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Há um papel para os adventistas na política? - College and ...

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E s p a n h o l • F r a n c ê s • I n g l ê s • P o r t u g u ê s<br />

Á<br />

Há <strong>um</strong> <strong>papel</strong> <strong>para</strong> <strong>os</strong><br />

<strong>adventistas</strong> <strong>na</strong> política?<br />

Perguntas e resp<strong>os</strong>tas<br />

sobre <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

1844: coincidência<br />

ou providência?<br />

Como detectar e vencer<br />

a depressão<br />

O sol de Deus no palco<br />

3<br />

Vo l u m e 1 8


REPRESENTANTES REGIONAIS<br />

DIVISÃO AFRICANA MERIDIONAL-<br />

OCEANO ÍNDICO<br />

P.O. Box H.G., 100 Highl<strong>and</strong>s, Harare, ZIMBABWE<br />

Ellah Kamwendo, kamwendoe@sid.adventist.org<br />

Eugene Fransch, fransche@sid.adventist.org<br />

DIVISÃO AFRICANA OCIDENTAL<br />

22 Boîte P<strong>os</strong>tale 1764, Abidjan 22, COSTA DO<br />

MARFIM<br />

Chiemela Ikonne, 110525.1700@compuserve.com<br />

Emmanuel Nlo Nlo, 104474.235@compuserve.com<br />

DIVISÃO AFRICANA ORIENTAL<br />

P.O. Box 14756, 00800-Westl<strong>and</strong>s, Nairobi, QUÊNIA<br />

Hudson E. Kibuuka, kibuukah@ecd.adventist.org<br />

Mul<strong>um</strong>ba Tschimanga, bresilien54@yahoo.com<br />

DIVISÃO ÁSIA-PACÍFICO NORTE<br />

P.O. Box 43, Koyang Ilsan 411-600, CORÉIA<br />

Chek Yat Phoon, cyphoon@nsdadventist.org<br />

J<strong>os</strong>hua Shin, j<strong>os</strong>huashin@nsdadventist.org<br />

DIVISÃO ÁSIA-PACÍFICO SUL<br />

P.O. Box 040, 4118 Silang, Cavite, FILIPINAS<br />

Stephen Guptill, sguptill@ssd.org<br />

Jobbie Yabut, jyabut@ssd.org<br />

DIVISÃO EURO-AFRICANA<br />

Sch<strong>os</strong>shaldenstrasse 17, 3006 Ber<strong>na</strong>, SUÍÇA<br />

Roberto Bade<strong>na</strong>s, roberto.bade<strong>na</strong>s@euroafrica.org<br />

Corrado Cozzi, corrado.cozzi@euroafrica.org<br />

DIVISÃO EURO-ASIÁTICA<br />

Krasnoyarskaya Street 3, 107589 M<strong>os</strong>cou, FED. RUSSA<br />

Guillermo Biaggi, gebiaggi@esd-sda.ru<br />

Peter Sirotkin, psirotkin@ead-sad.ru<br />

DIVISÃO INTERAMERICANA<br />

P.O. Box 830518, Miami, FL 33283-0518, E.U.A.<br />

Moisés Velázquez, Velazquezmo@interamerica.org<br />

Ber<strong>na</strong>rdo Rodríguez, ber<strong>na</strong>rdo@interamerica.org<br />

DIVISÃO NORTE-AMERICANA<br />

12501 Old Col<strong>um</strong>bia Pike, Silver Spring, MD 20904-<br />

6600, E.U.A.<br />

Gerald Kovalski, Gerald.Kovalski@<strong>na</strong>d.adventist.org<br />

James Black, james.black@<strong>na</strong>d.adventist.org<br />

Martin Feldbush, martin.feldbush@<strong>na</strong>d.adventist.org<br />

DIVISÃO PACÍFICO SUL<br />

Locked Bag 2014, Wahroonga, N.S.W. 2076,<br />

AUSTRÁLIA<br />

Barry Hill, bhill@adventist.org.au<br />

Gilbert Cangy, grcangy@adventist.org.au<br />

DIVISÃO SUL-AMERICANA<br />

Caixa P<strong>os</strong>tal 02600, Brasília, 70279-970 DF, BRASIL<br />

Carl<strong>os</strong> Mesa, carl<strong>os</strong>.mesa@dsa.org.br<br />

Otimar Gonçalves, otimar.goncalves@dsa.org.br<br />

DIVISÃO SUL-ASIÁTICA<br />

P.O. Box 2, HCF H<strong>os</strong>ur, 635 110 Tamil Nadu, ÍNDIA<br />

Nageshwara Rao, g<strong>na</strong>geshwarrao@sud-adventist.org<br />

Lionel Lyngdoh, lyngdoh@sud-adventist.org<br />

DIVISÃO TRANS-EUROPÉIA<br />

119 St. Peter’s St., St. Albans, Herts, AL13EY,<br />

INGLATERRA<br />

Daniel Duda, dduda@ted-adventist.org<br />

Paul Tompkins, ptompkins@ted-adventist.org<br />

5<br />

9<br />

13<br />

16<br />

3<br />

4<br />

18<br />

20<br />

22<br />

24<br />

28<br />

28<br />

CONTEÚDO<br />

artig<strong>os</strong><br />

Há <strong>um</strong> <strong>papel</strong> <strong>para</strong> <strong>os</strong> <strong>adventistas</strong> <strong>na</strong> política?<br />

Embora não sejam<strong>os</strong> deste mundo, tem<strong>os</strong> a responsabilidade<br />

de fazer ouvir a voz de Deus em assunt<strong>os</strong> que preocupam<br />

este planeta.<br />

Jane Sabes<br />

Perguntas e resp<strong>os</strong>tas sobre <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

Como compreender o mistério d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> sob a<br />

perspectiva bíblica?<br />

Elaine Graham-Kennedy<br />

1844: coincidência ou providência?<br />

Muit<strong>os</strong> d<strong>os</strong> gr<strong>and</strong>es moviment<strong>os</strong> globais que surgiram por<br />

volta de 1844 desafiaram importantes verdades de Deus.<br />

Ron du Preez<br />

Como detectar e vencer a depressão<br />

Conheça dez pass<strong>os</strong> <strong>para</strong> prevenir ou superar a depressão,<br />

<strong>um</strong> mal que afeta cerca de 14% da população mundial.<br />

Mario Pereyra<br />

SeçÕes<br />

EDITORIAL<br />

O teste<br />

Ella Smith Simmons<br />

Cartas<br />

PerFIS<br />

Emily Akuno<br />

Hudson E. Kibuuka<br />

Jo<strong>na</strong>than Gallagher<br />

Bonita Joyner Shields<br />

Log<strong>os</strong><br />

Você é <strong>um</strong> verdadeiro<br />

discípulo de Cristo?<br />

Leah Jordache<br />

Ponto de vista<br />

Dez razões que me fazem<br />

permanecer adventista<br />

Dan Smith<br />

Em ação<br />

Conferência sobre<br />

criacionismo em Portugal<br />

Miguel A. Nunes<br />

Estudantes se encontram no<br />

Brasil <strong>para</strong> aprender e compartilhar<br />

Charlise Alves<br />

29<br />

30<br />

30<br />

32<br />

34<br />

35<br />

Estudantes <strong>adventistas</strong> ganenses<br />

organizam conferências bíblicas<br />

Erik Adjapong<br />

LivroS<br />

Beginnings: Are Science <strong>and</strong><br />

Scripture Partners in the Search for<br />

Origins? (Leo<strong>na</strong>rd Br<strong>and</strong>)<br />

Resenha de Timothy G. St<strong>and</strong>ish<br />

Misión y contextualización: Llevar<br />

el Mensaje Bíblico a un Mundo<br />

Multicultural. (Gerald A. Klingbeil)<br />

Resenha de Mario River<strong>os</strong><br />

Primeira pessoa<br />

O sol de Deus no palco<br />

Sunshine, conforme transmitido a<br />

Kay D. Rizzo<br />

fór<strong>um</strong> aberto<br />

O inferno existe?<br />

Ekkehardt Mueller<br />

Et Cetera<br />

Paulo fala à universidade<br />

Daniel Denk<br />

Inserção<br />

Intercâmbio<br />

DIÁLOGO 18•3 2006


EDITORIAL<br />

O teste<br />

Recentemente, enquanto procurava sermões ilustrativ<strong>os</strong> e histórias devocio<strong>na</strong>is,<br />

encontrei a seguinte anedota, p<strong>os</strong>sivelmente familiar <strong>para</strong> alguns, mas vale a pe<strong>na</strong><br />

repeti-la:<br />

No centro operatório de <strong>um</strong> gr<strong>and</strong>e h<strong>os</strong>pital, <strong>um</strong>a jovem enfermeira completava o<br />

seu primeiro dia de trabalho. “O senhor só removeu onze gazes, doutor, embora usam<strong>os</strong><br />

doze”, ela disse. “Removi todas. Fecharem<strong>os</strong> a incisão agora”, respondeu o cirurgião.<br />

“Não”, objetou a enfermeira, alert<strong>and</strong>o: “Usam<strong>os</strong> doze gazes.” “Eu ass<strong>um</strong>o a<br />

responsabilidade total”, disse o médico, já irritado. “Sutura!”. “Não pode fazer isso!”,<br />

protestou a enfermeira. “Pense no paciente.” O médico sorriu, levantou o pé e m<strong>os</strong>trou<br />

a décima segunda gaze. “Você será <strong>um</strong>a boa profissio<strong>na</strong>l”, disse. (Today in the Word,<br />

7 de abril, 1992).<br />

Veja, era só <strong>um</strong> teste sobre a integridade daquela jovem. Ellen White n<strong>os</strong> faz<br />

lembrar: “A maior necessidade do mundo é a de homens – homens que se não<br />

comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeir<strong>os</strong><br />

e honest<strong>os</strong>; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato;<br />

homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo;<br />

homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam <strong>os</strong> céus.”*<br />

N<strong>os</strong>sas decisões diárias têm gr<strong>and</strong>es conseqüências. É muito importante permanecerm<strong>os</strong><br />

firmes no que é certo, ainda que fiquem<strong>os</strong> sozinh<strong>os</strong>, ou tenham<strong>os</strong><br />

que contrariar aqueles que estão em p<strong>os</strong>ição superior. Qu<strong>and</strong>o você confronta as<br />

pessoas do seu meio social, do trabalho, ou autoridades, elas nem sempre aceitam.<br />

Mas se você se aproximar delas corretamente, elas geralmente respeitarão<br />

suas convicções e coragem.<br />

Tornei-me adventista do sétimo dia qu<strong>and</strong>o era <strong>um</strong>a adolescente, no segundo<br />

ano do Ensino Médio, em <strong>um</strong>a gr<strong>and</strong>e escola pública. Alguns de vocês podem<br />

imagi<strong>na</strong>r as piadinhas que faziam qu<strong>and</strong>o eu recusava certas comidas, ou não<br />

aceitava participar de atividades populares às sextas-feiras à noite e a<strong>os</strong> sábad<strong>os</strong>.<br />

Ainda assim, muit<strong>os</strong> d<strong>os</strong> meus colegas e professores demonstraram certa admiração<br />

pelas minhas decisões. De fato, antes de me formar, eles se esforçaram <strong>para</strong><br />

conciliar meus hábit<strong>os</strong> alimentares e minha p<strong>os</strong>ição acerca do sábado, a fim de<br />

assegurar a minha participação n<strong>os</strong> event<strong>os</strong>. Esse foi <strong>um</strong> teste de integridade e fé.<br />

Um teste similar pode ser encontrado no livro de Daniel. No primeiro capítulo,<br />

o rei instruiu o chefe d<strong>os</strong> oficiais da corte <strong>para</strong> que ensi<strong>na</strong>sse a língua e a<br />

literatura da Babilônia a Daniel e seus três amig<strong>os</strong>. Ele também designou <strong>um</strong>a<br />

quantidade diária de comida e vinho de sua própria mesa. Esse era o trei<strong>na</strong>mento<br />

<strong>para</strong> <strong>os</strong> jovens, por <strong>um</strong> período de três an<strong>os</strong>. Esses 36 meses são mais ou men<strong>os</strong><br />

o mesmo tempo que as pessoas passam <strong>na</strong> universidade, hoje em dia. Foi <strong>um</strong><br />

período crítico <strong>para</strong> aqueles jovens. Uma pesquisa m<strong>os</strong>tra que a permanência e<br />

sucesso no Ensino Superior dependem da habilidade do estudante em assimilar e<br />

se ajustar a <strong>um</strong>a nova cultura. Assim deve ter sido também no tempo de Daniel.<br />

A tentação era gr<strong>and</strong>e <strong>para</strong> assimilar a nova cultura e completar <strong>os</strong> estud<strong>os</strong> com<br />

sucesso. Mas Daniel e seus amig<strong>os</strong> se mantiveram firmes diante do teste.<br />

Qu<strong>and</strong>o contam<strong>os</strong> essa história, geralmente enfocam<strong>os</strong> que <strong>os</strong> jovens se recusaram<br />

a comer da comida e beber do vinho do rei. Aplaudim<strong>os</strong> <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> físic<strong>os</strong><br />

do teste, mas freqüentemente negligenciam<strong>os</strong> <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> intelectuais. Meu foco<br />

aqui realça a declaração de Daniel 1:17 (NVI): “A esses quatro jovens Deus deu<br />

sabedoria e inteligência <strong>para</strong> conhecerem tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> da cultura e da ciência. E<br />

Daniel, além disso, sabia interpretar todo tipo de visões e sonh<strong>os</strong>.”<br />

Esta revista inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de fé, pensamento e<br />

ação é publicada três vezes por ano em quatro<br />

edições <strong>para</strong>lelas (espanhol, francês, inglês e<br />

português) sob o patrocínio da Comissão de<br />

Apoio a Universitári<strong>os</strong> e Profissio<strong>na</strong>is Adventistas<br />

(Caupa), organismo da Associação Geral d<strong>os</strong><br />

Adventistas do Sétimo Dia.<br />

Vol<strong>um</strong>e 18, Número 3<br />

Copyright © 2006 pela Caupa.<br />

Tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> direit<strong>os</strong> reservad<strong>os</strong>.<br />

Diálogo afirma as crenças fundamentais da Igreja<br />

Adventista do Sétimo Dia e apóia sua missão. Os<br />

pont<strong>os</strong> de vista publicad<strong>os</strong> <strong>na</strong> revista, entretanto,<br />

representam o pensamento independente d<strong>os</strong><br />

autores.<br />

Equipe Editorial<br />

Editor-chefe H<strong>um</strong>berto M. Rasi<br />

Editor John M. Fowler<br />

Editor-Associado Martin Feldbush<br />

Assistente Editorial Susa<strong>na</strong> Schulz<br />

Edições Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is Susa<strong>na</strong> Schulz<br />

Secretári<strong>os</strong> editoriais inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is<br />

Corinne Egasse (Francês)<br />

Guilherme Silva (Português)<br />

Susa<strong>na</strong> Schulz (Espanhol)<br />

Correspondência Editorial<br />

Diálogo<br />

12501 Old Col<strong>um</strong>bia Pike<br />

Silver Spring, MD 20904-6600; EUA.<br />

Telefone 301 680-5060<br />

Fax 301 622-9627<br />

E-mail schulzs@gc.adventist.org<br />

Comissão (CAUPA)<br />

Presidente Ella Simmons<br />

Vice-Presidentes C. Garl<strong>and</strong> Dulan, Martin W.<br />

Feldbush, Baraka G. Mug<strong>and</strong>a<br />

Secretário H<strong>um</strong>berto M. Rasi<br />

Membr<strong>os</strong> Rex Edwards, John M. Fowler, Jo<strong>na</strong>than<br />

Gallagher, Clifford Goldstein, Linda Koh, Betti<strong>na</strong><br />

Krause, Kathleen Kuntaraf, Kermit Netteburg,<br />

Vernon B. Parmenter, Gerhard Pf<strong>and</strong>l, Roy Ryan,<br />

Gary B. Swanson<br />

Correspondência sobre circulação Deve<br />

ser dirigida ao Representante Regio<strong>na</strong>l da Caupa<br />

<strong>na</strong> região em que reside o leitor. Os nomes e<br />

endereç<strong>os</strong> destes representantes encontram-se<br />

<strong>na</strong> p. 2.<br />

Assi<strong>na</strong>turas US$13.00 por ano (três númer<strong>os</strong>,<br />

via aérea). Ver cupom <strong>na</strong> p. 10 <strong>para</strong> detalhes.<br />

Website http://dialogue.adventist.org<br />

Diálogo tem recebido correspondência de<br />

leitores de 117 países ao redor do mundo.<br />

Á<br />

Continua <strong>na</strong> p. 4<br />

DIÁLOGO 18•3 2006


CARTAS<br />

Agradecimento pelo<br />

comprometimento bíblico<br />

Como acadêmico, tornei-me <strong>um</strong><br />

leitor regular da revista Diálogo.<br />

Agradeço profundamente o seu comprometimento<br />

com o ponto de vista<br />

adventista sobre as questões apresentadas<br />

e discutidas. Em <strong>um</strong> tempo em<br />

que alguns cristã<strong>os</strong> se comprometem<br />

ou deixam ruir suas convicções, é<br />

animador encontrar <strong>um</strong>a revista que<br />

aborda assunt<strong>os</strong> difíceis com <strong>um</strong>a<br />

perspectiva bíblica, sem hesitação. Sou<br />

pessoalmente interessado <strong>na</strong> área de<br />

Criação/Evolução, em que a Diálogo<br />

publica artig<strong>os</strong> com certa freqüência.<br />

O conceito de Design Inteligente está<br />

fornecendo arg<strong>um</strong>ent<strong>os</strong> adicio<strong>na</strong>is <strong>para</strong><br />

<strong>os</strong> que acreditam <strong>na</strong> Criação exatamente<br />

como está escrito n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong><br />

dois capítul<strong>os</strong> do livro de Gênesis. É<br />

encorajador ver como evolucionistas<br />

ateus estão começ<strong>and</strong>o a ass<strong>um</strong>ir <strong>um</strong>a<br />

p<strong>os</strong>tura defensiva já que a ciência está<br />

cada vez mais provendo evidências de<br />

<strong>um</strong> design e <strong>um</strong>a maravilh<strong>os</strong>a Mente<br />

criativa por trás da intrincada fábrica<br />

do Universo. Meu agradecimento a<br />

toda a equipe responsável pela publicação<br />

da Diálogo. Milhares de leitores<br />

precisam disso!<br />

Paul Pichot, Ph.D.<br />

Reitor da Universidade<br />

Adventista Zurcher<br />

Antsirabe, MADAGÁSCAR<br />

Escreva-n<strong>os</strong>!<br />

Recebem<strong>os</strong> seus comentári<strong>os</strong>, reações e<br />

perguntas, mas, por favor, limite suas cartas<br />

a 200 palavras. Escreva <strong>para</strong>:<br />

DIALOGUE LETTERS<br />

12501 Old Col<strong>um</strong>bia Pike<br />

Silver Spring MD 20904 EUA.<br />

FAX 301 622 9627<br />

E-mail schulzs@gc.adventist.org<br />

As cartas selecio<strong>na</strong>das <strong>para</strong> publicação<br />

podem ser editadas <strong>para</strong> maior clareza<br />

ou necessidade de espaço.<br />

É necessário maior envolvimento<br />

d<strong>os</strong> <strong>adventistas</strong><br />

Estive acompanh<strong>and</strong>o com interesse<br />

a controvérsia sobre o ensino da teoria<br />

do Design Inteligente como <strong>um</strong>a hipótese<br />

<strong>para</strong> a origem da vida, n<strong>os</strong> colégi<strong>os</strong><br />

públic<strong>os</strong> norte-american<strong>os</strong>, junto com<br />

o espontâneo aparecimento da mesma.<br />

Este assunto tem sido discutido n<strong>os</strong><br />

mei<strong>os</strong> de ensino, anunciado pela<br />

mídia, e tem alcançado <strong>os</strong> tribu<strong>na</strong>is<br />

em muit<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> norte-american<strong>os</strong>.<br />

Até o momento, o consenso científico,<br />

comprometido com cenári<strong>os</strong> evolucionistas<br />

e respaldado por advogad<strong>os</strong><br />

habilid<strong>os</strong><strong>os</strong>, tem sido capaz de conter<br />

tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> desafi<strong>os</strong>. O <strong>na</strong>turalismo fil<strong>os</strong>ófico<br />

ainda rei<strong>na</strong> com supremacia.<br />

Outras interpretações alter<strong>na</strong>tivas são<br />

consideradas não-científicas ou superstici<strong>os</strong>as.<br />

Onde está a voz d<strong>os</strong> <strong>adventistas</strong><br />

nestas discussões públicas? Muit<strong>os</strong><br />

cientistas cristã<strong>os</strong> estão se envolvendo<br />

com a teoria do Design Inteligente e<br />

têm publicado vári<strong>os</strong> artig<strong>os</strong> e livr<strong>os</strong><br />

sobre o assunto. Acredito firmemente<br />

que <strong>os</strong> pesquisadores e cientistas<br />

<strong>adventistas</strong> comprometid<strong>os</strong> com a<br />

Criação têm o conhecimento e a credibilidade<br />

<strong>para</strong> fornecer arg<strong>um</strong>ent<strong>os</strong> que<br />

sustentem a verdade. Eles poderiam<br />

fazer mais <strong>para</strong> reforçar a aceitação<br />

pública de <strong>um</strong>a crença racio<strong>na</strong>l no<br />

Design Inteligente.<br />

Harold May<br />

Hinsdale, Illinois<br />

EUA<br />

Os editores respondem:<br />

Concordam<strong>os</strong> com o seu desejo de que<br />

haja mais cientistas <strong>adventistas</strong> comprometid<strong>os</strong><br />

nestas discussões que estão se<br />

tor<strong>na</strong>ndo mais importantes. A revista<br />

Diálogo publica em cada edição pelo<br />

men<strong>os</strong> <strong>um</strong> artigo sobre a Criação diante<br />

de <strong>um</strong>a perspectiva científica e também<br />

revisa importantes livr<strong>os</strong> escrit<strong>os</strong> por autores<br />

<strong>adventistas</strong> sobre o assunto. Estes são<br />

lid<strong>os</strong> por milhares de futur<strong>os</strong> cientistas<br />

que estão estud<strong>and</strong>o em universidades<br />

ao redor do mundo. Você pode encontrar<br />

artig<strong>os</strong> anteriores e revisões publicadas<br />

<strong>na</strong> Diálogo acess<strong>and</strong>o o n<strong>os</strong>so website:<br />

http://dialogue.adventist.org. A Igreja<br />

Adventista do Sétimo Dia também patroci<strong>na</strong><br />

o Ge<strong>os</strong>cience Research Institute no<br />

qual o staff qualificado está direcio<strong>na</strong>do<br />

a questões envolvendo as origens. Acesse o<br />

website, que oferece recurs<strong>os</strong> <strong>para</strong> cristã<strong>os</strong><br />

que acreditam <strong>na</strong> Bíblia, como você:<br />

www.grisda.org.<br />

Editorial<br />

Continuação da p. 3<br />

Este pronunciamento representa <strong>um</strong>a<br />

promessa a você, hoje. Como <strong>um</strong> cristão<br />

adventista, estud<strong>and</strong>o talvez pela<br />

primeira vez n<strong>um</strong>a instituição de ensino<br />

que opera fora de sua esfera espiritual,<br />

você tem <strong>um</strong>a gr<strong>and</strong>e oportunidade em<br />

testemunhar <strong>para</strong> Deus ao se p<strong>os</strong>icio<strong>na</strong>r<br />

firmemente em sua fé, enquanto vive<br />

essas verdades e valores. Então, eu lhe<br />

peço que (1) busque primeiro a Deus e<br />

a Sua retidão em todas as situações, (2)<br />

esforce-se <strong>para</strong> atingir a excelência acadêmica<br />

ao lado de Deus, que é o doador<br />

de todo o conhecimento e sabedoria,<br />

Seu Professor, (3) peça a orientação de<br />

Deus em sua vida a cada dia e (4) ore<br />

diariamente pela proteção constante<br />

dEle e <strong>para</strong> tomar decisões e agir fielmente.<br />

Ouse ser <strong>um</strong> Daniel, até mesmo<br />

em temp<strong>os</strong> de provações mais duras,<br />

qu<strong>and</strong>o você sentir que foi lançado <strong>na</strong><br />

cova de <strong>um</strong> leão. Jesus estará com você,<br />

confie nEle. Deus o abençoe enquanto<br />

você se dedica a<strong>os</strong> estud<strong>os</strong> e vai em<br />

busca de seus sonh<strong>os</strong>.<br />

*Ellen G. White. Educação. 9. ed. Tatuí: Casa<br />

Publicadora Brasileira, 2003. p. 57.<br />

Ella Smith Simmons (Ed.D.,<br />

Universidade de Louisville) é vicepresidente<br />

da Associação Geral da<br />

Igreja Adventista do Sétimo Dia em<br />

Silver Spring, Maryl<strong>and</strong>, EUA, e preside<br />

o Comitê da Caupa responsável<br />

pela publicação da Diálogo.<br />

DIÁLOGO 18•3 2006


Há <strong>um</strong> <strong>papel</strong> <strong>para</strong> <strong>os</strong> <strong>adventistas</strong> <strong>na</strong> política?<br />

Jane Sabes<br />

Embora não sejam<strong>os</strong><br />

deste mundo, tem<strong>os</strong> a<br />

responsabilidade de fazer<br />

ouvir a voz de Deus em<br />

assunt<strong>os</strong> que preocupam<br />

este planeta.<br />

Abraão, J<strong>os</strong>é, Ester, Daniel e Moisés.<br />

Nomes familiares a quase tod<strong>os</strong>. Mas<br />

considere por <strong>um</strong> momento como esses<br />

e outr<strong>os</strong> perso<strong>na</strong>gens bíblic<strong>os</strong> foram<br />

impelid<strong>os</strong> <strong>para</strong> o centro do palco.<br />

Considere também as significativas<br />

bênçã<strong>os</strong> dadas ao mundo como resultado<br />

de sua atuação política.<br />

J<strong>os</strong>é exerceu o dom divino de interpretar<br />

sonh<strong>os</strong> ao predizer sete an<strong>os</strong> de<br />

pr<strong>os</strong>peridade <strong>para</strong> o Egito, seguid<strong>os</strong> de<br />

igual número de an<strong>os</strong> de fome devastadora.<br />

Ele elaborou <strong>um</strong> plano <strong>para</strong> pôr a<br />

salvo a <strong>na</strong>ção e seus habitantes durante<br />

<strong>os</strong> temp<strong>os</strong> de carência. Recompensado<br />

por seu sábio conselho, foi desig<strong>na</strong>do<br />

chefe de Estado, o segundo após o rei.<br />

“Por que razão quis o Senhor exaltar a<br />

J<strong>os</strong>é tão gr<strong>and</strong>emente entre <strong>os</strong> egípci<strong>os</strong>?<br />

