21595 9.3 Port Layout - College and University Dialogue

LIVROS ● ● ● ● ● ● ●
The Bible as Literature,
por Daniel Reynaud (London:
Minerva Press, 1996: 166 págs.;
brochura).
REVISTO POR ED CHRISTIAN
Muitos compêndios de
“Bíblia como literatura” estão tão
cheios de dúvidas e preconceitos
contrários à operação de Deus que
qualquer que seja seu nível de
erudição, cristãos que amam a
Bíblia se sentem mal com eles.
The Bible as Literature, de Daniel Reynaud, segue uma
abordagem neutra. Ateus podem lé-lo sem escrúpulos, e
cristãos podem lê-lo sem serem arrastados ao método
histórico-crítico de interpretação bíblica. Reynaud mantém um
tom imparcial e objetivo que pode aquietar as suspeitas de
comissões de currículos em escolas do governo.
Reynaud ensina inglês no Avondale College, uma
instituição adventista do sétimo dia na Austrália. O livro
parece ser uma coleção de notas de classe, sem citações ou
índice ou bibliografia. Mas por que um professor de faculdade
adventista assumiria um ponto de vista “neutro” da Bíblia?
Talvez Reynaud moldou seu livro a um público secular.
O livro tem cinco seções. A primeira é uma introdução a
técnicas literárias, à história, geografia e cultura da Palestina,
e à tradução da Bíblia através dos séculos. Também trata de
narrativa na Bíblia, poesia, os evangelhos e retórica. A
segunda e a terceira seções são divididas em capítulos sobre
como abordar o gênero (tal como “narrativa”), e características
do gênero, com exemplos sobre como analisar passagens e
“estudos de casos” para estudo e discussão de grupo. As duas
seções finais são semelhantes, mas deixam fora os exemplos.
The Bible as Literature pode agradar professores que
querem começar com uma breve introdução ao tópico para
então concentrar sobre a Bíblia mesma. Pessoalmente não
recomendaria o livro para minhas classes. Estudantes em
universidades seculares, qualquer que seja sua filiação
denominacional, raramente desejam um conhecimento
“neutro” da Bíblia. Anelam pela força radical, sem
compromisso, que muda vidas da Palavra de Deus. O livro de
Reynaud é uma breve introdução a ferramentas e técnicas, mas
o estudo da Bíblia como “literatura” devia focalizar temas,
idéias e mensagem, todas elas aspectos válidos da análise
literária.
Ed Christian (Ph.D., Universidade de Nebraska) é professor de inglês e
ensina A Bíblia como História, Literatura do Velho Testamento, Literatura do
Novo Testamento e Ficção Apocalíptica na Kutztown University. Seu
endereço: Departamento de Inglês, Kutztown University, Kutztown, PA 19530;
E.U.A.
Endereço da editora: 195 Knightsbridge; London SW7 IRE;
Inglaterra.
Propuesta de un
paradigma adventista de
la psicología, por Roberto
Ouro Agromartin (Editorial
Universidad Adventista del
Plata, 1997; 213 págs;
brochura).
REVISTO POR NANCY J. CARBONELL
Propuesta de un paradigma
adventista de la psicología trata da
questão de como adventistas do
sétimo dia podem abordar as
descobertas psicológicas modernas.
Dada a tensão histórica entre religião e ciência, a tarefa não é
fácil.
Paradigmas em psicologia seguem modelos científicos.
Fundados sobre uma filosofia evolucionista, tais paradigmas
tendem a ignorar Deus como o Criador da vida humana. Este
livro aborda a psicologia de uma perspectiva cristã, levando
em conta a riqueza de material bíblico e o discernimento que
se acham nos escritos de Ellen White. Ouro, com um M.A. em
teologia e um Ph.D. em psicologia, é bem qualificado para a
tarefa. Ele rompe com os paradigmas estabelecidos em
psicologia e propõe um novo, que em espanhol ele chama de
PAP — “Paradigma Adventista da Psicologia”.
O livro tem quatro seções: (1) uma breve recapitulação
histórica das raízes filosóficas e biológicas da psicologia; (2)
uma breve revista e crítica dos paradigmas principais da
psicologia moderna (tratando das teorias psico-analíticas,
condutivista e cognitiva); (3) uma análise de como o estudioso
adventista interpreta os ensinos bíblicos sobre a origem e
natureza dos seres humanos; e (4) uma descrição detalhada do
paradigma proposto, levando a um modelo biológico,
psicológico, social e espiritual, que afinal leva a uma nova
psicologia, que ele chama de “Psicologia Neocognitiva”.
A seção final reúne de modo criativo textos bíblicos
sobre a natureza humana, e os discernimentos emprestados dos
escritos de Ellen White, e descobertas importantes em
psicologia dentro dos últimos 100 anos de pesquisa
psicológica.
Por vezes, o leitor pode ficar confuso ou perdido
tentando seguir o pensamento de todas as idéias abreviadas
usadas para definir aspectos diferentes do novo paradigma.
Talvez isto seja de esperar quando se explora um novo
território.
O autor reconhece que muito trabalho ainda resta a ser
feito. Ele convida o leitor a estudar o paradigma e a refiná-lo.
Aos interessados no estudo de psicologia de uma perspectiva
adventista, o livro é bom ponto de partida.
Nancy J. Carbonell (Ph.D., Andrews University) ensina na Andrews
University, e trabalha como psicóloga em clínica particular em Berrien
Springs, Michigan, E.U.A
.Endereço dos editores: Editorial Universidad Adventista del Plata,
3103 Libertador San Martin, Entre Rios, Argentina. Fax: 54 13 91 0300.
E-mail: uap@uapsatlink.net.
● ● ● ● ● ●
24
Diálogo 9:3—1997