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Ano IV | Edição 47 | Abril 2012 | Distribuição Nacional | R$ 5,00 | WWW.REPARACAOAUTOMOTIVA.COM.BR


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EDITORIAL<br />

6 | Abril de 2012 - Edição 47<br />

Um mercado em crescimento<br />

Afrota circulante de veículos no Brasil tem crescimento<br />

médio de 7% ao ano desde 2007. No ano passado, segundo<br />

o levantamento da frota circulante do Sindipeças,<br />

rodaram pelo País 34,8 milhões de veículos, entre automóveis, comerciais<br />

leves, caminhões e ônibus, 7% a mais do que em 2010.<br />

Para começar nosso bate-papo, a informação acima é extremamente<br />

importante e cabe reflexão. Mais carros nas ruas indica<br />

que há aumento de potenciais consumidores para a reparação de<br />

veículos. Porém, varejo e reparador precisam estar preparados para<br />

atender a demanda variada.<br />

De nossa parte, trazemos a cobertura completa da 3ª Automec<br />

Pesados & Comerciais, realizada de 10 a 14 de abril, no Anhembi,<br />

em São Paulo (SP), que apresentou ao mercado as novidades do<br />

segmento de veículos pesados com a chegada do Euro 5, que também<br />

refletirá na forma de reparação para os próximos anos.<br />

Aliás, como reportagem de capa desta edição, em cumprimento<br />

à Euro 5, os novos caminhões são totalmente eletrônicos<br />

e menos poluentes. Confira quais são as principais mudanças e<br />

suas consequências na manutenção.<br />

Desde o primeiro dia deste ano, todos os caminhões fabricados<br />

no país são equipados com novos motores Euro 5, para que<br />

seja atendida a legislação ambiental Proconve 7 - Programa de<br />

Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores.<br />

Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6<br />

Artigos . . . . . . . . . . . . . . . . .8/14/15/23<br />

Lançamentos . . . . . . . . . . . . . .14/29/34<br />

Dicas Técnicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19<br />

Mural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24<br />

Aconteceu no CTRA . . . . . . . . . . . . . .35<br />

Na prática, os novos caminhões são totalmente eletrônicos –<br />

motores mecânicos só eram permitidos no atendimento à Euro 3<br />

– e são equipados com um completo sistema de tratamento de<br />

gases, que vai muito além de simples catalisadores.<br />

Na seção Técnica, para manter o veículo em funcionamento,<br />

é necessário o sincronismo correto de motor. Para isto, os tensionadores<br />

e as correias precisam trabalhar juntos para o bom desempenho<br />

do automóvel.<br />

Em Comparativo, Ford, com o Novo Focus, e Peugeot, com<br />

o 308, comercializam no Brasil carros globais, os quais incorporaram<br />

soluções regionais como o motor flex, mesmo assim não oferecem<br />

dificuldades para os reparadores.<br />

Na seção Perfil, o Duster, SUV da Renault fabricado em<br />

São José dos Pinhais (PR), o carro mundial da fabricante francesa<br />

é semelhante a outros da marca e não oferece dificuldades<br />

para reparar.<br />

Em Lançamentos, Amarok, que marcou a entrada da VW no<br />

segmento de picapes médias, o Cruze, que ganha versão hatch, fabricado<br />

na mesma arquitetura do sedã, e o Grand Siena, fabricado<br />

em nova arquitetura, que entre outras coisas ficou maior.<br />

Até mês que vem!<br />

CRÉDITO DE FOTO DA CAPA<br />

Foto:<br />

José Nascimento<br />

O Editor<br />

Diretor Executivo<br />

Bernardo Henrique Tupinambá<br />

Diretora Financeira<br />

Mariza de Oliveira Neto<br />

Diretor Comercial<br />

Edio Ferreira Nelson<br />

ANO IV - NÀ 47 - ABRIL DE 2012<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

twitter.com/reparacao<br />

Editor executivo<br />

Bernardo Henrique Tupinambá<br />

Editor-chefe<br />

Silvio Rocha<br />

editor@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Editor<br />

Edison Ragassi<br />

ragassi@pranaeditora.com.br<br />

Redação<br />

Simone Kühl - redacao@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Departamento de Arte<br />

criacao@pranaeditora.com.br<br />

Supervisor de Arte<br />

Clayton Adjair<br />

Auxiliar de Arte<br />

Kelvin Bezerra<br />

Diagramador<br />

Adriano Siqueira<br />

Fotografia<br />

José Nascimento<br />

Departamento Comercial<br />

comercial@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Diretor Comercial<br />

Edio Ferreira Nelson - edio@pranaeditora.com.br<br />

Gerente Comercial<br />

Richard Fabro Faria - richard@pranaeditora.com.br<br />

Executivos de Contas<br />

Rosa Souza - rosa@pranaeditora.com.br<br />

Comercial<br />

Patrícia Girardi - patricia@pranaeditora.com.br<br />

Internet<br />

webmaster@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Supervisor de Desenvolvimento<br />

Aryel Tupinambá - aryel@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Assinaturas<br />

Jeane Zenobi da Silva<br />

Telefone: 11 5084-1090 - contato@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Financeiro<br />

Diretora Financeira<br />

Mariza de Oliveira Neto - mariza@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Assistente Financeiro<br />

Tatiane Nunes Garcia<br />

Impressão<br />

Prol Editora Gráfica<br />

Jornalista Responsável<br />

Silvio Rocha – MTB: 30375<br />

Colaboradores<br />

Arthur Henrique S. Tupinambá<br />

Carlos Napoletano Neto / Fauzi Timaco Jorge<br />

Ingo Hoffmann / Jeison Cocianji / Karin Fuchs<br />

Edson Roberto de ˘vila / César Garcia Samos<br />

Reparação <strong>Automotiva</strong> é uma publicação mensal da Prána Editora &<br />

Marketing Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais<br />

automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para<br />

melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.<br />

Tiragem 22 mil exemplares<br />

Apoios e Parcerias<br />

Prána Criação<br />

Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva<br />

dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As<br />

matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.<br />

Atendimento ao Leitor<br />

Fone: 11 5084-1090<br />

contato@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Prána Editora & Marketing Ltda. - Jornal Reparação <strong>Automotiva</strong><br />

Rua Eng. Jorge Oliva, 111<br />

CEP 04362-060 - Vila Mascote - São Paulo - SP<br />

INSTITUTO<br />

VERIFICADOR<br />

DE CIRCULAÇ‹O


a &<br />

nais<br />

para<br />

s.<br />

lusiva<br />

e. As<br />

s.<br />

<strong>reparacao47</strong>_<strong>Layout</strong> 1 08/05/2012 12:54 Page 7<br />

.br<br />

.br<br />

s<br />

motiva


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8<br />

ARTIGO<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

| Abril de 2012 - Edição 47 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Pequenos agrados,<br />

grande atração<br />

Texto: Fauzi Timaco Jorge*<br />

Quem responde pelas vendas,<br />

em seu negócio?<br />

Quem tem resposta+<br />

habilidade (responsabilidade)<br />

para isso?<br />

Há alguns anos eu vi um filme<br />

produzido especialmente para treinamento<br />

em vendas, cujo título era<br />

“Quem matou a venda?”. Esse<br />

filme foi marcante pela variedade<br />

de situações que levaram o potencial<br />

cliente a desistir do negócio.<br />

Desde a dificuldade para conseguir<br />

falar com o vendedor por telefone,<br />

com claros sintomas de antipatia e<br />

desatenção por parte de quem<br />

atendeu a ligação na firma vendedora,<br />

até mesmo ao tentar estacionar<br />

na própria empresa após o<br />

regresso de uma visita em que assistiu<br />

a uma péssima demonstração<br />

do equipamento, que apresentou<br />

problemas do início ao final do<br />

processo. E quem estava impedindo<br />

a passagem? O caminhão de<br />

entregas da empresa vendedora,<br />

conduzido por um motorista<br />

pouco habituado ao trato com outros<br />

motoristas, desdenhando de<br />

sua impotência atrás do caminhão<br />

mal estacionado. De passagem, a<br />

esposa do proprietário da empresa<br />

compradora se sentou, no ônibus –<br />

É isso mesmo! Na Inglaterra, onde<br />

foi rodado esse filme, o transporte<br />

público é utilizado por todas as camadas<br />

sociais! –, ao lado de duas jovens<br />

que comentavam, em alto e<br />

bom som, que as coisas ali na empresa<br />

X – a empresa vendedora –<br />

iam de mal a pior, que tudo era<br />

uma bagunça, altamente desorganizada.<br />

E essa diligente esposa,<br />

muito diplomaticamente, deixando<br />

claro que não queria interferir<br />

nos negócios do marido,<br />

denotou trechos dessa conversa ao<br />

marido, durante o café da manhã,<br />

que levou em consideração mais<br />

esse fato na decisão tomada naquele<br />

dia: desistir da aquisição do<br />

equipamento da empresa X.<br />

Vejam, agora, uma vivência de<br />

outro aspecto relacionado ao nosso<br />

tema de hoje. Quando implementamos<br />

o Programa Squadra, um programa<br />

de benchmark [padrões de<br />

eficiência, numa livre tradução]<br />

desenvolvido pela rede de concessionários<br />

Fiat de todo o Brasil, no<br />

final dos anos 90, observamos alguns<br />

exemplos no trato com o<br />

cliente da concessionária que denota<br />

outro caminho, o caminho do<br />

sucesso na atividade de relacionamento<br />

com potenciais compradores<br />

e clientes. Num deles, o de<br />

uma concessionária sediada numa<br />

cidade do interior gaúcho, o ato de<br />

retirar um veículo zero quilômetro<br />

da concessionária era motivo de<br />

grande alegria, comemorado por<br />

todos os empregados e, sobretudo,<br />

pelo cliente e seus familiares ali<br />

presentes. Em um ambiente previamente<br />

preparado para isso, com<br />

muita luz e balões, o cliente recebia<br />

as chaves de seu novo veículo enquanto<br />

era filmado. E, em casa, a<br />

esposa recebia uma caixa de chocolates<br />

e um cartão de felicitações<br />

pela aquisição do veículo. Chocolates<br />

preparados pela família da secretária<br />

da Diretoria, como forma<br />

de reforço de sua renda. Outro<br />

exemplo: uma concessionária do<br />

Recife simplesmente eliminou o<br />

famigerado prisma pelo número da<br />

placa do veículo, ganhando um<br />

tempo considerável no atendimento<br />

de ligações do cliente para<br />

saber o andamento dos serviços<br />

contratados. E escrevia em letras<br />

garrafais no para-brisa do veículo<br />

qual o dia e a hora em que esse<br />

carro deveria estar à disposição do<br />

cliente. Assim, todos na oficina se<br />

empenhavam, de fato, para que isso<br />

acontecesse. Porque, ao final, isso<br />

dizia respeito ao interesse direto do<br />

cliente e traduzia um compromisso<br />

da concessionária perante seu mais<br />

precioso ativo: esse cliente.<br />

E na área de vendas? Quais<br />

eram as lições marcantes? Nessa<br />

mesma concessionária do nordeste,<br />

uma reunião matinal apontava<br />

todos os negócios do dia<br />

anterior. Cada um dos negócios<br />

perdidos era analisado, para uma<br />

detecção das dificuldades que culminaram<br />

com a perda do negócio.<br />

Daí resultavam medidas corretivas,<br />

para evitar a repetição do fato.<br />

E dessa reunião resultavam adequadas<br />

e compartilhadas comemorações<br />

dos negócios efetivamente<br />

concretizados, como um<br />

indispensável estímulo para o dia<br />

que começaria. Um dia pleno de<br />

leões, para serem abatidos pelos<br />

mais capazes.<br />

Reflita sobre essas lições,<br />

para dar um empurrão nas<br />

suas realizações.<br />

*Economista, professor-tutor<br />

da FGV Online e professor da<br />

FGV + CEA-Centro de Estudos<br />

Automotivos, escreve<br />

regularmente nesta coluna e pode<br />

ser acessado pelo e-mail<br />

fauzi@balcaoautomotivo.com.br


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| Abril de 2012 - Edição 47 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Nova motorização nas<br />

ruas e estradas do país<br />

Em cumprimento à Euro 5, os novos caminhões são totalmente eletrônicos e menos poluentes.<br />

Confira quais são as principais mudanças e também suas consequências na manutenção<br />

Texto: Karin Fuchs<br />

Desde o primeiro dia 32, Agente Redutor de Líquido montadora lançará novos opcionais<br />

em todos modelos.<br />

“No caso específico da Iveco,<br />

que o óleo pode ser utilizado.<br />

deste ano, todos os caminhões<br />

fabricados no 32% de uréia em água desmine-<br />

Paulo Razori, engenheiro de que não se ateve somente à in-<br />

Automotivo - uma solução com<br />

10 CAPA<br />

país são equipados com novos<br />

motores Euro 5, para que seja<br />

atendida a legislação ambiental<br />

Proconve 7 - Programa de Controle<br />

da Poluição do Ar por Veículos<br />

Automotores.<br />

Na prática, os novos caminhões<br />

são totalmente eletrônicos<br />

ralizada -, e com um catalisador<br />

reduz drasticamente a emissão<br />

dos principais gases poluentes ao<br />

meio ambiente. Isso porque, o<br />

reagente reduz o NOx e, consequentemente,<br />

o CO2. O nível<br />

do Arla é indicado para o condutor<br />

do veículo por meio do<br />

Marketing de Produto da Iveco,<br />

explica que a Iveco trabalhou<br />

não apenas para atender a legislação,<br />

mas também em uma<br />

nova família de produtos, a<br />

ECOLINE. “Além de atendermos<br />

todas as normas Euro 5,<br />

oferecemos ao mercado maiores<br />

trodução da tecnologia Euro 5 na<br />

sua gama, mas sim de uma renovação<br />

dos seus produtos, esta tecnologia<br />

de óleos sintéticos foi<br />

extensiva em alguns produtos<br />

para a caixa de câmbio e eixo traseiro,<br />

de modo a diminuir as paradas<br />

para as revisões programadas<br />

- motores mecânicos só eram sistema OBD (Diagnóstico potências, maiores torques,<br />

em alguns modelos de<br />

permitidos no atendimento à<br />

Euro 3 - e são equipados com<br />

um completo sistema de tratamento<br />

de gases, que vão muito<br />

além de simples catalisadores.<br />

Na saída de gases há dispositivos<br />

que, junto ao reagente Arla<br />

a bordo).<br />

Em relação ao combustível, o<br />

indicado é o S 50, sendo que alguns<br />

motores que utilizam o sistema<br />

SCR também aceitam até o<br />

S 500, porém em um curto período<br />

de tempo, já que o Euro 5 é<br />

novos interiores de cabine, ou<br />

seja, uma nova linha completa<br />

de produtos”, diz, informando<br />

ainda que em comparação com<br />

versões similares (Euro 3), o<br />

acréscimo médio no preço poderá<br />

ser de 15% a 20%, com variações<br />

veículos, e em outros diminuir o<br />

tempo de parada da revisão. Esta<br />

tecnologia, juntamente com o<br />

trabalho desenvolvido pela engenharia<br />

junto aos fornecedores<br />

(identificando melhorias nos<br />

componentes e nos proces-<br />

incompatível com<br />

por linha.<br />

sos produtivos), proporcionou<br />

diesel acima de S-50. Sobre manutenção, o executivo<br />

estas melhorias”.<br />

Na Iveco, toda a<br />

conta que uma das princi-<br />

Com investimentos na<br />

gama de produtos<br />

está pronta para atender<br />

o mercado, os<br />

clientes mais exigentes<br />

e toda a legislação<br />

(Daily, Vertis, Tector,<br />

pais exigências foi a adoção de<br />

óleos sintéticos para os motores<br />

Euro 5 que, além de melhorarem<br />

o desempenho do motor, aumentam<br />

a sua proteção. Com<br />

estes óleos foi possível também<br />

ordem de cerca de R$ 175 milhões,<br />

incluindo o programa de<br />

R$ 570 milhões de investimentos<br />

da empresa para o período<br />

2007-2011, a Iveco colocou cerca<br />

de 70% de sua força de engenharia<br />

no programa, que começou<br />

A IVECO TRABALHOU N‹O APENAS PARA ATENDER A Stralis e Trakker). E, diminuir a frequência de troca,<br />

LEGISLAÇ‹O, MAS TAMBÉM EM UMA NOVA FAM¸LIA até o final do ano, a prolongando a quilometragem há dois anos e meio. “A estratégia<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O


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www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Abril de 2012 - Edição 47 | CAPA 11<br />