Ele poderia ter provido outro meio<br />

<strong>para</strong> o c<strong>um</strong>primento de Seus propósit<strong>os</strong><br />

em relação a<strong>os</strong> filh<strong>os</strong> de Jacó; mas<br />

desejou fazer de J<strong>os</strong>é <strong>um</strong>a luz, e colocou-o<br />

no palácio do rei, a fim de que a<br />

il<strong>um</strong>i<strong>na</strong>ção celeste pudesse estender-se<br />

longe e perto... Assim também, <strong>na</strong><br />

pessoa de Moisés, Deus pôs <strong>um</strong>a luz ao<br />

lado do trono do maior reino da Terra,<br />

a fim de que tod<strong>os</strong> que o quisessem<br />

pudessem aprender acerca do Deus<br />

verdadeiro e vivo.” 1<br />

Semelhante à experiência de J<strong>os</strong>é,<br />

foi a de Daniel e seus três amig<strong>os</strong>.<br />

Vendo nesses jovens <strong>um</strong>a promessa de<br />

notável capacidade, Nabucodon<strong>os</strong>or<br />

determinou que eles f<strong>os</strong>sem trei<strong>na</strong>d<strong>os</strong><br />

<strong>para</strong> ocupar importantes p<strong>os</strong>ições em<br />

seu reino. “Eis o cativo judeu [Daniel],<br />

calmo e senhor de si, <strong>na</strong> presença do<br />

mo<strong>na</strong>rca do mais poder<strong>os</strong>o império<br />

do mundo... O Rei d<strong>os</strong> reis estava a<br />

ponto de comunicar gr<strong>and</strong>e verdade ao<br />

mo<strong>na</strong>rca babilônico.” 2 E, recompensado<br />

por seu vali<strong>os</strong>o serviço, “o rei colocou<br />

Daniel n<strong>um</strong> alto cargo e o cobriu<br />

de presentes. Ele o designou gover<strong>na</strong>nte<br />

de toda a província da Babilônia e o<br />

encarregou de tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> sábi<strong>os</strong> da província.<br />

Além disso, a pedido de Daniel,<br />

o rei nomeou Sadraque, Mesaque<br />

e Abede-Nego administradores da<br />

província da Babilônia, enquanto o<br />

próprio Daniel permanecia <strong>na</strong> corte do<br />

rei” (Daniel 2:48, 49 – NVI).<br />

A linhagem de pied<strong>os</strong><strong>os</strong> indivídu<strong>os</strong><br />

do Antigo Testamento empregad<strong>os</strong><br />

no serviço público continua com<br />

Esdras. Seu exemplo, “enquanto vivia<br />

entre <strong>os</strong> judeus que permaneceram<br />

em Babilônia, foi tão excepcio<strong>na</strong>l<br />

que atraiu a favorável atenção do<br />

rei Artaxerxes, com quem ele falou<br />

livremente com respeito ao poder<br />

do Deus do Céu... Era tão gr<strong>and</strong>e a<br />

confiança do rei <strong>na</strong> integridade de<br />

Esdras, que lhe m<strong>os</strong>trou marcado<br />

favor, aceit<strong>and</strong>o o seu pedido, e outorg<strong>and</strong>o-lhe<br />

ric<strong>os</strong> dons <strong>para</strong> o serviço<br />

do templo. Ele o tornou <strong>um</strong> especial<br />

representante do Reino Medo-Persa,<br />

e conferiu-lhe extensiv<strong>os</strong> poderes....” 3<br />

Semelhantemente, Neemias, o copeiro<br />

do rei Artaxerxes, era “admitido livremente<br />

à presença real. Em virtude de<br />

sua p<strong>os</strong>ição, e graças a suas habilidades<br />

e fidelidade, ele se tor<strong>na</strong>ra amigo e<br />

conselheiro do rei.” 4<br />

Obadias, outro devoto crente em<br />

Deus, foi nomeado responsável pelo<br />

palácio do rei Acabe (I Reis 18). Ele<br />

permaneceu fiel a Deus, independentemente<br />

de sua p<strong>os</strong>ição diante do mais<br />

ímpio rei de Israel. Além disso, por<br />

causa de sua p<strong>os</strong>ição de confiança,<br />

Obadias foi capaz de abrigar e alimentar<br />

cem profetas de Deus durante <strong>os</strong><br />

três an<strong>os</strong> e meio de carestia da <strong>na</strong>ção.<br />

Houve também Ester, escolhida por<br />

providência divi<strong>na</strong> <strong>para</strong> ser rainha do<br />

Império Medo-Persa. Nessa p<strong>os</strong>ição,<br />

frustrou <strong>os</strong> plan<strong>os</strong> de Hamã <strong>para</strong> extermi<strong>na</strong>r<br />

o povo de Deus. E, por informar<br />

<strong>um</strong>a tentativa contra a vida do rei<br />

Assuero, o tio de Ester, Mardoqueu,<br />

ass<strong>um</strong>iu a p<strong>os</strong>ição anteriormente ocupada<br />

por Hamã. O rei o recompensou,<br />

“promovendo-o e d<strong>and</strong>o-lhe <strong>um</strong>a p<strong>os</strong>ição<br />

mais elevada do que a de tod<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />

demais nobres” (Ester 3:1 – NVI). 5<br />

Em contraste com o Antigo<br />

Testamento, <strong>os</strong> escritores do Novo<br />

Testamento exploram mais o reino da<br />

justiça. Todavia, o Novo Testamento<br />

continua d<strong>and</strong>o o perfil de pessoas<br />

envolvidas em negóci<strong>os</strong> públic<strong>os</strong>.<br />

Vejam<strong>os</strong> a história de Zaqueu. A Bíblia<br />

relata a dramática mudança operada<br />

em sua vida (Lucas 19). Como resultado<br />

do encontro com Cristo, teve o<br />

caráter transformado, pass<strong>and</strong>o a c<strong>um</strong>prir<br />

<strong>os</strong> deveres com fidelidade. E não<br />

há nenh<strong>um</strong>a evidência que sugira que<br />

Cristo intimou Zaqueu a ab<strong>and</strong>o<strong>na</strong>r<br />

seu cargo de chefe d<strong>os</strong> cobradores de<br />

imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>, em Jericó.<br />

Então tem<strong>os</strong> a vida de John<br />

Wycliffe, <strong>um</strong> cristão de temp<strong>os</strong> mais<br />

recentes, que mantinha vári<strong>os</strong> carg<strong>os</strong><br />

gover<strong>na</strong>mentais. Ellen White comenta:<br />

“Qu<strong>and</strong>o agia como capelão do rei,<br />

ass<strong>um</strong>iu ousada atitude contra o pagamento<br />

do tributo que o papa pretendia<br />

do mo<strong>na</strong>rca inglês... As exigências do<br />

papa tinham excitado gr<strong>and</strong>e indig<strong>na</strong>ção<br />

e <strong>os</strong> ensin<strong>os</strong> de Wycliffe exerceram<br />

influência sobre o espírito d<strong>os</strong> dirigentes<br />

do país... De novo foi Wycliffe<br />

chamado <strong>para</strong> defender <strong>os</strong> direit<strong>os</strong> da<br />

coroa inglesa contra as usurpações de<br />

Roma; e, sendo desig<strong>na</strong>do embaixador<br />

real, passou dois an<strong>os</strong> <strong>na</strong> Hol<strong>and</strong>a...<br />

Logo depois de sua volta à Inglaterra,<br />

Wycliffe recebeu do rei nomeação <strong>para</strong><br />

a reitoria de Lutterworth. Isto correspondia<br />

a <strong>um</strong>a prova de que o mo<strong>na</strong>rca<br />

ao men<strong>os</strong> não se desagradara de sua<br />

maneira franca no falar. A influência<br />

de Wycliffe foi sentida no moldar a<br />

ação da corte, bem como a crença da<br />

<strong>na</strong>ção.” 6<br />

Através das eras, <strong>os</strong> seguidores de<br />

Cristo têm influenciado as autoridades.<br />

O que essas pessoas tinham em<br />

com<strong>um</strong> era <strong>um</strong> caráter isento de reprovação,<br />

respeito <strong>para</strong> com <strong>os</strong> líderes<br />

temporais e sensibilidade à voz divi<strong>na</strong>.<br />

Sua vida exemplar põe em relevo o<br />

DIÁLOGO 18•3 2006


valor d<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> que ocupam carg<strong>os</strong><br />

públic<strong>os</strong>.<br />

A despeito d<strong>os</strong> exempl<strong>os</strong> bíblic<strong>os</strong>,<br />

existe gr<strong>and</strong>e divergência de pensamento<br />

com relação ao nível de<br />

envolvimento cristão <strong>na</strong> política. O<br />

pensamento d<strong>os</strong> crentes em relação<br />

ao Estado parece <strong>os</strong>cilar entre dois<br />

extrem<strong>os</strong>. Por <strong>um</strong> lado há aqueles que,<br />

como as Testemunhas de Jeová, se<br />

desassociam de qualquer coisa política,<br />

evit<strong>and</strong>o todas as formas de participação,<br />

inclusive a votação, o serviço<br />

militar, ou o exercício de carg<strong>os</strong> públic<strong>os</strong>,<br />

com base em sua convicção de que<br />

“tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> govern<strong>os</strong> estão sob o controle<br />

de Satanás”. 7 Isso está em agudo<br />

contraste com a Igreja Católica, que<br />

regularmente apresenta p<strong>os</strong>ições sobre<br />

justiça social e política, desig<strong>na</strong>ndo o<br />

Gabinete de Ligação com o Governo<br />

<strong>para</strong> representar a p<strong>os</strong>ição da Igreja<br />

perante o Congresso norte-americano, 8<br />

e mantendo <strong>um</strong> site <strong>na</strong> Internet por<br />

meio do qual dá informações sobre as<br />

p<strong>os</strong>ições mantidas pela Igreja em várias<br />

Diálogo grátis<br />

<strong>para</strong> você!<br />

Se você é <strong>um</strong> estudante adventista do<br />

sétimo dia que freqüenta faculdade ou universidade<br />

não-adventista, a Igreja tem <strong>um</strong><br />

plano que lhe permitirá receber gratuitamente<br />

a revista Diálogo enquanto você estiver<br />

estud<strong>and</strong>o (aqueles que não são mais<br />

estudantes podem assi<strong>na</strong>r Diálogo us<strong>and</strong>o o<br />

cupom da pági<strong>na</strong> 6). Entre em contato com<br />

o diretor do Departamento de Educação<br />

ou do Departamento de Jovens de sua<br />

União, e peça que seu nome seja colocado<br />

<strong>na</strong> lista de distribuição da revista. Forneça<br />

seu nome completo, endereço, faculdade ou<br />

universidade onde está estud<strong>and</strong>o, o curso<br />

que está fazendo e o nome da igreja onde<br />

você é membro. Você pode também escrever<br />

<strong>para</strong> <strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> representantes regio<strong>na</strong>is<br />

n<strong>os</strong> endereç<strong>os</strong> indicad<strong>os</strong> <strong>na</strong> pági<strong>na</strong> 2, anex<strong>and</strong>o<br />

<strong>um</strong>a cópia da carta que enviou a<strong>os</strong><br />

diretores da União já mencio<strong>na</strong>d<strong>os</strong>. Caso<br />

<strong>os</strong> pass<strong>os</strong> acima não produzirem nenh<strong>um</strong><br />

resultado, você poderá contatar-n<strong>os</strong> via<br />

e-mail: schulzs@gc.adventist.org<br />

questões políticas. 9 Há, ainda, aqueles<br />

que ocupam p<strong>os</strong>ições de extrema-direita,<br />

trabalh<strong>and</strong>o <strong>para</strong> estabelecer o reino<br />

de Cristo como <strong>um</strong> domínio terrestre,<br />

<strong>um</strong>a teocracia moder<strong>na</strong>.<br />

Estrangeir<strong>os</strong> e peregrin<strong>os</strong><br />

Como igreja, <strong>os</strong> <strong>adventistas</strong> do sétimo<br />

dia manifestam ambivalência em<br />

relação à participação política, com<br />

<strong>um</strong>a exceção: a defesa da liberdade<br />

religi<strong>os</strong>a. Mais problemática parece ser<br />

a interpretação e aplicação de cinco<br />

passagens bíblicas. A primeira refere-se<br />

a cristã<strong>os</strong> como “estrangeir<strong>os</strong> e peregrin<strong>os</strong>”<br />

<strong>na</strong> Terra (Hebreus 11:13-16;<br />

Filipenses 3:20-21). Semelhantemente,<br />

<strong>os</strong> hin<strong>os</strong> de igreja fazem referência<br />

a<strong>os</strong> filh<strong>os</strong> de Deus “peregrin<strong>os</strong>”. Mas,<br />

deveriam essas referências a “outro<br />

mundo” levar alguém a concluir que <strong>os</strong><br />

crentes não têm nenh<strong>um</strong>a responsabilidade<br />

moral com sua presente morada<br />

terrestre?<br />

Cristo foi desafiado nesse ponto<br />

– sobre onde a lealdade do cristão<br />

deve ser p<strong>os</strong>ta. A pergunta feita era:<br />

“A quem devem ser pag<strong>os</strong> <strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>:<br />

a Deus ou a César?”. Ela foi feita<br />

n<strong>um</strong>a oportunidade em que o Mestre<br />

apresentava o conceito da dupla cidadania.<br />

Ele declarou de modo claro que<br />

amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> rein<strong>os</strong> merecem n<strong>os</strong>sa fidelidade<br />

(Mateus 22:15-22; ver também<br />

Roman<strong>os</strong> 13). Os cristã<strong>os</strong> devem obedecer<br />

às leis do país e apoiar iniciativas<br />

<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is, qu<strong>and</strong>o essas não violam a<br />

consciência, enquanto dão atenção a<br />

<strong>um</strong>a mais elevada e celeste comissão (II<br />

Corínti<strong>os</strong> 5:20).<br />

O <strong>papel</strong> divino n<strong>os</strong> poderes<br />

terren<strong>os</strong><br />

O segundo desafio bíblico com o<br />

qual <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> se de<strong>para</strong>m é diferenciar<br />

o <strong>papel</strong> divino do n<strong>os</strong>so em<br />

relação a<strong>os</strong> govern<strong>os</strong> terren<strong>os</strong>. Uma vez<br />

que é obra de Deus estabelecer e remover<br />

gover<strong>na</strong>ntes (Daniel 2), isso não<br />

tor<strong>na</strong> desnecessário o envolvimento do<br />

cristão no processo político, até mesmo<br />

sua interferência?<br />

De fato, é verdade que todas as<br />

autoridades gover<strong>na</strong>m tão-somente<br />

pela permissão divi<strong>na</strong>. Considere, por<br />

exemplo, o controle que Deus exerceu<br />

sobre o orgulh<strong>os</strong>o rei Nabucodon<strong>os</strong>or.<br />

Certo dia, caminh<strong>and</strong>o no terraço do<br />

palácio real, ele disse: “‘Acaso não é<br />

esta a gr<strong>and</strong>e Babilônia que eu construí<br />

como a capital do meu reino, com o<br />

meu enorme poder e <strong>para</strong> a glória da<br />

minha majestade?’ As palavras ainda<br />

estavam n<strong>os</strong> seus lábi<strong>os</strong> qu<strong>and</strong>o veio<br />

do céu <strong>um</strong>a voz que disse: ‘É isto<br />

que está decretado quanto a você, rei<br />

Nabucodon<strong>os</strong>or: Sua autoridade real<br />

lhe foi tirada. Você será expulso do<br />

meio d<strong>os</strong> homens, viverá com <strong>os</strong> animais<br />

selvagens e comerá capim como<br />

<strong>os</strong> bois. Passarão sete temp<strong>os</strong> até que<br />

admita que o Altíssimo domi<strong>na</strong> sobre<br />

<strong>os</strong> rein<strong>os</strong> d<strong>os</strong> homens e <strong>os</strong> dá a quem<br />

quer’” (Daniel 4:29-32 – NVI). Essa<br />

história demonstra claramente o poder<br />

divino sobre <strong>os</strong> poder<strong>os</strong><strong>os</strong>.<br />

Mas o profeta Miquéias (6:8) chama<br />

a atenção <strong>para</strong> n<strong>os</strong>sas importantes responsabilidades<br />

como crentes – praticar<br />

a justiça e a misericórdia e <strong>and</strong>ar com<br />

muita h<strong>um</strong>ildade. Semelhantemente, o<br />

profeta Amós (5:24 – NVI) exigiu que<br />

corresse “a retidão como <strong>um</strong> rio, a justiça<br />

como <strong>um</strong> ribeiro perene!”. Seria,<br />

então, de boa consciência, que <strong>os</strong> bons<br />

samaritan<strong>os</strong> encontrassem repetidamente<br />

vítimas à margem da estrada<br />

sem se perguntar como reduzir a taxa<br />

de crimi<strong>na</strong>lidade? Seriam <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong><br />

considerad<strong>os</strong> responsáveis se diariamente<br />

dessem pão ao faminto e, todavia,<br />

não observassem a política econômica<br />

do país e <strong>os</strong> métod<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> quais<br />

ela pudesse ser aprimorada? Ajudar a<br />

formular políticas públicas é <strong>um</strong> caminho<br />

<strong>para</strong> cristã<strong>os</strong> darem evidência de<br />

sua fé por meio das obras, m<strong>os</strong>tr<strong>and</strong>o<br />

preocupação pel<strong>os</strong> outr<strong>os</strong>.<br />

Não se unir a<strong>os</strong> descrentes<br />

A terceira advertência dada por<br />

aqueles que procuram dissuadir <strong>os</strong><br />

cristã<strong>os</strong> de aceitar carg<strong>os</strong> públic<strong>os</strong> é de<br />

não se colocar em jugo desigual com<br />

<strong>os</strong> incrédul<strong>os</strong> (II Corínti<strong>os</strong> 6:14-17). A<br />

preocupação é que a adesão ao mundo<br />

DIÁLOGO 18•3 2006


faria com que a pessoa se tor<strong>na</strong>sse espiritualmente<br />

contami<strong>na</strong>da ou comprometesse<br />

princípi<strong>os</strong>.<br />

Um teólogo que trata da aplicação<br />

desse princípio bíblico é Ro<strong>na</strong>ld<br />

Thiemann, decano da Harvard<br />

University’s Divinity School. Ele escreve<br />

que “precisamente porque <strong>um</strong>a<br />

sociedade pluralista requer conversação<br />

e intercâmbio com aqueles que estão<br />

n<strong>um</strong> espaço público ‘diferente’, isso<br />

provê <strong>um</strong> contexto no qual a fé busca<br />

entendimento mediante o diálogo com<br />

pessoas mantendo comprometiment<strong>os</strong><br />

divers<strong>os</strong>”. 10 A praça pública permite<br />

<strong>um</strong> desafiante, porém, gratificante<br />

fór<strong>um</strong>, onde o cristão deve seguir a<br />

advertência de Cristo <strong>para</strong> ser simples<br />

como as pombas e prudente como as<br />

serpentes (Mateus 10:16).<br />

O reino e o mundo<br />

O quarto arg<strong>um</strong>ento apresentado<br />

contra a entrada d<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> <strong>na</strong> política<br />

baseia-se <strong>na</strong>s próprias palavras<br />

de Cristo: “O Meu reino não é deste<br />

mundo” (João 18:36 – NVI). Há referência<br />

ao comentário de Ellen White<br />

de que “o governo sob que Jesus viveu<br />

era corrupto e opressivo; clamavam de<br />

todo lado <strong>os</strong> abus<strong>os</strong> – extorsões, intolerância<br />

e abusiva crueldade. Não obstante,<br />

o Salvador não tentou nenh<strong>um</strong>a<br />

reforma civil. Não atacou nenh<strong>um</strong><br />

abuso <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, nem condenou <strong>os</strong> inimig<strong>os</strong><br />

da <strong>na</strong>ção. Não interferiu com a<br />

autoridade nem com a administração<br />

d<strong>os</strong> que se achavam no poder. Aquele<br />

que foi o n<strong>os</strong>so exemplo conservou-Se<br />

afastado d<strong>os</strong> govern<strong>os</strong> terrestres. Não<br />

porque f<strong>os</strong>se indiferente às misérias do<br />

homem, mas porque o remédio não<br />

residia em medidas meramente h<strong>um</strong>a<strong>na</strong>s<br />

e exter<strong>na</strong>s. Para ser eficiente, a cura<br />

deve atingir o próprio homem, individualmente,<br />

e regenerar o coração”. 11<br />

Nenh<strong>um</strong> cristão contestaria o fato<br />

de que a h<strong>um</strong>anidade não pode ser<br />

“melhorada” por mei<strong>os</strong> legislativ<strong>os</strong><br />

ou decret<strong>os</strong> gover<strong>na</strong>mentais. Antes, é<br />

<strong>um</strong> coração transformado que muda<br />

o caráter, comportamento, situações e<br />

assim, a sociedade. Mas essa declaração<br />

DIÁLOGO 18•3 2006<br />

de Ellen White não tem a intenção de<br />

limitar as áreas <strong>na</strong>s quais <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong><br />

devem trabalhar e testemunhar.<br />

Efetivamente, descobrim<strong>os</strong> Ellen<br />

White fal<strong>and</strong>o publicamente e escrevendo<br />

extensivamente em favor de<br />

medidas municipais em prol do fechamento<br />

d<strong>os</strong> bares, 12 contra decret<strong>os</strong><br />

dominicais, 13 contra o “pecado de<br />

escravidão”. 14 Ela também falou em<br />

defesa d<strong>os</strong> <strong>adventistas</strong> do sétimo dia<br />

durante a Guerra Civil America<strong>na</strong>,<br />

ameaçad<strong>os</strong> de convocação militar. 15<br />

Além disso, ela deu a seguinte mensagem<br />

de encorajamento a<strong>os</strong> jovens<br />

que contemplavam a política como<br />

<strong>um</strong>a vocação cristã: “Querida juventude,<br />

qual é o alvo e propósito de v<strong>os</strong>sa<br />

vida? Tendes a ambição de educar-v<strong>os</strong><br />

<strong>para</strong> poderdes ter nome e p<strong>os</strong>ição no<br />

mundo? Tendes pensament<strong>os</strong> que não<br />

ousais exprimir, de poderdes <strong>um</strong> dia<br />

alcançar as alturas da gr<strong>and</strong>eza intelectual;<br />

de poderdes assentar-v<strong>os</strong> em<br />

conselh<strong>os</strong> deliberativ<strong>os</strong> e legislativ<strong>os</strong>,<br />

cooper<strong>and</strong>o <strong>na</strong> elaboração de leis <strong>para</strong><br />

a <strong>na</strong>ção? Nada há de errado nessas<br />

aspirações. Podeis, cada <strong>um</strong> de vós,<br />

estabelecer <strong>um</strong> alvo. Não v<strong>os</strong> deveis<br />

contentar com realizações mesquinhas.<br />

Aspirai à altura, e não v<strong>os</strong> poupeis trabalh<strong>os</strong><br />

<strong>para</strong> alcançá-la.” 16<br />

Sua vida demonstrou que há <strong>um</strong><br />

chamado ao envolvimento cristão <strong>na</strong><br />

política, <strong>na</strong>scido não de partidarism<strong>os</strong>,<br />

mas de <strong>um</strong>a cuidad<strong>os</strong>a revisão d<strong>os</strong><br />

assunt<strong>os</strong> e de ação responsável.<br />

Realmente, há proibições específicas<br />

feitas a<strong>os</strong> <strong>adventistas</strong> com relação ao<br />

envolvimento da igreja <strong>na</strong> política:<br />

(1) aqueles que “ensi<strong>na</strong>m a Bíblia” <strong>na</strong>s<br />

igrejas e escolas não devem expressar<br />

parcialidade contra ou a favor de<br />

cert<strong>os</strong> polític<strong>os</strong> ou assunt<strong>os</strong> polític<strong>os</strong>,<br />

porquanto isso pode incitar a mente<br />

d<strong>os</strong> outr<strong>os</strong>, lev<strong>and</strong>o a <strong>um</strong>a divisão <strong>na</strong><br />

igreja; (2) <strong>os</strong> membr<strong>os</strong> da igreja são<br />

desencorajad<strong>os</strong> a votar em fil<strong>os</strong>ofias<br />

partidárias “porque não conhecem<strong>os</strong><br />

em quem estam<strong>os</strong> vot<strong>and</strong>o”; (3) <strong>os</strong><br />

membr<strong>os</strong> são admoestad<strong>os</strong> a “não<br />

tomar parte em nenh<strong>um</strong> esquema<br />

político” ou parceria política. Ellen<br />

White n<strong>os</strong> lembra particularmente que<br />

<strong>os</strong> <strong>adventistas</strong> devem ser gover<strong>na</strong>d<strong>os</strong><br />

por elevad<strong>os</strong> e sant<strong>os</strong> princípi<strong>os</strong>; (4) <strong>os</strong><br />

membr<strong>os</strong> não devem alinhar-se com<br />

polític<strong>os</strong> que não apóiem a liberdade<br />

religi<strong>os</strong>a; (5) <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> não devem<br />

<strong>os</strong>tentar “distintiv<strong>os</strong> polític<strong>os</strong>” que, de<br />

alg<strong>um</strong> modo, produzam divisão dentro<br />

da igreja; (6) <strong>os</strong> dízim<strong>os</strong> não deveriam<br />

ser usad<strong>os</strong> <strong>para</strong> alguém que “discorra<br />

sobre questões políticas”; e (7) as<br />

publicações da igreja não deveriam<br />

exaltar <strong>os</strong> indivídu<strong>os</strong> influentes, porque<br />

eles são mer<strong>os</strong> mortais, nem louvar seu<br />

trabalho, que se esvaece. 17<br />

Vivendo vida exemplar, <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong><br />

servem como <strong>um</strong>a carta “conhecida<br />

e lida por tod<strong>os</strong>” (II Corínti<strong>os</strong> 3:2<br />

– NVI), <strong>para</strong> o expresso propósito de<br />

recrutar cidadã<strong>os</strong> <strong>para</strong> o reino eterno<br />

de Cristo.<br />

Se<strong>para</strong>ção entre Igreja e Estado<br />

A se<strong>para</strong>ção entre Igreja e Estado é o<br />

quinto e mais forte arg<strong>um</strong>ento imp<strong>os</strong>to<br />

a<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> que buscam p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> polític<strong>os</strong>.<br />

