Há um papel para os adventistas na polÃtica? - College and ...
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Á<br />
Há <strong>um</strong> <strong>papel</strong> <strong>para</strong> <strong>os</strong><br />
<strong>adventistas</strong> <strong>na</strong> política?<br />
Perguntas e resp<strong>os</strong>tas<br />
sobre <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
1844: coincidência<br />
ou providência?<br />
Como detectar e vencer<br />
a depressão<br />
O sol de Deus no palco<br />
3<br />
Vo l u m e 1 8
REPRESENTANTES REGIONAIS<br />
DIVISÃO AFRICANA MERIDIONAL-<br />
OCEANO ÍNDICO<br />
P.O. Box H.G., 100 Highl<strong>and</strong>s, Harare, ZIMBABWE<br />
Ellah Kamwendo, kamwendoe@sid.adventist.org<br />
Eugene Fransch, fransche@sid.adventist.org<br />
DIVISÃO AFRICANA OCIDENTAL<br />
22 Boîte P<strong>os</strong>tale 1764, Abidjan 22, COSTA DO<br />
MARFIM<br />
Chiemela Ikonne, 110525.1700@compuserve.com<br />
Emmanuel Nlo Nlo, 104474.235@compuserve.com<br />
DIVISÃO AFRICANA ORIENTAL<br />
P.O. Box 14756, 00800-Westl<strong>and</strong>s, Nairobi, QUÊNIA<br />
Hudson E. Kibuuka, kibuukah@ecd.adventist.org<br />
Mul<strong>um</strong>ba Tschimanga, bresilien54@yahoo.com<br />
DIVISÃO ÁSIA-PACÍFICO NORTE<br />
P.O. Box 43, Koyang Ilsan 411-600, CORÉIA<br />
Chek Yat Phoon, cyphoon@nsdadventist.org<br />
J<strong>os</strong>hua Shin, j<strong>os</strong>huashin@nsdadventist.org<br />
DIVISÃO ÁSIA-PACÍFICO SUL<br />
P.O. Box 040, 4118 Silang, Cavite, FILIPINAS<br />
Stephen Guptill, sguptill@ssd.org<br />
Jobbie Yabut, jyabut@ssd.org<br />
DIVISÃO EURO-AFRICANA<br />
Sch<strong>os</strong>shaldenstrasse 17, 3006 Ber<strong>na</strong>, SUÍÇA<br />
Roberto Bade<strong>na</strong>s, roberto.bade<strong>na</strong>s@euroafrica.org<br />
Corrado Cozzi, corrado.cozzi@euroafrica.org<br />
DIVISÃO EURO-ASIÁTICA<br />
Krasnoyarskaya Street 3, 107589 M<strong>os</strong>cou, FED. RUSSA<br />
Guillermo Biaggi, gebiaggi@esd-sda.ru<br />
Peter Sirotkin, psirotkin@ead-sad.ru<br />
DIVISÃO INTERAMERICANA<br />
P.O. Box 830518, Miami, FL 33283-0518, E.U.A.<br />
Moisés Velázquez, Velazquezmo@interamerica.org<br />
Ber<strong>na</strong>rdo Rodríguez, ber<strong>na</strong>rdo@interamerica.org<br />
DIVISÃO NORTE-AMERICANA<br />
12501 Old Col<strong>um</strong>bia Pike, Silver Spring, MD 20904-<br />
6600, E.U.A.<br />
Gerald Kovalski, Gerald.Kovalski@<strong>na</strong>d.adventist.org<br />
James Black, james.black@<strong>na</strong>d.adventist.org<br />
Martin Feldbush, martin.feldbush@<strong>na</strong>d.adventist.org<br />
DIVISÃO PACÍFICO SUL<br />
Locked Bag 2014, Wahroonga, N.S.W. 2076,<br />
AUSTRÁLIA<br />
Barry Hill, bhill@adventist.org.au<br />
Gilbert Cangy, grcangy@adventist.org.au<br />
DIVISÃO SUL-AMERICANA<br />
Caixa P<strong>os</strong>tal 02600, Brasília, 70279-970 DF, BRASIL<br />
Carl<strong>os</strong> Mesa, carl<strong>os</strong>.mesa@dsa.org.br<br />
Otimar Gonçalves, otimar.goncalves@dsa.org.br<br />
DIVISÃO SUL-ASIÁTICA<br />
P.O. Box 2, HCF H<strong>os</strong>ur, 635 110 Tamil Nadu, ÍNDIA<br />
Nageshwara Rao, g<strong>na</strong>geshwarrao@sud-adventist.org<br />
Lionel Lyngdoh, lyngdoh@sud-adventist.org<br />
DIVISÃO TRANS-EUROPÉIA<br />
119 St. Peter’s St., St. Albans, Herts, AL13EY,<br />
INGLATERRA<br />
Daniel Duda, dduda@ted-adventist.org<br />
Paul Tompkins, ptompkins@ted-adventist.org<br />
5<br />
9<br />
13<br />
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3<br />
4<br />
18<br />
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22<br />
24<br />
28<br />
28<br />
CONTEÚDO<br />
artig<strong>os</strong><br />
Há <strong>um</strong> <strong>papel</strong> <strong>para</strong> <strong>os</strong> <strong>adventistas</strong> <strong>na</strong> política?<br />
Embora não sejam<strong>os</strong> deste mundo, tem<strong>os</strong> a responsabilidade<br />
de fazer ouvir a voz de Deus em assunt<strong>os</strong> que preocupam<br />
este planeta.<br />
Jane Sabes<br />
Perguntas e resp<strong>os</strong>tas sobre <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
Como compreender o mistério d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> sob a<br />
perspectiva bíblica?<br />
Elaine Graham-Kennedy<br />
1844: coincidência ou providência?<br />
Muit<strong>os</strong> d<strong>os</strong> gr<strong>and</strong>es moviment<strong>os</strong> globais que surgiram por<br />
volta de 1844 desafiaram importantes verdades de Deus.<br />
Ron du Preez<br />
Como detectar e vencer a depressão<br />
Conheça dez pass<strong>os</strong> <strong>para</strong> prevenir ou superar a depressão,<br />
<strong>um</strong> mal que afeta cerca de 14% da população mundial.<br />
Mario Pereyra<br />
SeçÕes<br />
EDITORIAL<br />
O teste<br />
Ella Smith Simmons<br />
Cartas<br />
PerFIS<br />
Emily Akuno<br />
Hudson E. Kibuuka<br />
Jo<strong>na</strong>than Gallagher<br />
Bonita Joyner Shields<br />
Log<strong>os</strong><br />
Você é <strong>um</strong> verdadeiro<br />
discípulo de Cristo?<br />
Leah Jordache<br />
Ponto de vista<br />
Dez razões que me fazem<br />
permanecer adventista<br />
Dan Smith<br />
Em ação<br />
Conferência sobre<br />
criacionismo em Portugal<br />
Miguel A. Nunes<br />
Estudantes se encontram no<br />
Brasil <strong>para</strong> aprender e compartilhar<br />
Charlise Alves<br />
29<br />
30<br />
30<br />
32<br />
34<br />
35<br />
Estudantes <strong>adventistas</strong> ganenses<br />
organizam conferências bíblicas<br />
Erik Adjapong<br />
LivroS<br />
Beginnings: Are Science <strong>and</strong><br />
Scripture Partners in the Search for<br />
Origins? (Leo<strong>na</strong>rd Br<strong>and</strong>)<br />
Resenha de Timothy G. St<strong>and</strong>ish<br />
Misión y contextualización: Llevar<br />
el Mensaje Bíblico a un Mundo<br />
Multicultural. (Gerald A. Klingbeil)<br />
Resenha de Mario River<strong>os</strong><br />
Primeira pessoa<br />
O sol de Deus no palco<br />
Sunshine, conforme transmitido a<br />
Kay D. Rizzo<br />
fór<strong>um</strong> aberto<br />
O inferno existe?<br />
Ekkehardt Mueller<br />
Et Cetera<br />
Paulo fala à universidade<br />
Daniel Denk<br />
Inserção<br />
Intercâmbio<br />
DIÁLOGO 18•3 2006
EDITORIAL<br />
O teste<br />
Recentemente, enquanto procurava sermões ilustrativ<strong>os</strong> e histórias devocio<strong>na</strong>is,<br />
encontrei a seguinte anedota, p<strong>os</strong>sivelmente familiar <strong>para</strong> alguns, mas vale a pe<strong>na</strong><br />
repeti-la:<br />
No centro operatório de <strong>um</strong> gr<strong>and</strong>e h<strong>os</strong>pital, <strong>um</strong>a jovem enfermeira completava o<br />
seu primeiro dia de trabalho. “O senhor só removeu onze gazes, doutor, embora usam<strong>os</strong><br />
doze”, ela disse. “Removi todas. Fecharem<strong>os</strong> a incisão agora”, respondeu o cirurgião.<br />
“Não”, objetou a enfermeira, alert<strong>and</strong>o: “Usam<strong>os</strong> doze gazes.” “Eu ass<strong>um</strong>o a<br />
responsabilidade total”, disse o médico, já irritado. “Sutura!”. “Não pode fazer isso!”,<br />
protestou a enfermeira. “Pense no paciente.” O médico sorriu, levantou o pé e m<strong>os</strong>trou<br />
a décima segunda gaze. “Você será <strong>um</strong>a boa profissio<strong>na</strong>l”, disse. (Today in the Word,<br />
7 de abril, 1992).<br />
Veja, era só <strong>um</strong> teste sobre a integridade daquela jovem. Ellen White n<strong>os</strong> faz<br />
lembrar: “A maior necessidade do mundo é a de homens – homens que se não<br />
comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeir<strong>os</strong><br />
e honest<strong>os</strong>; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato;<br />
homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo;<br />
homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam <strong>os</strong> céus.”*<br />
N<strong>os</strong>sas decisões diárias têm gr<strong>and</strong>es conseqüências. É muito importante permanecerm<strong>os</strong><br />
firmes no que é certo, ainda que fiquem<strong>os</strong> sozinh<strong>os</strong>, ou tenham<strong>os</strong><br />
que contrariar aqueles que estão em p<strong>os</strong>ição superior. Qu<strong>and</strong>o você confronta as<br />
pessoas do seu meio social, do trabalho, ou autoridades, elas nem sempre aceitam.<br />
Mas se você se aproximar delas corretamente, elas geralmente respeitarão<br />
suas convicções e coragem.<br />
Tornei-me adventista do sétimo dia qu<strong>and</strong>o era <strong>um</strong>a adolescente, no segundo<br />
ano do Ensino Médio, em <strong>um</strong>a gr<strong>and</strong>e escola pública. Alguns de vocês podem<br />
imagi<strong>na</strong>r as piadinhas que faziam qu<strong>and</strong>o eu recusava certas comidas, ou não<br />
aceitava participar de atividades populares às sextas-feiras à noite e a<strong>os</strong> sábad<strong>os</strong>.<br />
Ainda assim, muit<strong>os</strong> d<strong>os</strong> meus colegas e professores demonstraram certa admiração<br />
pelas minhas decisões. De fato, antes de me formar, eles se esforçaram <strong>para</strong><br />
conciliar meus hábit<strong>os</strong> alimentares e minha p<strong>os</strong>ição acerca do sábado, a fim de<br />
assegurar a minha participação n<strong>os</strong> event<strong>os</strong>. Esse foi <strong>um</strong> teste de integridade e fé.<br />
Um teste similar pode ser encontrado no livro de Daniel. No primeiro capítulo,<br />
o rei instruiu o chefe d<strong>os</strong> oficiais da corte <strong>para</strong> que ensi<strong>na</strong>sse a língua e a<br />
literatura da Babilônia a Daniel e seus três amig<strong>os</strong>. Ele também designou <strong>um</strong>a<br />
quantidade diária de comida e vinho de sua própria mesa. Esse era o trei<strong>na</strong>mento<br />
<strong>para</strong> <strong>os</strong> jovens, por <strong>um</strong> período de três an<strong>os</strong>. Esses 36 meses são mais ou men<strong>os</strong><br />
o mesmo tempo que as pessoas passam <strong>na</strong> universidade, hoje em dia. Foi <strong>um</strong><br />
período crítico <strong>para</strong> aqueles jovens. Uma pesquisa m<strong>os</strong>tra que a permanência e<br />
sucesso no Ensino Superior dependem da habilidade do estudante em assimilar e<br />
se ajustar a <strong>um</strong>a nova cultura. Assim deve ter sido também no tempo de Daniel.<br />
A tentação era gr<strong>and</strong>e <strong>para</strong> assimilar a nova cultura e completar <strong>os</strong> estud<strong>os</strong> com<br />
sucesso. Mas Daniel e seus amig<strong>os</strong> se mantiveram firmes diante do teste.<br />
Qu<strong>and</strong>o contam<strong>os</strong> essa história, geralmente enfocam<strong>os</strong> que <strong>os</strong> jovens se recusaram<br />
a comer da comida e beber do vinho do rei. Aplaudim<strong>os</strong> <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> físic<strong>os</strong><br />
do teste, mas freqüentemente negligenciam<strong>os</strong> <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> intelectuais. Meu foco<br />
aqui realça a declaração de Daniel 1:17 (NVI): “A esses quatro jovens Deus deu<br />
sabedoria e inteligência <strong>para</strong> conhecerem tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> da cultura e da ciência. E<br />
Daniel, além disso, sabia interpretar todo tipo de visões e sonh<strong>os</strong>.”<br />
Esta revista inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de fé, pensamento e<br />
ação é publicada três vezes por ano em quatro<br />
edições <strong>para</strong>lelas (espanhol, francês, inglês e<br />
português) sob o patrocínio da Comissão de<br />
Apoio a Universitári<strong>os</strong> e Profissio<strong>na</strong>is Adventistas<br />
(Caupa), organismo da Associação Geral d<strong>os</strong><br />
Adventistas do Sétimo Dia.<br />
Vol<strong>um</strong>e 18, Número 3<br />
Copyright © 2006 pela Caupa.<br />
Tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> direit<strong>os</strong> reservad<strong>os</strong>.<br />
Diálogo afirma as crenças fundamentais da Igreja<br />
Adventista do Sétimo Dia e apóia sua missão. Os<br />
pont<strong>os</strong> de vista publicad<strong>os</strong> <strong>na</strong> revista, entretanto,<br />
representam o pensamento independente d<strong>os</strong><br />
autores.<br />
Equipe Editorial<br />
Editor-chefe H<strong>um</strong>berto M. Rasi<br />
Editor John M. Fowler<br />
Editor-Associado Martin Feldbush<br />
Assistente Editorial Susa<strong>na</strong> Schulz<br />
Edições Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is Susa<strong>na</strong> Schulz<br />
Secretári<strong>os</strong> editoriais inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is<br />
Corinne Egasse (Francês)<br />
Guilherme Silva (Português)<br />
Susa<strong>na</strong> Schulz (Espanhol)<br />
Correspondência Editorial<br />
Diálogo<br />
12501 Old Col<strong>um</strong>bia Pike<br />
Silver Spring, MD 20904-6600; EUA.<br />
Telefone 301 680-5060<br />
Fax 301 622-9627<br />
E-mail schulzs@gc.adventist.org<br />
Comissão (CAUPA)<br />
Presidente Ella Simmons<br />
Vice-Presidentes C. Garl<strong>and</strong> Dulan, Martin W.<br />
Feldbush, Baraka G. Mug<strong>and</strong>a<br />
Secretário H<strong>um</strong>berto M. Rasi<br />
Membr<strong>os</strong> Rex Edwards, John M. Fowler, Jo<strong>na</strong>than<br />
Gallagher, Clifford Goldstein, Linda Koh, Betti<strong>na</strong><br />
Krause, Kathleen Kuntaraf, Kermit Netteburg,<br />
Vernon B. Parmenter, Gerhard Pf<strong>and</strong>l, Roy Ryan,<br />
Gary B. Swanson<br />
Correspondência sobre circulação Deve<br />
ser dirigida ao Representante Regio<strong>na</strong>l da Caupa<br />
<strong>na</strong> região em que reside o leitor. Os nomes e<br />
endereç<strong>os</strong> destes representantes encontram-se<br />
<strong>na</strong> p. 2.<br />
Assi<strong>na</strong>turas US$13.00 por ano (três númer<strong>os</strong>,<br />
via aérea). Ver cupom <strong>na</strong> p. 10 <strong>para</strong> detalhes.<br />
Website http://dialogue.adventist.org<br />
Diálogo tem recebido correspondência de<br />
leitores de 117 países ao redor do mundo.<br />
Á<br />
Continua <strong>na</strong> p. 4<br />
DIÁLOGO 18•3 2006
CARTAS<br />
Agradecimento pelo<br />
comprometimento bíblico<br />
Como acadêmico, tornei-me <strong>um</strong><br />
leitor regular da revista Diálogo.<br />
Agradeço profundamente o seu comprometimento<br />
com o ponto de vista<br />
adventista sobre as questões apresentadas<br />
e discutidas. Em <strong>um</strong> tempo em<br />
que alguns cristã<strong>os</strong> se comprometem<br />
ou deixam ruir suas convicções, é<br />
animador encontrar <strong>um</strong>a revista que<br />
aborda assunt<strong>os</strong> difíceis com <strong>um</strong>a<br />
perspectiva bíblica, sem hesitação. Sou<br />
pessoalmente interessado <strong>na</strong> área de<br />
Criação/Evolução, em que a Diálogo<br />
publica artig<strong>os</strong> com certa freqüência.<br />
O conceito de Design Inteligente está<br />
fornecendo arg<strong>um</strong>ent<strong>os</strong> adicio<strong>na</strong>is <strong>para</strong><br />
<strong>os</strong> que acreditam <strong>na</strong> Criação exatamente<br />
como está escrito n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong><br />
dois capítul<strong>os</strong> do livro de Gênesis. É<br />
encorajador ver como evolucionistas<br />
ateus estão começ<strong>and</strong>o a ass<strong>um</strong>ir <strong>um</strong>a<br />
p<strong>os</strong>tura defensiva já que a ciência está<br />
cada vez mais provendo evidências de<br />
<strong>um</strong> design e <strong>um</strong>a maravilh<strong>os</strong>a Mente<br />
criativa por trás da intrincada fábrica<br />
do Universo. Meu agradecimento a<br />
toda a equipe responsável pela publicação<br />
da Diálogo. Milhares de leitores<br />
precisam disso!<br />
Paul Pichot, Ph.D.<br />
Reitor da Universidade<br />
Adventista Zurcher<br />
Antsirabe, MADAGÁSCAR<br />
Escreva-n<strong>os</strong>!<br />
Recebem<strong>os</strong> seus comentári<strong>os</strong>, reações e<br />
perguntas, mas, por favor, limite suas cartas<br />
a 200 palavras. Escreva <strong>para</strong>:<br />
DIALOGUE LETTERS<br />
12501 Old Col<strong>um</strong>bia Pike<br />
Silver Spring MD 20904 EUA.<br />
FAX 301 622 9627<br />
E-mail schulzs@gc.adventist.org<br />
As cartas selecio<strong>na</strong>das <strong>para</strong> publicação<br />
podem ser editadas <strong>para</strong> maior clareza<br />
ou necessidade de espaço.<br />
É necessário maior envolvimento<br />
d<strong>os</strong> <strong>adventistas</strong><br />
Estive acompanh<strong>and</strong>o com interesse<br />
a controvérsia sobre o ensino da teoria<br />
do Design Inteligente como <strong>um</strong>a hipótese<br />
<strong>para</strong> a origem da vida, n<strong>os</strong> colégi<strong>os</strong><br />
públic<strong>os</strong> norte-american<strong>os</strong>, junto com<br />
o espontâneo aparecimento da mesma.<br />
Este assunto tem sido discutido n<strong>os</strong><br />
mei<strong>os</strong> de ensino, anunciado pela<br />
mídia, e tem alcançado <strong>os</strong> tribu<strong>na</strong>is<br />
em muit<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> norte-american<strong>os</strong>.<br />
Até o momento, o consenso científico,<br />
comprometido com cenári<strong>os</strong> evolucionistas<br />
e respaldado por advogad<strong>os</strong><br />
habilid<strong>os</strong><strong>os</strong>, tem sido capaz de conter<br />
tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> desafi<strong>os</strong>. O <strong>na</strong>turalismo fil<strong>os</strong>ófico<br />
ainda rei<strong>na</strong> com supremacia.<br />
Outras interpretações alter<strong>na</strong>tivas são<br />
consideradas não-científicas ou superstici<strong>os</strong>as.<br />
Onde está a voz d<strong>os</strong> <strong>adventistas</strong><br />
nestas discussões públicas? Muit<strong>os</strong><br />
cientistas cristã<strong>os</strong> estão se envolvendo<br />
com a teoria do Design Inteligente e<br />
têm publicado vári<strong>os</strong> artig<strong>os</strong> e livr<strong>os</strong><br />
sobre o assunto. Acredito firmemente<br />
que <strong>os</strong> pesquisadores e cientistas<br />
<strong>adventistas</strong> comprometid<strong>os</strong> com a<br />
Criação têm o conhecimento e a credibilidade<br />
<strong>para</strong> fornecer arg<strong>um</strong>ent<strong>os</strong> que<br />
sustentem a verdade. Eles poderiam<br />
fazer mais <strong>para</strong> reforçar a aceitação<br />
pública de <strong>um</strong>a crença racio<strong>na</strong>l no<br />
Design Inteligente.<br />
Harold May<br />
Hinsdale, Illinois<br />
EUA<br />
Os editores respondem:<br />
Concordam<strong>os</strong> com o seu desejo de que<br />
haja mais cientistas <strong>adventistas</strong> comprometid<strong>os</strong><br />
nestas discussões que estão se<br />
tor<strong>na</strong>ndo mais importantes. A revista<br />
Diálogo publica em cada edição pelo<br />
men<strong>os</strong> <strong>um</strong> artigo sobre a Criação diante<br />
de <strong>um</strong>a perspectiva científica e também<br />
revisa importantes livr<strong>os</strong> escrit<strong>os</strong> por autores<br />
<strong>adventistas</strong> sobre o assunto. Estes são<br />
lid<strong>os</strong> por milhares de futur<strong>os</strong> cientistas<br />
que estão estud<strong>and</strong>o em universidades<br />
ao redor do mundo. Você pode encontrar<br />
artig<strong>os</strong> anteriores e revisões publicadas<br />
<strong>na</strong> Diálogo acess<strong>and</strong>o o n<strong>os</strong>so website:<br />
http://dialogue.adventist.org. A Igreja<br />
Adventista do Sétimo Dia também patroci<strong>na</strong><br />
o Ge<strong>os</strong>cience Research Institute no<br />
qual o staff qualificado está direcio<strong>na</strong>do<br />
a questões envolvendo as origens. Acesse o<br />
website, que oferece recurs<strong>os</strong> <strong>para</strong> cristã<strong>os</strong><br />
que acreditam <strong>na</strong> Bíblia, como você:<br />
www.grisda.org.<br />
Editorial<br />
Continuação da p. 3<br />
Este pronunciamento representa <strong>um</strong>a<br />
promessa a você, hoje. Como <strong>um</strong> cristão<br />
adventista, estud<strong>and</strong>o talvez pela<br />
primeira vez n<strong>um</strong>a instituição de ensino<br />
que opera fora de sua esfera espiritual,<br />
você tem <strong>um</strong>a gr<strong>and</strong>e oportunidade em<br />
testemunhar <strong>para</strong> Deus ao se p<strong>os</strong>icio<strong>na</strong>r<br />
firmemente em sua fé, enquanto vive<br />
essas verdades e valores. Então, eu lhe<br />
peço que (1) busque primeiro a Deus e<br />
a Sua retidão em todas as situações, (2)<br />
esforce-se <strong>para</strong> atingir a excelência acadêmica<br />
ao lado de Deus, que é o doador<br />
de todo o conhecimento e sabedoria,<br />
Seu Professor, (3) peça a orientação de<br />
Deus em sua vida a cada dia e (4) ore<br />
diariamente pela proteção constante<br />
dEle e <strong>para</strong> tomar decisões e agir fielmente.<br />
Ouse ser <strong>um</strong> Daniel, até mesmo<br />
em temp<strong>os</strong> de provações mais duras,<br />
qu<strong>and</strong>o você sentir que foi lançado <strong>na</strong><br />
cova de <strong>um</strong> leão. Jesus estará com você,<br />
confie nEle. Deus o abençoe enquanto<br />
você se dedica a<strong>os</strong> estud<strong>os</strong> e vai em<br />
busca de seus sonh<strong>os</strong>.<br />
*Ellen G. White. Educação. 9. ed. Tatuí: Casa<br />
Publicadora Brasileira, 2003. p. 57.<br />
Ella Smith Simmons (Ed.D.,<br />
Universidade de Louisville) é vicepresidente<br />
da Associação Geral da<br />
Igreja Adventista do Sétimo Dia em<br />
Silver Spring, Maryl<strong>and</strong>, EUA, e preside<br />
o Comitê da Caupa responsável<br />
pela publicação da Diálogo.<br />
DIÁLOGO 18•3 2006
Há <strong>um</strong> <strong>papel</strong> <strong>para</strong> <strong>os</strong> <strong>adventistas</strong> <strong>na</strong> política?<br />
Jane Sabes<br />
Embora não sejam<strong>os</strong><br />
deste mundo, tem<strong>os</strong> a<br />
responsabilidade de fazer<br />
ouvir a voz de Deus em<br />
assunt<strong>os</strong> que preocupam<br />
este planeta.<br />
Abraão, J<strong>os</strong>é, Ester, Daniel e Moisés.<br />
Nomes familiares a quase tod<strong>os</strong>. Mas<br />
considere por <strong>um</strong> momento como esses<br />
e outr<strong>os</strong> perso<strong>na</strong>gens bíblic<strong>os</strong> foram<br />
impelid<strong>os</strong> <strong>para</strong> o centro do palco.<br />
Considere também as significativas<br />
bênçã<strong>os</strong> dadas ao mundo como resultado<br />
de sua atuação política.<br />
J<strong>os</strong>é exerceu o dom divino de interpretar<br />
sonh<strong>os</strong> ao predizer sete an<strong>os</strong> de<br />
pr<strong>os</strong>peridade <strong>para</strong> o Egito, seguid<strong>os</strong> de<br />
igual número de an<strong>os</strong> de fome devastadora.<br />
Ele elaborou <strong>um</strong> plano <strong>para</strong> pôr a<br />
salvo a <strong>na</strong>ção e seus habitantes durante<br />
<strong>os</strong> temp<strong>os</strong> de carência. Recompensado<br />
por seu sábio conselho, foi desig<strong>na</strong>do<br />
chefe de Estado, o segundo após o rei.<br />
“Por que razão quis o Senhor exaltar a<br />
J<strong>os</strong>é tão gr<strong>and</strong>emente entre <strong>os</strong> egípci<strong>os</strong>?<br />
Ele poderia ter provido outro meio<br />
<strong>para</strong> o c<strong>um</strong>primento de Seus propósit<strong>os</strong><br />
em relação a<strong>os</strong> filh<strong>os</strong> de Jacó; mas<br />
desejou fazer de J<strong>os</strong>é <strong>um</strong>a luz, e colocou-o<br />
no palácio do rei, a fim de que a<br />
il<strong>um</strong>i<strong>na</strong>ção celeste pudesse estender-se<br />
longe e perto... Assim também, <strong>na</strong><br />
pessoa de Moisés, Deus pôs <strong>um</strong>a luz ao<br />
lado do trono do maior reino da Terra,<br />
a fim de que tod<strong>os</strong> que o quisessem<br />
pudessem aprender acerca do Deus<br />
verdadeiro e vivo.” 1<br />
Semelhante à experiência de J<strong>os</strong>é,<br />
foi a de Daniel e seus três amig<strong>os</strong>.<br />
Vendo nesses jovens <strong>um</strong>a promessa de<br />
notável capacidade, Nabucodon<strong>os</strong>or<br />
determinou que eles f<strong>os</strong>sem trei<strong>na</strong>d<strong>os</strong><br />
<strong>para</strong> ocupar importantes p<strong>os</strong>ições em<br />
seu reino. “Eis o cativo judeu [Daniel],<br />
calmo e senhor de si, <strong>na</strong> presença do<br />
mo<strong>na</strong>rca do mais poder<strong>os</strong>o império<br />
do mundo... O Rei d<strong>os</strong> reis estava a<br />
ponto de comunicar gr<strong>and</strong>e verdade ao<br />
mo<strong>na</strong>rca babilônico.” 2 E, recompensado<br />
por seu vali<strong>os</strong>o serviço, “o rei colocou<br />
Daniel n<strong>um</strong> alto cargo e o cobriu<br />
de presentes. Ele o designou gover<strong>na</strong>nte<br />
de toda a província da Babilônia e o<br />
encarregou de tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> sábi<strong>os</strong> da província.<br />
Além disso, a pedido de Daniel,<br />
o rei nomeou Sadraque, Mesaque<br />
e Abede-Nego administradores da<br />
província da Babilônia, enquanto o<br />
próprio Daniel permanecia <strong>na</strong> corte do<br />
rei” (Daniel 2:48, 49 – NVI).<br />
A linhagem de pied<strong>os</strong><strong>os</strong> indivídu<strong>os</strong><br />
do Antigo Testamento empregad<strong>os</strong><br />
no serviço público continua com<br />
Esdras. Seu exemplo, “enquanto vivia<br />
entre <strong>os</strong> judeus que permaneceram<br />
em Babilônia, foi tão excepcio<strong>na</strong>l<br />
que atraiu a favorável atenção do<br />
rei Artaxerxes, com quem ele falou<br />
livremente com respeito ao poder<br />
do Deus do Céu... Era tão gr<strong>and</strong>e a<br />
confiança do rei <strong>na</strong> integridade de<br />
Esdras, que lhe m<strong>os</strong>trou marcado<br />
favor, aceit<strong>and</strong>o o seu pedido, e outorg<strong>and</strong>o-lhe<br />
ric<strong>os</strong> dons <strong>para</strong> o serviço<br />
do templo. Ele o tornou <strong>um</strong> especial<br />
representante do Reino Medo-Persa,<br />
e conferiu-lhe extensiv<strong>os</strong> poderes....” 3<br />
Semelhantemente, Neemias, o copeiro<br />
do rei Artaxerxes, era “admitido livremente<br />
à presença real. Em virtude de<br />
sua p<strong>os</strong>ição, e graças a suas habilidades<br />
e fidelidade, ele se tor<strong>na</strong>ra amigo e<br />
conselheiro do rei.” 4<br />
Obadias, outro devoto crente em<br />
Deus, foi nomeado responsável pelo<br />
palácio do rei Acabe (I Reis 18). Ele<br />
permaneceu fiel a Deus, independentemente<br />
de sua p<strong>os</strong>ição diante do mais<br />
ímpio rei de Israel. Além disso, por<br />
causa de sua p<strong>os</strong>ição de confiança,<br />
Obadias foi capaz de abrigar e alimentar<br />
cem profetas de Deus durante <strong>os</strong><br />
três an<strong>os</strong> e meio de carestia da <strong>na</strong>ção.<br />
Houve também Ester, escolhida por<br />
providência divi<strong>na</strong> <strong>para</strong> ser rainha do<br />
Império Medo-Persa. Nessa p<strong>os</strong>ição,<br />
frustrou <strong>os</strong> plan<strong>os</strong> de Hamã <strong>para</strong> extermi<strong>na</strong>r<br />
o povo de Deus. E, por informar<br />
<strong>um</strong>a tentativa contra a vida do rei<br />
Assuero, o tio de Ester, Mardoqueu,<br />
ass<strong>um</strong>iu a p<strong>os</strong>ição anteriormente ocupada<br />
por Hamã. O rei o recompensou,<br />
“promovendo-o e d<strong>and</strong>o-lhe <strong>um</strong>a p<strong>os</strong>ição<br />
mais elevada do que a de tod<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />
demais nobres” (Ester 3:1 – NVI). 5<br />
Em contraste com o Antigo<br />
Testamento, <strong>os</strong> escritores do Novo<br />
Testamento exploram mais o reino da<br />
justiça. Todavia, o Novo Testamento<br />
continua d<strong>and</strong>o o perfil de pessoas<br />
envolvidas em negóci<strong>os</strong> públic<strong>os</strong>.<br />
Vejam<strong>os</strong> a história de Zaqueu. A Bíblia<br />
relata a dramática mudança operada<br />
em sua vida (Lucas 19). Como resultado<br />
do encontro com Cristo, teve o<br />
caráter transformado, pass<strong>and</strong>o a c<strong>um</strong>prir<br />
<strong>os</strong> deveres com fidelidade. E não<br />
há nenh<strong>um</strong>a evidência que sugira que<br />
Cristo intimou Zaqueu a ab<strong>and</strong>o<strong>na</strong>r<br />
seu cargo de chefe d<strong>os</strong> cobradores de<br />
imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>, em Jericó.<br />
Então tem<strong>os</strong> a vida de John<br />
Wycliffe, <strong>um</strong> cristão de temp<strong>os</strong> mais<br />
recentes, que mantinha vári<strong>os</strong> carg<strong>os</strong><br />
gover<strong>na</strong>mentais. Ellen White comenta:<br />
“Qu<strong>and</strong>o agia como capelão do rei,<br />
ass<strong>um</strong>iu ousada atitude contra o pagamento<br />
do tributo que o papa pretendia<br />
do mo<strong>na</strong>rca inglês... As exigências do<br />
papa tinham excitado gr<strong>and</strong>e indig<strong>na</strong>ção<br />
e <strong>os</strong> ensin<strong>os</strong> de Wycliffe exerceram<br />
influência sobre o espírito d<strong>os</strong> dirigentes<br />
do país... De novo foi Wycliffe<br />
chamado <strong>para</strong> defender <strong>os</strong> direit<strong>os</strong> da<br />
coroa inglesa contra as usurpações de<br />
Roma; e, sendo desig<strong>na</strong>do embaixador<br />
real, passou dois an<strong>os</strong> <strong>na</strong> Hol<strong>and</strong>a...<br />
Logo depois de sua volta à Inglaterra,<br />
Wycliffe recebeu do rei nomeação <strong>para</strong><br />
a reitoria de Lutterworth. Isto correspondia<br />
a <strong>um</strong>a prova de que o mo<strong>na</strong>rca<br />
ao men<strong>os</strong> não se desagradara de sua<br />
maneira franca no falar. A influência<br />
de Wycliffe foi sentida no moldar a<br />
ação da corte, bem como a crença da<br />
<strong>na</strong>ção.” 6<br />
Através das eras, <strong>os</strong> seguidores de<br />
Cristo têm influenciado as autoridades.<br />
O que essas pessoas tinham em<br />
com<strong>um</strong> era <strong>um</strong> caráter isento de reprovação,<br />
respeito <strong>para</strong> com <strong>os</strong> líderes<br />
temporais e sensibilidade à voz divi<strong>na</strong>.<br />
Sua vida exemplar põe em relevo o<br />
DIÁLOGO 18•3 2006
valor d<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> que ocupam carg<strong>os</strong><br />
públic<strong>os</strong>.<br />
A despeito d<strong>os</strong> exempl<strong>os</strong> bíblic<strong>os</strong>,<br />
existe gr<strong>and</strong>e divergência de pensamento<br />
com relação ao nível de<br />
envolvimento cristão <strong>na</strong> política. O<br />
pensamento d<strong>os</strong> crentes em relação<br />
ao Estado parece <strong>os</strong>cilar entre dois<br />
extrem<strong>os</strong>. Por <strong>um</strong> lado há aqueles que,<br />
como as Testemunhas de Jeová, se<br />
desassociam de qualquer coisa política,<br />
evit<strong>and</strong>o todas as formas de participação,<br />
inclusive a votação, o serviço<br />
militar, ou o exercício de carg<strong>os</strong> públic<strong>os</strong>,<br />
com base em sua convicção de que<br />
“tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> govern<strong>os</strong> estão sob o controle<br />
de Satanás”. 7 Isso está em agudo<br />
contraste com a Igreja Católica, que<br />
regularmente apresenta p<strong>os</strong>ições sobre<br />
justiça social e política, desig<strong>na</strong>ndo o<br />
Gabinete de Ligação com o Governo<br />
<strong>para</strong> representar a p<strong>os</strong>ição da Igreja<br />
perante o Congresso norte-americano, 8<br />
e mantendo <strong>um</strong> site <strong>na</strong> Internet por<br />
meio do qual dá informações sobre as<br />
p<strong>os</strong>ições mantidas pela Igreja em várias<br />
Diálogo grátis<br />
<strong>para</strong> você!<br />
Se você é <strong>um</strong> estudante adventista do<br />
sétimo dia que freqüenta faculdade ou universidade<br />
não-adventista, a Igreja tem <strong>um</strong><br />
plano que lhe permitirá receber gratuitamente<br />
a revista Diálogo enquanto você estiver<br />
estud<strong>and</strong>o (aqueles que não são mais<br />
estudantes podem assi<strong>na</strong>r Diálogo us<strong>and</strong>o o<br />
cupom da pági<strong>na</strong> 6). Entre em contato com<br />
o diretor do Departamento de Educação<br />
ou do Departamento de Jovens de sua<br />
União, e peça que seu nome seja colocado<br />
<strong>na</strong> lista de distribuição da revista. Forneça<br />
seu nome completo, endereço, faculdade ou<br />
universidade onde está estud<strong>and</strong>o, o curso<br />
que está fazendo e o nome da igreja onde<br />
você é membro. Você pode também escrever<br />
<strong>para</strong> <strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> representantes regio<strong>na</strong>is<br />
n<strong>os</strong> endereç<strong>os</strong> indicad<strong>os</strong> <strong>na</strong> pági<strong>na</strong> 2, anex<strong>and</strong>o<br />
<strong>um</strong>a cópia da carta que enviou a<strong>os</strong><br />
diretores da União já mencio<strong>na</strong>d<strong>os</strong>. Caso<br />
<strong>os</strong> pass<strong>os</strong> acima não produzirem nenh<strong>um</strong><br />
resultado, você poderá contatar-n<strong>os</strong> via<br />
e-mail: schulzs@gc.adventist.org<br />
questões políticas. 9 Há, ainda, aqueles<br />
que ocupam p<strong>os</strong>ições de extrema-direita,<br />
trabalh<strong>and</strong>o <strong>para</strong> estabelecer o reino<br />
de Cristo como <strong>um</strong> domínio terrestre,<br />
<strong>um</strong>a teocracia moder<strong>na</strong>.<br />
Estrangeir<strong>os</strong> e peregrin<strong>os</strong><br />
Como igreja, <strong>os</strong> <strong>adventistas</strong> do sétimo<br />
dia manifestam ambivalência em<br />
relação à participação política, com<br />
<strong>um</strong>a exceção: a defesa da liberdade<br />
religi<strong>os</strong>a. Mais problemática parece ser<br />
a interpretação e aplicação de cinco<br />
passagens bíblicas. A primeira refere-se<br />
a cristã<strong>os</strong> como “estrangeir<strong>os</strong> e peregrin<strong>os</strong>”<br />
<strong>na</strong> Terra (Hebreus 11:13-16;<br />
Filipenses 3:20-21). Semelhantemente,<br />
<strong>os</strong> hin<strong>os</strong> de igreja fazem referência<br />
a<strong>os</strong> filh<strong>os</strong> de Deus “peregrin<strong>os</strong>”. Mas,<br />
deveriam essas referências a “outro<br />
mundo” levar alguém a concluir que <strong>os</strong><br />