ERONILDO BARROS,<br />

DIRETOR DE VENDAS DA SCANIA BRASIL<br />

foi utilizar as duas tecnologias -<br />

EGR (Exhaust Gas Recirculation<br />

ou Recirculação de Gases do Escapamento),<br />

para veículos leves e<br />

o SCR (Selective Catalyst Reduction<br />

ou Catalisador de Redução<br />

Seletiva), para os<br />

semipesados e até extra pesados,<br />

pois já são conhecidas em nossos<br />

produtos globais”, informa.<br />

Isso porque, diz Razori, em<br />

grandes centros urbanos há mais<br />

facilidade de encontrar o diesel<br />

com menor índice de enxofre,<br />

“para os veículos de médias e<br />

longas distâncias com o sistema<br />

EGR que apresenta uma maior<br />

robustez no sistema”.<br />

MANUTENÇÃO SIMILAR<br />

Diretor de Vendas da Scania<br />

Brasil, Eronildo Barros informa<br />

que a manutenção dos veículos<br />

equipados com o Euro 5 é bastante<br />

similar aos do Euro 3. “Basicamente,<br />

o que mudou foi um<br />

novo filtro para o Arla32 e, com<br />

um combustível com menos teor<br />

de enxofre, o período de troca de<br />

óleo lubrificante do motor pode<br />

ser prorrogado. O intervalo pode<br />

ser aumentado, por exemplo, de<br />

15 mil quilômetros para, no mínimo,<br />

20 mil quilômetros. Isto<br />

proporcionou também o aumento<br />

dos intervalos de manutenção<br />

preventiva, o que diminui<br />

o número de paradas na oficina”.<br />

Com garantia de 1 ano, contada<br />

a partir da data de início de<br />

operação do veículo, independentemente<br />

da quilometragem<br />

cursos oferecidos pela Scania,<br />

como o Scania Opticruise e o<br />

Scania Retarder”. Sobre investimentos,<br />

a Scania trabalha com<br />

valores anuais contínuos de<br />

US$ 30 milhões a US$ 40 milhões.<br />

“É o valor de investimento<br />

anual para manutenção e atualização<br />

de equipamentos. Aqui<br />

não estão considerados investimentos<br />

em mudanças de linha e<br />

introdução de novos produtos”.<br />

RENOVAÇÃO TOTAL<br />

A Volvo aproveitou a mudança<br />

da legislação de emissões e<br />

renovou toda a sua linha de caminhões.<br />

Em 2011, lançou as<br />

linhas 2012 de caminhões F e<br />

VM equipados com tecnologia<br />

SCR para atender às normas do<br />

ProconveP7/Euro5 e, neste ano,<br />

lançou a sua linha de ônibus com<br />

a mesma tecnologia.<br />

Segundo Álvaro Menoncin,<br />

gerente da Engenharia de Vendas<br />

da Volvo, os novos caminhões<br />

das linhas F e VM foram desenvolvidos<br />

com as mais modernas<br />

tecnologias, para atender às mais<br />

diversas necessidades do transportador<br />

brasileiro. “Toda a linha<br />

FH e FMX com motor 13 litros<br />

traz nova motorização, aumentando<br />

ainda mais a potência dos<br />

caminhões, com baixo consumo<br />

de combustível e grande produtividade.<br />

A gama de motores da<br />

linha FH ampliou-se em 20cv.<br />

Os veículos saem da linha de<br />

produção com as seguintes potências:<br />

420cv, 460cv, 500cv e o<br />

mais potente, com 540cv”.<br />

Já os FMX terão potências de<br />

420cv, 460cv e 500cv. Outra atração<br />

desta linha são as caixas automatizadas<br />

I-Shift, que<br />

permitem maior conforto e segurança<br />

para a operação, com<br />

menor consumo de combustível<br />

nas mais diversas aplicações de<br />

transporte.<br />

Na linha dos pesados e semipesados,<br />

a nova geração VM está<br />

percorrida ou horas trabalhadas<br />

(no caso de caminhões off road),<br />

desde janeiro toda a linha 2012<br />

da Scania é equipada com motores<br />

que atendem ao Euro5. “Este<br />

ano, devemos ter alguma novidade<br />

em relação à linha de semipesados”,<br />

antecipa o executivo.<br />

Para atender as exigências do<br />

Proconve P7, os veículos Scania<br />

utilizam a tecnologia Scania SCR<br />

(Redução Catalítica Seletiva),<br />

que oferece maior rentabilidade,<br />

menor consumo de combustível,<br />

redução de gases poluentes, sem<br />

alterar o custo operacional. “Para<br />

o transportador, a mudança será<br />

mínima. Primeiramente, os veículos<br />

deverão ser abastecidos<br />

com o diesel correto, o S 50 ou o<br />

S 500, que vai estar disponível<br />

em todo o Brasil”.<br />

Ainda de acordo com Barros,<br />

o SCR permite a redução de<br />

aproximadamente 80% de Material<br />

Particulado e 60% de Óxido<br />

de Nitrogênio (NOx) e, além<br />

disso, os caminhões e ônibus<br />

Scania contarão com o sistema<br />

OBD (Diagnóstico a bordo), que<br />

monitora o nível de emissões e<br />

será responsável pelo monitoramento<br />

dos sistemas de injeção,<br />

admissão de ar e gases de escape,<br />

além do nível do tanque de<br />

ARLA 32.<br />

“Caso o nível de poluentes<br />

esteja acima do permitido, o motorista<br />

será avisado através do<br />

computador de bordo e por meio<br />

de um sinal que poderá ser visualizado<br />

no painel do veículo.<br />

Neste caso, ele deverá verificar o<br />

nível de ARLA 32 e, caso necessário,<br />

abastecer o reservatório”,<br />

explica.<br />

Para adequação à tecnologia<br />

Euro 5, informa o executivo, o<br />

repasse para o preço final dos<br />

veículos fica em torno de 8% a<br />

12%, “mas essa diferença pode<br />

ser compensada com a economia<br />

de combustível proporcionada<br />

pelos novos motores e pelos recom<br />

três novas potências: 220cv,<br />

270cv e 330cv, todos de seis cilindros.<br />

O aumento das potências<br />

possibilita mais benefícios, como<br />

o aumento da pressão de injeção<br />

do propulsor, que passa de 1400<br />

para 1800 bar. É mais economia<br />

de combustível, maior rendimento<br />

e grande produtividade ao<br />

transportador.<br />

Sobre a escolha do sistema<br />

EGR, Menoncin destaca que a<br />

marca tem mais de 170 mil veículos<br />

vendidos no mundo com<br />

esta tecnologia, que é a mais recomendada<br />

pelos engenheiros e<br />

cientistas da Volvo por ser robusto<br />

e altamente confiável.<br />

“Além disso, o SCR pode ser utilizado<br />

em motores de todos os<br />

tamanhos, sem necessidade de<br />

complementações com sistemas<br />

de lubrificação ou de arrefecimento.<br />

A utilização dos motores<br />

diesel, combinada com o tratamento<br />

posterior dos gases de escape,<br />

reduz significativamente as<br />

emissões de óxidos de nitrogênio<br />

(NOx) e de particulados de<br />

forma mais eficiente”.<br />

˘LVARO MENONCIN, GERENTE<br />

DA ENGENHARIA DE VENDAS DA VOLVO


eparacao47_<strong>Layout</strong> 1 08/05/2012 12:54 Page 12<br />

12 CAPA Para atender às normas de emissões Euro 5, a Cummins Brasil desenvolveu<br />

um sistema integrado entre Motores, Sistemas de Combustíveis,<br />

Sistemas de Filtração, Turbos e Soluções de Emissões, integrando inclusive,<br />

os respectivos softwares. “Aliado ao sistema integrado da Cummins, o Arla<br />

32 complementa o atendimento às novas legislações de emissões”, acrescenta<br />

o diretor de Marketing e Vendas da Cummins Brasil, Luis Chain Faraj.<br />

A Cummins Filtration também foi responsável pelo desenvolvimento do<br />

Direct Flow. “Trata-se de um filtro de ar mais compacto, leve e fabricado<br />

com materiais plásticos e tecnologia patenteada do meio filtrante Stratapore.<br />

A nova tecnologia Cummins inclui também a aplicação OBD, que<br />

em eventual emergência, um sistema eletrônico envia um sinal para o motorista e automaticamente<br />

reduz a potência do veículo para controlar o nível de emissão”, diz Faraj, acrescentando<br />

ainda que os motores fabricados pela Cummins se comunicam com os demais componentes do<br />

veículo, como freios, transmissão, entre outros.<br />

Entre as mudanças realizadas nos motores ISB 4, ISB 6 e o novo ISL para atender a nova norma,<br />

destaque para as inovações tecnológicas. “Sem aumentar de tamanho, esses motores trazem<br />

mais desempenho e menor consumo para garantir baixo custo operacional ao consumidor final”,<br />

destaca o executivo.<br />

O Cummins ISB 4 (foto), aplicado em ônibus e caminhão, recebeu maior cilindrada: de 3,9 para 4,5<br />

litros (+15%), sendo que sua potência passou de 172 cv para 210 cv (+22%). Já o motor ISB 6 de<br />

6,7 litros (ante os 5,9 litros (+14%), de 274 cv de seu antecessor) desenvolve agora 304 cavalos<br />

(+11%), e do ISC 8.3 de 324 cv, a Cummins lança o ISL de 8,9<br />

litros (+7%) capaz de desenvolver até 405 cavalos de potência<br />

(+27%). Uma versão do ISL a gás também será oferecida<br />

pela empresa. Importado dos EUA, o motor é desenvolvido<br />

pela joint-venture Cummins Westport.<br />

Para atender às normas de emissões, a Cummins Brasil adotou<br />

a tecnologia SCR. “Outro ponto importante é a menor<br />

complexidade do sistema SCR, já que toda a tecnologia produzida<br />

e oferecida pela Cummins Brasil é integrada, oferecendo<br />

uma solução de "softwares" e "features" (recursos)<br />

totalmente integrados, destacando-se pela maior confiabilidade<br />

e eficiência do sistema, trazendo mais vantagens para os clientes na hora da aquisição,<br />

na operação e também no pós-venda”, afirma Faraj.<br />

De acordo com Faraj, a manutenção preventiva precisa ser focada conforme cada aplicação. “Se o<br />

motorista opera em condições diferentes, como região de mineração, por exemplo, haverá necessidade<br />

de aplicar filtros que sejam adequados para o ambiente. Além disso, quando se trata de<br />

motor eletrônico, a Cummins Brasil ainda conta com um software de diagnóstico de falha denominado<br />

Insite. Este sistema indica onde está o sensor, incluindo seu código de falha e aponta passo-apasso<br />

a origem do problema detectado no caminhão. Com isso, evita o conhecido<br />

sobrerreparo, ou seja, a troca de peça quando não ainda não há necessidade de substituição<br />

e elevados custos de manutenção”.<br />

| Abril de 2012 - Edição 47 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

MOTORIZAÇÃO CUMMINS<br />

MONTAGEM NO PAÍS<br />

Entre caminhões Volkswagen e MAN, a montadora passa a<br />

oferecer uma linha completa com modelos de 5,5 a 74 toneladas<br />

de peso bruto total, todos produzidos no Brasil. Em complemento<br />

aos caminhões fabricados pelo Consórcio Modular, a empresa<br />

também passa a oferecer modelos MAN TGS - WW com<br />

motorização Euro 3, importados da Europa para países latino<br />

americanos onde a legislação local permite sua comercialização.<br />

Pela primeira vez, os caminhões Volkswagen receberão a motorização<br />

MAN, já em montagem no país, e novos motores Cummins para complementar a oferta<br />

da nova tecnologia Euro 5. E, para cumprir as exigências do Proconve 7, o foco foi desenvolver<br />

sistemas de tratamento dos gases de escape. Os motores MAN D08 de quatro e seis cilindros<br />

são dotados de tecnologia EGR de pós-tratamento de emissões. Já os motores Cummins ISF de<br />

quatro cilindros e ISL de seis cilindros com tecnologia SCR, de pós tratamento de emissões com<br />

uso de ARLA 32. Todos os modelos da linha Volkswagen Delivery 2012, por exemplo, são equipados<br />

com o motor Cummins ISF de 3,8 litros com sistema de pós-tratamento de emissões (SCR).<br />

Já nas linhas VW Worker e Constellation no segmento de 13, 15 e 17 toneladas, os veículos são<br />

equipados com o novo motor MAN D08 de 4,6 litros, quatro cilindros e potência de 190 cavalos.<br />

O MAN D08 tem dois estágios de sobrealimentação (dois turbocompressores), sistema de injeção<br />

Common Rail e tecnologia EGR de pós-tratamento de emissões.<br />

TECNOLOGIA BLUETEC 5<br />

Para atender ao Proconve 7, a<br />

Mercedes-Benz adotou a tecnologia<br />

BlueTec 5 de redução catalítica<br />

seletiva para conversão de Óxidos<br />

de Nitrogênio (NOx), bem como<br />

das eficientes modificações de<br />

seus motores para controle interno<br />

das emissões de Material<br />

Particulado (PM), na linha de<br />

caminhões e ônibus.<br />

“Além de atender às exigências da<br />

nova legislação, destacando-se<br />

por ser ambientalmente amigável, os motores e veículos com tecnologia BlueTec 5 também<br />

oferecem um excelente desempenho e reduzem o consumo de combustível, diminuindo o<br />

custo operacional e assegurando a rentabilidade para os clientes”, diz o gerente de Desenvolvimento<br />

de Motores da Mercedes-Benz, Gilberto Leal.<br />

A tecnologia já é utilizada na Europa desde 2005 e, no Brasil, ela vem sendo desenvolvida há<br />

mais de três anos. Segundo Leal, “está sendo utilizada regionalmente a mesma tecnologia,<br />

com a mesma eficácia e confiabilidade mundial da Mercedes-Benz”.<br />

MOTORES MAIS POTENTES<br />

A Navistar América do Sul, por meio da marca de caminhões International®,<br />

também já oferece a versão Euro V dos seus atuais<br />

veículos produzidos e comercializados no Brasil, tanto no<br />

modelo International® 9800i, como no International® DuraStar.<br />

Com a inovação, o semipesado International® DuraStar é<br />

equipado com motor mais potente, o MaxxForce 7.2 litros,<br />

com 4 válvulas por cilindro, produzido pela MWM International,<br />

que passa a ter 280 cv e 950 Nm de torque. Já o International® 9800i utiliza motor Cummins<br />

ISM. O modelo desenvolve 416 cv a 1900 rpm, e 2000 Nm de torque a 1200 rpm.<br />

PERSPECTIVAS: VENDAS<br />

Em relação às expectativas para este ano. Paulo Razori, da Iveco, destaca que “a Iveco continua<br />

acima do mercado. No primeiro trimestre o mercado caiu 9%, a Iveco se manteve estável. Passamos<br />

de 8,1 para 8,3 % no mercado Anfavea, que é o mercado acima de 3,5. Acima de 2,8<br />

toneladas crescemos bem, 8,8 para 9,7%, ou seja, ganhamos quase 1 ponto percentual de<br />

market share. No ano, podemos superar os 10% no mercado acima de 2,8 toneladas”.<br />

Já Eronildo Barros, da Scania, informa que “o ano de 2011 foi muito bom para a Scania, o segundo<br />

melhor da história, com 13.011 unidades. Se comparado a 2010, quando foram vendidas<br />

15.408 unidades, houve uma redução, porém, estamos usando com base de comparação um<br />

ano recorde para a empresa no Brasil. O importante é que as metas do ano passado para empresa<br />

foram alcançadas. Tudo indica que vamos ter um volume de vendas do mesmo tamanho<br />

do que 2011”.<br />

E, Luis Afonso Pasquotto, presidente da Cummins Brasil e vice-presidente<br />

da Cummins Inc., comenta que no ano passado, ambas tiveram<br />

marcas recordes de produção e de faturamento. “No Brasil, às vésperas<br />

da chegada das novas normas de emissões do Proconve P-7/Euro 5, o<br />

setor de caminhões e ônibus, além de veículos comerciais leves, foi<br />

responsável pela produção recorde da Cummins, com 112 mil unidades,<br />

16,6% mais em relação as 96 mil unidades de 2010. Terminamos o ano<br />

com um market share de 37% da unidade de Negócios de Motores no<br />

mercado brasileiro de caminhões”.<br />

Ainda de acordo com ele, embora os resultados tenham sido excepcionais<br />

no ano passado, a unidade de motores da Cummins Brasil, diante<br />

das previsões incertas para 2012/2013, período de transição de tecnologias, decidiu, em<br />

dezembro último, readequar o seu quadro de funcionários, reduzindo 250 empregos.<br />

“Em princípio, pode parecer contraditório, mas tanto o investimento em Itatiba (de US$ 37<br />

milhões, na primeira fase para as unidades de Negócios de Geração de Energia e de Distribuição),<br />

como o processo de readequação da empresa, foram medidas necessárias diante<br />

das perspectivas de baixa movimentação de motores e concorrência acirrada entre 2012 e<br />

2013. De qualquer maneira, tenho convicção de que tornaremos a Cummins Brasil mais forte e<br />

competitiva”, avalia Pasquotto.