Mas, o que poderia surpreender<br />

<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> é aprender que a maioria<br />

d<strong>os</strong> govern<strong>os</strong> partilha das preocupações<br />

da comunidade religi<strong>os</strong>a, qu<strong>and</strong>o<br />

ela mescla o sagrado com o secular. A<br />

ex-secretária de Estado norte-americano,<br />

Madeleine Albright, escreveu: “A<br />

maioria de nós não quer n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> líderes<br />

confundindo sua própria vontade com<br />

a de Deus, nem querem<strong>os</strong> que eles<br />

ignorem <strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> morais e religi<strong>os</strong><strong>os</strong>.”<br />

18<br />

Uma avaliação honesta das relações<br />

Igreja-Estado demonstra <strong>os</strong> abundantes<br />

benefíci<strong>os</strong> que <strong>os</strong> grup<strong>os</strong> religi<strong>os</strong><strong>os</strong><br />

obtêm de legítimas estruturas políticas<br />

– por exemplo, a isenção de imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />

sobre propriedades da igreja. Pense<br />

sobre quão difícil seria a obra da Igreja<br />

sem as garantias gover<strong>na</strong>mentais das<br />

liberdades civis e do Estado de Direito.<br />

Considere ainda como <strong>os</strong> pobres<br />

estariam, sem a presença de <strong>um</strong> povo<br />

que teme a Deus. Mantendo padrões<br />

morais elevad<strong>os</strong>, agindo com amor<br />

pelo semelhante, distribuindo aliment<strong>os</strong><br />

e prest<strong>and</strong>o ajuda em calamidades,


<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> exercem <strong>um</strong>a p<strong>os</strong>itiva influência<br />

sobre a ordem social: “F<strong>os</strong>sem <strong>os</strong><br />

serv<strong>os</strong> de Deus tirad<strong>os</strong> da Terra, e Seu<br />

Espírito retirado dentre <strong>os</strong> homens,<br />

este mundo seria entregue à desolação<br />

e destruição, o fruto do domínio de<br />

Satanás. Conquanto <strong>os</strong> ímpi<strong>os</strong> não o<br />

saibam, devem até mesmo as bênçã<strong>os</strong><br />

desta vida à presença do povo de Deus<br />

no mundo, esse povo que desprezam e<br />

oprimem.” 19<br />

Conclusão<br />

Os <strong>adventistas</strong> do sétimo dia têm<br />

<strong>um</strong> <strong>papel</strong> vital a desempenhar no<br />

processo gover<strong>na</strong>mental de seu país.<br />

Qu<strong>and</strong>o <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> se apartam da<br />

política, que o cientista político David<br />

Easton chama de “autorizada distribuição<br />

de valores”, 20 a política é deixada<br />

<strong>para</strong> <strong>os</strong> incrédul<strong>os</strong>: o currículo escolar<br />

é programado, a política <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l é<br />

implementada e as determi<strong>na</strong>ções<br />

globais são feitas sem oferecer <strong>um</strong>a<br />

perspectiva cristã, adventista do sétimo<br />

dia. Poderiam <strong>os</strong> gover<strong>na</strong>ntes interpretar<br />

n<strong>os</strong>so silêncio como ausência<br />

de opinião sobre as questões? Que <strong>os</strong><br />

<strong>adventistas</strong> <strong>na</strong>da têm a contribuir <strong>para</strong><br />

sua discussão?<br />

A vida de fé precisa dar prioridade<br />

a assunt<strong>os</strong> polític<strong>os</strong>. Como cristã<strong>os</strong>,<br />

som<strong>os</strong> representantes, não de <strong>um</strong> partido<br />

político, mas do reino de Cristo. A<br />

política é mutável e se não form<strong>os</strong> cuidad<strong>os</strong><strong>os</strong>,<br />

<strong>um</strong> ponto político estabelecido<br />

pode ser <strong>um</strong>a oportunidade perdida<br />

de alcançar o coração de pessoas que<br />

mantêm p<strong>os</strong>ições op<strong>os</strong>tas. Os cristã<strong>os</strong><br />

devem estar sempre atent<strong>os</strong> ao seu primeiro<br />

chamado.<br />

A Bíblia contém muit<strong>os</strong> exempl<strong>os</strong> de<br />

mensageir<strong>os</strong> de Deus que comprometeram<br />

a p<strong>os</strong>ição que lhes fora confiada.<br />

O rei Saul se tornou tão absorvido<br />

com a erradicação de seu pres<strong>um</strong>ível<br />

inimigo, que falhou em conduzir a<br />

<strong>na</strong>ção de Israel ao ideal divino. Outro<br />

exemplo é Davi. Deus instruiu o rei a<br />

não fazer o censo de homens em idade<br />

militar, <strong>para</strong> que a <strong>na</strong>ção não baseasse<br />

sua segurança no efetivo militar, mas<br />

no poder de Deus. Apesar disso, Davi<br />

ordenou o levantamento, mas com<br />

resultad<strong>os</strong> devastadores. O mais sábio<br />

de tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> homens, Salomão, permitiu<br />

que a <strong>na</strong>ção degenerasse como<br />

resultado direto de sua preocupação<br />

com mulheres. Depois, Ezequias exaltou<br />

a vitalidade econômica do país,<br />

ao dar boas-vindas a<strong>os</strong> representantes<br />

babilônic<strong>os</strong>, em lugar de apresentar às<br />

visitas o Deus que era a fonte dessas<br />

bênçã<strong>os</strong>.<br />

“Fortes eram as tentações que <strong>os</strong><br />

rodeavam [A Daniel e seus três amig<strong>os</strong>]<br />

nessa corte corrupta e luxu<strong>os</strong>a.” 21 Mas,<br />

“não foi o orgulho ou ambição que<br />

<strong>os</strong> levou à corte do rei – à companhia<br />

d<strong>os</strong> que não conheciam nem temiam<br />

a Deus”. 22 “Sua fé era forte <strong>na</strong> certeza<br />

de que Deus <strong>os</strong> tinha colocado onde<br />

estavam, que eles estavam fazendo a<br />

Sua obra e c<strong>um</strong>prindo <strong>os</strong> reclam<strong>os</strong> do<br />

dever.” 23<br />

Hoje, milhares de <strong>adventistas</strong> servem<br />

fielmente seu país como juízes, embaixadores,<br />

prefeit<strong>os</strong>, ministr<strong>os</strong> e outras<br />

p<strong>os</strong>ições proeminentes. Quer <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong><br />

sirvam como nomead<strong>os</strong> polític<strong>os</strong>,<br />

membr<strong>os</strong> de equipes gover<strong>na</strong>mentais,<br />

quer como cidadã<strong>os</strong> dotad<strong>os</strong> de voz,<br />

voto e oração (Jeremias 29:7), que a<br />

glória de Deus irradie por meio de nós,<br />

promovendo a justiça e o bem-estar,<br />

e atraindo homens e mulheres <strong>para</strong> o<br />

eterno reino de Cristo.<br />

Jane Sabes (Ph.D. pela Universidade<br />

Auburn) é professora de Ciências<br />

Políticas <strong>na</strong> Universidade Andrews.<br />

Anteriormente ela atuou como<br />

secretária de Saúde e Serviço Social<br />

no Wyoming. E-mail: sabesja@<br />

<strong>and</strong>rews.edu<br />

REFERÊNCIAS<br />

1. Ellen G. White. Patriarcas e Profetas. 16. ed.<br />

Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2003. pp.<br />

368-69.<br />

2. _______. Profetas e Reis. 8. ed. Tatuí: Casa<br />

Publicadora Brasileira, 1996. pp. 494-98.<br />

3. Ibidem. pp. 607-10.<br />

4. Ibidem. p. 628.<br />

5. Ibidem. pp. 601-02.<br />

6. _______.O Gr<strong>and</strong>e Conflito. 42. ed. Tatuí: Casa<br />

Publicadora Brasileira, 2004. pp. 81, 84 e 85.<br />

7. Disponível em: .<br />

8. Disponível em: .<br />

9. Disponível em: .<br />

10. Ro<strong>na</strong>ld F. Thiemann. Religion in Public Life:<br />

A Dilemma for Democracy. Washington, D.C.:<br />

Georgetown University Press, 1996. p. 169.<br />

11. Ellen G. White. O Desejado de Todas as Nações.<br />

22. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira,<br />

2003. p. 509.<br />

12. _______. In: Signs of the Times (4 de dezembro<br />

de 1907).<br />

13. _______. In: Review <strong>and</strong> Herald (30 de março<br />

de 1911).<br />

14. _______. In: Review <strong>and</strong> Herald (27 de ag<strong>os</strong>to<br />

de 1861); Testemunh<strong>os</strong> <strong>para</strong> a Igreja. Tatuí: Casa<br />

Publicadora Brasileira, vol. 1, pp. 264, 534.<br />

15. Arthur L. White. Ellen G. White: The<br />

Progressive Years 1863-1876. Hagerstown,<br />

Maryl<strong>and</strong>: Review <strong>and</strong> Herald Publ. Assn.,<br />

1986. p. 40 (com referências adicio<strong>na</strong>is às pp.<br />

34-44 e 99-109).<br />

16. Ellen G. White. 2. ed. Fundament<strong>os</strong> da<br />

Educação Cristã. Tatuí: Casa Publicadora<br />

Brasileira, 1996. p. 82.<br />

17. _______. Testemunho Especial acerca da<br />

Política. In: Fundament<strong>os</strong> da Educação Cristã.<br />

2. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1996.<br />

pp. 475-84.<br />

18. Madeleine Albright. The Mighty & the<br />

Almighty. Nova Iorque: HaperCollins<br />

Publishers, 2006. p.104.<br />

19. Ellen G. White. 22. ed. O Desejado de Todas as<br />

Nações, 2003. p. 306.<br />

20. David Easton. A Framework for Political<br />

A<strong>na</strong>lysis. Chicago: University of Chicago Press,<br />

1979.<br />

21. Ellen G. White. Profetas e Reis. 8. ed. Tatuí.<br />

Casa Publicadora Brasileira, 1996. p. 482.<br />

22. Ibidem. p. 484.<br />

23. Ibidem. p. 493. Ver também pp. 494 e 497-98.<br />

Let’s Talk!<br />

Você g<strong>os</strong>taria de fazer <strong>um</strong> comentário<br />

ou formular perguntas ao Pastor Jan<br />

Paulsen, presidente da Igreja Adventista<br />

do Sétimo Dia? Você pode fazê-lo através<br />

do site:<br />

http://www.letstalk.adventist.org<br />

O objetivo do site é estimular a<br />

comunicação entre <strong>os</strong> jovens <strong>adventistas</strong><br />

de todo o mundo e o gabinete do<br />

Presidente da Associação Geral. Nesse<br />

mesmo site você também encontrará<br />

links úteis e banc<strong>os</strong> de dad<strong>os</strong> acessíveis,<br />

referentes a perguntas e resp<strong>os</strong>tas sobre<br />

muit<strong>os</strong> tópic<strong>os</strong>. Verifique!<br />

DIÁLOGO 18•3 2006


Perguntas e resp<strong>os</strong>tas sobre <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

Elaine Graham-Kennedy<br />

Como compreender o<br />

mistério d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

sob a perspectiva bíblica?<br />

O pequeno Mateus parou, extasiado,<br />

no Zoológico de Fort Worth. Ele quase<br />

não podia acreditar no que via. A sua<br />

frente estava Cera, seu din<strong>os</strong>sauro favorito,<br />

perso<strong>na</strong>gem do filme A Terra antes<br />

do Tempo. Ele olhava fixamente. Seus<br />

pais, depois de <strong>um</strong> tempo, insistiam<br />

<strong>para</strong> visitar outr<strong>os</strong> locais. Soluç<strong>and</strong>o,<br />

ele implorava por mais tempo, enquanto<br />

era puxado pel<strong>os</strong> pais. Esta fixação<br />

infantil pel<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> <strong>para</strong> muit<strong>os</strong><br />

passa com o tempo, mas alguns manterão<br />

seu amor por essas fasci<strong>na</strong>ntes criaturas<br />

durante toda a vida.<br />

As crianças das igrejas cristãs não são<br />

exceção. Entretanto, <strong>na</strong>s denomi<strong>na</strong>ções<br />

mais conservadoras surgem n<strong>um</strong>er<strong>os</strong>as<br />

questões de cunho teológico que se<br />

tor<strong>na</strong>m problemáticas à medida que as<br />

crianças crescem. Essas questões podem<br />

ser sintetizadas em <strong>um</strong>a só: como <strong>os</strong><br />

din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> se encaixam em <strong>um</strong>a perspectiva<br />

bíblica?<br />

Existe hoje <strong>um</strong>a crescente base de<br />

dad<strong>os</strong> sobre din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>, incluindo<br />

<strong>os</strong>s<strong>os</strong>, dentes, pegadas, ov<strong>os</strong>, embriões,<br />

impressões de pele, e excrement<strong>os</strong>.<br />

Aparentemente, <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> terrestres<br />

existiram em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> tamanh<strong>os</strong><br />

e formas. As informações sugerem<br />

populações ativas, reproduzindo-se,<br />

em <strong>um</strong>a escala global. 1 Em face das<br />

crescentes evidências, é difícil afirmar<br />

que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> nunca existiram.<br />

Entretanto, alg<strong>um</strong>as pessoas defendem<br />

esse ponto de vista porque não conseguem<br />

conciliar a existência d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

com a sua compreensão da <strong>na</strong>tureza<br />

de Deus. Há, portanto, necessidade<br />

de <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> reconhecerem o significado<br />

desses animais <strong>na</strong> perspectiva bíblica<br />

da história da Terra.<br />

Freqüentemente esse dilema é expresso<br />

assim: “Não p<strong>os</strong>so compreender que<br />

Deus tenha colocado o Tyrann<strong>os</strong>aurus<br />

rex no jardim do Éden.” Outr<strong>os</strong> comentam<br />

que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> são “tão fei<strong>os</strong>”,<br />

por isso não acreditam que <strong>um</strong> Deus<br />

amorável e compassivo tenha criado<br />

<strong>um</strong>a degradante “máqui<strong>na</strong> de matar”.<br />

Entretanto, essas mesmas pessoas não<br />

se preocupam com o fato de Deus<br />

ter criado <strong>os</strong> leões, o que leva à pergunta:<br />

“Qual é a diferença entre <strong>um</strong><br />

tiran<strong>os</strong>sauro e <strong>um</strong> leão?” Certamente<br />

existem muitas diferenças. Sendo amb<strong>os</strong><br />

carnívor<strong>os</strong>, a questão é a existência de<br />

predadores no jardim do Éden. Quanto<br />

a isso, mesmo que cristã<strong>os</strong> crentes <strong>na</strong><br />

Bíblia acreditem que Deus criou <strong>um</strong>a<br />

“espécie” de felin<strong>os</strong>, sua sup<strong>os</strong>ição é que<br />

eles eram herbívor<strong>os</strong>, pelo men<strong>os</strong> antes<br />

de Adão e Eva pecarem, e parece lógico<br />

que esse arg<strong>um</strong>ento poderia também ser<br />

aplicado a<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> carnívor<strong>os</strong>.<br />

O que aparenta ser <strong>um</strong>a questão<br />

simples, tor<strong>na</strong>-se bastante complexa ao<br />

se tratar das implicações decorrentes.<br />

Exami<strong>na</strong>rem<strong>os</strong> esse assunto <strong>na</strong>s questões<br />

seguintes.<br />

Os din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> realmente<br />

existiram?<br />

Alguns pouc<strong>os</strong> <strong>os</strong>s<strong>os</strong> espalhad<strong>os</strong> não<br />

seriam suficientes <strong>para</strong> concluir que<br />

realmente <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> existiram.<br />

Entretanto, o registro de <strong>os</strong>s<strong>os</strong> de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

é muito amplo, e a sua variedade<br />

amplia n<strong>os</strong>so conhecimento a seu respeito.<br />

Pegadas bem preservadas e ov<strong>os</strong><br />

com embriões indicam que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

eram criaturas vivas, que se deslocavam<br />

e se reproduziam. 2 As pegadas são a<br />

arg<strong>um</strong>entação mais poder<strong>os</strong>a a favor de<br />

sua existência.<br />

Registr<strong>os</strong> em rochas em todo o<br />

mundo oferecem fasci<strong>na</strong>ntes informações.<br />

Cientistas têm encontrado <strong>na</strong>s<br />

rochas gr<strong>and</strong>es depósit<strong>os</strong> de <strong>os</strong>s<strong>os</strong> de<br />

din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>, que sofreram mineralização<br />

e ficaram preservad<strong>os</strong>. Esses <strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />

petrificad<strong>os</strong> são chamad<strong>os</strong> de fósseis.<br />

Havendo suficientes <strong>os</strong>s<strong>os</strong> f<strong>os</strong>silizad<strong>os</strong><br />

de <strong>um</strong> animal, cientistas poderão<br />

reconstruí-lo. Até 1990, haviam sido<br />

reconstruíd<strong>os</strong> 197 esquelet<strong>os</strong> complet<strong>os</strong><br />

de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>. 3 Desde então, muit<strong>os</strong><br />

mais foram também.<br />

Ao estudar <strong>os</strong> <strong>os</strong>s<strong>os</strong>, <strong>os</strong> cientistas<br />

desenvolveram <strong>um</strong> sistema de classificação<br />

a partir de estruturas ósseas<br />

peculiares a esse grupo de animais.<br />

Considere-se, por exemplo, que <strong>os</strong> crâni<strong>os</strong><br />

de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> apresentam orifíci<strong>os</strong><br />

Pegadas de terópodes – din<strong>os</strong>sauro carnívoro – no Parque Estadual de Glen R<strong>os</strong>e,<br />

Texas, EUA. Fotografia – cortesia da autora<br />

DIÁLOGO 18•3 2006


não encontrad<strong>os</strong> em répteis ou mamífer<strong>os</strong>,<br />

que o tornozelo é comp<strong>os</strong>to de<br />

<strong>um</strong>a junta única, e que as vértebras são<br />

diferentes das de outr<strong>os</strong> organism<strong>os</strong>. 4<br />

O exame da estrutura inter<strong>na</strong> d<strong>os</strong> <strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />

sugere que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> constituem<br />

<strong>um</strong> grupo peculiar de animais, bastante<br />

distinto d<strong>os</strong> mamífer<strong>os</strong> e d<strong>os</strong> répteis.<br />

Gr<strong>and</strong>e parte da estrutura óssea apresenta<br />

rep<strong>os</strong>ição celular que a preserva ao<br />

se tor<strong>na</strong>r <strong>um</strong> fóssil. 5 Os detalhes micr<strong>os</strong>cópic<strong>os</strong><br />

observad<strong>os</strong> indicam linhas de<br />

crescimento e vesículas n<strong>os</strong> <strong>os</strong>s<strong>os</strong>, combi<strong>na</strong>ção<br />

de características peculiares d<strong>os</strong><br />

din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> não encontrada em répteis<br />

ou mamífer<strong>os</strong>, embora alguns aleguem<br />

certa semelhança entre Coelophysids e<br />

aves.<br />

Os din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> foram classificad<strong>os</strong><br />

em dois grup<strong>os</strong> distint<strong>os</strong> em função de<br />

sua estrutura pélvica. O primeiro grupo<br />

abrange <strong>os</strong> terópodes ou din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

carnívor<strong>os</strong>, e <strong>os</strong> saurópodes, din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

de gr<strong>and</strong>e porte, com pescoço e cauda<br />

c<strong>um</strong>prid<strong>os</strong> e estrutura pélvica semelhante<br />

a d<strong>os</strong> répteis. O segundo grupo<br />

engloba tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> outr<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

que têm <strong>os</strong>s<strong>os</strong> pélvic<strong>os</strong> semelhantes<br />

a<strong>os</strong> das aves. As estruturas pélvicas d<strong>os</strong><br />

Assine Diálogo<br />

din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> são peculiares, apesar da sua<br />

semelhança com as de outr<strong>os</strong> animais. 6<br />

Têm surgido problemas no sistema<br />

de classificação d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> devido<br />

à dificuldade de se distinguir entre<br />

gêner<strong>os</strong> e espécies. Em 1990, 45% d<strong>os</strong><br />

285 gêner<strong>os</strong> de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> haviam sido<br />

identificad<strong>os</strong> a partir de <strong>um</strong> único <strong>os</strong>so.<br />

Muitas pessoas são céticas a respeito<br />

dessas identificações. Os pesquisadores<br />

também se preocupam com as classificações<br />

que foram desenvolvidas <strong>para</strong> <strong>os</strong><br />

din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>, pois muit<strong>os</strong> gêner<strong>os</strong> têm<br />

ape<strong>na</strong>s <strong>um</strong>a espécie. Eles suspeitam que<br />

alguns desses gêner<strong>os</strong> são <strong>na</strong> realidade<br />

somente espécies de gêner<strong>os</strong> descrit<strong>os</strong>. 7<br />

Apesar dessas dificuldades, há considerável<br />

material <strong>para</strong> sugerir que existiu<br />

ampla variedade de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>.<br />

Os assunt<strong>os</strong> aqui discutid<strong>os</strong> sugerem<br />

que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> foram criaturas<br />

peculiares e, como tais, poderiam bem<br />

representar <strong>um</strong>a “espécie” criada, como<br />

relatado no livro de Gênesis. A variedade,<br />

a distribuição e a combi<strong>na</strong>ção d<strong>os</strong><br />

traç<strong>os</strong> e características d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

sugerem a p<strong>os</strong>sibilidade do cruzamento<br />

entre eles, tal como ocorre agora com<br />

cães ou flores; entretanto, a variedade<br />

Você quer ser <strong>um</strong> pensador e não meramente <strong>um</strong> refletor do pensamento de outras pessoas? A<br />

DIÁLOGO continuará a desafiá-lo a pensar criticamente, como <strong>um</strong> cristão. Fique em contato com o<br />

melhor da ação e do pensamento adventista ao redor do mundo. Entre <strong>na</strong> DIÁLOGO.<br />

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de espécies é bem mais fácil de ser realizada<br />

do que a variedade encontrada<br />

entre famílias de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>, da mesma<br />

forma como a origem de <strong>um</strong>a nova<br />

classe de organism<strong>os</strong>.<br />

Para <strong>os</strong> que pensam que <strong>os</strong> <strong>os</strong>s<strong>os</strong> de<br />

din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> são fraudes, existem dad<strong>os</strong><br />

adicio<strong>na</strong>is que sugerem o contrário.<br />

Alguns <strong>os</strong>s<strong>os</strong> fósseis são encontrad<strong>os</strong><br />

com impressões deixadas pela pele, e<br />

n<strong>os</strong> oferecem informação adicio<strong>na</strong>l<br />

sobre a aparência desses organism<strong>os</strong>. Se<br />

<strong>os</strong> <strong>os</strong>s<strong>os</strong> f<strong>os</strong>sem <strong>um</strong>a fraude, teria sido<br />

muito difícil incluir aquelas impressões<br />

de pele no <strong>os</strong>so que se encontrava ainda<br />

inserido <strong>na</strong> rocha.<br />

Se eles f<strong>os</strong>sem <strong>um</strong>a fraude, o fraudador<br />

teria também de ter criado as<br />

pegadas. As informações obtidas a partir<br />

das pegadas são mais interessantes. 8 As<br />

pegadas aparecem em variad<strong>os</strong> tamanh<strong>os</strong><br />

e formas. Qu<strong>and</strong>o <strong>os</strong> rastr<strong>os</strong> têm<br />

suficiente extensão, podem ser determi<strong>na</strong>d<strong>os</strong><br />

<strong>os</strong> pass<strong>os</strong> e a maneira de <strong>and</strong>ar do<br />

din<strong>os</strong>sauro. A maioria das pegadas indica<br />

que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> estavam <strong>and</strong><strong>and</strong>o<br />

e não correndo, e pareciam mancar. É<br />

difícil determi<strong>na</strong>r por que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

estariam manc<strong>and</strong>o. Poderiam estar<br />

machucad<strong>os</strong>, carreg<strong>and</strong>o seus filhotes<br />

ou comida. Qualquer que seja a explicação,<br />

a presença das pegadas confirma<br />

que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> realmente estavam<br />

viv<strong>os</strong> e moviment<strong>and</strong>o-se. É interessante<br />

observar que <strong>os</strong> pesquisadores não<br />

descobriram ainda nenh<strong>um</strong> din<strong>os</strong>sauro<br />

morto junto às suas pegadas. Camadas<br />

de <strong>os</strong>s<strong>os</strong> de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> são encontradas<br />

em camadas acima e abaixo, mas não<br />

junto com as pegadas.<br />

Alg<strong>um</strong>as trilhas apresentam pegadas<br />

gr<strong>and</strong>es juntamente com outras<br />

peque<strong>na</strong>s 9 , o que sugere <strong>um</strong> b<strong>and</strong>o<br />

de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>. Alguns pesquisadores<br />

supõem que esses b<strong>and</strong><strong>os</strong> estavam<br />

seguindo <strong>um</strong>a rota <strong>na</strong>tural de migração,<br />

enquanto outr<strong>os</strong> poderão não<br />

concordar com essa conclusão. Dentro<br />

do contexto bíblico da história da<br />

Terra, a movimentação d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

pode refletir resp<strong>os</strong>tas de sobrevivência<br />

e fatores de pressão relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong><br />

com modificações <strong>na</strong> terra e <strong>na</strong>s<br />

10 DIÁLOGO 18•3 2006


águas do dilúvio subindo e descendo.<br />

Fi<strong>na</strong>lmente, existem evidências da<br />

reprodução de populações de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>.<br />

Ninh<strong>os</strong>, ov<strong>os</strong>, embriões e filhotes<br />

têm sido registrad<strong>os</strong>. 10 Existem mais<br />

de 200 locais com ov<strong>os</strong>, ao redor do<br />

mundo. Embriões e filhotes são rar<strong>os</strong>.<br />

A existência desses depósit<strong>os</strong> indica que<br />

pelo men<strong>os</strong> alguns din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> estavam<br />

se reproduzindo.<br />

Os pesquisadores nem sempre conseguem<br />

dizer quais din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> puseram<br />

quais ov<strong>os</strong>. No início do século<br />

20, pensou-se que ov<strong>os</strong> descobert<strong>os</strong><br />

<strong>na</strong> Mongólia eram do Protoceratops, o<br />

din<strong>os</strong>sauro herbívoro domi<strong>na</strong>nte <strong>na</strong><br />

região. 11 No fi<strong>na</strong>l d<strong>os</strong> an<strong>os</strong> 1900, porém,<br />

foi descoberto outro ninho com <strong>os</strong><br />

<strong>os</strong>s<strong>os</strong> do pequeno predador Oviraptor,<br />

em cima d<strong>os</strong> ov<strong>os</strong>. Além disso, escane<strong>and</strong>o-se<br />

