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LISTA DE EXERCÍCIOS – 1ª SÉRIE– CPT – REVISÃO Em busca da ...

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<strong>LISTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>EXERCÍCIOS</strong> <strong>–</strong> <strong>1ª</strong> SÉRIE<strong>–</strong> <strong>CPT</strong> <strong>–</strong> <strong>REVISÃO</strong><br />

Leia com atenção os textos a seguir.<br />

<strong>Em</strong> <strong>busca</strong> <strong>da</strong> prosa simples<br />

Rascunhos e textos inéditos de Jorge Amado poderão em breve ser lidos pela internet.<br />

Eles revelam um escritor obcecado em alcançar a maturi<strong>da</strong>de artística<br />

Fenômeno literário com mais de 20 milhões de livros vendidos em 55 países, o baiano Jorge<br />

Amado (1912-2001) foi um frequente alvo dos críticos — que atribuíram seu estilo pouco erudito a certo<br />

desleixo, quando não a uma “preguiça”, em relação ao texto. [...] Quase uma déca<strong>da</strong> depois <strong>da</strong> morte<br />

de Amado, um conjunto de rascunhos <strong>da</strong>tilografados (e muito rasurados) por ele durante a produção de<br />

25 de seus livros descortina um lado até então desconhecido de seu intenso processo criativo. A<br />

coleção de papéis — um calhamaço de 17.000 páginas que a Fun<strong>da</strong>ção Casa de Jorge Amado, em<br />

Salvador, está digitalizando para disponibilizar na internet até agosto — revela um autor extremamente<br />

sistemático na construção do texto, capaz de reescrever um mesmo trecho dezenas de vezes, sem se<br />

<strong>da</strong>r por satisfeito. [...]<br />

Há um consenso, entre os poucos especialistas que já se debruçaram sobre a pilha de escritos, de<br />

que ela traz à luz um autor para quem o ato de escrever era profun<strong>da</strong>mente racional — e não motivado<br />

pela intuição, como se pensava. Afirma o historiador Alberto <strong>da</strong> Costa e Silva, estudioso <strong>da</strong> obra de<br />

Jorge Amado: “Seu estilo simples e direto é, na ver<strong>da</strong>de, fruto de um trabalho incansável, que chama a<br />

atenção pela autocrítica severa e por um esmero nos detalhes”.<br />

Veja, 26 maio 2010.<br />

1. Dê a soma dos itens corretos.<br />

(01) Jorge Amado foi um fenômeno literário, independentemente de qualquer crítica que recebera.<br />

(02) Sua obra soma a quantia de 17.000 páginas e, em breve, estará disponível na internet.<br />

(04) Os originais <strong>da</strong>tilografados corroboram a opinião dos críticos quanto ao desleixo do escritor com a escrita.<br />

(08) Os originais fazem pressupor que Jorge Amado tinha dificul<strong>da</strong>de com a língua portuguesa.<br />

(16) Para obter um estilo direto e simples, o escritor trabalhou incansavelmente.


2. Observe o mapa:<br />

a) O que significa “regaseificação”?<br />

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b) Na cadeia do gás liquefeito, quais etapas deverão ocorrer inteiramente no Brasil?


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3. Analise o texto verbal e não verbal <strong>da</strong> propagan<strong>da</strong> contra a dengue <strong>da</strong> Secretaria <strong>da</strong> Saúde.<br />

Assinale a alternativa que traz a afirmação mais pertinente a respeito do texto.<br />

a) O texto tem como objetivo informar a população, por isso a função de linguagem predominante é a informativa.<br />

b) A função de linguagem predominante no texto é a denotativa porque a maioria <strong>da</strong>s palavras foram usa<strong>da</strong>s em sentido<br />

denotativo.<br />

c) <strong>Em</strong>bora o texto traga informações, a função de linguagem predominante é a conativa, pois o objetivo principal do texto é<br />

mu<strong>da</strong>r o comportamento <strong>da</strong> população.<br />

d) O uso de verbo no imperativo, como em “Entre nessa luta contra a dengue”, deixa evidente a função do texto: emocionar<br />

o leitor.<br />

4. Leia com atenção o cartaz de propagan<strong>da</strong> <strong>da</strong> exposição “Menas <strong>–</strong> o certo do errado, o errado do certo”, realiza<strong>da</strong><br />

no Museu <strong>da</strong> Língua Portuguesa.


