marca_da_cal - SAFERGS

4 MARCA DA CAL - Junho 2010
A Copa deve ser de Simon
Pode ser o homem da grande notícia para o Brasil na Copa do
Mundo, embora a maior seja aquela que todos acreditam numa
vitória do grupo do técnico Dunga. Estamos nos referindo ao árbitro
Carlos Eugênio Simon, personagem relevante na Fifa, em que
pese aqui em nosso País, não faz muito, tivesse sido vítima do
presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, que pela própria
posição da equipe atual, parece que é um estranho para as coisas
do futebol. Logo que se pense da importância do jogo, Inglaterra x
EUA, no próximo dia 12, não em razão do idioma das duas nações,
mas na atualidade, ambos se identificam como rivais de grandeza,
e para dirigi-los no Mundial da África, só uma outra grandeza,
como é o caso específico do árbitro gaúcho.
O currículo de Carlos Simon traz no seu contexto, a filosofia de
um extraordinário árbitro, visto que pelos seus próprios caminhos
no curso de um jogo, são aqueles que invariavelmente, levam a
torcida a aplaudi-lo. Contudo, o mais brilhante que se agrega ao
indigitado apitador, é a sua idade, pois perto, de ser jubilado perante
a entidade que controla o futebol no planeta, o que acontece
aos 45 anos de idade, ele, ao aproximar-se desta idade e lhe
falta muito pouco para completá-la, soma impressionante tempo de
meditar no próprio segundo do lance, para desta forma, ajustá-lo
na própria matriz cultural de que devem ser protegidos, aqueles
que trabalham na difícil arte de apitar o mais sibilino dos desportos,
que é o futebol.
Simon pode voltar com a Copa do Mundo do apito em suas
mãos, eis que tem antecedentes para tanto e nos próprios momentos
da aposentadoria compulsória (Fifa), ainda é o mestre dos
mestres nesta dificílima arte. Eis um vaticínio certo: eventualmente
o Brasil não atinja a final, ele vai apitá-la, embora a própria Fifa
possa até renunciar aos princípios da neutralidade e indicá-lo,
mesmo que o Brasil seja finalista, para uma das semifinais, pois
ele é o exemplo da ética, da moralidade, da competência, do profissionalismo,
do conhecimento sobre as Regras do Jogo, e da paixão
pelo futebol, ou melhor pelo apito.
Os árbitros assistentes, Altemir Hausmann (Fifa-RS) e Roberto
Braatz (Fifa-PR), ambos filiados a CBF, além, da personagem perfulgente
de Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS), que será o único árbitro
do futebol pentacampeão a figurar nos anais do futebol brasileiro
com participação em três mundiais consecutivos, formam o triunvirato
que representará a arbitragem brasileira em solo africano. A
trinca aqui denominada está hospedada num hotel em Pretória,
junto com os 57 árbitros e vinte e oito assistentes, selecionados
para o Mundial, e terão a oportunidade de participarem do mais
importante torneio da carreira de cada um.
Para o futebol paranaense e, por extensão, ao futebol gaúcho, há
uma alegria descomunal, já que a indigitada troupe é vista pela
Fifa como um dos melhores trios de arbitragem selecionados para
a Copa da África do Sul. Agora, todos terão a oportunidade de
participar do maior evento de futebol do planeta e quem sabe, ao
final da competição, também sejam consagrados como os melhores
do mundo na função.
*Valdir Bicudo,
colunista do Paraná Online
Bicudo-bicudoapito@hotmail.com
EXTRA
Daniel Boucinha
Festa de despedida para
Simon, Altemir e Braatz
Emocionado, Simon despediu-se do povo gaúcho prometendo uma arbitragem de qualidade
no Mundial. “Juntamente com meus companheiros estou preparado para realizar
um bom trabalho. Só não faço questão de apitar a final”, brincou, “já que neste caso o
Brasil estaria fora da Copa”
Orgulho da arbitragem nacional
O anfitrião Ciro Camargo, presidente do
SAFERGS, sintetizou com perfeição o sentimento
dos presentes na homenagem.
- Simon, Hausmann e Braatz são motivos
de orgulho para a arbitragem nacional,
e a gaúcha especialmente. A eles, desejamos
boa sorte no Mundial, pois competência
não lhes faltam - enfatizou.
Para o presidente, a convocação para a
Copa selou a consagração, já que o comandante
do apito, Carlos Simon, “é o maior
árbitro brasileiro de todos os tempos, na feliz
definição do Francisco Novelletto”, arrematou
Ciro. A frase foi dita na homenagem
prestada pela Federação Gaúcha de Futebol,
por ocasião do primeiro Gre-Nal, no
Beira-Rio, da fase final do Gaúcho 2010.
Altemir Hausmann, ao lado
recebendo flores em nome de
sua mãe, que não pode comparecer,
não escondeu suas
expectativas em relação à
Copa. “Naturalmente estou
ansioso pelo jogo de estreia.
Será o maior momento da minha
carreira até então. Estou
confiante que teremos uma boa
atuação. Vamos honrar o bom
nome da arbitragem gaúcha e
brasileira”
Roberto Braatz manifestou
emoção para com as homenagens
que recebeu no RS. “Sou
muito grato ao povo gaúcho,
em especial aos árbitros que
sabem valorizar os profissionais
que se destacam no mundo do
apito. Este reconhecimento é
muito importante e me deixa
muito feliz”, declarou o paranaense
de Candido Rondon