<strong>um</strong> ovo, foi descoberto <strong>um</strong><br />

embrião de Oviraptor. Os depósit<strong>os</strong> da<br />

Mongólia despertam muitas perguntas.<br />

Por que o Oviraptor sentaria no ninho<br />

enquanto ele estava sendo soterrado<br />

por <strong>um</strong>a tempestade de areia? Teria ele<br />

se afogado em <strong>um</strong>a lagoa entre du<strong>na</strong>s<br />

durante <strong>um</strong>a repenti<strong>na</strong> chuva pesada?<br />

Sentou-se no ninho por que ele era de<br />

sangue quente? Quant<strong>os</strong> estavam sentad<strong>os</strong><br />

sobre <strong>os</strong> ov<strong>os</strong>? Quant<strong>os</strong> ninh<strong>os</strong><br />

existiam?<br />

Muitas perguntas permanecem sem<br />

resp<strong>os</strong>tas, mas o vol<strong>um</strong>e de dad<strong>os</strong> disponíveis<br />

confirma que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

realmente existiram.<br />

Qu<strong>and</strong>o <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> existiram?<br />

Não são tão conclusivas as evidências<br />

sobre qu<strong>and</strong>o <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> existiram.<br />

Eles são encontrad<strong>os</strong> <strong>na</strong>s camadas<br />

mesozóicas do registro fóssil (colu<strong>na</strong><br />

geológica). Datações radiométricas de<br />

camadas associadas de lava e de cinza<br />

vulcânica indicam que eles viveram<br />

entre 65 e 225 milhões de an<strong>os</strong> atrás,<br />

bem além das idades bíblicas aceitas.<br />

(De acordo com a datação radiométrica,<br />

pensa-se que a Terra tenha entre 4,6 a<br />

4,7 bilhões de an<strong>os</strong>).<br />

Os primeir<strong>os</strong> registr<strong>os</strong> de <strong>os</strong>s<strong>os</strong> de<br />

din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> em rochas foram feit<strong>os</strong> <strong>na</strong><br />

mesma unidade do Período Triássico (o<br />

DIÁLOGO 18•3 2006<br />

Carniano) em quatro continentes. 12 O<br />

surgimento diversificado e espalhado de<br />

din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> no registro fóssil é difícil de<br />

explicar pela atual teoria da evolução.<br />

Essa dificuldade raramente é trazida à<br />

atenção do público, o que de fato não é<br />

incom<strong>um</strong>, pois ninguém g<strong>os</strong>ta de falar<br />

sobre o que não sabe.<br />

É importante lembrar que as datas<br />

radiométricas não constituem dad<strong>os</strong><br />

(fat<strong>os</strong> reais); elas exprimem o resultado<br />

de cálcul<strong>os</strong> matemátic<strong>os</strong> basead<strong>os</strong> <strong>na</strong><br />

distribuição de materiais radioativ<strong>os</strong><br />

<strong>na</strong>s rochas. 13 O tempo aí não é medido<br />

diretamente, mas corresponde ao expoente<br />

<strong>na</strong> expressão que dá a incli<strong>na</strong>ção<br />

da linha gerada pela distribuição d<strong>os</strong><br />

isótop<strong>os</strong>. Essa distribuição baseia-se<br />

<strong>na</strong>s propriedades físicas e químicas do<br />

interior do corpo roch<strong>os</strong>o fundido.<br />

Conseqüentemente, o relato bíblico<br />

da história da Terra é igualmente legítimo<br />

como fonte de dad<strong>os</strong> relativ<strong>os</strong> ao<br />

tempo.<br />

Em res<strong>um</strong>o, exatamente como <strong>os</strong><br />

cientistas acreditam que p<strong>os</strong>suem <strong>um</strong><br />

modo confiável <strong>para</strong> medir períod<strong>os</strong> de<br />

tempo no registro das rochas, muit<strong>os</strong><br />

cristã<strong>os</strong> acreditam que p<strong>os</strong>suem <strong>um</strong>a<br />

fonte de informação confiável (a Bíblia)<br />

<strong>para</strong> a idade da vida <strong>na</strong> Terra – conseqüentemente,<br />

permanece controvertida<br />

a determi<strong>na</strong>ção precisa da idade d<strong>os</strong><br />

din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>.<br />

Os din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> conviveram com<br />

<strong>os</strong> seres h<strong>um</strong>an<strong>os</strong>? Como?<br />

A crença de que din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> e seres<br />

h<strong>um</strong>an<strong>os</strong> conviveram <strong>na</strong> Terra não se<br />

baseia em evidências científicas (elas não<br />

existem), mas sim <strong>na</strong> confiança dep<strong>os</strong>itada<br />

<strong>na</strong> palavra inspirada de Deus. A<br />

crença de que Deus criou tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> seres<br />

viv<strong>os</strong> e que eles eram bons, bem como a<br />

crença de que não houve “derramamento<br />

de sangue”, predação, <strong>na</strong> Terra antes<br />

do ser h<strong>um</strong>ano pecar, induz muit<strong>os</strong> a<br />

crer que din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> e pessoas podem<br />

ter convivido pacificamente.<br />

É importante observar que nem tod<strong>os</strong><br />

<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> eram de gr<strong>and</strong>e porte,<br />

carnívor<strong>os</strong>. 14 Metade das famílias de<br />

din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> era do porte de <strong>um</strong>a girafa<br />

adulta (cerca de sete metr<strong>os</strong> de altura),<br />

ou menor, alguns tendo o tamanho<br />

de <strong>um</strong> cachorro gr<strong>and</strong>e. Além disso, a<br />

maioria d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> era herbívora.<br />

De alg<strong>um</strong>a forma seria Satanás<br />

responsável pela origem d<strong>os</strong><br />

din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>?<br />

Alteraria Satanás o DNA de alguns<br />

animais <strong>para</strong> dar origem a<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>?<br />

São <strong>os</strong> seres h<strong>um</strong>an<strong>os</strong> responsáveis<br />

por essa origem? Teriam <strong>os</strong> seres<br />

h<strong>um</strong>an<strong>os</strong> manipulado geneticamente <strong>os</strong><br />

primeir<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>? Em minha opinião,<br />

a resp<strong>os</strong>ta a todas essas questões é<br />

“NÃO!” Os din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> eram organism<strong>os</strong><br />

peculiares, que tinham estruturas<br />

e traç<strong>os</strong> própri<strong>os</strong>. Isso significa que sua<br />

origem requereria mais do que misturas<br />

ou alterações; exigiria novas informações,<br />

<strong>um</strong>a atividade criadora que a<br />

maioria d<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> acredita residir<br />

somente no poder de Deus.<br />

Foram <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

hibridizad<strong>os</strong> a partir de outras<br />

espécies de animais?<br />

O cruzamento sugerido por alguns<br />

cristã<strong>os</strong> <strong>para</strong> a origem d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

exigiria descendência viável a partir da<br />

miscige<strong>na</strong>ção de mamífer<strong>os</strong> e répteis,<br />

dois fil<strong>os</strong> distint<strong>os</strong>. Em n<strong>os</strong>so mundo<br />

Assi<strong>na</strong>tura<br />

gratuita <strong>para</strong><br />

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universidade!<br />

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da instituição. Cuidarem<strong>os</strong> do resto! As<br />

cartas devem ser endereçadas a: Dialogue<br />

Editor-in-Chief; 12501 Old Col<strong>um</strong>bia Pike;<br />

Silver Spring, MD 20904-6600; EUA.<br />

11


não é p<strong>os</strong>sível a hibridização de fil<strong>os</strong>.<br />

Cruzamento de espécies são bastante<br />

comuns; entretanto, existem limites<br />

<strong>para</strong> aquele tipo de cruzamento. 15<br />

Então Deus realmente criou <strong>os</strong><br />

din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>?<br />

Por que <strong>um</strong> Deus de amor criaria o<br />

Tyrann<strong>os</strong>aurus rex? Este animal viveu no<br />

jardim do Éden? A partir d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> que<br />

tem<strong>os</strong>, é razoável supor que Deus criou<br />

alg<strong>um</strong> ou alguns tip<strong>os</strong> básic<strong>os</strong> de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>.<br />

Ainda mais, alg<strong>um</strong>a variedade<br />

de terópodes, que poderia ter incluído o<br />

Tyrann<strong>os</strong>aurus rex.<br />

Entretanto, <strong>na</strong> perspectiva bíblica,<br />

seria difícil acreditar que <strong>os</strong> animais no<br />

Éden eram carnívor<strong>os</strong>. A alteração de<br />

sua dieta teria ocorrido após a Queda.<br />

O que exterminou <strong>os</strong><br />

din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>?<br />

Muitas teorias foram prop<strong>os</strong>tas <strong>para</strong><br />

a extinção d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>: 16 (1) <strong>um</strong>a<br />

drástica mudança climática devido ao<br />

impacto de <strong>um</strong> asteróide ou ao a<strong>um</strong>ento<br />

de vulcanismo, ou amb<strong>os</strong>; (2) <strong>um</strong><br />

rompimento <strong>na</strong> cadeia alimentar; ou (3)<br />

a evolução d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> <strong>para</strong> aves.<br />

Muit<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> não crêem que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

evoluíram <strong>para</strong> aves, e comprovou-se<br />

a dificuldade <strong>para</strong> doc<strong>um</strong>entar o<br />

rompimento <strong>na</strong> cadeia alimentar.<br />

A destruição d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> pelo<br />

dilúvio adapta-se à perspectiva da<br />

Bíblia. O sepultamento d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

em gr<strong>and</strong>e variedade de sediment<strong>os</strong><br />

dep<strong>os</strong>itad<strong>os</strong> pela água ao redor de todo<br />

o mundo 17 é compatível com o relato<br />

bíblico. A complexidade do dilúvio<br />

bíblico pode ter desempenhado importante<br />

<strong>papel</strong> <strong>na</strong> destruição da Terra e d<strong>os</strong><br />

organism<strong>os</strong>.<br />

Se <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> foram criad<strong>os</strong><br />

por Deus, por que foram<br />

extint<strong>os</strong>?<br />

N<strong>um</strong>er<strong>os</strong><strong>os</strong> organism<strong>os</strong>, que <strong>os</strong><br />

cristã<strong>os</strong> crêem terem sido criad<strong>os</strong> por<br />

Deus, foram extint<strong>os</strong>. Os sistemas<br />

oceânic<strong>os</strong> alteraram-se de forma impressio<strong>na</strong>nte<br />

desde o mundo pré-diluviano.<br />

Populações de inset<strong>os</strong>, anfíbi<strong>os</strong>, répteis<br />

e mamífer<strong>os</strong> são hoje radicalmente<br />

diferentes. Nem tudo que Deus criou<br />

sobreviveu até hoje – resultado do pecado<br />

h<strong>um</strong>ano não da vontade divi<strong>na</strong>.<br />

Deus atuou continuamente <strong>para</strong> salvar<br />

vidas, como se vê ao longo de todo<br />

o relato bíblico do dilúvio. Infelizmente,<br />

nem tudo que foi salvo pôde sobreviver<br />

no mundo pós-diluviano.<br />

Havia din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> <strong>na</strong> arca?<br />

Pelo men<strong>os</strong> metade das famílias d<strong>os</strong><br />

din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> poderia estar dentro da<br />

arca, pois eram suficientemente pequen<strong>os</strong>.<br />

Além disso, é importante lembrar<br />

que nem todas as espécies tinham de<br />

estar <strong>na</strong> arca. Eram necessárias espécies<br />

representativas, ou tip<strong>os</strong> básic<strong>os</strong>, pois<br />

reconhecem<strong>os</strong> que existe variedades<br />

pelo men<strong>os</strong> dentro de gêner<strong>os</strong> (grup<strong>os</strong><br />

de espécies). Entretanto, é importante<br />

lembrar que não existem dad<strong>os</strong> científic<strong>os</strong><br />

<strong>para</strong> sustentar essa idéia. A crença<br />

de que <strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> estavam <strong>na</strong> arca<br />

de Noé é <strong>um</strong>a declaração de fé.<br />

Conclusão<br />

Alguém poderá pensar que essas questões<br />

são ridículas. Entretanto, <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong><br />

fazem essas indagações porque desejam<br />

<strong>um</strong>a explicação da <strong>na</strong>tureza que se harmonize<br />

com o relato bíblico da história<br />

da Terra. Embora as resp<strong>os</strong>tas aqui<br />

apresentadas p<strong>os</strong>sam não satisfazer totalmente<br />

a tod<strong>os</strong>, pelo men<strong>os</strong> elas provêem<br />

<strong>um</strong>a base <strong>para</strong> discussão e estud<strong>os</strong><br />

p<strong>os</strong>teriores.<br />

Ainda existem muitas maravilhas <strong>para</strong><br />

conhecer sobre a obra criadora de Deus.<br />

A promessa divi<strong>na</strong> é que as conhecerem<strong>os</strong><br />

diretamente do Mestre eterno, <strong>na</strong><br />

Terra renovada. Até lá, como cristã<strong>os</strong>,<br />

som<strong>os</strong> motivad<strong>os</strong> a pesquisar e estudar a<br />

história da Terra com o auxílio do relato<br />

bíblico e da inspiração do Espírito<br />

Santo.<br />

Elaine Graham-Kennedy (Ph.D.,<br />

Universidade do Sul da Califórnia)<br />

é geóloga e tem focalizado suas<br />

pesquisas no Gr<strong>and</strong> Canyon,<br />

Arizo<strong>na</strong>, e <strong>na</strong> Patagônia, Argenti<strong>na</strong>.<br />

Atualmente está estud<strong>and</strong>o <strong>um</strong>a<br />

camada de <strong>os</strong>s<strong>os</strong> de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong><br />

no leste de Wyoming, e trabalh<strong>and</strong>o<br />

como professora adjunta de<br />

Geologia <strong>na</strong> Universidade Adventista<br />

Southwestern, em Keene, Texas.<br />

Recentemente publicou o livro<br />

Din<strong>os</strong>aurs: Where Did They Come<br />

From ... And Where Did They Go?<br />

(Boise, Idaho: Pacific Press Publishing<br />

Association, 2006), que está disponível<br />

no endereço http://www.<br />

adventbookcenter.com. Seu e-mail é<br />

elainekennedy@gmail.com<br />

REFERÊNCIAS<br />

1. K. Carpenter, K. Hirsch, <strong>and</strong> J. Horner.<br />

Din<strong>os</strong>aur Eggs <strong>and</strong> Babies. Nova Iorque:<br />

Cambridge University Press, 2000. p. 372.<br />

2. M. Lockley. Tracking Din<strong>os</strong>aurs. Nova Iorque:<br />

Cambridge University Press, 1991. p. 238.<br />

3. D. Lambert <strong>and</strong> the Diagram Group. Din<strong>os</strong>aur<br />

Data Book. Nova Iorque: Avon Book, 1990. p.<br />

320.<br />

4. A. Romer. Vertebrate Paleontology. Chicago:<br />

University of Chicago Press, 1996. p. 468.<br />

5. A. Chinsamy-Turan. The Micr<strong>os</strong>tructure of<br />

Din<strong>os</strong>aur Bone. Baltimore: Johns Hopkins<br />

University Press, 2005. p.216.<br />

6. A. Romer. pp. 148-163.<br />

7. P. Dodson. “Counting Din<strong>os</strong>aurs: How Many<br />

Kinds Were There?”. In: Proceedings of the<br />

Natio<strong>na</strong>l Academy of Sciences 87, 1900. pp.<br />

7608-7612.<br />

8. M. Lockley. pp. 61-70.<br />

9. Ibidem. pp. 71-82.<br />

10. K. Carpenter, et al., p. 372.<br />

11. Disponível em: .<br />

12. A. Hunt. “Synchronous First Appearance of<br />

Din<strong>os</strong>aurs Worldwide During the Late Triassic<br />

(Late Carnian: Tuvalian)”. In: Geological Society<br />

of America, Abstracts with Program, 1991. p.<br />

A457.<br />

13. G. Faure. Principles of Isotope Geology. Nova<br />

Iorque: John Wiley <strong>and</strong> Sons, 1986. p. 608.<br />

14. Lambert, et al., p. 320.<br />

15. J. Gibson. “Creation <strong>and</strong> Evolution: A Look at<br />

the Evidence” (1999). Disponível em: .<br />

16. Artigo anônimo res<strong>um</strong>indo n<strong>um</strong>er<strong>os</strong>as explicações<br />

dadas <strong>para</strong> a extinção d<strong>os</strong> din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong>.<br />

Disponível em: .<br />

17. Lambert, et al., pp. 230-261.<br />

12 DIÁLOGO 18•3 2006


1844: coincidência ou providência?<br />

Ron du Preez<br />

Muit<strong>os</strong> d<strong>os</strong> gr<strong>and</strong>es<br />

moviment<strong>os</strong> globais que<br />

surgiram por volta de 1844<br />

desafiaram importantes<br />

verdades de Deus.<br />

Foram <strong>os</strong> event<strong>os</strong> ocorrid<strong>os</strong> no ano de<br />

1844 ape<strong>na</strong>s <strong>um</strong> acidente? Ou tem esse<br />

ano <strong>um</strong> significado mais profundo <strong>na</strong><br />

compreensão bíblica do plano de Deus<br />

<strong>na</strong> história da redenção? Como <strong>adventistas</strong><br />

do sétimo dia, deveríam<strong>os</strong> aceitar<br />

a segunda p<strong>os</strong>ição. Para nós, 1844 é o<br />

ano em que terminou a profecia d<strong>os</strong><br />

2300 dias de Daniel 8:14, o marco que<br />

assi<strong>na</strong>la o início do julgamento préadvento<br />

no céu, e a culmi<strong>na</strong>ção do mais<br />

longo período profético da Bíblia, proclam<strong>and</strong>o<br />

ao mundo que o fim não vai<br />

demorar e que a segunda vinda de Jesus<br />

está próxima.<br />

O que muit<strong>os</strong> não sabem, inclusive<br />

entre <strong>os</strong> <strong>adventistas</strong>, é que 1844 é<br />

importante não ape<strong>na</strong>s em relação à história<br />

sagrada, mas também em relação a<br />

outr<strong>os</strong> event<strong>os</strong> mundiais de gr<strong>and</strong>e magnitude<br />

que fazem desse ano <strong>um</strong>a espécie<br />

de divisor de águas. Antes, porém,<br />

vam<strong>os</strong> traçar a importância de 1844<br />

<strong>para</strong> a Igreja Adventista do Sétimo Dia.<br />

De <strong>um</strong> gr<strong>and</strong>e erro a <strong>um</strong>a<br />

poder<strong>os</strong>a mensagem<br />

Por volta de 1840, muit<strong>os</strong> pregadores<br />

pelo mundo estavam proclam<strong>and</strong>o que<br />

Jesus estava <strong>para</strong> voltar. O pesquisador<br />

Le Roy Edwin Froom indica que entre<br />

esses pregadores, de várias denomi<strong>na</strong>ções<br />

cristãs, havia branc<strong>os</strong>, negr<strong>os</strong>, mulheres e<br />

até mesmo crianças. Houve <strong>um</strong>a garota<br />

do campo <strong>na</strong> Europa que atraiu de três a<br />

quatro mil pessoas ao pregar sobre o fim<br />

do mundo. Gr<strong>and</strong>e foi o impacto que<br />

ela exerceu <strong>na</strong> vida de muit<strong>os</strong>. 1<br />

N<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>, foi a pregação<br />

e <strong>os</strong> escrit<strong>os</strong> de Guilherme Miller, <strong>um</strong><br />

fazendeiro que se tornou pregador, que<br />

despertou a paixão tanto de crentes<br />

qu<strong>and</strong>o de descrentes. Miller e seus<br />

associad<strong>os</strong> proclamavam a seguinte mensagem:<br />

“Assim como o primeiro advento<br />

de Jesus Cristo foi predito em Daniel<br />

9, Seu segundo advento é identificado<br />

em Daniel 8:14. Visto que a terra deve<br />

ser o ‘santuário’ a ser ‘purificado’, isso<br />

vai acontecer por meio do fogo qu<strong>and</strong>o<br />

Jesus voltar. Começ<strong>and</strong>o com 457 a.C.,<br />

a profecia d<strong>os</strong> 2300 dias/an<strong>os</strong> de Daniel<br />

8:14 culmi<strong>na</strong>rá ao redor de 1843-1844.<br />

Jesus virá outra vez por volta desse<br />

tempo. Portanto, prepare-se <strong>para</strong> encontrá-Lo!<br />

Sua volta será <strong>um</strong> evento literal<br />

e visível que precederá o milênio.” Essa<br />

era a essência da proclamação milerita.<br />

Vinte e dois de outubro de 1844 foi<br />

fi<strong>na</strong>lmente estabelecido como o dia em<br />

que a profecia termi<strong>na</strong>ria. Aquele era o<br />

dia em que a terra seria purificada pelo<br />

retorno de Jesus. Milhares de mileritas,<br />

vári<strong>os</strong> milhares, aguardaram pacientemente,<br />

fervor<strong>os</strong>amente, até que o dia<br />

chegou. Então eles esperaram o dia<br />

inteiro, mas Jesus não veio, deix<strong>and</strong>o<strong>os</strong><br />

profundamente desapontad<strong>os</strong>. Eles<br />

foram forçad<strong>os</strong> a admitir que alg<strong>um</strong>a<br />

coisa havia saído errado.<br />

Uns pouc<strong>os</strong> dentre <strong>os</strong> desapontad<strong>os</strong><br />

estudaram as Escrituras ainda com mais<br />

fervor. Não demorou <strong>para</strong> que aprendessem<br />

que embora a data de 22 de outubro<br />

de 1844 estivesse correta, o evento<br />

estava errado. Esses crentes entenderam<br />

que o santuário a ser purificado não<br />

estava <strong>na</strong> terra, mas no céu. Jesus havia<br />

entrado no santo d<strong>os</strong> sant<strong>os</strong> do santuário<br />

celestial <strong>para</strong> dar início a Sua obra<br />

de julgamento. Como Ellen White mais<br />

tarde declarou: “O assunto do santuário<br />

foi a chave que desvendou o mistério do<br />

desapontamento de 1844.” 2<br />

Ángel Manuel Rodríguez comenta:<br />

“Tendo completado <strong>na</strong> terra a obra<br />

<strong>para</strong> a qual viera (João 17:4, 5; 19:30),<br />

Cristo ‘foi elevado ao céu’ (At<strong>os</strong> 1:11)<br />

<strong>para</strong> ‘salvar definitivamente aqueles<br />

que, por meio dEle, aproximam-se de<br />

Deus, pois vive sempre <strong>para</strong> interceder<br />

por eles’ (Hebreus 7:25), até que em<br />

Sua segunda vinda Ele vai aparecer ‘não<br />

<strong>para</strong> tirar o pecado, mas <strong>para</strong> trazer<br />

salvação a<strong>os</strong> que O aguardam’ (Hebreus<br />

9:28). Entre esses dois pól<strong>os</strong>, a cruz e o<br />

glori<strong>os</strong>o retorno do Senhor, Cristo atua<br />

como sacerdote real ‘no santuário, no<br />

verdadeiro tabernáculo que o Senhor<br />

erigiu, e não o homem’ (Hebreus 8:2),<br />

o advogado (I João 2:1) e intercessor<br />

daqueles que nEle crêem (Roman<strong>os</strong><br />

8:34). Como n<strong>os</strong>so S<strong>um</strong>o Sacerdote,<br />

Cristo está ministr<strong>and</strong>o <strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> de<br />

Seu sacrifício àqueles que vêm a Ele, <strong>um</strong><br />

ministério tão essencial à n<strong>os</strong>sa salvação<br />

como Sua morte substitutiva.” 3<br />

Assim, o gr<strong>and</strong>e desapontamento de<br />

22 de outubro de 1844 se tornou <strong>um</strong>a<br />

poder<strong>os</strong>a mensagem. É verdade que<br />

Jesus não veio como <strong>os</strong> mileritas pensavam.<br />

Mas, <strong>um</strong> pequeno grupo de crentes<br />

desapontad<strong>os</strong> descobriram nova luz<br />

bíblica – a verdade de que Cristo entrou<br />

<strong>na</strong> fase fi<strong>na</strong>l de Seu ministério s<strong>um</strong><strong>os</strong>acerdotal<br />

no santuário celestial, após<br />

o qual Ele vai fi<strong>na</strong>lmente voltar <strong>para</strong><br />

redimir Seu povo. Assim <strong>na</strong>sceu a Igreja<br />

Adventista do Sétimo Dia, com sua fé<br />

firmemente ancorada no breve retorno<br />

de Jesus e com o compromisso de pregar<br />

toda a verdade em Jesus. O ano de 1844<br />

é, de fato, importante <strong>para</strong> o <strong>na</strong>scimento<br />

do adventismo.<br />

Mas, 1844 é de interesse em outras<br />

áreas também. Moviment<strong>os</strong> surpreendentes<br />

e destrutiv<strong>os</strong> à fé surgiram no<br />

panorama mundial <strong>na</strong> mesma época,<br />

form<strong>and</strong>o <strong>um</strong> cenário de desafio e<br />

urgência <strong>para</strong> a proclamação adventista,<br />

e cham<strong>and</strong>o <strong>os</strong> habitantes do mundo a<br />

olhar <strong>para</strong> a genuí<strong>na</strong> verdade acerca de<br />

Deus e Seu <strong>papel</strong> no fi<strong>na</strong>l da história<br />

h<strong>um</strong>a<strong>na</strong>. Exami<strong>na</strong>rem<strong>os</strong> três desses<br />

moviment<strong>os</strong>.<br />

O surgimento do marxismo<br />

Em ag<strong>os</strong>to de 1844, Frederick Engels<br />

se encontrou com Karl Marx em Paris<br />

e eles se tor<strong>na</strong>ram parceir<strong>os</strong> n<strong>um</strong>a luta<br />

revolucionária – “<strong>um</strong> relacio<strong>na</strong>mento<br />

duradouro que iria mudar o mundo”,<br />

como disse alguém. 4<br />

Enquanto <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> que acreditavam<br />