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14<br />

ARTIGO LANÇAMENTO<br />

| Abril de 2012 - Edição 47<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Texto: José Palacio*<br />

Como ser diferente<br />

em um mercado<br />

comoditizado<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

T<br />

Tenho acompanhado as notícias<br />

do setor automotivo<br />

com muita atenção, e percebido<br />

alguns movimentos interessantes<br />

de mercado, com a expansão<br />

da ideia de redes de postos autorizados<br />

de diversas marcas de autopeças.<br />

Este é um bom sinal.<br />

Na Automec Pesados, feira voltada<br />

ao aftermarket de veículos comerciais,<br />

realizada em São Paulo, no<br />

mês de abril, muitas empresas de autopeças<br />

anunciaram a intenção de<br />

montar uma rede, com objetivo de<br />

agregar valor ao serviço prestado pelo<br />

aplicador ao seu cliente.<br />

Trabalhar em rede é um caminho<br />

muito inteligente. Aqui, no IQA –<br />

Instituto da Qualidade <strong>Automotiva</strong>,<br />

atuamos com diversos tipos de redes<br />

de oficinas e varejos de autopeças, e<br />

sempre aprendemos novas formas de<br />

fazer negócios com mais rentabilidade<br />

e organização.<br />

São empresas que já se atentaram<br />

para o fato de que quando se trabalha<br />

em grupo é preciso unidade e padronização<br />

na organização determinada<br />

pelos gestores da rede, avaliadas por<br />

um instituto isento, que aponta de<br />

fora para dentro onde estão as conformidades<br />

e, principalmente, as nãoconformidades.<br />

Este é um modelo que vale tanto<br />

para quem trabalha com veículos<br />

leves quanto pesados ou até mesmo<br />

em ambos, na prestação de serviços<br />

ou comércio de autopeças.<br />

O aftermarket automotivo brasileiro<br />

é ainda um setor em evolução,<br />

apesar de já existir há mais de 60 anos.<br />

Vivemos um período de transição<br />

tecnológico muito grande, com a adição<br />

cada vez maior de dispositivos<br />

eletrônicos nos veículos, além do aumento<br />

da velocidade da informação.<br />

O que hoje é novidade nos veículos<br />

mais caros, amanhã equipa os<br />

populares, pois há uma tendência<br />

forte da indústria de redução de custos<br />

a partir do desenvolvimento de<br />

tecnologias que possibilitam produzir<br />

mais em menor tempo.<br />

A isso, o mercado chama de “comoditização”.<br />

O que antes era negociado<br />

por unidade, agora é feito às<br />

centenas e milhares, todos têm<br />

acesso. Assim, o que diferencia um<br />

produto de outro é a qualidade do<br />

serviço agregado a ele. Por isso, um<br />

caminho é a formação de redes.<br />

Certo é que mesmo as redes<br />

podem se tornar em breve um produto<br />

“comoditizado”, ou melhor,<br />

um serviço “comotidizado”. E aí,<br />

como fazer para se diferenciar? Esta<br />

é uma das missões da certificação de<br />

serviços automotivos de terceira<br />

parte, que através da filosofia de<br />

melhoria contínua, incentiva a busca<br />

de práticas novas e inovadoras para<br />

desenvolver o trabalho com maior<br />

eficiência e, consequentemente,<br />

melhor resultado.<br />

É interessante notar que dentro<br />

deste conceito sempre há evolução,<br />

e isso ocorre porque o mercado é dinâmico,<br />

e tem características de<br />

comportamentos específicos para<br />

cada fase, que pode ou não se repetir,<br />

de acordo com uma série de acontecimentos<br />

aleatórios.<br />

Um deles é a atual fase da venda<br />

de veículos comerciais novos, zero<br />

km, que está em queda livre, em relação<br />

a 2011. Com certeza, o nível de<br />

serviços vai aumentar. Este era um<br />

movimento previsto por montadoras<br />

e indústrias de autopeças.<br />

Porém, apenas irá aproveitar esta<br />

nova onda aqueles que se prepararam,<br />

se atualizaram e investiram. A<br />

boa notícia é que ainda dá tempo.<br />

*Coordenador de Serviços Automotivos<br />

do IQA - Instituto da Qualidade<br />

<strong>Automotiva</strong><br />

Câmbio automático<br />

na Amarok<br />

Picape média da VW agora com transmissão<br />

automática de oito marchas e motor mais potente<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

Dia 30 de março, a Volkswagen<br />

reuniu a imprensa especializada<br />

brasileira em<br />

Guarulhos (SP) e apresentou sua picape<br />

média equipada com câmbio<br />

automático de 8 marchas.<br />

Segundo divulgado pela fabricante,<br />

as oito velocidades possibilitaram<br />

aos engenheiros ampliar a<br />

distância entre as relações da primeira<br />

e da oitava marchas em relação às<br />

transmissões automáticas convencionais.<br />

Graças a esta maior amplitude,<br />

o motor TDI trabalha de forma ainda<br />

mais eficiente, sempre dentro do regime<br />

de rotações ideal, e é mais econômico<br />

e ágil. A oitava marcha foi<br />

configurada como “overdrive”, para<br />

operar com o motor em rotação reduzida<br />

sempre que as condições de<br />

terreno e aceleração permitirem, economizando<br />

combustível.<br />

A primeira marcha foi calculada<br />

para esforços acima do normal,<br />

como no uso off-road, para arrancar<br />

com carga em subidas íngremes ou<br />

quando o veículo é usado para reboque,<br />

já a tração 4MOTION dispensa<br />

a necessidade de engrenagens<br />

de redução.<br />

O motor foi atualizado no software<br />

de controle e alterações nos turbocompressores.<br />

O novo 2.0L<br />

biturbo TDI agora entrega 180 cv e<br />

torque máximo de 42,8 kgfm (o anterior<br />

tinha 163 cv e torque de 40,7<br />

kgfm), assim, a capacidade de reboque<br />

aumentou para 2.860 kg. Ele<br />

atende as normas da fase L6 do Proconve<br />

(Programa de Controle da Poluição<br />

do Ar por Veículos<br />

Automotores) para veículos a diesel.<br />

A adequação à nova regulamentação<br />

foi obtida com a introdução de um<br />

filtro de partículas (DPF – diesel particulate<br />

filter), que reduz o nível de<br />

emissões de material particulado,<br />

para isso, deve ser alimentado somente<br />

com diesel do tipo S-50.<br />

De série, a picape média da VW<br />

traz air bags frontais e freios ABS, o<br />

exclusivo ABS para a função off-road.<br />

As versões Highline e Trendline<br />

podem contar opcionalmente, com<br />

o sistema ESP – Programa Eletrônico<br />

de Estabilidade –, Controle Automático<br />

de Descida (HDC) e Assistente<br />

para Partida em Subida (HSA). O<br />

ELD (bloqueio eletrônico do diferencial),<br />

que contribui para a estabilidade<br />

do veículo, é standard em toda<br />

a linha.<br />

A suspensão dianteira é do tipo<br />

independente, com braço duplo<br />

transversal e mola helicoidal, o diâmetro<br />

da barra estabilizadora é de 28<br />

mm. Na traseira usa eixo rígido e<br />

molas de três lâminas, com câmbio<br />

manual são cinco lâminas.<br />

A VW Amarok com câmbio automático<br />

de oito marchas só é comercializada<br />

na versão topo de linha<br />

Highline, o preço sugerido para<br />

venda é de R$ 135.990.<br />

A<br />

v<br />

v


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FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

ARTIGO<br />

15<br />

Frota circulante<br />

cresce 7% em 2011<br />

Texto: Antônio Carlos Bento*<br />

Afrota circulante de veículos<br />

no Brasil tem<br />

crescimento médio de<br />

7% ao ano desde 2007. No ano<br />

passado, segundo o levantamento<br />

da frota circulante do<br />

Sindipeças, rodaram pelo País<br />

34,8 milhões de veículos, entre<br />

automóveis, comerciais leves,<br />

caminhões e ônibus, 7% a mais<br />

do que em 2010. Esse aumento<br />

contínuo do número de veículos<br />

fez com que na última década<br />

saltasse de 8,4 veículos por<br />

habitante para 5,5. Mais carros<br />

nas ruas indica que há aumento<br />

de potenciais consumidores<br />

para a reparação de veículos.<br />

O mercado de reposição se<br />

movimenta em função da frota<br />

circulante. Os veículos começam<br />

frequentar as oficinas após<br />

o período de garantia. Porém,<br />

varejo e reparador precisam<br />

estar preparados para atender a<br />

demanda variada. Com tanta diversificação<br />

de marca e modelo<br />

fica difícil acompanhar todas as<br />

evoluções tecnológicas. Os profissionais<br />

que atuam no aftermarket<br />

devem estar em<br />

constante aperfeiçoamento, fazendo<br />

cursos e atualizações. Recentemente,<br />

a Automec Pesados<br />

& Comerciais apresentou ao<br />

mercado as novidades do segmento<br />

de veículos pesados com<br />

a chegada do Euro V que também<br />

refletirá na forma de reparação<br />

para os próximos anos.<br />

Em um mercado em constante<br />

transformação, é necessário<br />

se ajustar às novas<br />

necessidades dos consumidores.<br />

Para isso, é preciso ficar atento<br />

às tendências e identificar oportunidades,<br />

lembrando que o<br />

serviço de qualidade começa na<br />

escolha correta da peça. A certificação<br />

de autopeças, que já está<br />

em vigor para alguns itens, e<br />

deve ser ampliada para outros,<br />

assegura o direito do consumidor<br />

na aquisição de peça de<br />

qualidade e garante ao mercado<br />

mais transparência. Varejo e reparação<br />

devem estar bem informados<br />

sobre esse processo e<br />

orientar o consumidor. Motorista<br />

que sabe da importância da<br />

manutenção preventiva e os benefícios<br />

que essa prática oferece,<br />

busca a oficina para fazer<br />

revisão antes de o carro apresentar<br />

algum problema. O programa<br />

Carro 100% iniciará este<br />

ano um novo trabalho para estimular<br />

a conscientização do<br />

motorista sobre os cuidados<br />

para manter o veículo em boas<br />

condições de uso. Afinal, a frota<br />

brasileira em ascensão, com<br />

crescimento médio anual de<br />

7%, precisa estar bem cuidada.<br />

Contamos com a colaboração<br />

do setor para ajudar a sensibilizar<br />

o consumidor sobre essa<br />

questão que está relacionada à<br />

segurança no trânsito.<br />

*Coordenador do GMA –<br />

Grupo de Manutenção <strong>Automotiva</strong><br />

– Programa Carro<br />

100% - www.carro100.com.br


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16 PERFIL<br />

| Abril de 2012 - Edição 47 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

AMORTECEDOR E FREIO DIANTEIRO<br />

FOTOS: ESTÐDIO PR˘NA<br />

Duster, o SUV da Renault<br />

Fabricado em São José dos Pinhais, o carro mundial da fabricante francesa é<br />

semelhante a outros da marca e não oferece dificuldades para reparar<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

OS AMORTECEDORES, ASSIM COMO<br />

AS MOLAS, DISCOS E PASTILHAS DE<br />

FREIOS N‹O EXIGEM FERRAMENTAS<br />

ESPECIAIS PARA SUBSTITUIÇ‹O<br />

DOS ITENS<br />

AMORTECEDOR E FREIO TRASEIRO<br />

Em outubro de 2011, a Renault<br />

lançou no Brasil o<br />

veículo utilitário esportivo<br />

(SUV) Duster. O carro é um<br />

modelo mundial fabricado no<br />

Brasil na unidade produtiva de<br />

São José dos Pinhais (PR).<br />

Nesta edição, avaliamos a versão<br />

equipada com propulsor mais<br />

forte, o 2.0 16V Hi-Flex, mas a<br />

empresa também comercializa o<br />

modelo com motor 1.6L 16V. Este<br />

2 litros entrega potência de 142 cv<br />

(E) / 138 cv (G) a 5.500 rpm e torque<br />

máximo de 20,9 kgfm<br />

(E)/19,7 kgfm (G) a 3.750 rpm.<br />

Para Alan Schapowal, reparador<br />

com 25 anos de experiência<br />

no setor, do Centro Automotivo<br />

Fox Car, localizado na Vila Prudente,<br />

ele é simples para realizar<br />

reparos e manutenções. “O<br />

desenho é semelhante ao do<br />

motor utilizado na Scénic, as<br />

velas são de fácil acesso e utilizam<br />

bobinas no lugar dos cabos.<br />

Quando uma bobina apresenta<br />

problemas, o melhor é substituir<br />

as quatro, pois enquanto o veículo<br />

roda com o problema o sistema<br />

compensa e compromete as<br />

outras”, fala ele.<br />

Já o acesso aos bicos injetores<br />

e corpo de borboleta é mais difícil,<br />

“é necessário retirar a proteção<br />

plástica, o que exige cuidado<br />

e mais tempo do reparador, também<br />

para trocar a correia dentada<br />

é necessário deslocar o motor”,<br />

explica Alan.<br />

O SUV da Renault usa<br />

suspensão dianteira do tipo<br />

McPherson, com triângulos<br />

inferiores, amortecedores hidráulicos<br />

telescópicos, molas<br />

helicoidais, montado em um<br />

subchassi.<br />

“Não há dificuldades para<br />

substituir amortecedores, molas,<br />

o acesso é fácil tanto por cima<br />

como por baixo, as bandejas também<br />

são fáceis de retirar e<br />

quando apresentar problemas nas<br />

borrachas é necessário trocar o<br />

conjunto todo”.<br />

A suspensão traseira é semiindependente<br />

com barra estabili-<br />

NA TRASEIRA OS FREIOS S‹O A<br />

TAMBOR DE 229 MM, O AMORTE-<br />

CEDOR EST˘ SEPARADO DA MOLA,<br />

O QUE FACILITA PARA O<br />

REPARADOR TROCAR A PEÇA


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www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Abril de 2012 - Edição 47 | PERFIL<br />

17<br />

QUANDO OCORRER PROBLEMAS NAS<br />

BORRACHAS É NECESS˘RIO SUBSTI-<br />

TUIR O CONJUNTO TODO, TAMBÉM N‹O<br />

EXIGE FERRAMENTAS ESPECIAIS PARA<br />

REALIZAR A MANUTENÇ‹O<br />

TAMBÉM DE F˘CIL ACESSO, ELE EST˘<br />

VIS¸VEL, N‹O É NECESS˘RIO DESMON-<br />

TAR A GRADE PARA RETIR˘-LO<br />

MOTOR<br />

O 2.0L 16V ABASTECIDO COM ETANOL ENTREGA 142 CV DE POT¯NCIA E 20,9<br />

KGFM DE TORQUE, É SEMELHANTE AO USADO EM OUTROS MODELOS DA MARCA,<br />

COMO O SCÉNIC E MÉGANE<br />

BANDEJA<br />

BATENTE DO AMORTECEDOR<br />

zadora, molas helicoidais e amortecedores<br />

hidráulicos telescópicos<br />

verticais e, segundo Alan, também<br />

são fáceis para retirar no caso<br />

substituição das partes.<br />

Os freios usam dois circuitos<br />

em “X”, de acionamento hidráulico,<br />

com discos ventilados de<br />

280 mm de diâmetro na dianteira,<br />

e os traseiros com tambores<br />

de 229 mm de diâmetro, eles são<br />

de simples manutenção e não<br />

exigem ferramentas especiais. A<br />

direção é hidráulica, com diâmetro<br />

giro de 10,7 m.<br />

Com propulsor 2.0L, são<br />

duas as opções de câmbio: automático<br />

de quatro velocidades e o<br />

mostrado nesta matéria, manual<br />

de seis velocidades, “para tirar o<br />

câmbio, é preciso baixar o quadro<br />

da suspensão”, alerta Alan. Ele<br />

também fala que, “uma oficina<br />

que tem as ferramentas necessárias<br />

para fazer manutenção e reparos<br />

nos modelos da Renault,<br />

como Scénic e Sandero, os quais<br />

circulam há mais tempo no mer-<br />

cado, também está preparada<br />

para atender o Duster”, finaliza.<br />

O comprimento do carro é de<br />

4.315 mm, com largura de 1.822<br />

mm, uma distância entre- eixos<br />

de 2.673 mm e altura de 1.690<br />

mm. Sua altura em relação ao<br />

solo é de 210 mm, o ângulo de<br />

entrada é de 30°, o de saída 35º e<br />

o ângulo central de 22°. O tanque<br />

de combustível é de 50 litros e o<br />

porta-malas recebe 475L, com o<br />

banco traseiro na posição normal.<br />

Entre as qualidades do veículo,<br />

podemos destacar o espaço<br />

interior, motorista e passageiros<br />

desfrutam de um habitáculo confortável,<br />

com bom espaço para<br />

quem senta no banco traseiro.<br />

O painel é de visualização satisfatória,<br />

os comandos são fáceis de<br />

localizar e acionar. Já a coluna central<br />

dificulta a visualização lateral.<br />

O Duster com motor 2.0L<br />

16V tem um ótimo arranque para<br />

um veículo deste porte e peso<br />

(1.294 kg).<br />

A relação de marcha está bem<br />

acertada, proporciona boas acelerações<br />

e retomadas, tanto no uso<br />

urbano como na rodovia.<br />

Também vale destacar o<br />

acerto das suspensões, passa bem<br />

LATERAL<br />

COXIM DO MOTOR<br />

DE F˘CIL LOCALIZAÇ‹O, N‹O EXIGE<br />

O USO DE FERRAMENTAS ESPECIAIS<br />

PARA TROC˘-LO<br />

FILTRO DE COMBUST¸VEL<br />

EST˘ LOCALIZADO PRŁXIMO AO<br />

TANQUE, O ACESSO É POR BAIXO<br />

DO CARRO<br />

PORTAS COM VINCOS, CAIXAS DE RODAS RESSALTADAS E RODAS EM LIGA-LEVE,<br />

DEIXARAM O MODELO COM ASPECTO ROBUSTO


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| Abril de 2012 - Edição 47 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