crentes não têm nenh<strong>um</strong>a responsabilidade<br />
moral com sua presente morada<br />
terrestre?<br />
Cristo foi desafiado nesse ponto<br />
– sobre onde a lealdade do cristão<br />
deve ser p<strong>os</strong>ta. A pergunta feita era:<br />
“A quem devem ser pag<strong>os</strong> <strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>:<br />
a Deus ou a César?”. Ela foi feita<br />
n<strong>um</strong>a oportunidade em que o Mestre<br />
apresentava o conceito da dupla cidadania.<br />
Ele declarou de modo claro que<br />
amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> rein<strong>os</strong> merecem n<strong>os</strong>sa fidelidade<br />
(Mateus 22:15-22; ver também<br />
Roman<strong>os</strong> 13). Os cristã<strong>os</strong> devem obedecer<br />
às leis do país e apoiar iniciativas<br />
<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is, qu<strong>and</strong>o essas não violam a<br />
consciência, enquanto dão atenção a<br />
<strong>um</strong>a mais elevada e celeste comissão (II<br />
Corínti<strong>os</strong> 5:20).<br />
O <strong>papel</strong> divino n<strong>os</strong> poderes<br />
terren<strong>os</strong><br />
O segundo desafio bíblico com o<br />
qual <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> se de<strong>para</strong>m é diferenciar<br />
o <strong>papel</strong> divino do n<strong>os</strong>so em<br />
relação a<strong>os</strong> govern<strong>os</strong> terren<strong>os</strong>. Uma vez<br />
que é obra de Deus estabelecer e remover<br />
gover<strong>na</strong>ntes (Daniel 2), isso não<br />
tor<strong>na</strong> desnecessário o envolvimento do<br />
cristão no processo político, até mesmo<br />
sua interferência?<br />
De fato, é verdade que todas as<br />
autoridades gover<strong>na</strong>m tão-somente<br />
pela permissão divi<strong>na</strong>. Considere, por<br />
exemplo, o controle que Deus exerceu<br />
sobre o orgulh<strong>os</strong>o rei Nabucodon<strong>os</strong>or.<br />
Certo dia, caminh<strong>and</strong>o no terraço do<br />
palácio real, ele disse: “‘Acaso não é<br />
esta a gr<strong>and</strong>e Babilônia que eu construí<br />
como a capital do meu reino, com o<br />
meu enorme poder e <strong>para</strong> a glória da<br />
minha majestade?’ As palavras ainda<br />
estavam n<strong>os</strong> seus lábi<strong>os</strong> qu<strong>and</strong>o veio<br />
do céu <strong>um</strong>a voz que disse: ‘É isto<br />
que está decretado quanto a você, rei<br />
Nabucodon<strong>os</strong>or: Sua autoridade real<br />
lhe foi tirada. Você será expulso do<br />
meio d<strong>os</strong> homens, viverá com <strong>os</strong> animais<br />
selvagens e comerá capim como<br />
<strong>os</strong> bois. Passarão sete temp<strong>os</strong> até que<br />
admita que o Altíssimo domi<strong>na</strong> sobre<br />
<strong>os</strong> rein<strong>os</strong> d<strong>os</strong> homens e <strong>os</strong> dá a quem<br />
quer’” (Daniel 4:29-32 – NVI). Essa<br />
história demonstra claramente o poder<br />
divino sobre <strong>os</strong> poder<strong>os</strong><strong>os</strong>.<br />
Mas o profeta Miquéias (6:8) chama<br />
a atenção <strong>para</strong> n<strong>os</strong>sas importantes responsabilidades<br />
como crentes – praticar<br />
a justiça e a misericórdia e <strong>and</strong>ar com<br />
muita h<strong>um</strong>ildade. Semelhantemente, o<br />
profeta Amós (5:24 – NVI) exigiu que<br />
corresse “a retidão como <strong>um</strong> rio, a justiça<br />
como <strong>um</strong> ribeiro perene!”. Seria,<br />
então, de boa consciência, que <strong>os</strong> bons<br />
samaritan<strong>os</strong> encontrassem repetidamente<br />
vítimas à margem da estrada<br />
sem se perguntar como reduzir a taxa<br />
de crimi<strong>na</strong>lidade? Seriam <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong><br />
considerad<strong>os</strong> responsáveis se diariamente<br />
dessem pão ao faminto e, todavia,<br />
não observassem a política econômica<br />
do país e <strong>os</strong> métod<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> quais<br />
ela pudesse ser aprimorada? Ajudar a<br />
formular políticas públicas é <strong>um</strong> caminho<br />
<strong>para</strong> cristã<strong>os</strong> darem evidência de<br />
sua fé por meio das obras, m<strong>os</strong>tr<strong>and</strong>o<br />
preocupação pel<strong>os</strong> outr<strong>os</strong>.<br />
Não se unir a<strong>os</strong> descrentes<br />
A terceira advertência dada por<br />
aqueles que procuram dissuadir <strong>os</strong><br />
cristã<strong>os</strong> de aceitar carg<strong>os</strong> públic<strong>os</strong> é de<br />
não se colocar em jugo desigual com<br />
<strong>os</strong> incrédul<strong>os</strong> (II Corínti<strong>os</strong> 6:14-17). A<br />
preocupação é que a adesão ao mundo<br />
DIÁLOGO 18•3 2006
faria com que a pessoa se tor<strong>na</strong>sse espiritualmente<br />
contami<strong>na</strong>da ou comprometesse<br />
princípi<strong>os</strong>.<br />
Um teólogo que trata da aplicação<br />
desse princípio bíblico é Ro<strong>na</strong>ld<br />
Thiemann, decano da Harvard<br />
University’s Divinity School. Ele escreve<br />
que “precisamente porque <strong>um</strong>a<br />
sociedade pluralista requer conversação<br />
e intercâmbio com aqueles que estão<br />
n<strong>um</strong> espaço público ‘diferente’, isso<br />
provê <strong>um</strong> contexto no qual a fé busca<br />
entendimento mediante o diálogo com<br />
pessoas mantendo comprometiment<strong>os</strong><br />
divers<strong>os</strong>”. 10 A praça pública permite<br />
<strong>um</strong> desafiante, porém, gratificante<br />
fór<strong>um</strong>, onde o cristão deve seguir a<br />
advertência de Cristo <strong>para</strong> ser simples<br />
como as pombas e prudente como as<br />
serpentes (Mateus 10:16).<br />
O reino e o mundo<br />
O quarto arg<strong>um</strong>ento apresentado<br />
contra a entrada d<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> <strong>na</strong> política<br />
baseia-se <strong>na</strong>s próprias palavras<br />
de Cristo: “O Meu reino não é deste<br />
mundo” (João 18:36 – NVI). Há referência<br />
ao comentário de Ellen White<br />
de que “o governo sob que Jesus viveu<br />
era corrupto e opressivo; clamavam de<br />
todo lado <strong>os</strong> abus<strong>os</strong> – extorsões, intolerância<br />
e abusiva crueldade. Não obstante,<br />
o Salvador não tentou nenh<strong>um</strong>a<br />
reforma civil. Não atacou nenh<strong>um</strong><br />
abuso <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, nem condenou <strong>os</strong> inimig<strong>os</strong><br />
da <strong>na</strong>ção. Não interferiu com a<br />
autoridade nem com a administração<br />
d<strong>os</strong> que se achavam no poder. Aquele<br />
que foi o n<strong>os</strong>so exemplo conservou-Se<br />
afastado d<strong>os</strong> govern<strong>os</strong> terrestres. Não<br />
porque f<strong>os</strong>se indiferente às misérias do<br />
homem, mas porque o remédio não<br />
residia em medidas meramente h<strong>um</strong>a<strong>na</strong>s<br />
e exter<strong>na</strong>s. Para ser eficiente, a cura<br />
deve atingir o próprio homem, individualmente,<br />
e regenerar o coração”. 11<br />
Nenh<strong>um</strong> cristão contestaria o fato<br />
de que a h<strong>um</strong>anidade não pode ser<br />
“melhorada” por mei<strong>os</strong> legislativ<strong>os</strong><br />
ou decret<strong>os</strong> gover<strong>na</strong>mentais. Antes, é<br />
<strong>um</strong> coração transformado que muda<br />
o caráter, comportamento, situações e<br />
assim, a sociedade. Mas essa declaração<br />
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
de Ellen White não tem a intenção de<br />
limitar as áreas <strong>na</strong>s quais <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong><br />
devem trabalhar e testemunhar.<br />
Efetivamente, descobrim<strong>os</strong> Ellen<br />
White fal<strong>and</strong>o publicamente e escrevendo<br />
extensivamente em favor de<br />
medidas municipais em prol do fechamento<br />
d<strong>os</strong> bares, 12 contra decret<strong>os</strong><br />
dominicais, 13 contra o “pecado de<br />
escravidão”. 14 Ela também falou em<br />
defesa d<strong>os</strong> <strong>adventistas</strong> do sétimo dia<br />
durante a Guerra Civil America<strong>na</strong>,<br />
ameaçad<strong>os</strong> de convocação militar. 15<br />
Além disso, ela deu a seguinte mensagem<br />
de encorajamento a<strong>os</strong> jovens<br />
que contemplavam a política como<br />
<strong>um</strong>a vocação cristã: “Querida juventude,<br />
qual é o alvo e propósito de v<strong>os</strong>sa<br />
vida? Tendes a ambição de educar-v<strong>os</strong><br />
<strong>para</strong> poderdes ter nome e p<strong>os</strong>ição no<br />
mundo? Tendes pensament<strong>os</strong> que não<br />
ousais exprimir, de poderdes <strong>um</strong> dia<br />
alcançar as alturas da gr<strong>and</strong>eza intelectual;<br />
de poderdes assentar-v<strong>os</strong> em<br />
conselh<strong>os</strong> deliberativ<strong>os</strong> e legislativ<strong>os</strong>,<br />
cooper<strong>and</strong>o <strong>na</strong> elaboração de leis <strong>para</strong><br />
a <strong>na</strong>ção? Nada há de errado nessas<br />
aspirações. Podeis, cada <strong>um</strong> de vós,<br />
estabelecer <strong>um</strong> alvo. Não v<strong>os</strong> deveis<br />
contentar com realizações mesquinhas.<br />
Aspirai à altura, e não v<strong>os</strong> poupeis trabalh<strong>os</strong><br />
<strong>para</strong> alcançá-la.” 16<br />
Sua vida demonstrou que há <strong>um</strong><br />
chamado ao envolvimento cristão <strong>na</strong><br />
política, <strong>na</strong>scido não de partidarism<strong>os</strong>,<br />
mas de <strong>um</strong>a cuidad<strong>os</strong>a revisão d<strong>os</strong><br />
assunt<strong>os</strong> e de ação responsável.<br />
Realmente, há proibições específicas<br />
feitas a<strong>os</strong> <strong>adventistas</strong> com relação ao<br />
envolvimento da igreja <strong>na</strong> política:<br />
(1) aqueles que “ensi<strong>na</strong>m a Bíblia” <strong>na</strong>s<br />
igrejas e escolas não devem expressar<br />
parcialidade contra ou a favor de<br />
cert<strong>os</strong> polític<strong>os</strong> ou assunt<strong>os</strong> polític<strong>os</strong>,<br />
porquanto isso pode incitar a mente<br />
d<strong>os</strong> outr<strong>os</strong>, lev<strong>and</strong>o a <strong>um</strong>a divisão <strong>na</strong><br />
igreja; (2) <strong>os</strong> membr<strong>os</strong> da igreja são<br />
desencorajad<strong>os</strong> a votar em fil<strong>os</strong>ofias<br />
partidárias “porque não conhecem<strong>os</strong><br />
em quem estam<strong>os</strong> vot<strong>and</strong>o”; (3) <strong>os</strong><br />
membr<strong>os</strong> são admoestad<strong>os</strong> a “não<br />
tomar parte em nenh<strong>um</strong> esquema<br />
político” ou parceria política. Ellen<br />
White n<strong>os</strong> lembra particularmente que<br />
<strong>os</strong> <strong>adventistas</strong> devem ser gover<strong>na</strong>d<strong>os</strong><br />
por elevad<strong>os</strong> e sant<strong>os</strong> princípi<strong>os</strong>; (4) <strong>os</strong><br />
membr<strong>os</strong> não devem alinhar-se com<br />
polític<strong>os</strong> que não apóiem a liberdade<br />
religi<strong>os</strong>a; (5) <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> não devem<br />
<strong>os</strong>tentar “distintiv<strong>os</strong> polític<strong>os</strong>” que, de<br />
alg<strong>um</strong> modo, produzam divisão dentro<br />
da igreja; (6) <strong>os</strong> dízim<strong>os</strong> não deveriam<br />
ser usad<strong>os</strong> <strong>para</strong> alguém que “discorra<br />
sobre questões políticas”; e (7) as<br />
publicações da igreja não deveriam<br />
exaltar <strong>os</strong> indivídu<strong>os</strong> influentes, porque<br />
eles são mer<strong>os</strong> mortais, nem louvar seu<br />
trabalho, que se esvaece. 17<br />
Vivendo vida exemplar, <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong><br />
servem como <strong>um</strong>a carta “conhecida<br />
e lida por tod<strong>os</strong>” (II Corínti<strong>os</strong> 3:2<br />
– NVI), <strong>para</strong> o expresso propósito de<br />
recrutar cidadã<strong>os</strong> <strong>para</strong> o reino eterno<br />
de Cristo.<br />
Se<strong>para</strong>ção entre Igreja e Estado<br />
A se<strong>para</strong>ção entre Igreja e Estado é o<br />
quinto e mais forte arg<strong>um</strong>ento imp<strong>os</strong>to<br />
a<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> que buscam p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> polític<strong>os</strong>.<br />
Mas, o que poderia surpreender<br />
<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> é aprender que a maioria<br />
d<strong>os</strong> govern<strong>os</strong> partilha das preocupações<br />
da comunidade religi<strong>os</strong>a, qu<strong>and</strong>o<br />
ela mescla o sagrado com o secular. A<br />
ex-secretária de Estado norte-americano,<br />
Madeleine Albright, escreveu: “A<br />
maioria de nós não quer n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> líderes<br />
confundindo sua própria vontade com<br />
a de Deus, nem querem<strong>os</strong> que eles<br />
ignorem <strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> morais e religi<strong>os</strong><strong>os</strong>.”<br />
18<br />
Uma avaliação honesta das relações<br />
Igreja-Estado demonstra <strong>os</strong> abundantes<br />
benefíci<strong>os</strong> que <strong>os</strong> grup<strong>os</strong> religi<strong>os</strong><strong>os</strong><br />
obtêm de legítimas estruturas políticas<br />
– por exemplo, a isenção de imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />
sobre propriedades da igreja. Pense<br />
sobre quão difícil seria a obra da Igreja<br />
sem as garantias gover<strong>na</strong>mentais das<br />
liberdades civis e do Estado de Direito.<br />
Considere ainda como <strong>os</strong> pobres<br />
estariam, sem a presença de <strong>um</strong> povo<br />
que teme a Deus. Mantendo padrões<br />
morais elevad<strong>os</strong>, agindo com amor<br />
pelo semelhante, distribuindo aliment<strong>os</strong><br />
e prest<strong>and</strong>o ajuda em calamidades,
<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> exercem <strong>um</strong>a p<strong>os</strong>itiva influência<br />
sobre a ordem social: “F<strong>os</strong>sem <strong>os</strong><br />
serv<strong>os</strong> de Deus tirad<strong>os</strong> da Terra, e Seu<br />
Espírito retirado dentre <strong>os</strong> homens,<br />
este mundo seria entregue à desolação<br />
e destruição, o fruto do domínio de<br />
Satanás. Conquanto <strong>os</strong> ímpi<strong>os</strong> não o<br />
saibam, devem até mesmo as bênçã<strong>os</strong><br />
desta vida à presença do povo de Deus<br />
no mundo, esse povo que desprezam e<br />
oprimem.” 19<br />
Conclusão<br />
Os <strong>adventistas</strong> do sétimo dia têm<br />
<strong>um</strong> <strong>papel</strong> vital a desempenhar no<br />
processo gover<strong>na</strong>mental de seu país.<br />
Qu<strong>and</strong>o <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> se apartam da<br />
política, que o cientista político David<br />
Easton chama de “autorizada distribuição<br />
de valores”, 20 a política é deixada<br />
<strong>para</strong> <strong>os</strong> incrédul<strong>os</strong>: o currículo escolar<br />
é programado, a política <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l é<br />
implementada e as determi<strong>na</strong>ções<br />
globais são feitas sem oferecer <strong>um</strong>a<br />
perspectiva cristã, adventista do sétimo<br />
dia. Poderiam <strong>os</strong> gover<strong>na</strong>ntes interpretar<br />
n<strong>os</strong>so silêncio como ausência<br />
de opinião sobre as questões? Que <strong>os</strong><br />
<strong>adventistas</strong> <strong>na</strong>da têm a contribuir <strong>para</strong><br />
sua discussão?<br />
A vida de fé precisa dar prioridade<br />
a assunt<strong>os</strong> polític<strong>os</strong>. Como cristã<strong>os</strong>,<br />
som<strong>os</strong> representantes, não de <strong>um</strong> partido<br />
político, mas do reino de Cristo. A<br />
política é mutável e se não form<strong>os</strong> cuidad<strong>os</strong><strong>os</strong>,<br />
<strong>um</strong> ponto político estabelecido<br />
pode ser <strong>um</strong>a oportunidade perdida<br />
de alcançar o coração de pessoas que<br />
mantêm p<strong>os</strong>ições op<strong>os</strong>tas. Os cristã<strong>os</strong><br />
devem estar sempre atent<strong>os</strong> ao seu primeiro<br />
chamado.<br />
A Bíblia contém muit<strong>os</strong> exempl<strong>os</strong> de<br />
mensageir<strong>os</strong> de Deus que comprometeram<br />
a p<strong>os</strong>ição que lhes fora confiada.<br />
O rei Saul se tornou tão absorvido<br />
com a erradicação de seu pres<strong>um</strong>ível<br />
inimigo, que falhou em conduzir a<br />
<strong>na</strong>ção de Israel ao ideal divino. Outro<br />
exemplo é Davi. Deus instruiu o rei a<br />
não fazer o censo de homens em idade<br />
militar, <strong>para</strong> que a <strong>na</strong>ção não baseasse<br />
sua segurança no efetivo militar, mas<br />
no poder de Deus. Apesar disso, Davi<br />
ordenou o levantamento, mas com<br />
resultad<strong>os</strong> devastadores. O mais sábio<br />
de tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> homens, Salomão, permitiu<br />
que a <strong>na</strong>ção degenerasse como<br />
resultado direto de sua preocupação<br />
com mulheres. Depois, Ezequias exaltou<br />
a vitalidade econômica do país,<br />
ao dar boas-vindas a<strong>os</strong> representantes<br />
babilônic<strong>os</strong>, em lugar de apresentar às<br />
visitas o Deus que era a fonte dessas<br />
bênçã<strong>os</strong>.<br />
“Fortes eram as tentações que <strong>os</strong><br />
rodeavam [A Daniel e seus três amig<strong>os</strong>]<br />
nessa corte corrupta e luxu<strong>os</strong>a.” 21 Mas,<br />
“não foi o orgulho ou ambição que<br />
<strong>os</strong> levou à corte do rei – à companhia<br />
d<strong>os</strong> que não conheciam nem temiam<br />
a Deus”. 22 “Sua fé era forte <strong>na</strong> certeza<br />
de que Deus <strong>os</strong> tinha colocado onde<br />
estavam, que eles estavam fazendo a<br />
Sua obra e c<strong>um</strong>prindo <strong>os</strong> reclam<strong>os</strong> do<br />
dever.” 23<br />
Hoje, milhares de <strong>adventistas</strong> servem<br />
fielmente seu país como juízes, embaixadores,<br />
prefeit<strong>os</strong>, ministr<strong>os</strong> e outras<br />
p<strong>os</strong>ições proeminentes. Quer <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong><br />
sirvam como nomead<strong>os</strong> polític<strong>os</strong>,<br />
membr<strong>os</strong> de equipes gover<strong>na</strong>mentais,<br />
quer como cidadã<strong>os</strong> dotad<strong>os</strong> de voz,<br />
voto e oração (Jeremias 29:7), que a<br />
glória de Deus irradie por meio de nós,<br />
promovendo a justiça e o bem-estar,<br />
e atraindo homens e mulheres <strong>para</strong> o<br />
eterno reino de Cristo.<br />
Jane Sabes (Ph.D. pela Universidade<br />
Auburn) é professora de Ciências<br />
Políticas <strong>na</strong> Universidade Andrews.<br />
Anteriormente ela atuou como<br />
secretária de Saúde e Serviço Social<br />
no Wyoming. E-mail: sabesja@<br />
<strong>and</strong>rews.edu<br />
REFERÊNCIAS<br />
1. Ellen G. White. Patriarcas e Profetas. 16. ed.<br />
Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2003. pp.<br />
368-69.<br />
2. _______. Profetas e Reis. 8. ed. Tatuí: Casa<br />
Publicadora Brasileira, 1996. pp. 494-98.<br />
3. Ibidem. pp. 607-10.<br />
4. Ibidem. p. 628.<br />
5. Ibidem. pp. 601-02.<br />
6. _______.O Gr<strong>and</strong>e Conflito. 42. ed. Tatuí: Casa<br />
Publicadora Brasileira, 2004. pp. 81, 84 e 85.<br />
7. Disponível em: .<br />
8. Disponível em: .<br />
9. Disponível em: .<br />
10. Ro<strong>na</strong>ld F. Thiemann. Religion in Public Life:<br />
A Dilemma for Democracy. Washington, D.C.:<br />
Georgetown University Press, 1996. p. 169.<br />
11. Ellen G. White. O Desejado de Todas as Nações.<br />
22. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira,<br />
2003. p. 509.<br />
12. _______. In: Signs of the Times (4 de dezembro<br />
de 1907).<br />
13. _______. In: Review <strong>and</strong> Herald (30 de março<br />
de 1911).<br />
14. _______. In: Review <strong>and</strong> Herald (27 de ag<strong>os</strong>to<br />
de 1861); Testemunh<strong>os</strong> <strong>para</strong> a Igreja. Tatuí: Casa<br />
Publicadora Brasileira, vol. 1, pp. 264, 534.<br />
15. Arthur L. White. Ellen G. White: The<br />
Progressive Years 1863-1876. Hagerstown,<br />
Maryl<strong>and</strong>: Review <strong>and</strong> Herald Publ. Assn.,<br />
1986. p. 40 (com referências adicio<strong>na</strong>is às pp.<br />
34-44 e 99-109).<br />
16. Ellen G. White. 2. ed. Fundament<strong>os</strong> da<br />
Educação Cristã. Tatuí: Casa Publicadora<br />
Brasileira, 1996. p. 82.<br />
17. _______. Testemunho Especial acerca da<br />
Política. In: Fundament<strong>os</strong> da Educação Cristã.<br />
2. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1996.<br />
pp. 475-84.<br />
18. Madeleine Albright. The Mighty & the<br />
Almighty. Nova Iorque: HaperCollins<br />
Publishers, 2006. p.104.<br />
19. Ellen G. White. 22. ed. O Desejado de Todas as<br />
Nações, 2003. p. 306.<br />
20. David Easton. A Framework for Political<br />
A<strong>na</strong>lysis. Chicago: University of Chicago Press,<br />
1979.<br />
21. Ellen G. White. Profetas e Reis. 8. ed. Tatuí.<br />
Casa Publicadora Brasileira, 1996. p. 482.<br />
22. Ibidem. p. 484.<br />
23. Ibidem. p. 493. Ver também pp. 494 e 497-98.<br />
Let’s Talk!<br />
Você g<strong>os</strong>taria de fazer <strong>um</strong> comentário<br />
ou formular perguntas ao Pastor Jan<br />
Paulsen, presidente da Igreja Adventista<br />
do Sétimo Dia? Você pode fazê-lo através<br />
do site:<br />
http://www.letstalk.adventist.org<br />
O objetivo do site é estimular a<br />
comunicação entre <strong>os</strong> jovens <strong>adventistas</strong><br />
de todo o mundo e o gabinete do<br />
Presidente da Associação Geral. Nesse<br />
mesmo site você também encontrará<br />
links úteis e banc<strong>os</strong> de dad<strong>os</strong> acessíveis,<br />
referentes a perguntas e resp<strong>os</strong>tas sobre<br />
muit<strong>os</strong> tópic<strong>os</strong>. Verifique!<br />
DIÁLOGO 18•3 2006
Perguntas e resp<strong>os</strong>tas sobre <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
Elaine Graham-Kennedy<br />
Como compreender o<br />
mistério d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
sob a perspectiva bíblica?<br />
O pequeno Mateus parou, extasiado,<br />
no Zoológico de Fort Worth. Ele quase<br />
não podia acreditar no que via. A sua<br />
frente estava Cera, seu din<strong>os</strong>sauro favorito,<br />
perso<strong>na</strong>gem do filme A Terra antes<br />
do Tempo. Ele olhava fixamente. Seus<br />
pais, depois de <strong>um</strong> tempo, insistiam<br />
<strong>para</strong> visitar outr<strong>os</strong> locais. Soluç<strong>and</strong>o,<br />
ele implorava por mais tempo, enquanto<br />
era puxado pel<strong>os</strong> pais. Esta fixação<br />
infantil pel<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> <strong>para</strong> muit<strong>os</strong><br />
passa com o tempo, mas alguns manterão<br />
seu amor por essas fasci<strong>na</strong>ntes criaturas<br />
durante toda a vida.<br />
As crianças das igrejas cristãs não são<br />
exceção. Entretanto, <strong>na</strong>s denomi<strong>na</strong>ções<br />
mais conservadoras surgem n<strong>um</strong>er<strong>os</strong>as<br />
questões de cunho teológico que se<br />
tor<strong>na</strong>m problemáticas à medida que as<br />
crianças crescem. Essas questões podem<br />
ser sintetizadas em <strong>um</strong>a só: como <strong>os</strong><br />
din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> se encaixam em <strong>um</strong>a perspectiva<br />
bíblica?<br />
Existe hoje <strong>um</strong>a crescente base de<br />
dad<strong>os</strong> sobre din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>, incluindo<br />
<strong>os</strong>s<strong>os</strong>, dentes, pegadas, ov<strong>os</strong>, embriões,<br />
impressões de pele, e excrement<strong>os</strong>.<br />
Aparentemente, <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> terrestres<br />
existiram em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> tamanh<strong>os</strong><br />
e formas. As informações sugerem<br />
populações ativas, reproduzindo-se,<br />
em <strong>um</strong>a escala global. 1 Em face das<br />
crescentes evidências, é difícil afirmar<br />
que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> nunca existiram.<br />
Entretanto, alg<strong>um</strong>as pessoas defendem<br />
esse ponto de vista porque não conseguem<br />
conciliar a existência d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
com a sua compreensão da <strong>na</strong>tureza<br />
de Deus. Há, portanto, necessidade<br />
de <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> reconhecerem o significado<br />
desses animais <strong>na</strong> perspectiva bíblica<br />
da história da Terra.<br />
Freqüentemente esse dilema é expresso<br />
assim: “Não p<strong>os</strong>so compreender que<br />
Deus tenha colocado o Tyrann<strong>os</strong>aurus<br />
rex no jardim do Éden.” Outr<strong>os</strong> comentam<br />
que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> são “tão fei<strong>os</strong>”,<br />
por isso não acreditam que <strong>um</strong> Deus<br />
amorável e compassivo tenha criado<br />
<strong>um</strong>a degradante “máqui<strong>na</strong> de matar”.<br />
Entretanto, essas mesmas pessoas não<br />
se preocupam com o fato de Deus<br />
ter criado <strong>os</strong> leões, o que leva à pergunta:<br />
“Qual é a diferença entre <strong>um</strong><br />
tiran<strong>os</strong>sauro e <strong>um</strong> leão?” Certamente<br />
existem muitas diferenças. Sendo amb<strong>os</strong><br />
carnívor<strong>os</strong>, a questão é a existência de<br />
predadores no jardim do Éden. Quanto<br />
a isso, mesmo que cristã<strong>os</strong> crentes <strong>na</strong><br />
Bíblia acreditem que Deus criou <strong>um</strong>a<br />
“espécie” de felin<strong>os</strong>, sua sup<strong>os</strong>ição é que<br />
eles eram herbívor<strong>os</strong>, pelo men<strong>os</strong> antes<br />
de Adão e Eva pecarem, e parece lógico<br />
que esse arg<strong>um</strong>ento poderia também ser<br />
aplicado a<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> carnívor<strong>os</strong>.<br />
O que aparenta ser <strong>um</strong>a questão<br />
simples, tor<strong>na</strong>-se bastante complexa ao<br />
se tratar das implicações decorrentes.<br />
Exami<strong>na</strong>rem<strong>os</strong> esse assunto <strong>na</strong>s questões<br />
seguintes.<br />
Os din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> realmente<br />
existiram?<br />
Alguns pouc<strong>os</strong> <strong>os</strong>s<strong>os</strong> espalhad<strong>os</strong> não<br />
seriam suficientes <strong>para</strong> concluir que<br />
realmente <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> existiram.<br />
Entretanto, o registro de <strong>os</strong>s<strong>os</strong> de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
é muito amplo, e a sua variedade<br />
amplia n<strong>os</strong>so conhecimento a seu respeito.<br />
Pegadas bem preservadas e ov<strong>os</strong><br />
com embriões indicam que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
eram criaturas vivas, que se deslocavam<br />
e se reproduziam. 2 As pegadas são a<br />
arg<strong>um</strong>entação mais poder<strong>os</strong>a a favor de<br />
sua existência.<br />
Registr<strong>os</strong> em rochas em todo o<br />
mundo oferecem fasci<strong>na</strong>ntes informações.<br />
Cientistas têm encontrado <strong>na</strong>s<br />
rochas gr<strong>and</strong>es depósit<strong>os</strong> de <strong>os</strong>s<strong>os</strong> de<br />
din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>, que sofreram mineralização<br />
e ficaram preservad<strong>os</strong>. Esses <strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />
petrificad<strong>os</strong> são chamad<strong>os</strong> de fósseis.<br />
Havendo suficientes <strong>os</strong>s<strong>os</strong> f<strong>os</strong>silizad<strong>os</strong><br />
de <strong>um</strong> animal, cientistas poderão<br />
reconstruí-lo. Até 1990, haviam sido<br />
reconstruíd<strong>os</strong> 197 esquelet<strong>os</strong> complet<strong>os</strong><br />
de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>. 3 Desde então, muit<strong>os</strong><br />
mais foram também.<br />
Ao estudar <strong>os</strong> <strong>os</strong>s<strong>os</strong>, <strong>os</strong> cientistas<br />
desenvolveram <strong>um</strong> sistema de classificação<br />
a partir de estruturas ósseas<br />
peculiares a esse grupo de animais.<br />
Considere-se, por exemplo, que <strong>os</strong> crâni<strong>os</strong><br />
de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> apresentam orifíci<strong>os</strong><br />
Pegadas de terópodes – din<strong>os</strong>sauro carnívoro – no Parque Estadual de Glen R<strong>os</strong>e,<br />
Texas, EUA. Fotografia – cortesia da autora<br />
DIÁLOGO 18•3 2006
não encontrad<strong>os</strong> em répteis ou mamífer<strong>os</strong>,<br />
que o tornozelo é comp<strong>os</strong>to de<br />
<strong>um</strong>a junta única, e que as vértebras são<br />
diferentes das de outr<strong>os</strong> organism<strong>os</strong>. 4<br />
O exame da estrutura inter<strong>na</strong> d<strong>os</strong> <strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />
sugere que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> constituem<br />
<strong>um</strong> grupo peculiar de animais, bastante<br />
distinto d<strong>os</strong> mamífer<strong>os</strong> e d<strong>os</strong> répteis.<br />
Gr<strong>and</strong>e parte da estrutura óssea apresenta<br />
rep<strong>os</strong>ição celular que a preserva ao<br />
se tor<strong>na</strong>r <strong>um</strong> fóssil. 5 Os detalhes micr<strong>os</strong>cópic<strong>os</strong><br />
observad<strong>os</strong> indicam linhas de<br />
crescimento e vesículas n<strong>os</strong> <strong>os</strong>s<strong>os</strong>, combi<strong>na</strong>ção<br />
de características peculiares d<strong>os</strong><br />
din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> não encontrada em répteis<br />
ou mamífer<strong>os</strong>, embora alguns aleguem<br />
certa semelhança entre Coelophysids e<br />
aves.<br />
Os din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> foram classificad<strong>os</strong><br />
em dois grup<strong>os</strong> distint<strong>os</strong> em função de<br />
sua estrutura pélvica. O primeiro grupo<br />
abrange <strong>os</strong> terópodes ou din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
carnívor<strong>os</strong>, e <strong>os</strong> saurópodes, din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
de gr<strong>and</strong>e porte, com pescoço e cauda<br />
c<strong>um</strong>prid<strong>os</strong> e estrutura pélvica semelhante<br />
a d<strong>os</strong> répteis. O segundo grupo<br />
engloba tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> outr<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
que têm <strong>os</strong>s<strong>os</strong> pélvic<strong>os</strong> semelhantes<br />
a<strong>os</strong> das aves. As estruturas pélvicas d<strong>os</strong><br />
Assine Diálogo<br />
din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> são peculiares, apesar da sua<br />
semelhança com as de outr<strong>os</strong> animais. 6<br />
Têm surgido problemas no sistema<br />
de classificação d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> devido<br />
à dificuldade de se distinguir entre<br />
gêner<strong>os</strong> e espécies. Em 1990, 45% d<strong>os</strong><br />
285 gêner<strong>os</strong> de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> haviam sido<br />
identificad<strong>os</strong> a partir de <strong>um</strong> único <strong>os</strong>so.<br />
Muitas pessoas são céticas a respeito<br />
dessas identificações. Os pesquisadores<br />
também se preocupam com as classificações<br />
que foram desenvolvidas <strong>para</strong> <strong>os</strong><br />
din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>, pois muit<strong>os</strong> gêner<strong>os</strong> têm<br />
ape<strong>na</strong>s <strong>um</strong>a espécie. Eles suspeitam que<br />
alguns desses gêner<strong>os</strong> são <strong>na</strong> realidade<br />
somente espécies de gêner<strong>os</strong> descrit<strong>os</strong>. 7<br />
Apesar dessas dificuldades, há considerável<br />
material <strong>para</strong> sugerir que existiu<br />
ampla variedade de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>.<br />
Os assunt<strong>os</strong> aqui discutid<strong>os</strong> sugerem<br />
que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> foram criaturas<br />
peculiares e, como tais, poderiam bem<br />
representar <strong>um</strong>a “espécie” criada, como<br />
relatado no livro de Gênesis. A variedade,<br />
a distribuição e a combi<strong>na</strong>ção d<strong>os</strong><br />
traç<strong>os</strong> e características d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
sugerem a p<strong>os</strong>sibilidade do cruzamento<br />
entre eles, tal como ocorre agora com<br />
cães ou flores; entretanto, a variedade<br />
Você quer ser <strong>um</strong> pensador e não meramente <strong>um</strong> refletor do pensamento de outras pessoas? A<br />
DIÁLOGO continuará a desafiá-lo a pensar criticamente, como <strong>um</strong> cristão. Fique em contato com o<br />
melhor da ação e do pensamento adventista ao redor do mundo. Entre <strong>na</strong> DIÁLOGO.<br />
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de espécies é bem mais fácil de ser realizada<br />
do que a variedade encontrada<br />
entre famílias de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>, da mesma<br />
forma como a origem de <strong>um</strong>a nova<br />
classe de organism<strong>os</strong>.<br />
Para <strong>os</strong> que pensam que <strong>os</strong> <strong>os</strong>s<strong>os</strong> de<br />
din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> são fraudes, existem dad<strong>os</strong><br />
adicio<strong>na</strong>is que sugerem o contrário.<br />
Alguns <strong>os</strong>s<strong>os</strong> fósseis são encontrad<strong>os</strong><br />
com impressões deixadas pela pele, e<br />
n<strong>os</strong> oferecem informação adicio<strong>na</strong>l<br />