<strong>na</strong> Bíblia pregavam que Jesus logo iria<br />

voltar <strong>para</strong> levar Seu povo <strong>para</strong> o céu e<br />

pôr fim ao pecado e sofrimento e prover<br />

paz e felicidade eter<strong>na</strong>s, Marx e Engels<br />

estavam proclam<strong>and</strong>o que o caminho<br />

DIÁLOGO 18•3 2006<br />

13


<strong>para</strong> a verdadeira felicidade era elimi<strong>na</strong>r<br />

Deus da vida; que o caminho <strong>para</strong> a paz<br />

e segurança era através d<strong>os</strong> princípi<strong>os</strong><br />

do socialismo e comunismo; que eles<br />

podiam e haveriam de libertar <strong>os</strong> cativ<strong>os</strong><br />

do mundo e promover <strong>um</strong>a sociedade<br />

harmoni<strong>os</strong>a e sem divisão de classes <strong>na</strong><br />

terra. 5 Marx e Engels, portanto, tentaram<br />

direcio<strong>na</strong>r a esperança h<strong>um</strong>a<strong>na</strong><br />

<strong>para</strong> longe da segunda vinda de Cristo,<br />

<strong>para</strong> <strong>um</strong>a utopia comunista sob a qual<br />

milhões foram subjugad<strong>os</strong> <strong>na</strong> maior<br />

parte do século passado.<br />

No contexto desse desafio, o movimento<br />

do advento de 1844 foi conclamado<br />

a proclamar o evangelho eterno<br />

do santuário celestial onde todas as n<strong>os</strong>sas<br />

esperanças devem estar ancoradas.<br />

Dispensacio<strong>na</strong>lismo e falsas<br />

noções de salvação<br />

Enquanto o gr<strong>and</strong>e despertar do<br />

segundo advento estava se alastr<strong>and</strong>o<br />

por muit<strong>os</strong> países, <strong>um</strong> pregador evangélico<br />

europeu itinerante chamado John<br />

Nelson Darby começava a dissemi<strong>na</strong>r<br />

<strong>um</strong>a nova teoria acerca da segunda vinda<br />

de Jesus. Enquanto pregava <strong>na</strong> Suíça,<br />

Darby desenvolveu a teoria do “dispensacio<strong>na</strong>lismo”<br />

– <strong>um</strong>a teoria que divide<br />

a história em sete eras ou dispensações,<br />

desde a era da inocência antes da queda<br />

à era da restauração no fim d<strong>os</strong> temp<strong>os</strong>.<br />

Embora Darby insistisse que havia<br />

extraído sua doutri<strong>na</strong> do dispensacio<strong>na</strong>lismo<br />

da Bíblia somente, entre 1843 e<br />

1845 ele introduziu <strong>um</strong>a surpreendente<br />

inovação – o arrebatamento secreto. 6 A<br />

teoria do arrebatamento secreto ensi<strong>na</strong><br />

que Cristo virá em segredo, arrebatará <strong>os</strong><br />

sant<strong>os</strong> e <strong>os</strong> levará <strong>para</strong> o céu.<br />

Um comentário moderno desse arrebatamento<br />

secreto é a agora fam<strong>os</strong>a série<br />

de livr<strong>os</strong> Deixad<strong>os</strong> <strong>para</strong> Trás, da qual<br />

mais de sessenta milhões de cópias já<br />

foram vendidas em todo o mundo. Os<br />

autores desses livr<strong>os</strong> populares arg<strong>um</strong>entam<br />

que embora milhões serão deixad<strong>os</strong><br />

<strong>para</strong> trás durante o arrebatamento, eles<br />

não serão deixad<strong>os</strong> sem esperança. Eles<br />

terão <strong>um</strong>a segunda chance de salvação.<br />

Tim LaHaye e Jerry Jenkins, dois autores<br />

da série Deixad<strong>os</strong> <strong>para</strong> Trás, promovem<br />

diretamente a teoria da “segunda<br />

chance”:<br />

“Milhões de homens, mulheres,<br />

meni<strong>na</strong>s e menin<strong>os</strong> vão reconhecer que,<br />

embora eles perderam o arrebatamento<br />

e assim terão de enfrentar <strong>os</strong> terrores<br />

da tribulação, Deus ainda <strong>os</strong> chama,<br />

anel<strong>and</strong>o por vê-l<strong>os</strong> ao Seu lado... Nós<br />

crem<strong>os</strong> que esses ‘sant<strong>os</strong> da tribulação’<br />

podem muito bem ser contad<strong>os</strong> a<strong>os</strong><br />

bilhões. E não se esqueça: cada <strong>um</strong> desses<br />

nov<strong>os</strong> crentes terá sido deixado <strong>para</strong><br />

trás depois do arrebatamento precisamente<br />

porque ele ou ela tinha (até aquele<br />

ponto) rejeitado a oferta de salvação<br />

de Deus. Mas, mesmo então, o Senhor<br />

não desistirá dele.” 7<br />

Essa é a parte mais alarmante e<br />

perig<strong>os</strong>a da teoria do arrebatamento<br />

– a crença de que pessoas terão <strong>um</strong>a<br />

segunda chance de salvação. A Bíblia,<br />

porém, em nenh<strong>um</strong> lugar ensi<strong>na</strong> o<br />

arrebatamento secreto e muito men<strong>os</strong><br />

<strong>um</strong>a segunda chance de salvação após<br />

a morte. O ensino consistente da<br />

Escritura é que o segundo advento de<br />

Jesus vai ocorrer ape<strong>na</strong>s como <strong>um</strong> único<br />

gr<strong>and</strong>e evento: ele será pessoal e literal<br />

(At<strong>os</strong> 1:11), visível e audível (Apocalipse<br />

1:7; I Tessalonicenses 4:16), glori<strong>os</strong>o e<br />

triunfante (Mateus 24:30), cataclísmico<br />

(Daniel 2:44; 2 Pedro 3:10) e repentino<br />

(Mateus 24:38, 39, 42-44). Vári<strong>os</strong><br />

si<strong>na</strong>is, alguns d<strong>os</strong> quais inclusive já<br />

ocorreram, hão de preceder esse evento,<br />

no mundo <strong>na</strong>tural (Apocalipse 6:12-<br />

13), no mundo moral com o a<strong>um</strong>ento<br />

da ilegalidade e corações saturad<strong>os</strong> do<br />

pecado (Mateus 24:37-39), e no mundo<br />

religi<strong>os</strong>o com fals<strong>os</strong> profetas enga<strong>na</strong>ndo<br />

a muit<strong>os</strong> (vs. 24).<br />

Qu<strong>and</strong>o tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> si<strong>na</strong>is que apontam<br />

<strong>para</strong> o segundo advento tiverem sido<br />

c<strong>um</strong>prid<strong>os</strong>, então Jesus voltará – <strong>para</strong><br />

reunir Seu povo, <strong>para</strong> ressuscitar <strong>os</strong> just<strong>os</strong><br />

mort<strong>os</strong>, <strong>para</strong> transformar e receber<br />

tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> sant<strong>os</strong>, <strong>para</strong> destruir <strong>os</strong> poderes<br />

maus e pervers<strong>os</strong>, <strong>para</strong> vindicar o caráter<br />

de Deus, <strong>para</strong> restaurar a terra e <strong>para</strong><br />

restabelecer a comunhão com Deus! A<br />

linguagem bíblica acerca da segunda<br />

vinda não dá margem <strong>para</strong> <strong>um</strong> arrebatamento<br />

secreto.<br />

As Escrituras também não falam de<br />

<strong>um</strong>a segunda chance de salvação após a<br />

morte. A p<strong>os</strong>ição bíblica é clara: depois<br />

da morte, não há nenh<strong>um</strong>a p<strong>os</strong>sibilidade<br />

de <strong>um</strong>a segunda chance; existe<br />

ape<strong>na</strong>s <strong>um</strong> julgamento. “O homem está<br />

desti<strong>na</strong>do a morrer <strong>um</strong>a só vez e depois<br />

disso enfrentar o juízo” (Hebreus 9:27<br />

– NVI).<br />

Porém, quão sinistra e quão<br />

sutil é a teoria do arrebatamento.<br />

Definitivamente, trata-se de <strong>um</strong> atentado<br />

ao cristianismo, <strong>um</strong> assalto à preci<strong>os</strong>a<br />

doutri<strong>na</strong> da salvação e da segunda vinda<br />

de Cristo. 8<br />

Seria ape<strong>na</strong>s <strong>um</strong> acidente Deus ter<br />

escolhido o movimento do advento em<br />

1844, <strong>para</strong> proclamar as genuí<strong>na</strong>s verdades<br />

da segunda vinda e do juízo, mais<br />

ou men<strong>os</strong> <strong>na</strong> mesma época em que tais<br />

doutri<strong>na</strong>s enga<strong>na</strong>doras, como o arrebatamento<br />

secreto e o dispensacio<strong>na</strong>lismo,<br />

entraram em ce<strong>na</strong> no mundo?<br />

Darwin e o surgimento da<br />

evolução <strong>na</strong>turalística<br />

Depois de cinco an<strong>os</strong> de <strong>um</strong>a viagem<br />

científica a bordo do <strong>na</strong>vio HMS Beagle,<br />

Charles Darwin voltou <strong>para</strong> casa <strong>na</strong><br />

Inglaterra em 1836. A viagem o levou<br />

a “pensar muito acerca da religião” e<br />

ele começou a “descrer no cristianismo<br />

como <strong>um</strong>a revelação divi<strong>na</strong>”. 9 Mais<br />

tarde, Darwin declarou: “Em junho de<br />

1842, eu primeiro tive a satisfação de<br />

escrever <strong>um</strong> breve res<strong>um</strong>o da minha teoria<br />

[da evolução] a lápis em 35 pági<strong>na</strong>s;<br />

esse res<strong>um</strong>o foi ampliado no verão de<br />

1844 <strong>para</strong> 230 pági<strong>na</strong>s.” Assim começou<br />

A Origem das Espécies de Darwin,<br />

<strong>um</strong> livro que revolucionou o pensamento<br />

científico e marcou o início da negação<br />

do relato bíblico da criação.<br />

Todavia, <strong>na</strong>quele mesmo ano de<br />

1844, Deus estava trazendo à luz <strong>um</strong>a<br />

verdade bíblica por muito tempo negligenciada:<br />

o sábado, que celebra Deus<br />

como o Criador. Uma denomi<strong>na</strong>ção<br />

relativamente peque<strong>na</strong>, <strong>os</strong> Batistas<br />

do Sétimo Dia da América do Norte,<br />

haviam se preocupado bastante em<br />

1843 com a ameaça da recente legislação<br />

quanto ao domingo, que poderia afetar<br />

14 DIÁLOGO 18•3 2006


suas liberdades. Assim, eles se dedicaram<br />

a orar e a se envolver mais ativamente<br />

em favor do sábado do sétimo dia, se<strong>para</strong>ndo<br />

<strong>um</strong> dia em 1843 e, mais tarde,<br />

outro em 1844 <strong>para</strong> jej<strong>um</strong> e oração,<br />

<strong>para</strong> que Deus Se “levantasse e defendesse<br />

Seu santo sábado”.<br />

No inverno de 1844, <strong>um</strong>a senhora<br />

chamada Rachel Oakes, <strong>um</strong>a batista do<br />

sétimo dia de Nova Iorque, estava visit<strong>and</strong>o<br />

a filha em New Hampshire. Lá,<br />

ela visitou a Igreja Cristã Washington,<br />

onde <strong>um</strong> serviço de comunhão estava<br />

sendo ministrado por Frederick Wheeler,<br />

<strong>um</strong> ministro metodista que havia aceitado<br />

a mensagem milerita. A Sra. Oakes<br />

ficou surpresa ao ouvir Wheeler dizer:<br />

“Todo aquele que confessar comunhão<br />

com Cristo n<strong>um</strong>a cerimônia como esta<br />

deveria estar disp<strong>os</strong>to a obedecer a Deus<br />

e guardar Seus m<strong>and</strong>ament<strong>os</strong> em todas<br />

as coisas.” Qu<strong>and</strong>o o Pr. Wheeler visitou<br />

a família Oakes pouco tempo depois,<br />

a Sra. Oakes lhe disse que ela quase<br />

se levantara aquele dia <strong>na</strong> igreja <strong>para</strong><br />

lhe dizer que seria melhor <strong>para</strong> ele não<br />

participar da cerimônia enquanto ele<br />

mesmo não estivesse disp<strong>os</strong>to a guardar<br />

tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> m<strong>and</strong>ament<strong>os</strong> de Deus, incluindo<br />

o sábado.”<br />

Ao voltar <strong>para</strong> casa, Frederick Wheeler<br />

estudou sinceramente sua Bíblia, e alg<strong>um</strong>as<br />

sema<strong>na</strong>s depois, aceitou o ensino<br />

bíblico acerca da santidade do sétimo<br />

dia, o sábado, e pregou seu primeiro sermão<br />

sobre o assunto em março de 1844.<br />

Muit<strong>os</strong> membr<strong>os</strong> de sua igreja abraçaram<br />

a verdade do sábado. Das sessenta<br />

ou mais pessoas daquela vizinhança que<br />

experimentaram o gr<strong>and</strong>e desapontamento<br />

de 1844, <strong>um</strong>as quarenta aceitaram<br />

a doutri<strong>na</strong> do sábado e mais tarde<br />

se tor<strong>na</strong>ram membr<strong>os</strong> da primeira igreja<br />

adventista a guardar o sábado.<br />

Outro pregador milerita, <strong>um</strong> batista<br />

chamado Thomas Preble, ouviu que<br />

a mensagem do sábado estava sendo<br />

pregada em New Hampshire, e decidiu<br />

investigá-la. Ele também, em ag<strong>os</strong>to<br />

de 1844, abraçou a verdade do sábado.<br />

Cerca de quatro meses após o gr<strong>and</strong>e<br />

desapontamento, Preble escreveu <strong>um</strong><br />

artigo acerca do sábado no periódico<br />

DIÁLOGO 18•3 2006<br />

milerita The Hope of Israel. J<strong>os</strong>é Bates,<br />

<strong>um</strong> capitão de <strong>na</strong>vio ap<strong>os</strong>entado, leu-a e<br />

não só aceitou o sábado como também<br />

passou a publicar <strong>um</strong>a série de artig<strong>os</strong><br />

sobre o assunto. Desse tempo em diante,<br />

J<strong>os</strong>é Bates, <strong>um</strong> d<strong>os</strong> fundadores da Igreja<br />

Adventista do Sétimo Dia, tornou-se<br />

<strong>um</strong> líder <strong>na</strong> proclamação da mensagem<br />

do sábado. Como se sabe, a questão<br />

do sábado era tão importante que se<br />

tornou parte do próprio nome da Igreja<br />

Adventista do Sétimo Dia. Ellen White<br />

falou diretamente da importância do<br />

sábado em destacar <strong>um</strong> Deus-Criador.<br />

“A sup<strong>os</strong>ição infiel de que <strong>os</strong> event<strong>os</strong> da<br />

primeira sema<strong>na</strong> requereram sete períod<strong>os</strong><br />

de tempo vast<strong>os</strong> e indefinid<strong>os</strong> <strong>para</strong><br />

que se completassem atinge o sábado do<br />

quarto m<strong>and</strong>amento diretamente em<br />

sua base.” 10<br />

Seria mera coincidência Deus ter<br />

levantado <strong>um</strong>a igreja, <strong>para</strong> que pregasse<br />

a verdade do sábado e o poder criador<br />

divino, ao mesmo tempo em que<br />

Darwin escreveu sua teoria evolucionária<br />

neg<strong>and</strong>o a atividade criadora de Deus? A<br />

mensagem d<strong>os</strong> três anj<strong>os</strong> de Apocalipse<br />

14 e o compromisso adventista de proclamá-la<br />

seriamente, como a advertência<br />

fi<strong>na</strong>l de Deus ao mundo, não são mero<br />

acaso. Na verdade, são parte do plano de<br />

Deus <strong>para</strong> o fim d<strong>os</strong> temp<strong>os</strong>.<br />

O cientista adventista Ariel Roth<br />

comenta o seguinte desafio: “N<strong>os</strong>sa<br />

confiança de que a Bíblia é a Palavra de<br />

Deus não dá espaço <strong>para</strong> alter<strong>na</strong>tivas à<br />

criação [bíblica] tais como <strong>um</strong>a criação<br />

progressiva, evolução teística, ou evolução<br />

<strong>na</strong>turalística. Não deveríam<strong>os</strong> n<strong>os</strong><br />

envolver em especulações infrutíferas.<br />

Como ‘o povo do Livro’, nós tem<strong>os</strong><br />

<strong>um</strong>a oportunidade sagrada de apresentar<br />

toda a Bíblia, incluindo sua mensagem<br />

da criação, <strong>para</strong> <strong>um</strong> mundo que está<br />

desorientado quanto à gr<strong>and</strong>e questão<br />

de como começou a vida sobre a terra.” 11<br />

Nada a temer quanto ao futuro<br />

Em n<strong>os</strong>sa breve, mas esclarecedora<br />

viagem de volta a<strong>os</strong> an<strong>os</strong> de 1840, nós<br />

recapitulam<strong>os</strong> o surgimento de alguns<br />

d<strong>os</strong> maiores moviment<strong>os</strong> globais – marxismo,<br />

dispensacio<strong>na</strong>lismo e evolucionismo<br />

– que desafiaram importantes<br />

verdades acerca de Deus nesses temp<strong>os</strong><br />

fi<strong>na</strong>is. Além disso, deveríam<strong>os</strong> também<br />

ter exami<strong>na</strong>do outr<strong>os</strong> importantes event<strong>os</strong><br />

que ocorreram <strong>na</strong> mesma época,<br />

tais como o surgimento do espiritismo<br />

moderno, o início da religião Bahai no<br />

oriente e a emergência do existencialismo<br />

<strong>na</strong> Europa. Mas, a verdade nunca<br />

foi deixada sem seus defensores. Deus,<br />

em Sua graça e providência, sempre tem<br />

levantado <strong>um</strong> pequeno, mas coraj<strong>os</strong>o,<br />

grupo de crentes <strong>na</strong> Bíblia <strong>para</strong> descobrir<br />

a verdade em sua plenitude e tornála<br />

sua prioridade de missão global e<br />

testemunho. Não, 1844 e o surgimento<br />

do adventismo não são mer<strong>os</strong> acidentes!<br />

São o plano de Deus <strong>para</strong> manter viva<br />

a chama da verdade em meio às trevas<br />

de engano que envolveram a história<br />

h<strong>um</strong>a<strong>na</strong> por volta da mesma época.<br />

O ano de 1844 e sua gr<strong>and</strong>e importância<br />

não podem jamais ser minimizad<strong>os</strong><br />

ou esquecid<strong>os</strong>. O conselho de Ellen<br />

White é oportuno: “Ao recapitular a<br />

n<strong>os</strong>sa história passada, havendo percorrido<br />

tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> pass<strong>os</strong> de n<strong>os</strong>so progresso<br />

até ao n<strong>os</strong>so estado atual, p<strong>os</strong>so dizer:<br />

Louvado seja Deus! Qu<strong>and</strong>o vejo o<br />

que Deus tem executado, encho-me de<br />

admiração e de confiança <strong>na</strong> liderança<br />

de Cristo. Nada tem<strong>os</strong> que recear quanto<br />

ao futuro, a men<strong>os</strong> que esqueçam<strong>os</strong><br />

a maneira em que o Senhor n<strong>os</strong> tem<br />

guiado, e <strong>os</strong> ensin<strong>os</strong> que n<strong>os</strong> ministrou<br />

no passado.” 12<br />

Ron du Preez (D.Min., Universidade<br />

Andrews; Th.D., Universidade do<br />

Sul da África) tem atuado como<br />

missionário e professor universitário,<br />

e atualmente serve como pastor <strong>na</strong><br />

Associação de Michigan. Este artigo<br />

foi adaptado de seu livro No Fear for<br />

the Future, distribuído pela Review<br />

<strong>and</strong> Herald Publishing Association,<br />

Hagerstown, Maryl<strong>and</strong>, EUA. Ele<br />

pode ser contatado pelo e-mail faithethics@yahoo.com<br />

Continua <strong>na</strong> p. 31<br />

15


Como detectar e vencer a depressão<br />

Mario Pereyra<br />

Conheça dez pass<strong>os</strong> <strong>para</strong><br />

prevenir ou superar a<br />

depressão, <strong>um</strong> mal que<br />

afeta cerca de 14% da<br />

população mundial.<br />

Annie, 36 an<strong>os</strong>, vive com seu<br />

marido e dois filh<strong>os</strong>. O que ela vive<br />

dificilmente pode ser chamado de<br />

vida. Durante a maior parte do dia,<br />

está com medo e ansi<strong>os</strong>a. Medo de<br />

<strong>na</strong>da em particular, mas ainda assim,<br />

medo. Freqüentemente está tensa, com<br />

aparência cansada e olhar perdido.<br />

Por vezes, chora sem saber a razão. O<br />

sorriso de suas crianças não lhe causa<br />

muito impacto. À noite, é vítima de<br />

insônia. “É horrível, assustador, já não<br />

agüento mais”, ela me confidenciou.<br />

“Não me sinto disp<strong>os</strong>ta a fazer <strong>na</strong>da.<br />

Não consigo fazer as tarefas, não vou<br />

a lugar nenh<strong>um</strong>. Eu não quero ver<br />

ninguém. Vivo deitada, apesar de não<br />

conseguir dormir. Ape<strong>na</strong>s me deito e<br />

fico pens<strong>and</strong>o em meus problemas. A<br />

comida me dá nojo. Perdi cinco quil<strong>os</strong><br />

<strong>na</strong>s últimas sema<strong>na</strong>s. Por vezes, penso<br />

que seria melhor pôr <strong>um</strong> fim a esse<br />

pesadelo.”<br />

Annie é <strong>um</strong>a vítima da depressão,<br />

a mais com<strong>um</strong> de todas as desordens<br />

mentais e queixas de saúde. Em todo<br />

o mundo, aproximadamente 400<br />

milhões de pessoas sofrem de depressão.<br />

As estimativas variam de 12 a<br />

14% da população mundial. 1<br />

Os sintomas mais comuns são<br />

melancolia, perda de interesse ou prazer,<br />

sentimento de culpa, baixa autoestima,<br />

transtorn<strong>os</strong> do sono, falta de<br />

apetite, pouca energia e baixa concentração.<br />

No pior d<strong>os</strong> cenári<strong>os</strong>, a depressão<br />

pode levar ao suicídio, <strong>um</strong>a trágica<br />

fatalidade associada à perda de cerca de<br />

850 mil vidas a cada ano. 2<br />

O quadro é preocupante. O pior<br />

é que dois terç<strong>os</strong> das pessoas que<br />

sofrem de depressão não buscam ajuda.<br />

Porém, mais de 80% entre aqueles<br />

com depressão clínica melhoram significantemente<br />

com tratamento.<br />

Tip<strong>os</strong> de depressão<br />

Pesquisadores têm sugerido diferentes<br />

subtip<strong>os</strong> teóric<strong>os</strong> de depressão. 7 São<br />

eles:<br />

1. Depressão maior é a condição <strong>na</strong><br />

qual alguém se sente deprimido o<br />

tempo todo, sem interesse em <strong>na</strong>da.<br />

Há perda de apetite, insônia, ansiedade,<br />

fadiga, dúvidas e tendências<br />

suicidas.<br />

2. Distimia é <strong>um</strong>a depressão mais<br />

prolongada (mínimo de dois an<strong>os</strong><br />

<strong>para</strong> adult<strong>os</strong> e <strong>um</strong> ano <strong>para</strong> crianças e<br />

adolescentes), com sintomas similares<br />

à depressão maior, mas com menor<br />

intensidade.<br />

3. Depressão bipolar é <strong>um</strong>a condição<br />

caracterizada pela presença de depressão<br />

maior e episódi<strong>os</strong> de mania. É <strong>um</strong><br />

Teste de Auto-Avaliação Wang<br />

estado anormal da mente, expansivo<br />

ou irritável, que pode durar por <strong>um</strong>a<br />

sema<strong>na</strong>, com ilusões de gr<strong>and</strong>eza,<br />

ausência de sono, fal<strong>and</strong>o mais do que<br />

o usual, pensament<strong>os</strong> dispers<strong>os</strong>, ativismo<br />

e agitação psicomotora.<br />

4. Ciclotimia é similar à desordem<br />

bipolar, mas de maior duração e menor<br />

intensidade.<br />

Sou deprimido?<br />

Se você quer a<strong>na</strong>lisar seu estado<br />

mental, complete o teste de Wang, no<br />

quadro abaixo. Marque seus resultad<strong>os</strong><br />

com as instruções ao fi<strong>na</strong>l deste artigo.<br />

Os dez m<strong>and</strong>ament<strong>os</strong><br />

antidepressão<br />

Há dois mod<strong>os</strong> básic<strong>os</strong> de combater<br />

a depressão: com psicoterapia e terapia<br />

farmacológica. A pessoa deve ser avaliada<br />

por <strong>um</strong> psiquiatra que prescreverá<br />

tratamento adequado. A psicoterapia<br />

mais efetiva é a cognitivo-compor-<br />

Instruções<br />

Marque <strong>um</strong> “x” <strong>na</strong> opção que melhor indica seu jeito de ser, em cada <strong>um</strong> d<strong>os</strong> itens <strong>na</strong>s<br />

fileiras. Depois de completar o teste, leia as instruções que aparecem ao término deste<br />

artigo <strong>para</strong> ver onde você se encontra.<br />

Itens Nunca Raramente Às vezes Freqüentemente Sempre Pont<strong>os</strong><br />

