A.C. Baratto 7 A perturbac~ao iniciada pelo alto-falante se propaga pelo tubo, <strong>de</strong>vendo obe<strong>de</strong>cer a equac~ao <strong>de</strong> movimento: @ 2 X @x 2 = 1 v 2 @ 2 X @t 2 on<strong>de</strong> v e a velocida<strong>de</strong> do som <strong>no</strong> gas, e po<strong>de</strong> ser dada em termos do modulo volumetrico <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> adiabatico (K ad ) e da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> () dogas por: 1=2 v = Kad Como o tubo, <strong>de</strong> comprimento L, e fechado a direita, o <strong>de</strong>slocamento do gas, a, e nulo. Devemos, pois, buscar soluc~oes estaveis para as perturbac~oes ao longo do tubo do tipo: diverg^encia so n~ao se manifesta na pratica <strong>de</strong>vido a exist^encia <strong>de</strong> forcas dissipativas n~ao consi<strong>de</strong>radas nesse tratamento simples. As condic~oes <strong>de</strong> resson^ancia s~ao, portanto: kL = n ) 2 L = n ) = 2L n Teremos <strong>no</strong>dos <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento (anti-<strong>no</strong>dos <strong>de</strong> press~ao) em x = L e (aproximadamente) em x =0. Em termos da press~ao, a onda estacionaria po<strong>de</strong> ser escrita: P (x t) =P 0 coskxcos!t X(x t) =f(x)cos!t = Asen (kx + )cos!t (on<strong>de</strong> k = ! v contor<strong>no</strong>: = 2 ) e que satisfacam as condic~oes <strong>de</strong> 3 <strong>Ondas</strong> longitudinais estacionarias X(0t)=Bcos!t X(L t) =0 Temos, pois: X(L t) =0) sen ; ! v L + = 0 Assim: ! v L + = n = n ; ! v L n =1 2 3::: Antes <strong>de</strong> prosseguir e instrutivo proce<strong>de</strong>rmos a visualizac~ao <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo sobre como se comporta uma coluna <strong>de</strong> gas na resson^ancia, isto e, quando nela se estabelece uma onda longitudinal estacionaria. Vimos que a express~ao que <strong>de</strong>screve o <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> uma camada <strong>de</strong> gas, a partir da sua posic~ao <strong>de</strong> equilbrio, em func~ao do tempo <strong>de</strong>ve ser do tipo: Mas: X(0t)=Bcos!t = Asencos!t X(x t) =X 0 senkx cos!t Portanto: ou B = Asen ) A = B sen A = B sen ; n ; !L v ; B X(x t) = sen sen n ; !L v kx + n ; !L v cos!t Vemos que, quando !L=v = n, a amplitu<strong>de</strong> das perturbac~oes se tornara virtualmente innita, n~ao obstante a amplitu<strong>de</strong> da perturbac~ao inicial (B) ser pequena. Isso caracteriza um comportamento ressonante. Essa A gura 2 apresenta uma serie <strong>de</strong> instant^aneos do comportamento <strong>de</strong> algumas camadas do gas, tomados aintervalos temporais regulares <strong>de</strong> 1/24 do perodo. Nesta serie foram calculadas as posic~oes das camadas <strong>no</strong>s diversos instantes <strong>de</strong> tempo tomando, para a onda estacionaria, uma amplitu<strong>de</strong> (exagerada em relac~ao a qualquer intensida<strong>de</strong> razoavel <strong>de</strong> som) <strong>de</strong> X 0 =2 0cm, e um comprimento <strong>de</strong> onda =20 0cm. Observe-se que, <strong>no</strong>s <strong>no</strong>dos <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento, localizados nas posic~oes 0, 10, 20 e 30, a press~ao apresenta a maxima variac~ao em relac~ao a press~ao media <strong>no</strong> tubo.
8 Revista Brasileira <strong>de</strong> Ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> Fsica, vol. 20, n ọ 1, marco, 1998 estacionaria <strong>de</strong> press~ao. Supomos P 0