18 PERFIL<br />

por valetas e lombadas, e mantém<br />

a firmeza quando enfrenta<br />

uma curva.<br />

O Duster Dynamique 2.0 16V<br />

4x2 Manual tem preço sugerido de<br />

R$ 61.800. Sai da fábrica equipado<br />

com: ar-condicionado, banco do<br />

motorista com regulagem de altura,<br />

vidros, retrovisores e travas<br />

elétricos, direção hidráulica, volante<br />

com regulagem em altura,<br />

bancos traseiros rebatíveis 1/3 - 2/3,<br />

air bag (motorista e passageiro),<br />

freios ABS, faróis de neblina,<br />

desembaçador do vidro traseiro,<br />

sistema CAR - travamento automático<br />

a 6 km/h, alarme perimétrico,<br />

comando satélite de áudio e<br />

celular na coluna da direção, Radio<br />

CD MP3 com quatro alto-falantes,<br />

conexão USB/iPod e AUX, Rodas<br />

de alumínio aro 16", entre outros.<br />

A opção com motor 2,0l e câmbio<br />

automático custa R$ 65.800.<br />

A versão de entrada com<br />

propulsor 1.6L 16V sai por<br />

FICHA TÉCNICA<br />

R$ 51.800 e a Dynamique 2.0<br />

16V 4x4 manual com tração nas<br />

quatro rodas tem preço sugerido<br />

de R$ 66.100.<br />

Segundo dados de emplacamentos<br />

levantados e divulgados<br />

pela Fenabrave (Federação Nacional<br />

da Distribuição de Veículos<br />

Automotores), com dois<br />

meses de comercialização após o<br />

lançamento, o Duster emplacou<br />

9.388 unidades. Este ano, no primeiro<br />

trimestre, conquistou<br />

6.721 modelos emplacados, ou<br />

seja, para a Renault é um sucesso<br />

em vendas.<br />

SISTEMA DE PARTIDA A FRIO<br />

F˘CIL DE VISUALIZAR, N‹O É<br />

NECESS˘RIO UTILIZAR FERRAMEN-<br />

TAS ESPECIAIS PARA MANUTENÇ‹O<br />

OU SUBSTITUIÇ‹O<br />

SUSPENS‹O TRASEIRA<br />

O DUSTER USA SISTEMA SEMI-INDE-<br />

PENDENTE COM BARRA ESTABI-<br />

LIZADORA, MOLAS HELICOIDAIS E<br />

AMORTECEDORES HIDR˘ULICOS<br />

TELESCŁPICOS VERTICAIS<br />

VELAS<br />

PARA CADA VELA O MOTOR UTILIZA<br />

UMA BOBINA, SE UMA FALHAR É<br />

ACONSELHADO TROCAR AS QUATRO<br />

PORTA-MALAS<br />

COM CAPACIDADE VOLUMÉTRICA DE<br />

475 LITROS, OFERECE BOA CAPACI-<br />

DADE PARA TRANSPORTE DE CARGAS,<br />

AINDA PODE SER AMPLIADO AO RE-<br />

BATER OS BANCOS<br />

PAINEL<br />

BOA VISUALIZAÇ‹O DOS INSTRU-<br />

MENTOS, COMANDOS F˘CEIS DE<br />

LOCALIZAR E ACIONAR<br />

ALAN SCHAPOWAL, DO CENTRO AUTOMOTIVO FOX CAR<br />

CUSTOS DE PEÇAS E SERVIÇOS*<br />

SERVIÇO<br />

AMORTECEDOR DIANTEIRO: R$ 369,00 -<br />

AMORTECEDOR TRASEIRO: R$ 441,00 -<br />

PASTILHA DIANTEIRA: R$ 191,00 -<br />

ÓLEO + FILTRO: R$ 255,00 -<br />

FILTRO DO AR: R$ 55,00 -<br />

FILTRO DE COMBUSTÍVEL: R$ 140,00 -<br />

FILTRO DE HABITÁCULO (ANTI-PÓLEN): R$ 47,00 -<br />

PALHETA DIANTEIRA: R$ 86,00 -<br />

*A RENAULT OFERECE O PACOTE PREÇO FECHADO, QUE INCLUI PEÇAS E MÃO DE<br />

OBRA, OS CUSTOS SÃO FIXOS EM TODA A REDE E ESTÃO DISPONÍVEIS NO SITE<br />

DA EMPRESA<br />

RENAULT DUSTER 2.0 16V HI-FLEX<br />

Motor<br />

Tipo: Transversal bicombustível<br />

Número de cilindros: 4 em linha<br />

Cilindrada: 1.998 cm³<br />

Taxa de compressão: 11,2:1<br />

Injeção: Eletrônica multiponto sequencial<br />

Potência máxima líquida: 142 cv (E)/ 138 cv<br />

(G) a 5.500 rpm<br />

Torque máximo líquido: 20,9 kgfm (E) / 19,7<br />

kgfm (G) a 3.750 rpm<br />

Número de válvulas: 16 (4 por cilindro)<br />

Transmissão<br />

Câmbio: Manual de 6 velocidades<br />

Freios<br />

Dianteiros: Discos ventilados de 280 mm<br />

de diâmetro<br />

Traseiros: Tambores de 229 mm<br />

Direção<br />

Tipo: Hidráulica<br />

Rodas e pneus<br />

Pneus: 215/65 R16<br />

Rodas: Liga leve, 16 polegadas<br />

Dimensões<br />

Altura: 1.690 mm<br />

Altura em relação ao solo: 210 mm<br />

Comprimento: 4.315 mm<br />

Distância entre-eixos: 2.673 mm<br />

Largura: 1.822 mm<br />

Capacidades<br />

Porta-malas: 475<br />

Tanque de combustível: 50 litros<br />

Colaboraram: Renault do Brasil<br />

e Centro Automotivo Fox Car.


eparacao47_<strong>Layout</strong> 1 08/05/2012 12:54 Page 19<br />

Ano IV - NÀ47 - Abril 2012<br />

Troca regular do filtro de combustível evita<br />

danos ao sistema de injeção eletrônica<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Realizar a manutenção preventiva do filtro de combustível,<br />

efetuando a troca regularmente, evita<br />

danos aos bicos injetores<br />

Forma mais econômica de manter o veículo em bom estado<br />

de conservação, a manutenção preventiva também<br />

garante a melhoria da qualidade do ar e da segurança no<br />

trânsito. Uma medida<br />

simples e que<br />

só traz benefícios é<br />

manter em dia os<br />

cuidados com o filtro<br />

de combustível –<br />

mais desempenho e<br />

economia. “Os filtros<br />

auxiliam na redução<br />

do gasto de<br />

combustível e evitam<br />

danos ao sistema de injeção eletrônica e em outros componentes<br />

do motor, o que sairia ao consumidor bem mais<br />

caro”, afirmou Jair Silva, supervisor de serviços da Wix,<br />

fabricante de filtros.<br />

Usado em todos os motores de combustão interna,<br />

sejam movidos a gasolina, álcool ou diesel com sistema de<br />

injeção eletrônica ou carburado e parte integrante do sistema<br />

de combustível, o filtro de combustível tem como<br />

função reter as partículas de sujeira, tais como pó, ferrugem<br />

e resíduos do tanque, evitando danos aos bicos injetores<br />

ou obstrução de orifícios calibrados do carburador.<br />

“Eles protegem os bicos de injeção, que são peças<br />

muito sensíveis do sistema de alimentação do combustível”,<br />

ressaltou.<br />

A troca do filtro deve ser feita no período determinado<br />

pelo fabricante, mencionado no manual do proprietário, sob<br />

risco de ocorrer alguns problemas no veículo. “A ineficiência<br />

da filtragem pode ocasionar falhas no motor e queima precoce<br />

da bomba de combustível, além de desgaste prematuro<br />

de outros componentes”, comentou o técnico.<br />

Filtros indicados para veículos movidos a gasolina ou álcool<br />

dividem-se entre filtros para motores carburados e<br />

para motores com injeção eletrônica, construídos de carcaça<br />

de nylon ou alumínio. Já os recomendados para motores<br />

diesel são feitos com material especial que impede a<br />

passagem de resíduos que podem danificar as peças de injeção<br />

do diesel. Alguns contam com sistema de dreno para<br />

separar eventual presença de água no sistema. Eles podem<br />

ser de lã, de cartucho e do tipo blindado.<br />

COLABOROU: AFFINIA<br />

Dicas para você<br />

Começamos o encarte Dicas Técnicas deste mês falando sobre os<br />

benefícios da troca regular do filtro de combustível e os danos que<br />

evita ao sistema de injeção eletrônica, pela empresa Affinia; seguido<br />

do artigo de Carlos Napoletano sobre o princípio de funcionamento<br />

Haldex; e para fechar temos o artigo de Fernando Calmon abordando<br />

o tema velas mágicas.<br />

Boa leitura!


eparacao47_<strong>Layout</strong> 1 08/05/2012 12:54 Page 20<br />

NÀ47 - Abril 2012<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Texto: Carlos Napoletano Neto*<br />

Diferencial Haldex<br />

Princípio de<br />

funcionamento<br />

Nas edições passadas, apresentamos o novo sistema de<br />

transmissão de torque para veículos 4X4 de alto nível,<br />

chamado acoplamento Haldex, nome dado como referência<br />

ao inventor do sistema. Estudamos sua construção geral<br />

e, nesta edição do Jornal, veremos passo-a-passo o funcionamento<br />

de seus componentes individuais.<br />

A EMBREAGEM MULTI-DISCOS<br />

O eixo de entrada da embreagem, indicado em azul na<br />

figura, está conectado ao eixo cardan. Os rolamentos de roletes<br />

para o pistão de acionamento e o pistão de trabalho, bem como<br />

para os discos externos, estão aplicados todos juntos quando o<br />

eixo de entrada gira.<br />

O pistão de acionamento e o pistão de trabalho são pistões<br />

anulares. O eixo de saída, indicado em vermelho na figura,<br />

forma uma unidade com a placa de acionamento através da<br />

cabeça do pinhão. Os discos internos também estão conectados<br />

ao eixo de saída através dos dentes longitudinais do conjunto.<br />

FIGURA 1<br />

CONJUNTO HALDEX - Figura 1<br />

FUNÇÃO<br />

Quando existe uma diferença de rotação entre os eixos de<br />

entrada e de saída, o eixo de entrada junto com o rolamento<br />

do pistão de acionamento gira ao redor da placa de acionamento<br />

do eixo de saída, que ainda está estacionária.<br />

O rolamento do pistão de acionamento gira ao redor da<br />

superfície ondulada da placa de acionamento, transferindo<br />

estes movimentos para cima e para baixo ao pistão de<br />

acionamento.<br />

Isto faz com que o pistão de acionamento gere um movimento<br />

de levantamento, fazendo com que a pressão<br />

hidráulica aumente. Esta pressão hidráulica é direcionada ao<br />

pistão de trabalho via tubo de óleo. A pressão força o pistão<br />

de trabalho a se mover para a esquerda contra o rolamento<br />

e placa de pressão do conjunto de discos de embreagem.<br />

Desta maneira, o conjunto de discos é comprimido.


eparacao47_<strong>Layout</strong> 1 08/05/2012 12:54 Page 21<br />

NÀ47 - Abril 2012<br />

FIGURA 2<br />

CONJUNTO HALDEX APLICADO – figura 3<br />

Os rolamentos mostrados na mesma figura 3 estão aí somente<br />

para sua informação.<br />

A carcaça da embreagem externa, junto com as estrias da<br />

placa da embreagem externa e o formato dos rolamentos, combina<br />

com o eixo de entrada para formar uma só unidade.<br />

O movimento de elevação do pistão de acionamento produz<br />

um pressão hidráulica que age no pistão de trabalho através do<br />

duto de óleo e empurra o pistão para a esquerda.<br />

A pressão hidráulica é então transferida através da placa de<br />

pressão externa aos discos de embreagem através dos rolamentos<br />

do pistão de trabalho. A embreagem então é aplicada e<br />

assim interconecta o eixo dianteiro ao eixo traseiro.<br />

Os rolamentos estão localizados na carcaça da embreagem<br />

externa, conforme mostra a figura 4.<br />

CONJUNTO HALDEX APLICADO – Figura 2<br />

O eixo de entrada e o eixo de saída das embreagens estão<br />

agora interconectados, conectando desta maneira ambos os eixos<br />

dianteiro e traseiro, e fazendo com que a tração se torne 4X4.<br />

Quando ocorre uma diferença de rotação entre o eixo dianteiro<br />

e o eixo traseiro, a carcaça dos discos externos, junto com<br />

os rolamentos, gira em torno do eixo de saída de maneira que os<br />

rolamentos do pistão de acionamento rolem sobre a placa de<br />

acionamento.<br />

Devido à forma da placa de acionamento, os rolamentos do<br />

pistão de acionamento seguem um trajeto ondulado e transferem<br />

o movimento de levantamento aos pistões de acionamento alojados<br />

na carcaça.<br />

O eixo de saída, com suas estrias para os discos internos, combina<br />

com a placa de acionamento e a cabeça do pinhão formando<br />

uma só unidade.<br />

Para facilitar a visualização do sistema, mostramos aqui a<br />

placa de acionamento (figura 3) com dois cames. Na realidade,<br />

existem três cames na placa de acionamento. A função permanece<br />

inalterada.<br />

FIGURA 3<br />

FIGURA 4<br />

No próximo número, estudaremos o sistema hidráulico deste<br />

acoplamento em detalhes. Até lá e bom trabalho a todos!<br />

*Especialista em transmissões automáticas.<br />

atendimento@apttabrasil.com.br ou (11) 2376­0686.<br />

www.apttabrasil.com.br


eparacao47_<strong>Layout</strong> 1 08/05/2012 12:54 Page 22<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Velas<br />

mágicas<br />

NÀ47 - Abril 2012<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

*<br />

Texto: Fernando Calmon*<br />

Interessante ver como os europeus desenvolveram bem os motores diesel para<br />

automóveis nas últimas duas décadas. Avanço substancial em redução de ruído,<br />

vibração e aspereza, diminuição de emissões, economia de combustível e aumento<br />

de potência e torque. Até dois anos atrás era fácil encontrar um carro a diesel<br />

que consumia de 20% a 25% menos em relação a um idêntico a gasolina, com desempenho<br />

igual ou até melhor para uso em cidades. Graças à ajuda do turbocompressor<br />

e da injeção direta.<br />

Conter o consumo é o único modo<br />

de diminuir emissões de CO2 (gás não<br />

tóxico precursor do efeito estufa),<br />

deixando as marcas europeias confiantes<br />

no diesel para o futuro. Este motor, no<br />

entanto, fica cada vez mais caro ao exigir<br />

sistemas sofisticados de controle de<br />

poluentes tóxicos. Só se torna viável com<br />

o alto custo do combustível na Europa.<br />

Caso contrário, a necessidade de longas<br />

distâncias anuais percorridas (35.000 km<br />

ou mais) inviabiliza o que o comprador<br />

paga a mais pelo veículo.<br />

Porém, há mudanças em curso.<br />

Mesmo porque americanos e japoneses<br />

têm suas broncas contra o diesel. Motores<br />

de ciclo Otto (gasolina, etanol ou<br />

gás) começaram também a receber turbocompressor<br />

e injeção direta. Com a tecnologia de redução de cilindrada (downsizing)<br />

a diferença de consumo, para a mesma potência, caiu para menos de 20%.<br />

Sistema Multiair – arquitetado pela Fiat e engenheirado pela Schaeffler – permite<br />

cortar o consumo em mais 10% graças ao gerenciamento eletro-hidráulico das válvulas<br />

de admissão e o fim da borboleta de aceleração que corta as perdas por bombeamento<br />

(como no diesel).<br />

Do Japão vem outro avanço, agora das velas de ignição que pouco evoluíram em<br />

décadas, no ciclo Otto (motor diesel tem ignição por compressão, sem velas). A ideia<br />

é utilizar dois feixes de laser na câmara de combustão, aumentando eficiência da<br />

queima da mistura ar-combustível. Ainda falta superar obstáculos técnicos e de custo.<br />

Engenharia americana se adiantou. No recente Salão de Frankfurt, a Federal<br />

Mogul revelou estar bem próximo de uma solução revolucionária: Sistema Avançado<br />

de Ignição Corona (ACIS, em inglês). A empresa é proprietária das velas Champion e<br />

a grande sacada foi trocar laser pelo plasma. Plasma é o quarto estado da matéria,<br />

além do sólido, líquido e gasoso.<br />

ACIS utiliza um campo elétrico de<br />

alta energia e alta frequência para produzir<br />

ionização controlada e repetitiva,<br />

criando múltiplos fluxos de íons capazes<br />

de inflamar a mistura ar-combustível<br />

completamente na câmara de combustão.<br />

A vela comum cria apenas um<br />

pequeno arco voltaico entre os eletrodos,<br />

que além de se desgastarem com o<br />

uso, não permitem a otimização da ignição,<br />

nem queima rápida e eficiente.<br />

A vela por plasma proporciona<br />

outros benefícios como durabilidade,<br />

provavelmente igual à vida do motor,<br />

diminuindo gastos de manutenção, e fácil<br />

adaptação à arquitetura elétrica dos motores.<br />

Entretanto, ainda demora de dois<br />

a três anos para chegar ao mercado, até<br />

que se desenhe uma câmara de combustão para aproveitar ao máximo a nova tecnologia.<br />

