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Prezado - Curso de Música - Universidade Federal do Maranhão ...

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ENCONTRO DE PESQUISADORES EM COMUNICAÇÃO E MÚSICA POPULAR<br />

Abordagens interdisciplinares na pesquisa em música popular: arte, merca<strong>do</strong> e socieda<strong>de</strong>.<br />

26 a 28 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2010 – Campus <strong>do</strong> Bancanga – São Luis-MA<br />

7<br />

Mesmo com a música ten<strong>do</strong> sofri<strong>do</strong> evoluções em sua “aura”, como explicitou<br />

Benjamin, o que se observa hoje, é a “reutilização” <strong>de</strong> meios que na década <strong>de</strong> 50 estavam no<br />

auge da popularida<strong>de</strong> e, que, atualmente servem como ferramentas para elaboração <strong>de</strong> um<br />

novo som que vem a proporcionar uma mesclagem <strong>do</strong> antigo com o mo<strong>de</strong>rno.<br />

A cibercultura também está relacionada a esses processos <strong>de</strong> digitalização musical<br />

em que a “virtualização da música” vem ganhan<strong>do</strong> a<strong>de</strong>ptos que procuram acessibilida<strong>de</strong> e ser<br />

inseri<strong>do</strong> na cultura <strong>do</strong> digital. Clóvis e Rose Santini (2009) argumentam com Lévy (1999)<br />

que, “A „cibercultura‟ - isto é, a sinergia entre a esfera tecnológica das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação<br />

e a sociocultural - imprimiu um redimensionamento ao mun<strong>do</strong> da música advindas das<br />

técnicas <strong>de</strong> compressão em arquivos <strong>de</strong> áudio” (LÉVY, 1999).<br />

A palavra “virtual” significa força, ou seja, a virtualização conota um importante<br />

meio <strong>de</strong> interações vigentes no ciberespaço. Como o próprio Lévy cita metaforicamente que<br />

“a árvore está virtualmente presente na semente”, em que o virtual e o atual caminham juntos<br />

para <strong>de</strong>senvolvimento da cibercultura.<br />

Uma gran<strong>de</strong> parcela <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> exclusivamente <strong>do</strong>s seres<br />

sociais que, inseri<strong>do</strong>s no meio, se vêem em uma nova realida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s são<br />

formadas e construídas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s “imaginárias”, que o homem <strong>de</strong>tém <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> formar<br />

sua própria imagem ditada pela socieda<strong>de</strong> para aceitação nessa re<strong>de</strong>.<br />

Quan<strong>do</strong> uma pessoa, uma coletivida<strong>de</strong>, um ato, uma informação se virtualizam, eles<br />

se tornam “não presentes” se <strong>de</strong>sterritorializam. Uma espécie <strong>de</strong> <strong>de</strong>sengate e separa<br />

<strong>do</strong> espaço físico ou geográfico ordinário e da temporalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> relógio e <strong>do</strong><br />

calendário. É verda<strong>de</strong> que não são totalmente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong> espaço tempo <strong>de</strong><br />

referência, uma vez que <strong>de</strong>ve sempre se inserir em suporte físico e se atualizar aqui<br />

ou alhures, agora ou mais tar<strong>de</strong>. (LÉVY, 1996, pág. 21)<br />

“Os cibernautas não têm necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dinheiro porque sua comunida<strong>de</strong> já<br />

dispõe <strong>de</strong> um objeto constitutivo, virtual, <strong>de</strong>sterritorializa<strong>do</strong>, produtor <strong>de</strong> vínculo e cognitivo<br />

por sua própria natureza.” (LÉVY, 1996, pág. 129). Portanto, percebemos que com a<br />

compressão e armazenamento <strong>de</strong>sses arquivos permiti-se abrir um leque <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s<br />

comunicacionais em que a música está inserida através <strong>de</strong> suas re<strong>de</strong>s e influências i<strong>de</strong>ntitárias<br />

provenientes da cultura <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r.

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