Comente o título <strong>da</strong> exposição, relacionando-o com as frases cita<strong>da</strong>s no corpo do cartaz.<br />

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5. Leia com atenção e explique a contradição existente entre o segundo e o último quadro <strong>da</strong> tirinha a seguir.


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Leia o texto abaixo para responder às questões 06 e 07.<br />

A CA<strong>DE</strong>IRINHA DO GUARDADOR<br />

Por Cristovão Tezza, colunista <strong>da</strong> Gazeta do Povo,<br />

Publicado em 15/03/2011<br />

Como as ci<strong>da</strong>des são hoje to<strong>da</strong>s do automóvel, quem dirige sabe: sempre que é preciso estacionar, duas<br />

ansie<strong>da</strong>des se instalam na alma. A primeira é achar uma vaga. Não é fácil. Deixar o mastodonte refrigerado em<br />

algum lugar é tarefa difícil, e às vezes cara, se largamos o bicho num estacionamento. Quando temos sorte, a outra<br />

ansie<strong>da</strong>de é a sombra que aparece instantânea, à beira <strong>da</strong> rua disputa<strong>da</strong>: o guar<strong>da</strong>dor de carros.<br />

Talvez nenhuma ocupação <strong>–</strong> na ver<strong>da</strong>de, profissão, ain<strong>da</strong> que não regulamenta<strong>da</strong> em lei, especifica<strong>da</strong> em<br />

itens, ou protegi<strong>da</strong> por alguma ordem legal <strong>–</strong> define tão perfeitamente a cultura e a socie<strong>da</strong>de brasileira quanto a<br />

de “guar<strong>da</strong>dor”. Há uma carrega<strong>da</strong> simbologia naquela figura quase sempre simpática que se mantém em geral à<br />

meia distância do motorista to<strong>da</strong> vez que achamos uma vaguinha. Ele não se aproxima muito, para não nos<br />

assustar; os braços são sinalizadores de paz, o polegar erguido, que se segue à voz cor<strong>da</strong>ta, o tom sorridente (Uma<br />

olhadinha aí, doutor?). Ele sabe perfeitamente que exerce uma função ambígua, quase que secreta, <strong>da</strong>í o cui<strong>da</strong>do<br />

<strong>da</strong> aproximação; e também sabe que, por conclusão tácita, o motorista teme que um “não” pode ser um risco (até<br />

no sentido literal, segundo a paranoia nossa de classe média sofri<strong>da</strong>, o carrinho lustroso pago à prestação que não<br />

acaba nunca). Portanto, preferimos também circular na ambigui<strong>da</strong>de, entre legitimar o papel do guar<strong>da</strong>dor e<br />

repudiá-lo como algo “ilegal”. Melhor aceitar, mas com reservas, em geral mal olhando a figura, apenas fazendo<br />

um gesto rápido de concordância. Com o gesto, há implicitamente uma moe<strong>da</strong> em jogo, também não especifica<strong>da</strong>.<br />

É o invólucro oficial <strong>da</strong> esmola.<br />

Sim, a rua é um espaço público. Mas não somos alemães, suíços ou finlandeses para brandir a lei na cara de<br />

um infrator. No país do mensalão, que moral nos resta para reclamar do guar<strong>da</strong>dor? Mesmo porque sabemos que


este “usurpador” do espaço público é pobre <strong>–</strong> na ver<strong>da</strong>de, bem menos que pobre. É alguém <strong>–</strong> a i<strong>da</strong>de varia de 10 a<br />