1. Sinto-me triste. o o o o o ________<br />

2. Tenho <strong>um</strong> bom apetite. o o o o o ________<br />

3. Choro ou tenho vontade<br />

de chorar. o o o o o ________<br />

4. Durmo mal à noite. o o o o o ________<br />

5. Tenho confiança própria. o o o o o ________<br />

6. Tenho vontade de trabalhar. o o o o o ________<br />

7. Irrito-me facilmente. o o o o o ________<br />

8. Tenho fé no futuro. o o o o o ________<br />

9. Sinto-me nerv<strong>os</strong>o e ansi<strong>os</strong>o. o o o o o ________<br />

10. Estou cansado. o o o o o ________<br />

Soma<br />

Multiplicado por 2<br />

Total<br />

________<br />

________<br />

________<br />

16 DIÁLOGO 18•3 2006


tamental. Ela permite a<strong>os</strong> pacientes<br />

adquirirem novas habilidades em seu<br />

modo de percepção, compreensão e de<br />

reação às dificuldades, reduzindo a gravidade<br />

e duração da condição depressiva.<br />

Entre diversas formas <strong>para</strong> alcançar<br />

esse objetivo, g<strong>os</strong>taria de sugerir dez<br />

m<strong>and</strong>ament<strong>os</strong> antidepressão. 4<br />

1. Intencio<strong>na</strong>lmente lute contra<br />

pensament<strong>os</strong> negativ<strong>os</strong>. Os pensament<strong>os</strong><br />

negativ<strong>os</strong> mais importantes são<br />

conhecid<strong>os</strong> como “Tríade Cognitiva<br />

Negativa”. São eles: (1) pensament<strong>os</strong><br />

e sentiment<strong>os</strong> negativ<strong>os</strong> sobre si<br />

mesmo; (2) a tendência de interpretar<br />

o ambiente de forma negativa; e (3) a<br />

visão do futuro de modo pessimista.<br />

Por exemplo, Annie estava convencida<br />

de que era <strong>um</strong>a mãe ruim e <strong>um</strong>a péssima<br />

esp<strong>os</strong>a. Pensava que seu esp<strong>os</strong>o<br />

não a amava e com certeza a deixaria.<br />

Acreditava que a história depressiva de<br />

sua mãe se repetiria com ela.<br />

Como combater esses pensament<strong>os</strong>?<br />

Dois pass<strong>os</strong> irão ajudar. Primeiro,<br />

detecte e descubra <strong>os</strong> pensament<strong>os</strong><br />

negativ<strong>os</strong>. Segundo, confronte-<strong>os</strong> com<br />

evidências da realidade.<br />

Pedim<strong>os</strong> a Annie que escrevesse suas<br />

situações negativas em <strong>um</strong> caderno<br />

com quatro colu<strong>na</strong>s. As três primeiras<br />

colu<strong>na</strong>s eram <strong>para</strong> ela descrever o evento,<br />

o que ela pensou e sentiu de acordo<br />

com a situação e que tipo de evidência<br />

ela p<strong>os</strong>suía. Ela tinha que escrever <strong>na</strong><br />

última colu<strong>na</strong> <strong>um</strong> pensamento p<strong>os</strong>itivo<br />

que substituísse o negativo. Por exemplo:<br />

<strong>um</strong> dia ela se encontrou com <strong>um</strong>a<br />

amiga que não a c<strong>um</strong>primentou. Isso<br />

desencadeou pensament<strong>os</strong> negativ<strong>os</strong>.<br />

Aqui está o que ela escreveu:<br />

Situação<br />

Minha amiga passou perto de mim sem<br />

me c<strong>um</strong>primentar.<br />

O que senti e pensei<br />

Eu penso que ela está brava comigo. Isso<br />

gerou medo e rejeição.<br />

Evidência<br />

Seu semblante sério e desagradável.<br />

Pensamento alter<strong>na</strong>tivo<br />

Pode ser que ela não esteja brava comigo<br />

e sim preocupada acerca de algo mais<br />

pessoal.<br />

DIÁLOGO 18•3 2006<br />

2. Quebre o circuito de idéias<br />

negativas. Annie pensou que seu marido<br />

se cansaria dela e a ab<strong>and</strong>o<strong>na</strong>ria.<br />

Dessa forma, se retraiu e adotou <strong>um</strong>a<br />

atitude desdenh<strong>os</strong>a. “Se ele vai me deixar,<br />

<strong>para</strong> que devo me preocupar com<br />

ele?”, pensava. “Você escutou o que<br />

ele disse qu<strong>and</strong>o entrou? Que eu não<br />

melhorarei novamente, como a minha<br />

mãe. O que ele quer é se ver livre de<br />

mim.” Tais pensament<strong>os</strong> podem provocar<br />

<strong>um</strong>a resp<strong>os</strong>ta negativa do marido.<br />

Em troca, <strong>um</strong>a resp<strong>os</strong>ta negativa<br />

reforçaria seus sentiment<strong>os</strong> de rejeição<br />

e de futuro ab<strong>and</strong>ono. Annie estava<br />

presa em <strong>um</strong> círculo vici<strong>os</strong>o.<br />

Como mudar estas idéias negativas?<br />

Uma maneira é confrontar tais<br />

pensament<strong>os</strong> com a real situação. Na<br />

realidade, Omar, o marido de Annie,<br />

a amava muito e estava fazendo tudo<br />

<strong>para</strong> tor<strong>na</strong>r a recuperação dela p<strong>os</strong>sível.<br />

Annie sabia que ela deveria preservar<br />

seu matrimônio e sua família, ser mais<br />

amor<strong>os</strong>a e cuidad<strong>os</strong>a. Assim, ao confrontar<br />

o negativo e reforçar o p<strong>os</strong>itivo,<br />

Annie poderia quebrar o círculo vici<strong>os</strong>o.<br />

Qu<strong>and</strong>o as atitudes mudam, tudo<br />

muda.<br />

3. Evite pensament<strong>os</strong> “absolut<strong>os</strong>”,<br />

do tipo “tudo ou <strong>na</strong>da”. “Omar<br />

nunca me amará novamente como<br />

antes.” “Tudo sempre dá errado.” Tais<br />

pensament<strong>os</strong> e atitudes são típic<strong>os</strong> de<br />

pacientes deprimid<strong>os</strong>. A tendência<br />

é julgar as experiências, situações,<br />

pessoas e a si mesmo por duas categorias<br />

ape<strong>na</strong>s: bom ou ruim, sempre<br />

ou nunca, santo ou pecador, etc. Para<br />

mudar esse modo de pensar, o método<br />

mais efetivo é o de introduzir tons no<br />

raciocínio com <strong>um</strong>a incli<strong>na</strong>ção <strong>para</strong><br />

o lado otimista. Por exemplo, Annie<br />

entendeu que ela teve o amor de seu<br />

marido, ainda que ele tenha se m<strong>os</strong>trado<br />

<strong>um</strong> pouco cansado em alguns<br />

moment<strong>os</strong>. Ela aprendeu a dizer: “Eu<br />

vou me sair vencedora com a ajuda de<br />

Deus.” “Existem coisas que faço que<br />

dão errado, mas existem outras que<br />

faço bem.”<br />

4. Não critique e castigue a você<br />

mesmo. Outra tendência de <strong>um</strong>a pessoa<br />

deprimida é estar permanentemente<br />

julg<strong>and</strong>o suas ações, enfatiz<strong>and</strong>o <strong>os</strong><br />

err<strong>os</strong>. Os deprimid<strong>os</strong> tendem a ignorar<br />

suas virtudes e focalizar as fraquezas.<br />

Esta autodepreciação incapacita e destrói.<br />

Por outro lado, o reconhecimento<br />

de virtudes constrói <strong>um</strong> novo futuro.<br />

5. Exclua a tirania do “eu devo”.<br />

Qu<strong>and</strong>o se permite o crescimento do<br />

“eu devo”, este se tor<strong>na</strong> <strong>um</strong> tirano permanente,<br />

fazendo dem<strong>and</strong>as excessivas.<br />

Ao invés de “eu devo”, aprenda a adotar<br />

a atitude “eu preferiria.” O anterior<br />

é <strong>um</strong>a dem<strong>and</strong>a tirânica, <strong>um</strong> fracasso<br />

que leva à baixa auto-estima. O p<strong>os</strong>terior<br />

é <strong>um</strong>a aspiração, <strong>um</strong>a meta a<br />

alcançar. Se há <strong>um</strong> tempo em que <strong>os</strong><br />

deveres precisam ser mais flexíveis, este<br />

tempo é qu<strong>and</strong>o você está deprimido.<br />

6. Evite situações desagradáveis e<br />

estressantes. Como ir a funerais, por<br />

exemplo. Tais event<strong>os</strong> acrescentam tensão<br />

a <strong>um</strong> indivíduo, particularmente a<br />

alguém com tendência à depressão.<br />

7. Reconheça seus valores e virtudes.<br />

Reconhecer a sua própria capacidade<br />

e valor pessoal faz parte do caminho<br />

do bem-estar.<br />

8. Aprenda a desfrutar e obter<br />

satisfação no que você faz. Depressão<br />

é o resultado de <strong>um</strong> fracasso em desfrutar<br />

a beleza e as bênçã<strong>os</strong> da vida.<br />

Benjamin Franklin disse bem: “O<br />

homem rico não é aquele que tem<br />

tudo, mas o que desfruta tudo o que<br />

tem.” Aprender a reconhecer o bom<br />

e o bonito ao redor de nós é <strong>um</strong> salto<br />

transcendente à descoberta da felicidade<br />

de viver.<br />

9. Promova esperança.<br />

Desesperança é <strong>um</strong> componente<br />

essencial da depressão. 5 A desesperança<br />

tem relação próxima com sintomas<br />

depressiv<strong>os</strong> e tendências suicidas. 6<br />

Uma pesquisa sobre tratament<strong>os</strong> <strong>para</strong><br />

a depressão indica que a redução da<br />

desesperança é <strong>um</strong> fator importante de<br />

resultad<strong>os</strong> bem sucedid<strong>os</strong>, particularmente<br />

durantes as primeiras sema<strong>na</strong>s<br />

de tratamento. 7<br />

Continua <strong>na</strong> p. 27<br />

17


Perfil<br />

Emily Akuno<br />

Diálogo com <strong>um</strong>a professora adventista<br />

de música no Quênia<br />

A professora Emily Akuno <strong>na</strong>sceu no<br />

Quênia, em <strong>um</strong>a família de nove filh<strong>os</strong>.<br />

A mãe adventista influenciou sua vida<br />

demonstr<strong>and</strong>o comprometimento com<br />

<strong>os</strong> valores espirituais. Toda sua formação<br />

educacio<strong>na</strong>l teve lugar em escolas<br />

públicas. Graduou-se em música pela<br />

Universidade Kenyatta, onde trabalha<br />

atualmente como professora de<br />

Música. Concluiu também o mestrado<br />

em Música pela Universidade Estadual<br />

do Noroeste, n<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>, e o<br />

doutorado pela Universidade Kingston,<br />

em Londres.<br />

Devido suas habilidades profissio<strong>na</strong>is<br />

e realizações <strong>na</strong> área de música, Akuno<br />

foi eleita presidente do Festival de<br />

Música do Quênia <strong>para</strong> todas as instituições<br />

educacio<strong>na</strong>is do país. Foi, também,<br />

presidente do Festival de Música<br />

e Cultura do Quênia <strong>para</strong> instituições<br />

não-acadêmicas, e presidente da<br />

Associação de Professores de Música<br />

da África Ocidental. Até recentemente,<br />

foi pró-reitora interi<strong>na</strong> <strong>na</strong> Universidade<br />

Kenyatta e dirigiu o Departamento<br />

(p<strong>os</strong>teriormente Instituto) de Música<br />

por vári<strong>os</strong> an<strong>os</strong> <strong>na</strong> mesma instituição.<br />

A professora Akuno, seu esp<strong>os</strong>o e<br />

seus dois filh<strong>os</strong> são membr<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> da<br />

Igreja Adventista Central de Nairobi.<br />

n Qual foi o <strong>papel</strong> da fé e da música em<br />

sua infância?<br />

Meu pai era policial e seu trabalho<br />

sempre o mantinha longe de casa.<br />

Portanto, fui educada pela minha mãe,<br />

membro ativa e fiel da igreja. Ela vivia<br />

sua fé e n<strong>os</strong> ensinou sobre <strong>um</strong> Deus<br />

que n<strong>os</strong> ama e cuida de nós. Minha<br />

avó mater<strong>na</strong> também era adventista do<br />

sétimo dia. Passei muitas horas ao seu<br />

lado. Assim, considero-me <strong>um</strong>a adventista<br />

de terceira geração.<br />

Após o Ensino Fundamental, fui<br />

<strong>para</strong> <strong>um</strong>a renomada escola no Quênia.<br />

Lá, tive meu primeiro contato com a<br />

música e sua teoria como discipli<strong>na</strong><br />

de estudo. A partir de então, meu<br />

interesse em música cresceu. Depois<br />

do Ensino Médio, estava decidida a<br />

cursar faculdade de música. Escolhi,<br />

então, a Universidade Kenyatta por seu<br />

prestigiado curso de música. Após a<br />

faculdade, fui <strong>para</strong> <strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong><br />

fazer o mestrado e, mais tarde, <strong>para</strong> a<br />

Inglaterra, cursar o doutorado.<br />

n Então, o seu interesse em música<br />

começou qu<strong>and</strong>o estudou nessa renomada<br />

escola secundária?<br />

Não. Nessa escola tive contato<br />

com a música n<strong>um</strong> contexto formal<br />

e acadêmico, como objeto de estudo.<br />

Anteriormente já estava envolvida com<br />

o ministério da música <strong>na</strong> minha igreja<br />

local, onde havia três corais. Cantava<br />

no primeiro coral, que seria equivalente<br />

a <strong>um</strong> coral de desbravadores, hoje.<br />

Portanto, desde <strong>os</strong> cinco an<strong>os</strong> de idade,<br />

estava envolvida no canto. P<strong>os</strong>so dizer<br />

que descobri primeiramente a música<br />

no meu lar e <strong>na</strong> minha igreja.<br />

n Sendo adventista do sétimo dia, como<br />

sua responsabilidade de ensi<strong>na</strong>r música se<br />

relacio<strong>na</strong> com sua fé?<br />

Não vejo a música somente como<br />

música por si só, mas como <strong>um</strong> instr<strong>um</strong>ento.<br />

No ambiente educacio<strong>na</strong>l, a<br />

música é <strong>um</strong>a ferramenta que otimiza<br />

mudanças de comportamento e ajuda<br />

<strong>na</strong> percepção de si mesmo. É <strong>um</strong>a<br />

ferramenta que muda as pessoas. Isso é<br />

<strong>um</strong> desafio <strong>para</strong> mim como adventista.<br />

Como usar esse instr<strong>um</strong>ento <strong>para</strong><br />

produzir resultad<strong>os</strong> p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong>? Como<br />

adventista, quero usar a música <strong>para</strong><br />

transmitir valores corret<strong>os</strong>. Para atingir<br />

esse objetivo, uso <strong>os</strong> dons que Deus<br />

me concedeu <strong>para</strong> ensi<strong>na</strong>r meus alun<strong>os</strong><br />

de tal modo que p<strong>os</strong>sam fazer decisões<br />

sábias <strong>na</strong> utilização de seus talent<strong>os</strong><br />

musicais. Minha fé também me orienta<br />

e ajuda <strong>na</strong> escolha das músicas que<br />

utilizo. Isso não significa que trabalho<br />

ape<strong>na</strong>s com músicas sacras, mas deixo<br />

meus valores cristã<strong>os</strong> influenciarem<br />

minha perspectiva de música, tanto a<br />

sacra como a secular, clássica ou contemporânea.<br />

n Às vezes, a música é <strong>um</strong> tema polêmico,<br />

principalmente qu<strong>and</strong>o se trata<br />

de culto de adoração, tanto <strong>na</strong> Igreja<br />

Adventista do Sétimo Dia como em<br />

outras igrejas. Como profissio<strong>na</strong>l, que<br />

conselho daria sobre como a música deveria<br />

ser compreendida?<br />

Tenho três princípi<strong>os</strong>.Primeiramente<br />

a música deve louvar a Deus. Davi<br />

escreveu: “Aclamai a Deus, toda a<br />

Terra” (Salmo 66:1). Ele agradeceu<br />

com música as bênçã<strong>os</strong> que Deus lhe<br />

18 DIÁLOGO 18•3 2006


concedeu. Portanto, a música apropriada<br />

deve ser agradável a Deus e<br />

deve louvá-Lo, sendo realizada com<br />

alegria e gratidão. Em segundo lugar,<br />

como cristã<strong>os</strong> devem<strong>os</strong> ser sábi<strong>os</strong> e<br />

gentis. Amo o canto e a música, e<br />

se vou a <strong>um</strong>a igreja deficiente em<br />

música, sinto como se tivesse perdido<br />

algo em minha adoração <strong>na</strong>quele dia.<br />

Porém, <strong>os</strong> meus at<strong>os</strong> não deveriam ser<br />

<strong>um</strong>a pedra de tropeço <strong>para</strong> <strong>os</strong> outr<strong>os</strong>.<br />

Sigo o conselho de Paulo de não causar<br />

o tropeço d<strong>os</strong> outr<strong>os</strong>. Por último,<br />

a música é <strong>um</strong>a linguagem. Em <strong>um</strong><br />

de meus livr<strong>os</strong>, defino a música como<br />

a expressão de <strong>um</strong>a cultura. Como<br />

cristã<strong>os</strong>, nós adotam<strong>os</strong> <strong>um</strong>a cultura<br />

própria. A maioria das culturas locais,<br />

especialmente aquelas que conheço,<br />

pode não ter origi<strong>na</strong>lmente o conceito<br />

de <strong>um</strong> Deus no céu, mas o têm de<br />

alg<strong>um</strong>a divindade a ser adorada. Agora<br />

que conhecem<strong>os</strong> o verdadeiro Deus,<br />

tod<strong>os</strong> esses aspect<strong>os</strong> culturais deveriam<br />

ser submetid<strong>os</strong> ao n<strong>os</strong>so conhecimento<br />

de Deus. Utilizar músicas comp<strong>os</strong>tas<br />

em outra língua ou cultura pode resultar<br />

em <strong>um</strong>a conotação diferente do<br />

prop<strong>os</strong>to no origi<strong>na</strong>l. Por essa razão,<br />

incentivo a comp<strong>os</strong>ição de músicas<br />

<strong>na</strong>s línguas <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is, feitas principalmente<br />

por autores bem firmad<strong>os</strong> no<br />

evangelho.<br />

n Sua família tem talento musical?<br />

De certa maneira, sim. Apesar de<br />

alg<strong>um</strong>as vezes meu filho mais novo<br />

perguntar por que deveria estudar<br />

música, as informações que recebo<br />

da escola indicam que ele é bastante<br />

ativo nessa área. Meu filho mais velho<br />

estudou música até o Ensino Médio e<br />

toca saxofone, mas não faz faculdade<br />

de música. Permito meus filh<strong>os</strong> tomarem<br />

suas próprias decisões. As pesquisas<br />

indicam que a prática de música<br />

melhora a aprendizagem em outras<br />

áreas de estudo, assim como ajuda <strong>um</strong><br />

indivíduo a ter equilíbrio emocio<strong>na</strong>l.<br />

n Poderia comentar sobre a vida <strong>na</strong><br />

universidade pública onde estudou e trabalha<br />

atualmente?<br />

A vida universitária pode ser <strong>um</strong>a<br />

gr<strong>and</strong>e mudança <strong>para</strong> <strong>os</strong> jovens, pois<br />

não existem mais toques de campainha,<br />

nem horári<strong>os</strong> restrit<strong>os</strong> de dormir,<br />

há pouca orientação sobre relacio<strong>na</strong>ment<strong>os</strong><br />

com o sexo op<strong>os</strong>to e, <strong>na</strong><br />

maioria das vezes, você está totalmente<br />

independente. O que me ajudou foi<br />

o seguinte: ter sempre algo útil <strong>para</strong><br />

fazer. Manter-me ocupada me afastava<br />

d<strong>os</strong> perig<strong>os</strong> da tentação. Além disso, ir<br />

à igreja cada sábado. Passávam<strong>os</strong> o dia<br />

todo <strong>na</strong> igreja estud<strong>and</strong>o a Bíblia e em<br />

comunhão com <strong>os</strong> irmã<strong>os</strong>. Mantinhan<strong>os</strong>,<br />

assim, ocupad<strong>os</strong> no local certo<br />

com pessoas que p<strong>os</strong>suíam valores<br />

semelhantes a<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong>. Assistir às<br />

reuniões de pôr-do-sol e outr<strong>os</strong> cult<strong>os</strong><br />

da igreja é importante. Eles podem ser<br />

vist<strong>os</strong> como rotineir<strong>os</strong>, mas n<strong>os</strong> ajudam<br />

muito no crescimento espiritual.<br />

Participar de grup<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> no campus<br />

também é muito bom. Isso oferece<br />

oportunidades <strong>para</strong> compartilhar sua fé<br />

e envolver-se em boas atividades. Essas<br />

atividades promovem amizades e <strong>um</strong><br />

sistema de apoio <strong>para</strong> se manter focado<br />

n<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> da vida. Além<br />

disso, oferecem também oportunidades<br />

<strong>para</strong> <strong>os</strong> jovens dialogarem entre si,<br />

conversarem sobre Deus e se conhecerem<br />

melhor.<br />

n Que conselho daria a<strong>os</strong> jovens interessad<strong>os</strong><br />

em estudar música?<br />

Comece onde você está. As igrejas<br />

locais oferecem muitas oportunidades<br />

em relação à música. Ao descobrir seus<br />

talent<strong>os</strong> e interesses, procure instituições<br />

educacio<strong>na</strong>is com programas de<br />

qualidade nessas áreas. Tenha claro<br />

em sua mente a razão de querer estar<br />

envolvido com música. Vai ajudá-lo<br />

como cristão em sua responsabilidade<br />

de ser <strong>um</strong>a luz no mundo? Através<br />

da música, poderá levar luz onde há<br />

trevas? Irá exaltar a Cristo? Será <strong>um</strong><br />

ministério <strong>para</strong> melhorar as difíceis<br />

condições sociais e espirituais, e ajudar<br />

<strong>os</strong> oprimid<strong>os</strong>? A música não deve ser<br />

<strong>um</strong> fim em si mesma, mas <strong>um</strong> meio<br />

de louvar a n<strong>os</strong>so Deus e compartilhar<br />

essa alegria com aqueles que estão ao<br />

n<strong>os</strong>so redor.<br />

Entrevista concedida a<br />

Hudson E. Kibuuka<br />

Hudson E. Kibuuka (D. Ed. pela<br />

Universidade da África do Sul) é<br />

diretor de Educação da Divisão<br />

Centro-Leste Africa<strong>na</strong> e representante<br />

regio<strong>na</strong>l da Diálogo, com<br />

escritório em Nairobi, Quênia. Seu<br />

e-mail é: kibuukah@ecd.adventista.<br />

org<br />

O e-mail da Dra. Emily Akuno é:<br />

eakuno@ku.ac.ke<br />

Atenção,<br />

profissio<strong>na</strong>is<br />

<strong>adventistas</strong>!<br />

Se você p<strong>os</strong>sui e-mail e <strong>um</strong> título<br />

ou diploma pós-secundário em qualquer<br />

campo acadêmico ou profissio<strong>na</strong>l,<br />

nós o convidam<strong>os</strong> <strong>para</strong> fazer parte da<br />

Rede de Profissio<strong>na</strong>is Adventistas (RPA).<br />

Patroci<strong>na</strong>do pela Igreja Adventista, esse<br />

registro global eletrônico assiste instituições<br />

e agências participantes a fim de<br />

localizar c<strong>and</strong>idat<strong>os</strong> <strong>para</strong> p<strong>os</strong>ições no<br />

ensino, administração, área de saúde e<br />

pesquisa, e consultores especializad<strong>os</strong><br />

e voluntári<strong>os</strong> <strong>para</strong> tarefas missionárias<br />

breves. Coloque gratuitamente sua<br />

informação profissio<strong>na</strong>l diretamente no<br />

website da RPA: http://apn.adventist.org.<br />

Anime outr<strong>os</strong> profissio<strong>na</strong>is <strong>adventistas</strong> a<br />

registrar-se!<br />

DIÁLOGO 18•3 2006<br />

19


Perfil<br />

Jo<strong>na</strong>than Gallagher<br />

Diálogo com o representante adventista<br />

junto às Nações Unidas<br />

O pastor Jo<strong>na</strong>than Gallagher, diretor<br />

associado do Departamento<br />

de Relações Públicas e Liberdade<br />

Religi<strong>os</strong>a <strong>na</strong> Associação Geral da Igreja<br />

Adventista do Sétimo Dia, atua como<br />

representante da igreja junto às Nações<br />

Unidas. Sua principal função é promover<br />

a conscientização da liberdade<br />

religi<strong>os</strong>a, e desenvolver programas cooperativ<strong>os</strong><br />

de interesse <strong>para</strong> a igreja e a<br />

comunidade inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>na</strong>s áreas de<br />

saúde, educação, ética, direit<strong>os</strong> h<strong>um</strong>an<strong>os</strong><br />

e liberdade religi<strong>os</strong>a.<br />

Gallagher exerce a função de<br />

vice-secretário geral da Associação<br />

Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de Liberdade Religi<strong>os</strong>a<br />

(Irla), fundada em 1893 com o objetivo<br />

de dissemi<strong>na</strong>r princípi<strong>os</strong> de liberdade<br />

religi<strong>os</strong>a e direit<strong>os</strong> h<strong>um</strong>an<strong>os</strong> a tod<strong>os</strong><br />

<strong>os</strong> pov<strong>os</strong> ao redor do mundo. Ele é<br />

também editor do jor<strong>na</strong>l acadêmico<br />

dessa associação, Fides et Libertas.<br />

Além disso, é tesoureiro da Comissão<br />

sobre Religião e Fé das Nações Unidas,<br />

<strong>um</strong>a organização não-gover<strong>na</strong>mental<br />

(ONG).<br />

Como ministro orde<strong>na</strong>do da Igreja<br />

Adventista do Sétimo Dia, trabalhou<br />

sete an<strong>os</strong> como pastor de igreja <strong>na</strong><br />

Inglaterra, sua terra <strong>na</strong>tal, e oito an<strong>os</strong><br />

<strong>na</strong> administração da igreja no país.<br />

Concluiu seu doutorado em Divindade<br />

pela Universidade de St. Andrews,<br />

<strong>na</strong> Escócia, e é autor de sete livr<strong>os</strong> e<br />

muit<strong>os</strong> artig<strong>os</strong>. Ele é casado com A<strong>na</strong><br />

Gonçalves e tem dois filh<strong>os</strong> adult<strong>os</strong>:<br />

Paul e Rebekah.<br />

n O senhor sempre foi adventista?<br />

Não. Para mim isso significa que,<br />

com<strong>para</strong>do àqueles que cresceram <strong>na</strong><br />

igreja, conheço quais são as outras<br />

alter<strong>na</strong>tivas. Eu vivi essas alter<strong>na</strong>tivas e<br />

não as quero de volta. Estou completamente<br />

convencido a respeito da Igreja<br />

Adventista, seus princípi<strong>os</strong>, valores e<br />

todas suas crenças.<br />

n Houve alg<strong>um</strong>a pessoa ou evento em<br />

particular que influenciou sua decisão de<br />

se tor<strong>na</strong>r adventista?<br />

N<strong>os</strong> dois últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong> do Ensino<br />