Vários fabricantes de motores trabalham no tema.<br />

O grande salto vem na economia de combustível e menores emissões. Testes<br />

apontam até 10% menos. Assim praticamente desaparecerá a vantagem, quanto ao<br />

consumo, de motores de ciclo Diesel sobre os de ciclo Otto.<br />

*Jornalista especializado desde 1967, engenheiro<br />

e consultor técnico, de comunicação e mercado. fernando@calmon.jor.br e<br />

www.twitter.com/fernandocalmon<br />

www.pranaeditora.com.br<br />

Prána Editora & Marketing Ltda.<br />

Jornal Reparação <strong>Automotiva</strong><br />

Rua Eng. Jorge Oliva, 111<br />

CEP 04362-060 - Vila Mascote<br />

São Paulo - SP<br />

Jornalista Responsável<br />

Silvio Rocha – MTB: 30375<br />

Departamento Comercial<br />

comercial@reparacaoautomotiva.com.br


eparacao47_<strong>Layout</strong> 1 08/05/2012 12:54 Page 23<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Abril de 2012 - Edição 47 | ARTIGO 23<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Consumidor precisa ser o<br />

centro das atenções<br />

*Texto: César Samos<br />

Muitos especialistas em<br />

marketing falam que as<br />

empresas devem colocar,<br />

estar atentas e fazer de tudo<br />

para agradar o cliente. Sem dúvida,<br />

que isso é o princípio básico<br />

de atendimento de qualidade ao<br />

consumidor. Porém, parece fácil,<br />

mas atender às expectativas e<br />

ouvir críticas não é uma tarefa<br />

muito simples. É necessário estar<br />

disposto para isso e também<br />

saber lidar com situações delicadas.<br />

O dono de oficina tem de<br />

ser especialista em carros e também<br />

entender de comportamento<br />

humano. Saber ouvir para<br />

poder compreender o que<br />

cliente deseja e identificar quais<br />

são as expectativas que ele tem. É<br />

comum clientes chegarem na<br />

oficina relatando experiências<br />

ruins que tiveram quando levaram<br />

o veículo para revisão.<br />

Muitos falam que se sentiram<br />

enganados porque o mecânico<br />

mandou uma relação de serviços<br />

que precisavam ser feitos, mas<br />

não arrumou o problema que ele<br />

pediu. Esse tipo situação pode ser<br />

evitado com diálogo e orientação.<br />

Assim, o cliente ficaria satisfeito.<br />

É um tempo bem empregado<br />

para que tudo fique esclarecido. A<br />

sensação de que foi enganado<br />

desapareceria. Mas, às vezes, na<br />

rotina diária de trabalho, isso pode<br />

passar desapercebido.<br />

Por isso, é importante fazer<br />

um atendimento pós-serviço<br />

para saber se o cliente ficou satisfeito.<br />

Assim, é possível avaliar o<br />

nível de atendimento que a sua<br />

empresa oferece, corrigir algum<br />

mal entendido que possa ter ficado<br />

e melhorar o atendimento.<br />

O trabalho da reparação de<br />

veículos envolve muitos detalhes.<br />

Por outro lado, o consumidor,<br />

que não entende do assunto, fica<br />

inseguro e também já está chateado<br />

por causa de ter de arrumar<br />

o carro. Então, cabe ao reparador<br />

reverter essa situação da melhor<br />

forma possível e tornar a experiência<br />

agradável. O reparador<br />

deve ter em mente que o consumidor<br />

precisar ser o centro das<br />

atenções na sua oficina.<br />

*Diretor do Sindirepa-SP –<br />

Sindicato da Indústria da Reparação<br />

de Veículos e Acessórios do<br />

Estado de São Paulo – e sócio da<br />

Oficina Mecânica do Gato


eparacao47_<strong>Layout</strong> 1 08/05/2012 12:54 Page 24<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Soluções para diagnose são<br />

destaques da Bosch na Pneu Show 2012<br />

A Bosch participou da Feira Internacional da Indústria<br />

de Pneus - Pneu Show, que foi realizada<br />

no Expo Center Norte, em São Paulo, de 11 a 13<br />

de abril. Os visitantes puderam conferir no estande<br />

da empresa a Linha de Inspeção, que proporciona<br />

mais precisão e ganho de tempo,<br />

possibilitando efetuar um diagnóstico preciso de<br />

toda a parte de suspensão, direção e freios do<br />

veículo em menos de três minutos. A Bosch ainda destacou na<br />

feira o Analisador de Gases BEA 734 (foto), o ACS 600 e ACS<br />

650, nova linha de equipamentos de teste para manutenção e<br />

reparo do sistema de ar-condicionado do veículo.<br />

Delphi apresenta o mais completo kit de bomba de<br />

combustível do mercado<br />

A Delphi Soluções em Produtos e Serviços lança para o mercado de<br />

reposição a inovadora Bomba de Combustível Flex FE10120 (gasolina<br />

e etanol), oferecendo a mais completa bomba para o seus clientes.<br />

Com a nova Bomba de Combustível FE10120, somada com a Bomba<br />

de Combustível FE20120, lançada anteriormente, a Delphi passa a<br />

fornecer uma solução completa para o reparo dos módulos de combustível.<br />

Os produtos oferecem aplicações para modelos de veículos<br />

das maiores montadoras do país, como Ford, Volkswagen, General Motors,<br />

Fiat, Honda, Peugeot, Renault e Citroën.<br />

TMD/ Cobreq lança pastilhas de freio dianteiro<br />

para 34 modelos da Fiat<br />

Fabricante das pastilhas e lonas de freio da marca<br />

Cobreq, a TMD Friction do Brasil colocou no mercado<br />

de reposição as pastilhas dianteiras para 34<br />

modelos da Fiat Automóveis, entre veículos Uno,<br />

Palio, Idea, Punto, Siena, Strada, Doblò e dois<br />

modelos 500 (Cinquecento). Com a qualidade assegurada<br />

por quem é fornecedora do mercado OEM (produtos originais),<br />

com 100% das pastilhas do Novo Uno e Palio em todas as<br />

suas versões, a TMD coloca na reposição componentes produzidos<br />

com os mesmos materiais fornecidos às montadoras nacionais.<br />

Tuper lança escapamentos para linhas<br />

leve e pesada<br />

A Tuper Escapamentos e Catalisadores<br />

apresenta 28 lançamentos para atender<br />

as linhas de veículos leves e pesados.<br />

Desta vez, as novidades são tubos do<br />

motor com flexível, intermediários e terminais,<br />

catalisadores, flexíveis e silenciosos,<br />

para aplicação em alguns modelos<br />

da marca Fiat, GM, Mitsubishi e Peugeot.<br />

Já para a linha pesada, as peças são destinadas<br />

às marcas Ford, Mercedes-Benz e Volkswagen. Também conta<br />

com dois conjuntos de catalisadores da GM que estão sendo muito<br />

requisitados no mercado de reposição.<br />

Monroe alerta para perigo de<br />

amortecedores recondicionados<br />

Segundo o gerente de Engenharia de Produto e<br />

Treinamento da Monroe, Nilton Tadeu Durães<br />

(foto), preços mais atraentes podem desviar a<br />

atenção do motorista para os perigos de<br />

adquirir amortecedores recondicionados. Encontrados<br />

facilmente no mercado, esses<br />

equipamentos nada mais são do que produtos<br />

originais desgastados que passam por uma espécie de reforma. No<br />

processo, alguns itens já comprometidos são substituídos por peças<br />

usadas e até mesmo inadequadas para aquele modelo de veículo, fato<br />

que agrava os riscos de perda de estabilidade, trepidações, aumento<br />

da distância de frenagem, ruídos, aquaplanagem e desgaste prematuro<br />

dos pneus. No caso da Monroe, os amortecedores possuem<br />

embalagens padronizadas, contendo descrição de aplicação e certificado<br />

de garantia.<br />

Catalisador da Umicore equipa nova<br />

Chevrolet S10<br />

A Umicore é a fornecedora de todas as versões 2.4 Flexpower<br />

da recém-lançada Chevrolet S10, desenvolvidas para o mercado<br />

interno. As versões 2.4 a gasolina produzidas na Tailândia também<br />

serão equipadas com catalisadores fornecidos pela Umicore<br />

Brasil, em conformidade com a legislação de emissões<br />

Euro 4. Parceira da General Motors desde 1996, a multinacional<br />

belga fornece catalisadores a diversos modelos da montadora,<br />

como o Cobalt, Corsa, Prisma, Montana, Meriva, Astra, Zafira,<br />

Blazer, Vectra e também versões anteriores da S10.<br />

Magneti Marelli firma Joint Venture com empresa<br />

chinesa para produção de componentes na área<br />

de Powertrain<br />

A Magneti Marelli e a Changchun Fudi Equipamentos, fabricante chinesa<br />

de componentes e sistemas automotivos, assinaram um acordo para estabelecer<br />

uma joint venture para a produção de componentes de powertrain<br />

para automóveis na China. Com investimento inicial € 14 milhões,<br />

a Magneti Marelli ficará com 51% do capital da Changchun Magneti<br />

Marelli Powertrain Components Co. Ltda., enquanto o parceiro chinês<br />

manterá os 49% restantes. A planta industrial será localizada em<br />

Changchun, uma das áreas estratégicas para o setor automotivo da<br />

China, onde as principais empresas do setor também estão instaladas.


eparacao47_<strong>Layout</strong> 1 08/05/2012 12:55 Page 25<br />

Nova Enciclopédia Doutor-ie Mobile<br />

Após mais de um ano de desenvolvimento, a Doutor-ie acaba de lançar a versão Mobile de sua Enciclopédia <strong>Automotiva</strong><br />

Online. A partir de agora, os assinantes terão acesso a todo o conteúdo da Enciclopédia Doutor-ie Online através<br />

de Tablets e Smartphones, sem qualquer custo adicional. O Doutor-ie mobile é compatível com o sistema operacional<br />

Google Android e está disponível para todas as versões da Enciclopédia: Automóveis, Caminhonetes e Caminhões.<br />

Para mais informações, ligue para (48) 3238-0010 ou visite os sites www.doutorie.com.br e www.drieonline.com.br.<br />

Leone anuncia mudança de endereço<br />

A empresa informa ao mercado que seu Escritório Central, Expedição<br />

e Show Room mudaram de endereço a partir do dia 26 de março.<br />

Agora a Leone está localizada na Rua Solon, 950, Bom Retiro, em<br />

São Paulo (SP), em espaço maior e mais adequado para atender aos<br />

clientes. Para conhecer este novo local, visite as novas instalações da<br />

empresa. Para mais informações, ligue (11) 3393-3636 ou acesse o<br />

site da empresa www.leone.equipamentos.com.br.<br />

Baterias Heliar serão as primeiras com tecnologia<br />

AGM para linha automotiva no mercado brasileiro<br />

A Johnson Controls anuncia a disponibilidade para o mercado automotivo<br />

brasileiro de reposição das primeiras Baterias Heliar com<br />

tecnologia AGM. As Baterias Heliar AGM estarão disponíveis para os<br />

consumidores no segundo semestre deste ano. As baterias AGM<br />

serão utilizadas em veículos de alta performance com exigência<br />

elétrica e capacidade de ciclagem maiores. Devido à sua concepção<br />

de construção, as baterias AGM também oferecem melhor<br />

desempenho e maior vida útil quando comparadas às tradicionais<br />

baterias chumbo-ácido.<br />

NGK lança Terminal de Bobina<br />

para mercado de reposição<br />

Sempre atenta às necessidades do mercado<br />

e do reparador, a NGK lança o Terminal<br />

de Bobina, uma alternativa inteligente<br />

capaz de gerar até 75% de economia ao<br />

consumidor no mercado de reposição. O<br />

produto foi desenvolvido para veículos que<br />

não utilizam cabo de ignição, mas a bobina<br />

diretamente instalada na vela, sistema este denominado “pencil<br />

coil”. Outra vantagem do Terminal de Bobina é a possibilidade<br />

de realizar a manutenção preventiva trocando as peças<br />

ressecadas e muito desgastadas.<br />

Inflação do Carro tem alta de 0,47% em março<br />

A Inflação do Carro da Agência AutoInforme<br />

registrou em março a primeira alta<br />

do ano: + 0,47%. Computadas as duas<br />

quedas em janeiro e fevereiro, a inflação<br />

acumulada no primeiro trimestre soma +<br />

0,16%. O levantamento de preços abrange<br />

todos os itens que o motorista utiliza para<br />

andar com o seu carro e fazer manutenção<br />

preventiva, incluindo peças de reposição, serviços, impostos de circulação,<br />

seguros e combustíveis. A maior alta no mês, no entanto, foi no<br />

preço do serviço de lavagem completa do carro. Deixar o carro limpo<br />

ficou 1,09% mais caro no mês.<br />

Jantar de lançamento da 6ª edição da Autopar<br />

Cerca de 120 convidados, entre representantes de vendas, distribuidores<br />

de autopeças e dirigentes sindicais participaram no<br />

dia 27 de março do jantar de lançamento oficial da Autopar,<br />

feira de fornecedores da indústria automotiva, programada<br />

para junho, em Curitiba-PR. Em sua sexta edição, este ano<br />

conta com 500 expositores e se espera um público visitante de<br />

aproximadamente 55 mil pessoas, nos quatro dias de sua<br />

realização. O volume de negócios é estimado em meio bilhão<br />

de reais, o que representa 40% a mais em transações comerciais<br />

fechadas na última edição.<br />

Oficinas ameaçam suspender serviço de vistoria<br />

eletrônica para as seguradoras<br />

A partir de abril, as oficinas de funilaria e pintura que realizam o<br />

serviço de vistoria eletrônica pretendem suspender esse trabalho que<br />

antes era feito por inspetores contratados pelas seguradoras. Segundo<br />

a Câmara de Colisão do Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria<br />

de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado), a decisão partiu<br />

após a entidade realizar inúmeras reuniões com as seguradoras nos<br />

últimos dois anos para tentar reajustar o valor da hora da mão de<br />

obra por carro pago pelas companhias às oficinas.<br />

Diretoria eleita toma<br />

posse na APAREM<br />

No dia 14 de abril, em São Paulo, a<br />

diretoria eleita da APAREM tomou<br />

posse para a gestão de 2012 a<br />

2015. No evento da posse, Zauri Candeo, reeleito como presidente, e que<br />

também ocupa a presidência do SINDIMOTOR, explicou que “as retíficas de<br />

motores, mais do que nunca, precisam se unir, principalmente para conseguir<br />

acionar o projeto ‘Pró-Motor, o Programa de Incentivo à Retífica e Reparação<br />

de Motores’, que tem como objetivo maior a expansão da base de consumidores<br />

e, como reflexo direto, um aumento significativo da clientela dentro das<br />

retíficas de motores”. Para conferir a composição da diretoria, acesse o site da<br />

entidade www.aparem.org.br.<br />

Firestone lança primeiro pneu com tecnologia<br />

Run-Flat<br />

A Firestone, marca pertencente à Bridgestone, lançou o Firehawk<br />

SZ90μ RFT* para o mercado de reposição; o primeiro pneu da<br />

marca com a tecnologia Run-Flat na Europa. O pneu com suas<br />

paredes laterais reforçadas de borracha permite que o motorista<br />

continue a dirigir com segurança, mesmo que o pneu esvazie ou<br />

sofra uma perda total de pressão. O novo Firehawk SZ90μ RFT*<br />

permitirá à empresa aumentar a sua participação no mercado do<br />

segmento de RFT. O produto está disponível a partir de agora em<br />

toda a Europa em seis tamanhos: de 16 a 18 polegadas, séries<br />

40-55.


