:Liga leve, 16 x 6,5 (LS e<br />
LT)/ 7,0 x 17 (LTZ)- Pneus:245/70 R16 (LS e<br />
LT); 255/65 R17 (LTZ) - Tanque de combustível:<br />
76 litros<br />
FICHA TÉCNICA<br />
FREIO DIANTEIRO<br />
PARA SUBSTITUIR DISCOS E PASTILHAS,<br />
TANTO DA S10 COMO DA RANGER, N‹O H˘<br />
NECESSIDADE DE RECORRER A FERRA-<br />
MENTAS ESPECIAIS<br />
R$ 110.940, a topo de linha LTZ<br />
custa R$ 132.310.<br />
E a Nova Ranger XLT Diesel<br />
cabine dupla, tração 4x4 e câmbio<br />
automático, sai por R$ 122.900, enquanto<br />
que pela LTD Diesel cabine<br />
dupla, tração 4x4 automática, é cobrado<br />
R$ 134.000.<br />
EDSON ROBERTO DE ˘VILA (DEPARTA-<br />
MENTO TÉCNICO DE MANUTENÇ‹O PRE-<br />
VENTIVA E CORRETIVA DE AUTOS<br />
MINGAU), MAUR¸CIO CARREIRO BLANCO<br />
(TTR TREINAMENTOS), ALBERTO<br />
MARTINUCCI (MOTOR FAST) E MARCIO<br />
FERREIRA (NAVESA)<br />
NOVA RANGER 3.2 DIESEL<br />
Motor<br />
3.2 L 20V TC I5 Duratorq Ford Diesel<br />
Posição: Dianteira, longitudinal<br />
Combustível: Diesel - Taxa de compressão:<br />
15,5:1 - Número de cilindros:<br />
5 em linha - Número válvulas: 20<br />
Cilindrada: 3.198 cm³ - Alimentação:<br />
Bomba elétrica - de alta pressão<br />
Potência: 200 cv a 3.000 rpm - Torque:<br />
47,9 kgfm entre 1.500 - a 2.500 rpm.<br />
Tração: 4x4<br />
Transmissão<br />
Modelo: Ford Getrag 6R80<br />
Tipo: Automática, com 6 velocidades<br />
Rodas: Liga leve, 16"x7"/ 17"x8"<br />
Pneus: 255/70 R16"/ 265/65 R 17"<br />
Tanque de combustível: 80 litros<br />
Colaboraram:<br />
General Motors do Brasil e Ford Motor Company
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Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> | LANÇAMENTO 37<br />
O Civic já é 2014<br />
Honda passa a oferecer seu sedã médio com motor<br />
2,0 litros flex, o qual não utiliza o tanquinho para<br />
partida a frio e acrescenta câmbio manual de seis<br />
marchas ao modelo 1.8L<br />
Texto: Edison Ragassi<br />
Em janeiro de 2013, na cidade<br />
de Campinas, a Honda Automóveis<br />
lançou o Civic 2014.<br />
O sedã médio fabricado em Sumaré<br />
(SP) passa a contar com motor<br />
2.0L 16V SOHC i-VTEC Flex. Feito<br />
em alumínio, utiliza comando de<br />
válvulas variável, o qual entrega 150<br />
cv (G)/155 (E) a 6.300 rpm e torque<br />
de 19,3 kgfm (G) a 4.700 rpm/ 19,5<br />
kgfm (E) a 4.800 rpm.<br />
Além do aumento da potência,<br />
este propulsor não utiliza o subtanque<br />
para partida a frio abastecido com<br />
gasolina. Ao acionar o botão no controle<br />
da chave que destrava as portas,<br />
um conjunto de aquecedores é ativado<br />
diretamente na linha de combustível<br />
aquecendo a temperatura,<br />
principalmente do etanol, ao ponto<br />
ideal para compor uma mistura<br />
ar/combustível pronta para entrar em<br />
combustão imediata, independente<br />
da temperatura externa. A tecnologia<br />
foi desenvolvida pela empresa japonesa<br />
Keihin e utiliza a vela de aquecimento<br />
e módulo da Bosch.<br />
Ao incluir o motor 2.0 L na linha<br />
Civic 2014, a Honda mudou as opções<br />
de versões, elas agora são três. A<br />
LXR automática tem preço sugerido<br />
de R$ 74.290 e EXR automática custa<br />
R$ 83.890.<br />
A versão de entrada LXS mantém<br />
o motor 1.8L, o qual entrega potência<br />
de 139 cv (G) / 140 cv (E), é comercializada<br />
com a opção do novo câmbio<br />
manual de seis velocidades ao preço<br />
de R$ 66.690 e R$ 69.900 equipado<br />
com transmissão automática, mas<br />
neste propulsor a fabricante manteve<br />
