a literatura de cordel no século XXI - XXVI Simpósio Nacional de ...
a literatura de cordel no século XXI - XXVI Simpósio Nacional de ...
a literatura de cordel no século XXI - XXVI Simpósio Nacional de ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
escreve, ainda, folhetos tradicionais <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l; Pedro Nonato da Costa <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a<br />
produção do cor<strong>de</strong>l como <strong>literatura</strong>, em essência. Pedro Costa é editor da revista De<br />
Repente, que abre espaço em suas páginas para outros gêneros literários, além disso, o<br />
poeta publica seus folhetos e os ven<strong>de</strong> em pequenas caixas com uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
diferentes folhetos, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo assim que os folhetos adquiram corpo e possam ser<br />
comercializados a um preço parecido com o dos livros convencionais nas livrarias.<br />
Por representarem dois extremos da produção piauiense, Pedro Men<strong>de</strong>s e Pedro<br />
Costa são indicadores do que há <strong>de</strong> comum entendimento aos poetas cor<strong>de</strong>listas<br />
contemporâneos.<br />
- A revista De Repente e a reinvenção da <strong>literatura</strong> <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l<br />
Criada <strong>no</strong> a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 1994, a revista De Repente, mensal <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008, é uma gran<strong>de</strong><br />
expressão da reinvenção da Literatura <strong>de</strong> Cor<strong>de</strong>l a que <strong>no</strong>s referimos. O periódico é<br />
produzido pela Fundação Nor<strong>de</strong>stina do Cor<strong>de</strong>l – FUNCOR, dirigida pelo poeta<br />
cor<strong>de</strong>lista e repentista Pedro Nonato da Costa. O tempo histórico para o qual se volta<br />
este trabalho, não por acaso, coinci<strong>de</strong> com o período <strong>de</strong> existência da revista. Para tratar<br />
da Literatura <strong>de</strong> Cor<strong>de</strong>l enquanto uma tradição reinventada, escolhemos as décadas <strong>de</strong><br />
1990 e 2000, por se tratar do período em que <strong>no</strong>vida<strong>de</strong>s como a internet, um dos atuais<br />
gran<strong>de</strong>s meios <strong>de</strong> circulação do Cor<strong>de</strong>l, popularizou-se <strong>no</strong> Brasil, permitindo uma maior<br />
integração <strong>de</strong> poetas em diferentes espaços. Foi também nessas décadas que a revista De<br />
Repente foi criada e passou a ganhar espaço e respaldo entre poetas e admiradores do<br />
cor<strong>de</strong>l <strong>de</strong> todo o Brasil.<br />
Nos limites <strong>de</strong>ste artigo, analisaremos três exemplares da revista, tomando-os<br />
como ponto <strong>de</strong> partida para a compreensão <strong>de</strong> <strong>no</strong>vas formas <strong>de</strong> escrever, ler e fazer<br />
circular a <strong>literatura</strong> <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l. Escolhemos três edições do a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 2008, por se tratar<br />
justamente do momento em que a De Repente torna-se mensal, segundo o seu editorchefe,<br />
Pedro Costa, para aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda dos seus assinantes. Vejamos o editorial da<br />
edição <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2008:<br />
Anais do <strong>XXVI</strong> Simpósio <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 10