sobre a aparência desses organism<strong>os</strong>. Se<br />
<strong>os</strong> <strong>os</strong>s<strong>os</strong> f<strong>os</strong>sem <strong>um</strong>a fraude, teria sido<br />
muito difícil incluir aquelas impressões<br />
de pele no <strong>os</strong>so que se encontrava ainda<br />
inserido <strong>na</strong> rocha.<br />
Se eles f<strong>os</strong>sem <strong>um</strong>a fraude, o fraudador<br />
teria também de ter criado as<br />
pegadas. As informações obtidas a partir<br />
das pegadas são mais interessantes. 8 As<br />
pegadas aparecem em variad<strong>os</strong> tamanh<strong>os</strong><br />
e formas. Qu<strong>and</strong>o <strong>os</strong> rastr<strong>os</strong> têm<br />
suficiente extensão, podem ser determi<strong>na</strong>d<strong>os</strong><br />
<strong>os</strong> pass<strong>os</strong> e a maneira de <strong>and</strong>ar do<br />
din<strong>os</strong>sauro. A maioria das pegadas indica<br />
que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> estavam <strong>and</strong><strong>and</strong>o<br />
e não correndo, e pareciam mancar. É<br />
difícil determi<strong>na</strong>r por que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
estariam manc<strong>and</strong>o. Poderiam estar<br />
machucad<strong>os</strong>, carreg<strong>and</strong>o seus filhotes<br />
ou comida. Qualquer que seja a explicação,<br />
a presença das pegadas confirma<br />
que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> realmente estavam<br />
viv<strong>os</strong> e moviment<strong>and</strong>o-se. É interessante<br />
observar que <strong>os</strong> pesquisadores não<br />
descobriram ainda nenh<strong>um</strong> din<strong>os</strong>sauro<br />
morto junto às suas pegadas. Camadas<br />
de <strong>os</strong>s<strong>os</strong> de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> são encontradas<br />
em camadas acima e abaixo, mas não<br />
junto com as pegadas.<br />
Alg<strong>um</strong>as trilhas apresentam pegadas<br />
gr<strong>and</strong>es juntamente com outras<br />
peque<strong>na</strong>s 9 , o que sugere <strong>um</strong> b<strong>and</strong>o<br />
de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>. Alguns pesquisadores<br />
supõem que esses b<strong>and</strong><strong>os</strong> estavam<br />
seguindo <strong>um</strong>a rota <strong>na</strong>tural de migração,<br />
enquanto outr<strong>os</strong> poderão não<br />
concordar com essa conclusão. Dentro<br />
do contexto bíblico da história da<br />
Terra, a movimentação d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
pode refletir resp<strong>os</strong>tas de sobrevivência<br />
e fatores de pressão relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong><br />
com modificações <strong>na</strong> terra e <strong>na</strong>s<br />
10 DIÁLOGO 18•3 2006
águas do dilúvio subindo e descendo.<br />
Fi<strong>na</strong>lmente, existem evidências da<br />
reprodução de populações de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>.<br />
Ninh<strong>os</strong>, ov<strong>os</strong>, embriões e filhotes<br />
têm sido registrad<strong>os</strong>. 10 Existem mais<br />
de 200 locais com ov<strong>os</strong>, ao redor do<br />
mundo. Embriões e filhotes são rar<strong>os</strong>.<br />
A existência desses depósit<strong>os</strong> indica que<br />
pelo men<strong>os</strong> alguns din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> estavam<br />
se reproduzindo.<br />
Os pesquisadores nem sempre conseguem<br />
dizer quais din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> puseram<br />
quais ov<strong>os</strong>. No início do século<br />
20, pensou-se que ov<strong>os</strong> descobert<strong>os</strong><br />
<strong>na</strong> Mongólia eram do Protoceratops, o<br />
din<strong>os</strong>sauro herbívoro domi<strong>na</strong>nte <strong>na</strong><br />
região. 11 No fi<strong>na</strong>l d<strong>os</strong> an<strong>os</strong> 1900, porém,<br />
foi descoberto outro ninho com <strong>os</strong><br />
<strong>os</strong>s<strong>os</strong> do pequeno predador Oviraptor,<br />
em cima d<strong>os</strong> ov<strong>os</strong>. Além disso, escane<strong>and</strong>o-se<br />
<strong>um</strong> ovo, foi descoberto <strong>um</strong><br />
embrião de Oviraptor. Os depósit<strong>os</strong> da<br />
Mongólia despertam muitas perguntas.<br />
Por que o Oviraptor sentaria no ninho<br />
enquanto ele estava sendo soterrado<br />
por <strong>um</strong>a tempestade de areia? Teria ele<br />
se afogado em <strong>um</strong>a lagoa entre du<strong>na</strong>s<br />
durante <strong>um</strong>a repenti<strong>na</strong> chuva pesada?<br />
Sentou-se no ninho por que ele era de<br />
sangue quente? Quant<strong>os</strong> estavam sentad<strong>os</strong><br />
sobre <strong>os</strong> ov<strong>os</strong>? Quant<strong>os</strong> ninh<strong>os</strong><br />
existiam?<br />
Muitas perguntas permanecem sem<br />
resp<strong>os</strong>tas, mas o vol<strong>um</strong>e de dad<strong>os</strong> disponíveis<br />
confirma que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
realmente existiram.<br />
Qu<strong>and</strong>o <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> existiram?<br />
Não são tão conclusivas as evidências<br />
sobre qu<strong>and</strong>o <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> existiram.<br />
Eles são encontrad<strong>os</strong> <strong>na</strong>s camadas<br />
mesozóicas do registro fóssil (colu<strong>na</strong><br />
geológica). Datações radiométricas de<br />
camadas associadas de lava e de cinza<br />
vulcânica indicam que eles viveram<br />
entre 65 e 225 milhões de an<strong>os</strong> atrás,<br />
bem além das idades bíblicas aceitas.<br />
(De acordo com a datação radiométrica,<br />
pensa-se que a Terra tenha entre 4,6 a<br />
4,7 bilhões de an<strong>os</strong>).<br />
Os primeir<strong>os</strong> registr<strong>os</strong> de <strong>os</strong>s<strong>os</strong> de<br />
din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> em rochas foram feit<strong>os</strong> <strong>na</strong><br />
mesma unidade do Período Triássico (o<br />
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
Carniano) em quatro continentes. 12 O<br />
surgimento diversificado e espalhado de<br />
din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> no registro fóssil é difícil de<br />
explicar pela atual teoria da evolução.<br />
Essa dificuldade raramente é trazida à<br />
atenção do público, o que de fato não é<br />
incom<strong>um</strong>, pois ninguém g<strong>os</strong>ta de falar<br />
sobre o que não sabe.<br />
É importante lembrar que as datas<br />
radiométricas não constituem dad<strong>os</strong><br />
(fat<strong>os</strong> reais); elas exprimem o resultado<br />
de cálcul<strong>os</strong> matemátic<strong>os</strong> basead<strong>os</strong> <strong>na</strong><br />
distribuição de materiais radioativ<strong>os</strong><br />
<strong>na</strong>s rochas. 13 O tempo aí não é medido<br />
diretamente, mas corresponde ao expoente<br />
<strong>na</strong> expressão que dá a incli<strong>na</strong>ção<br />
da linha gerada pela distribuição d<strong>os</strong><br />
isótop<strong>os</strong>. Essa distribuição baseia-se<br />
<strong>na</strong>s propriedades físicas e químicas do<br />
interior do corpo roch<strong>os</strong>o fundido.<br />
Conseqüentemente, o relato bíblico<br />
da história da Terra é igualmente legítimo<br />
como fonte de dad<strong>os</strong> relativ<strong>os</strong> ao<br />
tempo.<br />
Em res<strong>um</strong>o, exatamente como <strong>os</strong><br />
cientistas acreditam que p<strong>os</strong>suem <strong>um</strong><br />
modo confiável <strong>para</strong> medir períod<strong>os</strong> de<br />
tempo no registro das rochas, muit<strong>os</strong><br />
cristã<strong>os</strong> acreditam que p<strong>os</strong>suem <strong>um</strong>a<br />
fonte de informação confiável (a Bíblia)<br />
<strong>para</strong> a idade da vida <strong>na</strong> Terra – conseqüentemente,<br />
permanece controvertida<br />
a determi<strong>na</strong>ção precisa da idade d<strong>os</strong><br />
din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>.<br />
Os din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> conviveram com<br />
<strong>os</strong> seres h<strong>um</strong>an<strong>os</strong>? Como?<br />
A crença de que din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> e seres<br />
h<strong>um</strong>an<strong>os</strong> conviveram <strong>na</strong> Terra não se<br />
baseia em evidências científicas (elas não<br />
existem), mas sim <strong>na</strong> confiança dep<strong>os</strong>itada<br />
<strong>na</strong> palavra inspirada de Deus. A<br />
crença de que Deus criou tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> seres<br />
viv<strong>os</strong> e que eles eram bons, bem como a<br />
crença de que não houve “derramamento<br />
de sangue”, predação, <strong>na</strong> Terra antes<br />
do ser h<strong>um</strong>ano pecar, induz muit<strong>os</strong> a<br />
crer que din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> e pessoas podem<br />
ter convivido pacificamente.<br />
É importante observar que nem tod<strong>os</strong><br />
<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> eram de gr<strong>and</strong>e porte,<br />
carnívor<strong>os</strong>. 14 Metade das famílias de<br />
din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> era do porte de <strong>um</strong>a girafa<br />
adulta (cerca de sete metr<strong>os</strong> de altura),<br />
ou menor, alguns tendo o tamanho<br />
de <strong>um</strong> cachorro gr<strong>and</strong>e. Além disso, a<br />
maioria d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> era herbívora.<br />
De alg<strong>um</strong>a forma seria Satanás<br />
responsável pela origem d<strong>os</strong><br />
din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>?<br />
Alteraria Satanás o DNA de alguns<br />
animais <strong>para</strong> dar origem a<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>?<br />
São <strong>os</strong> seres h<strong>um</strong>an<strong>os</strong> responsáveis<br />
por essa origem? Teriam <strong>os</strong> seres<br />
h<strong>um</strong>an<strong>os</strong> manipulado geneticamente <strong>os</strong><br />
primeir<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>? Em minha opinião,<br />
a resp<strong>os</strong>ta a todas essas questões é<br />
“NÃO!” Os din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> eram organism<strong>os</strong><br />
peculiares, que tinham estruturas<br />
e traç<strong>os</strong> própri<strong>os</strong>. Isso significa que sua<br />
origem requereria mais do que misturas<br />
ou alterações; exigiria novas informações,<br />
<strong>um</strong>a atividade criadora que a<br />
maioria d<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> acredita residir<br />
somente no poder de Deus.<br />
Foram <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
hibridizad<strong>os</strong> a partir de outras<br />
espécies de animais?<br />
O cruzamento sugerido por alguns<br />
cristã<strong>os</strong> <strong>para</strong> a origem d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
exigiria descendência viável a partir da<br />
miscige<strong>na</strong>ção de mamífer<strong>os</strong> e répteis,<br />
dois fil<strong>os</strong> distint<strong>os</strong>. Em n<strong>os</strong>so mundo<br />
Assi<strong>na</strong>tura<br />
gratuita <strong>para</strong><br />
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cartas devem ser endereçadas a: Dialogue<br />
Editor-in-Chief; 12501 Old Col<strong>um</strong>bia Pike;<br />
Silver Spring, MD 20904-6600; EUA.<br />
11
não é p<strong>os</strong>sível a hibridização de fil<strong>os</strong>.<br />
Cruzamento de espécies são bastante<br />
comuns; entretanto, existem limites<br />
<strong>para</strong> aquele tipo de cruzamento. 15<br />
Então Deus realmente criou <strong>os</strong><br />
din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>?<br />
Por que <strong>um</strong> Deus de amor criaria o<br />
Tyrann<strong>os</strong>aurus rex? Este animal viveu no<br />
jardim do Éden? A partir d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> que<br />
tem<strong>os</strong>, é razoável supor que Deus criou<br />
alg<strong>um</strong> ou alguns tip<strong>os</strong> básic<strong>os</strong> de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>.<br />
Ainda mais, alg<strong>um</strong>a variedade<br />
de terópodes, que poderia ter incluído o<br />
Tyrann<strong>os</strong>aurus rex.<br />
Entretanto, <strong>na</strong> perspectiva bíblica,<br />
seria difícil acreditar que <strong>os</strong> animais no<br />
Éden eram carnívor<strong>os</strong>. A alteração de<br />
sua dieta teria ocorrido após a Queda.<br />
O que exterminou <strong>os</strong><br />
din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>?<br />
Muitas teorias foram prop<strong>os</strong>tas <strong>para</strong><br />
a extinção d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>: 16 (1) <strong>um</strong>a<br />
drástica mudança climática devido ao<br />
impacto de <strong>um</strong> asteróide ou ao a<strong>um</strong>ento<br />
de vulcanismo, ou amb<strong>os</strong>; (2) <strong>um</strong><br />
rompimento <strong>na</strong> cadeia alimentar; ou (3)<br />
a evolução d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> <strong>para</strong> aves.<br />
Muit<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> não crêem que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
evoluíram <strong>para</strong> aves, e comprovou-se<br />
a dificuldade <strong>para</strong> doc<strong>um</strong>entar o<br />
rompimento <strong>na</strong> cadeia alimentar.<br />
A destruição d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> pelo<br />
dilúvio adapta-se à perspectiva da<br />
Bíblia. O sepultamento d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
em gr<strong>and</strong>e variedade de sediment<strong>os</strong><br />
dep<strong>os</strong>itad<strong>os</strong> pela água ao redor de todo<br />
o mundo 17 é compatível com o relato<br />
bíblico. A complexidade do dilúvio<br />
bíblico pode ter desempenhado importante<br />
<strong>papel</strong> <strong>na</strong> destruição da Terra e d<strong>os</strong><br />
organism<strong>os</strong>.<br />
Se <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> foram criad<strong>os</strong><br />
por Deus, por que foram<br />
extint<strong>os</strong>?<br />
N<strong>um</strong>er<strong>os</strong><strong>os</strong> organism<strong>os</strong>, que <strong>os</strong><br />
cristã<strong>os</strong> crêem terem sido criad<strong>os</strong> por<br />
Deus, foram extint<strong>os</strong>. Os sistemas<br />
oceânic<strong>os</strong> alteraram-se de forma impressio<strong>na</strong>nte<br />
desde o mundo pré-diluviano.<br />
Populações de inset<strong>os</strong>, anfíbi<strong>os</strong>, répteis<br />
e mamífer<strong>os</strong> são hoje radicalmente<br />
diferentes. Nem tudo que Deus criou<br />
sobreviveu até hoje – resultado do pecado<br />
h<strong>um</strong>ano não da vontade divi<strong>na</strong>.<br />
Deus atuou continuamente <strong>para</strong> salvar<br />
vidas, como se vê ao longo de todo<br />
o relato bíblico do dilúvio. Infelizmente,<br />
nem tudo que foi salvo pôde sobreviver<br />
no mundo pós-diluviano.<br />
Havia din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> <strong>na</strong> arca?<br />
Pelo men<strong>os</strong> metade das famílias d<strong>os</strong><br />
din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> poderia estar dentro da<br />
arca, pois eram suficientemente pequen<strong>os</strong>.<br />
Além disso, é importante lembrar<br />
que nem todas as espécies tinham de<br />
estar <strong>na</strong> arca. Eram necessárias espécies<br />
representativas, ou tip<strong>os</strong> básic<strong>os</strong>, pois<br />
reconhecem<strong>os</strong> que existe variedades<br />
pelo men<strong>os</strong> dentro de gêner<strong>os</strong> (grup<strong>os</strong><br />
de espécies). Entretanto, é importante<br />
lembrar que não existem dad<strong>os</strong> científic<strong>os</strong><br />
<strong>para</strong> sustentar essa idéia. A crença<br />
de que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> estavam <strong>na</strong> arca<br />
de Noé é <strong>um</strong>a declaração de fé.<br />
Conclusão<br />
Alguém poderá pensar que essas questões<br />
são ridículas. Entretanto, <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong><br />
fazem essas indagações porque desejam<br />
<strong>um</strong>a explicação da <strong>na</strong>tureza que se harmonize<br />
com o relato bíblico da história<br />
da Terra. Embora as resp<strong>os</strong>tas aqui<br />
apresentadas p<strong>os</strong>sam não satisfazer totalmente<br />
a tod<strong>os</strong>, pelo men<strong>os</strong> elas provêem<br />
<strong>um</strong>a base <strong>para</strong> discussão e estud<strong>os</strong><br />
p<strong>os</strong>teriores.<br />
Ainda existem muitas maravilhas <strong>para</strong><br />
conhecer sobre a obra criadora de Deus.<br />
A promessa divi<strong>na</strong> é que as conhecerem<strong>os</strong><br />
diretamente do Mestre eterno, <strong>na</strong><br />
Terra renovada. Até lá, como cristã<strong>os</strong>,<br />
som<strong>os</strong> motivad<strong>os</strong> a pesquisar e estudar a<br />
história da Terra com o auxílio do relato<br />
bíblico e da inspiração do Espírito<br />
Santo.<br />
Elaine Graham-Kennedy (Ph.D.,<br />
Universidade do Sul da Califórnia)<br />
é geóloga e tem focalizado suas<br />
pesquisas no Gr<strong>and</strong> Canyon,<br />
Arizo<strong>na</strong>, e <strong>na</strong> Patagônia, Argenti<strong>na</strong>.<br />
Atualmente está estud<strong>and</strong>o <strong>um</strong>a<br />
camada de <strong>os</strong>s<strong>os</strong> de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />
no leste de Wyoming, e trabalh<strong>and</strong>o<br />
como professora adjunta de<br />
Geologia <strong>na</strong> Universidade Adventista<br />
Southwestern, em Keene, Texas.<br />
Recentemente publicou o livro<br />
Din<strong>os</strong>aurs: Where Did They Come<br />
From ... And Where Did They Go?<br />
(Boise, Idaho: Pacific Press Publishing<br />
Association, 2006), que está disponível<br />
no endereço http://www.<br />
adventbookcenter.com. Seu e-mail é<br />
elainekennedy@gmail.com<br />
REFERÊNCIAS<br />
1. K. Carpenter, K. Hirsch, <strong>and</strong> J. Horner.<br />
Din<strong>os</strong>aur Eggs <strong>and</strong> Babies. Nova Iorque:<br />
Cambridge University Press, 2000. p. 372.<br />
2. M. Lockley. Tracking Din<strong>os</strong>aurs. Nova Iorque:<br />
Cambridge University Press, 1991. p. 238.<br />
3. D. Lambert <strong>and</strong> the Diagram Group. Din<strong>os</strong>aur<br />
Data Book. Nova Iorque: Avon Book, 1990. p.<br />
320.<br />
4. A. Romer. Vertebrate Paleontology. Chicago:<br />
University of Chicago Press, 1996. p. 468.<br />
5. A. Chinsamy-Turan. The Micr<strong>os</strong>tructure of<br />
Din<strong>os</strong>aur Bone. Baltimore: Johns Hopkins<br />
University Press, 2005. p.216.<br />
6. A. Romer. pp. 148-163.<br />
7. P. Dodson. “Counting Din<strong>os</strong>aurs: How Many<br />
Kinds Were There?”. In: Proceedings of the<br />
Natio<strong>na</strong>l Academy of Sciences 87, 1900. pp.<br />
7608-7612.<br />
8. M. Lockley. pp. 61-70.<br />
9. Ibidem. pp. 71-82.<br />
10. K. Carpenter, et al., p. 372.<br />
11. Disponível em: .<br />
12. A. Hunt. “Synchronous First Appearance of<br />
Din<strong>os</strong>aurs Worldwide During the Late Triassic<br />
(Late Carnian: Tuvalian)”. In: Geological Society<br />
of America, Abstracts with Program, 1991. p.<br />
A457.<br />
13. G. Faure. Principles of Isotope Geology. Nova<br />
Iorque: John Wiley <strong>and</strong> Sons, 1986. p. 608.<br />
14. Lambert, et al., p. 320.<br />
15. J. Gibson. “Creation <strong>and</strong> Evolution: A Look at<br />
the Evidence” (1999). Disponível em: .<br />
16. Artigo anônimo res<strong>um</strong>indo n<strong>um</strong>er<strong>os</strong>as explicações<br />
dadas <strong>para</strong> a extinção d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>.<br />
Disponível em: .<br />
17. Lambert, et al., pp. 230-261.<br />
12 DIÁLOGO 18•3 2006
1844: coincidência ou providência?<br />
Ron du Preez<br />
Muit<strong>os</strong> d<strong>os</strong> gr<strong>and</strong>es<br />
moviment<strong>os</strong> globais que<br />
surgiram por volta de 1844<br />
desafiaram importantes<br />
verdades de Deus.<br />
Foram <strong>os</strong> event<strong>os</strong> ocorrid<strong>os</strong> no ano de<br />
1844 ape<strong>na</strong>s <strong>um</strong> acidente? Ou tem esse<br />
ano <strong>um</strong> significado mais profundo <strong>na</strong><br />
compreensão bíblica do plano de Deus<br />
<strong>na</strong> história da redenção? Como <strong>adventistas</strong><br />
do sétimo dia, deveríam<strong>os</strong> aceitar<br />
a segunda p<strong>os</strong>ição. Para nós, 1844 é o<br />
ano em que terminou a profecia d<strong>os</strong><br />
2300 dias de Daniel 8:14, o marco que<br />
assi<strong>na</strong>la o início do julgamento préadvento<br />
no céu, e a culmi<strong>na</strong>ção do mais<br />
longo período profético da Bíblia, proclam<strong>and</strong>o<br />
ao mundo que o fim não vai<br />
demorar e que a segunda vinda de Jesus<br />
está próxima.<br />
O que muit<strong>os</strong> não sabem, inclusive<br />
entre <strong>os</strong> <strong>adventistas</strong>, é que 1844 é<br />
importante não ape<strong>na</strong>s em relação à história<br />
sagrada, mas também em relação a<br />
outr<strong>os</strong> event<strong>os</strong> mundiais de gr<strong>and</strong>e magnitude<br />
que fazem desse ano <strong>um</strong>a espécie<br />
de divisor de águas. Antes, porém,<br />
vam<strong>os</strong> traçar a importância de 1844<br />
<strong>para</strong> a Igreja Adventista do Sétimo Dia.<br />
De <strong>um</strong> gr<strong>and</strong>e erro a <strong>um</strong>a<br />
poder<strong>os</strong>a mensagem<br />
Por volta de 1840, muit<strong>os</strong> pregadores<br />
pelo mundo estavam proclam<strong>and</strong>o que<br />
Jesus estava <strong>para</strong> voltar. O pesquisador<br />
Le Roy Edwin Froom indica que entre<br />
esses pregadores, de várias denomi<strong>na</strong>ções<br />
cristãs, havia branc<strong>os</strong>, negr<strong>os</strong>, mulheres e<br />
até mesmo crianças. Houve <strong>um</strong>a garota<br />
do campo <strong>na</strong> Europa que atraiu de três a<br />
quatro mil pessoas ao pregar sobre o fim<br />
do mundo. Gr<strong>and</strong>e foi o impacto que<br />
ela exerceu <strong>na</strong> vida de muit<strong>os</strong>. 1<br />
N<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>, foi a pregação<br />
e <strong>os</strong> escrit<strong>os</strong> de Guilherme Miller, <strong>um</strong><br />
fazendeiro que se tornou pregador, que<br />
despertou a paixão tanto de crentes<br />
qu<strong>and</strong>o de descrentes. Miller e seus<br />
associad<strong>os</strong> proclamavam a seguinte mensagem:<br />
“Assim como o primeiro advento<br />
de Jesus Cristo foi predito em Daniel<br />
9, Seu segundo advento é identificado<br />
em Daniel 8:14. Visto que a terra deve<br />
ser o ‘santuário’ a ser ‘purificado’, isso<br />
vai acontecer por meio do fogo qu<strong>and</strong>o<br />
Jesus voltar. Começ<strong>and</strong>o com 457 a.C.,<br />
a profecia d<strong>os</strong> 2300 dias/an<strong>os</strong> de Daniel<br />
8:14 culmi<strong>na</strong>rá ao redor de 1843-1844.<br />
Jesus virá outra vez por volta desse<br />
tempo. Portanto, prepare-se <strong>para</strong> encontrá-Lo!<br />
Sua volta será <strong>um</strong> evento literal<br />
e visível que precederá o milênio.” Essa<br />
era a essência da proclamação milerita.<br />
Vinte e dois de outubro de 1844 foi<br />
fi<strong>na</strong>lmente estabelecido como o dia em<br />
que a profecia termi<strong>na</strong>ria. Aquele era o<br />
dia em que a terra seria purificada pelo<br />
retorno de Jesus. Milhares de mileritas,<br />
vári<strong>os</strong> milhares, aguardaram pacientemente,<br />
fervor<strong>os</strong>amente, até que o dia<br />
chegou. Então eles esperaram o dia<br />
inteiro, mas Jesus não veio, deix<strong>and</strong>o<strong>os</strong><br />
profundamente desapontad<strong>os</strong>. Eles<br />
foram forçad<strong>os</strong> a admitir que alg<strong>um</strong>a<br />
coisa havia saído errado.<br />
Uns pouc<strong>os</strong> dentre <strong>os</strong> desapontad<strong>os</strong><br />
estudaram as Escrituras ainda com mais<br />
fervor. Não demorou <strong>para</strong> que aprendessem<br />
que embora a data de 22 de outubro<br />
de 1844 estivesse correta, o evento<br />
estava errado. Esses crentes entenderam<br />
que o santuário a ser purificado não<br />
estava <strong>na</strong> terra, mas no céu. Jesus havia<br />
entrado no santo d<strong>os</strong> sant<strong>os</strong> do santuário<br />
celestial <strong>para</strong> dar início a Sua obra<br />
de julgamento. Como Ellen White mais<br />
tarde declarou: “O assunto do santuário<br />
foi a chave que desvendou o mistério do<br />
desapontamento de 1844.” 2<br />
Ángel Manuel Rodríguez comenta:<br />
“Tendo completado <strong>na</strong> terra a obra<br />
<strong>para</strong> a qual viera (João 17:4, 5; 19:30),<br />
Cristo ‘foi elevado ao céu’ (At<strong>os</strong> 1:11)<br />
<strong>para</strong> ‘salvar definitivamente aqueles<br />
que, por meio dEle, aproximam-se de<br />
Deus, pois vive sempre <strong>para</strong> interceder<br />
por eles’ (Hebreus 7:25), até que em<br />
Sua segunda vinda Ele vai aparecer ‘não<br />
<strong>para</strong> tirar o pecado, mas <strong>para</strong> trazer<br />
salvação a<strong>os</strong> que O aguardam’ (Hebreus<br />
9:28). Entre esses dois pól<strong>os</strong>, a cruz e o<br />
glori<strong>os</strong>o retorno do Senhor, Cristo atua<br />
como sacerdote real ‘no santuário, no<br />
verdadeiro tabernáculo que o Senhor<br />
erigiu, e não o homem’ (Hebreus 8:2),<br />
o advogado (I João 2:1) e intercessor<br />
daqueles que nEle crêem (Roman<strong>os</strong><br />
8:34). Como n<strong>os</strong>so S<strong>um</strong>o Sacerdote,<br />
Cristo está ministr<strong>and</strong>o <strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> de<br />
Seu sacrifício àqueles que vêm a Ele, <strong>um</strong><br />
ministério tão essencial à n<strong>os</strong>sa salvação<br />
como Sua morte substitutiva.” 3<br />
Assim, o gr<strong>and</strong>e desapontamento de<br />
22 de outubro de 1844 se tornou <strong>um</strong>a<br />
poder<strong>os</strong>a mensagem. É verdade que<br />
Jesus não veio como <strong>os</strong> mileritas pensavam.<br />
Mas, <strong>um</strong> pequeno grupo de crentes<br />
desapontad<strong>os</strong> descobriram nova luz<br />
bíblica – a verdade de que Cristo entrou<br />
<strong>na</strong> fase fi<strong>na</strong>l de Seu ministério s<strong>um</strong><strong>os</strong>acerdotal<br />
no santuário celestial, após<br />
o qual Ele vai fi<strong>na</strong>lmente voltar <strong>para</strong><br />
redimir Seu povo. Assim <strong>na</strong>sceu a Igreja<br />
Adventista do Sétimo Dia, com sua fé<br />
firmemente ancorada no breve retorno<br />
de Jesus e com o compromisso de pregar<br />
toda a verdade em Jesus. O ano de 1844<br />
é, de fato, importante <strong>para</strong> o <strong>na</strong>scimento<br />
do adventismo.<br />
Mas, 1844 é de interesse em outras<br />
áreas também. Moviment<strong>os</strong> surpreendentes<br />
e destrutiv<strong>os</strong> à fé surgiram no<br />
panorama mundial <strong>na</strong> mesma época,<br />
form<strong>and</strong>o <strong>um</strong> cenário de desafio e<br />
urgência <strong>para</strong> a proclamação adventista,<br />
e cham<strong>and</strong>o <strong>os</strong> habitantes do mundo a<br />
olhar <strong>para</strong> a genuí<strong>na</strong> verdade acerca de<br />
Deus e Seu <strong>papel</strong> no fi<strong>na</strong>l da história<br />
h<strong>um</strong>a<strong>na</strong>. Exami<strong>na</strong>rem<strong>os</strong> três desses<br />
moviment<strong>os</strong>.<br />
O surgimento do marxismo<br />
Em ag<strong>os</strong>to de 1844, Frederick Engels<br />
se encontrou com Karl Marx em Paris<br />
e eles se tor<strong>na</strong>ram parceir<strong>os</strong> n<strong>um</strong>a luta<br />
revolucionária – “<strong>um</strong> relacio<strong>na</strong>mento<br />
duradouro que iria mudar o mundo”,<br />
como disse alguém. 4<br />
Enquanto <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> que acreditavam<br />
<strong>na</strong> Bíblia pregavam que Jesus logo iria<br />
voltar <strong>para</strong> levar Seu povo <strong>para</strong> o céu e<br />
pôr fim ao pecado e sofrimento e prover<br />
paz e felicidade eter<strong>na</strong>s, Marx e Engels<br />
estavam proclam<strong>and</strong>o que o caminho<br />
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
13
<strong>para</strong> a verdadeira felicidade era elimi<strong>na</strong>r<br />
Deus da vida; que o caminho <strong>para</strong> a paz<br />
e segurança era através d<strong>os</strong> princípi<strong>os</strong><br />
do socialismo e comunismo; que eles<br />
podiam e haveriam de libertar <strong>os</strong> cativ<strong>os</strong><br />
do mundo e promover <strong>um</strong>a sociedade<br />
harmoni<strong>os</strong>a e sem divisão de classes <strong>na</strong><br />
terra. 5 Marx e Engels, portanto, tentaram<br />
direcio<strong>na</strong>r a esperança h<strong>um</strong>a<strong>na</strong><br />
<strong>para</strong> longe da segunda vinda de Cristo,<br />
<strong>para</strong> <strong>um</strong>a utopia comunista sob a qual<br />
milhões foram subjugad<strong>os</strong> <strong>na</strong> maior<br />
parte do século passado.<br />
No contexto desse desafio, o movimento<br />
do advento de 1844 foi conclamado<br />
a proclamar o evangelho eterno<br />
do santuário celestial onde todas as n<strong>os</strong>sas<br />
esperanças devem estar ancoradas.<br />
Dispensacio<strong>na</strong>lismo e falsas<br />
noções de salvação<br />
Enquanto o gr<strong>and</strong>e despertar do<br />
segundo advento estava se alastr<strong>and</strong>o<br />
por muit<strong>os</strong> países, <strong>um</strong> pregador evangélico<br />
europeu itinerante chamado John<br />
Nelson Darby começava a dissemi<strong>na</strong>r<br />
<strong>um</strong>a nova teoria acerca da segunda vinda<br />
de Jesus. Enquanto pregava <strong>na</strong> Suíça,<br />
Darby desenvolveu a teoria do “dispensacio<strong>na</strong>lismo”<br />
– <strong>um</strong>a teoria que divide<br />
a história em sete eras ou dispensações,<br />
desde a era da inocência antes da queda<br />
à era da restauração no fim d<strong>os</strong> temp<strong>os</strong>.<br />
Embora Darby insistisse que havia<br />
extraído sua doutri<strong>na</strong> do dispensacio<strong>na</strong>lismo<br />
da Bíblia somente, entre 1843 e<br />
1845 ele introduziu <strong>um</strong>a surpreendente<br />
inovação – o arrebatamento secreto. 6 A<br />
teoria do arrebatamento secreto ensi<strong>na</strong><br />
que Cristo virá em segredo, arrebatará <strong>os</strong><br />
sant<strong>os</strong> e <strong>os</strong> levará <strong>para</strong> o céu.<br />
Um comentário moderno desse arrebatamento<br />
secreto é a agora fam<strong>os</strong>a série<br />
de livr<strong>os</strong> Deixad<strong>os</strong> <strong>para</strong> Trás, da qual<br />
mais de sessenta milhões de cópias já<br />
foram vendidas em todo o mundo. Os<br />
autores desses livr<strong>os</strong> populares arg<strong>um</strong>entam<br />
que embora milhões serão deixad<strong>os</strong><br />
<strong>para</strong> trás durante o arrebatamento, eles<br />
não serão deixad<strong>os</strong> sem esperança. Eles<br />
terão <strong>um</strong>a segunda chance de salvação.<br />
Tim LaHaye e Jerry Jenkins, dois autores<br />
da série Deixad<strong>os</strong> <strong>para</strong> Trás, promovem<br />
diretamente a teoria da “segunda<br />
chance”:<br />
“Milhões de homens, mulheres,<br />
meni<strong>na</strong>s e menin<strong>os</strong> vão reconhecer que,<br />
embora eles perderam o arrebatamento<br />
e assim terão de enfrentar <strong>os</strong> terrores<br />
da tribulação, Deus ainda <strong>os</strong> chama,<br />
anel<strong>and</strong>o por vê-l<strong>os</strong> ao Seu lado... Nós<br />
crem<strong>os</strong> que esses ‘sant<strong>os</strong> da tribulação’<br />
podem muito bem ser contad<strong>os</strong> a<strong>os</strong><br />
bilhões. E não se esqueça: cada <strong>um</strong> desses<br />
nov<strong>os</strong> crentes terá sido deixado <strong>para</strong><br />
trás depois do arrebatamento precisamente<br />
porque ele ou ela tinha (até aquele<br />
ponto) rejeitado a oferta de salvação<br />
de Deus. Mas, mesmo então, o Senhor<br />
não desistirá dele.” 7<br />
Essa é a parte mais alarmante e<br />
perig<strong>os</strong>a da teoria do arrebatamento<br />
– a crença de que pessoas terão <strong>um</strong>a<br />
segunda chance de salvação. A Bíblia,<br />
porém, em nenh<strong>um</strong> lugar ensi<strong>na</strong> o<br />
arrebatamento secreto e muito men<strong>os</strong><br />
<strong>um</strong>a segunda chance de salvação após<br />
a morte. O ensino consistente da<br />
Escritura é que o segundo advento de<br />
Jesus vai ocorrer ape<strong>na</strong>s como <strong>um</strong> único<br />
gr<strong>and</strong>e evento: ele será pessoal e literal<br />
(At<strong>os</strong> 1:11), visível e audível (Apocalipse<br />
1:7; I Tessalonicenses 4:16), glori<strong>os</strong>o e<br />
triunfante (Mateus 24:30), cataclísmico<br />
(Daniel 2:44; 2 Pedro 3:10) e repentino<br />
(Mateus 24:38, 39, 42-44). Vári<strong>os</strong><br />
si<strong>na</strong>is, alguns d<strong>os</strong> quais inclusive já<br />
ocorreram, hão de preceder esse evento,<br />
no mundo <strong>na</strong>tural (Apocalipse 6:12-<br />
13), no mundo moral com o a<strong>um</strong>ento<br />
da ilegalidade e corações saturad<strong>os</strong> do<br />
pecado (Mateus 24:37-39), e no mundo<br />
religi<strong>os</strong>o com fals<strong>os</strong> profetas enga<strong>na</strong>ndo<br />
a muit<strong>os</strong> (vs. 24).<br />
Qu<strong>and</strong>o tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> si<strong>na</strong>is que apontam<br />
<strong>para</strong> o segundo advento tiverem sido<br />
c<strong>um</strong>prid<strong>os</strong>, então Jesus voltará – <strong>para</strong><br />
reunir Seu povo, <strong>para</strong> ressuscitar <strong>os</strong> just<strong>os</strong><br />
mort<strong>os</strong>, <strong>para</strong> transformar e receber<br />
tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> sant<strong>os</strong>, <strong>para</strong> destruir <strong>os</strong> poderes<br />