o tanquinho para partida a frio.<br />
Também, todas as versões passam<br />
a contar com Bluetooth no sistema<br />
de som, o qual permite ao motorista<br />
atender chamadas sem a necessidade<br />
de manuseio do celular ou tirar as<br />
mãos do volante.<br />
Ainda foi mantido o botão<br />
(ECON), que faz a condução tornarse<br />
mais econômica, além da central<br />
inteligente (i-MID), que exibe em<br />
uma tela de LCD colorida de cinco<br />
polegadas diversas informações e<br />
opera como interface para customização<br />
do veículo, seus comandos<br />
estão localizados no volante.<br />
Apesar do motor 2.0L ser mais<br />
pesado que o 1.8L, não foi necessário<br />
realizar ajustes nos sistemas de<br />
suspensões, pois a diferença de peso<br />
foi compensada com a retirada do<br />
sistema de partida a frio. Assim as<br />
peças de reposição como amortecedores<br />
e molas são as mesmas utilizadas<br />
em todas as versões do Civic.<br />
O mesmo ocorre com discos e pastilhas<br />
de freios.<br />
Este motor 2,0 litros também será<br />
utilizado no Honda CR-V, o qual é<br />
fabricado no México, e chegará ao<br />
mercado nacional ainda este ano.<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O
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38 ESPECIAL<br />
| Fevereiro de 2013 - Edição <strong>57</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
O exemplo que vem<br />
do ABC<br />
Oficina de Magnelson Mendes, de São Bernardo do<br />
Campo, há 28 anos é sinônimo de transparência, certeza<br />
de um serviço de qualidade e preço justo<br />
Texto: Silvio Rocha<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
Nosso Perfil deste mês é<br />
com Magnelson Mendes,<br />
proprietário da Galu’s<br />
Auto Parts, localizada na cidade de<br />
São Bernardo do Campo (SP), no<br />
bairro Jardim das Orquídeas. Ao<br />
chegar à oficina, chama atenção o fato<br />
de ele possuir anexo à sua oficina<br />
uma pequena loja, que comercializa<br />
produtos de grande giro. Bastante<br />
ocupado, o profissional arrumou um<br />
tempinho para contar à nossa reportagem<br />
como foi o seu início na profissão.<br />
“Na realidade, aqui teve início<br />
com o meu pai, em 1985, era tudo<br />
chão de terra, ele começou a mexer<br />
nos carrinhos, no mesmo local, era<br />
mais acima da nossa casa, aqui atrás,<br />
que era onde ele trabalhava. No<br />
início na década de 90, ele conseguiu<br />
fazer este salão, onde estamos, foi o<br />
início da oficina. Até então era só oficina.<br />
Em 97, eu assumi aqui, fechei a<br />
oficina e abri a loja, trabalhei por três<br />
meses somente no balcão. A ideia<br />
quando eu abri a loja era parar com o<br />
serviço e ficar somente com a loja.<br />
Durou só três meses porque teve um<br />
dia que eu levantei, olhei no espelho<br />
e falei: – o que você está fazendo, cadê<br />
o resultado do seu serviço? Nesse<br />
DA ESQ. P/ DIR.: WILLIAN, TIAGO, JHONATHAN,<br />
FLAVIO, MAGNELSON, CARMEM, JÉSSICA E MILT‹O,<br />
DA GALU'S AUTO PARTS<br />
momento eu comecei a olhar para<br />
mim e me sentir um inútil, porque<br />
ia só na prateleira pegar a peça e entregar<br />
no balcão”.<br />
Magnelson lembra que logo aos<br />
seis anos de idade já acompanhava<br />
seu pai na oficina. “Dentro do que eu<br />
tinha vivido aqui, porque quando<br />
meu pai abriu aqui em 1985 tinha<br />
seis anos e já comecei a atrapalhar ele,<br />
já sabia fazer muitas coisas”. Aos poucos,<br />
o jovem via que tinha aptidão<br />