60 anos <strong>–</strong> que não tem ou não encontrou absolutamente na<strong>da</strong> melhor a fazer senão passar 12 horas segui<strong>da</strong>s,<br />

todos os dias, olhando para os carros dos outros. Sobrou para ele a calça<strong>da</strong>, de que ele discretamente toma posse,<br />

também simbolicamente, com uma cadeira meio quebra<strong>da</strong>, um toco, um banquinho velho, com alguns sinais em<br />

torno de que ele “está ali”: uma garrafa, uma marmita, um casaco puído (como o célebre casaco na cadeira do<br />

funcionário público que só deu uma saidinha e já volta). E, como todo espaço público brasileiro, também cria, por<br />

força de leis não escritas mas muito eficientes, suas máfias, cartórios, intermediários, repassadores, quadras<br />

nobres, horários privilegiados, exploração de menores e violência.<br />

Há dois modos de medir o país <strong>–</strong> um deles, é pela força <strong>da</strong> sétima economia do mundo; o outro é pela<br />

cadeirinha do guar<strong>da</strong>dor de carros na calça<strong>da</strong> <strong>da</strong> esquina.<br />

6. No primeiro parágrafo, o autor abre a crônica apresentando duas perspectivas <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des:<br />

a) a falta de espaço para os automóveis circularem e estacionarem.<br />

b) a angústia de deixar os carros em um estacionamento, uma vez que não há vagas nas ruas.<br />

c) a angústia <strong>da</strong> falta de espaços para estacionamentos nas ruas e a presença do guar<strong>da</strong>dor de carros, figura<br />

sempre recorrente nas grandes ci<strong>da</strong>des.<br />

d) o medo de que roubem o carro e <strong>da</strong> figura do guar<strong>da</strong>dor, por isso os motoristas preferem deixar os carros em<br />

estacionamentos.<br />

e) o trânsito ca<strong>da</strong> vez mais violento e as ci<strong>da</strong>des que não oferecem segurança aos motoristas.<br />

7. O autor ressalta, sobre a “profissão” do guar<strong>da</strong>dor de carros:<br />

a) a ambigui<strong>da</strong>de que ela carrega, representando muito bem a socie<strong>da</strong>de brasileira, que aceita a sua figura com<br />

receios, reforçando a cultura <strong>da</strong> esmola, mas que se recusa a oficializá-la como profissão.<br />

b) a figura simbólica <strong>da</strong> miséria, que através <strong>da</strong> imposição de si, assusta e inibe o ci<strong>da</strong>dão de bem.<br />

c) a função social que essa nova classe representa ao ci<strong>da</strong>dão comum, cui<strong>da</strong>ndo dos carros alheios e aju<strong>da</strong>ndo a<br />

impulsionar a economia do país.<br />

d) o guar<strong>da</strong>dor de carros representa uma classe amorfa, inclassificável e que na<strong>da</strong> tem a ver com a socie<strong>da</strong>de<br />

brasileira como um todo.<br />

e) o guar<strong>da</strong>dor de carros é, para o autor, somente alguém que exerce uma função que a polícia deveria exercer.<br />

Leia o poema abaixo e respon<strong>da</strong> a questão 8:<br />

Meus amigos<br />

quando me dão a mão<br />

sempre deixam<br />

outra coisa<br />

presença<br />

olhar<br />

lembrançacalor<br />

meus amigos<br />

quando me dão<br />

deixam na minha<br />

a sua mão<br />

LEMINSKI, Paulo. Caprichos e relaxos. São Paulo: Brasiliense, 1983. p. 86.


8. O poema acima trata do sentimento <strong>da</strong> amizade. A partir <strong>da</strong> compreensão <strong>da</strong> mensagem que o autor pretende<br />

transmitir, assinale a alternativa correta:<br />

a) O poema não tem a intenção de causar no leitor nenhuma reflexão sobre a relação <strong>da</strong> amizade, apenas deseja<br />

apresentar uma possível situação hipotética.<br />

b) A palavra “lembrançacalor” é um neologismo (criação de uma palavra ou expressão nova, ou atribuição de um<br />

novo sentido a uma palavra já existente) e seu significado não tem nenhuma relação com a mensagem que o<br />