maus e pervers<strong>os</strong>, <strong>para</strong> vindicar o caráter<br />
de Deus, <strong>para</strong> restaurar a terra e <strong>para</strong><br />
restabelecer a comunhão com Deus! A<br />
linguagem bíblica acerca da segunda<br />
vinda não dá margem <strong>para</strong> <strong>um</strong> arrebatamento<br />
secreto.<br />
As Escrituras também não falam de<br />
<strong>um</strong>a segunda chance de salvação após a<br />
morte. A p<strong>os</strong>ição bíblica é clara: depois<br />
da morte, não há nenh<strong>um</strong>a p<strong>os</strong>sibilidade<br />
de <strong>um</strong>a segunda chance; existe<br />
ape<strong>na</strong>s <strong>um</strong> julgamento. “O homem está<br />
desti<strong>na</strong>do a morrer <strong>um</strong>a só vez e depois<br />
disso enfrentar o juízo” (Hebreus 9:27<br />
– NVI).<br />
Porém, quão sinistra e quão<br />
sutil é a teoria do arrebatamento.<br />
Definitivamente, trata-se de <strong>um</strong> atentado<br />
ao cristianismo, <strong>um</strong> assalto à preci<strong>os</strong>a<br />
doutri<strong>na</strong> da salvação e da segunda vinda<br />
de Cristo. 8<br />
Seria ape<strong>na</strong>s <strong>um</strong> acidente Deus ter<br />
escolhido o movimento do advento em<br />
1844, <strong>para</strong> proclamar as genuí<strong>na</strong>s verdades<br />
da segunda vinda e do juízo, mais<br />
ou men<strong>os</strong> <strong>na</strong> mesma época em que tais<br />
doutri<strong>na</strong>s enga<strong>na</strong>doras, como o arrebatamento<br />
secreto e o dispensacio<strong>na</strong>lismo,<br />
entraram em ce<strong>na</strong> no mundo?<br />
Darwin e o surgimento da<br />
evolução <strong>na</strong>turalística<br />
Depois de cinco an<strong>os</strong> de <strong>um</strong>a viagem<br />
científica a bordo do <strong>na</strong>vio HMS Beagle,<br />
Charles Darwin voltou <strong>para</strong> casa <strong>na</strong><br />
Inglaterra em 1836. A viagem o levou<br />
a “pensar muito acerca da religião” e<br />
ele começou a “descrer no cristianismo<br />
como <strong>um</strong>a revelação divi<strong>na</strong>”. 9 Mais<br />
tarde, Darwin declarou: “Em junho de<br />
1842, eu primeiro tive a satisfação de<br />
escrever <strong>um</strong> breve res<strong>um</strong>o da minha teoria<br />
[da evolução] a lápis em 35 pági<strong>na</strong>s;<br />
esse res<strong>um</strong>o foi ampliado no verão de<br />
1844 <strong>para</strong> 230 pági<strong>na</strong>s.” Assim começou<br />
A Origem das Espécies de Darwin,<br />
<strong>um</strong> livro que revolucionou o pensamento<br />
científico e marcou o início da negação<br />
do relato bíblico da criação.<br />
Todavia, <strong>na</strong>quele mesmo ano de<br />
1844, Deus estava trazendo à luz <strong>um</strong>a<br />
verdade bíblica por muito tempo negligenciada:<br />
o sábado, que celebra Deus<br />
como o Criador. Uma denomi<strong>na</strong>ção<br />
relativamente peque<strong>na</strong>, <strong>os</strong> Batistas<br />
do Sétimo Dia da América do Norte,<br />
haviam se preocupado bastante em<br />
1843 com a ameaça da recente legislação<br />
quanto ao domingo, que poderia afetar<br />
14 DIÁLOGO 18•3 2006
suas liberdades. Assim, eles se dedicaram<br />
a orar e a se envolver mais ativamente<br />
em favor do sábado do sétimo dia, se<strong>para</strong>ndo<br />
<strong>um</strong> dia em 1843 e, mais tarde,<br />
outro em 1844 <strong>para</strong> jej<strong>um</strong> e oração,<br />
<strong>para</strong> que Deus Se “levantasse e defendesse<br />
Seu santo sábado”.<br />
No inverno de 1844, <strong>um</strong>a senhora<br />
chamada Rachel Oakes, <strong>um</strong>a batista do<br />
sétimo dia de Nova Iorque, estava visit<strong>and</strong>o<br />
a filha em New Hampshire. Lá,<br />
ela visitou a Igreja Cristã Washington,<br />
onde <strong>um</strong> serviço de comunhão estava<br />
sendo ministrado por Frederick Wheeler,<br />
<strong>um</strong> ministro metodista que havia aceitado<br />
a mensagem milerita. A Sra. Oakes<br />
ficou surpresa ao ouvir Wheeler dizer:<br />
“Todo aquele que confessar comunhão<br />
com Cristo n<strong>um</strong>a cerimônia como esta<br />
deveria estar disp<strong>os</strong>to a obedecer a Deus<br />
e guardar Seus m<strong>and</strong>ament<strong>os</strong> em todas<br />
as coisas.” Qu<strong>and</strong>o o Pr. Wheeler visitou<br />
a família Oakes pouco tempo depois,<br />
a Sra. Oakes lhe disse que ela quase<br />
se levantara aquele dia <strong>na</strong> igreja <strong>para</strong><br />
lhe dizer que seria melhor <strong>para</strong> ele não<br />
participar da cerimônia enquanto ele<br />
mesmo não estivesse disp<strong>os</strong>to a guardar<br />
tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> m<strong>and</strong>ament<strong>os</strong> de Deus, incluindo<br />
o sábado.”<br />
Ao voltar <strong>para</strong> casa, Frederick Wheeler<br />
estudou sinceramente sua Bíblia, e alg<strong>um</strong>as<br />
sema<strong>na</strong>s depois, aceitou o ensino<br />
bíblico acerca da santidade do sétimo<br />
dia, o sábado, e pregou seu primeiro sermão<br />
sobre o assunto em março de 1844.<br />
Muit<strong>os</strong> membr<strong>os</strong> de sua igreja abraçaram<br />
a verdade do sábado. Das sessenta<br />
ou mais pessoas daquela vizinhança que<br />
experimentaram o gr<strong>and</strong>e desapontamento<br />
de 1844, <strong>um</strong>as quarenta aceitaram<br />
a doutri<strong>na</strong> do sábado e mais tarde<br />
se tor<strong>na</strong>ram membr<strong>os</strong> da primeira igreja<br />
adventista a guardar o sábado.<br />
Outro pregador milerita, <strong>um</strong> batista<br />
chamado Thomas Preble, ouviu que<br />
a mensagem do sábado estava sendo<br />
pregada em New Hampshire, e decidiu<br />
investigá-la. Ele também, em ag<strong>os</strong>to<br />
de 1844, abraçou a verdade do sábado.<br />
Cerca de quatro meses após o gr<strong>and</strong>e<br />
desapontamento, Preble escreveu <strong>um</strong><br />
artigo acerca do sábado no periódico<br />
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
milerita The Hope of Israel. J<strong>os</strong>é Bates,<br />
<strong>um</strong> capitão de <strong>na</strong>vio ap<strong>os</strong>entado, leu-a e<br />
não só aceitou o sábado como também<br />
passou a publicar <strong>um</strong>a série de artig<strong>os</strong><br />
sobre o assunto. Desse tempo em diante,<br />
J<strong>os</strong>é Bates, <strong>um</strong> d<strong>os</strong> fundadores da Igreja<br />
Adventista do Sétimo Dia, tornou-se<br />
<strong>um</strong> líder <strong>na</strong> proclamação da mensagem<br />
do sábado. Como se sabe, a questão<br />
do sábado era tão importante que se<br />
tornou parte do próprio nome da Igreja<br />
Adventista do Sétimo Dia. Ellen White<br />
falou diretamente da importância do<br />
sábado em destacar <strong>um</strong> Deus-Criador.<br />
“A sup<strong>os</strong>ição infiel de que <strong>os</strong> event<strong>os</strong> da<br />
primeira sema<strong>na</strong> requereram sete períod<strong>os</strong><br />
de tempo vast<strong>os</strong> e indefinid<strong>os</strong> <strong>para</strong><br />
que se completassem atinge o sábado do<br />
quarto m<strong>and</strong>amento diretamente em<br />
sua base.” 10<br />
Seria mera coincidência Deus ter<br />
levantado <strong>um</strong>a igreja, <strong>para</strong> que pregasse<br />
a verdade do sábado e o poder criador<br />
divino, ao mesmo tempo em que<br />
Darwin escreveu sua teoria evolucionária<br />
neg<strong>and</strong>o a atividade criadora de Deus? A<br />
mensagem d<strong>os</strong> três anj<strong>os</strong> de Apocalipse<br />
14 e o compromisso adventista de proclamá-la<br />
seriamente, como a advertência<br />
fi<strong>na</strong>l de Deus ao mundo, não são mero<br />
acaso. Na verdade, são parte do plano de<br />
Deus <strong>para</strong> o fim d<strong>os</strong> temp<strong>os</strong>.<br />
O cientista adventista Ariel Roth<br />
comenta o seguinte desafio: “N<strong>os</strong>sa<br />
confiança de que a Bíblia é a Palavra de<br />
Deus não dá espaço <strong>para</strong> alter<strong>na</strong>tivas à<br />
criação [bíblica] tais como <strong>um</strong>a criação<br />
progressiva, evolução teística, ou evolução<br />
<strong>na</strong>turalística. Não deveríam<strong>os</strong> n<strong>os</strong><br />
envolver em especulações infrutíferas.<br />
Como ‘o povo do Livro’, nós tem<strong>os</strong><br />
<strong>um</strong>a oportunidade sagrada de apresentar<br />
toda a Bíblia, incluindo sua mensagem<br />
da criação, <strong>para</strong> <strong>um</strong> mundo que está<br />
desorientado quanto à gr<strong>and</strong>e questão<br />
de como começou a vida sobre a terra.” 11<br />
Nada a temer quanto ao futuro<br />
Em n<strong>os</strong>sa breve, mas esclarecedora<br />
viagem de volta a<strong>os</strong> an<strong>os</strong> de 1840, nós<br />
recapitulam<strong>os</strong> o surgimento de alguns<br />
d<strong>os</strong> maiores moviment<strong>os</strong> globais – marxismo,<br />
dispensacio<strong>na</strong>lismo e evolucionismo<br />
– que desafiaram importantes<br />
verdades acerca de Deus nesses temp<strong>os</strong><br />
fi<strong>na</strong>is. Além disso, deveríam<strong>os</strong> também<br />
ter exami<strong>na</strong>do outr<strong>os</strong> importantes event<strong>os</strong><br />
que ocorreram <strong>na</strong> mesma época,<br />
tais como o surgimento do espiritismo<br />
moderno, o início da religião Bahai no<br />
oriente e a emergência do existencialismo<br />
<strong>na</strong> Europa. Mas, a verdade nunca<br />
foi deixada sem seus defensores. Deus,<br />
em Sua graça e providência, sempre tem<br />
levantado <strong>um</strong> pequeno, mas coraj<strong>os</strong>o,<br />
grupo de crentes <strong>na</strong> Bíblia <strong>para</strong> descobrir<br />
a verdade em sua plenitude e tornála<br />
sua prioridade de missão global e<br />
testemunho. Não, 1844 e o surgimento<br />
do adventismo não são mer<strong>os</strong> acidentes!<br />
São o plano de Deus <strong>para</strong> manter viva<br />
a chama da verdade em meio às trevas<br />
de engano que envolveram a história<br />
h<strong>um</strong>a<strong>na</strong> por volta da mesma época.<br />
O ano de 1844 e sua gr<strong>and</strong>e importância<br />
não podem jamais ser minimizad<strong>os</strong><br />
ou esquecid<strong>os</strong>. O conselho de Ellen<br />
White é oportuno: “Ao recapitular a<br />
n<strong>os</strong>sa história passada, havendo percorrido<br />
tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> pass<strong>os</strong> de n<strong>os</strong>so progresso<br />
até ao n<strong>os</strong>so estado atual, p<strong>os</strong>so dizer:<br />
Louvado seja Deus! Qu<strong>and</strong>o vejo o<br />
que Deus tem executado, encho-me de<br />
admiração e de confiança <strong>na</strong> liderança<br />
de Cristo. Nada tem<strong>os</strong> que recear quanto<br />
ao futuro, a men<strong>os</strong> que esqueçam<strong>os</strong><br />
a maneira em que o Senhor n<strong>os</strong> tem<br />
guiado, e <strong>os</strong> ensin<strong>os</strong> que n<strong>os</strong> ministrou<br />
no passado.” 12<br />
Ron du Preez (D.Min., Universidade<br />
Andrews; Th.D., Universidade do<br />
Sul da África) tem atuado como<br />
missionário e professor universitário,<br />
e atualmente serve como pastor <strong>na</strong><br />
Associação de Michigan. Este artigo<br />
foi adaptado de seu livro No Fear for<br />
the Future, distribuído pela Review<br />
<strong>and</strong> Herald Publishing Association,<br />
Hagerstown, Maryl<strong>and</strong>, EUA. Ele<br />
pode ser contatado pelo e-mail faithethics@yahoo.com<br />
Continua <strong>na</strong> p. 31<br />
15
Como detectar e vencer a depressão<br />
Mario Pereyra<br />
Conheça dez pass<strong>os</strong> <strong>para</strong><br />
prevenir ou superar a<br />
depressão, <strong>um</strong> mal que<br />
afeta cerca de 14% da<br />
população mundial.<br />
Annie, 36 an<strong>os</strong>, vive com seu<br />
marido e dois filh<strong>os</strong>. O que ela vive<br />
dificilmente pode ser chamado de<br />
vida. Durante a maior parte do dia,<br />
está com medo e ansi<strong>os</strong>a. Medo de<br />
<strong>na</strong>da em particular, mas ainda assim,<br />
medo. Freqüentemente está tensa, com<br />
aparência cansada e olhar perdido.<br />
Por vezes, chora sem saber a razão. O<br />
sorriso de suas crianças não lhe causa<br />
muito impacto. À noite, é vítima de<br />
insônia. “É horrível, assustador, já não<br />
agüento mais”, ela me confidenciou.<br />
“Não me sinto disp<strong>os</strong>ta a fazer <strong>na</strong>da.<br />
Não consigo fazer as tarefas, não vou<br />
a lugar nenh<strong>um</strong>. Eu não quero ver<br />
ninguém. Vivo deitada, apesar de não<br />
conseguir dormir. Ape<strong>na</strong>s me deito e<br />
fico pens<strong>and</strong>o em meus problemas. A<br />
comida me dá nojo. Perdi cinco quil<strong>os</strong><br />
<strong>na</strong>s últimas sema<strong>na</strong>s. Por vezes, penso<br />
que seria melhor pôr <strong>um</strong> fim a esse<br />
pesadelo.”<br />
Annie é <strong>um</strong>a vítima da depressão,<br />
a mais com<strong>um</strong> de todas as desordens<br />
mentais e queixas de saúde. Em todo<br />
o mundo, aproximadamente 400<br />
milhões de pessoas sofrem de depressão.<br />
As estimativas variam de 12 a<br />
14% da população mundial. 1<br />
Os sintomas mais comuns são<br />
melancolia, perda de interesse ou prazer,<br />
sentimento de culpa, baixa autoestima,<br />
transtorn<strong>os</strong> do sono, falta de<br />
apetite, pouca energia e baixa concentração.<br />
No pior d<strong>os</strong> cenári<strong>os</strong>, a depressão<br />
pode levar ao suicídio, <strong>um</strong>a trágica<br />
fatalidade associada à perda de cerca de<br />
850 mil vidas a cada ano. 2<br />
O quadro é preocupante. O pior<br />
é que dois terç<strong>os</strong> das pessoas que<br />
sofrem de depressão não buscam ajuda.<br />
Porém, mais de 80% entre aqueles<br />
com depressão clínica melhoram significantemente<br />
com tratamento.<br />
Tip<strong>os</strong> de depressão<br />
Pesquisadores têm sugerido diferentes<br />
subtip<strong>os</strong> teóric<strong>os</strong> de depressão. 7 São<br />
eles:<br />
1. Depressão maior é a condição <strong>na</strong><br />
qual alguém se sente deprimido o<br />
tempo todo, sem interesse em <strong>na</strong>da.<br />
Há perda de apetite, insônia, ansiedade,<br />
fadiga, dúvidas e tendências<br />
suicidas.<br />
2. Distimia é <strong>um</strong>a depressão mais<br />
prolongada (mínimo de dois an<strong>os</strong><br />
<strong>para</strong> adult<strong>os</strong> e <strong>um</strong> ano <strong>para</strong> crianças e<br />
adolescentes), com sintomas similares<br />
à depressão maior, mas com menor<br />
intensidade.<br />
3. Depressão bipolar é <strong>um</strong>a condição<br />
caracterizada pela presença de depressão<br />
maior e episódi<strong>os</strong> de mania. É <strong>um</strong><br />
Teste de Auto-Avaliação Wang<br />
estado anormal da mente, expansivo<br />
ou irritável, que pode durar por <strong>um</strong>a<br />
sema<strong>na</strong>, com ilusões de gr<strong>and</strong>eza,<br />
ausência de sono, fal<strong>and</strong>o mais do que<br />
o usual, pensament<strong>os</strong> dispers<strong>os</strong>, ativismo<br />
e agitação psicomotora.<br />
4. Ciclotimia é similar à desordem<br />
bipolar, mas de maior duração e menor<br />
intensidade.<br />
Sou deprimido?<br />
Se você quer a<strong>na</strong>lisar seu estado<br />
mental, complete o teste de Wang, no<br />
quadro abaixo. Marque seus resultad<strong>os</strong><br />
com as instruções ao fi<strong>na</strong>l deste artigo.<br />
Os dez m<strong>and</strong>ament<strong>os</strong><br />
antidepressão<br />
Há dois mod<strong>os</strong> básic<strong>os</strong> de combater<br />
a depressão: com psicoterapia e terapia<br />
farmacológica. A pessoa deve ser avaliada<br />
por <strong>um</strong> psiquiatra que prescreverá<br />
tratamento adequado. A psicoterapia<br />
mais efetiva é a cognitivo-compor-<br />
Instruções<br />
Marque <strong>um</strong> “x” <strong>na</strong> opção que melhor indica seu jeito de ser, em cada <strong>um</strong> d<strong>os</strong> itens <strong>na</strong>s<br />
fileiras. Depois de completar o teste, leia as instruções que aparecem ao término deste<br />
artigo <strong>para</strong> ver onde você se encontra.<br />
Itens Nunca Raramente Às vezes Freqüentemente Sempre Pont<strong>os</strong><br />
1. Sinto-me triste. o o o o o ________<br />
2. Tenho <strong>um</strong> bom apetite. o o o o o ________<br />
3. Choro ou tenho vontade<br />
de chorar. o o o o o ________<br />
4. Durmo mal à noite. o o o o o ________<br />
5. Tenho confiança própria. o o o o o ________<br />
6. Tenho vontade de trabalhar. o o o o o ________<br />
7. Irrito-me facilmente. o o o o o ________<br />
8. Tenho fé no futuro. o o o o o ________<br />
9. Sinto-me nerv<strong>os</strong>o e ansi<strong>os</strong>o. o o o o o ________<br />
10. Estou cansado. o o o o o ________<br />
Soma<br />
Multiplicado por 2<br />
Total<br />
________<br />
________<br />
________<br />
16 DIÁLOGO 18•3 2006
tamental. Ela permite a<strong>os</strong> pacientes<br />
adquirirem novas habilidades em seu<br />
modo de percepção, compreensão e de<br />
reação às dificuldades, reduzindo a gravidade<br />
e duração da condição depressiva.<br />
Entre diversas formas <strong>para</strong> alcançar<br />
esse objetivo, g<strong>os</strong>taria de sugerir dez<br />
m<strong>and</strong>ament<strong>os</strong> antidepressão. 4<br />
1. Intencio<strong>na</strong>lmente lute contra<br />
pensament<strong>os</strong> negativ<strong>os</strong>. Os pensament<strong>os</strong><br />
negativ<strong>os</strong> mais importantes são<br />
conhecid<strong>os</strong> como “Tríade Cognitiva<br />
Negativa”. São eles: (1) pensament<strong>os</strong><br />
e sentiment<strong>os</strong> negativ<strong>os</strong> sobre si<br />
mesmo; (2) a tendência de interpretar<br />
o ambiente de forma negativa; e (3) a<br />
visão do futuro de modo pessimista.<br />
Por exemplo, Annie estava convencida<br />
de que era <strong>um</strong>a mãe ruim e <strong>um</strong>a péssima<br />
esp<strong>os</strong>a. Pensava que seu esp<strong>os</strong>o<br />
não a amava e com certeza a deixaria.<br />
Acreditava que a história depressiva de<br />
sua mãe se repetiria com ela.<br />
Como combater esses pensament<strong>os</strong>?<br />
Dois pass<strong>os</strong> irão ajudar. Primeiro,<br />
detecte e descubra <strong>os</strong> pensament<strong>os</strong><br />
negativ<strong>os</strong>. Segundo, confronte-<strong>os</strong> com<br />
evidências da realidade.<br />
Pedim<strong>os</strong> a Annie que escrevesse suas<br />
situações negativas em <strong>um</strong> caderno<br />
com quatro colu<strong>na</strong>s. As três primeiras<br />
colu<strong>na</strong>s eram <strong>para</strong> ela descrever o evento,<br />
o que ela pensou e sentiu de acordo<br />
com a situação e que tipo de evidência<br />
ela p<strong>os</strong>suía. Ela tinha que escrever <strong>na</strong><br />
última colu<strong>na</strong> <strong>um</strong> pensamento p<strong>os</strong>itivo<br />
que substituísse o negativo. Por exemplo:<br />
<strong>um</strong> dia ela se encontrou com <strong>um</strong>a<br />
amiga que não a c<strong>um</strong>primentou. Isso<br />
desencadeou pensament<strong>os</strong> negativ<strong>os</strong>.<br />
Aqui está o que ela escreveu:<br />
Situação<br />
Minha amiga passou perto de mim sem<br />
me c<strong>um</strong>primentar.<br />
O que senti e pensei<br />
Eu penso que ela está brava comigo. Isso<br />
gerou medo e rejeição.<br />
Evidência<br />
Seu semblante sério e desagradável.<br />
Pensamento alter<strong>na</strong>tivo<br />
Pode ser que ela não esteja brava comigo<br />
e sim preocupada acerca de algo mais<br />
pessoal.<br />
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
2. Quebre o circuito de idéias<br />
negativas. Annie pensou que seu marido<br />
se cansaria dela e a ab<strong>and</strong>o<strong>na</strong>ria.<br />
Dessa forma, se retraiu e adotou <strong>um</strong>a<br />
atitude desdenh<strong>os</strong>a. “Se ele vai me deixar,<br />
<strong>para</strong> que devo me preocupar com<br />
ele?”, pensava. “Você escutou o que<br />
ele disse qu<strong>and</strong>o entrou? Que eu não<br />
melhorarei novamente, como a minha<br />
mãe. O que ele quer é se ver livre de<br />
mim.” Tais pensament<strong>os</strong> podem provocar<br />
<strong>um</strong>a resp<strong>os</strong>ta negativa do marido.<br />
Em troca, <strong>um</strong>a resp<strong>os</strong>ta negativa<br />
reforçaria seus sentiment<strong>os</strong> de rejeição<br />
e de futuro ab<strong>and</strong>ono. Annie estava<br />
presa em <strong>um</strong> círculo vici<strong>os</strong>o.<br />
Como mudar estas idéias negativas?<br />
Uma maneira é confrontar tais<br />
pensament<strong>os</strong> com a real situação. Na<br />
realidade, Omar, o marido de Annie,<br />
a amava muito e estava fazendo tudo<br />
<strong>para</strong> tor<strong>na</strong>r a recuperação dela p<strong>os</strong>sível.<br />
Annie sabia que ela deveria preservar<br />
seu matrimônio e sua família, ser mais<br />
amor<strong>os</strong>a e cuidad<strong>os</strong>a. Assim, ao confrontar<br />
o negativo e reforçar o p<strong>os</strong>itivo,<br />
Annie poderia quebrar o círculo vici<strong>os</strong>o.<br />
Qu<strong>and</strong>o as atitudes mudam, tudo<br />
muda.<br />
3. Evite pensament<strong>os</strong> “absolut<strong>os</strong>”,<br />
do tipo “tudo ou <strong>na</strong>da”. “Omar<br />
nunca me amará novamente como<br />
antes.” “Tudo sempre dá errado.” Tais<br />
pensament<strong>os</strong> e atitudes são típic<strong>os</strong> de<br />
pacientes deprimid<strong>os</strong>. A tendência<br />
é julgar as experiências, situações,<br />
pessoas e a si mesmo por duas categorias<br />
ape<strong>na</strong>s: bom ou ruim, sempre<br />
ou nunca, santo ou pecador, etc. Para<br />
mudar esse modo de pensar, o método<br />
mais efetivo é o de introduzir tons no<br />
raciocínio com <strong>um</strong>a incli<strong>na</strong>ção <strong>para</strong><br />
o lado otimista. Por exemplo, Annie<br />
entendeu que ela teve o amor de seu<br />
marido, ainda que ele tenha se m<strong>os</strong>trado<br />
<strong>um</strong> pouco cansado em alguns<br />
moment<strong>os</strong>. Ela aprendeu a dizer: “Eu<br />
vou me sair vencedora com a ajuda de<br />
Deus.” “Existem coisas que faço que<br />
dão errado, mas existem outras que<br />
faço bem.”<br />
4. Não critique e castigue a você<br />
mesmo. Outra tendência de <strong>um</strong>a pessoa<br />
deprimida é estar permanentemente<br />
julg<strong>and</strong>o suas ações, enfatiz<strong>and</strong>o <strong>os</strong><br />
err<strong>os</strong>. Os deprimid<strong>os</strong> tendem a ignorar<br />
suas virtudes e focalizar as fraquezas.<br />
Esta autodepreciação incapacita e destrói.<br />
Por outro lado, o reconhecimento<br />
de virtudes constrói <strong>um</strong> novo futuro.<br />
5. Exclua a tirania do “eu devo”.<br />
Qu<strong>and</strong>o se permite o crescimento do<br />
“eu devo”, este se tor<strong>na</strong> <strong>um</strong> tirano permanente,<br />
fazendo dem<strong>and</strong>as excessivas.<br />
Ao invés de “eu devo”, aprenda a adotar<br />
a atitude “eu preferiria.” O anterior<br />
é <strong>um</strong>a dem<strong>and</strong>a tirânica, <strong>um</strong> fracasso<br />
que leva à baixa auto-estima. O p<strong>os</strong>terior<br />
é <strong>um</strong>a aspiração, <strong>um</strong>a meta a<br />
alcançar. Se há <strong>um</strong> tempo em que <strong>os</strong><br />
deveres precisam ser mais flexíveis, este<br />
tempo é qu<strong>and</strong>o você está deprimido.<br />
6. Evite situações desagradáveis e<br />
estressantes. Como ir a funerais, por<br />
exemplo. Tais event<strong>os</strong> acrescentam tensão<br />
a <strong>um</strong> indivíduo, particularmente a<br />
alguém com tendência à depressão.<br />
7. Reconheça seus valores e virtudes.<br />
Reconhecer a sua própria capacidade<br />
e valor pessoal faz parte do caminho<br />
do bem-estar.<br />
8. Aprenda a desfrutar e obter<br />
satisfação no que você faz. Depressão<br />
é o resultado de <strong>um</strong> fracasso em desfrutar<br />
a beleza e as bênçã<strong>os</strong> da vida.<br />
Benjamin Franklin disse bem: “O<br />
homem rico não é aquele que tem<br />
tudo, mas o que desfruta tudo o que<br />
tem.” Aprender a reconhecer o bom<br />
e o bonito ao redor de nós é <strong>um</strong> salto<br />
transcendente à descoberta da felicidade<br />
de viver.<br />
9. Promova esperança.<br />
Desesperança é <strong>um</strong> componente<br />
essencial da depressão. 5 A desesperança<br />
tem relação próxima com sintomas<br />
depressiv<strong>os</strong> e tendências suicidas. 6<br />
Uma pesquisa sobre tratament<strong>os</strong> <strong>para</strong><br />
a depressão indica que a redução da<br />
desesperança é <strong>um</strong> fator importante de<br />
resultad<strong>os</strong> bem sucedid<strong>os</strong>, particularmente<br />
durantes as primeiras sema<strong>na</strong>s<br />
de tratamento. 7<br />
Continua <strong>na</strong> p. 27<br />
17
Perfil<br />
Emily Akuno<br />
Diálogo com <strong>um</strong>a professora adventista<br />
de música no Quênia<br />
A professora Emily Akuno <strong>na</strong>sceu no<br />
Quênia, em <strong>um</strong>a família de nove filh<strong>os</strong>.<br />
A mãe adventista influenciou sua vida<br />
demonstr<strong>and</strong>o comprometimento com<br />
<strong>os</strong> valores espirituais. Toda sua formação<br />
educacio<strong>na</strong>l teve lugar em escolas<br />
públicas. Graduou-se em música pela<br />
Universidade Kenyatta, onde trabalha<br />
atualmente como professora de<br />
Música. Concluiu também o mestrado<br />
em Música pela Universidade Estadual<br />
do Noroeste, n<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>, e o<br />
doutorado pela Universidade Kingston,<br />
em Londres.<br />
Devido suas habilidades profissio<strong>na</strong>is<br />
e realizações <strong>na</strong> área de música, Akuno<br />
foi eleita presidente do Festival de<br />
Música do Quênia <strong>para</strong> todas as instituições<br />
educacio<strong>na</strong>is do país. Foi, também,<br />
presidente do Festival de Música<br />
e Cultura do Quênia <strong>para</strong> instituições<br />
não-acadêmicas, e presidente da<br />
Associação de Professores de Música<br />
da África Ocidental. Até recentemente,<br />
foi pró-reitora interi<strong>na</strong> <strong>na</strong> Universidade<br />
Kenyatta e dirigiu o Departamento<br />
(p<strong>os</strong>teriormente Instituto) de Música<br />
por vári<strong>os</strong> an<strong>os</strong> <strong>na</strong> mesma instituição.<br />
A professora Akuno, seu esp<strong>os</strong>o e<br />
seus dois filh<strong>os</strong> são membr<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> da<br />
Igreja Adventista Central de Nairobi.<br />
n Qual foi o <strong>papel</strong> da fé e da música em<br />
sua infância?<br />
Meu pai era policial e seu trabalho<br />
sempre o mantinha longe de casa.<br />
Portanto, fui educada pela minha mãe,<br />
membro ativa e fiel da igreja. Ela vivia<br />
sua fé e n<strong>os</strong> ensinou sobre <strong>um</strong> Deus<br />
que n<strong>os</strong> ama e cuida de nós. Minha<br />
avó mater<strong>na</strong> também era adventista do<br />
sétimo dia. Passei muitas horas ao seu<br />
lado. Assim, considero-me <strong>um</strong>a adventista<br />
de terceira geração.<br />
Após o Ensino Fundamental, fui<br />
<strong>para</strong> <strong>um</strong>a renomada escola no Quênia.<br />
Lá, tive meu primeiro contato com a<br />
música e sua teoria como discipli<strong>na</strong><br />
de estudo. A partir de então, meu<br />
interesse em música cresceu. Depois<br />
do Ensino Médio, estava decidida a<br />
cursar faculdade de música. Escolhi,<br />
então, a Universidade Kenyatta por seu<br />
prestigiado curso de música. Após a<br />
faculdade, fui <strong>para</strong> <strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong><br />
fazer o mestrado e, mais tarde, <strong>para</strong> a<br />
Inglaterra, cursar o doutorado.<br />
n Então, o seu interesse em música<br />
começou qu<strong>and</strong>o estudou nessa renomada<br />
escola secundária?<br />
Não. Nessa escola tive contato<br />
com a música n<strong>um</strong> contexto formal<br />
e acadêmico, como objeto de estudo.<br />
Anteriormente já estava envolvida com<br />
o ministério da música <strong>na</strong> minha igreja<br />
local, onde havia três corais. Cantava<br />
no primeiro coral, que seria equivalente<br />
a <strong>um</strong> coral de desbravadores, hoje.<br />
Portanto, desde <strong>os</strong> cinco an<strong>os</strong> de idade,<br />
estava envolvida no canto. P<strong>os</strong>so dizer<br />
que descobri primeiramente a música<br />
no meu lar e <strong>na</strong> minha igreja.<br />
n Sendo adventista do sétimo dia, como<br />
sua responsabilidade de ensi<strong>na</strong>r música se<br />
relacio<strong>na</strong> com sua fé?<br />
Não vejo a música somente como<br />
música por si só, mas como <strong>um</strong> instr<strong>um</strong>ento.<br />
No ambiente educacio<strong>na</strong>l, a<br />
música é <strong>um</strong>a ferramenta que otimiza<br />
mudanças de comportamento e ajuda<br />
<strong>na</strong> percepção de si mesmo. É <strong>um</strong>a<br />
ferramenta que muda as pessoas. Isso é<br />
<strong>um</strong> desafio <strong>para</strong> mim como adventista.<br />
Como usar esse instr<strong>um</strong>ento <strong>para</strong><br />
produzir resultad<strong>os</strong> p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong>? Como<br />
adventista, quero usar a música <strong>para</strong><br />
transmitir valores corret<strong>os</strong>. Para atingir<br />
esse objetivo, uso <strong>os</strong> dons que Deus<br />
me concedeu <strong>para</strong> ensi<strong>na</strong>r meus alun<strong>os</strong><br />
de tal modo que p<strong>os</strong>sam fazer decisões<br />
sábias <strong>na</strong> utilização de seus talent<strong>os</strong><br />
musicais. Minha fé também me orienta<br />
e ajuda <strong>na</strong> escolha das músicas que<br />
utilizo. Isso não significa que trabalho<br />
ape<strong>na</strong>s com músicas sacras, mas deixo<br />
meus valores cristã<strong>os</strong> influenciarem<br />
minha perspectiva de música, tanto a<br />
sacra como a secular, clássica ou contemporânea.<br />
n Às vezes, a música é <strong>um</strong> tema polêmico,<br />
principalmente qu<strong>and</strong>o se trata<br />
de culto de adoração, tanto <strong>na</strong> Igreja<br />
Adventista do Sétimo Dia como em<br />
outras igrejas. Como profissio<strong>na</strong>l, que<br />
conselho daria sobre como a música deveria<br />
ser compreendida?<br />
Tenho três princípi<strong>os</strong>.Primeiramente<br />
a música deve louvar a Deus. Davi<br />
escreveu: “Aclamai a Deus, toda a<br />
Terra” (Salmo 66:1). Ele agradeceu<br />
com música as bênçã<strong>os</strong> que Deus lhe<br />
18 DIÁLOGO 18•3 2006
concedeu. Portanto, a música apropriada<br />
deve ser agradável a Deus e<br />
deve louvá-Lo, sendo realizada com<br />
alegria e gratidão. Em segundo lugar,<br />
como cristã<strong>os</strong> devem<strong>os</strong> ser sábi<strong>os</strong> e<br />
gentis. Amo o canto e a música, e<br />
se vou a <strong>um</strong>a igreja deficiente em<br />
música, sinto como se tivesse perdido<br />
algo em minha adoração <strong>na</strong>quele dia.<br />
Porém, <strong>os</strong> meus at<strong>os</strong> não deveriam ser<br />
<strong>um</strong>a pedra de tropeço <strong>para</strong> <strong>os</strong> outr<strong>os</strong>.<br />
Sigo o conselho de Paulo de não causar<br />
o tropeço d<strong>os</strong> outr<strong>os</strong>. Por último,<br />
a música é <strong>um</strong>a linguagem. Em <strong>um</strong><br />
de meus livr<strong>os</strong>, defino a música como<br />
a expressão de <strong>um</strong>a cultura. Como<br />
cristã<strong>os</strong>, nós adotam<strong>os</strong> <strong>um</strong>a cultura<br />
própria. A maioria das culturas locais,<br />
especialmente aquelas que conheço,<br />
pode não ter origi<strong>na</strong>lmente o conceito<br />
de <strong>um</strong> Deus no céu, mas o têm de<br />
alg<strong>um</strong>a divindade a ser adorada. Agora<br />
que conhecem<strong>os</strong> o verdadeiro Deus,<br />
tod<strong>os</strong> esses aspect<strong>os</strong> culturais deveriam<br />
ser submetid<strong>os</strong> ao n<strong>os</strong>so conhecimento<br />
de Deus. Utilizar músicas comp<strong>os</strong>tas<br />
em outra língua ou cultura pode resultar<br />
em <strong>um</strong>a conotação diferente do<br />
prop<strong>os</strong>to no origi<strong>na</strong>l. Por essa razão,<br />
incentivo a comp<strong>os</strong>ição de músicas<br />
<strong>na</strong>s línguas <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is, feitas principalmente<br />
por autores bem firmad<strong>os</strong> no<br />
evangelho.<br />
n Sua família tem talento musical?<br />
De certa maneira, sim. Apesar de<br />
alg<strong>um</strong>as vezes meu filho mais novo<br />
perguntar por que deveria estudar<br />
música, as informações que recebo<br />
da escola indicam que ele é bastante<br />
ativo nessa área. Meu filho mais velho<br />
estudou música até o Ensino Médio e<br />
toca saxofone, mas não faz faculdade<br />
de música. Permito meus filh<strong>os</strong> tomarem<br />
suas próprias decisões. As pesquisas<br />
indicam que a prática de música<br />
melhora a aprendizagem em outras<br />
áreas de estudo, assim como ajuda <strong>um</strong><br />
indivíduo a ter equilíbrio emocio<strong>na</strong>l.<br />
n Poderia comentar sobre a vida <strong>na</strong><br />
universidade pública onde estudou e trabalha<br />
atualmente?<br />
A vida universitária pode ser <strong>um</strong>a<br />
gr<strong>and</strong>e mudança <strong>para</strong> <strong>os</strong> jovens, pois<br />
não existem mais toques de campainha,<br />
nem horári<strong>os</strong> restrit<strong>os</strong> de dormir,<br />
há pouca orientação sobre relacio<strong>na</strong>ment<strong>os</strong><br />
com o sexo op<strong>os</strong>to e, <strong>na</strong><br />
maioria das vezes, você está totalmente<br />
independente. O que me ajudou foi<br />
o seguinte: ter sempre algo útil <strong>para</strong><br />
fazer. Manter-me ocupada me afastava<br />
d<strong>os</strong> perig<strong>os</strong> da tentação. Além disso, ir<br />
à igreja cada sábado. Passávam<strong>os</strong> o dia<br />
todo <strong>na</strong> igreja estud<strong>and</strong>o a Bíblia e em<br />
comunhão com <strong>os</strong> irmã<strong>os</strong>. Mantinhan<strong>os</strong>,<br />
assim, ocupad<strong>os</strong> no local certo<br />
