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eparacao47_<strong>Layout</strong> 1 08/05/2012 12:54 Page 8<br />

8<br />

ARTIGO<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

| Abril de 2012 - Edição 47 www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Pequenos agrados,<br />

grande atração<br />

Texto: Fauzi Timaco Jorge*<br />

Quem responde pelas vendas,<br />

em seu negócio?<br />

Quem tem resposta+<br />

habilidade (responsabilidade)<br />

para isso?<br />

Há alguns anos eu vi um filme<br />

produzido especialmente para treinamento<br />

em vendas, cujo título era<br />

“Quem matou a venda?”. Esse<br />

filme foi marcante pela variedade<br />

de situações que levaram o potencial<br />

cliente a desistir do negócio.<br />

Desde a dificuldade para conseguir<br />

falar com o vendedor por telefone,<br />

com claros sintomas de antipatia e<br />

desatenção por parte de quem<br />

atendeu a ligação na firma vendedora,<br />

até mesmo ao tentar estacionar<br />

na própria empresa após o<br />

regresso de uma visita em que assistiu<br />

a uma péssima demonstração<br />

do equipamento, que apresentou<br />

problemas do início ao final do<br />

processo. E quem estava impedindo<br />

a passagem? O caminhão de<br />

entregas da empresa vendedora,<br />

conduzido por um motorista<br />

pouco habituado ao trato com outros<br />

motoristas, desdenhando de<br />

sua impotência atrás do caminhão<br />

mal estacionado. De passagem, a<br />

esposa do proprietário da empresa<br />

compradora se sentou, no ônibus –<br />

É isso mesmo! Na Inglaterra, onde<br />

foi rodado esse filme, o transporte<br />

público é utilizado por todas as camadas<br />

sociais! –, ao lado de duas jovens<br />

que comentavam, em alto e<br />

bom som, que as coisas ali na empresa<br />

X – a empresa vendedora –<br />

iam de mal a pior, que tudo era<br />

uma bagunça, altamente desorganizada.<br />

E essa diligente esposa,<br />

muito diplomaticamente, deixando<br />

claro que não queria interferir<br />

nos negócios do marido,<br />

denotou trechos dessa conversa ao<br />

marido, durante o café da manhã,<br />

que levou em consideração mais<br />

esse fato na decisão tomada naquele<br />

dia: desistir da aquisição do<br />

equipamento da empresa X.<br />

Vejam, agora, uma vivência de<br />

outro aspecto relacionado ao nosso<br />

tema de hoje. Quando implementamos<br />

o Programa Squadra, um programa<br />

de benchmark [padrões de<br />

eficiência, numa livre tradução]<br />

desenvolvido pela rede de concessionários<br />

Fiat de todo o Brasil, no<br />

final dos anos 90, observamos alguns<br />

exemplos no trato com o<br />

cliente da concessionária que denota<br />

outro caminho, o caminho do<br />

sucesso na atividade de relacionamento<br />

com potenciais compradores<br />

e clientes. Num deles, o de<br />

uma concessionária sediada numa<br />

cidade do interior gaúcho, o ato de<br />

retirar um veículo zero quilômetro<br />

da concessionária era motivo de<br />

grande alegria, comemorado por<br />

todos os empregados e, sobretudo,<br />

pelo cliente e seus familiares ali<br />

presentes. Em um ambiente previamente<br />

preparado para isso, com<br />

muita luz e balões, o cliente recebia<br />

as chaves de seu novo veículo enquanto<br />

era filmado. E, em casa, a<br />

esposa recebia uma caixa de chocolates<br />

e um cartão de felicitações<br />

pela aquisição do veículo. Chocolates<br />

preparados pela família da secretária<br />

da Diretoria, como forma<br />

de reforço de sua renda. Outro<br />

exemplo: uma concessionária do<br />

Recife simplesmente eliminou o<br />

famigerado prisma pelo número da<br />

placa do veículo, ganhando um<br />

tempo considerável no atendimento<br />

de ligações do cliente para<br />

saber o andamento dos serviços<br />

contratados. E escrevia em letras<br />

garrafais no para-brisa do veículo<br />

qual o dia e a hora em que esse<br />

carro deveria estar à disposição do<br />

cliente. Assim, todos na oficina se<br />

empenhavam, de fato, para que isso<br />

acontecesse. Porque, ao final, isso<br />

dizia respeito ao interesse direto do<br />

cliente e traduzia um compromisso<br />

da concessionária perante seu mais<br />

precioso ativo: esse cliente.<br />

E na área de vendas? Quais<br />

eram as lições marcantes? Nessa<br />

mesma concessionária do nordeste,<br />

uma reunião matinal apontava<br />

todos os negócios do dia<br />

anterior. Cada um dos negócios<br />

perdidos era analisado, para uma<br />

detecção das dificuldades que culminaram<br />

com a perda do negócio.<br />

Daí resultavam medidas corretivas,<br />

para evitar a repetição do fato.<br />

E dessa reunião resultavam adequadas<br />

e compartilhadas comemorações<br />

dos negócios efetivamente<br />

concretizados, como um<br />

indispensável estímulo para o dia<br />

que começaria. Um dia pleno de<br />

leões, para serem abatidos pelos<br />

mais capazes.<br />

Reflita sobre essas lições,<br />

para dar um empurrão nas<br />

suas realizações.<br />

*Economista, professor-tutor<br />

da FGV Online e professor da<br />

FGV + CEA-Centro de Estudos<br />

Automotivos, escreve<br />

regularmente nesta coluna e pode<br />

ser acessado pelo e-mail<br />

fauzi@balcaoautomotivo.com.br

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