Fundamental, <strong>na</strong> Inglaterra, tive <strong>um</strong><br />

colega de classe chamado Jean-Marc<br />

Michel, das Ilhas Maurício. Durante as<br />

aulas de ciências, sua p<strong>os</strong>ição quanto<br />

ao criacionismo me impressio<strong>na</strong>va. Na<br />

época, <strong>os</strong> professores não eram confrontad<strong>os</strong>.<br />

Qu<strong>and</strong>o Jean fez objeções, o<br />

professor recorreu à gozação habitual:<br />

“Na próxima aula, o ‘Dr. Michel’ irá<br />

n<strong>os</strong> ensi<strong>na</strong>r o que ele pensa ser a verdadeira<br />

origem do universo e da vida<br />

como a conhecem<strong>os</strong>.” Jean-Marc deu<br />

<strong>um</strong>a aula tão fasci<strong>na</strong>nte que o professor<br />

nunca mais lhe pediu <strong>para</strong> ensi<strong>na</strong>r<br />

novamente!<br />

Tive também várias conversas interessantes<br />

sobre a Bíblia com ele. Um<br />

dia, ele me falou: “Qu<strong>and</strong>o Jesus voltar...”<br />

Eu repliquei: “O que você quer<br />

dizer ‘qu<strong>and</strong>o Jesus voltar?’” Ele respondeu:<br />

“Você sabe, a segunda vinda<br />

de Cristo...” Eu disse: “Onde está isso<br />

<strong>na</strong> Bíblia?” Eu pensei que conhecia a<br />

Bíblia, pois meus pais eram evangélic<strong>os</strong><br />

e tinha lido a Bíblia desde pequeno.<br />

Porém, nunca ouvim<strong>os</strong> <strong>um</strong> sermão<br />

sobre a volta de Jesus. Depois que ele<br />

me m<strong>os</strong>trou <strong>os</strong> text<strong>os</strong> <strong>na</strong>s Escrituras,<br />

fiquei aterrorizado. P<strong>os</strong>teriormente,<br />

esse sentimento se transformou ao<br />

compreender melhor o assunto, e tive<br />

a convicção que aquilo era verdade. De<br />

fato, minha tese doutoral focalizou <strong>os</strong><br />

aspect<strong>os</strong> da segunda vinda de Cristo.<br />

n Qu<strong>and</strong>o sentiu o chamado <strong>para</strong> o<br />

ministério?<br />

Inicialmente, não senti <strong>um</strong> chamado.<br />

Para muit<strong>os</strong> é difícil acreditar,<br />

mas qu<strong>and</strong>o jovem era muito tímido<br />

e introvertido. Não me sentia confortável<br />

fal<strong>and</strong>o em público. Depois que<br />

me tornei adventista, acreditava que<br />

Deus queria que eu pregasse. Porém, já<br />

havia decidido cursar ciências, e pr<strong>os</strong>segui<br />

nessa direção. Nesse período me<br />

casei, e senti a convicção que deveria<br />

estudar <strong>na</strong> Universidade de Newbold,<br />

Inglaterra. Ainda não pensava em ser<br />

pastor: queria somente conhecer mais<br />

sobre Deus. O chamado veio depois.<br />

20 DIÁLOGO 18•3 2006


n Que o motivou a defender a liberdade<br />

religi<strong>os</strong>a?<br />

Foram <strong>os</strong> conceit<strong>os</strong> sobre Deus.<br />

Acredito que a liberdade é o principio<br />

mais elevado no universo de Deus. Por<br />

isso, n<strong>os</strong>so direito de louvar e adorar<br />

livremente é soberano. Se você está<br />

sendo compelido a realizar algo contra<br />

suas crenças, essa é a maior violação<br />

da dignidade h<strong>um</strong>a<strong>na</strong>. Isso faz parte<br />

de <strong>um</strong> gr<strong>and</strong>e conflito universal, pois<br />

Satanás acusou Deus de ser tirano,<br />

ditador, e de não oferecer liberdade e<br />

direito de escolha.<br />

A liberdade religi<strong>os</strong>a se res<strong>um</strong>e em<br />

justiça. Estou convencido de que Deus<br />

é justo e sempre será justo. Devem<strong>os</strong><br />

tentar sê-lo também. Jesus afirmou que<br />

a perseguição viria, mas não disse <strong>para</strong><br />

n<strong>os</strong> acomodarm<strong>os</strong> ou ape<strong>na</strong>s aceitá-la.<br />

Devem<strong>os</strong> ficar atent<strong>os</strong> a esse respeito.<br />

De outro modo, como as pessoas saberão<br />

dessas questões importantes? Não<br />

haverá liberdade religi<strong>os</strong>a n<strong>os</strong> temp<strong>os</strong><br />

fi<strong>na</strong>is, mas, por enquanto, devem<strong>os</strong><br />

promover e defendê-la. Então, ao se<br />

aproximar o fim, <strong>um</strong>a polarização surgirá<br />

e as pessoas poderão saber quais<br />

são as verdadeiras questões.<br />

n Quais são suas responsabilidades como<br />

vice-secretário geral da Irla e tesoureiro<br />

da Comissão sobre Religião e Fé das<br />

Nações Unidas?<br />

Organizam<strong>os</strong> associações de liberdade<br />

religi<strong>os</strong>a ao redor do mundo filiadas<br />

à Irla, assim como representam<strong>os</strong> a Irla<br />

<strong>na</strong>s Nações Unidas. Como tesoureiro<br />

da Comissão sobre Religião e Fé,<br />

participo mensalmente de reuniões<br />

em Nova Iorque com embaixadores e<br />

representantes de ONGs.<br />

Há dois an<strong>os</strong>, tivem<strong>os</strong> a oportunidade<br />

de falar <strong>na</strong> Comissão de<br />

Direit<strong>os</strong> H<strong>um</strong>an<strong>os</strong>, represent<strong>and</strong>o a<br />

Irla. Resolvem<strong>os</strong> abordar o problema<br />

da imp<strong>os</strong>ição da pe<strong>na</strong> de morte<br />

em caso de conversões, sobretudo<br />

no Islamismo. Fizem<strong>os</strong> <strong>um</strong>a palestra<br />

cit<strong>and</strong>o autoridades do Islã que<br />

são contra essa prática. O embaixador<br />

de Marroc<strong>os</strong> solicitou o direito<br />

de resp<strong>os</strong>ta. Ele se levantou e disse:<br />

DIÁLOGO 18•3 2006<br />

“G<strong>os</strong>taríam<strong>os</strong> de agradecer a Irla por<br />

deixar claro que a pe<strong>na</strong> de morte por<br />

conversão não é parte do Islamismo<br />

e tampouco da mensagem origi<strong>na</strong>l<br />

do profeta. Tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> países que a<br />

impõem não representam o verdadeiro<br />

Islamismo.” Nesse momento você<br />

pensa: “Podem<strong>os</strong>, sim, fazer a diferença.”<br />

n Poderia compartilhar con<strong>os</strong>co <strong>um</strong>a<br />

experiência de seu trabalho junto às<br />

Nações Unidas?<br />

Duas me vêm à mente. A primeira<br />

envolve <strong>um</strong>a oficial da Missão<br />

Permanente da Sérvia <strong>na</strong>s Nações<br />

Unidas. Fui até ela e lhe disse: “Vocês<br />

estão propondo essa nova lei <strong>na</strong> Sérvia,<br />

e ela é terrível.” “Que lei?”, pergunto<strong>um</strong>e.<br />

Então lhe propus: “P<strong>os</strong>so conversar<br />

com a senhora sobre isso.” Ela respondeu:<br />

“Não. Espere até amanhã que<br />

verificarei a lei.” Comunicou-se com<br />

Belgrado e obteve o texto da lei. Então<br />

conversam<strong>os</strong>. Apontei <strong>os</strong> itens que<br />

eram contrári<strong>os</strong> à constituição deles<br />

e também iam contra a Declaração<br />

de Direit<strong>os</strong> H<strong>um</strong>an<strong>os</strong> das Nações<br />

Unidas. Ela fez anotações e as enviou<br />

a Belgrado. A prop<strong>os</strong>ta da lei não foi<br />

adiante.<br />

A segunda é sobre a conferência<br />

da Irla em Trinidade, em janeiro<br />

de 2005. Convidam<strong>os</strong> o primeiro<br />

ministro de Trinidade <strong>para</strong> n<strong>os</strong> falar.<br />

Ele prontamente aceitou. Pouc<strong>os</strong> dias<br />

antes das reuniões, convidou-n<strong>os</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>um</strong>a conversa de cinco minut<strong>os</strong>. Após<br />

n<strong>os</strong> apresentarm<strong>os</strong>, ele disse: “Tem<strong>os</strong>,<br />

então, alguns doutores de teologia<br />

aqui. Deixe-me lhes perguntar algo:<br />

Qual foi o <strong>papel</strong> de Deus no tsu<strong>na</strong>mi?”<br />

Coube a mim responder tal questão!<br />

Por ele ser cristão, começam<strong>os</strong> por<br />

Apocalipse com a guerra no céu.<br />

Depois fom<strong>os</strong> <strong>para</strong> Gênesis, e então<br />

discutim<strong>os</strong> o tema do Gr<strong>and</strong>e Conflito<br />

em Isaías 14 e Ezequiel 28. Após meia<br />

hora, seus assistentes comentaram:<br />

“Era <strong>para</strong> ser <strong>um</strong> encontro de cinco<br />

minut<strong>os</strong>, e estam<strong>os</strong> tendo <strong>um</strong> estudo<br />

bíblico há meia hora!” Essas são<br />

alg<strong>um</strong>as oportunidades que surgem e<br />

que devem<strong>os</strong> aproveitá-las.<br />

n Que conselho daria a<strong>os</strong> jovens <strong>adventistas</strong><br />

<strong>para</strong> melhor se pre<strong>para</strong>rem <strong>para</strong><br />

esse tipo de trabalho?<br />

É importante ter conhecimento<br />

sobre ciências políticas, relações<br />

inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is e direito inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l.<br />

Porém, o mais importante é realmente<br />

ter interesse pelas pessoas e se preocupar<br />

com elas. Devem<strong>os</strong> tratar a tod<strong>os</strong><br />

com respeito, ouvir o que eles têm a<br />

dizer e ponderar sobre isso. É também<br />

muito importante sentir o desejo<br />

de compartilhar sua fé, suas crenças<br />

e princípi<strong>os</strong>, mas de <strong>um</strong> modo não<br />

agressivo.<br />

n O que mantém seu entusiasmo pela<br />

liberdade religi<strong>os</strong>a?<br />

Conheci <strong>um</strong>a garota de 15 an<strong>os</strong><br />

de idade em <strong>um</strong>a de minhas viagens<br />

à Chi<strong>na</strong>. Descobri que seu pai, <strong>um</strong><br />

pastor adventista, estava <strong>na</strong> prisão há<br />

dez an<strong>os</strong>. Ela o via ape<strong>na</strong>s em visitas<br />

ocasio<strong>na</strong>is à prisão. Perguntei-lhe o<br />

que mais queria no mundo, e ela me<br />

respondeu: “Que meu pai volte <strong>para</strong><br />

casa.” Em moment<strong>os</strong> assim você experimenta<br />

a dor que resulta da violação<br />

da liberdade religi<strong>os</strong>a. Por essa razão,<br />

fico feliz em dedicar meu tempo trabalh<strong>and</strong>o<br />

por essa liberdade.<br />

Entrevista concedida a<br />

Bonita Joyner Shields<br />

Bonita Joyner Shields é editora assistente<br />

da Adventist Review, principal<br />

periódico da Igreja Adventista do<br />

Sétimo Dia. Os escritóri<strong>os</strong> da equipe<br />

editorial estão localizad<strong>os</strong> em Silver<br />

Spring, Maryl<strong>and</strong>, EUA. Seu e-mail é:<br />

shieldsb@gc.adventist.org<br />

O endereço do Dr. Jo<strong>na</strong>than<br />

Gallagher é: 12509 Old Col<strong>um</strong>bia<br />

Pike, Silver Spring, Maryl<strong>and</strong> 20904,<br />

EUA.<br />

21


Log<strong>os</strong><br />

Você é <strong>um</strong> verdadeiro<br />

discípulo de Cristo?<br />

Leah Jordache<br />

Como cristã<strong>os</strong>, dizem<strong>os</strong> que Cristo<br />

é n<strong>os</strong>so Líder e som<strong>os</strong> Seus discípul<strong>os</strong>.<br />

Mas, sabem<strong>os</strong> realmente o que isso<br />

significa?<br />

Para entender melhor o que é ser <strong>um</strong><br />

discípulo de Cristo, comecem<strong>os</strong> com<br />

<strong>um</strong>a definição e então proponham<strong>os</strong><br />

quatro questões <strong>para</strong> análise. Segundo<br />

o dicionário, “discípulo” é <strong>um</strong> aluno<br />

ou seguidor, <strong>um</strong> adepto convicto de<br />

<strong>um</strong>a escola ou de <strong>um</strong> indivíduo.<br />

Quem:<br />

a qualificação de <strong>um</strong> discípulo<br />

Para começar, <strong>um</strong> discípulo de Jesus<br />

é seu aluno e seguidor. Qu<strong>and</strong>o Cristo<br />

chamou Seus primeir<strong>os</strong> discípul<strong>os</strong>,<br />

disse: “Vinde após Mim, e Eu v<strong>os</strong> farei<br />

pescadores de homens” (Mateus 4:19).<br />

Alguns definem discípulo em term<strong>os</strong><br />

de comportament<strong>os</strong>, como a freqüência<br />

regular à igreja, a devolução fiel<br />

de dízim<strong>os</strong> e ofertas, a opção por <strong>um</strong><br />

estilo de vida saudável, o respeito da<br />

comunidade, o testemunho persuasivo<br />

acerca de qualquer ponto da verdade,<br />

ou o trabalho feito <strong>para</strong> <strong>um</strong>a organização<br />

cristã. Essas qualidades devem<br />

estar presentes <strong>na</strong> vida de <strong>um</strong> cristão,<br />

mas não o tor<strong>na</strong>m necessariamente<br />

<strong>um</strong> discípulo. O ponto central <strong>para</strong> a<br />

definição de <strong>um</strong> discípulo está no relacio<strong>na</strong>mento.<br />

Um verdadeiro discípulo<br />

de Jesus é <strong>um</strong> aluno que aprende ativamente<br />

de Jesus através de observações<br />

diretas e interação. Um discípulo é<br />

alguém que O segue e que está sendo<br />

moldado e formado <strong>para</strong> fazer o tipo<br />

de trabalho que Ele faz.<br />

É fácil n<strong>os</strong> pegarm<strong>os</strong> fazendo coisas<br />

que pensam<strong>os</strong> que <strong>um</strong> discípulo deve<br />

fazer, sem, contudo, realmente seguirm<strong>os</strong><br />

a Cristo. N<strong>os</strong> temp<strong>os</strong> de Jesus, o<br />

relacio<strong>na</strong>mento mestre/estudante significava<br />

que o discípulo deveria seguir<br />

de perto o rabino, fazer coisas que ele<br />

fazia, falar como ele falava e imitá-lo<br />

tão bem que alguns poderiam confundi-lo<br />

com seu mestre. Inicialmente isso<br />

poderia ser visto como <strong>um</strong>a gr<strong>and</strong>e<br />

meta <strong>para</strong> aqueles que desejam ser<br />

conhecid<strong>os</strong> como discípul<strong>os</strong> de Jesus.<br />

Todavia, é p<strong>os</strong>sível agir como discípul<strong>os</strong><br />

de Cristo, sem de fato segui-Lo.<br />

Que:<br />

a motivação de <strong>um</strong> discípulo<br />

O que motiva <strong>os</strong> discípul<strong>os</strong> a<br />

seguirem <strong>um</strong> mestre em particular?<br />

O que <strong>os</strong> impele? Qual é sua força<br />

propulsora? Na sociedade judaica d<strong>os</strong><br />

temp<strong>os</strong> de Jesus, <strong>os</strong> discípul<strong>os</strong> de rabin<strong>os</strong><br />

fam<strong>os</strong><strong>os</strong> esperavam que o fato de<br />

estarem ligad<strong>os</strong> ao mestre certo lhes<br />

trouxesse prestígio e p<strong>os</strong>ição em sua<br />

comunidade. Por meio de sua santidade<br />

pessoal eles esperavam obter influência<br />

e prestígio <strong>para</strong> si própri<strong>os</strong>, a fim<br />

de <strong>um</strong> dia se tor<strong>na</strong>rem rabin<strong>os</strong> e terem<br />

seguidores reivindic<strong>and</strong>o serem iguais a<br />

seus mestres.<br />

Não é assim com o discipulado<br />

cristão. Um discípulo de Cristo deve<br />

p<strong>os</strong>suir <strong>um</strong>a espécie diferente de motivação,<br />

que não tenha <strong>na</strong>da a ver com<br />

obtenção de proveit<strong>os</strong> ou realização<br />

pessoal. O apóstolo Paulo teve conhecimento<br />

antecipado do que significa<br />

ser discípulo de Cristo. Ele escreveu<br />

a<strong>os</strong> corínti<strong>os</strong> que a motivação do discipulado<br />

não está em si mesmo, mas<br />

em Cristo: “Pois o amor de Cristo n<strong>os</strong><br />

constrange, porque estam<strong>os</strong> convencid<strong>os</strong><br />

de que <strong>um</strong> morreu por tod<strong>os</strong>;<br />

logo, tod<strong>os</strong> morreram. E Ele morreu<br />

por tod<strong>os</strong> <strong>para</strong> que aqueles que vivem<br />

já não vivam mais <strong>para</strong> si mesm<strong>os</strong>,<br />

mas <strong>para</strong> Aquele que por eles morreu<br />

e ressuscitou” (II Corínti<strong>os</strong> 5:14, 15<br />

– NVI).<br />

Qu<strong>and</strong>o vam<strong>os</strong> a Jesus, aceitam<strong>os</strong><br />

o fato de que Ele morreu por nós, e<br />

som<strong>os</strong> compelid<strong>os</strong> a viver a nova vida<br />

de resgatad<strong>os</strong> do pecado. Essa nova<br />

vida está fundamentada não em nós<br />

mesm<strong>os</strong>, mas nEle e <strong>para</strong> Ele. Assim,<br />

<strong>um</strong> discípulo de Cristo é alguém impelido<br />

pelo amor de Deus a segui-Lo e<br />

ser como Ele.<br />

O discipulado vai além da obediência,<br />

além da santificação pessoal. Essas<br />

coisas ocorrem como resultado <strong>na</strong>tural<br />

de <strong>um</strong> íntimo relacio<strong>na</strong>mento discípulo/mestre<br />

com Cristo. Elas não são o<br />

propósito do processo de discipulado.<br />

Se meu foco está ape<strong>na</strong>s no que está<br />

acontecendo comigo, então ainda<br />

estou vivendo <strong>para</strong> mim mesmo.<br />

Pergunte a alguém sobre seu relacio<strong>na</strong>mento<br />

com Deus. Você poderá ouvir<br />

<strong>um</strong>a resp<strong>os</strong>ta semelhante a esta: “Bem,<br />

eu leio minha Bíblia e oro, freqüento<br />

a igreja regularmente, ouço música<br />

espiritual, faço o p<strong>os</strong>sível <strong>para</strong> ser <strong>um</strong>a<br />

boa pessoa, evito condescender com<br />

o pecado e ajudo as pessoas o quanto<br />

p<strong>os</strong>so. Não sou perfeito, mas acho<br />

que estou indo <strong>na</strong> direção certa.” Mas<br />

seguir a Cristo diz respeito ape<strong>na</strong>s às<br />

n<strong>os</strong>sas práticas ou observâncias, comportament<strong>os</strong><br />

e fil<strong>os</strong>ofia, n<strong>os</strong>sa própria<br />

experiência e discernimento? Poderia<br />

haver algo mais?<br />

Se vam<strong>os</strong> seguir a Cristo e viver <strong>para</strong><br />

Ele, então g<strong>os</strong>taria de apresentar duas<br />

prop<strong>os</strong>ições: (1) se eu seguir a Cristo,<br />

tenho de ir aonde Ele for; (2) se devo<br />

viver <strong>para</strong> Cristo, tenho de viver <strong>para</strong><br />

aquilo que Ele vive.<br />

Paulo diz: “Portanto, se alguém está<br />

em Cristo, é nova criação. As coisas<br />

antigas já passaram; eis que surgiram<br />

coisas novas!” (II Corínti<strong>os</strong> 5:17<br />

– NVI). Discipulado é precisamente<br />

isso. O que é velho passou. O que é<br />

novo ass<strong>um</strong>iu o com<strong>and</strong>o. Vida nova,<br />

novas metas, nov<strong>os</strong> propósit<strong>os</strong>.<br />

22 DIÁLOGO 18•3 2006


O discipulado cristão é <strong>um</strong> chamado<br />

<strong>para</strong> pertencer a Cristo no mais pleno<br />

sentido da palavra. Agora n<strong>os</strong> unim<strong>os</strong><br />

a Ele n<strong>um</strong> novo propósito. Como Seu<br />

discípulo, Seu destino é o meu destino,<br />

Sua motivação, a minha motivação.<br />

Onde:<br />

o destino de <strong>um</strong> discípulo<br />

O propósito da vida de Cristo é a<br />

reconciliação do mundo com Deus<br />

(II Corínti<strong>os</strong> 5:18 e 19). Ele conduz<br />

a h<strong>um</strong>anidade a <strong>um</strong>a restauração do<br />

relacio<strong>na</strong>mento com Deus. Como Seus<br />

discípul<strong>os</strong>, n<strong>os</strong>so destino precisa ser o<br />

mesmo. Paulo diz que Cristo n<strong>os</strong> deu<br />

“o ministério da reconciliação” (v. 18).<br />

O significado é claro. Assim como<br />

Cristo Se deu a Si mesmo até a morte<br />

de cruz, a fim de reconciliar o mundo<br />

com Deus, assim deve ser a n<strong>os</strong>sa<br />

missão. Como discípul<strong>os</strong>, deveríam<strong>os</strong><br />

n<strong>os</strong> entregar completamente a esse<br />

ministério de reconciliação. É n<strong>os</strong>sa<br />

tarefa como discípul<strong>os</strong>, levar de volta a<br />

Ele as pessoas por quem Cristo depôs<br />

Sua vida. Foi isso que Jesus quis dizer<br />

em Mateus 28:19 (NVI) qu<strong>and</strong>o ordenou:<br />

“Vão e façam discípul<strong>os</strong> de todas<br />

as <strong>na</strong>ções.” Esse é o n<strong>os</strong>so destino, a<br />

n<strong>os</strong>sa meta, o n<strong>os</strong>so propósito como<br />

Seus discípul<strong>os</strong>: conduzir outr<strong>os</strong> a <strong>um</strong><br />

relacio<strong>na</strong>mento restaurado com Deus<br />

através do conhecimento daquilo que<br />

Cristo realizou por eles.<br />

Como:<br />

a manifestação de <strong>um</strong> discípulo<br />

Como discípulo de Jesus e de acordo<br />

com II Corínti<strong>os</strong> 5:18, eu O represento<br />

perante o mundo e transmito-lhe<br />

Sua mensagem de reconciliação. Faço<br />

apel<strong>os</strong> em Seu favor. Minha manifestação<br />

é a Sua manifestação. Assim, o que<br />

meu apelo comunica a Seu respeito?<br />

Se sou <strong>um</strong> discípulo de Cristo, como<br />

devo ocupar-me da missão de ser <strong>um</strong><br />

embaixador da reconciliação em Seu<br />

nome? Em vista do quanto Deus esteve<br />

disp<strong>os</strong>to ao sacrifício, o que isso significa<br />

<strong>para</strong> nós como agentes de reconciliação?<br />

É p<strong>os</strong>sível term<strong>os</strong> conseguido tanto<br />

DIÁLOGO 18•3 2006<br />

em n<strong>os</strong>so próprio processo de discipulado,<br />

que n<strong>os</strong> esquecem<strong>os</strong> de n<strong>os</strong>so<br />

destino – n<strong>os</strong>so comissio<strong>na</strong>mento – de<br />

levar a mensagem divi<strong>na</strong> de reconciliação<br />

a outr<strong>os</strong>. Fom<strong>os</strong> reconciliad<strong>os</strong><br />

com Deus através de Cristo, portanto,<br />

como Seus seguidores, rogam<strong>os</strong> a<br />

outr<strong>os</strong>, em Seu nome, que se reconciliem<br />

com Ele. A liderança de Cristo é<br />

<strong>um</strong>a busca. Segui-Lo significa acompanhá-Lo<br />

em Sua busca. Devem<strong>os</strong> apelar<br />

ao mundo em nome de Cristo.<br />

Isso significa que qualquer <strong>um</strong> de<br />

nós que considere seriamente o discipulado<br />

deveria fazer <strong>um</strong> inventário<br />

de onde estam<strong>os</strong> como “seguidores<br />

de Cristo”. Comece respondendo às<br />

seguintes perguntas:<br />

1. Qualificação:<br />

• Sou <strong>um</strong> seguidor de Cristo?<br />

• Vou além da santificação pessoal<br />

<strong>para</strong> seguir a Cristo em Sua busca da<br />

reconciliação d<strong>os</strong> seres h<strong>um</strong>an<strong>os</strong> com<br />

Deus?<br />

2. Motivação:<br />

• Sou constrangido pelo amor que<br />

Cristo tem por mim?<br />

• Estou convencido de que Deus<br />

proveu tudo o que necessito, de forma<br />

que já não preciso viver <strong>para</strong> meus própri<strong>os</strong><br />

desígni<strong>os</strong>, mas <strong>para</strong> <strong>os</strong> Seus?<br />