com pessoas que p<strong>os</strong>suíam valores<br />
semelhantes a<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong>. Assistir às<br />
reuniões de pôr-do-sol e outr<strong>os</strong> cult<strong>os</strong><br />
da igreja é importante. Eles podem ser<br />
vist<strong>os</strong> como rotineir<strong>os</strong>, mas n<strong>os</strong> ajudam<br />
muito no crescimento espiritual.<br />
Participar de grup<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> no campus<br />
também é muito bom. Isso oferece<br />
oportunidades <strong>para</strong> compartilhar sua fé<br />
e envolver-se em boas atividades. Essas<br />
atividades promovem amizades e <strong>um</strong><br />
sistema de apoio <strong>para</strong> se manter focado<br />
n<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> da vida. Além<br />
disso, oferecem também oportunidades<br />
<strong>para</strong> <strong>os</strong> jovens dialogarem entre si,<br />
conversarem sobre Deus e se conhecerem<br />
melhor.<br />
n Que conselho daria a<strong>os</strong> jovens interessad<strong>os</strong><br />
em estudar música?<br />
Comece onde você está. As igrejas<br />
locais oferecem muitas oportunidades<br />
em relação à música. Ao descobrir seus<br />
talent<strong>os</strong> e interesses, procure instituições<br />
educacio<strong>na</strong>is com programas de<br />
qualidade nessas áreas. Tenha claro<br />
em sua mente a razão de querer estar<br />
envolvido com música. Vai ajudá-lo<br />
como cristão em sua responsabilidade<br />
de ser <strong>um</strong>a luz no mundo? Através<br />
da música, poderá levar luz onde há<br />
trevas? Irá exaltar a Cristo? Será <strong>um</strong><br />
ministério <strong>para</strong> melhorar as difíceis<br />
condições sociais e espirituais, e ajudar<br />
<strong>os</strong> oprimid<strong>os</strong>? A música não deve ser<br />
<strong>um</strong> fim em si mesma, mas <strong>um</strong> meio<br />
de louvar a n<strong>os</strong>so Deus e compartilhar<br />
essa alegria com aqueles que estão ao<br />
n<strong>os</strong>so redor.<br />
Entrevista concedida a<br />
Hudson E. Kibuuka<br />
Hudson E. Kibuuka (D. Ed. pela<br />
Universidade da África do Sul) é<br />
diretor de Educação da Divisão<br />
Centro-Leste Africa<strong>na</strong> e representante<br />
regio<strong>na</strong>l da Diálogo, com<br />
escritório em Nairobi, Quênia. Seu<br />
e-mail é: kibuukah@ecd.adventista.<br />
org<br />
O e-mail da Dra. Emily Akuno é:<br />
eakuno@ku.ac.ke<br />
Atenção,<br />
profissio<strong>na</strong>is<br />
<strong>adventistas</strong>!<br />
Se você p<strong>os</strong>sui e-mail e <strong>um</strong> título<br />
ou diploma pós-secundário em qualquer<br />
campo acadêmico ou profissio<strong>na</strong>l,<br />
nós o convidam<strong>os</strong> <strong>para</strong> fazer parte da<br />
Rede de Profissio<strong>na</strong>is Adventistas (RPA).<br />
Patroci<strong>na</strong>do pela Igreja Adventista, esse<br />
registro global eletrônico assiste instituições<br />
e agências participantes a fim de<br />
localizar c<strong>and</strong>idat<strong>os</strong> <strong>para</strong> p<strong>os</strong>ições no<br />
ensino, administração, área de saúde e<br />
pesquisa, e consultores especializad<strong>os</strong><br />
e voluntári<strong>os</strong> <strong>para</strong> tarefas missionárias<br />
breves. Coloque gratuitamente sua<br />
informação profissio<strong>na</strong>l diretamente no<br />
website da RPA: http://apn.adventist.org.<br />
Anime outr<strong>os</strong> profissio<strong>na</strong>is <strong>adventistas</strong> a<br />
registrar-se!<br />
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
19
Perfil<br />
Jo<strong>na</strong>than Gallagher<br />
Diálogo com o representante adventista<br />
junto às Nações Unidas<br />
O pastor Jo<strong>na</strong>than Gallagher, diretor<br />
associado do Departamento<br />
de Relações Públicas e Liberdade<br />
Religi<strong>os</strong>a <strong>na</strong> Associação Geral da Igreja<br />
Adventista do Sétimo Dia, atua como<br />
representante da igreja junto às Nações<br />
Unidas. Sua principal função é promover<br />
a conscientização da liberdade<br />
religi<strong>os</strong>a, e desenvolver programas cooperativ<strong>os</strong><br />
de interesse <strong>para</strong> a igreja e a<br />
comunidade inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>na</strong>s áreas de<br />
saúde, educação, ética, direit<strong>os</strong> h<strong>um</strong>an<strong>os</strong><br />
e liberdade religi<strong>os</strong>a.<br />
Gallagher exerce a função de<br />
vice-secretário geral da Associação<br />
Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de Liberdade Religi<strong>os</strong>a<br />
(Irla), fundada em 1893 com o objetivo<br />
de dissemi<strong>na</strong>r princípi<strong>os</strong> de liberdade<br />
religi<strong>os</strong>a e direit<strong>os</strong> h<strong>um</strong>an<strong>os</strong> a tod<strong>os</strong><br />
<strong>os</strong> pov<strong>os</strong> ao redor do mundo. Ele é<br />
também editor do jor<strong>na</strong>l acadêmico<br />
dessa associação, Fides et Libertas.<br />
Além disso, é tesoureiro da Comissão<br />
sobre Religião e Fé das Nações Unidas,<br />
<strong>um</strong>a organização não-gover<strong>na</strong>mental<br />
(ONG).<br />
Como ministro orde<strong>na</strong>do da Igreja<br />
Adventista do Sétimo Dia, trabalhou<br />
sete an<strong>os</strong> como pastor de igreja <strong>na</strong><br />
Inglaterra, sua terra <strong>na</strong>tal, e oito an<strong>os</strong><br />
<strong>na</strong> administração da igreja no país.<br />
Concluiu seu doutorado em Divindade<br />
pela Universidade de St. Andrews,<br />
<strong>na</strong> Escócia, e é autor de sete livr<strong>os</strong> e<br />
muit<strong>os</strong> artig<strong>os</strong>. Ele é casado com A<strong>na</strong><br />
Gonçalves e tem dois filh<strong>os</strong> adult<strong>os</strong>:<br />
Paul e Rebekah.<br />
n O senhor sempre foi adventista?<br />
Não. Para mim isso significa que,<br />
com<strong>para</strong>do àqueles que cresceram <strong>na</strong><br />
igreja, conheço quais são as outras<br />
alter<strong>na</strong>tivas. Eu vivi essas alter<strong>na</strong>tivas e<br />
não as quero de volta. Estou completamente<br />
convencido a respeito da Igreja<br />
Adventista, seus princípi<strong>os</strong>, valores e<br />
todas suas crenças.<br />
n Houve alg<strong>um</strong>a pessoa ou evento em<br />
particular que influenciou sua decisão de<br />
se tor<strong>na</strong>r adventista?<br />
N<strong>os</strong> dois últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong> do Ensino<br />
Fundamental, <strong>na</strong> Inglaterra, tive <strong>um</strong><br />
colega de classe chamado Jean-Marc<br />
Michel, das Ilhas Maurício. Durante as<br />
aulas de ciências, sua p<strong>os</strong>ição quanto<br />
ao criacionismo me impressio<strong>na</strong>va. Na<br />
época, <strong>os</strong> professores não eram confrontad<strong>os</strong>.<br />
Qu<strong>and</strong>o Jean fez objeções, o<br />
professor recorreu à gozação habitual:<br />
“Na próxima aula, o ‘Dr. Michel’ irá<br />
n<strong>os</strong> ensi<strong>na</strong>r o que ele pensa ser a verdadeira<br />
origem do universo e da vida<br />
como a conhecem<strong>os</strong>.” Jean-Marc deu<br />
<strong>um</strong>a aula tão fasci<strong>na</strong>nte que o professor<br />
nunca mais lhe pediu <strong>para</strong> ensi<strong>na</strong>r<br />
novamente!<br />
Tive também várias conversas interessantes<br />
sobre a Bíblia com ele. Um<br />
dia, ele me falou: “Qu<strong>and</strong>o Jesus voltar...”<br />
Eu repliquei: “O que você quer<br />
dizer ‘qu<strong>and</strong>o Jesus voltar?’” Ele respondeu:<br />
“Você sabe, a segunda vinda<br />
de Cristo...” Eu disse: “Onde está isso<br />
<strong>na</strong> Bíblia?” Eu pensei que conhecia a<br />
Bíblia, pois meus pais eram evangélic<strong>os</strong><br />
e tinha lido a Bíblia desde pequeno.<br />
Porém, nunca ouvim<strong>os</strong> <strong>um</strong> sermão<br />
sobre a volta de Jesus. Depois que ele<br />
me m<strong>os</strong>trou <strong>os</strong> text<strong>os</strong> <strong>na</strong>s Escrituras,<br />
fiquei aterrorizado. P<strong>os</strong>teriormente,<br />
esse sentimento se transformou ao<br />
compreender melhor o assunto, e tive<br />
a convicção que aquilo era verdade. De<br />
fato, minha tese doutoral focalizou <strong>os</strong><br />
aspect<strong>os</strong> da segunda vinda de Cristo.<br />
n Qu<strong>and</strong>o sentiu o chamado <strong>para</strong> o<br />
ministério?<br />
Inicialmente, não senti <strong>um</strong> chamado.<br />
Para muit<strong>os</strong> é difícil acreditar,<br />
mas qu<strong>and</strong>o jovem era muito tímido<br />
e introvertido. Não me sentia confortável<br />
fal<strong>and</strong>o em público. Depois que<br />
me tornei adventista, acreditava que<br />
Deus queria que eu pregasse. Porém, já<br />
havia decidido cursar ciências, e pr<strong>os</strong>segui<br />
nessa direção. Nesse período me<br />
casei, e senti a convicção que deveria<br />
estudar <strong>na</strong> Universidade de Newbold,<br />
Inglaterra. Ainda não pensava em ser<br />
pastor: queria somente conhecer mais<br />
sobre Deus. O chamado veio depois.<br />
20 DIÁLOGO 18•3 2006
n Que o motivou a defender a liberdade<br />
religi<strong>os</strong>a?<br />
Foram <strong>os</strong> conceit<strong>os</strong> sobre Deus.<br />
Acredito que a liberdade é o principio<br />
mais elevado no universo de Deus. Por<br />
isso, n<strong>os</strong>so direito de louvar e adorar<br />
livremente é soberano. Se você está<br />
sendo compelido a realizar algo contra<br />
suas crenças, essa é a maior violação<br />
da dignidade h<strong>um</strong>a<strong>na</strong>. Isso faz parte<br />
de <strong>um</strong> gr<strong>and</strong>e conflito universal, pois<br />
Satanás acusou Deus de ser tirano,<br />
ditador, e de não oferecer liberdade e<br />
direito de escolha.<br />
A liberdade religi<strong>os</strong>a se res<strong>um</strong>e em<br />
justiça. Estou convencido de que Deus<br />
é justo e sempre será justo. Devem<strong>os</strong><br />
tentar sê-lo também. Jesus afirmou que<br />
a perseguição viria, mas não disse <strong>para</strong><br />
n<strong>os</strong> acomodarm<strong>os</strong> ou ape<strong>na</strong>s aceitá-la.<br />
Devem<strong>os</strong> ficar atent<strong>os</strong> a esse respeito.<br />
De outro modo, como as pessoas saberão<br />
dessas questões importantes? Não<br />
haverá liberdade religi<strong>os</strong>a n<strong>os</strong> temp<strong>os</strong><br />
fi<strong>na</strong>is, mas, por enquanto, devem<strong>os</strong><br />
promover e defendê-la. Então, ao se<br />
aproximar o fim, <strong>um</strong>a polarização surgirá<br />
e as pessoas poderão saber quais<br />
são as verdadeiras questões.<br />
n Quais são suas responsabilidades como<br />
vice-secretário geral da Irla e tesoureiro<br />
da Comissão sobre Religião e Fé das<br />
Nações Unidas?<br />
Organizam<strong>os</strong> associações de liberdade<br />
religi<strong>os</strong>a ao redor do mundo filiadas<br />
à Irla, assim como representam<strong>os</strong> a Irla<br />
<strong>na</strong>s Nações Unidas. Como tesoureiro<br />
da Comissão sobre Religião e Fé,<br />
participo mensalmente de reuniões<br />
em Nova Iorque com embaixadores e<br />
representantes de ONGs.<br />
Há dois an<strong>os</strong>, tivem<strong>os</strong> a oportunidade<br />
de falar <strong>na</strong> Comissão de<br />
Direit<strong>os</strong> H<strong>um</strong>an<strong>os</strong>, represent<strong>and</strong>o a<br />
Irla. Resolvem<strong>os</strong> abordar o problema<br />
da imp<strong>os</strong>ição da pe<strong>na</strong> de morte<br />
em caso de conversões, sobretudo<br />
no Islamismo. Fizem<strong>os</strong> <strong>um</strong>a palestra<br />
cit<strong>and</strong>o autoridades do Islã que<br />
são contra essa prática. O embaixador<br />
de Marroc<strong>os</strong> solicitou o direito<br />
de resp<strong>os</strong>ta. Ele se levantou e disse:<br />
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
“G<strong>os</strong>taríam<strong>os</strong> de agradecer a Irla por<br />
deixar claro que a pe<strong>na</strong> de morte por<br />
conversão não é parte do Islamismo<br />
e tampouco da mensagem origi<strong>na</strong>l<br />
do profeta. Tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> países que a<br />
impõem não representam o verdadeiro<br />
Islamismo.” Nesse momento você<br />
pensa: “Podem<strong>os</strong>, sim, fazer a diferença.”<br />
n Poderia compartilhar con<strong>os</strong>co <strong>um</strong>a<br />
experiência de seu trabalho junto às<br />
Nações Unidas?<br />
Duas me vêm à mente. A primeira<br />
envolve <strong>um</strong>a oficial da Missão<br />
Permanente da Sérvia <strong>na</strong>s Nações<br />
Unidas. Fui até ela e lhe disse: “Vocês<br />
estão propondo essa nova lei <strong>na</strong> Sérvia,<br />
e ela é terrível.” “Que lei?”, pergunto<strong>um</strong>e.<br />
Então lhe propus: “P<strong>os</strong>so conversar<br />
com a senhora sobre isso.” Ela respondeu:<br />
“Não. Espere até amanhã que<br />
verificarei a lei.” Comunicou-se com<br />
Belgrado e obteve o texto da lei. Então<br />
conversam<strong>os</strong>. Apontei <strong>os</strong> itens que<br />
eram contrári<strong>os</strong> à constituição deles<br />
e também iam contra a Declaração<br />
de Direit<strong>os</strong> H<strong>um</strong>an<strong>os</strong> das Nações<br />
Unidas. Ela fez anotações e as enviou<br />
a Belgrado. A prop<strong>os</strong>ta da lei não foi<br />
adiante.<br />
A segunda é sobre a conferência<br />
da Irla em Trinidade, em janeiro<br />
de 2005. Convidam<strong>os</strong> o primeiro<br />
ministro de Trinidade <strong>para</strong> n<strong>os</strong> falar.<br />
Ele prontamente aceitou. Pouc<strong>os</strong> dias<br />
antes das reuniões, convidou-n<strong>os</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>um</strong>a conversa de cinco minut<strong>os</strong>. Após<br />
n<strong>os</strong> apresentarm<strong>os</strong>, ele disse: “Tem<strong>os</strong>,<br />
então, alguns doutores de teologia<br />
aqui. Deixe-me lhes perguntar algo:<br />
Qual foi o <strong>papel</strong> de Deus no tsu<strong>na</strong>mi?”<br />
Coube a mim responder tal questão!<br />
Por ele ser cristão, começam<strong>os</strong> por<br />
Apocalipse com a guerra no céu.<br />
Depois fom<strong>os</strong> <strong>para</strong> Gênesis, e então<br />
discutim<strong>os</strong> o tema do Gr<strong>and</strong>e Conflito<br />
em Isaías 14 e Ezequiel 28. Após meia<br />
hora, seus assistentes comentaram:<br />
“Era <strong>para</strong> ser <strong>um</strong> encontro de cinco<br />
minut<strong>os</strong>, e estam<strong>os</strong> tendo <strong>um</strong> estudo<br />
bíblico há meia hora!” Essas são<br />
alg<strong>um</strong>as oportunidades que surgem e<br />
que devem<strong>os</strong> aproveitá-las.<br />
n Que conselho daria a<strong>os</strong> jovens <strong>adventistas</strong><br />
<strong>para</strong> melhor se pre<strong>para</strong>rem <strong>para</strong><br />
esse tipo de trabalho?<br />
É importante ter conhecimento<br />
sobre ciências políticas, relações<br />
inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is e direito inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l.<br />
Porém, o mais importante é realmente<br />
ter interesse pelas pessoas e se preocupar<br />
com elas. Devem<strong>os</strong> tratar a tod<strong>os</strong><br />
com respeito, ouvir o que eles têm a<br />
dizer e ponderar sobre isso. É também<br />
muito importante sentir o desejo<br />
de compartilhar sua fé, suas crenças<br />
e princípi<strong>os</strong>, mas de <strong>um</strong> modo não<br />
agressivo.<br />
n O que mantém seu entusiasmo pela<br />
liberdade religi<strong>os</strong>a?<br />
Conheci <strong>um</strong>a garota de 15 an<strong>os</strong><br />
de idade em <strong>um</strong>a de minhas viagens<br />
à Chi<strong>na</strong>. Descobri que seu pai, <strong>um</strong><br />
pastor adventista, estava <strong>na</strong> prisão há<br />
dez an<strong>os</strong>. Ela o via ape<strong>na</strong>s em visitas<br />
ocasio<strong>na</strong>is à prisão. Perguntei-lhe o<br />
que mais queria no mundo, e ela me<br />
respondeu: “Que meu pai volte <strong>para</strong><br />
casa.” Em moment<strong>os</strong> assim você experimenta<br />
a dor que resulta da violação<br />
da liberdade religi<strong>os</strong>a. Por essa razão,<br />
fico feliz em dedicar meu tempo trabalh<strong>and</strong>o<br />
por essa liberdade.<br />
Entrevista concedida a<br />
Bonita Joyner Shields<br />
Bonita Joyner Shields é editora assistente<br />
da Adventist Review, principal<br />
periódico da Igreja Adventista do<br />
Sétimo Dia. Os escritóri<strong>os</strong> da equipe<br />
editorial estão localizad<strong>os</strong> em Silver<br />
Spring, Maryl<strong>and</strong>, EUA. Seu e-mail é:<br />
shieldsb@gc.adventist.org<br />
O endereço do Dr. Jo<strong>na</strong>than<br />
Gallagher é: 12509 Old Col<strong>um</strong>bia<br />
Pike, Silver Spring, Maryl<strong>and</strong> 20904,<br />
EUA.<br />
21
Log<strong>os</strong><br />
Você é <strong>um</strong> verdadeiro<br />
discípulo de Cristo?<br />
Leah Jordache<br />
Como cristã<strong>os</strong>, dizem<strong>os</strong> que Cristo<br />
é n<strong>os</strong>so Líder e som<strong>os</strong> Seus discípul<strong>os</strong>.<br />
Mas, sabem<strong>os</strong> realmente o que isso<br />
significa?<br />
Para entender melhor o que é ser <strong>um</strong><br />
discípulo de Cristo, comecem<strong>os</strong> com<br />
<strong>um</strong>a definição e então proponham<strong>os</strong><br />
quatro questões <strong>para</strong> análise. Segundo<br />
o dicionário, “discípulo” é <strong>um</strong> aluno<br />
ou seguidor, <strong>um</strong> adepto convicto de<br />
<strong>um</strong>a escola ou de <strong>um</strong> indivíduo.<br />
Quem:<br />
a qualificação de <strong>um</strong> discípulo<br />
Para começar, <strong>um</strong> discípulo de Jesus<br />
é seu aluno e seguidor. Qu<strong>and</strong>o Cristo<br />
chamou Seus primeir<strong>os</strong> discípul<strong>os</strong>,<br />
disse: “Vinde após Mim, e Eu v<strong>os</strong> farei<br />
pescadores de homens” (Mateus 4:19).<br />
Alguns definem discípulo em term<strong>os</strong><br />
de comportament<strong>os</strong>, como a freqüência<br />
regular à igreja, a devolução fiel<br />
de dízim<strong>os</strong> e ofertas, a opção por <strong>um</strong><br />
estilo de vida saudável, o respeito da<br />
comunidade, o testemunho persuasivo<br />
acerca de qualquer ponto da verdade,<br />
ou o trabalho feito <strong>para</strong> <strong>um</strong>a organização<br />
cristã. Essas qualidades devem<br />
estar presentes <strong>na</strong> vida de <strong>um</strong> cristão,<br />
mas não o tor<strong>na</strong>m necessariamente<br />
<strong>um</strong> discípulo. O ponto central <strong>para</strong> a<br />
definição de <strong>um</strong> discípulo está no relacio<strong>na</strong>mento.<br />
Um verdadeiro discípulo<br />
de Jesus é <strong>um</strong> aluno que aprende ativamente<br />
de Jesus através de observações<br />
diretas e interação. Um discípulo é<br />
alguém que O segue e que está sendo<br />
moldado e formado <strong>para</strong> fazer o tipo<br />
de trabalho que Ele faz.<br />
É fácil n<strong>os</strong> pegarm<strong>os</strong> fazendo coisas<br />
que pensam<strong>os</strong> que <strong>um</strong> discípulo deve<br />
fazer, sem, contudo, realmente seguirm<strong>os</strong><br />
a Cristo. N<strong>os</strong> temp<strong>os</strong> de Jesus, o<br />
relacio<strong>na</strong>mento mestre/estudante significava<br />
que o discípulo deveria seguir<br />
de perto o rabino, fazer coisas que ele<br />
fazia, falar como ele falava e imitá-lo<br />
tão bem que alguns poderiam confundi-lo<br />
com seu mestre. Inicialmente isso<br />
poderia ser visto como <strong>um</strong>a gr<strong>and</strong>e<br />
meta <strong>para</strong> aqueles que desejam ser<br />
conhecid<strong>os</strong> como discípul<strong>os</strong> de Jesus.<br />
Todavia, é p<strong>os</strong>sível agir como discípul<strong>os</strong><br />
de Cristo, sem de fato segui-Lo.<br />
Que:<br />
a motivação de <strong>um</strong> discípulo<br />
O que motiva <strong>os</strong> discípul<strong>os</strong> a<br />
seguirem <strong>um</strong> mestre em particular?<br />
O que <strong>os</strong> impele? Qual é sua força<br />
propulsora? Na sociedade judaica d<strong>os</strong><br />
temp<strong>os</strong> de Jesus, <strong>os</strong> discípul<strong>os</strong> de rabin<strong>os</strong><br />
fam<strong>os</strong><strong>os</strong> esperavam que o fato de<br />
estarem ligad<strong>os</strong> ao mestre certo lhes<br />
trouxesse prestígio e p<strong>os</strong>ição em sua<br />
comunidade. Por meio de sua santidade<br />
pessoal eles esperavam obter influência<br />
e prestígio <strong>para</strong> si própri<strong>os</strong>, a fim<br />
de <strong>um</strong> dia se tor<strong>na</strong>rem rabin<strong>os</strong> e terem<br />
seguidores reivindic<strong>and</strong>o serem iguais a<br />
seus mestres.<br />
Não é assim com o discipulado<br />
cristão. Um discípulo de Cristo deve<br />
p<strong>os</strong>suir <strong>um</strong>a espécie diferente de motivação,<br />
que não tenha <strong>na</strong>da a ver com<br />
obtenção de proveit<strong>os</strong> ou realização<br />
pessoal. O apóstolo Paulo teve conhecimento<br />
antecipado do que significa<br />
ser discípulo de Cristo. Ele escreveu<br />
a<strong>os</strong> corínti<strong>os</strong> que a motivação do discipulado<br />
não está em si mesmo, mas<br />
em Cristo: “Pois o amor de Cristo n<strong>os</strong><br />
constrange, porque estam<strong>os</strong> convencid<strong>os</strong><br />
de que <strong>um</strong> morreu por tod<strong>os</strong>;<br />
logo, tod<strong>os</strong> morreram. E Ele morreu<br />
por tod<strong>os</strong> <strong>para</strong> que aqueles que vivem<br />
já não vivam mais <strong>para</strong> si mesm<strong>os</strong>,<br />
mas <strong>para</strong> Aquele que por eles morreu<br />
e ressuscitou” (II Corínti<strong>os</strong> 5:14, 15<br />
– NVI).<br />
Qu<strong>and</strong>o vam<strong>os</strong> a Jesus, aceitam<strong>os</strong><br />
o fato de que Ele morreu por nós, e<br />
som<strong>os</strong> compelid<strong>os</strong> a viver a nova vida<br />
de resgatad<strong>os</strong> do pecado. Essa nova<br />
vida está fundamentada não em nós<br />
mesm<strong>os</strong>, mas nEle e <strong>para</strong> Ele. Assim,<br />
<strong>um</strong> discípulo de Cristo é alguém impelido<br />
pelo amor de Deus a segui-Lo e<br />
ser como Ele.<br />
O discipulado vai além da obediência,<br />
além da santificação pessoal. Essas<br />
coisas ocorrem como resultado <strong>na</strong>tural<br />
de <strong>um</strong> íntimo relacio<strong>na</strong>mento discípulo/mestre<br />
com Cristo. Elas não são o<br />
propósito do processo de discipulado.<br />
Se meu foco está ape<strong>na</strong>s no que está<br />
acontecendo comigo, então ainda<br />
estou vivendo <strong>para</strong> mim mesmo.<br />
Pergunte a alguém sobre seu relacio<strong>na</strong>mento<br />
com Deus. Você poderá ouvir<br />
<strong>um</strong>a resp<strong>os</strong>ta semelhante a esta: “Bem,<br />
eu leio minha Bíblia e oro, freqüento<br />
a igreja regularmente, ouço música<br />
espiritual, faço o p<strong>os</strong>sível <strong>para</strong> ser <strong>um</strong>a<br />
boa pessoa, evito condescender com<br />
o pecado e ajudo as pessoas o quanto<br />
p<strong>os</strong>so. Não sou perfeito, mas acho<br />
que estou indo <strong>na</strong> direção certa.” Mas<br />
seguir a Cristo diz respeito ape<strong>na</strong>s às<br />
n<strong>os</strong>sas práticas ou observâncias, comportament<strong>os</strong><br />
e fil<strong>os</strong>ofia, n<strong>os</strong>sa própria<br />
experiência e discernimento? Poderia<br />
haver algo mais?<br />
Se vam<strong>os</strong> seguir a Cristo e viver <strong>para</strong><br />
Ele, então g<strong>os</strong>taria de apresentar duas<br />
prop<strong>os</strong>ições: (1) se eu seguir a Cristo,<br />
tenho de ir aonde Ele for; (2) se devo<br />
viver <strong>para</strong> Cristo, tenho de viver <strong>para</strong><br />
aquilo que Ele vive.<br />
Paulo diz: “Portanto, se alguém está<br />
em Cristo, é nova criação. As coisas<br />
antigas já passaram; eis que surgiram<br />
coisas novas!” (II Corínti<strong>os</strong> 5:17<br />
– NVI). Discipulado é precisamente<br />
isso. O que é velho passou. O que é<br />
novo ass<strong>um</strong>iu o com<strong>and</strong>o. Vida nova,<br />
novas metas, nov<strong>os</strong> propósit<strong>os</strong>.<br />
22 DIÁLOGO 18•3 2006
O discipulado cristão é <strong>um</strong> chamado<br />
<strong>para</strong> pertencer a Cristo no mais pleno<br />
sentido da palavra. Agora n<strong>os</strong> unim<strong>os</strong><br />
a Ele n<strong>um</strong> novo propósito. Como Seu<br />
discípulo, Seu destino é o meu destino,<br />
Sua motivação, a minha motivação.<br />
Onde:<br />
o destino de <strong>um</strong> discípulo<br />
O propósito da vida de Cristo é a<br />
reconciliação do mundo com Deus<br />
(II Corínti<strong>os</strong> 5:18 e 19). Ele conduz<br />
a h<strong>um</strong>anidade a <strong>um</strong>a restauração do<br />
relacio<strong>na</strong>mento com Deus. Como Seus<br />
discípul<strong>os</strong>, n<strong>os</strong>so destino precisa ser o<br />
mesmo. Paulo diz que Cristo n<strong>os</strong> deu<br />
“o ministério da reconciliação” (v. 18).<br />
O significado é claro. Assim como<br />
Cristo Se deu a Si mesmo até a morte<br />
de cruz, a fim de reconciliar o mundo<br />
com Deus, assim deve ser a n<strong>os</strong>sa<br />
missão. Como discípul<strong>os</strong>, deveríam<strong>os</strong><br />
n<strong>os</strong> entregar completamente a esse<br />
ministério de reconciliação. É n<strong>os</strong>sa<br />
tarefa como discípul<strong>os</strong>, levar de volta a<br />
Ele as pessoas por quem Cristo depôs<br />
Sua vida. Foi isso que Jesus quis dizer<br />
em Mateus 28:19 (NVI) qu<strong>and</strong>o ordenou:<br />
“Vão e façam discípul<strong>os</strong> de todas<br />
as <strong>na</strong>ções.” Esse é o n<strong>os</strong>so destino, a<br />
n<strong>os</strong>sa meta, o n<strong>os</strong>so propósito como<br />
Seus discípul<strong>os</strong>: conduzir outr<strong>os</strong> a <strong>um</strong><br />
relacio<strong>na</strong>mento restaurado com Deus<br />
através do conhecimento daquilo que<br />
Cristo realizou por eles.<br />
Como:<br />
a manifestação de <strong>um</strong> discípulo<br />
Como discípulo de Jesus e de acordo<br />
com II Corínti<strong>os</strong> 5:18, eu O represento<br />
perante o mundo e transmito-lhe<br />
Sua mensagem de reconciliação. Faço<br />
apel<strong>os</strong> em Seu favor. Minha manifestação<br />
é a Sua manifestação. Assim, o que<br />
meu apelo comunica a Seu respeito?<br />
Se sou <strong>um</strong> discípulo de Cristo, como<br />
devo ocupar-me da missão de ser <strong>um</strong><br />
embaixador da reconciliação em Seu<br />
nome? Em vista do quanto Deus esteve<br />
disp<strong>os</strong>to ao sacrifício, o que isso significa<br />
<strong>para</strong> nós como agentes de reconciliação?<br />
É p<strong>os</strong>sível term<strong>os</strong> conseguido tanto<br />
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
em n<strong>os</strong>so próprio processo de discipulado,<br />
que n<strong>os</strong> esquecem<strong>os</strong> de n<strong>os</strong>so<br />
destino – n<strong>os</strong>so comissio<strong>na</strong>mento – de<br />
levar a mensagem divi<strong>na</strong> de reconciliação<br />
a outr<strong>os</strong>. Fom<strong>os</strong> reconciliad<strong>os</strong><br />
com Deus através de Cristo, portanto,<br />
como Seus seguidores, rogam<strong>os</strong> a<br />
outr<strong>os</strong>, em Seu nome, que se reconciliem<br />
com Ele. A liderança de Cristo é<br />
<strong>um</strong>a busca. Segui-Lo significa acompanhá-Lo<br />
em Sua busca. Devem<strong>os</strong> apelar<br />
ao mundo em nome de Cristo.<br />
Isso significa que qualquer <strong>um</strong> de<br />
nós que considere seriamente o discipulado<br />
deveria fazer <strong>um</strong> inventário<br />
de onde estam<strong>os</strong> como “seguidores<br />
de Cristo”. Comece respondendo às<br />
seguintes perguntas:<br />
1. Qualificação:<br />
• Sou <strong>um</strong> seguidor de Cristo?<br />
• Vou além da santificação pessoal<br />
<strong>para</strong> seguir a Cristo em Sua busca da<br />
reconciliação d<strong>os</strong> seres h<strong>um</strong>an<strong>os</strong> com<br />
Deus?<br />
2. Motivação:<br />
• Sou constrangido pelo amor que<br />
Cristo tem por mim?<br />
• Estou convencido de que Deus<br />
proveu tudo o que necessito, de forma<br />
que já não preciso viver <strong>para</strong> meus própri<strong>os</strong><br />
desígni<strong>os</strong>, mas <strong>para</strong> <strong>os</strong> Seus?<br />
• Estou disp<strong>os</strong>to a viver por Cristo<br />
e meus semelhantes, em lugar de simplesmente<br />
viver <strong>para</strong> mim mesmo?<br />
3. Destino:<br />
• Qual é o meu destino?<br />
• Onde as pessoas acabarão se me<br />
seguirem aonde eu as estou conduzindo<br />
agora?<br />
4. Manifestação:<br />
• Como embaixador de Cristo, o<br />
que minha manifestação está cont<strong>and</strong>o<br />
acerca de Deus a<strong>os</strong> outr<strong>os</strong>?<br />
• É visível em minha apresentação<br />
de Seu apelo o profundo desejo e a<br />
paixão de Cristo pela reconciliação?<br />
Lembre-se: “E, assim, se alguém está<br />
em Cristo, é nova criatura; as coisas<br />
antigas já passaram; eis que se fizeram<br />
novas. Ora, tudo provém de Deus,<br />
que n<strong>os</strong> reconciliou Consigo mesmo<br />
por meio de Cristo e n<strong>os</strong> deu o ministério<br />
da reconciliação, a saber, que<br />
Deus estava em Cristo reconcili<strong>and</strong>o<br />
Consigo o mundo, não imput<strong>and</strong>o<br />
a<strong>os</strong> homens as suas transgressões, e<br />
n<strong>os</strong> confiou a palavra da reconciliação.<br />
De sorte que som<strong>os</strong> embaixadores<br />
em nome de Cristo, como se Deus<br />
exortasse por n<strong>os</strong>so intermédio. Em<br />
nome de Cristo, pois, rogam<strong>os</strong> que v<strong>os</strong><br />
reconcilieis com Deus” (II Corínti<strong>os</strong><br />
5:17-20).<br />
Leah Jordache atua como pastora<br />
do ministério jovem da Igreja<br />
da Universidade de Loma Linda,<br />
Califórnia, EUA. Você pode entrar<br />
em contato com ela acess<strong>and</strong>o o<br />
site www.lluc.org ou escrevendo<br />
<strong>para</strong> ljordache@lluc.org<br />
23
ponto de vista<br />
Dez razões que me fazem<br />
permanecer adventista<br />
Dan Smith<br />
Em meio a<br />
questio<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> e<br />
controvérsias, a igreja que<br />
segue <strong>os</strong> ensi<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> de<br />
Jesus irá triunfar no fi<strong>na</strong>l.<br />
Testes são comuns durante a vida. Na<br />
escola, testes determi<strong>na</strong>m sua classificação.<br />
Em <strong>um</strong> consultório médico, testes<br />
ajudam no diagnóstico e tratamento<br />
de <strong>um</strong>a doença. Um teste de direção é<br />
necessário <strong>para</strong> conseguir <strong>um</strong>a carteira<br />
de motorista.<br />
Mas o último é o Teste Fi<strong>na</strong>l. Como<br />
é que se faz <strong>para</strong> passar neste? A resp<strong>os</strong>ta<br />
fi<strong>na</strong>l será sempre “graça”. Entretanto,<br />
existe <strong>um</strong> problema. Sempre que Deus<br />
lhe dá a graça, Ele faz juntamente <strong>um</strong><br />
pacote que chamam<strong>os</strong> de “igreja”. Os<br />
estudantes do meu campus por vezes<br />
dirão: “Sou espiritual, mas não religi<strong>os</strong>o.”<br />
Isso normalmente indica problemas<br />
com a igreja.<br />
Sim, por vezes a igreja pode leválo<br />
à loucura. Política inter<strong>na</strong>, muitas<br />
regras, pessoas assust<strong>and</strong>o com histórias<br />
de perseguição n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> temp<strong>os</strong>,<br />
legalismo. Tive <strong>um</strong> garoto com cabelo<br />
comprido e camiseta vindo à minha<br />
congregação. Estava esper<strong>and</strong>o por sua<br />
<strong>na</strong>morada qu<strong>and</strong>o alguém lhe disse:<br />
“Você não pode entrar <strong>na</strong> igreja vestido<br />
desta forma. Terá de esperar do lado de<br />
fora.” Aquele jovem jurou nunca mais<br />
voltar à igreja até que eu o chamei <strong>para</strong><br />
desculpar-me.<br />
Como pastor, freqüentemente tive<br />
razões <strong>para</strong> me perguntar: por que<br />
permaneço dentro da igreja? Por que<br />
agüentar tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> problemas que<br />
encontro dentro dela? Minhas reflexões<br />
me levaram a anotar dez razões <strong>para</strong><br />
permanecer <strong>na</strong> igreja.<br />
1. O fardo de Deus não é pesado.<br />
“Pois o meu jugo é suave e o meu<br />
fardo é leve” (Mateus 11:30). 1<br />
Alguém me disse que sentia o adventismo<br />
pesado, mas Jesus diz: “Venham<br />
a mim, tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> que estão cansad<strong>os</strong> e<br />
sobrecarregad<strong>os</strong>, e eu lhes darei descanso...<br />
Pois o meu jugo é suave e meu<br />
fardo é leve” (Mateus 11:28 e 30). Se<br />
você sente que sua religião é pesada,<br />
você não obteve isto de Cristo. Esse<br />
verso se tornou <strong>um</strong> verso de definição<br />
<strong>para</strong> mim. Então tive que rever todo o<br />
meu adventismo, até que o senti leve.<br />
Charles Swindoll conta a história de<br />
<strong>um</strong> homem que foi a <strong>um</strong> aeroporto<br />
carreg<strong>and</strong>o <strong>um</strong>a mala pesada ligada por<br />
<strong>um</strong> fio ao seu relógio. Outro homem<br />
lhe perguntou o horário. Ele lhe disse<br />
o horário, a pontuação do Lakers e o<br />
tempo em Londres.<br />
– Seu relógio lhe diz tudo isso?<br />
Preciso dele. Pagarei 100 dólares.<br />
– Não está à venda.<br />
– 500 dólares.<br />
– Não, é único. Meu pai me deu e eu<br />
o darei ao meu filho.<br />
– 5 mil dólares. Preciso ter este relógio.<br />
Tenho o dinheiro aqui.<br />
– Ok, está bem.<br />
O comprador, emocio<strong>na</strong>do, põe o<br />
relógio no pulso e vai embora. O primeiro<br />
homem, então, pega a mala e<br />
grita:<br />
– Não, espere <strong>um</strong> minuto, não se<br />
esqueça de levar a bateria!<br />
Isso é o que acontece com muit<strong>os</strong><br />
