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Prezado - Curso de Música - Universidade Federal do Maranhão ...

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ENCONTRO DE PESQUISADORES EM COMUNICAÇÃO E MÚSICA POPULAR<br />

Abordagens interdisciplinares na pesquisa em música popular: arte, merca<strong>do</strong> e socieda<strong>de</strong>.<br />

26 a 28 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2010 – Campus <strong>do</strong> Bancanga – São Luis-MA<br />

5<br />

A música como expressão artística da razão e da sensibilida<strong>de</strong> das<br />

pessoas, a partir da qual se cria a cultura musical. A música cumpre<br />

ao mesmo tempo as funções <strong>de</strong> linguagem e <strong>de</strong> signo, que expressa e<br />

simboliza acontecimentos particulares <strong>de</strong> cada socieda<strong>de</strong>. (CLÓVIS<br />

LIMA E ROSE SANTINI, 2009, pág. 2)<br />

Desta forma, as letras das músicas, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a época, são o primeiro atrativo<br />

que, ao serem ouvidas tanto pelo vinil como pelo celular, aguçam os senti<strong>do</strong>s<br />

automaticamente apreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> públicos específicos que buscam nas mesmas, i<strong>de</strong>ntificação e<br />

memórias associadas à vida pessoal. Simone Sá 6 , no artigo, Mediações musicais através <strong>do</strong>s<br />

telefones celulares, argumenta com Meyrowitz (2004) sobre a cultura <strong>do</strong>s “nôma<strong>de</strong>s globais”,<br />

ou seja, estaríamos entran<strong>do</strong> em uma era <strong>de</strong> perda da cultura das letras e, conseqüentemente,<br />

retornan<strong>do</strong> à era das cavernas. Esse regresso mostraria como os indivíduos têm sofri<strong>do</strong> a<br />

recepção musical, “Ler e escrever não são tão naturais quanto ouvir e falar, e não são tão<br />

facilmente aprendi<strong>do</strong>s”. (MEYROWITZ, 2004, p.24)<br />

O vinil vem <strong>de</strong>limitar a música como referencial, em que pessoas guardavam-os<br />

como verda<strong>de</strong>iras obras <strong>de</strong> arte ven<strong>do</strong> no seu <strong>de</strong>lica<strong>do</strong> <strong>de</strong>sign um meio <strong>de</strong> diversão, e, nas<br />

suas melodias, relaxamento. Com gravação analógica, os riscos <strong>de</strong> conservação <strong>do</strong> vinil eram<br />

inevitáveis. Com ajuda <strong>de</strong> uma agulha para reprodução <strong>do</strong> vinil, esse processo acabava<br />

danifican<strong>do</strong>-os e tornan<strong>do</strong>-se pouco atraente com o uso contínuo. Com o passar <strong>do</strong> tempo e o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das cida<strong>de</strong>s esse perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> “ouvir música em casa”, tornou-se remoto. Era<br />

necessário ter praticida<strong>de</strong> e melhor qualida<strong>de</strong> para que a música acompanhasse o novo ritmo<br />

<strong>de</strong> vida das pessoas A partir <strong>de</strong>ssas transformações o homem aprimorou o disco <strong>de</strong> vinil para<br />

um formato mais compacto e com maior armazenamento, surgin<strong>do</strong> o CD. Esse era apenas o<br />

ponto <strong>de</strong> partida para digitalização musical levan<strong>do</strong> produtores a investir cada vez mais no<br />

ramo musical.<br />

MP3: Uma extensão musical da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong><br />

Para ter acesso ao CD, as pessoas tinham que pagar um preço, na maioria das<br />

vezes, alto. Porém, com a disponibilização das músicas na internet pelo <strong>do</strong>wnload, ficou mais<br />

fácil ter uma ou mais faixas <strong>de</strong> um ou mais CD‟s. Com isso, inicia-se uma nova era musical<br />

6 Simone Pereira <strong>de</strong> Sá é Doutora em Comunicação e antropóloga. É professora <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação<br />

em Comunicação da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, on<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>na o C.U.L.T – Laboratório <strong>de</strong> Cultura<br />

Urbana, Lazer e Tecnologias, <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> no momento pesquisa (apoiada pelo CNPq) sobre tecnologias<br />

digitais e música eletrônica. É autora <strong>de</strong> Baiana Internacional – As mediações culturais <strong>de</strong> Carmen Miranda<br />

(MIS – 2002); co-organiza<strong>do</strong>ra da coletânea Prazeres Digitais: computa<strong>do</strong>res, entretenimento e sociabilida<strong>de</strong> (epapers;<br />

2004); ten<strong>do</strong> publica<strong>do</strong> diversos artigos sobre tecnologias da comunicação, música e sociabilida<strong>de</strong>.

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