eparacao47_<strong>Layout</strong> 1 08/05/2012 12:55 Page 26<br />

26 TÉCNICA<br />

Cuidados que as correias<br />

e tensionadores exigem<br />

Profissionais também recomendam realizar a troca<br />

dos itens em conjunto<br />

Texto: Simone Kühl<br />

| Abril de 2012 - Edição 47 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Para manter o veículo em<br />

funcionamento, é necessário<br />

o sincronismo<br />

correto de motor. Para isto, os<br />

tensionadores e as correias precisam<br />

trabalhar juntos para o<br />

bom desempenho do automóvel.<br />

Estes componentes têm um<br />

papel de grande importância e<br />

devem ser revisados e trocados<br />

em conjunto para evitar desgastes<br />

dos itens ou causar problemas<br />

no veículo.<br />

Com isto, profissionais do<br />

setor prestam suas orientações<br />

sobre estes itens, que precisam<br />

receber muita atenção na hora<br />

da manutenção. É necessário<br />

sempre seguir as orientações do<br />

fabricante em relação ao período<br />

de troca dos componentes.<br />

No momento da manutenção,<br />

reparadores também devem<br />

estar atentos aos cuidados com<br />

os itens.<br />

FUNCIONAMENTO<br />

“A correia sincronizadora<br />

(dentada) é um elemento transmissor<br />

de torque (força)’, explica<br />

Acir Donisete Silva,<br />

supervisor Técnico de Produtos<br />

da Continental ContiTech Brasil.<br />

“Ela é responsável pelo sincronismo<br />

do motor. Já os<br />

tensionadores são responsáveis<br />

em manter a correia tensionada<br />

para que ela exerça sua função<br />

sincronizar”.<br />

“O sistema de transmissão<br />

de força por correias é composto<br />

de correias polias e/ou engrenagens”,<br />

comenta Jorge Luiz<br />

Guimarães, coordenador de<br />

Pós-Venda da Ranalle. “Sendo<br />

os tensionadores e polias responsáveis<br />

em manter a tensão<br />

ideal e auxiliar no correto<br />

alinhamento do circuito para<br />

que a correia transmita corretamente<br />

o movimento”.<br />

Existem dois tipos de<br />

correias, conta Fabio Murta, coordenador<br />

de Marketing –<br />

América do Sul, da Gates. “A<br />

correia dentada (ou sincronizada)<br />

é responsável por sincronizar<br />

o eixo de comando de<br />

válvulas e o virabrequim. E a<br />

correia de acessório (ou Micro<br />

V) é responsável pelo acionamento<br />

dos acessórios do veículo<br />

como direção hidráulica e arcondicionado”.<br />

Amauri Guimarães, técnico<br />

de Qualidade da Nytron, também<br />

explica mais sobre a relação<br />

dos componentes entre si. “O<br />

tensionador tem como função<br />

principal manter o tensionamento<br />

em todos os regimes de<br />

funcionamento e rotação do<br />

motor, evitando assim que a<br />

correia trabalhe com excesso de<br />

tensão ou muito folgada”.<br />

VIDA ÚTIL<br />

“O tempo de vida útil dos<br />

componentes varia em cada veículo”,<br />

ressalta Charles Novais,<br />

do departamento de Assistência<br />

Técnica e Gestão de Produto da<br />

INA, do Grupo Schaeffler.<br />

“Ainda que a correia tenha vida<br />

teórica ligeiramente menor que<br />

o tensor, normalmente, os períodos<br />

são próximos, é bom sempre<br />

que substituir uma correia<br />

também trocar os tensores”.<br />

Já Rogério Merizio, supervisor<br />

Técnico da Dayco, conta<br />

que cada montadora preconiza<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

uma determinada quilometragem.<br />

“Porém, em linhas gerais,<br />

pode-se adotar uma quilometragem<br />

preventiva de troca de<br />

40.000 km. Para muitos modelos<br />

essa quilometragem pode<br />

até ser inferior ao especificado,<br />

porém fornece uma boa margem<br />

de segurança”.<br />

“A vida útil desse conjunto é<br />

indicada pelo fabricante”, segundo<br />

explica Alexandre Santana,<br />

gerente do Centro<br />

Técnico Automotivo da SKF do<br />

Brasil. “Exemplo VW – 60.000<br />

km. Em regiões urbanas de<br />

trânsito intenso, deve-se adicionar<br />

um fator de 25% relativo a<br />

isto, pois o motor permanece ligado<br />

por muitas horas e isto representa<br />

um desgaste adicional<br />

ao conjunto”.<br />

“Quando ocorre um problema<br />

em um deles o outro<br />

pode ser danificado”, enfatiza<br />

Jair Araldi, engenheiro de Desenvolvimento/Qualidade<br />

da<br />

VTO Automotivos. “Por isso, é<br />

recomendável, segundo a<br />

norma ABNT NBR 15759,<br />

quando for substituir o tensor,<br />

substituir a correia também e<br />

vice-versa.”<br />

TROCA DOS ITENS<br />

“Sempre que for constatado<br />

o período de troca da correia<br />

dentada, é necessário que sejam<br />

trocados também os rolamentos<br />

de apoio e o tensionador”, avisa<br />

Amauri, da Nytron. “Pois<br />

mesmo que os componentes estejam<br />

em bom estado não irão<br />

suportar até a próxima troca,<br />

forçando a troca antecipada novamente<br />

da correia e/ou no pior<br />

E<br />

A


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www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Abril de 2012 - Edição 47 | TÉCNICA<br />

27<br />

caso danificar o motor”.<br />

Acir, da Continental Conti-<br />

Tech, também fala sobre a importância<br />

de se trocar estes dois<br />

componentes no mesmo período.<br />

“Caso a correia se rompa,<br />

ocasionará danos ao cabeçote do<br />

motor, que em média é muito<br />

superior ao valor da substituição<br />

de correias e tensores”, enfatiza.<br />

“Com esta troca, o consumidor<br />

economiza nos custos de<br />

mão de obra com o reparador”,<br />

alerta Maicon Pessoa, analista de<br />

desenvolvimento de produto de<br />

Engenharia da ZEN. “A vantagem<br />

maior está no desgaste por<br />

igual dos itens, pois caso se troque<br />

somente um dos componentes<br />

do sistema, o item mais<br />

desgastado poderá diminuir a<br />

durabilidade do componente<br />

recém-trocado”.<br />

Caso os itens não sejam trocados<br />

no período da manutenção<br />

preventiva, Jair, da VTO,<br />

Automotivos recomenda atenção<br />

a ruídos estranhos vindos<br />

do motor. “A correia geralmente<br />

emite um som intermitente e<br />

agudo, isso é um sinal que já<br />

passou o momento de substituíla.<br />

Quando substituir a correia é<br />

recomendável substituir o tensor<br />

também”, conclui.<br />

PRINCIPAIS<br />

PROBLEMAS<br />

Para evitar danos aos componentes<br />

e consequentes problemas<br />

ao automóvel, Glauco Mancini,<br />

diretor da R & M, recomenda ter<br />

mais atenção com os itens. “O<br />

tensor não deve fazer barulho, a<br />

correia não deve ter folga, e as<br />

capas não podem estar quebradas<br />

ou trincadas, se estiverem o tensor<br />

e a correia dentada serão danificados”,<br />

afirma.<br />

Estes componentes se relacionam<br />

entre si, conforme orienta<br />

Gilvan Santos, engenheiro de<br />

Vendas da Goodyear. “A relação<br />

entre a correia e o tensionador<br />

está com a deformação natural da<br />

correia. Caso venha apresentar<br />

tensão inadequada, causaria sérios<br />

danos à própria correia e ao<br />

motor”, argumenta.<br />

Fabio, da Gates, também fala<br />

sobre os sinais apresentados que<br />

indicam problemas no sistema.<br />

“Como desgastes na lateral da<br />

correia, rachaduras profundas<br />

no dorso ou até falta de dentes<br />

(perda de material). Quanto ao<br />

tensionador, deve-se ficar<br />

atendo a ruídos, vibração excessiva<br />

ou contaminação por elementos<br />

estranhos (óleo, graxa,<br />

areia e pedras)”.<br />

“Ao substituir correias e tensionadores,<br />

para que eles<br />

tenham o desempenho esperado,<br />

é necessário utilizar o ferramental<br />

adequado”, aponta Jorge, da<br />

Ranalle. “Também é preciso ter<br />

cuidado ao manusear para evitar<br />

choque mecânico. E, em casos de<br />

tensionadores com regulagem,<br />

verificar o correto alinhamento<br />

das suas referências”.<br />

DESGASTE DOS<br />

COMPONENTES<br />

Douglas Borges de Almeida,<br />

gerente de Produtos da Autho<br />

Mix, destaca que o desgaste dos<br />

componentes ocorre naturalmente.<br />

Com isto, se percebe a<br />

importância de se realizar a<br />

manutenção com frequência.<br />

“Porém, na manutenção preventiva,<br />

tudo começa com uma<br />

boa aplicação”, adverte.<br />

“Evitar seu desgaste é praticamente<br />

impossível, já que são<br />

componentes de funcionamento<br />

contínuo”, concorda<br />

Rogério, da Dayco. Para isto,<br />

ele sugere algumas dicas: “Detectar<br />

e sanar vazamentos de<br />

óleo e água no motor, e evitar<br />

lavagens sem critério, com produtos<br />

agressivos e máquinas de<br />

alta pressão”.<br />

Para evitar o desgaste excessivo<br />

dos itens, Gilvan, da<br />

Goodyear, propõe: “No momento<br />

da aplicação o profissional<br />

deve estar com a mão limpa;<br />

seguir o esquema de montagem<br />

das correias poly-V e sincronizadas;<br />

verificar as condições e o<br />

alinhamento das polias; e usar o<br />

torquímetro para os tensionadores<br />

manuais e verificar o torque<br />

do aperto adequado”.<br />

É importante regular o tensionador<br />

na posição correta,<br />

conforme suas marcações de<br />

acordo com Maicon, da ZEN.<br />

“Uma má regulagem acelera o<br />

desgaste dos componentes e<br />

pode acontecer o rompimento<br />

da correia. Lavar o motor pode<br />

afetar a vida útil desses componentes<br />

também”.<br />

RECOMENDAÇÕES<br />

“Devem-se respeitar as<br />

orientações em relação ao uso<br />

das ferramentas adequadas,<br />

tensionamento correto e outras<br />

demais informações fornecidas<br />

pelas empresas<br />

fabricantes”, menciona Douglas,<br />

da Autho Mix. “É importante<br />

também aplicar produtos<br />

de procedência e lembrar que<br />

em alguns casos, principalmente<br />

de tensionadores, o barato<br />

pode sair caro”.<br />

É fundamental também<br />

obedecer às orientações do fabricante<br />

na hora da montagem<br />

dos itens. “É preciso verificar as<br />

peças contíguas, como as engrenagens<br />

do eixo comando de<br />

válvulas e do eixo de manivelas<br />

(virabrequim). Desalinhamentos<br />

em geral não são permitidos,<br />

pois provocam o<br />

desalinhamento das correias”,<br />

explica Charles, da INA, do<br />

Grupo Schaeffler.<br />

“As capas de proteção são<br />

tão importantes como o sistema<br />

do comando da distribuição”,<br />

enfatiza Glauco, da R &<br />

M. “Todo o conjunto é, porém<br />

alguns lembram apenas do tensionador<br />

e da correia dentada,<br />

mas se as capas de proteção estiverem<br />

danificadas, o sistema<br />

será comprometido, e logo o<br />

carro estará na oficina pelo<br />

mesmo problema”.<br />

Alexandre, da SKF, também<br />

orienta: “O consumidor deve<br />

procurar o reparador de sua<br />

confiança e a cada 20.000 km<br />

fazer uma inspeção de manutenção<br />

preventiva. Na falta<br />

desta inspeção, o consumidor<br />

deve observar ruídos de origem<br />

na correia ou tensor e rapidamente<br />

procurar o reparador de<br />

sua confiança para confirmar e<br />

realizar o serviço de manutenção”,<br />

avisa.


eparacao47_<strong>Layout</strong> 1 08/05/2012 12:55 Page 28<br />

x<br />

28 TÉCNICA<br />

| Abril de 2012 - Edição 47 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

MANUTENÇÃO NAS CORREIAS E TENSIONADORES<br />

CUIDADOS NA HORA DA TROCA<br />

Márcio Fonseca Gardenal, proprietário da Automar Mecânica<br />

Ltda., de São Bernardo do Campo (SP), orienta que a troca da<br />

correia ocorra de acordo com as instruções do fabricante do<br />

veículo. “O uso das ferramentas adequadas é também de extrema<br />

importância para a substituição de uma correia”.<br />

Para isto ele indica que se verifique o correto alinhamento das<br />

polias e tensionadores e o estado desses componentes<br />

quanto a desgastes, imperfeições e ruídos. “Atenção também<br />

com o correto tensionamento, o excesso de tensão ou baixa tensão pode ocasionar a quebra<br />

prematura da correia”.<br />

Márcio também explica os tipos de correias: “A correia em V possui dentes moldados com<br />

ranhuras diagonais ou transversais que permitem maior flexibilidade, dissipação de calor,<br />

maior área de contato com as polias, e são aplicadas sobre polias lisas. A correia Poly V. ou<br />

micro V. é aplicada sobre polias com canais que se encaixam na superfície da correia”.<br />

Já a correia Sincronizadora ou Dentada, de acordo com Márcio, é aplicada em polia com desenho<br />

adequado aos dentes existentes na superfície da correia. “Sua função principal é sincronizar<br />

o virabrequim com o eixo de comandos de válvulas permitindo o<br />

perfeito sincronismo”.<br />

UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS ESPECIAIS<br />

“Grande parte dos motores que utiliza correias dentadas, especialmente os que possuem<br />

dois ou mais comandos de válvulas, necessitam de ferramentas<br />

específicas para serem corretamente postos em sincronismo”,<br />

afirma Fernando Ferreira, responsável pelo<br />

Marketing/Manuais Técnicos da Raven Ferramentas Especiais.<br />

“O perfeito sincronismo é indispensável para evitar danos aos<br />

componentes móveis do motor” afirma Fernando, além de<br />

contribuir para que o motor emita um menor índice de poluentes.<br />

“Basicamente, as ferramentas especiais servem para<br />

posicionar corretamente o virabrequim e o(s) comando(s) de válvulas, fazendo com que o<br />

motor sempre fique em sincronismo”.<br />

As funções mais comuns das ferramentas de troca de correia, de acordo com Fernando, são:<br />

“Posicionar o(s) eixo(s) comando de válvulas, diretamente ou através da sua polia; posicionar<br />

a árvore de manivelas, diretamente ou através do volante do motor; e posicionar o<br />

tensionador em uma posição recolhida, para possibilitar a retirada/instalação da correia”.<br />

A troca das correias deve ser feita com as ferramentas necessárias para não comprometer a<br />

qualidade do trabalho do reparador e o funcionamento do motor. “Utilizando as ferramentas<br />

corretas, o reparador garante um serviço de primeira linha, sem dores de cabeça para<br />

ele e para o proprietário do veículo”.<br />

As ferramentas para troca de correia da Raven, conforme Fernando explica, acompanham<br />

manual de instruções com fotos, e atendem motores de automóveis e utilitários, ciclo Otto<br />

e Diesel. “Além disso, a Raven oferece conjuntos de ferramentas em formato de kit, para diversos<br />

motores, em maletas de madeira com nichos para cada ferramenta”, completa.


eparacao47_<strong>Layout</strong> 1 08/05/2012 12:55 Page 29<br />

Dia 23 de março,<br />

a Fiat Automóveis<br />

reuniu a<br />

imprensa especializada<br />

brasileira e da América do sul<br />

no Chile e apresentou o<br />

Grand Siena.<br />

Lançado no mercado nacional<br />

em 1997, o sedã compacto conquistou<br />

813 mil unidades vendidas<br />

até o final de 2011.<br />

Para esta geração, a fabricante<br />

promoveu várias modificações<br />

no carro, pois foi desenvolvida<br />

uma nova arquitetura, a qual deixou<br />

o modelo maior.<br />

A suspensão dianteira é do<br />

tipo McPherson, a traseira usa<br />

eixo de torção com rodas semiindependentes<br />

semelhante à utilizada<br />

no Punto, ambas<br />

fornecidas pela Magneti Marelli.<br />

Os com ajustes e calibragens são<br />

diferentes dos usados no modelo<br />

anterior, assim eles não compartilham<br />

peças de reposição na<br />

parte de undercar.<br />

No comprimento o Grand<br />

Siena tem 4.290 mm, 134 mm<br />

mais comprido que o da geração<br />

anterior. Sua largura é de 1.700<br />

mm, 61 mm a mais, a altura em<br />

relação ao solo de 160 mm, 53<br />

mm mais alto e a distância entre<br />

os eixos é de 2.511 mm, ou seja,<br />

137 mm maior que do outro<br />

sedã. A capacidade volumétrica<br />

do porta-malas também aumentou<br />

de 500 para 520 litros.<br />

Todas as versões comercializadas<br />

saem da fábrica equipadas<br />

com direção hidráulica, air<br />

bag duplo frontal e freios ABS<br />

com EBD.<br />

A versão de entrada é a Attractive,<br />

usa motor Fire 1.4 EVO<br />

(que estreou no Novo Uno),<br />

LANÇAMENTO<br />

Chegou o Grand Siena<br />

Fabricado em nova arquitetura, o sedã compacto<br />

ficou maior, mais equipado, tem duas opções de<br />

motor e câmbio e não compartilha peças com a<br />

versão anterior<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

29<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

com gasolina entrega potência<br />

máxima de 85 cavalos e torque<br />

de 12,4 kgfm a 3.500 rpm. Ao<br />

abastecer com etanol, a potência<br />

é de 88 cv e torque de 12,5 kgfm<br />

a 3.500 rpm, seu preço sugerido<br />

para venda é de R$ 38.710.<br />

A fabricante disponibiliza<br />

com a mesma motorização a<br />

opção Tetrafuel, a qual pode ser<br />

abastecida com etanol, gasolina<br />

ou GNV (gás natural veicular).<br />

Ele vem equipado com ar-condicionado,<br />

direção hidráulica, travas<br />

elétricas, ABS e air bag<br />

duplo, o custo é de R$ 48.210 e<br />

deve agradar os taxistas.<br />

A opção Essence vem equipada<br />

com os itens da Attractive e<br />

ainda: ar-condicionado, rodas de<br />

liga leve 16 polegadas, banco do<br />

motorista com regulagem de altura<br />

e piloto automático. Custa<br />

R$ 43.470 (câmbio manual)/<br />

R$ 45.900 (Dualogic) e seu<br />

motor é o E.torQ 1.6L 16V com<br />

115 cv (G)/ 117 cv (E) e torque<br />

máximo de 16,2 kgfm a 4.500<br />

rpm ao usar gasolina e 117 cv<br />

abastecido com Etanol. O torque<br />

é de 16,2 kgfm (G)/ 16,8 kgfm<br />

(E) a 4.500 rpm.<br />

Mantendo a tradição, a Fiat<br />

continua fabricando o carro da<br />

geração anterior, porém seu<br />

preço foi reposicionado, a versão<br />

EL 1.0L passa a custar<br />

R$ 31.180 e a EL 1.4L baixou<br />

para R$ 33.300.<br />

*O jornalista Edison<br />

Ragassi viajou para o Chile a<br />

convite da Fiat Automóveis


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30 FEIRAS &<br />

EVENTOS<br />

| Abril de 2012 - Edição 47 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