nov<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong>. Eles vêm à igreja, amam<br />
a graça, o descanso sabático, o céu, o<br />
batismo e <strong>os</strong> nov<strong>os</strong> amig<strong>os</strong>. Então eles<br />
adquirem todas as leis e regras e logo se<br />
sentem carreg<strong>and</strong>o <strong>um</strong>a mala pesada.<br />
Mas Jesus diz: “Meu jugo é suave e meu<br />
fardo é leve.”<br />
2. Deus não é <strong>um</strong> ladrão! “O<br />
ladrão vem ape<strong>na</strong>s <strong>para</strong> roubar,<br />
matar e destruir; Eu vim <strong>para</strong><br />
que tenham vida, e a tenham<br />
ple<strong>na</strong>mente” (João 10:10).<br />
Satanás vem dizendo mentiras a respeito<br />
de Deus por milhares de an<strong>os</strong>:<br />
“Deus é <strong>um</strong> ladrão. Ele o enga<strong>na</strong>rá. Ele<br />
tirará toda a sua diversão. Cuide com<br />
Ele. Ele está aí <strong>para</strong> roubar a sua vida.”<br />
Mas Jesus diz: “Não sou <strong>um</strong> ladrão.”<br />
Então, tive que revisar todo o meu<br />
adventismo, cada doutri<strong>na</strong> e padrão<br />
da igreja <strong>para</strong> ter a certeza de que não<br />
havia <strong>na</strong>da dizendo que Deus é <strong>um</strong><br />
ladrão.<br />
3. Não temas. “Não tenham<br />
medo” (Lucas 2:10).<br />
Qu<strong>and</strong>o <strong>os</strong> anj<strong>os</strong> fi<strong>na</strong>lmente tiveram<br />
a chance de dizer algo a<strong>os</strong> seres h<strong>um</strong>an<strong>os</strong><br />
no gr<strong>and</strong>e conflito entre Deus e<br />
Satanás, suas primeiras palavras foram:<br />
“Não tenha medo!” Eu cresci com<br />
medo. Cada vez que pecava, ficava com<br />
medo que Deus tivesse tirado meu<br />
nome da “Lista”. Eu tinha medo do julgamento,<br />
d<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> dias, tudo isso.<br />
Mas <strong>os</strong> anj<strong>os</strong> disseram: “Não tema.<br />
Vá encontrá-lo em <strong>um</strong>a manjedoura.<br />
Ele é <strong>um</strong> bebê. Você não precisa ter<br />
medo de se aproximar de Deus.” Então<br />
novamente tive que revisar todo o meu<br />
adventismo e me livrar de todo o medo.<br />
Não ter mais medo de estar perdido,<br />
nem do julgamento e nem d<strong>os</strong> últim<strong>os</strong><br />
temp<strong>os</strong>.<br />
Qu<strong>and</strong>o estava no seminário, <strong>um</strong><br />
de meus irmã<strong>os</strong> me enviou bilhetes<br />
<strong>para</strong> o jogo Chicago Bulls x Portl<strong>and</strong><br />
Trailblazers. Eu era de Portl<strong>and</strong> e<br />
nós éram<strong>os</strong> <strong>os</strong> campeões do mundo.<br />
Qu<strong>and</strong>o o Chicago marcava pont<strong>os</strong>, 20<br />
mil pessoas ficavam em pé e torciam.<br />
Qu<strong>and</strong>o Portl<strong>and</strong> marcava, nós dois<br />
24 DIÁLOGO 18•3 2006
ficávam<strong>os</strong> em pé e torcíam<strong>os</strong>! Qu<strong>and</strong>o<br />
chegou o fi<strong>na</strong>l do jogo, Chicago roubou<br />
a bola e marcou, n<strong>os</strong> pass<strong>and</strong>o por<br />
<strong>um</strong> ponto, falt<strong>and</strong>o quatro segund<strong>os</strong><br />
<strong>para</strong> termi<strong>na</strong>r. Vinte mil pessoas em<br />
pé aplaudindo. Dois de nós sentad<strong>os</strong>!<br />
Portl<strong>and</strong> pediu tempo, voltou à quadra<br />
e Lionel Hollins fez <strong>um</strong> arremesso de<br />
longa distância que entrou <strong>na</strong> cesta<br />
enquanto a campainha indicava o fim<br />
do jogo! Dois de nós em pé, aplaudindo!<br />
Vinte mil sentad<strong>os</strong>, silêncio absoluto!<br />
Foi algo extraordinário em minha<br />
vida!<br />
Por vezes parece que o outro lado<br />
vai vencer. Onde está Deus? Por que<br />
Ele não m<strong>os</strong>tra mais o Seu poder? Por<br />
que não há milhões vindo <strong>para</strong> escutar<br />
acerca de Deus? Mas de alg<strong>um</strong>a forma<br />
irá acontecer. Um dia Deus irá m<strong>os</strong>trar<br />
o Seu poder e estádi<strong>os</strong> estarão chei<strong>os</strong><br />
de pessoas vindo <strong>para</strong> escutar acerca de<br />
Deus. Eu não quero estar dormindo. Eu<br />
não estou com medo.<br />
4. Boas novas! “Não tenham<br />
medo. Estou lhes trazendo boas<br />
novas de gr<strong>and</strong>e alegria” (Lucas<br />
2:10).<br />
Tudo a respeito de Deus são boas<br />
novas. Não devem existir alg<strong>um</strong>as boas<br />
novas com alg<strong>um</strong>as más novas. Errado,<br />
tudo deve ser boas novas.<br />
Qu<strong>and</strong>o estivem<strong>os</strong> em Pasade<strong>na</strong>,<br />
Califórnia, fom<strong>os</strong> a <strong>um</strong> casamento.<br />
Isso aconteceu durante o sétimo jogo<br />
das fi<strong>na</strong>is de basquete, entre Lakers e<br />
Portl<strong>and</strong>. No momento em que entram<strong>os</strong><br />
no carro, <strong>para</strong> irm<strong>os</strong> à recepção,<br />
n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> garot<strong>os</strong> ligaram o rádio. Os<br />
Lakers estavam perdendo de 15 a 18.<br />
Nós chegam<strong>os</strong> ao estacio<strong>na</strong>mento da<br />
recepção e ia desligar o carro. Os garot<strong>os</strong><br />
começaram a chorar: “Pai, você<br />
não pode desligar agora.” Fi<strong>na</strong>lmente,<br />
minha esp<strong>os</strong>a disse: “Dan, nós precisam<strong>os</strong><br />
ir. Vam<strong>os</strong> chegar atrasad<strong>os</strong>.” Então<br />
eu desliguei o carro e <strong>os</strong> garot<strong>os</strong>, com<br />
má vontade, saíram. Mas após cinco<br />
minut<strong>os</strong> dentro da recepção, a notícia<br />
começou a se espalhar: “Vocês ouviram<br />
que <strong>os</strong> Lakers venceram? Eles estão<br />
de volta!” Tod<strong>os</strong> ficaram sabendo em<br />
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
ape<strong>na</strong>s cinco minut<strong>os</strong>. Por quê? Porque<br />
eram boas novas.<br />
Talvez a razão porque o evangelho<br />
ainda não tenha chegado ao mundo<br />
inteiro seja por não estarm<strong>os</strong> convencid<strong>os</strong><br />
de que tem<strong>os</strong> somente boas novas!<br />
5. Imensa alegria! “Estou lhes<br />
trazendo boas novas de gr<strong>and</strong>e<br />
alegria” (Lucas 2:10).<br />
Uma noite, ao chegar em casa, minha<br />
esp<strong>os</strong>a estava assistindo ao concerto<br />
de Elton John, no Madison Square<br />
Garden, em Nova Iorque. Eu nunca<br />
o havia escutado. Enquanto assistia,<br />
percebi 35 mil pessoas da minha idade<br />
cant<strong>and</strong>o com o cantor por duas horas,<br />
sabendo todas as letras. Eu fiquei <strong>um</strong><br />
pouco triste, pens<strong>and</strong>o comigo mesmo:<br />
“Qu<strong>and</strong>o algo assim irá acontecer <strong>para</strong><br />
Deus?” N<strong>os</strong>so culto deve ser mais intenso.<br />
Como cristã<strong>os</strong>, tem<strong>os</strong> que ser as pessoas<br />
mais intensas da face da terra, porque<br />
<strong>os</strong> anj<strong>os</strong> n<strong>os</strong> disseram que estavam<br />
trazendo boas novas de gr<strong>and</strong>e alegria.<br />
6. O Salvador <strong>na</strong>sceu! “Hoje…<br />
lhes <strong>na</strong>sceu o Salvador” (Lucas<br />
2:11).<br />
Ao compreenderm<strong>os</strong> de <strong>um</strong>a vez<br />
por todas o assunto “igreja”, estarem<strong>os</strong><br />
direcio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> totalmente a Cristo. Todo<br />
sermão será direcio<strong>na</strong>do a Cristo, toda<br />
doutri<strong>na</strong> se desenvolverá em torno de<br />
serm<strong>os</strong> discípul<strong>os</strong> de Cristo. Salvação<br />
será por graça somente, porque “hoje…<br />
lhes <strong>na</strong>sceu o Salvador”.<br />
Em Ru<strong>and</strong>a, 1994, com tantas<br />
mortes, pessoas começaram a procurar<br />
refúgio <strong>na</strong>s igrejas. Em <strong>um</strong>a manhã,<br />
<strong>um</strong> grupo entrou em <strong>um</strong>a igreja cristã,<br />
correndo de <strong>um</strong>a gangue de b<strong>and</strong>id<strong>os</strong><br />
vestid<strong>os</strong> com uniformes militares. Seu<br />
“oficial-com<strong>and</strong>ante” ordenou a tod<strong>os</strong><br />
<strong>os</strong> membr<strong>os</strong> que se deitassem e caminhou<br />
em direção a <strong>um</strong>a figura de Jesus,<br />
pendurada <strong>na</strong> parede, cuspiu nela e<br />
disse: “Jesus, você não tem valor, eu não<br />
quero <strong>na</strong>da com você.” Então o pastor<br />
caminhou em direção à mesma figura,<br />
cuspiu e disse o mesmo. Alguns líderes<br />
da congregação fizeram o mesmo.<br />
Fi<strong>na</strong>lmente, <strong>um</strong>a jovem levantou-se,<br />
pegou a sua própria roupa, limpou <strong>os</strong><br />
cuspes e disse: “Jesus, Você é a pessoa<br />
mais importante da minha vida. Sou<br />
eu quem não tenho valor alg<strong>um</strong>.” Ela<br />
virou-se em direção ao com<strong>and</strong>ante<br />
e disse: “Você pode atirar em mim,<br />
agora!” O oficial começou a chorar,<br />
pegou seu quepe e o pôs <strong>na</strong> jovem.<br />
Partiu-lhe o coração ver <strong>um</strong>a pessoa disp<strong>os</strong>ta<br />
a morrer por Cristo. N<strong>os</strong> últim<strong>os</strong><br />
dias, a igreja estará cheia de discípul<strong>os</strong><br />
de Cristo, chei<strong>os</strong> de fé como ela.<br />
7. Para todas as pessoas. “Estou<br />
lhes trazendo boas novas de<br />
gr<strong>and</strong>e alegria, que são <strong>para</strong> todo<br />
o povo” (Lucas 2:10).<br />
Na n<strong>os</strong>sa igreja, durante <strong>os</strong> últim<strong>os</strong><br />
dias, não haverá barreiras, discrimi<strong>na</strong>ção,<br />
hierarquias. Nós crescem<strong>os</strong> cant<strong>and</strong>o:<br />
“Cristo ama as criancinhas, todas<br />
que no mundo há, não importa qual a<br />
cor, Ele as quer com muito amor.” Mas<br />
não agim<strong>os</strong> assim. Em muitas partes<br />
do mundo tem<strong>os</strong> permitido, ainda<br />
hoje, a discrimi<strong>na</strong>ção e o preconceito<br />
guiar-n<strong>os</strong> em n<strong>os</strong>sas decisões. Qu<strong>and</strong>o<br />
pregava <strong>para</strong> <strong>um</strong>a platéia negra, o pastor<br />
H.M.S. Richards c<strong>os</strong>t<strong>um</strong>ava dizer<br />
bem alto: “Não haverá negr<strong>os</strong> no céu!”<br />
Silêncio. “Não haverá negr<strong>os</strong> no céu!”,<br />
ele repetia. As pessoas começavam a<br />
ficar nerv<strong>os</strong>as. Então dizia: “Não haverá<br />
pard<strong>os</strong> também. Nem branc<strong>os</strong>. Ape<strong>na</strong>s<br />
vermelh<strong>os</strong>, vermelh<strong>os</strong> do sangue do<br />
Cordeiro.” Todas as barreiras serão derrubadas.<br />
8. Liberdade. “Onde está o<br />
Espírito do Senhor, ali há<br />
liberdade” (II Corínti<strong>os</strong> 3:17).<br />
Muit<strong>os</strong> de nós crescem<strong>os</strong> sem o<br />
sentimento de liberdade. Pessoas guardaram<br />
<strong>os</strong> sábad<strong>os</strong>, deram seus dízim<strong>os</strong><br />
e ofertas, mudaram sua dieta, tiraram<br />
suas jóias, mas não se sentiram livres. Se<br />
a sua religião não o faz sentir-se livre,<br />
então não pode ter vindo do Espírito.<br />
Porque “onde está o Espírito do Senhor,<br />
ali há liberdade”.<br />
9. Tem de fazer sentido. “Venham,<br />
vam<strong>os</strong> refletir junt<strong>os</strong>” (Isaías<br />
25
1:18); “Ame o Senhor, o seu<br />
Deus de todo o seu coração, de<br />
toda a sua alma e de todo o seu<br />
entendimento” (Mateus 22:37).<br />
Tudo sobre a Igreja Adventista, n<strong>os</strong><br />
últim<strong>os</strong> dias, tem de estar firmado <strong>na</strong>s<br />
Escrituras e centrado em Cristo. Isso<br />
faz sentido, porque é a igreja de Deus<br />
e Deus tem de fazer sentido. Nós c<strong>os</strong>t<strong>um</strong>ávam<strong>os</strong><br />
dizer que você não podia ir<br />
ao cinema, mas podia assistir a filmes<br />
no ginásio da escola. Não, o lugar não<br />
era o ponto. O ponto era o que o filme<br />
faria <strong>para</strong> a sua alma. Tudo o que dizem<strong>os</strong><br />
tem de fazer sentido, porque Deus<br />
nunca é arbitrário. As pessoas têm de<br />
compreender que estão fazendo <strong>um</strong>a<br />
escolha com vontade própria e com<br />
seus olh<strong>os</strong> bem abert<strong>os</strong>. Poder escolher<br />
é <strong>um</strong> avanço, <strong>um</strong>a verdade maior e<br />
melhor.<br />
Loma Linda University<br />
10. Eu não tenho vergonha. “Não<br />
me envergonho do evangelho”<br />
(Roman<strong>os</strong> 1:16).<br />
Ao refletir sobre meu adventismo,<br />
com esta lista, fi<strong>na</strong>lmente cheguei a <strong>um</strong><br />
cristianismo e adventismo que podem<br />
me orgulhar. Recuso-me a acreditar em<br />
algo do qual tenha que me sentir envergonhado.<br />
An<strong>os</strong> atrás fiz <strong>um</strong> funeral <strong>para</strong> <strong>um</strong>a<br />
família rica. Estas pessoas tinham tudo<br />
– mansão, iate, avião, tudo. Eu estava<br />
lá, sentado, invej<strong>and</strong>o algo do que eles<br />
tinham qu<strong>and</strong>o <strong>um</strong> d<strong>os</strong> homens da<br />
família veio até mim e me perguntou:<br />
– Você acredita <strong>na</strong>quilo que você<br />
disse durante o serviço funerário?<br />
– Claro que sim – respondi.<br />
– Eu não. Eu c<strong>os</strong>t<strong>um</strong>ava acreditar.<br />
Esperava poder voltar a fazê-lo. Talvez<br />
se eu tivesse <strong>um</strong> pastor como você eu<br />
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acadêmica da Loma Linda University.<br />
poderia voltar a acreditar.<br />
Fiquei chocado em perceber que<br />
estive sentado ali desej<strong>and</strong>o ter o que<br />
ele tinha, e ele estava desej<strong>and</strong>o ter o<br />
que eu tinha. Prometi que eu nunca me<br />
envergonharia novamente. Estou orgulh<strong>os</strong>o<br />
de ser <strong>um</strong> cristão, orgulh<strong>os</strong>o de<br />
ser <strong>um</strong> adventista do sétimo dia. Tem<strong>os</strong><br />
o melhor quadro de Deus que conheço.<br />
O melhor pacote de verdade. A maior<br />
fidelidade à Bíblia que conheço.<br />
Conclusão<br />
Dick Winn escreveu <strong>um</strong>a vez que<br />
se você está infeliz com a igreja, tem<br />
alg<strong>um</strong>as alter<strong>na</strong>tivas. Pode ficar dentro,<br />
mantendo as aparências, entorpecido;<br />
pode sair de fininho pela porta d<strong>os</strong> fund<strong>os</strong>;<br />
pode ficar bravo e sair pela frente;<br />
ou pode escolher suas convicções “a<br />
la carte”, imagi<strong>na</strong>ndo que não precisa<br />
jogar tudo <strong>para</strong> o alto por ter problemas<br />
com alg<strong>um</strong> ponto. Bastaria manter o<br />
que funcio<strong>na</strong> <strong>para</strong> você!<br />
Ou você pode ainda ficar e trabalhar.<br />
Fazer melhor. E foi isso o que escolhi.<br />
Estive em meio a controvérsias teológicas.<br />
Tive amig<strong>os</strong> deix<strong>and</strong>o a igreja, até<br />
mesmo ab<strong>and</strong>o<strong>na</strong>ndo o ministério. Eu<br />
olhei <strong>para</strong> isso, mas fi<strong>na</strong>lmente decidi<br />
ficar. Se você e eu partirm<strong>os</strong>, outras<br />
pessoas terão a palavra fi<strong>na</strong>l sobre o<br />
que a igreja se tor<strong>na</strong>rá. Se você partir,<br />
você não adquire <strong>um</strong> voto, então eu<br />
decido ficar. Contanto que eu tenha <strong>um</strong><br />
púlpito ou você tenha o seu <strong>papel</strong> <strong>na</strong><br />
igreja, nós tem<strong>os</strong> algo a dizer e podem<strong>os</strong><br />
trabalhar <strong>para</strong> fazer com que a Igreja<br />
Adventista seja aquilo que deveria ser.<br />
Então fique! Decida hoje que <strong>na</strong>da o<br />
poderá afastar – nenh<strong>um</strong>a hipocrisia,<br />
nenh<strong>um</strong>a política, <strong>na</strong>da. Permaneça.<br />
Ame a igreja porque Jesus ama a igreja e<br />
morreu por ela.<br />
Dan Smith é o pastor principal da<br />
Igreja da Universidade de La Sierra<br />
em Riverside, Califórnia, EUA. Seu<br />
e-mail: dsmith@lasierra.edu<br />
1. Todas as citações bíblicas são da NVI.<br />
26 DIÁLOGO 18•3 2006
Depressão<br />
Continuaçáo da pág. 17<br />
Como lutar contra a desesperança?<br />
Desenvolvendo confiança em Deus,<br />
construindo autoconfiança, estimul<strong>and</strong>o<br />
recurs<strong>os</strong> pessoais e mobiliz<strong>and</strong>o<br />
forças mentais e espirituais <strong>para</strong> criar<br />
<strong>um</strong>a atm<strong>os</strong>fera esperanç<strong>os</strong>a. Esperança<br />
é acreditar que sempre existe <strong>um</strong>a<br />
Instruções <strong>para</strong> avaliar o Teste<br />
Wang <strong>para</strong> diagnóstico de<br />
depressão:<br />
1. Marque <strong>os</strong> itens 1, 3, 4, 7,<br />
9, e 10, da esquerda <strong>para</strong><br />
a direita, d<strong>and</strong>o 1 ponto<br />
<strong>para</strong> a colu<strong>na</strong> “Nunca”,<br />
2 <strong>para</strong> “Raramente”, 3<br />
<strong>para</strong> “Às vezes”, 4 <strong>para</strong><br />
“Freqüentemente”, e 5 <strong>para</strong><br />
“Sempre”.<br />
2. Marque <strong>os</strong> itens 2, 5, 6 e 8,<br />
da direita <strong>para</strong> a esquerda,<br />
d<strong>and</strong>o 1 ponto <strong>para</strong> “Sempre”,<br />
2 <strong>para</strong> “Freqüentemente”,<br />
3 <strong>para</strong> “Às vezes”, 4 <strong>para</strong><br />
“Raramente”, e 5 <strong>para</strong><br />
“Nunca”.<br />
3. Coloque <strong>os</strong> pont<strong>os</strong> de cada<br />
fileira à extrema direita. Some<br />
e multiplique o total por 2<br />
<strong>para</strong> obter o índice de porcentagem.<br />
4. Localize o índice de porcentagem<br />
<strong>na</strong> Tabela de interpretação<br />
abaixo.<br />
Tabela de interpretação<br />
Valores normais:<br />
Até 40 pont<strong>os</strong><br />
Situação limite:<br />
Entre 41 e 50<br />
Depressão menor:<br />
Entre 51 e 60<br />
Depressão moderada:<br />
Entre 61 e 70<br />
Depressão grave:<br />
Maior que 71<br />
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
saída. Por isso, perguntam<strong>os</strong> a Annie:<br />
“O que você fará depois que superar a<br />
depressão? Como será o dia seguinte?”<br />
Planej<strong>and</strong>o o futuro, <strong>para</strong> viver com<br />
seus filh<strong>os</strong>, ela foi capaz de visualizar<br />
<strong>um</strong>a vida feliz. Pouco a pouco, viu sentido<br />
<strong>na</strong> vida e a luz começou a surgir.<br />
10. Confie em Deus. Envolvimento<br />
religi<strong>os</strong>o é <strong>um</strong>a variável importante<br />
que recebeu atenção em recente literatura<br />
em depressão. Vári<strong>os</strong> estud<strong>os</strong> de<br />
alto perfil 8 indicam que cert<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong><br />
de religi<strong>os</strong>idade (por exemplo, envolvimento<br />
religi<strong>os</strong>o público, motivação<br />
religi<strong>os</strong>a intrínseca) podem ser inversamente<br />
relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> a<strong>os</strong> sintomas<br />
depressiv<strong>os</strong>. Ou seja, maior o envolvimento<br />
religi<strong>os</strong>o, menores <strong>os</strong> sintomas<br />
da depressão.<br />
Mario Pereyra (Ph.D., Universidade<br />
de Córdoba, Argenti<strong>na</strong>) é <strong>um</strong> psicólogo<br />
clínico. Também é professor<br />
e pesquisador <strong>na</strong> Universidade de<br />
Montemorel<strong>os</strong>, México. Ele é autor<br />
de vári<strong>os</strong> artig<strong>os</strong> e livr<strong>os</strong>, dentre<br />
<strong>os</strong> quais ¡Sea feliz! Cómo vencer la<br />
depresión y controlar la ansiedad<br />
(Publicações da Universidade de<br />
Montemorel<strong>os</strong>, 2005), co-autor com<br />
Carl<strong>os</strong> Mussi, de onde este artigo foi<br />
adaptado. Seu e-mail é: pereyram@<br />
<strong>um</strong>.edu.mx<br />
REFERÊNCIAS<br />
1. Organização Mundial da Saúde (2006).<br />
Depressão. O que é depressão? Disponível em:<br />
.<br />
2. Idem.<br />
3. S. R. H. Beach <strong>and</strong> N. Amir. “Is Depression<br />
Taxonic, Dimensio<strong>na</strong>l, or Both?”, Jour<strong>na</strong>l of<br />
Abnormal Psychology 112, 2003. pp. 228-36.<br />
4. M. Pereyra y C. Mussi. ¡Sea feliz! Cómo<br />
vencer la depresión y controlar la ansiedad.<br />
Montemorel<strong>os</strong>, México: Publicações da<br />
Universidade de Montemorel<strong>os</strong>, 2005.<br />
5. W. Kuyken. “Cognitive Therapy Outcome:<br />
The Effects of Hopelessness in a Naturalistic<br />
Outcome Study”, Behaviour Research <strong>and</strong><br />
Therapy 42, 2004. pp. 631-46.<br />
6. M. A. Young, L. F. Fogg, W. Scheftner, J.<br />
Fawcett, H. Akiskal, e J. Maser. “Stable Trait<br />
Components of Hopelessness: Baseline <strong>and</strong><br />
Sensitivity to Depression”, Jour<strong>na</strong>l of Abnormal<br />
Psychology 105, 1996. pp.155-65.<br />
7. L. P. Riso e C. F. Newman. “Cognitive Therapy<br />
for Chronic Depression”, Jour<strong>na</strong>l of Clinical<br />
Psychology 59, 2003. pp. 817-31.<br />
8. Por exemplo: A. W. Braam, P. van den Eeden,<br />
M. J. Prince, A. T. F. Beekman, S. L. Kivelae,<br />
B. A. Lawlor, et al. “Religion as a Cr<strong>os</strong>s-<br />
Cultural Determi<strong>na</strong>nt of Depression in Elderly<br />
Europeans: Results from the Eurodpe colaboration”,<br />
Medici<strong>na</strong> Psicológica 31, 2001. pp. 803-<br />
14.<br />
Para leitura adicio<strong>na</strong>l<br />
Associação America<strong>na</strong> de Psiquiatria. Diagnóstico<br />
e Manual Estatístico de Desordens Mentais, 4th<br />
ed., DSM-IV, Washington, D.C., revisão de<br />
texto, 2000.<br />
D. G. Blazer, R.C. Kessler, K.A. McGo<strong>na</strong>gle, e M.<br />
S. Swartz. “The Prevalence <strong>and</strong> Distribution of<br />
Major Depression in a Natio<strong>na</strong>l Community<br />
Sample: The Natio<strong>na</strong>l Comorbidity Survey”,<br />
Jor<strong>na</strong>l Americano de Psiquiatria, 151, 1994,<br />
pp. 979-86.<br />
P. Saz, e M. E. Dewey. “Depression, Depressive<br />
Symptoms <strong>and</strong> Mortality in Persons Aged<br />
65 <strong>and</strong> Over Living in the Community: A<br />
Systematic Review of the Literature”, Jor<strong>na</strong>l<br />
Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de Psiquiatria Geriátrica, 16,<br />
2001, pp. 622-30.<br />
T. B. Smith, M. E. McCullough, e J. Poll.<br />
“Religiousness <strong>and</strong> Depression: Evidence for<br />
a Main Effect <strong>and</strong> the Moderating Influence<br />
of Stressful Life Events”, Boletim Psicológico,<br />
129:4, 2003, pp. 614-36.<br />
27
EM Ação<br />
Conferência sobre<br />
criacionismo em Portugal<br />
Membr<strong>os</strong> da Associação de Estudantes<br />
da Universidade Adventista de Portugal<br />
partici<strong>para</strong>m da conferência sobre criacionismo<br />
realizada de 2 a 5 de setembro<br />
de 2005. Entre <strong>os</strong> 160 participantes estavam<br />
presentes professores e profissio<strong>na</strong>is<br />
<strong>adventistas</strong>. A conferência teve palestras<br />
sobre biogeografia, geologia, paleontologia<br />
e teologia apresentadas pel<strong>os</strong> membr<strong>os</strong><br />
do Ge<strong>os</strong>cience Research Institute<br />
– Raúl Esperante, James Gibson, Jacques<br />
Sauvag<strong>na</strong>t, Ro<strong>na</strong>ld Nalin – e outr<strong>os</strong><br />
especialistas.<br />
Uma pergunta-chave foi colocada<br />
em pauta sobre vári<strong>os</strong> ângul<strong>os</strong>: como<br />
poderiam profissio<strong>na</strong>is e estudantes de<br />
universidades <strong>adventistas</strong> manter <strong>um</strong>a<br />
fé estabelecida <strong>na</strong> Bíblia enquanto estão<br />
sendo bombardead<strong>os</strong> por idéias evolucionistas<br />
e pont<strong>os</strong> de vista seculares?<br />
Um d<strong>os</strong> pont<strong>os</strong> mais importantes<br />
durante o encontro foi <strong>um</strong>a visita dirigida<br />
ao parque paleontológico localizado<br />
em <strong>um</strong>a área de <strong>um</strong>a antiga pedreira,<br />
onde longas trilhas ou pegadas de vári<strong>os</strong><br />
tip<strong>os</strong> de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> podem ser observad<strong>os</strong><br />
de perto.<br />
Reportagem de Miguel A. Nunes,<br />
estudante universitário e líder em<br />
Portugal. E-mail: manunes@gmail.<br />
com<br />
Estudantes se<br />
encontram<br />
no Brasil <strong>para</strong><br />
aprender e<br />
compartilhar<br />
Sob o tema “Eu Escolho Ser Fiel”,<br />
mais de 300 estudantes universitári<strong>os</strong><br />
<strong>adventistas</strong> e amig<strong>os</strong> se encontraram<br />
no fim de sema<strong>na</strong> de 18 de março de<br />
2006, no sul do Brasil, <strong>para</strong> aprender<br />
sobre a criação e compartilhar o<br />
presente da vida com outr<strong>os</strong>. A reunião<br />
foi promovida pela Associação<br />
de Estudantes Adventistas da Missão<br />
Ocidental Sul-Rio-Gr<strong>and</strong>ense.<br />
No evento, mais de 100 estudantes<br />
e líderes também doaram sangue em<br />
favor da iniciativa do Projeto Mais<br />
Vida. O prefeito da cidade recebeu<br />
<strong>os</strong> participantes com boas-vindas: “A<br />
cidade de Passo Fundo está encantada<br />
por receber a visita de jovens cristã<strong>os</strong><br />
que vêm fortalecer sua fé e expressar<br />
sua solidariedade com <strong>os</strong> que precisam.<br />
Nós apreciam<strong>os</strong> profundamente sua<br />
contribuição ao banco municipal de<br />
sangue.”<br />
O geólogo Nahor N. Souza Jr.,<br />
doutor em Geologia, foi o orador do<br />
evento. Ele falou d<strong>os</strong> assunt<strong>os</strong> das<br />
origens e catastrofismo. “A evidência<br />
científica em favor da Criação, como é<br />
descrita <strong>na</strong> Bíblia, tor<strong>na</strong>-se mais forte<br />
com o passar do tempo”, declarou.<br />
“No entanto”, ele acrescentou, “mais<br />
importante que o conhecimento desta<br />
evidência é sua amizade pessoal com<br />
Jesus e sua capacidade de compartilhar<br />
Seu amor com outr<strong>os</strong>”.<br />
O pastor Areli Barb<strong>os</strong>a, diretor do<br />
ministério d<strong>os</strong> jovens da União Sul<br />
do Brasil, também falou ao grupo,<br />
realç<strong>and</strong>o três pont<strong>os</strong>. Primeiro, a<br />
necessidade de filtrar a informação<br />
que alcança <strong>os</strong> estudantes <strong>na</strong> universidade<br />
pel<strong>os</strong> mei<strong>os</strong> de comunicação.<br />
“Reuniões tal como estam<strong>os</strong> tendo<br />
28 DIÁLOGO 18•3 2006
ajudam <strong>os</strong> estudantes a se aprofundar<br />
em suas convicções cristãs e fornecem<br />
mais arg<strong>um</strong>ent<strong>os</strong> <strong>para</strong> defender sua fé”,<br />
afirmou. Em segundo lugar, destacou:<br />
“Este fór<strong>um</strong> permite a<strong>os</strong> estudantes<br />
fazerem perguntas críticas e exp<strong>and</strong>ir<br />
seu círculo de amig<strong>os</strong> <strong>adventistas</strong>.”<br />
Terceiro, <strong>os</strong> criacionistas se tor<strong>na</strong>m<br />
mais n<strong>um</strong>er<strong>os</strong><strong>os</strong> e articulad<strong>os</strong> <strong>para</strong><br />
proclamar a realidade de <strong>um</strong> universo<br />
projetado por Deus.<br />
O pastor Ignácio Kalbermatter, presidente<br />
da União Sul do Brasil, fechou<br />
o programa encoraj<strong>and</strong>o <strong>os</strong> participantes<br />
a fazer diferença em seu lugar de<br />
estudo ou trabalho e fazer de Jesus o<br />
centro de sua vida <strong>para</strong> testemunhar.<br />
Reportagem de Charlise Alves<br />
<strong>para</strong> a Associação de Estudantes<br />
Adventistas da Missão Ocidental Sul-<br />
Rio-Gr<strong>and</strong>ense, no Brasil.<br />
Envie-n<strong>os</strong> o relatório<br />
de seu<br />
grupo<br />
Os líderes das associações de estudantes<br />
universitári<strong>os</strong> <strong>adventistas</strong> são convidad<strong>os</strong><br />
a enviarem <strong>um</strong> breve relatório das atividades<br />
de seu grupo e <strong>um</strong>a ou duas fot<strong>os</strong><br />
digitais <strong>para</strong> publicação <strong>na</strong> revista Diálogo.<br />
Inclua toda informação relevante a respeito<br />
do grupo de estudantes, descrevendo<br />
suas atividades principais, desafi<strong>os</strong>, plan<strong>os</strong> e<br />
também mencio<strong>na</strong>ndo o nome, cargo e e-<br />
mail do autor do relatório. As informações<br />
deverão ser encaminhadas a Susa<strong>na</strong> Schulz<br />
(schulzs@gc.adventist.org). Obrigado!<br />
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
Estudantes <strong>adventistas</strong><br />
ganenses organizam<br />
conferências bíblicas<br />
Sob o patrocínio da Gha<strong>na</strong> Natio<strong>na</strong>l<br />
Association of Adventista Students<br />
(GNAAS), Samuel Koranteng-Pipim,<br />
diretor de ministério <strong>para</strong> <strong>os</strong> universitáries<br />
da Associação do Michigan,<br />
ministrou <strong>um</strong>a série de conferências<br />
bíblicas sobre o tema “Vivendo Sem<br />
Medo”.<br />
A programação foi realizada <strong>na</strong><br />
Universidade de Ciência e Tecnologia<br />
Kwame Nkr<strong>um</strong>ah em K<strong>um</strong>asi, Ga<strong>na</strong>,<br />
de fevereiro a março de 2006.<br />
O evento reuniu diariamente cerca<br />
de 700 estudantes, atingindo o pico de<br />
freqüência de 1.500 pessoas n<strong>os</strong> fins<br />
de sema<strong>na</strong>. Ao fi<strong>na</strong>l da série, foram<br />
batizadas 37 pessoas. Várias outras<br />
estão estud<strong>and</strong>o a Bíblia com membr<strong>os</strong><br />
da GNAAS. Os recém-batizad<strong>os</strong> estão<br />
recebendo estud<strong>os</strong> especiais <strong>para</strong> aprofundar<br />
sua compreensão sobre as crenças<br />
e estilo de vida que abraçaram.<br />
A GNAAS foi organizada n<strong>os</strong> an<strong>os</strong><br />
1960 por <strong>um</strong> grupo de 13 estudantes.<br />
Hoje, a associação tem mais de<br />
500 membr<strong>os</strong> distribuíd<strong>os</strong> pelo país.<br />
Para o pastor Koranteng-Pipim, esse<br />
evento foi <strong>um</strong> retorno memorável à<br />
universidade onde estudou e aceitou o<br />
adventismo.<br />
Os pre<strong>para</strong>tiv<strong>os</strong> <strong>para</strong> as conferências<br />
começaram com a organização<br />
de várias comissões e séries de retir<strong>os</strong><br />
espirituais, projetad<strong>os</strong> <strong>para</strong> aprofundar<br />
n<strong>os</strong>so próprio comprometimento em<br />
dar o melhor <strong>para</strong> Deus. N<strong>os</strong>so lema<br />
era: “Se você não for <strong>um</strong> missionário,<br />
é <strong>um</strong> campo de missão.” Foram necessári<strong>os</strong><br />
fund<strong>os</strong> consideráveis <strong>para</strong> organizar<br />
o programa. Deus respondeu às<br />
n<strong>os</strong>sas orações, permitindo-n<strong>os</strong> arrecadar<br />
<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> fi<strong>na</strong>nceir<strong>os</strong> requerid<strong>os</strong>.<br />
Visitam<strong>os</strong> todas as residências do campus,<br />
convid<strong>and</strong>o n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> colegas <strong>para</strong> o<br />
programa. Foram distribuíd<strong>os</strong> pr<strong>os</strong>pect<strong>os</strong><br />
e colocad<strong>os</strong> banners. A rádio oficial<br />
do campus divulgou <strong>os</strong> anúnci<strong>os</strong>.<br />
O programa apresentou devocio<strong>na</strong>is<br />
mati<strong>na</strong>is sobre o tema “Um Dia<br />
de Cada Vez”, que falava ao coração;<br />
e <strong>um</strong>a sessão vesperti<strong>na</strong> focaliz<strong>and</strong>o<br />
o tema “Vivendo Sem Medo”, que<br />
apelava à mente. O orador m<strong>os</strong>trou<br />
convincentemente que a mensagem<br />
adventista é bíblica, razoável e crível.<br />
O capelão da universidade, Paul Boafo,<br />
e sua esp<strong>os</strong>a, eram ouvintes freqüentes.<br />
“Estas são mensagens que n<strong>os</strong>so<br />
campus precisa, em lugar de barulho e<br />
tambores”, declarou.<br />
Os gr<strong>and</strong>es problemas que afetam<br />
tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> estudantes <strong>adventistas</strong> da<br />
universidade são as conferências e <strong>os</strong><br />
exames a<strong>os</strong> sábad<strong>os</strong>. Por optarem permanecer<br />
fiéis ao sábado, muit<strong>os</strong> ficam<br />
atrasad<strong>os</strong> em seus estud<strong>os</strong>. Foram<br />
tentad<strong>os</strong> mei<strong>os</strong> legais, mas sem sucesso.<br />
Como continuam<strong>os</strong> a orar pela<br />
intervenção divi<strong>na</strong>, pedim<strong>os</strong> orações<br />
de n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> colegas estudantes vis<strong>and</strong>o à<br />
solução desse sério obstáculo às n<strong>os</strong>sas<br />
convicções.<br />
Reportagem de Erik Adjapong da<br />
Gha<strong>na</strong> Natio<strong>na</strong>l Association of<br />
Adventist Studens. Seu e-mail: askfknust@yahoo.com.<br />
Sala de reuniões.<br />
29
Livr<strong>os</strong><br />
Beginnings: are Science <strong>and</strong><br />
Scripture Partners in the<br />
Search for Origins?<br />
de Leo<strong>na</strong>rd Br<strong>and</strong> com David C. Jarnes<br />
(Nampa, Idaho: Pacific Press Publ. Assn.,<br />
2006; 176 pp., brochura).<br />
Resenha de Timothy G. St<strong>and</strong>ish<br />
Como professor de paleontologia <strong>na</strong> Universidade de<br />
Loma Linda, Leo<strong>na</strong>rd Br<strong>and</strong> dirige <strong>um</strong> produtivo programa<br />
de pesquisa e tem publicado inúmer<strong>os</strong> artig<strong>os</strong> de excelente<br />
nível em publicações científicas. Seu primeiro livro, Faith,<br />
Reason <strong>and</strong> Earth History (Andrews University Press, 1997),<br />
sintetizou muito bem conflitantes áreas de conhecimento e<br />
linhas de evidência. Em Beginnings, ele encara <strong>um</strong> desafio<br />
no qual muit<strong>os</strong> falharam: <strong>um</strong> livro criacionista que é ao<br />
mesmo tempo tecnicamente preciso e acessível a quem não<br />
é <strong>um</strong> cientista. A virtude e a complexidade de tal tarefa é<br />
evidente ao se ler o livro.<br />
Uma leitura literal da Bíblia não produz necessariamente<br />
<strong>um</strong>a clara compreensão d<strong>os</strong> detalhes da <strong>na</strong>tureza. Isto é<br />
particularmente verdade quanto ao registro fóssil. Br<strong>and</strong><br />