para a função e que seu futuro não<br />
poderia ser outro que não ser empresário<br />
da reparação automotiva, com<br />
formação acadêmica e tudo. “Então<br />
eu comecei a aplicar pastilha de freio<br />
que era vendida no balcão, dava a<br />
aplicação para o cliente, simplesmente<br />
pelo prazer de aplicar, de ver<br />
o resultado. Eu percebi que vendia<br />
bastante pastilha e disco de freio.<br />
Nessa época meu pai foi para a estrada<br />
trabalhar com caminhão e eu fiquei<br />
aqui. Foi quando vi que estava<br />
virando mais a venda e contratei o<br />
primeiro funcionário, quando ele<br />
veio para cá ficou no balcão e eu fazendo<br />
serviço de instalação. Foi indo<br />
assim de 98 até 2000, quando a<br />
minha mãe comprou o terreno do<br />
lado aqui, foi quando vendi<br />
meu carro e montei a oficina<br />
ao lado. Daí eu peguei mais<br />
um mecânico, em formação,<br />
acabei formando ele,<br />
que trabalhou comigo durante<br />
sete, oito anos, ficou<br />
até pouco tempo atrás. E<br />
de lá para cá, graças a<br />
Deus, a empresa só tem<br />
evoluído”, completa.<br />
Disposto a fazer a diferença,<br />
Magnelson foi buscar<br />
FACHADA DA GALUÊS AUTO PARTÊS EM S‹O BERNARDO DO<br />
CAMPO E NO DETALHE O PROPRIET˘RIO MAGNELSON MENDES<br />
aprimoramento profissional em uma<br />
das maiores faculdades de engenharia<br />
do Brasil. Com o conhecimento adquirido<br />
na prática e também na teoria,<br />
não demorou a receber propostas<br />
de montadoras, mas decidido resolveu<br />
continuar com seu negócio próprio.<br />
“Resolvi fazer um curso de<br />
engenharia mecânica na FEI, em<br />
2006 comecei a fazer o curso e me<br />
formei agora no meio do ano passado.<br />
Fui chamado pela Volkswagen<br />
para fazer um teste de engenheiro de<br />
teste deles, e coloquei na ponta do<br />
lápis e não é o que eu quero, gosto<br />
daqui. Eu ia precisar fazer algumas<br />
GALU’S AUTO PARTS<br />
Sobre o nome Galu’s, bastante peculiar, Magnelson Mendes conta se<br />
tratar de um apelido que lhe foi dado quando criança. “A molecada aqui<br />
da rua me chamava de galo. Porém eu vou mudar o Auto Parts, vou<br />
mudar o nome e deixar Galu’s “A Oficina”. Quero mostrar com isso que<br />
priorizei a parte de serviço, eu quero mostrar isso também no nome”.<br />
DE CARA NOVA<br />
viagens, foi até por isso também que<br />
optei não ir. O ano passado eu fiz um<br />
freelancer para a Porsche, fui até para<br />
Portugal em uma corrida deles, e foi<br />
quando vi que estava além de mim,<br />
eu gosto de estar aqui, gosto daqui, da<br />
minha clientela, costumo dizer que<br />
os meus clientes, não são só meus<br />
clientes, são meus amigos, boa parte<br />
deles são meus amigos, onde a gente<br />
se encontra para e conversa, batepapo.<br />
Minha esposa costuma dizer<br />
que quando ela está comigo se sente<br />
a primeira dama, porque toda hora<br />
para alguém para me cumprimentar<br />
ou conversar comigo”, explica.<br />
Um assunto que faz Magnelson Mendes sorrir é falar sobre a reforma na<br />
empresa, que está a pleno vapor. “Em seis meses, está previsto o término<br />
da reforma da oficina. Hoje eu estou vendo com a CEF se consigo o<br />
cartão BNDES, porque preciso comprar mais ferramental. Comprei mais<br />
alguns elevadores e algumas ferramentas que vão chegar, mas eu quero<br />
colocar também alinhamento e balanceamento”, diz.
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
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