3ª Automec Pesados & Comerciais<br />

Novidades em produtos e serviços são destaques na feira<br />

Texto: Redação<br />

FOTOS: JOSÉ NASCIMENTO / ESTÐDIO PR˘NA / DIVULGAÇ‹O<br />

De 10 a 14 de abril, no Pavilhão de Exposições do Anhembi,<br />

em São Paulo (SP), aconteceu a 3ª Automec Pesados & Comerciais<br />

- Feira internacional de peças, equipamentos e serviços<br />

para veículos pesados & comerciais. Voltado para os profissionais<br />

do setor, evento que nesta edição reuniu mais de 500 marcas expositoras,<br />

atraiu um público qualificado, interessado em conhecer os lançamentos<br />

e atualizar os conhecimentos sobre as novidades<br />

do mercado.<br />

ESTANDE PRÁNA EDITORA & MARKETING<br />

A editora levou para o seu estande a nova S10,<br />

da Chevrolet, que atraiu muitos visitantes, além<br />

de também apresentar seus veículos, os jornais<br />

Balcão Automotivo e Reparação <strong>Automotiva</strong>, e<br />

o encarte Balcão dos Pesados & Comerciais. À<br />

ocasião, a empresa distribuiu na feira um<br />

Caderno Especial que exibia os lançamentos dos<br />

expositores. Outra novidade da editora foi o<br />

CTRA – Centro de Treinamento da Reposição<br />

<strong>Automotiva</strong> –, este que já iniciou as turmas de<br />

diversos cursos e está com as inscrições abertas<br />

para os próximos treinamentos .<br />

RICHARD E SILVIO (PR˘NA) E<br />

ÉLIDA E ISHI (ISHI AUTOMOTIVO)<br />

A NOVA S10, DA CHEVROLET,<br />

NO ESTANDE DA PR˘NA E&M<br />

SALVADOR PARISI (CARBUSAM)<br />

ENTRE ÉDIO E BERNARDO (PR˘NA)<br />

ENCONTRO NACIONAL DA REDE DE RETÍFICAS<br />

O Conselho Nacional de Retíficas de Motores (Conarem) também se reuniu e anunciou<br />

a parceria com a Rede União Nacional de Peças. A rede terá o objetivo de reduzir<br />

custos das peças de motores e aumentar a competitividade das retíficas no<br />

mercado. No evento, o presidente do Conarem, José Arnaldo Laguna, destacou<br />

também que é preciso provocar uma mudança na gestão do negócio para criar um<br />

perfil de desenvolvimento organizado nas retíficas, focando sempre o cliente, a<br />

maior produtividade, a qualidade e a lucratividade.<br />

¤ ESQ., OS PRESENTES AO EVENTO.<br />

NO DESTAQUE, A MINISTRAÇ‹O DE<br />

JOSÉ ARNALDO LAGUNA


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www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

FEIRAS &<br />

Abril de 2012 - Edição 47 | EVENTOS 31<br />

FOTOS: JOSÉ NASCIMENTO / ESTÐDIO PR˘NA / DIVULGAÇ‹O<br />

SINDIREPA-SP LANÇA PORTAL OFICINA IDEAL<br />

Na Automec, a entidade também apresentou<br />

sua nova ferramenta de comunicação. O portal<br />

Oficina Ideal (www.oficinaideal.com.br) irá<br />

trazer desenvolvimento profissional, aperfeiçoamento<br />

empresarial e mais integração<br />

ao setor de reparação de veículos. Para o<br />

presidente da entidade, Antonio Fiola, todas<br />

essas facilidades ampliarão a competitividade<br />

das empresas no setor, de forma a trazer redução<br />

de custos e otimização de tempo para<br />

o reparador. A adesão ao portal, tanto para<br />

reparadores quanto para fornecedores,<br />

é gratuita.<br />

OURO DIESEL<br />

Para a Automec, a empresa apresentou sua<br />

bancada de teste para unidades injetoras<br />

diesel eletrônicas (UTS1004). A bancada foi<br />

projetada, não apenas para testes, ela fornece<br />

detalhes que orientam os profissionais diretamente<br />

na solução, oferece aos clientes informações<br />

atualizadas sobre a prova e instruções<br />

de reparação. A bancada está apta a testar todos os modelos de unidades UP, EUI<br />

Delphi, Bosch e Siemens.<br />

INSTRUTHERM<br />

Há 27 anos no mercado e especializada em instrumentos<br />

de medição, a Instrutherm apresentou na Automec sua<br />

linha de equipamentos voltados para o setor de veículos pesados e<br />

comerciais. Entre as novidades destacaram o boroscópio digital,<br />

modelo B0R-200; durômetro shore, modelo DP-100; multímetro<br />

automotivo digital portátil, modelo MDA-232; bafômetro BFD-60 e<br />

decibelímetro digital, modelo DEC-490. A empresa conta com mais de<br />

500 itens no portfólio e atende clientes em todo o Brasil.<br />

SAINT-GOBAIN SEKURIT<br />

Empresa apresenta a tecnologia do para-brisa com sensor de chuva. O novo produto<br />

destina-se ao caminhão Volvo Globetrotter FH 12, e conta também com faixa<br />

superior degradê, que amplia o padrão de conforto e de segurança para o motorista.<br />

Outro produto da empresa divulgado foi o para-brisa desenvolvido para o<br />

Mercedes-Benz Actros, que contribui para reforçar a posição da empresa no mercado<br />

de reposição, com grande crescimento. Durante a Automec a empresa também<br />

comemora o primeiro ano de atividades do Centro de Distribuição em Mauá<br />

e a marca de 57 postos de serviços da rede Sekurit Veicom.<br />

ELDORADO MÁQUINAS<br />

A empresa trouxe na feira o Elevador de Colunas Móveis EldoTruck,<br />

modelos EDR 210/220/230/240/260/270. O elevador<br />

é um equipamento projetado e fabricado com o<br />

sistema de elevação eletromecânico que, através de precisos<br />

cálculos estruturais, garante maior segurança no trabalho e<br />

longa durabilidade. O produto tem características inovadoras,<br />

em função da tecnologia empregada, cumpre com todas as necessidades no<br />

serviço de inspeção, conservação e manutenção de caminhões, ônibus e vagões.<br />

NOVIDADES<br />

Durante a feira, foi realizada uma palestra<br />

por Luso Martorano Ventura, sócio da Mobilidade<br />

Engenharia e diretor da SAE Brasil,<br />

sobre o Proconve P7, tema este de grande<br />

importância para o setor. Na palestra, Luso<br />

explicou sobre os ganhos ambientais que o<br />

Proconve P7 trará e as mudanças nos motores<br />

e veículos para atender a fase P7, além<br />

de abordar os pontos referentes ao sistema<br />

de pós-tratamento de gases do escapamento<br />

(SCR/ EGR), diagnóstico eletrônico de<br />

eventos (OBD) e combustível diesel de<br />

melhor qualidade.<br />

NOVA ETAPA DO PROCONVE P7<br />

PALESTRA ABORDOU A NOVA ETAPA<br />

DO PROCONVE P7<br />

SEFAC<br />

Como novidades, a empresa francesa Sefac, especializada na fabricação de colunas<br />

móveis de elevação para veículos pesados, expôs sua linha de acessórios. Os<br />

visitantes também puderam conferir no estande da empresa demonstrações do<br />

funcionamento de seu elevador com jogo de quatro colunas de 8,2 toneladas com<br />

um caminhão. As colunas permitem elevar os veículos pelas rodas na hora da<br />

manutenção e podem ser utilizadas em qualquer lugar da oficina, além de não<br />

ocupar espaço enquanto não estiverem sendo utilizadas.<br />

DANA<br />

Empresa anunciou na feira a implementação de uma rede nacional de vendas e<br />

serviços especializados em cardans para veículos comerciais, que incluem pickups,<br />

caminhões e ônibus, a rede de postos autorizados Spicer. A rede, que tem<br />

como objetivo aproximar a empresa do aplicador, terá seus primeiros estabelecimentos<br />

nas cidades de São Paulo (SP) e Caxias do Sul (RS) e os números de postos<br />

serão ampliados em todo o país, em conjunto com a Affinia, sua parceria comercial<br />

na venda dos produtos no mercado de reposição nacional.<br />

ASPERSUL<br />

Como destaques na Automec Pesados, a empresa<br />

apresentou sua linha automotiva 2012 de equipamentos<br />

para pintura automotiva e industrial. Entre<br />

as novidades a Cabine de Pintura e Secagem nos<br />

modelos DownDraft – PSA-Truck, DownDraft- PSA-<br />

Flex, DownDraft PSA-DP, SideDraft- PSA-ECO e,<br />

como principal lançamento, o CrossDraft – PSA-IR.<br />

Além de também expor em seu estande os filtros Aspersul, peças genuínas que<br />

garantem a saúde do equipamento e satisfação dos clientes.<br />

SWT DIESEL<br />

Na feira divulgou o lançamento do equipamento de<br />

diagnóstico K Diesel, teste de injetores diesel<br />

eletrônicos common rail. O equipamento desenvolvido<br />

e fabricado na Itália testa até quatro injetores<br />

simultaneamente, tem exclusivo sistema<br />

inteligente de reparo e testa injetores piezo elétrico.<br />

Também é seguro, robusto, extremamente simples<br />

de operar, possibilita um diagnóstico completo e preciso para a reparação de injetores<br />

de todos os tipos, além de aumentar o rendimento da oficina.


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32 FEIRAS &<br />

EVENTOS<br />

| Abril de 2012 - Edição 47 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

NOVIDADES<br />

MAHA<br />

Na feira expôs os analisadores de gases ciclo-otto<br />

e diesel, frenômetros; banco de suspensões e<br />

alinhamento; elevadores de 2 colunas, hidráulicos<br />

e rampa; balanceadoras e desmontadoras de<br />

rodas e dinamômetros de rolos. E como lançamento,<br />

a empresa apresentou seus elevadores<br />

de colunas móveis, para modelos RGE, RGE-<br />

GPGU, MCL e RGA, para vans, caminhões, ônibus e veículos especiais, com<br />

sistemas de elevação de alta segurança.<br />

LEONE<br />

No mercado desde 1971, a Leone apresentou<br />

na feira seu catálogo de equipamentos completos<br />

para serviços automotivos e frotistas,<br />

com destaque nos modelos de elevadores,<br />

equipamentos para Moto Center, suporte<br />

para ferramentas, recicladoras de ar-condicionado,<br />

sua linha de funilaria e pintura, equipamentos para inspeção<br />

veicular, análise de motores e auto elétrico, ferramentas manuais,<br />

entre outros produtos.<br />

RAVEN<br />

Para a Automec Pesados 2012, a Raven trouxe<br />

como lançamento seu scanner diesel, modelo<br />

108700, equipamento eletrônico, portátil e de<br />

fácil utilização, desenvolvido para identificar<br />

falhas nos sistemas gerenciados eletronicamente<br />

que equipam utilitários, caminhões e ônibus. O<br />

produto também apresenta módulo de comunicação<br />

de alto desempenho, tela sensível ao toque, comunicação sem fio,<br />

cabo OBD “inteligente”, diesel card (liberdade de escolha de programas), atualizações<br />

automáticas e gratuitas, diagramas elétricos e conectores e enciclopédia<br />

doutor-ie online, além de outros acessórios inclusos.<br />

ALFATEST<br />

Empresa apresentou a nova geração de scanner<br />

automotivo para o mercado. Como grande<br />

destaque o New Kaptor, moderno em conceito de<br />

diagnóstico automotivo, pois utiliza uma das mais<br />

difundidas tecnologias, o tablet. O produto tem<br />

uma tela de 10’’ capacitiva e colorida, touch<br />

screen e de alta resolução; realiza diagnósticos<br />

completos nos sistemas de gerenciamento eletrônico nos veículos, trabalha no<br />

sistema operacional Windows 7 e possui vários recursos para auxiliar o profissional<br />

em seu trabalho na oficina.<br />

SPEEDMAQ<br />

Na feira divulgou o equipamento S40T Common<br />

Rail System, responsável por testar bombas e injetores<br />

(de 1 a 6 simultaneamente) do tipo common<br />

rail Delphi, Bosch, Denso e Siemens, disponível<br />

com 4 a 6 cilindros. O equipamento é controlado<br />

por micro computador com tela de touch screen,<br />

rotação de 0 a 2000 RPM, proporciona testes em<br />

diversas condições de trabalho (estanqueidade, pré-injeção, marcha lenta e<br />

plena carga) e plano de teste totalmente automático.<br />

ROTARY LIFT<br />

Como novidade para a Automec Pesados 2012 trouxe o Mach4, colunas<br />

móveis wireless para trabalhos pesados nas oficinas. O produto apresenta<br />

tempo de reparação 75% menor, elimina perdas com cabos, tem memórias de<br />

ajustes, confiabilidade sob qualquer circunstância, no caso de queda de sinal a<br />

comunicação entre as colunas se restabelece por si só, dispensa identificador<br />

portátil por RF, diagnósticos no painel com LED e compatível para atualizações<br />

ou programações.<br />

STERTIL KONI<br />

Empresa expôs suas colunas móveis sem<br />

fios e capacidade de 6 até 10 toneladas por<br />

coluna com sistema wireless. O equipamento<br />

elimina o perigo de tropeçar, com<br />

colunas livres de cabos; as colunas<br />

interagem através de um sistema de comunicação<br />

industrial seguro, tem setup simples<br />

e rápido, não possui restrições de comprimento<br />

e flexibilidade completa, e não tem<br />

fornecimento de alimentação externa. O<br />

produto possibilita um sistema de controle único, tecnologia sem fios segura,<br />

com visor integrado e baterias marítimas de ciclo profundo.<br />

ECOBRASIL<br />

Durante a Automec Pesados, a empresa apresentou<br />

seu separador de água e óleo, nos<br />

modelos SAO e SAA-SAO para postos e<br />

serviços, indústrias, oficinas e lava rápido.<br />

Com garantia de três anos, os equipamentos<br />

são fáceis e rápidos de instalar, são de simples<br />

operação, compactos, ocupam menor área útil<br />

e possuem alta eficiência. Os materiais foram<br />

desenvolvidos conforme resolução do<br />

CONAMA, fabricados em caixa em PEAD e placas<br />

coalescentes em polietileno.<br />

SUPERMÁQUINAS S.M.<br />

Para a feira trouxe como lançamento a bancada<br />

de teste para sistemas common rail. Projetada<br />

para teste de todos os modelos de bicos injetores<br />

gerenciados eletronicamente que estão<br />

equipando os veículos diesel, teste de bomba de<br />

alta pressão do sistema common rail e teste do<br />

atracamento da unidade do sistema UI e UP e<br />

seus similares. O equipamento tem o funcionamento<br />

de 220V, painel digital com fonte assimétrica para regulagem de<br />

unidade injetora, tabela e acessórios mecânicos como rail, manômetro de<br />

alta pressão, adaptadores, flange, acoplamentos e chicotes.