poema pretende transmitir.<br />

c) A presença dos amigos causa ao eu lírico a sensação física e psicológica de calor, aconchego e lembrança. O que<br />

torna esse sentimento algo agradável de ser vivido.<br />

d) A última estrofe do poema consiste no relato literal de que, ao <strong>da</strong>r a mão a um amigo, uma <strong>da</strong>s duas pessoas<br />

sempre perderá algo.<br />

e) O poeta Paulo Leminski, diferentemente de outros poetas, inova e não pretende fazer com que o leitor reflita<br />

sobre o tema abor<strong>da</strong>do em seu poema. Faz com que to<strong>da</strong>s as intenções e mensagens sejam passa<strong>da</strong>s<br />

explicitamente.<br />

Para responder as questão9, leia atentamente o poema Casamento, de Adélia Prado.<br />

Há mulheres que dizem:<br />

Meu marido, se quiser pescar, pesque,<br />

mas que limpe os peixes.<br />

Eu não. A qualquer hora <strong>da</strong> noite me levanto,<br />

ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.<br />

É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,<br />

de vez em quando os cotovelos se esbarram,<br />

ele fala coisas como "este foi difícil"<br />

"prateou no ar <strong>da</strong>ndo rabana<strong>da</strong>s"<br />

e faz o gesto com a mão.<br />

O silêncio de quando nos vimos a primeira vez<br />

atravessa a cozinha como um rio profundo.<br />

Por fim, os peixes na travessa,<br />

vamos dormir.<br />

Coisas pratea<strong>da</strong>s espocam:<br />

somos noivo e noiva.<br />

PRADO, Adélia. Poesia reuni<strong>da</strong>. São Paulo: Siciliano, 1999.<br />

9. O fato de os dois, o eu lírico e o marido, ficarem sozinhos, na cozinha, limpando os peixes:<br />

a) Deixa o marido nervoso e mal-humorado.<br />

b) Demonstra que o eu lírico é obrigado a atender as vontades impostas pelo marido.<br />

c) Faz renascer a alegria, a sensuali<strong>da</strong>de, a cumplici<strong>da</strong>de entre o casal.<br />

d) Mostra que a desigual<strong>da</strong>de entre homens e mulheres ain<strong>da</strong> é presente na socie<strong>da</strong>de.<br />

e) Ilustra que to<strong>da</strong> mulher deseja passar momentos como esse com seu marido.<br />

Texto-base para a questão 10:<br />

Amar!<br />

Eu quero amar, amar perdi<strong>da</strong>mente!<br />

Amar só por amar: aqui... além...


Mais Este e Aquele, o Outro e to<strong>da</strong> a gente...<br />

Amar! Amar! E não amar ninguém!<br />

Recor<strong>da</strong>r? Esquecer? Indiferente!...<br />

Prender ou desprender? É mal? É bem?<br />

Quem disser que se pode amar alguém<br />

Durante a vi<strong>da</strong> inteira é porque mente!<br />

Há uma primavera em ca<strong>da</strong> vi<strong>da</strong>:<br />

É preciso cantá-la assim flori<strong>da</strong>,<br />

Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!<br />

E se um dia hei-de ser pó, cinza e na<strong>da</strong><br />

Que seja a minha noite uma alvora<strong>da</strong>,<br />

Que me saiba perder... pra me encontrar...<br />

ESPANCA, Florbela. Charneca em flor. Porto Alegre: L&PM Editores, 2002.<br />

10. Considerando as informações do texto, assinale ver<strong>da</strong>deiro (V) ou falso (F).<br />

( ) O eu lírico afirma que quer amar apenas uma pessoa em to<strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong>.<br />

( ) O eu lírico afirma que não se pode amar apenas uma pessoa a vi<strong>da</strong> inteira.<br />

( ) As palavras “Este”, “Aquele”, “Outro” transmitem a ideia de amar várias pessoas.<br />

Assinale a alternativa que contém a sequencia correta:<br />

a) V-V-F<br />

b) F-V-V<br />

c) F-F-V<br />

d) V-V-V<br />

e) F-F-F

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