evita atacar a ordem no registro fóssil ou outras doutri<strong>na</strong>s da<br />
geologia. Em vez disso, ele com<strong>para</strong> interpretações da evidência<br />
geológica de <strong>um</strong> dilúvio recente com interpretações<br />
que exigem longas eras ou milhões de an<strong>os</strong>, m<strong>os</strong>tr<strong>and</strong>o que<br />
ambas as interpretações enfrentam importantes desafi<strong>os</strong>. A<br />
compreensão de que nenh<strong>um</strong> d<strong>os</strong> lad<strong>os</strong> tem todas as resp<strong>os</strong>tas<br />
<strong>para</strong> as questões sobre geologia, biologia e tempo deveria<br />
servir de encorajamento àqueles que acreditam que ainda<br />
resta algo a ser feito por cientistas que acreditam <strong>na</strong> Bíblia.<br />
Talvez ainda mais interessante “e arriscado por ainda não<br />
haver passado pelo crivo da opinião crítica” é o modelo da<br />
“geologia holística” de Br<strong>and</strong> <strong>para</strong> interpretar a história da<br />
Terra.<br />
A lógica clara e sucinta de Br<strong>and</strong> propicia <strong>um</strong>a ótima<br />
compreensão tanto do pensamento criacionista quanto do<br />
darwiniano. Leitores que desejam compreender a teoria evolutiva<br />
e por que alguns acham atraentes suas explicações vão<br />
g<strong>os</strong>tar desse livro. Porém, Beginnings não é o livro ideal <strong>para</strong><br />
qualquer <strong>um</strong>. Leitores com maior conhecimento científico<br />
podem achar que alg<strong>um</strong>as idéias não estão adequadamente<br />
esboçadas e apresentadas. Além disso, frases explicativas desti<strong>na</strong>das<br />
a ajudar o leitor com<strong>um</strong> podem irritar o leitor mais<br />
experiente.<br />
Alg<strong>um</strong>as declarações desti<strong>na</strong>das a clarificar detalhes<br />
acabam confundindo. Por exemplo, ao discutir desenvolvimento<br />
e teoria, diferentes esquemas de corpo animal usad<strong>os</strong><br />
<strong>para</strong> classificar organism<strong>os</strong> em grup<strong>os</strong> maiores são mencio<strong>na</strong>d<strong>os</strong>,<br />
mas <strong>os</strong> exempl<strong>os</strong> citad<strong>os</strong> <strong>para</strong> ilustrar tais grup<strong>os</strong> são<br />
“répteis, mamífer<strong>os</strong>, pássar<strong>os</strong>, etc” (p. 85). Tais exempl<strong>os</strong><br />
não são adequad<strong>os</strong>; tod<strong>os</strong> têm o mesmo corpo vertebrado<br />
quádruplo e são classificad<strong>os</strong> dentro de <strong>um</strong> único grupo, o<br />
Chordata. Problemas assim, porém, não são freqüentes.<br />
O texto de Beginnings foi editado por David Jarnes <strong>para</strong><br />
torná-lo mais simples. Se ele realmente conseguiu fazer isso<br />
é passível de discussão. Na minha opinião, Beginnings é o<br />
melhor esforço até o momento <strong>para</strong> fazer com que leitores<br />
comuns apreciem <strong>os</strong> assunt<strong>os</strong> mais técnic<strong>os</strong> e fil<strong>os</strong>ófic<strong>os</strong><br />
confrontad<strong>os</strong> por cientistas que crêem <strong>na</strong> Bíblia. Mas, aqueles<br />
que desejam oferecer o livro a leitores mais pre<strong>para</strong>d<strong>os</strong><br />
cientificamente talvez devessem optar pelo livro anterior de<br />
Br<strong>and</strong> ou alg<strong>um</strong> outro dentre <strong>os</strong> excelentes tratad<strong>os</strong> técnic<strong>os</strong><br />
disponíveis.<br />
Timothy G. St<strong>and</strong>ish (Ph.D., Universidade George<br />
Mason) é cientista do Ge<strong>os</strong>cience Research Institute.<br />
Seu endereço p<strong>os</strong>tal: 11060 Campus Street, Loma Linda,<br />
Califórnia 92350, EUA.<br />
Misión y Contextualización:<br />
Llevar el Mensaje Bíblico a un<br />
Mundo Multicultural<br />
Editado por Gerald A. Klingbeil<br />
(Libertador San Martín, Entre Rí<strong>os</strong>,<br />
Argenti<strong>na</strong>: Editorial Universidad<br />
Adventista del Plata, 2005; 388 pp.,<br />
brochura).<br />
Resenha de Mario River<strong>os</strong><br />
Quais são <strong>os</strong> desafi<strong>os</strong> da missão cristã n<strong>um</strong> mundo multicultural?<br />
Como o testemunho cristão enfrenta o problema da<br />
contextualização? Essas e outras questões vitais <strong>para</strong> a missão<br />
e a c<strong>os</strong>movisão cristãs foram discutidas n<strong>um</strong> recente simpósio<br />
de líderes da Igreja e teólog<strong>os</strong> <strong>na</strong> Universidade Adventista<br />
de River Plate, <strong>na</strong> Argenti<strong>na</strong>. Dezenove das melhores apresentações<br />
estão agora disponíveis àqueles que se interessam<br />
pel<strong>os</strong> assunt<strong>os</strong> de missão e cultura, graças ao excelente trabalho<br />
editorial de Gerald Klingbeil.<br />
O vol<strong>um</strong>e tem cinco seções. A primeira começa com a<br />
metodologia da contextualização empregada por antig<strong>os</strong><br />
tradutores judeus n<strong>os</strong> Targuns, com o propósito de tor<strong>na</strong>r a<br />
mensagem das Escrituras Hebraicas acessível àqueles que não<br />
mais falavam o hebraico, mas o aramaico. Há dicas que se<br />
aplicam à “difícil missão de apresentar o evangelho eterno a<br />
todas as culturas, a todas as c<strong>os</strong>movisões, a todas as classes,<br />
a todas as cidades, a tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> lares e famílias” (p. 21). Em<br />
seu artigo, Carl<strong>os</strong> H. Cerdá destaca a confiança interpessoal<br />
30 DIÁLOGO 18•3 2006
e consciência moral como fatores-chave <strong>para</strong> o avanço da<br />
missão.<br />
A seção histórica tem George Reid recapitul<strong>and</strong>o o desenvolvimento<br />
da igreja primitiva até o tempo de Constantino<br />
e a consolidação do cristianismo como a religião oficial do<br />
Império Romano. O processo termi<strong>na</strong> com <strong>um</strong>a advertência:<br />
“Um si<strong>na</strong>l solene contra qualquer forma de contextualização<br />
<strong>na</strong> missão não firmemente comprometida com <strong>os</strong> valores<br />
ap<strong>os</strong>tólic<strong>os</strong>” (p. 89). Stefan Höschele aborda o crescimento<br />
extraordinário do adventismo <strong>na</strong> África em meio a <strong>um</strong>a<br />
gr<strong>and</strong>e diversidade de culturas e situações religi<strong>os</strong>as e étnicas,<br />
busc<strong>and</strong>o por <strong>um</strong> <strong>para</strong>digma que ajude a interpretar corretamente<br />
o adventismo africano. Martin G. Klingbeil destaca<br />
a importância do missionário, e faz <strong>um</strong> apelo <strong>para</strong> missionári<strong>os</strong><br />
interculturais que “estejam disp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> a descrever… sua<br />
própria espiritualidade e atividade missionária mediante <strong>um</strong>a<br />
interação com a Palavra, o mundo, a adoração e o testemunho”<br />
(p. 130).<br />
A terceira seção inclui estud<strong>os</strong> exegétic<strong>os</strong>. Ekkehardt<br />
Müller a<strong>na</strong>lisa <strong>os</strong> diferentes model<strong>os</strong> de contextualização e<br />
o uso d<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> no Novo Testamento. Ele concorda que<br />
“<strong>um</strong> ponto de contato entre a mensagem e as culturas dever<br />
ser encontrado”, embora afirme que “isso também significa<br />
que a cultura p<strong>os</strong>sa ser confrontada e julgada pelo evangelho”<br />
e conclui que “contextualização deve ocorrer, mas a<br />
mensagem bíblica não pode ser ab<strong>and</strong>o<strong>na</strong>da ou domesticada”<br />
(p. 188). Daniel Rode prefere falar da contextualização em<br />
term<strong>os</strong> de <strong>um</strong>a “adaptação”, que ele define como “comportamento<br />
social cristão” que se adapta a si mesmo a pessoas<br />
de outras culturas a fim de alcançá-las com o evangelho.<br />
Ele desenvolve princípi<strong>os</strong> missiológic<strong>os</strong> da experiência d<strong>os</strong><br />
apóstol<strong>os</strong> Paulo e Pedro, e chama a atenção <strong>para</strong> o excesso da<br />
contextualização por causa de pressões étnicas. A “verdadeira<br />
adaptação”, ele afirma, “valoriza cada grupo h<strong>um</strong>ano sem<br />
cair no etnocentrismo” (p. 209).<br />
A quarta seção inclui estud<strong>os</strong> teológic<strong>os</strong>. Laurentiu<br />
Ionescu convida a <strong>um</strong>a reconsideração da sup<strong>os</strong>ta dicotomia<br />
entre <strong>os</strong> Dez M<strong>and</strong>ament<strong>os</strong> e a Lei de Moisés, arg<strong>um</strong>ent<strong>and</strong>o<br />
que a Lei de Moisés não é senão <strong>um</strong>a reformulação<br />
contextualizada d<strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> centrais envolvid<strong>os</strong> n<strong>os</strong> Dez<br />
M<strong>and</strong>ament<strong>os</strong>. Carmelo Martines chama a atenção <strong>para</strong> <strong>os</strong><br />
perig<strong>os</strong> que a contextualização oferece <strong>para</strong> a teologia e a<br />
missão. Ele relembra que teologia nunca é feita n<strong>um</strong> vácuo<br />
ideológico ou sócio-cultural, e que o risco de termi<strong>na</strong>r com<br />
<strong>um</strong>a mensagem desprovida de seu conteúdo bíblico é sempre<br />
constante. Esteban Voth a<strong>na</strong>lisa o tema da unicidade de Jesus<br />
como Filho de Deus e Redentor, tom<strong>and</strong>o a encar<strong>na</strong>ção de<br />
Cristo n<strong>um</strong> momento particular da história como a chave<br />
hermenêutica <strong>para</strong> se compreender a Jesus. Miguel Ángel<br />
Núñez explora o relacio<strong>na</strong>mento entre contextualização,<br />
evangelismo e ação social, arg<strong>um</strong>ent<strong>and</strong>o a favor de <strong>um</strong>a<br />
abordagem equilibrada que integre a pregação do evangelho<br />
com o cuidado pelas necessidades concretas das pessoas.<br />
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
O livro termi<strong>na</strong> com <strong>um</strong>a seção de estud<strong>os</strong> aplicad<strong>os</strong> sobre<br />
as mudanças que desafiam as famílias que fazem a transição<br />
<strong>para</strong> o ministério intercultural (Cheryl D<strong>os</strong>s); necessidade de<br />
contextualizar e atualizar a apresentação do evangelho <strong>para</strong><br />
<strong>os</strong> jovens (Miguel Cáceres); a comunicação da mensagem<br />
bíblica no contexto da academia secular (Marcelo Falconier);<br />
e o significado e estilo da adoração lev<strong>and</strong>o-se em conta a<br />
adaptação cultural e o propósito evangelístico (Daniel Plenc).<br />
O vol<strong>um</strong>e, que foi criteri<strong>os</strong>amente editado, proporcio<strong>na</strong><br />
<strong>um</strong>a leitura útil e estimulante <strong>para</strong> tod<strong>os</strong> aqueles que se preocupam<br />
com a missão cristã. Os temas propriamente dit<strong>os</strong> e<br />
a maneira como são abordad<strong>os</strong> transcendem barreiras denomi<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is<br />
e dizem respeito à missão cristã onde quer que<br />
seja.<br />
Mario River<strong>os</strong> (Th.D., Universidade Andrews) é o diretor<br />
da Escola de Estud<strong>os</strong> Graduad<strong>os</strong> <strong>na</strong> Universidade União<br />
Perua<strong>na</strong>, em Ñaña, Peru. E-mail: mriver@upeu.edu.pe<br />
1844<br />
Continuação da pág. 15.<br />
REFERÊNCIAS<br />
1. Veja Le Roy Edwin Froom. The Prophetic Faith of Our Fathers: The<br />
Historical Development of Prophetic Interpretation. Washington, D.C.:<br />
Review <strong>and</strong> Herald Publ. Assn., 1954, vol. 4. pp. 443-718 (veja especialmente<br />
pp. 699-718).<br />
2. Ellen G. White. O Gr<strong>and</strong>e Conflito. 42. ed. Tatuí: Casa Publicadora<br />
Brasileira, 2004. p. 423.<br />
3. Ángel Manuel Rodríguez. H<strong>and</strong>book of Seventh-day Adventist Theology.<br />
Hagerstown, Maryl<strong>and</strong>: Review <strong>and</strong> Herald Publ. Assn., 2000. p. 375.<br />
4. Disponível em: <br />
Acesso em: 16 jun. 2004 (pági<strong>na</strong> introdutória).<br />
5. Veja, por exemplo: Preface to Marx-Engels Collected Works, vol. 3: Works<br />
1843-1844. Disponível em: Acesso em 16 jun. 2004.<br />
6. Clarence B. Bass. Backgrounds to Dispensatio<strong>na</strong>lism: Its Historical Genesis<br />
<strong>and</strong> Ecclesiastical Implications. Gr<strong>and</strong> Rapids, Michigan: Eerdmans, 1960.<br />
p. 139.<br />
7. Tim LaHaye e Jerry B. Jenkins. Are We Living in the End Times? Wheaton,<br />
Illinois: Tyndale, 1999. pp. 157-58.<br />
8. Uma refutação da teoria do arrebatamento e crenças relacio<strong>na</strong>das pode<br />
ser encontrada em: Steve Wohlberg. End Time Delusions: The Rapture, the<br />
Antichrist, Israel, <strong>and</strong> the End of the World. Shippensburg, Pennsylvania:<br />
Treasure House, 2004; e Hans K. LaRondelle. The Israel of God in<br />
Prophecy: Principles of Prophetic Interpretation. Berrien Springs, Michigan:<br />
Andrews University Press, 1983.<br />
9. Nora Barlow. The Autobiography of Charles Darwin, 1809-1882. Nova<br />
York: Norton, 1958. pp. 85-86.<br />
10. Ellen G. White. Spiritual Gifts. Battle Creek, Michigan: Steam Press of the<br />
Seventh-day Adventist Publishing Association, 1864, vol. 3. p. 91.<br />
11. Ariel A. Roth. “Adventism <strong>and</strong> the Challenges to Creationism.” Adventists<br />
Affirm, Spring, 2002. pp. 20-21.<br />
12. Ellen G. White. Mensagens Escolhidas. 3. ed. Tatuí: Casa Publicadora<br />
Brasileira, 1987, vol. 3. p. 196.<br />
31
PRIMEIRA PESSOA<br />
O sol de Deus no palco<br />
Sunshine, conforme transmitido a Kay D. Rizzo<br />
pejavam em minha mente: vovô Sui,<br />
<strong>um</strong> pastor cristão, surrado e h<strong>um</strong>ilhado<br />
pela Guarda Vermelha; n<strong>os</strong>sa casa<br />
saqueada até o ponto de não sobrar<br />
quase <strong>na</strong>da; meu pai, <strong>um</strong> médico<br />
gentil, traído por <strong>um</strong> colega e exilado<br />
<strong>para</strong> a região montanh<strong>os</strong>a do sul da<br />
Chi<strong>na</strong>. Lágrimas brotavam de meus<br />
olh<strong>os</strong> enquanto eu me lembrava de<br />
minha mãe, lev<strong>and</strong>o minhas três irmãs<br />
mais velhas <strong>para</strong> viver com sua família<br />
em Shaobian, enquanto eu ficava com<br />
meu pai. Recordei-me da caça a<strong>os</strong> rat<strong>os</strong><br />
n<strong>os</strong> arrozais; olhei de relance por <strong>um</strong>a<br />
rachadura <strong>na</strong> parede, enquanto meu<br />
pai operava sob a luz de <strong>um</strong>a lanter<strong>na</strong>.<br />
Um misto confuso de lembranças<br />
me deixou exausta e sentindo falta de<br />
minha família.<br />
Estivera sozinha desde <strong>os</strong> primeir<strong>os</strong><br />
an<strong>os</strong> da adolescência, qu<strong>and</strong>o fui<br />
aprender artes em F<strong>os</strong>ham. Com papai<br />
ainda no exílio, vovô Sui n<strong>os</strong> reuniu<br />
no dia em que deixei o lugar <strong>para</strong><br />
viver <strong>na</strong> cidade. Ele fez <strong>um</strong>a oração<br />
por mim: que eu f<strong>os</strong>se guardada; que<br />
nunca me esquecesse de minha família<br />
e sempre me lembrasse de minha<br />
herança espiritual. Durante an<strong>os</strong> fui<br />
protegida. E sempre que permitiam,<br />
voltava <strong>para</strong> visitar minha família.<br />
Quanto à terceira petição de meu avô,<br />
ab<strong>and</strong>onei rapidamente a fé. Durante<br />
minhas visitas, alegrava minha família<br />
com histórias sobre as glamor<strong>os</strong>as festas,<br />
as pessoas fam<strong>os</strong>as com quem me<br />
encontrava e <strong>os</strong> banquetes a que comparecia.<br />
Não dava ênfase ao churrasco<br />
de cão e ao fricassé de gato de que<br />
tanto g<strong>os</strong>tava, ou ao conteúdo histórico<br />
das óperas que estrelava. Enquanto<br />
minhas irmãs se impressio<strong>na</strong>vam, meu<br />
avô não conseguia esconder sua tristeza.<br />
“Você sabe como foi criada, minha<br />
“Quem é essa estrela de ópera de<br />
22 an<strong>os</strong>, que parece tão glamor<strong>os</strong>a e<br />
segura de si?” Olhei <strong>para</strong> minha fotografia<br />
publicitária no painel externo<br />
do Fuchou Theater. Lembr<strong>and</strong>o-me<br />
repenti<strong>na</strong>mente de onde estava, olhei<br />
<strong>um</strong> pouco nerv<strong>os</strong>a <strong>para</strong> <strong>os</strong> lad<strong>os</strong> <strong>para</strong><br />
me certificar de que ninguém estava<br />
perto o suficiente <strong>para</strong> ver meu<br />
momento de orgulho. Na Chi<strong>na</strong><br />
comunista, não seria bom parecer convencida<br />
ou pedante.<br />
Para me lembrar de que o governo<br />
me concedera o privilégio da fama,<br />
observei o aglomerado de mulherinhas<br />
desmazeladas transit<strong>and</strong>o pela<br />
rua. Vestidas com calças compridas,<br />
uniformes e blusas, elas se dirigiam<br />
apressadamente <strong>para</strong> casa após <strong>um</strong><br />
longo e enfadonho dia de trabalho <strong>na</strong>s<br />
linhas fabris de produção. Enquanto a<br />
moda de Paris, Londres e Nova Iorque<br />
parecia ape<strong>na</strong>s <strong>um</strong> sonho distante <strong>para</strong><br />
a maioria das mulheres chinesas, eu<br />
estava ali traj<strong>and</strong>o <strong>os</strong> melhores e mais<br />
recentes vestid<strong>os</strong>.<br />
Foi <strong>um</strong> tempo bom aquele em que<br />
eu era <strong>um</strong>a das divas operísticas no sul<br />
da Chi<strong>na</strong>. Durante o rei<strong>na</strong>do de poder<br />
da esp<strong>os</strong>a de Mao Tsé-tung, Jiang<br />
Qing, a ópera chinesa havia sido limitada<br />
a <strong>um</strong> punhado de óperas restritas<br />
que faziam propag<strong>and</strong>a da revolução.<br />
Com a mudança política no governo,<br />
foram permitidas audições das óperas<br />
chinesas tradicio<strong>na</strong>is, que antes haviam<br />
sido consideradas decadentes, perig<strong>os</strong>as<br />
e burguesas. Juntamente com as árias<br />
de antig<strong>os</strong> cont<strong>os</strong> de fadas musicad<strong>os</strong>,<br />
tentei não pensar <strong>na</strong>s cerimônias de<br />
abertura que adoravam e honravam<br />
antig<strong>os</strong> deuses.<br />
Dividia-me em dois mund<strong>os</strong> muito<br />
diferentes. Memórias sombrias relamfilha.<br />
Você sabe.”<br />
As advertências de minha mãe focalizavam<br />
minha vida sentimental: “Toda<br />
a família Shao <strong>um</strong> dia sairá da Chi<strong>na</strong>.<br />
Por favor, não se apaixone por <strong>um</strong><br />
homem que a impedirá de ir con<strong>os</strong>co.”<br />
Havia garot<strong>os</strong> de quem eu g<strong>os</strong>tava<br />
em meus an<strong>os</strong> de adolescência; depois<br />
que fiquei fam<strong>os</strong>a, <strong>os</strong> homens me<br />
admiravam, mas eu sempre me recordava<br />
das advertências de mamãe. Eu<br />
brilhava no palco. Fora dele, definhava<br />
em solidão.<br />
N<strong>um</strong>a de minhas visitas em casa,<br />
encontrei <strong>um</strong>a tradução chinesa do<br />
livro O Desejado de Todas as Nações.<br />
Apreciei o modo como a autora retratava<br />
a Jesus. Ao término de minhas<br />
férias, mamãe insistiu <strong>para</strong> que levasse<br />
o livro comigo, juntamente com <strong>um</strong>a<br />
Bíblia chinesa. Eu sabia que minha<br />
família ouvia transmissões radiofônicas<br />
em ondas curtas de Hong Kong.<br />
Sentindo <strong>um</strong> misto de solidão, aventura<br />
e rebeldia, comprei <strong>um</strong> conjunto<br />
de fitas cassetes – muit<strong>os</strong> membr<strong>os</strong> do<br />
elenco da ópera ouviam fitas d<strong>os</strong> mais<br />
fam<strong>os</strong><strong>os</strong> astr<strong>os</strong> da ópera – e <strong>um</strong> radiogravador<br />
portátil e comecei a escutar<br />
secretamente as transmissões gravadas.<br />
Em minha mente, as verdades que eu<br />
ouvira lutavam com meu desejo de dar<br />
continuidade ao meu estilo de vida<br />
sedutor. Minhas três irmãs haviam<br />
sido batizadas, e eu soube que <strong>na</strong>da<br />
agradaria mais minha família do que<br />
a entrega de meu coração a Deus.<br />
Infelizmente, entre conhecer <strong>os</strong> desej<strong>os</strong><br />
divin<strong>os</strong> e c<strong>um</strong>pri-l<strong>os</strong> havia <strong>um</strong>a gr<strong>and</strong>e<br />
distância.<br />
Um dia, fiquei surpresa ao receber<br />
<strong>um</strong>a carta de <strong>um</strong> d<strong>os</strong> amig<strong>os</strong> de vovô,<br />
o pastor Liang. A carta me convidava<br />
ao batismo. Eu a ignorei. Não estava<br />
pronta <strong>para</strong> entregar o controle de<br />
minha vida a <strong>um</strong> Ser que ninguém do<br />
meu círculo de amizades cria existir.<br />
Ao voltar de n<strong>os</strong>sa recente excursão,<br />
achei outra carta do pastor Liang. Ele<br />
me contou que estava planej<strong>and</strong>o <strong>um</strong><br />
dia especial de batismo e me convidou<br />
a participar. Qu<strong>and</strong>o conferi<br />
minha agenda, fiquei aliviada porque<br />
32 DIÁLOGO 18•3 2006
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
a companhia teatral estaria longe de<br />
Guangzhou no fim de sema<strong>na</strong> que ele<br />
havia mencio<strong>na</strong>do.<br />
Mas no verão de 1983, mais <strong>para</strong><br />
agradar meus pais, decidi me tor<strong>na</strong>r<br />
cristã e fui batizada pelo pastor Liang.<br />
Em casa, minha família se alegrou.<br />
N<strong>um</strong>a carta que mamãe escreveu, ela<br />
dizia: “Fi<strong>na</strong>lmente n<strong>os</strong>sa meni<strong>na</strong> foi<br />
batizada. Agora tod<strong>os</strong> som<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong>.<br />
Precisam<strong>os</strong> ape<strong>na</strong>s esperar pacientemente<br />
pelo dia em que n<strong>os</strong> mudarem<strong>os</strong><br />
<strong>para</strong> Hong Kong, qu<strong>and</strong>o estarem<strong>os</strong><br />
junt<strong>os</strong> novamente.”<br />
Embora meu batismo tenha agradado<br />
meus pais, eu ainda não havia tido<br />
<strong>um</strong> relacio<strong>na</strong>mento pessoal com Deus.<br />
O estilo de vida permaneceu o mesmo,<br />
e meu descontentamento se intensificou.<br />
Certa manhã, em Guangzhou,<br />
vagueava pela cidade sem <strong>na</strong>da <strong>para</strong><br />
fazer. Logo, encontrei-me <strong>na</strong> igreja<br />
onde fora batizada. Silenci<strong>os</strong>amente<br />
fui até a última fila de banc<strong>os</strong>, enterrei<br />
meu r<strong>os</strong>to n<strong>os</strong> braç<strong>os</strong> e clamei: “Oh,<br />
Deus, se o Senhor é verdadeiramente<br />
quem meus pais dizem que é, por<br />
favor, faça alg<strong>um</strong>a coisa em minha<br />
vida.”<br />
De repente, <strong>um</strong> par de mã<strong>os</strong> cobriu<br />
minha cabeça e <strong>um</strong>a voz femini<strong>na</strong><br />
disse algo em inglês. Não pude<br />
entender as palavras, mas soube que<br />
ela estava or<strong>and</strong>o por mim. Tendo<br />
crescido n<strong>um</strong>a sociedade onde as pessoas<br />
raramente sorriem ou falam com<br />
estranh<strong>os</strong>, eu gelei. O Espírito Santo<br />
quebrou minhas defesas e meu coração<br />
se rompeu.<br />
“Está bem, Senhor, toma-me. Sou<br />
tua.” O pesado fardo de culpa e vergonha<br />
deslizou de meus ombr<strong>os</strong>. Sentiame<br />
livre pela primeira vez <strong>na</strong> vida.<br />
Em casa, minha mãe insistiu com<br />
o regime político, até conseguir, <strong>para</strong><br />
toda a família, <strong>os</strong> vist<strong>os</strong> de imigração<br />
<strong>para</strong> Hong Kong, exceto o meu. No<br />
princípio, o líder do elenco recusouse<br />
a me deixar partir. Mamãe insistiu.<br />
Qu<strong>and</strong>o aconteceu, tudo foi rápido.<br />
Certa noite, cantava sobre o palco e,<br />
em seguida, estava a caminho de <strong>um</strong>a<br />
nova e estranha vida. Jamais havia estado<br />
em Hong Kong, e entendi que precisava<br />
aprender inglês. Assim, matriculei-me<br />
em classes notur<strong>na</strong>s e durante<br />
o dia procurava emprego. Minha irmã<br />
mais velha, Li Xin, arranjou trabalho<br />
<strong>na</strong> escola Uncle Tang’s, enquanto eu<br />
consegui emprego vendendo livr<strong>os</strong><br />
n<strong>um</strong> Adventist Book Center. Isso permitiu<br />
que n<strong>os</strong>sa família se mudasse de<br />
<strong>um</strong> pequeno apartamento de n<strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />
parentes <strong>para</strong> <strong>um</strong> outro próximo.<br />
Mas eu sentia saudades da minha<br />
música. Pensei: vou tomar <strong>um</strong> desses<br />
ônibus que passam perto das boates,<br />
e ouvir as mulheres cant<strong>and</strong>o. Cantar<br />
n<strong>um</strong> bar ou boate seria <strong>um</strong> trabalho<br />
agradável. Poderia ganhar rapidamente<br />
muito dinheiro. Qu<strong>and</strong>o discuti<br />
o assunto com meus pais, eles não<br />
usaram eufemism<strong>os</strong>. Meu coração se<br />
agitava em rebelião. Eu era <strong>um</strong>a adulta!<br />
Havia sido do<strong>na</strong> de minha vida deste<br />
<strong>os</strong> catorze an<strong>os</strong>. Orei a Deus pedindo<br />
que mudasse a cabeça deles. Mas Ele<br />
mudou a minha.<br />
Alguns dias depois, fui convidada a<br />
trabalhar com a equipe da rádio adventista.<br />
Teria meu próprio programa:<br />
“Melodia em Meu Coração.” Agarrei a<br />
chance. Foi qu<strong>and</strong>o consegui meu apelido<br />
inglês, Sunshine, e onde encontrei<br />
a pessoa que mudou minha vida <strong>para</strong><br />
sempre: <strong>um</strong> jovem professor norteamericano,<br />
chamado Roger Stahl. Em<br />
seguida, <strong>um</strong> protesto estudantil <strong>na</strong><br />
praça Tia<strong>na</strong>nmen fez com que o consulado<br />
norte-americano retirasse tod<strong>os</strong><br />
<strong>os</strong> cidadã<strong>os</strong> american<strong>os</strong> do continente<br />
chinês. Depois de alg<strong>um</strong> tempo, n<strong>os</strong><br />
reencontram<strong>os</strong>, e ele se ofereceu <strong>para</strong><br />
me ensi<strong>na</strong>r inglês. Um romance floresceu,<br />
e <strong>na</strong> hora certa decidim<strong>os</strong> n<strong>os</strong><br />
casar e mudar <strong>para</strong> <strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>,<br />
onde <strong>os</strong> pais dele viviam.<br />
De artista por trás da “corti<strong>na</strong> de<br />
bambu” [isolamento chinês imp<strong>os</strong>to<br />
pelo governo, correspondente à “corti<strong>na</strong><br />
de ferro” soviética]* <strong>para</strong> <strong>um</strong>a<br />
esp<strong>os</strong>a cristã e mãe de <strong>um</strong>a filha adorável.<br />
Ainda estou cant<strong>and</strong>o <strong>para</strong> meu<br />
Senhor. Foi <strong>um</strong>a viagem miracul<strong>os</strong>a.<br />
A cada curva <strong>na</strong> estrada, eu podia<br />
ouvir a voz de vovô cit<strong>and</strong>o a Bíblia.<br />
“Reconhece-O em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> teus caminh<strong>os</strong><br />
e Ele endireitará tuas veredas.”<br />
Agora, enquanto Roger ensi<strong>na</strong> inglês<br />
n<strong>um</strong>a universidade <strong>na</strong> Chi<strong>na</strong> continental,<br />
Deus usa minha voz e minha história<br />
<strong>para</strong> louvar Seu nome em muit<strong>os</strong><br />
países do mundo.<br />
*Nota do Editor.<br />
Atualmente, Sunshine tem três CDs<br />
gravad<strong>os</strong>: <strong>um</strong> em inglês e dois em<br />
m<strong>and</strong>arim. Se você quiser contatar<br />
a família Stahl, o e-mail é usastahl@<br />
hotmail.com<br />
Kay D. Rizzo é o autora do livro Red<br />
Star Rising (Nampa, Idaho: Pacific<br />
Press Publishing, 2006), do qual esta<br />
história foi adaptada. Já escreveu<br />
55 livr<strong>os</strong> e mantém <strong>um</strong> ministério<br />
de oração inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l. Para mais<br />
informações sobre o seu ministério,<br />
entre em contato com Kay pelo e-<br />
mail kay@kayrizzo.com<br />
Anunciam<strong>os</strong>…<br />
A Conferência<br />
Européia sobre Fé e<br />
Ciência<br />
1 – 12 de julho de 2007<br />
Patroci<strong>na</strong>da pela Divisão Euro-Africa<strong>na</strong><br />
e o Ge<strong>os</strong>cience Research Institute, a<br />
conferência está aberta <strong>para</strong> educadores<br />
<strong>adventistas</strong> interessad<strong>os</strong> no assunto sobre<br />
origens, evolução, criação, geologia e<br />
paleontologia.<br />
Para informação, inscrição, pagamento<br />
e transporte, contate o Dr. Roberto<br />
Bade<strong>na</strong>s: roberto.bade<strong>na</strong>s@euroafrica.org.<br />
Dr. Raúl Esperante irá providenciar<br />
informações relacio<strong>na</strong>das com o programa<br />
e trabalho de campo. Contate o Dr. Raúl<br />
Esperante: resperante@llu.edu.<br />
33
fÓr<strong>um</strong> aberto<br />
O inferno existe?<br />
Uma amiga cristã e eu tem<strong>os</strong> discutido<br />
sobre o conceito do inferno. Ela está<br />
amedrontada com a perspectiva de <strong>um</strong>a<br />
punição de fogo eterno. O que a Bíblia<br />
ensi<strong>na</strong> a esse respeito?<br />
Há sécul<strong>os</strong>, cristã<strong>os</strong> têm pregado<br />
sobre <strong>um</strong> inferno de fogo queim<strong>and</strong>o<br />
continuamente e alguns têm <strong>um</strong>a imagi<strong>na</strong>ção<br />
fértil ao retratar horríveis descrições<br />
de pessoas sofrendo enorme dor<br />
sem terem, ao men<strong>os</strong>, a misericordi<strong>os</strong>a<br />
p<strong>os</strong>sibilidade de morrer. O resultado é<br />
que alguns ficam apavorad<strong>os</strong> e seguem<br />
a Deus por medo, enquanto outr<strong>os</strong> se<br />
afastam dEle completamente. O que a<br />
Bíblia realmente ensi<strong>na</strong> sobre o inferno?<br />
Primeiro, as Escrituras falam sobre<br />
o inferno. Porém, precisam<strong>os</strong> ouvir as<br />
Escrituras em seus própri<strong>os</strong> term<strong>os</strong>.<br />
Qu<strong>and</strong>o Jesus falou sobre o inferno,<br />
estava Se referindo à punição <strong>para</strong><br />
pecadores não arrependid<strong>os</strong>. Uma<br />
punição que termi<strong>na</strong>rá em fogo eterno<br />
e destruição (João 3:16; Mateus 7:13,<br />
14; 25:31, 32, 41). Destruição/fogo<br />
eterno é <strong>um</strong> evento futuro relacio<strong>na</strong>do<br />
com a segunda vinda de Cristo. Então<br />
“inferno” é algo que ainda está por vir.<br />
Segundo, alguns tradutores da Bíblia<br />
têm traduzido várias palavras, que p<strong>os</strong>suem<br />
<strong>na</strong> realidade outr<strong>os</strong> significad<strong>os</strong>,<br />
como sendo “inferno”.<br />
O termo hebraico sheol e seu correlativo<br />
no grego hades significam o lugar<br />
d<strong>os</strong> mort<strong>os</strong> que estão <strong>na</strong> sepultura. Veja o<br />
uso do termo n<strong>os</strong> seguintes cas<strong>os</strong>. Jacó<br />
esperava descer ao sheol – sepultura –,<br />
junto com seu filho J<strong>os</strong>é. Ele não<br />
esperava que seu amado filho estivesse<br />
no inferno, ou que ele mesmo f<strong>os</strong>se<br />
<strong>para</strong> lá (Gênesis 37:35). Deus faz<br />
descer à sepultura e faz subir de lá (I<br />
Samuel 2:6). Isto não se encaixa com<br />
o pensamento cristão popular sobre o<br />
inferno. No sheol – sepultura – não há<br />
atividade, plan<strong>os</strong> e nenh<strong>um</strong> conhecimento<br />
(Eclesiastes 9:10). Não há fogo<br />
nem tormento. O justo e o injusto são<br />
encontrad<strong>os</strong> lá. No hades há deterioração.<br />
Jesus foi a exceção (At<strong>os</strong> 2:27,<br />
31). Sheol e hades são, portanto, o<br />
lugar d<strong>os</strong> mort<strong>os</strong> e não o inferno.<br />
“Lançar no tártaro” aparece somente<br />
em II Pedro 2:4 e se refere ao domicílio<br />
d<strong>os</strong> anj<strong>os</strong> caíd<strong>os</strong>. O termo não é<br />
usado <strong>para</strong> descrever o lugar d<strong>os</strong> mort<strong>os</strong><br />
ou <strong>um</strong> inferno no qual pessoas são<br />
lançadas após a morte.<br />
Gehen<strong>na</strong> é o inferno sobre o qual<br />
Jesus falou. Esse é o lugar de punição<br />
do injusto, também associado com<br />
fogo (Marc<strong>os</strong> 9:43). Esse fogo virá<br />
no fim d<strong>os</strong> temp<strong>os</strong> com <strong>um</strong> juízo<br />
divino contra o pecado, pecadores e<br />
Satanás (Mateus 25:41). Ate lá, <strong>os</strong><br />
mort<strong>os</strong> “dormem” em suas sepulturas.<br />
Apocalipse 20:9, 10 e 15 fala sobre<br />
o lago de fogo no qual, depois do<br />
milênio, <strong>os</strong> injust<strong>os</strong> são queimad<strong>os</strong>.<br />
Consider<strong>and</strong>o que gehen<strong>na</strong> está relacio<strong>na</strong>do<br />
com fogo e é <strong>um</strong> evento futuro<br />
associado com <strong>um</strong> julgamento, o<br />
melhor é entender o inferno no contexto<br />
de Apocalipse 20. Este é o inferno<br />
do qual Jesus n<strong>os</strong> advertiu.<br />
Terceiro, durará o futuro inferno<br />
“<strong>para</strong> todo o sempre?” (Apocalipse<br />
20:10 – NVI). O significado do termo<br />
<strong>para</strong> sempre/eterno/eternidade usado<br />
<strong>na</strong>s Escrituras é muito mais amplo do<br />
que entendem<strong>os</strong>. Pode descrever: (a)<br />
alg<strong>um</strong>a coisa ou alguém existindo sem<br />
<strong>um</strong> início ou sem <strong>um</strong> fim (em conexão<br />
com Deus); (b) alg<strong>um</strong>a coisa ou<br />
alguém com <strong>um</strong> início, mas sem <strong>um</strong><br />
fim (a vida eter<strong>na</strong> d<strong>os</strong> redimid<strong>os</strong>, ver<br />
João 5:24; Apocalipse 21:3, 4); e (c)<br />
alg<strong>um</strong>a coisa ou alguém com início e<br />
com <strong>um</strong> fim no sentido de “por alg<strong>um</strong><br />
tempo” (Êxodo 21:5, 6; Jo<strong>na</strong>s 1:17;<br />
2:6). Em relação ao termo inferno, a<br />
expressão <strong>para</strong> todo o sempre deve ser<br />
compreendida de acordo com o terceiro<br />
caso. Por quê? Embora o injusto<br />
sofra o inferno por <strong>um</strong> limitado período<br />
de tempo, seu resultado é eterno.<br />
O fogo <strong>os</strong> “devora” (Apocalipse 10:9).<br />
Essa é a segunda morte (Apocalipse<br />
20:14, 15). O inextinguível fogo de<br />
Mateus 3:12 não pode ser extinto até<br />
que seu trabalho esteja completo e<br />