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www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

FEIRAS &<br />

Abril de 2012 - Edição 47 | EVENTOS 33<br />

NOVIDADES<br />

FATOS E FOTOS<br />

CHIPTRONIC<br />

O lançamento para a feira foi Scanner Diesel Diag, tecnologia<br />

da Chiptronic para testes de veículos diesel que<br />

utilizam sistemas eletrônicos de gerenciamento do<br />

motor. Possui a função de indicar possíveis falhas nos<br />

sistemas de gerenciamento eletrônico dos veículos<br />

diesel, realiza leitura dos sensores e testes nos atuadores,<br />

programação de chaves, apagar falhas, entre<br />

outras realizações. O produto é o único com diagnóstico automatizado, que<br />

testa simultaneamente todos os sistemas eletrônicos do veículo abrangentes<br />

no equipamento.<br />

TECNOMOTOR<br />

Na feira apresentou o lançamento do CR Pump<br />

Test TM 508, equipamento para testes de bombas<br />

de alta pressão utilizados em sistemas common<br />

rail. O equipamento controla a pressão<br />

automaticamente, possibilitando ao usuário<br />

medir o fluxo da bomba através de rotâmetro,<br />

com software PC da TM507 que permite que o usuário armazene os resultados<br />

dos testes em um banco de dados e em seguida imprimi-los. A empresa<br />

também divulgou o common rail test TM 507 III, o Performance Analyzer TM<br />

900, seus modelos de Rasther, Opacímetro, entre outros produtos.<br />

DURANTE OS CINCO<br />

DIAS, ALUNOS DE<br />

DIVERSAS INSTITUIǛES<br />

DE ENSINO VISITARAM<br />

O ESTANDE DA<br />

PR˘NA E&M<br />

BOSCH<br />

Como lançamento na Automec Pesados, a<br />

Bosch expôs em seu estande a Bancada de<br />

Teste Diesel EPS 708, projetada especificamente<br />

para trabalhar com injetores de common rail e<br />

bombas de injeção common rail. O equipamento,<br />

de fabricação alemã, está preparado<br />

para atender as demandas de pressões de injeção em motores diesel. Com a<br />

nova bancada é possível testar os injetores de common rail e as bombas de<br />

injeção de common rail feitos pela Bosch e por outros fabricantes.<br />

GURGEL FERRAMENTAS (LOJA DO MECÂNICO)<br />

Durante a feira, empresa anunciou inovações em<br />

seu site (www.lojadomecanico.com.br) para<br />

melhor atender ao consumidor, além de também<br />

contar aos clientes a mudança de local, onde passou<br />

de um galpão de mil metros quadrados para um<br />

galpão de 10 mil metros quadrados, localizado em<br />

Franca (SP). Com 15 mil produtos a pronta entrega dentro de São Paulo (SP), a<br />

empresa garante a satisfação e confiabilidade de seus itens ao mercado.<br />

RICHARD, SIMONE, SILVIO<br />

E ROSA(EQUIPE PR˘NA)<br />

ESQ. P/ DIR.: ÉDIO<br />

(PR˘NA), DANIELA,<br />

RODRIGO E CLÉCIO<br />

(BOSCH),<br />

E BERNARDO (PR˘NA)<br />

GATES<br />

Na Automec empresa promoveu seu “Programa de Atualização Técnica”, onde<br />

realizou palestras gratuitas durante a feira, com um conteúdo especial, desenvolvido<br />

pelo suporte técnico da empresa, capacitando os reparadores sobre as<br />

novas tecnologias e a correta manutenção dos veículos. Outra novidade incorporada<br />

ao programa é a apresentação do aferidor de desgaste, capaz de<br />

fornecer um diagnóstico imediato das condições de uma correia Micro-V. E para<br />

facilitar o contato com os reparadores, a Gates estreou em 2012 a linha direta<br />

0800-27-42837 (0800-BR-GATES), o e-mail suportetecnico@gates.com e um<br />

canal no YouTube, em www.youtube.com/gatessouthamerica.<br />

BERNARDO (PR˘NA) E<br />

SÉRGIO ALVARENGA<br />

(SINDIREPA-SP)


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34 FEIRAS &<br />

EVENTOS<br />

| Abril de 2012 - Edição 47 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

A. GUTIERREZ<br />

ALFATEST ASPERSUL BOMBŁLEO<br />

BOSCH<br />

BRASFIXO<br />

CHIPTRONIC<br />

ELDORADO M˘QUINAS FORCE GUARIN<br />

INSTRUTHERM<br />

K DIESEL<br />

LC EQUIPAMENT LEONE<br />

LOJA DO MEC˜NICO MAHA<br />

OURO DIESEL ROTARY LIFT<br />

(GURGEL)<br />

S‹O PAULO M˘QUINAS<br />

SEFAC SPEEDMAQ STERTIL KONI<br />

TECNOMOTOR<br />

TRUCK INJECTION<br />

LANÇAMENTO<br />

Cruze ganha versão Hatch<br />

Fabricado na mesma arquitetura do sedã, o hatchback usa também o<br />

mesmo motor, câmbios e calibragem de suspensões do modelo<br />

três volumes<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Em São Caetano do Sul (SP),<br />

a General Motors do Brasil<br />

apresentou o Cruze Hatch<br />

para a imprensa especializada<br />

dia 9/04.<br />

Fabricado na mesma arquitetura<br />

do sedã, ele foi batizado como<br />

Chevrolet Cruze Sport6.<br />

Equipado com o propulsor 1.8<br />

litro Ecotec6, importado da Hungria,<br />

entrega 144 cv (E) e 140 cv (G)<br />

a 6.300 rpm. O torque máximo é<br />

de 18,9 kgfm (E) /17,8 kgfm (G),<br />

disponível a 3.800 rpm. Ele é montado<br />

com cabeçote de duplo comando<br />

de válvulas continuamente<br />

variável (Dual CVVT). As bielas<br />

são forjadas, ao invés de fundidas,<br />

o cabeçote (feito de alumínio,<br />

assim como o cárter) e bloco contam<br />

com galerias internas para refrigeração<br />

especialmente desenhadas,<br />

o que permite maior avanço de<br />

ignição e menor consumo.<br />

A direção é de pinhão e cremalheira<br />

assistida eletricamente e a<br />

transmissão pode ser manual ou automática,<br />

ambas de 6 velocidades.<br />

A suspensão dianteira é do<br />

tipo McPherson e, segundo a fabricante,<br />

tem molas com um formato<br />

especial, buchas hidráulicas<br />

que fixam os braços inferiores da<br />

suspensão ao subchassi e a traseira<br />

é do tipo Z-link, composto<br />

de barra de torção especial com<br />

perfil em ‘U’, construído com<br />

duas camadas.<br />

Usa freios a discos nas quatro<br />

rodas (dianteiros ventilados e traseiros<br />

sólidos), o sistema ABS possui<br />

a distribuição eletrônica de frenagem<br />

e os controles de tração e<br />

estabilidade são itens de série em<br />

qualquer versão. As peças de reposição<br />

são as mesmas tanto no modelo<br />

hatch quanto no sedã.<br />

A versão LT manual tem preço<br />

sugerido para venda de R$ 64.900,<br />

a automática custa R$ 69.900 e usa<br />

bancos revestidos em couro.<br />

Ambas são equipadas de série com:<br />

air bags duplo e laterais, faróis e<br />

lanterna de neblina, controles de<br />

tração e estabilidade, ar-condicionado<br />

eletrônico com AQS, computador<br />

de bordo, entre outros.<br />

Já a versão LTZ com câmbio<br />

manual custa R$ 77.400 e a automática<br />

R$ 79.400, ambas com<br />

bancos em couro e teto solar de<br />

fábrica. Além dos itens da LT vem<br />

com: retrovisores externos com<br />

rebatimento elétrico, air bag de<br />

cortina, sensor crepuscular, rodas<br />

17 com design exclusivo, sensor<br />

de estacionamento, acionamento<br />

do motor através de interruptor<br />

Start-Stop no painel, central multimídia<br />

com tela LCD de sete polegadas<br />

e Navegador GPS<br />

integrado com sistema de som<br />

AM/FM stereo, CD player, MP3,<br />

USB e entrada auxiliar.<br />

A expectativa da General Motors<br />

do Brasil é de comercializar 13 mil<br />

unidades/ ano do Chevrolet Cruze<br />

Sport6, e a exemplo do que ocorre<br />

com o sedã a maioria equipados com<br />

o câmbio automático.


FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

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36 COMPARATIVO<br />

| Abril de 2012 - Edição 47 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

FOTOS: ESTÐDIO PR˘NA / JOSÉ NASCIMENTO<br />

Os europeus estão entre nós<br />

Ford e Peugeot comercializam no Brasil carros globais, os quais incorporaram soluções regionais<br />

como o motor flex, mesmo assim não oferecem dificuldades para os reparadores<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

Em 2008, a Ford lançou o<br />

Novo Focus no Brasil, seis<br />

meses depois de ele ter sido<br />

lançado na Europa.<br />

No mesmo ano, a Peugeot passou<br />

a comercializar o modelo 308<br />

no velho continente, mas em terras<br />

tupiniquins chegou só em fevereiro.<br />

A opção flex do carro da Ford<br />

entrou no mercado nacional em fevereiro<br />

de 2010, ele utiliza o motor<br />

1.6L 16V Sigma. Fabricado em Taubaté,<br />

com bloco, cabeçote, cárter e<br />

pistões de alumínio. As 16 válvulas<br />

estão colocadas na posição cross<br />

flow, o comando é DOHC, acionado<br />

por correia e sua taxa de compressão<br />

é de 11,0:1. O diâmetro do<br />

cilindro é de 79,0 mm e o curso do<br />

pistão é de 81,4 mm.<br />

Esta configuração no Focus<br />

hatch faz com que o Sigma entregue<br />

109,3 cv ao usar gasolina e 115,6 cv<br />

a 6.250 rpm ao ser abastecido com<br />

MOTOR<br />

etanol. O torque é de 15,4 kgfm<br />

(G)/ 16,3 kgfm (E). Nos dois casos,<br />

a força máxima aparece ao atingir<br />

4.250 rpm, mas, 80% desta força<br />

podem ser usadas a 1.500 rpm.<br />

A Peugeot também preparou<br />

um novo propulsor, o 308 HB, é o<br />

EC5 1.6L 16 válvulas Flex Start. É o<br />

primeiro produzido em série sem o<br />

tanquinho de gasolina para a partida<br />

a frio.<br />

O sistema foi desenvolvido pela<br />

Bosch, ela projetou uma nova galeria<br />

de combustível com elementos<br />

de aquecimento integrados (lanças<br />

aquecedoras), uma unidade de controle<br />

de aquecimento e o software<br />

de controle do sistema. Isso garante<br />

que a temperatura do combustível<br />

atinja valores ideais para uma partida<br />

segura mesmo em baixas condições<br />

climáticas. Ao mesmo tempo, oferece<br />

um controle preciso da temperatura<br />

do combustível em todas as<br />

condições de operação do motor.<br />

Este 1.6L 16V ainda traz: VVT<br />

(comando de válvulas variável),<br />

bomba de óleo variável (segundo a<br />

Peugeot este componente é usado<br />

pela primeira vez em um motor<br />

produzido no Brasil), ela ajusta automaticamente<br />

o fluxo de óleo enviado<br />

de acordo com a rotação do<br />

motor e a carga, conjunto pistões/<br />

anéis e cilindros com acabamento<br />

“low friction”, bielas forjadas, coletor<br />

de aspiração e tampa do motor<br />

em plástico, tuchos hidráulicos e sistema<br />

drive by wire.<br />

SUSPENS‹O TRASEIRA<br />

Sua potência é de 122 cv a 5.800<br />

rpm (E)/ 115 cv a 6.000 rpm (G) e<br />

torque máximo de 16,4 kgfm (E)/<br />

15,5 kgfm (G) a 4.000 rpm.<br />

Segundo Ney, um dos proprietários<br />

da oficina Opcar, localizada no<br />

bairro do Moinho Velho (SP), o<br />

motor do Peugeot é mais simples<br />

para realizar manutenção e reparos.<br />

“O 308 tem bastante espaço, a<br />

correia dentada é fácil de acessar e<br />

no Focus é preciso soltar antes o<br />

coxim do motor”, explica.<br />

Na dianteira a suspensão do<br />

hatch médio da Ford é indepen-<br />

FREIO TRASEIRO<br />

OS DOIS HATCHES UTILIZAM MOTOR 1.6L 16V, ABASTECIDO COM ETANOL, O DA FORD<br />

ENTREGA 115,6 CV DE POT¯NCIA, O DA PEUGEOT CHEGA A 122 CV E N‹O TEM RESER-<br />

VATŁRIO DE PARTIDA A FRIO<br />

O FORD FOCUS TEM SUSPENS‹O TRASEIRA<br />

INDEPENDENTE DO TIPO MULTILINK QUE<br />

PRECISA DE ALINHAMENTO, NO PEUGEOT<br />

308 O SISTEMA USA TRAVESSA DEFOR-<br />

M˘VEL SEM NECESSIDADE DE ALINHAR<br />

A FORD UTILIZA TAMBOR NO SISTEMA<br />

DE FRENAGEM TRASEIRO, ABS E DISCOS<br />

S‹O OPCIONAIS, J˘ O PEUGEOT VEM<br />

COM FREIOS A DISCO E ABS DE SÉRIE


FOTOS: ESTÐDIO PR˘NA / JOSÉ NASCIMENTO<br />

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38 COMPARATIVO<br />

| Abril de 2012 - Edição 47 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

dente, tipo McPherson, com braços<br />

inferiores, bucha hidráulica e barra<br />

estabilizadora. Na traseira é independente<br />

tipo Multilink, com braço<br />

de controle e barra estabilizadora.<br />

No 308 HB, a parte da frente<br />

usa suspensão com as rodas independentes,<br />

pseudo McPherson,<br />

com barra estabilizadora, molas helicoidais<br />

e amortecedores hidráulicos<br />

pressurizados. A traseira tem<br />

rodas independentes, com travessa<br />

deformável e amortecedores hidráulicos<br />

pressurizados.<br />

Para Ney, o sistema dianteiro de<br />

suspensão do Focus é mais simples<br />

para reparar e substituir peças, “o<br />

acesso é mais fácil não exige ferramentas<br />

especiais, no Peugeot, por<br />

causa do posicionamento de alguns<br />

componentes o procedimento é<br />

AMORTECEDOR E FREIO<br />

mais complicado, em compensação,<br />

a parte traseira do 308 é mais simples,<br />

pois o Focus exige alinhamento<br />

por ter suspensão independente”,<br />

fala ele.<br />

Ambos os carros são fabricados<br />

na Argentina, o Focus é comercializado<br />

com acabamento GL ao preço<br />

sugerido é de R$ 55.120, vem equipado<br />

de série com: air bag duplo, arcondicionado,<br />

direção hidráulica,<br />

computador de bordo, vidros elétricos<br />

dianteiros, CD-player/MP3,<br />

alarme, faróis com ajuste de altura,<br />

rodas de liga leve 16 polegadas e<br />

pneus 205/55R16. Na opção topo de<br />

linha, GLX, são acrescentados vidros<br />

elétricos traseiros, console central<br />

com descansa-braço, abertura e<br />

fechamento das portas, retrovisores,<br />

maçanetas, régua do porta-malas e<br />

aerofólio pintados na cor do veículo,<br />

o preço sugerido é de R$ 57.040.<br />

Freios ABS com EBD e CBC são<br />

opcionais, com estes equipamentos<br />

chega a R$ 58.070.<br />

Na opção de entrada, Active 1.6,<br />

o preço sugerido para venda do 308<br />

é de R$ 53.990, sai da fábrica com:<br />

direção eletro-hidráulica, vidros, travas<br />

e retrovisores com acionamento<br />

elétrico, ar-condicionado, air bag<br />

duplo, freios ABS, sistema de áudio,<br />

computador de bordo, rodas de liga<br />

BANDEJA<br />

OS DOIS HATCHES T¯M BANDEJAS DE F˘CIL SUBSTITUIÇ‹O, PORÉM NO 308 O<br />

REPARADOR PRECISA DE UM POUCO MAIS DE ATENÇ‹O J˘ QUE O PARAFUSO<br />

DE FIXAÇ‹O EST˘ INVERTIDO<br />

FILTRO DE ŁLEO<br />

leve de 16 polegadas. A opção Allure<br />

1.6 tem a mais faróis de<br />

neblina, ar-condicionado automático<br />

digital, sensor de chuva, conexão<br />

Bluetooth, detalhes externos<br />

cromados e custa R$ 56.990.<br />

O FORD FOCUS UTILIZA O FILTRO TRADICIONAL, O ACESSO É POR BAIXO DO CARRO, EN-<br />

QUANTO QUE NO PEUGEOT 308 O ELEMENTO FILTRANTE É DO TIPO ECOLŁGICO, O<br />

ACESSO É POR CIMA E NECESSITA DE TORQU¸METRO PARA RETIRAR E COLOCAR A<br />

TAMPA PROTETORA<br />

FORD FOCUS FLEX HATCH 1.6 16V<br />

FICHA TÉCNICA<br />

PEUGEOT 308<br />

Motor<br />

Número de cilindros: 4 em linha<br />

Cilindrada total: 1.596 cm³<br />

Taxa de compressão: 11,0:1<br />

Potência máxima: 109,3 cv a 6.250 rpm (G)/ 115,6 (E) a<br />

5.500 rpm<br />

Torque máximo: 15,4kgfm (G)/16,3 kgfm (E) a 4.250 rpm<br />

Número de válvulas por cilindro: 4<br />

Direção<br />

Tipo: Hidráulica tipo pinhão e cremalheira (HPAS)<br />

Freios<br />

Dianteiro: A disco ventilado<br />

Traseiro: A tambor (ABS e freio a disco traseiro<br />

como opcional)<br />

Suspensões<br />

Dianteira: Independente, tipo McPherson, com<br />

braços inferiores<br />

Traseira: Independente tipo Multilink, com<br />

braço de controle e barra estabilizadora<br />

Rodas<br />

Aro: 16 polegadas 6Jx15<br />

Pneus: 205/55R16<br />

Dimensões<br />

Comprimento: 4.337 mm<br />

Largura: 1.991mm<br />

Distância entre-eixos: 2.640 mm<br />

Volume do porta-malas:328 litros<br />

Motor<br />

Número de cilindros: 4 em linha<br />

Cilindrada: 1.6L<br />

Taxa de compressão: 12,15:1<br />

Potência máxima: 122 cv (E) a 5.800 rpm/115 cv (G)<br />

a 6.000 rpm<br />

Torque máximo: 16,4 kgfm (G) 15,5 kgfm (E)<br />

a 4.000 rpm<br />

Número de válvulas por cilindro: 4<br />

Direção<br />

Tipo: eletro-hidráulica<br />

Freios<br />

Dianteiro: Discos ventilados<br />

Traseiro: Discos sólidos<br />

Suspensões<br />

Dianteira: Pseudo McPherson,<br />

com barra estabilizadora<br />

Traseira: Rodas independentes,<br />

com travessa deformável<br />

Rodas<br />

Aro: 16”<br />

Pneus: 205 / 55 R16<br />

Dimensões<br />

Comprimento: 4.276 mm<br />

Largura: 1.815 mm<br />

Distância entre-eixos: 2.608 mm<br />

Volume do porta-malas: 430 litros<br />

OS FREIOS E AMORTECEDORES S‹O SIM-<br />

PLES PARA SUBSTITUIR, N‹O H˘ NECES-<br />

SIDADE DE USAR FERRAMENTAS ESPECIAIS<br />

Colaboraram: Peugeot do Brasil, Ford Motor Company e Mecânica Opcar


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