tudo seja queimado (Mateus 13:40-42;<br />
Jeremias 17:27).<br />
Fi<strong>na</strong>lmente, a vida eter<strong>na</strong> está disponível<br />
somente <strong>para</strong> <strong>os</strong> que pertencem<br />
a Jesus, e não <strong>para</strong> aqueles que fizeram<br />
<strong>um</strong>a decisão contra Ele e Deus. Além<br />
disso, Satanás também será destruído<br />
e elimi<strong>na</strong>do completamente no fogo<br />
do inferno (Mateus 25:41; Apocalipse<br />
20:10).<br />
Assim, as Escrituras falam sobre o<br />
inferno, mas isto está ainda no futuro<br />
e terá duração limitada. Deus não é<br />
tirano. Pelo contrário, Ele é <strong>um</strong> Deus<br />
de amor e justiça e em Seu reino não<br />
haverá mais sofrimento, dor, tristeza<br />
ou morte (Apocalipse 21:3, 4).<br />
Ekkehardt Mueller (Th.D., D.Min.,<br />
Universidade Andrews) é diretor<br />
associado do Instituto de Pesquisa<br />
Bíblica da Associação Geral da Igreja<br />
Adventista do Sétimo Dia em Silver<br />
Spring, Maryl<strong>and</strong>, EUA. E-mail: muellere@gc.adventist.org<br />
34 DIÁLOGO 18•3 2006
Paulo fala à universidade<br />
Rapazes e moças da universidade, vejo que em<br />
tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> sentid<strong>os</strong>, vocês são muito religi<strong>os</strong><strong>os</strong>.<br />
And<strong>and</strong>o pela universidade, observei cuidad<strong>os</strong>amente<br />
seus objet<strong>os</strong> de adoração. Eu vi seu altar chamado<br />
ginásio, onde muit<strong>os</strong> adoram a deidade do esporte.<br />
Vi o edifício de ciência, onde muit<strong>os</strong> dep<strong>os</strong>itam sua<br />
fé <strong>na</strong> salvação do gênero h<strong>um</strong>ano. Eu achei o seu<br />
altar <strong>para</strong> as belas artes onde a expressão artística e o<br />
desempenho parecem rei<strong>na</strong>r suprem<strong>os</strong> sem submissão<br />
a qualquer poder maior. Eu caminhei por seus<br />
corredores de residência e observei seus cartazes da<br />
deusa do sexo e pirâmides de latas de cerveja. Ainda,<br />
como eu caminhei com alguns de vocês, vi o vazio<br />
em seus olh<strong>os</strong> e senti a dor em seu coração. Percebi<br />
que ainda há outro altar em seu coração. Um altar<br />
<strong>para</strong> o Deus desconhecido que vocês suspeitam que<br />
p<strong>os</strong>sa estar lá. Vocês têm <strong>um</strong> senso de que há algo<br />
mais, além d<strong>os</strong> deuses h<strong>um</strong>anístic<strong>os</strong> e comodistas.<br />
O que vocês almejam como algo desconhecido, eu<br />
quero apresentar-lhes agora.<br />
Este Deus de quem eu estou fal<strong>and</strong>o é seu<br />
Criador pessoal. Ele não é <strong>um</strong>a fabricação ou<br />
invenção do gênero h<strong>um</strong>ano. Ele não é <strong>um</strong>a<br />
parte da criação; Ele está mais acima do<br />
que isso. Ele é maior e mais poder<strong>os</strong>o do<br />
que você p<strong>os</strong>sa ter sonhado. Este Deus<br />
lhe deu sua vida e fixou <strong>os</strong> limites da<br />
mesma. O desejo pela eternidade no<br />
seu coração foi colocado por Ele.<br />
Você pode tentar procurá-lo, mas<br />
Ele já está envolvido intimamente<br />
<strong>na</strong> criação. É o trabalho criativo dEle, a imagem<br />
dEle, que tor<strong>na</strong> p<strong>os</strong>sível você se ocupar de atividades<br />
atléticas, empenho científico, expressão artística,<br />
jovialidade ple<strong>na</strong> e prazer sexual.<br />
Este Deus o está cham<strong>and</strong>o a se arrepender. Você<br />
tem adorado sua própria criatividade em vez de<br />
reconhecê-lo como seu Criador. Você esqueceu<br />
do doador d<strong>os</strong> presentes. Você se rebelou contra<br />
seu Criador e seguiu o caminho d<strong>os</strong> seus própri<strong>os</strong><br />
desej<strong>os</strong> e da auto-adoração. Como resultado, você<br />
perverteu <strong>os</strong> presentes de vida e criatividade. Você<br />
abusou de sua sexualidade com descuidad<strong>os</strong> prazeres.<br />
Você escolheu a futilidade e a morte. Deus o<br />
convida <strong>para</strong> que pare de servir esses fals<strong>os</strong> deuses e<br />
traga glória ao verdadeiro Deus Vivo, seu Criador.<br />
Deus enviou o Seu filho, Jesus Cristo, <strong>para</strong> salvar<br />
e julgar o mundo. O homem Jesus veio pôr ordem<br />
<strong>na</strong>s coisas, trazer justiça, e chamar-n<strong>os</strong> de volta<br />
como <strong>um</strong>a advertência antes do julgamento. Pela<br />
Sua morte, Ele n<strong>os</strong> oferece <strong>um</strong> modo de voltar a<br />
Deus, <strong>para</strong> n<strong>os</strong> salvar da autodestruição. Pela Sua<br />
ressurreição, Ele m<strong>os</strong>trou que veio com poder <strong>para</strong><br />
salvar e julgar o mundo. Como resultado, este<br />
Jesus se tornou o ponto principal <strong>na</strong> história,<br />
o assunto central <strong>para</strong> nós hoje, a pedra guia<br />
<strong>para</strong> o n<strong>os</strong>so <strong>and</strong>ar ou a pedra de tropeço.<br />
Ele oferece reconciliação com o Criador e<br />
somente Ele pode n<strong>os</strong> dar isso.<br />
Esta paráfrase de At<strong>os</strong> 17:22-31 foi<br />
escrita por Daniel Denk e publicada<br />
com a sua permissão.<br />
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
35
Intercâmbio<br />
Amplie sua rede<br />
de amizades<br />
Universitári<strong>os</strong> e profissio<strong>na</strong>is <strong>adventistas</strong> interessad<strong>os</strong> em trocar correspondência<br />
com colegas em outras partes do mundo.<br />
Gidalti Cedano Abreu: 21; solteira,<br />
fisioterapeuta pne<strong>um</strong>o-funcio<strong>na</strong>l;<br />
interesses: acampar, viajar, fazer<br />
novas amizades; correspondência<br />
em espanhol e inglês. EUA. Email:<br />
gidaltica@hotmail.com.<br />
Samuel Opolot Adamai: 24; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o ciências; interesses:<br />
cantar, estud<strong>os</strong> bíblic<strong>os</strong> e compartilhar<br />
a fé adventista com outr<strong>os</strong>; correspondência<br />
em inglês. UGANDA.<br />
Email: adamaisamuel@yahoo.com.<br />
Kowu Agbezudor: 41; solteiro;<br />
formado em contabilidade e informática;<br />
interesses: ler, escrever, fazer<br />
novas amizades, trocar idéias e atividades<br />
religi<strong>os</strong>as; correspondência<br />
em inglês. Endereço: P. O. Box CT<br />
2690, Cantonments-Accra, GANA.<br />
Maribett Zuñiga Alarcón: 35;<br />
solteira, enfermeira; interesses: ler,<br />
ouvir música, artesa<strong>na</strong>to e viajar; correspondência<br />
em espanhol. Endereço:<br />
Río Maule Nº 5430, Villa Arabia,<br />
Sector De<strong>na</strong>vi Sur, Talcahuano,<br />
CHILE.<br />
S. Gabriel Alhassan: 23; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o ciências políticas <strong>na</strong><br />
Universidade de Ga<strong>na</strong>; interesses: viajar,<br />
fazer escaladas e novas amizades;<br />
correspondência em inglês. GANA.<br />
Email: sadatgh100@yahoo.com.<br />
Hans Adolf Andía: 25; solteiro,<br />
curs<strong>and</strong>o música <strong>na</strong> Universidade<br />
Adventista do Chile; interesses: ouvir<br />
música clássica, ler a Bíblia e falar<br />
acerca de Jesus; correspondência em<br />
espanhol, francês ou inglês. CHILE.<br />
Email: hans_<strong>and</strong>ia@hotmail.com.<br />
Gloria Evelyn Aplicano: 27;<br />
solteira, formada em comunicação<br />
social e publicidade; interesses: <strong>na</strong>tureza,<br />
acampar, esportes e amizades;<br />
correspondência espanhol, inglês<br />
ou italiano. HONDURAS. Email:<br />
g_aplicanob1@yahoo.com.<br />
Kissaka Arone: 34; casado, professor<br />
de agricultura; interesses:<br />
ouvir música, fazer visitas e futebol;<br />
correspondência em inglês<br />
ou suaili. UGANDA. Email:<br />
kissakarone@yahoo.co.uk.<br />
J<strong>os</strong>é David Ray<strong>na</strong>ga Ávila: 30;<br />
solteiro, curs<strong>and</strong>o informática <strong>na</strong><br />
Universidade Comunitária de São<br />
Luís Pot<strong>os</strong>í; interesses: ler, esportes<br />
e participar em atividades da<br />
igreja; correspondência em espanhol<br />
ou inglês. MÉXICO. Email:<br />
jrey<strong>na</strong>gaavila@yahoo.com.<br />
Jo Ann Banzuelo: 26; solteira,<br />
formada em ciências, lecio<strong>na</strong> em<br />
escola particular; interesses: música,<br />
<strong>na</strong>tureza e viagens; correspondência<br />
em inglês ou tagalo. Endereço: Mt.<br />
Carmel, Bayugan I 8502, Agusan del<br />
Sur, FILIPINAS.<br />
Mark Jashim Barikder: 27; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o contabilidade <strong>na</strong><br />
Faculdade Adventista de Bangladesh;<br />
interesses: filatelia, viajar e pipamodelismo;<br />
correspondência em inglês.<br />
BANGLADESH. Email: termi<strong>na</strong>tor_ii2000@yahoo.com.<br />
Fidel Rachath Casalins: 26; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o música <strong>na</strong> Universidade<br />
do Atlântico; interesses: música,<br />
esportes e fazer novas amizades;<br />
correspondência em espanhol ou<br />
português. COLÔMBIA. Email:<br />
fili1080@yahoo.com.<br />
Andres Clausell: 42; casado; formado<br />
em economia e trabalha como<br />
chefe do departamento de economia<br />
do H<strong>os</strong>pital Pediátrico Provincial;<br />
interesses: livr<strong>os</strong>, música, filmes e história;<br />
correspondência em espanhol.<br />
CUBA. Email: ecoclaus@minsap.pri.<br />
sid.cu.<br />
Francilia Clervil: 34; solteira;<br />
curs<strong>and</strong>o direito; interesses: esportes,<br />
ouvir música cristã e fazer novas<br />
amizades; correspondência em<br />
francês ou inglês. HAITI. Email:<br />
cfrancilia@yahoo.fr.<br />
Fer<strong>na</strong>ndo Cordeiro: 25; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o matemática no Centro<br />
Universitário Adventista de São<br />
Paulo; interesses: esportes, viajar e<br />
fazer novas amizades; correspondência<br />
em português ou espanhol. BRASIL.<br />
Email: fer<strong>na</strong>ndolamm@yahoo.com.br<br />
ou fer<strong>na</strong>ndolamm@hotmail.com.<br />
Mónica Beatriz Herrera Cruz:<br />
22; solteira; curs<strong>and</strong>o química<br />
biomédica <strong>na</strong> Universidade de<br />
Montemorel<strong>os</strong>; interesses: religião,<br />
ciências e animais; correspondência<br />
em espanhol. MÉXICO. Email: nic_<br />
online@hotmail.com.<br />
Claudia Mari<strong>na</strong> Díaz: 27; solteira;<br />
curs<strong>and</strong>o serviço social <strong>na</strong><br />
Universidade Nacio<strong>na</strong>l de Córdoba;<br />
interesses: artesa<strong>na</strong>to, aprender sobre<br />
outras culturas e voleibol; correspondência<br />
em espanhol. ARGENTINA.<br />
Email: claucoty@hotmail.com.<br />
Elie Céleste Edanh: 29; solteiro;<br />
formado como intérprete;<br />
interesses: cantar em <strong>um</strong> grupo<br />
evangélico, ouvir música e filmes;<br />
correspondência em inglês ou francês.<br />
COSTA DO MARFIM. Email:<br />
saturday30002000@yahoo.fr.<br />
S<strong>and</strong>ra Perez García: 25; solteira;<br />
enfermeira <strong>na</strong> área de pediatria; interesses:<br />
música, cozinhar e aprender<br />
sobre outras culturas; correspondência<br />
em espanhol ou inglês. CUBA.<br />
Email: sanperez@medscape.com.<br />
Tariku Geber: 23; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />
inglês <strong>na</strong> Universidade Alemaya;<br />
interesses: jogar basquetebol, assistir<br />
a futebol, ler e escrever; correspondência<br />
em inglês. ETIÓPIA. Email:<br />
tarewsee@yahoo.com.<br />
Kaganzi D. Godfrey: 24; solteiro;<br />
tecnologia laboratorial científica <strong>na</strong><br />
Universidade Mbarara; interesses:<br />
filmes, aventuras, atletismo e pesquisa;<br />
correspondência em inglês.<br />
UGANDA. Email: gkaganzi@yahoo.<br />
co.uk.<br />
Priscilio Torres Godoy: 24;<br />
solteiro; curs<strong>and</strong>o economia <strong>na</strong><br />
Universidade Nacio<strong>na</strong>l de Assunção;<br />
interesses: fazer novas amizades,<br />
compartilhar a Bíblia e trocar idéias<br />
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
Inserção
sobre o cristianismo; correspondência<br />
em espanhol ou inglês. PARAGUAI.<br />
Email: litito150@hotmail.com ou<br />
prisciliotorres@yahoo.com.<br />
Rebecca Mancilha Gondim:<br />
30; solteira; curs<strong>and</strong>o educação <strong>na</strong><br />
Faculdade Adventista da Bahia;<br />
interesses: viajar, cantar, fazer novas<br />
amizades, trocar idéias <strong>na</strong> área de<br />
educação e música; correspondência<br />
em português ou espanhol; BRASIL.<br />
Email: becgondim@hotmail.com ou<br />
becgondim@bol.com.br.<br />
María de l<strong>os</strong> Angeles Guibert L.:<br />
60; solteira; médica; interesses: nutrição<br />
e conhecer nov<strong>os</strong> amig<strong>os</strong>; correspondência<br />
em espanhol. CUBA. E-<br />
mail: maria.guibert@infomed.sld.cu<br />
Lonlay P. Guillermo: 23; solteira;<br />
curs<strong>and</strong>o contabilidade; interesses:<br />
ler, jogar peteca, internet e colecio<strong>na</strong>r<br />
livr<strong>os</strong> em miniatura; correspondência<br />
em inglês ou filipino. FILIPINAS.<br />
Email: cocoblue18@yahoo.com.<br />
Vanessa Elizabeth Salazar<br />
Henriquez: 28; solteira; estud<strong>and</strong>o<br />
<strong>na</strong> Universidade Nacio<strong>na</strong>l de<br />
El Salvador; interesses: trabalhar<br />
<strong>para</strong> a igreja e fazer novas amizades;<br />
correspondência em espanhol.<br />
EL SALVADOR. Email: eli_<br />
lei78@hotmail.com.<br />
Ro<strong>na</strong>ldys G. Herrera L.: 23;<br />
solteiro; curs<strong>and</strong>o medici<strong>na</strong> <strong>na</strong><br />
Universidade de La Haba<strong>na</strong>; interesses:<br />
fazer novas amizades, viajar,<br />
aprender sobre novas culturas e idiomas;<br />
correspondência em espanhol<br />
ou inglês. CUBA. Email: maria.<br />
guibert@infomed.sld.cu.<br />
F<strong>os</strong>u Isaac: 29; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />
teologia <strong>na</strong> Universidade Valley View;<br />
interesses: evangelismo, leitura da<br />
Bíblia e oração; correspondência em<br />
inglês. GANA. Email: f<strong>os</strong>ui@yahoo.<br />
com.<br />
Daisy N. Jamero: 32; solteira;<br />
trabalha <strong>na</strong> área de educação do<br />
ensino médio; interesses: jardi<strong>na</strong>gem,<br />
viajar e <strong>na</strong>tureza; correspondência<br />
em inglês. FILIPINAS. Email: daisy_<br />
jamero@yahoo.com.<br />
Alois Kasereka-Nyamulera:<br />
35; solteiro; formado pelo Colégio<br />
Adventista de Lukanga; interesses:<br />
cozinhar, leitura da Bíblia e ensi<strong>na</strong>r<br />
crianças; correspondência em francês,<br />
inglês, suaili ou luyira. República<br />
Democrática do Congo.<br />
Email: kasnyamulera@yahoo.com ou<br />
alois_nyamulera@yahoo.fr.<br />
Richard Kahale: 22; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />
informática <strong>na</strong> Universidade<br />
Adventista de Zâmbia; interesses: ler,<br />
ouvir música evangélica e música jazz;<br />
correspondência em inglês. ZÂMBIA.<br />
Email: rmkahale@yahoo.com.<br />
Ruthie Katirewa: 26; solteira;<br />
curs<strong>and</strong>o gerenciamento, administração<br />
pública e relações industriais<br />
<strong>na</strong> Universidade do Sul do Pacífico;<br />
formada em enfermagem e trabalha<br />
no H<strong>os</strong>pital Colonial War Memorial;<br />
interesses: acampar, trabalhar com<br />
jovens, música e conhecer nov<strong>os</strong><br />
amig<strong>os</strong>; correspondência em inglês.<br />
ILHAS FIJI. Email: ruthie_luvs_u_<br />
all@yahoo.com.<br />
Wilmay Keket: 23; solteira; curs<strong>and</strong>o<br />
enfermagem <strong>na</strong> Universidade<br />
Adventista do Pacífico; interesses:<br />
h<strong>um</strong>or, fazer novas amizades e dormir;<br />
correspondência em inglês ou<br />
pidgin. PAPUA NOVA GUINÉ.<br />
Email: wkeket@pau.ac.pg.<br />
Richard Kla<strong>na</strong>: 22; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o medici<strong>na</strong>; interesses: ler,<br />
ciências, informática e fazer novas<br />
amizades; correspondência em francês<br />
ou inglês. NIGÉRIA. Email:<br />
kla<strong>na</strong>richard@yahoo.fr.<br />
Keleni Kuinikoro: 21; solteira;<br />
curs<strong>and</strong>o contabilidade no Instituto<br />
Tecnológico de Fiji; interesses: ouvir<br />
música e jardi<strong>na</strong>gem; correspondência<br />
em inglês ou fijiano. REPÚBLICA<br />
DE FIJI. Email:keleniknkr@yahoo.<br />
com.au.<br />
Jhon Jairo Alvarez Laverde:<br />
23; solteiro; curs<strong>and</strong>o teologia;<br />
interesses: pesquisa, computação;<br />
correspondência em espanhol<br />
ou inglês. COLÔMBIA. Email:<br />
apis4083@colombia.com.<br />
Geric T. Legaspi: 24; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />
engenharia de comunicações<br />
e eletrônica <strong>na</strong> Universidade AMA;<br />
interesses: dirigir, ler e <strong>na</strong>vegar <strong>na</strong><br />
internet; correspondência em inglês,<br />
filipino ou bicol. FILIPINAS. Email:<br />
geric_l@yahoo.com.<br />
Fer<strong>na</strong>ndo Jr. Leodegario: 30,<br />
solteiro; concluindo o curso de teologia<br />
no Colégio Adventista Central<br />
das Filipi<strong>na</strong>s; interesses: ler a Bíblia,<br />
fazer novas amizades, <strong>na</strong>tureza e<br />
ajudar pessoas; correspondência em<br />
inglês, tagalo, cebuano, ilonggo,<br />
karaya ou waray. FILIPINAS. Email:<br />
fer<strong>na</strong>ndojr76@yahoo.com.ph.<br />
Jackelline de Souza Lima: 23;<br />
solteira; curs<strong>and</strong>o administração de<br />
empresas com ênfase em recurs<strong>os</strong><br />
h<strong>um</strong>an<strong>os</strong> <strong>na</strong> Faculdade Castro Alves;<br />
interesses: conhecer nov<strong>os</strong> amig<strong>os</strong>,<br />
trocar idéias e ler; correspondência<br />
em português. BRASIL. Email:<br />
jackellinelima@yahoo.com.br.<br />
Andre Toutou Kabeya Luendu:<br />
25; solteiro; formado em desenvolvimento<br />
rural e organização social;<br />
interesses: música religi<strong>os</strong>a, juventude<br />
adventista, futebol e fazer novas amizades;<br />
correspondência em francês,<br />
lingala e tshiluba. REPÚBLICA<br />
DEMOCRÁTICA DO CONGO.<br />
Email: toutoukabeya@yahoo.fr.<br />
John J. Magoti: 54; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />
medici<strong>na</strong> no DCT-Mv<strong>um</strong>i<br />
COTC; interesses: saúde, viajar e<br />
música; correspondência em inglês<br />
ou suaili; TANZÂNIA. Email:<br />
champingo@yahoo.co.uk.<br />
Georges B. Mahili: 24; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o eletrônica <strong>na</strong> Universidade<br />
do Leste Africano; interesses: tecnologia,<br />
fazer novas amizades e viajar;<br />
correspondência em inglês, francês,<br />
suaili, lingala ou ki<strong>na</strong><strong>na</strong>de. QUÊNIA.<br />
Email: gbmahili@yahoo.fr.<br />
Tevaitau Jean-Claude Manea: 20;<br />
solteiro; curs<strong>and</strong>o informática no<br />
Liceu Tertiaire de Pirae; interesses:<br />
amig<strong>os</strong>, esportes e cultura; correspondência<br />
em francês. POLINÉSIA<br />
FRANCESA (Taiti). Email:<br />
m.tevaijere@mail.pf.<br />
Kutlo Manyake: 21; solteira;<br />
curs<strong>and</strong>o enfermagem em Kanye;<br />
interesses: música, tempo livre com<br />
outr<strong>os</strong> jovens e colecio<strong>na</strong>r lembranças;<br />
correspondência em tswa<strong>na</strong><br />
ou inglês. BOTSUANA. Email:<br />
kutlomanyake@yahoo.com.<br />
Ondieki Mati Mark: 23; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o medici<strong>na</strong> com especialização<br />
em cirurgia, pela Universidade<br />
Moi; interesses: viajar, cantar e<br />
fazer novas amizades; correspondência<br />
em inglês; QUÊNIA. Email:<br />
markomati@yahoo.com.<br />
Ivison D<strong>os</strong> Pass<strong>os</strong> Martins: 34;<br />
solteiro; formado em teologia e<br />
curs<strong>and</strong>o pedagogia; interesses: ler,<br />
Inserção DIÁLOGO 18•3 2006
fotografia, aprender idiomas e fazer<br />
novas amizades; correspondência<br />
em português, inglês, espanhol, italiano<br />
ou francês. BRASIL. Email:<br />
passmarts@ig.com.br.<br />
William Mbonea: 25; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o direito <strong>na</strong> Universidade<br />
de Dar es Salaam; interesses: testemunhar,<br />
ler e jogar futebol;<br />
correspondência em inglês, suaili<br />
ou pare. TANZÂNIA. Email:<br />
willymbonea@yahoo.co.uk.<br />
Innocent Mbvundula: 27; solteiro;<br />
formado em jor<strong>na</strong>lismo pela<br />
Universidade de Malawi; interesses:<br />
ler, conhecer nov<strong>os</strong> amig<strong>os</strong> e escrever;<br />
correspondência em inglês, francês<br />
ou chichewa. MALAVI. Email:<br />
nodca2000@yahoo.co.uk.<br />
Anthony Melchizedeck: 29; solteiro;<br />
professor com certificado A;<br />
interesses: ler, orar e cantar; correspondência<br />
em inglês. GANA. Email:<br />
lovezedeck@yahoo.com.<br />
R<strong>os</strong>e M. Muiruri: 24: solteira;<br />
curs<strong>and</strong>o serviço social <strong>na</strong><br />
Universidade de Nairobi; interesses:<br />
fazer escalada, conhecer nov<strong>os</strong> amig<strong>os</strong><br />
e retir<strong>os</strong>; correspondência em<br />
inglês ou suaili. QUÊNIA. Email:<br />
r<strong>os</strong>emuiruri@yahoo.com.<br />
Sylvère Mukeshima<strong>na</strong>: 25; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o engenharia agrícola<br />
no Instituto Superior de Agricultura<br />
e Produção Animal; interesses:<br />
tocar piano, música cristã e fazer<br />
novas amizades; correspondência<br />
em francês. RUANDA. Email:<br />
<strong>um</strong>usimarie@yahoo.fr.<br />
Evans Sirengo Mulati: 21;<br />
solteiro; curs<strong>and</strong>o pedagogia <strong>na</strong><br />
Universidade Egerton; interesses:<br />
estud<strong>os</strong> bíblic<strong>os</strong>, ouvir música evangélica<br />
e <strong>na</strong>vegar <strong>na</strong> internet; correspondência<br />
em inglês. QUÊNIA.<br />
Email: ogneris@yahoo.co.uk.<br />
María Verónica Muñoz: 31;<br />
solteira; curs<strong>and</strong>o serviço social<br />
<strong>na</strong> Universidade Adventista Del<br />
Plata; interesses: caminhar, ler<br />
e <strong>na</strong>tureza; correspondência em<br />
espanhol. ARGENTINA. Email:<br />
veromunoz2003@yahoo.com.ar.<br />
Wilson Mutanga<strong>na</strong>: 30; solteiro;<br />
formado em biologia pela<br />
Universidade de Ngozi; interesses:<br />
música cristã, ler, estud<strong>os</strong> bíblic<strong>os</strong><br />
e amizades; correspondência<br />
em inglês ou francês. RUANDA.<br />
Email: silsonmu2000@yahoo.fr ou<br />
mutanga<strong>na</strong>1000@yahoo.com.<br />
Eric Nibigira: 23; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />
administração de empresas<br />
e economia <strong>na</strong> Universidade<br />
Hope Africa; interesses: esportes<br />
e atividades <strong>na</strong> igreja; correspondência<br />
em inglês, suaili, francês<br />
ou kirundi. BURUNDI. Email:<br />
nibigiraeric@yahoo.com.<br />
Ishmael Nyirenda: 22; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o ciências da educação<br />
<strong>na</strong> Universidade Mzuzu; interesse:<br />
fazer novas amizades; correspondência<br />
em inglês. MALAVI. Email:<br />
ishnyirenda@yahoo.com.<br />
Henrico-Gilbert Nzigiyima<strong>na</strong>:<br />
25; solteiro; curs<strong>and</strong>o medici<strong>na</strong><br />
veterinária no Institut Superieur<br />
dAgriculture et dElevage; interesses:<br />
computação, ler e aprender coisas<br />
novas; correspondência em inglês,<br />
francês ou suaili. RUANDA. Email:<br />
amulinde@hotmail.com.<br />
Davi Serrao de Oliveira: 21;<br />
solteiro; curs<strong>and</strong>o pedagogia <strong>na</strong><br />
Universidade Federal do Amazo<strong>na</strong>s;<br />
interesses: música, conhecer nov<strong>os</strong><br />
amig<strong>os</strong> e aprender sobre outras<br />
culturas; correspondência em português<br />
ou espanhol. BRASIL.<br />
Email: serraodavi@bol.com.br ou<br />
daviserrao@ig.com.br.<br />
Caridad Yusdalcy Espin<strong>os</strong>a<br />
Olivera: 21; solteira; curs<strong>and</strong>o tecnologia<br />
de aliment<strong>os</strong>; interesses: música<br />
cristã, canto, fazer novas amizades e<br />
aprender sobre outras culturas; correspondência<br />
em espanhol. CUBA.<br />
Email: espin<strong>os</strong>a.y@medscape.com.<br />
Clifford Omwoyo: 22; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o engenharia química <strong>na</strong><br />
Politécnica Eldoret; interesses: ler,<br />
esportes e fazer novas amizades; correspondência<br />
em inglês. QUÊNIA.<br />
Email: cliffordd2004@yahoo.com.<br />
Anthony Chikezie Onyendi:<br />
23; solteiro; curs<strong>and</strong>o geologia e<br />
mineração <strong>na</strong> Universidade Enungu;<br />
interesses: cantar, compartilhar<br />
minha fé e viajar; correspondência<br />
em inglês. NIGÉRIA. Email: senta_<br />
ton007@yahoo.co.uk.<br />
Jared Oroo Onyimbo: 25; solteiro;<br />
engenharia elétrica e de comunicações<br />
<strong>na</strong> Universidade Moi; interesses:<br />
música, internet e fazer novas<br />
amizades; correspondência em inglês.<br />
QUÊNIA. Email: jaredoroo@yahoo.<br />
com.<br />
Kivuru Paluku: 26; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />
pedagogia <strong>na</strong> Universidade<br />
Adventista de Lukanga; interesses:<br />
música cristã, ler e <strong>na</strong> área<br />
de educação; correspondência<br />
em francês e suaili. REPÚBLICA<br />
DEMOCRÁTICA DO CONGO.<br />
Email: jolmarie01@yahoo.fr.<br />
Nadine Vega Pérez: 22; solteira;<br />
curs<strong>and</strong>o bioquímica <strong>na</strong> Universidade<br />
La Haba<strong>na</strong>; interesses: tocar piano,<br />
ler, música cristã e viajar; correspondência<br />
em espanhol e inglês. CUBA.<br />
Email: <strong>na</strong>dinevp_est@fbio.uh.cu.<br />
Gimei Peter: 25; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />
medici<strong>na</strong> <strong>na</strong> Universidade Mbarara;<br />
interesses: ler devocio<strong>na</strong>is e literatura<br />
científica, correr e jogar futebol; correspondência<br />
em inglês; UGANDA.<br />
Email: gimgimz@yahoo.co.uk.<br />
Ezekiel U. Raphael: 23; solteiro;<br />
concluindo <strong>os</strong> curs<strong>os</strong> de teologia<br />
e história <strong>na</strong> Universidade Valley<br />
View; interesses: cantar, evangelismo,<br />
ajudar pessoas e partilhar a fé;<br />
correspondência em inglês. GANA.<br />
Email: uzoije_ralph@yahoo.com ou<br />
ralphlauren@fsmail.net.<br />
Imadylle Rio: 23; solteira; formada<br />
em contabilidade pelo Colégio<br />
Adventista Central das Filipi<strong>na</strong>s; interesses:<br />
ler, <strong>na</strong>vegar <strong>na</strong> internet, escrever<br />
diário e cantar; correspondência<br />
em inglês ou filipino. FILIPINAS.<br />
Email: madz10182@yahoo.com.<br />
Freddy Miramón Rivera: 20;<br />
solteiro; curs<strong>and</strong>o informática <strong>na</strong><br />
Universidade Guajira; interesses:<br />
tocar órgão, profecias bíblicas e<br />
informática; correspondência em<br />
espanhol. COLÔMBIA. Email:<br />
enocfemrnlaf@hotmail.com.<br />
Esper Lee Rubino: 20; solteira;<br />
curs<strong>and</strong>o enfermagem <strong>na</strong><br />
Faculdade Mountain View; interesses:<br />
cozinhar, ler e escrever<br />
<strong>para</strong> amig<strong>os</strong>; correspondência em<br />
inglês e tagalo. FILIPINAS. Email:<br />
elrepse022605@yahoo.com.<br />
Samuel Sarpaning: 22; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o teologia <strong>na</strong> Universidade<br />
Valley View; interesses: cantar, evangelismo<br />
e leitura da Bíblia; correspondência<br />
em inglês. GANA. Email:<br />
dampare_2005@yahoo.com.<br />
DIÁLOGO 18•3 2006<br />
Inserção
Willard Sichilima: 45; casado; formado<br />
em religião pela Universidade<br />
Solusi; interesses: acampar, canto<br />
e ler; correspondência em inglês.<br />
ZÂMBIA. Email: willardsichi@yahoo.<br />
co.uk.<br />
Flávio André Silva: 24; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o educação física no Centro<br />
Universitário Adventista de São<br />
Paulo; interesses: ler, música e conversar<br />
com amig<strong>os</strong>; correspondência<br />
em português ou espanhol. BRASIL.<br />
Email: flavi<strong>os</strong>ilva.dimy@gmail.com.<br />
Ronny Caro Simanca: 26; solteiro;<br />
formado computação e web design<br />
pelo Instituto Técnico do Norte;<br />
interesses: língua inglesa, música<br />
cristã e internet; correspondência em<br />
espanhol ou inglês. COLÔMBIA.<br />
Email: kusagami@colombia.com.<br />
Patrick Talu: 24; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />
educação com formação principal<br />
em inglês <strong>na</strong> Universidade Adventista<br />
do Pacífico; interesses: cantar, ler jor<strong>na</strong>is<br />
e ouvir música; correspondência<br />
em inglês. PAPUA NOVA GUINÉ.<br />
Email: ptalu@pau.ac.pg.<br />
Paul Allen Ta<strong>na</strong>: 20; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />
enfermagem <strong>na</strong> Universidade<br />
Adventista do Pacífico; interesses:<br />
ler, assistir a filmes e música; correspondência<br />
em inglês. PAPUA NOVA<br />
GUINÉ. Email: pta<strong>na</strong>@pau.ac.pg.<br />
Christopher Tataeng: 22; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o letras e comunicação; interesses;<br />
viajar, basquetebol, ler histórias<br />
verídicas e música; correspondência<br />
em inglês. Endereço: a:c/ student<br />
services University of Papua New<br />
Guinea, P.O. Box 320, University<br />
134, NCD, Port Moresby, PAPUA<br />
NOVA GUINÉ.<br />
Beatriz Maria<strong>na</strong> Teixeira: 21;<br />
solteira; curs<strong>and</strong>o pedagogia <strong>para</strong><br />
o ensino fundamental; interesses:<br />
música, amizades cristãs e viajar; correspondência<br />
em português. BRASIL.<br />
Email: biamary20@hotmail.com.<br />
Guatam Tiwari: 32; casado; formado<br />
em administração de empresas<br />
pelo Spicer Memorial <strong>College</strong>; interesses:<br />
ler, fazer escalada e pescar;<br />
correspondência em inglês. ÍNDIA.<br />
Email: aru<strong>na</strong>chalregion@rediffmail.<br />
com.<br />
Michael Francis Thompson:<br />
37; solteiro; médico formado pela<br />
Universidade de Calabar; interesses:<br />
cuidar de pessoas, compartilhar<br />
experiências cristãs e orar; correspondência<br />
em inglês. Endereço: Health<br />
Care Centre, Nº 42 Faith Rd., P.O.<br />
Box 2992 Uyo, Akwa Ibom State,<br />
NIGÉRIA.<br />
Théophile Tsara: 31; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o administração de<br />
empresas; interesse: fazer novas<br />
amizades; correspondência em<br />
francês. MADAGÁSCAR. Email:<br />
theotsara@yahoo.fr.<br />
Tantine Kyalenga Tuzo: 24;<br />
solteira; curs<strong>and</strong>o ciências da computação<br />
<strong>na</strong> Universidade Adventista<br />
de Lukanga, Campus Wallace;<br />
interesses: <strong>na</strong>tureza, atividades <strong>para</strong><br />
jovens e computação; correspondência<br />
em francês, suaili ou ki<strong>na</strong>nde.<br />
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO<br />
CONGO. Email: tuzo<strong>na</strong>t@yahoo.fr.<br />
Blessing Ihuoma Uche: 24; solteira;<br />
curs<strong>and</strong>o fi<strong>na</strong>nças bancárias <strong>na</strong><br />
Politécnica Estadual Abia; interesses:<br />
compartilhar a fé, fazer novas amizades,<br />
atividades jovens e futebol; correspondência<br />
em inglês. NIGÉRIA.<br />
Email: blessinga23ng2000@yahoo.<br />
com.<br />
Lazarus Innocent Ude: 30; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o direito inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l<br />
e diplomacia <strong>na</strong> Universidade<br />
de Babcock; interesses: ler, viajar e<br />
internet; correspondência em inglês.<br />
NIGÉRIA. Email: udelazarus@yahoo.<br />
com.<br />
Nyamhanga W<strong>and</strong>a: 23; solteiro;<br />
formado como técnico em engenharia<br />
elétrica; interesses: estudar<br />
a Bíblia, ouvir música cristã e fazer<br />
novas amizades; correspondência em<br />
suaili ou inglês. TANZÂNIA. Email:<br />
nyamhanga2005@yahoo.com.<br />
Chituru Oluchi Wogu: 22; solteira;<br />
curs<strong>and</strong>o tecnologia da ciência<br />
de aliment<strong>os</strong> <strong>na</strong> Universidade de<br />
Agricultura Michael Ok<strong>para</strong>; interesses:<br />
turismo, ouvir música cristã<br />
e <strong>na</strong>vegar <strong>na</strong> internet; correspondência<br />
em inglês. NIGÉRIA. Email:<br />
chiwogu2000@yahoo.com.<br />
Eziuche Wogu: 25; solteiro;<br />
curs<strong>and</strong>o contabilidade; interesse:<br />
fazer novas amizades; correspondência<br />
em inglês. NIGÉRIA. Email:<br />
jon<strong>na</strong>tex2000@yahoo.com.<br />
Osmell Moli<strong>na</strong> Zaragoza:<br />
35; solteiro; curs<strong>and</strong>o direito <strong>na</strong><br />
Universidade de Holguín; interesses:<br />
compartilhar a fé, fazer novas<br />
amizades e viajar; correspondência<br />
em espanhol. CUBA. Email:<br />
igleadhg@enet.cu.<br />
Kasereka Ka<strong>na</strong>kake Zaza: 26;<br />
solteiro; curs<strong>and</strong>o pedagogia; interesses:<br />
música religi<strong>os</strong>a, fazer novas<br />
amizades e aprender sobre outras<br />
culturas; correspondência em inglês,<br />
francês ou suaili. REPÚBLICA<br />
DEMOCRÁTICA DO CONGO.<br />
Email: zazaptl@yahoo.fr.<br />
Convite<br />
Se você é universitário ou profissio<strong>na</strong>l<br />
adventista e quer ter seu nome listado<br />
aqui, envie-n<strong>os</strong> as seguintes informações:<br />
(1) seu nome completo, com o sobrenome<br />
em letras maiúsculas; (2) sua idade;<br />
(3) sexo; (4) estado civil; (5) estud<strong>os</strong><br />
correntes ou diploma obtido e especialidade;<br />
(6) faculdade ou universidade que<br />
está freqüent<strong>and</strong>o ou <strong>na</strong> qual graduouse;<br />
(7) três principais passa-temp<strong>os</strong> ou<br />
interesses; (8) língua(s) <strong>na</strong>s quais quer se<br />
corresponder; (9) o nome da congregação<br />
adventista da qual é membro; (10)<br />
seu endereço p<strong>os</strong>tal; (11) seu e-mail,<br />
caso o tenha. Por favor, datilografe ou<br />
use letra de imprensa clara. Envie esta<br />
informação <strong>para</strong> Diálogo Interchange;<br />
12501 Old Col<strong>um</strong>bia Pike; Silver Spring,<br />
MD 20904-6600, EUA. Você pode também<br />
usar e-mail: diainterchange@yahoo.<br />
com. Ape<strong>na</strong>s porem<strong>os</strong> <strong>na</strong> lista aqueles<br />
que fornecerem <strong>os</strong> dez itens de informação<br />
requerida acima. Diálogo não ass<strong>um</strong>e<br />
responsabilidade pela exatidão da<br />
informação dada ou pelo conteúdo da<br />
correspondência que p<strong>os</strong>sa resultar.<br />
Inserção DIÁLOGO 18•3 2006