• Estou disp<strong>os</strong>to a viver por Cristo<br />

e meus semelhantes, em lugar de simplesmente<br />

viver <strong>para</strong> mim mesmo?<br />

3. Destino:<br />

• Qual é o meu destino?<br />

• Onde as pessoas acabarão se me<br />

seguirem aonde eu as estou conduzindo<br />

agora?<br />

4. Manifestação:<br />

• Como embaixador de Cristo, o<br />

que minha manifestação está cont<strong>and</strong>o<br />

acerca de Deus a<strong>os</strong> outr<strong>os</strong>?<br />

• É visível em minha apresentação<br />

de Seu apelo o profundo desejo e a<br />

paixão de Cristo pela reconciliação?<br />

Lembre-se: “E, assim, se alguém está<br />

em Cristo, é nova criatura; as coisas<br />

antigas já passaram; eis que se fizeram<br />

novas. Ora, tudo provém de Deus,<br />

que n<strong>os</strong> reconciliou Consigo mesmo<br />

por meio de Cristo e n<strong>os</strong> deu o ministério<br />

da reconciliação, a saber, que<br />

Deus estava em Cristo reconcili<strong>and</strong>o<br />

Consigo o mundo, não imput<strong>and</strong>o<br />

a<strong>os</strong> homens as suas transgressões, e<br />

n<strong>os</strong> confiou a palavra da reconciliação.<br />

De sorte que som<strong>os</strong> embaixadores<br />

em nome de Cristo, como se Deus<br />

exortasse por n<strong>os</strong>so intermédio. Em<br />

nome de Cristo, pois, rogam<strong>os</strong> que v<strong>os</strong><br />

reconcilieis com Deus” (II Corínti<strong>os</strong><br />

5:17-20).<br />

Leah Jordache atua como pastora<br />

do ministério jovem da Igreja<br />

da Universidade de Loma Linda,<br />

Califórnia, EUA. Você pode entrar<br />

em contato com ela acess<strong>and</strong>o o<br />

site www.lluc.org ou escrevendo<br />

<strong>para</strong> ljordache@lluc.org<br />

23


ponto de vista<br />

Dez razões que me fazem<br />

permanecer adventista<br />

Dan Smith<br />

Em meio a<br />

questio<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> e<br />

controvérsias, a igreja que<br />

segue <strong>os</strong> ensi<strong>na</strong>ment<strong>os</strong> de<br />

Jesus irá triunfar no fi<strong>na</strong>l.<br />

Testes são comuns durante a vida. Na<br />

escola, testes determi<strong>na</strong>m sua classificação.<br />

Em <strong>um</strong> consultório médico, testes<br />

ajudam no diagnóstico e tratamento<br />

de <strong>um</strong>a doença. Um teste de direção é<br />

necessário <strong>para</strong> conseguir <strong>um</strong>a carteira<br />

de motorista.<br />

Mas o último é o Teste Fi<strong>na</strong>l. Como<br />

é que se faz <strong>para</strong> passar neste? A resp<strong>os</strong>ta<br />

fi<strong>na</strong>l será sempre “graça”. Entretanto,<br />

existe <strong>um</strong> problema. Sempre que Deus<br />

lhe dá a graça, Ele faz juntamente <strong>um</strong><br />

pacote que chamam<strong>os</strong> de “igreja”. Os<br />

estudantes do meu campus por vezes<br />

dirão: “Sou espiritual, mas não religi<strong>os</strong>o.”<br />

Isso normalmente indica problemas<br />

com a igreja.<br />

Sim, por vezes a igreja pode leválo<br />

à loucura. Política inter<strong>na</strong>, muitas<br />

regras, pessoas assust<strong>and</strong>o com histórias<br />

de perseguição n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> temp<strong>os</strong>,<br />

legalismo. Tive <strong>um</strong> garoto com cabelo<br />

comprido e camiseta vindo à minha<br />

congregação. Estava esper<strong>and</strong>o por sua<br />

<strong>na</strong>morada qu<strong>and</strong>o alguém lhe disse:<br />

“Você não pode entrar <strong>na</strong> igreja vestido<br />

desta forma. Terá de esperar do lado de<br />

fora.” Aquele jovem jurou nunca mais<br />

voltar à igreja até que eu o chamei <strong>para</strong><br />

desculpar-me.<br />

Como pastor, freqüentemente tive<br />

razões <strong>para</strong> me perguntar: por que<br />

permaneço dentro da igreja? Por que<br />

agüentar tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> problemas que<br />

encontro dentro dela? Minhas reflexões<br />

me levaram a anotar dez razões <strong>para</strong><br />

permanecer <strong>na</strong> igreja.<br />

1. O fardo de Deus não é pesado.<br />

“Pois o meu jugo é suave e o meu<br />

fardo é leve” (Mateus 11:30). 1<br />

Alguém me disse que sentia o adventismo<br />

pesado, mas Jesus diz: “Venham<br />

a mim, tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> que estão cansad<strong>os</strong> e<br />

sobrecarregad<strong>os</strong>, e eu lhes darei descanso...<br />

Pois o meu jugo é suave e meu<br />

fardo é leve” (Mateus 11:28 e 30). Se<br />

você sente que sua religião é pesada,<br />

você não obteve isto de Cristo. Esse<br />

verso se tornou <strong>um</strong> verso de definição<br />

<strong>para</strong> mim. Então tive que rever todo o<br />

meu adventismo, até que o senti leve.<br />

Charles Swindoll conta a história de<br />

<strong>um</strong> homem que foi a <strong>um</strong> aeroporto<br />

carreg<strong>and</strong>o <strong>um</strong>a mala pesada ligada por<br />

<strong>um</strong> fio ao seu relógio. Outro homem<br />

lhe perguntou o horário. Ele lhe disse<br />

o horário, a pontuação do Lakers e o<br />

tempo em Londres.<br />

– Seu relógio lhe diz tudo isso?<br />

Preciso dele. Pagarei 100 dólares.<br />

– Não está à venda.<br />

– 500 dólares.<br />

– Não, é único. Meu pai me deu e eu<br />

o darei ao meu filho.<br />

– 5 mil dólares. Preciso ter este relógio.<br />

Tenho o dinheiro aqui.<br />

– Ok, está bem.<br />

O comprador, emocio<strong>na</strong>do, põe o<br />

relógio no pulso e vai embora. O primeiro<br />

homem, então, pega a mala e<br />

grita:<br />

– Não, espere <strong>um</strong> minuto, não se<br />

esqueça de levar a bateria!<br />

Isso é o que acontece com muit<strong>os</strong><br />

nov<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong>. Eles vêm à igreja, amam<br />

a graça, o descanso sabático, o céu, o<br />

batismo e <strong>os</strong> nov<strong>os</strong> amig<strong>os</strong>. Então eles<br />

adquirem todas as leis e regras e logo se<br />

sentem carreg<strong>and</strong>o <strong>um</strong>a mala pesada.<br />

Mas Jesus diz: “Meu jugo é suave e meu<br />

fardo é leve.”<br />

2. Deus não é <strong>um</strong> ladrão! “O<br />

ladrão vem ape<strong>na</strong>s <strong>para</strong> roubar,<br />

matar e destruir; Eu vim <strong>para</strong><br />

que tenham vida, e a tenham<br />

ple<strong>na</strong>mente” (João 10:10).<br />

Satanás vem dizendo mentiras a respeito<br />

de Deus por milhares de an<strong>os</strong>:<br />

“Deus é <strong>um</strong> ladrão. Ele o enga<strong>na</strong>rá. Ele<br />

tirará toda a sua diversão. Cuide com<br />

Ele. Ele está aí <strong>para</strong> roubar a sua vida.”<br />

Mas Jesus diz: “Não sou <strong>um</strong> ladrão.”<br />

Então, tive que revisar todo o meu<br />

adventismo, cada doutri<strong>na</strong> e padrão<br />

da igreja <strong>para</strong> ter a certeza de que não<br />

havia <strong>na</strong>da dizendo que Deus é <strong>um</strong><br />

ladrão.<br />

3. Não temas. “Não tenham<br />

medo” (Lucas 2:10).<br />

Qu<strong>and</strong>o <strong>os</strong> anj<strong>os</strong> fi<strong>na</strong>lmente tiveram<br />

a chance de dizer algo a<strong>os</strong> seres h<strong>um</strong>an<strong>os</strong><br />

no gr<strong>and</strong>e conflito entre Deus e<br />

Satanás, suas primeiras palavras foram:<br />

“Não tenha medo!” Eu cresci com<br />

medo. Cada vez que pecava, ficava com<br />

medo que Deus tivesse tirado meu<br />

nome da “Lista”. Eu tinha medo do julgamento,<br />

d<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> dias, tudo isso.<br />

Mas <strong>os</strong> anj<strong>os</strong> disseram: “Não tema.<br />

Vá encontrá-lo em <strong>um</strong>a manjedoura.<br />

Ele é <strong>um</strong> bebê. Você não precisa ter<br />

medo de se aproximar de Deus.” Então<br />

novamente tive que revisar todo o meu<br />

adventismo e me livrar de todo o medo.<br />

Não ter mais medo de estar perdido,<br />

nem do julgamento e nem d<strong>os</strong> últim<strong>os</strong><br />

temp<strong>os</strong>.<br />

Qu<strong>and</strong>o estava no seminário, <strong>um</strong><br />

de meus irmã<strong>os</strong> me enviou bilhetes<br />

<strong>para</strong> o jogo Chicago Bulls x Portl<strong>and</strong><br />

Trailblazers. Eu era de Portl<strong>and</strong> e<br />

nós éram<strong>os</strong> <strong>os</strong> campeões do mundo.<br />

Qu<strong>and</strong>o o Chicago marcava pont<strong>os</strong>, 20<br />

mil pessoas ficavam em pé e torciam.<br />

Qu<strong>and</strong>o Portl<strong>and</strong> marcava, nós dois<br />

24 DIÁLOGO 18•3 2006


ficávam<strong>os</strong> em pé e torcíam<strong>os</strong>! Qu<strong>and</strong>o<br />

chegou o fi<strong>na</strong>l do jogo, Chicago roubou<br />

a bola e marcou, n<strong>os</strong> pass<strong>and</strong>o por<br />

<strong>um</strong> ponto, falt<strong>and</strong>o quatro segund<strong>os</strong><br />

<strong>para</strong> termi<strong>na</strong>r. Vinte mil pessoas em<br />

pé aplaudindo. Dois de nós sentad<strong>os</strong>!<br />

Portl<strong>and</strong> pediu tempo, voltou à quadra<br />

e Lionel Hollins fez <strong>um</strong> arremesso de<br />

longa distância que entrou <strong>na</strong> cesta<br />

enquanto a campainha indicava o fim<br />

do jogo! Dois de nós em pé, aplaudindo!<br />

Vinte mil sentad<strong>os</strong>, silêncio absoluto!<br />

Foi algo extraordinário em minha<br />

vida!<br />

Por vezes parece que o outro lado<br />

vai vencer. Onde está Deus? Por que<br />

Ele não m<strong>os</strong>tra mais o Seu poder? Por<br />

que não há milhões vindo <strong>para</strong> escutar<br />

acerca de Deus? Mas de alg<strong>um</strong>a forma<br />

irá acontecer. Um dia Deus irá m<strong>os</strong>trar<br />

o Seu poder e estádi<strong>os</strong> estarão chei<strong>os</strong><br />

de pessoas vindo <strong>para</strong> escutar acerca de<br />

Deus. Eu não quero estar dormindo. Eu<br />

não estou com medo.<br />

4. Boas novas! “Não tenham<br />

medo. Estou lhes trazendo boas<br />

novas de gr<strong>and</strong>e alegria” (Lucas<br />

2:10).<br />

Tudo a respeito de Deus são boas<br />

novas. Não devem existir alg<strong>um</strong>as boas<br />

novas com alg<strong>um</strong>as más novas. Errado,<br />

tudo deve ser boas novas.<br />

Qu<strong>and</strong>o estivem<strong>os</strong> em Pasade<strong>na</strong>,<br />

Califórnia, fom<strong>os</strong> a <strong>um</strong> casamento.<br />

Isso aconteceu durante o sétimo jogo<br />

das fi<strong>na</strong>is de basquete, entre Lakers e<br />

Portl<strong>and</strong>. No momento em que entram<strong>os</strong><br />

no carro, <strong>para</strong> irm<strong>os</strong> à recepção,<br />

n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> garot<strong>os</strong> ligaram o rádio. Os<br />

Lakers estavam perdendo de 15 a 18.<br />

Nós chegam<strong>os</strong> ao estacio<strong>na</strong>mento da<br />

recepção e ia desligar o carro. Os garot<strong>os</strong><br />

começaram a chorar: “Pai, você<br />

não pode desligar agora.” Fi<strong>na</strong>lmente,<br />

minha esp<strong>os</strong>a disse: “Dan, nós precisam<strong>os</strong><br />

ir. Vam<strong>os</strong> chegar atrasad<strong>os</strong>.” Então<br />

eu desliguei o carro e <strong>os</strong> garot<strong>os</strong>, com<br />

má vontade, saíram. Mas após cinco<br />

minut<strong>os</strong> dentro da recepção, a notícia<br />

começou a se espalhar: “Vocês ouviram<br />

que <strong>os</strong> Lakers venceram? Eles estão<br />

de volta!” Tod<strong>os</strong> ficaram sabendo em<br />

DIÁLOGO 18•3 2006<br />

ape<strong>na</strong>s cinco minut<strong>os</strong>. Por quê? Porque<br />

eram boas novas.<br />

Talvez a razão porque o evangelho<br />

ainda não tenha chegado ao mundo<br />

inteiro seja por não estarm<strong>os</strong> convencid<strong>os</strong><br />

de que tem<strong>os</strong> somente boas novas!<br />

5. Imensa alegria! “Estou lhes<br />

trazendo boas novas de gr<strong>and</strong>e<br />

alegria” (Lucas 2:10).<br />

Uma noite, ao chegar em casa, minha<br />

esp<strong>os</strong>a estava assistindo ao concerto<br />

de Elton John, no Madison Square<br />

Garden, em Nova Iorque. Eu nunca<br />

o havia escutado. Enquanto assistia,<br />

percebi 35 mil pessoas da minha idade<br />

cant<strong>and</strong>o com o cantor por duas horas,<br />

sabendo todas as letras. Eu fiquei <strong>um</strong><br />

pouco triste, pens<strong>and</strong>o comigo mesmo:<br />

“Qu<strong>and</strong>o algo assim irá acontecer <strong>para</strong><br />

Deus?” N<strong>os</strong>so culto deve ser mais intenso.<br />

Como cristã<strong>os</strong>, tem<strong>os</strong> que ser as pessoas<br />

mais intensas da face da terra, porque<br />

<strong>os</strong> anj<strong>os</strong> n<strong>os</strong> disseram que estavam<br />

trazendo boas novas de gr<strong>and</strong>e alegria.<br />

6. O Salvador <strong>na</strong>sceu! “Hoje…<br />

lhes <strong>na</strong>sceu o Salvador” (Lucas<br />

2:11).<br />

Ao compreenderm<strong>os</strong> de <strong>um</strong>a vez<br />

por todas o assunto “igreja”, estarem<strong>os</strong><br />

direcio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> totalmente a Cristo. Todo<br />

sermão será direcio<strong>na</strong>do a Cristo, toda<br />

doutri<strong>na</strong> se desenvolverá em torno de<br />

serm<strong>os</strong> discípul<strong>os</strong> de Cristo. Salvação<br />

será por graça somente, porque “hoje…<br />

lhes <strong>na</strong>sceu o Salvador”.<br />

Em Ru<strong>and</strong>a, 1994, com tantas<br />

mortes, pessoas começaram a procurar<br />

refúgio <strong>na</strong>s igrejas. Em <strong>um</strong>a manhã,<br />

<strong>um</strong> grupo entrou em <strong>um</strong>a igreja cristã,<br />

correndo de <strong>um</strong>a gangue de b<strong>and</strong>id<strong>os</strong><br />

vestid<strong>os</strong> com uniformes militares. Seu<br />

“oficial-com<strong>and</strong>ante” ordenou a tod<strong>os</strong><br />

<strong>os</strong> membr<strong>os</strong> que se deitassem e caminhou<br />

em direção a <strong>um</strong>a figura de Jesus,<br />

pendurada <strong>na</strong> parede, cuspiu nela e<br />

disse: “Jesus, você não tem valor, eu não<br />

quero <strong>na</strong>da com você.” Então o pastor<br />

caminhou em direção à mesma figura,<br />

cuspiu e disse o mesmo. Alguns líderes<br />

da congregação fizeram o mesmo.<br />

Fi<strong>na</strong>lmente, <strong>um</strong>a jovem levantou-se,<br />

pegou a sua própria roupa, limpou <strong>os</strong><br />

cuspes e disse: “Jesus, Você é a pessoa<br />

mais importante da minha vida. Sou<br />

eu quem não tenho valor alg<strong>um</strong>.” Ela<br />

virou-se em direção ao com<strong>and</strong>ante<br />

e disse: “Você pode atirar em mim,<br />

agora!” O oficial começou a chorar,<br />

pegou seu quepe e o pôs <strong>na</strong> jovem.<br />

Partiu-lhe o coração ver <strong>um</strong>a pessoa disp<strong>os</strong>ta<br />

a morrer por Cristo. N<strong>os</strong> últim<strong>os</strong><br />

dias, a igreja estará cheia de discípul<strong>os</strong><br />

de Cristo, chei<strong>os</strong> de fé como ela.<br />

7. Para todas as pessoas. “Estou<br />

lhes trazendo boas novas de<br />

gr<strong>and</strong>e alegria, que são <strong>para</strong> todo<br />

o povo” (Lucas 2:10).<br />

Na n<strong>os</strong>sa igreja, durante <strong>os</strong> últim<strong>os</strong><br />

dias, não haverá barreiras, discrimi<strong>na</strong>ção,<br />

hierarquias. Nós crescem<strong>os</strong> cant<strong>and</strong>o:<br />

“Cristo ama as criancinhas, todas<br />

que no mundo há, não importa qual a<br />

cor, Ele as quer com muito amor.” Mas<br />

não agim<strong>os</strong> assim. Em muitas partes<br />

do mundo tem<strong>os</strong> permitido, ainda<br />

hoje, a discrimi<strong>na</strong>ção e o preconceito<br />

guiar-n<strong>os</strong> em n<strong>os</strong>sas decisões. Qu<strong>and</strong>o<br />

pregava <strong>para</strong> <strong>um</strong>a platéia negra, o pastor<br />

H.M.S. Richards c<strong>os</strong>t<strong>um</strong>ava dizer<br />

bem alto: “Não haverá negr<strong>os</strong> no céu!”<br />

Silêncio. “Não haverá negr<strong>os</strong> no céu!”,<br />

ele repetia. As pessoas começavam a<br />

ficar nerv<strong>os</strong>as. Então dizia: “Não haverá<br />

pard<strong>os</strong> também. Nem branc<strong>os</strong>. Ape<strong>na</strong>s<br />

vermelh<strong>os</strong>, vermelh<strong>os</strong> do sangue do<br />

Cordeiro.” Todas as barreiras serão derrubadas.<br />

8. Liberdade. “Onde está o<br />

Espírito do Senhor, ali há<br />

liberdade” (II Corínti<strong>os</strong> 3:17).<br />

Muit<strong>os</strong> de nós crescem<strong>os</strong> sem o<br />

sentimento de liberdade. Pessoas guardaram<br />

<strong>os</strong> sábad<strong>os</strong>, deram seus dízim<strong>os</strong><br />

e ofertas, mudaram sua dieta, tiraram<br />

suas jóias, mas não se sentiram livres. Se<br />

a sua religião não o faz sentir-se livre,<br />

então não pode ter vindo do Espírito.<br />

Porque “onde está o Espírito do Senhor,<br />

ali há liberdade”.<br />

9. Tem de fazer sentido. “Venham,<br />

vam<strong>os</strong> refletir junt<strong>os</strong>” (Isaías<br />

25


1:18); “Ame o Senhor, o seu<br />

Deus de todo o seu coração, de<br />

toda a sua alma e de todo o seu<br />

entendimento” (Mateus 22:37).<br />

Tudo sobre a Igreja Adventista, n<strong>os</strong><br />

últim<strong>os</strong> dias, tem de estar firmado <strong>na</strong>s<br />

Escrituras e centrado em Cristo. Isso<br />

faz sentido, porque é a igreja de Deus<br />

e Deus tem de fazer sentido. Nós c<strong>os</strong>t<strong>um</strong>ávam<strong>os</strong><br />

dizer que você não podia ir<br />

ao cinema, mas podia assistir a filmes<br />

no ginásio da escola. Não, o lugar não<br />

era o ponto. O ponto era o que o filme<br />

faria <strong>para</strong> a sua alma. Tudo o que dizem<strong>os</strong><br />

tem de fazer sentido, porque Deus<br />

nunca é arbitrário. As pessoas têm de<br />

compreender que estão fazendo <strong>um</strong>a<br />

escolha com vontade própria e com<br />

seus olh<strong>os</strong> bem abert<strong>os</strong>. Poder escolher<br />

é <strong>um</strong> avanço, <strong>um</strong>a verdade maior e<br />

melhor.<br />

Loma Linda University<br />

10. Eu não tenho vergonha. “Não<br />

me envergonho do evangelho”<br />

(Roman<strong>os</strong> 1:16).<br />

Ao refletir sobre meu adventismo,<br />

com esta lista, fi<strong>na</strong>lmente cheguei a <strong>um</strong><br />

cristianismo e adventismo que podem<br />

me orgulhar. Recuso-me a acreditar em<br />

algo do qual tenha que me sentir envergonhado.<br />

An<strong>os</strong> atrás fiz <strong>um</strong> funeral <strong>para</strong> <strong>um</strong>a<br />

família rica. Estas pessoas tinham tudo<br />

– mansão, iate, avião, tudo. Eu estava<br />

lá, sentado, invej<strong>and</strong>o algo do que eles<br />

tinham qu<strong>and</strong>o <strong>um</strong> d<strong>os</strong> homens da<br />

família veio até mim e me perguntou:<br />

– Você acredita <strong>na</strong>quilo que você<br />

disse durante o serviço funerário?<br />

– Claro que sim – respondi.<br />

– Eu não. Eu c<strong>os</strong>t<strong>um</strong>ava acreditar.<br />

Esperava poder voltar a fazê-lo. Talvez<br />

se eu tivesse <strong>um</strong> pastor como você eu<br />

Geologia e Ciência Ambiental e do Sistema Terrestre<br />

Programas de Bacharelado em Ciências<br />

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acadêmica da Loma Linda University.<br />

poderia voltar a acreditar.<br />

Fiquei chocado em perceber que<br />

estive sentado ali desej<strong>and</strong>o ter o que<br />

ele tinha, e ele estava desej<strong>and</strong>o ter o<br />

que eu tinha. Prometi que eu nunca me<br />

envergonharia novamente. Estou orgulh<strong>os</strong>o<br />

de ser <strong>um</strong> cristão, orgulh<strong>os</strong>o de<br />

ser <strong>um</strong> adventista do sétimo dia. Tem<strong>os</strong><br />

o melhor quadro de Deus que conheço.<br />

O melhor pacote de verdade. A maior<br />

fidelidade à Bíblia que conheço.<br />

Conclusão<br />

Dick Winn escreveu <strong>um</strong>a vez que<br />

se você está infeliz com a igreja, tem<br />

alg<strong>um</strong>as alter<strong>na</strong>tivas. Pode ficar dentro,<br />

mantendo as aparências, entorpecido;<br />

pode sair de fininho pela porta d<strong>os</strong> fund<strong>os</strong>;<br />

pode ficar bravo e sair pela frente;<br />

ou pode escolher suas convicções “a<br />

la carte”, imagi<strong>na</strong>ndo que não precisa<br />

jogar tudo <strong>para</strong> o alto por ter problemas<br />

com alg<strong>um</strong> ponto. Bastaria manter o<br />

que funcio<strong>na</strong> <strong>para</strong> você!<br />

Ou você pode ainda ficar e trabalhar.<br />

Fazer melhor. E foi isso o que escolhi.<br />

Estive em meio a controvérsias teológicas.<br />

Tive amig<strong>os</strong> deix<strong>and</strong>o a igreja, até<br />

mesmo ab<strong>and</strong>o<strong>na</strong>ndo o ministério. Eu<br />

olhei <strong>para</strong> isso, mas fi<strong>na</strong>lmente decidi<br />

ficar. Se você e eu partirm<strong>os</strong>, outras<br />

pessoas terão a palavra fi<strong>na</strong>l sobre o<br />

que a igreja se tor<strong>na</strong>rá. Se você partir,<br />

você não adquire <strong>um</strong> voto, então eu<br />

decido ficar. Contanto que eu tenha <strong>um</strong><br />

púlpito ou você tenha o seu <strong>papel</strong> <strong>na</strong><br />

igreja, nós tem<strong>os</strong> algo a dizer e podem<strong>os</strong><br />

trabalhar <strong>para</strong> fazer com que a Igreja<br />

Adventista seja aquilo que deveria ser.<br />

Então fique! Decida hoje que <strong>na</strong>da o<br />

poderá afastar – nenh<strong>um</strong>a hipocrisia,<br />

nenh<strong>um</strong>a política, <strong>na</strong>da. Permaneça.<br />

Ame a igreja porque Jesus ama a igreja e<br />

morreu por ela.<br />

Dan Smith é o pastor principal da<br />

Igreja da Universidade de La Sierra<br />

em Riverside, Califórnia, EUA. Seu<br />

e-mail: dsmith@lasierra.edu<br />

1. Todas as citações bíblicas são da NVI.<br />

26 DIÁLOGO 18•3 2006


Depressão<br />

Continuaçáo da pág. 17<br />

Como lutar contra a desesperança?<br />

Desenvolvendo confiança em Deus,<br />

construindo autoconfiança, estimul<strong>and</strong>o<br />

recurs<strong>os</strong> pessoais e mobiliz<strong>and</strong>o<br />

forças mentais e espirituais <strong>para</strong> criar<br />

<strong>um</strong>a atm<strong>os</strong>fera esperanç<strong>os</strong>a. Esperança<br />

é acreditar que sempre existe <strong>um</strong>a<br />

Instruções <strong>para</strong> avaliar o Teste<br />

Wang <strong>para</strong> diagnóstico de<br />

depressão:<br />

1. Marque <strong>os</strong> itens 1, 3, 4, 7,<br />

9, e 10, da esquerda <strong>para</strong><br />

a direita, d<strong>and</strong>o 1 ponto<br />

<strong>para</strong> a colu<strong>na</strong> “Nunca”,<br />

2 <strong>para</strong> “Raramente”, 3<br />

<strong>para</strong> “Às vezes”, 4 <strong>para</strong><br />

“Freqüentemente”, e 5 <strong>para</strong><br />

“Sempre”.<br />

2. Marque <strong>os</strong> itens 2, 5, 6 e 8,<br />

da direita <strong>para</strong> a esquerda,<br />

d<strong>and</strong>o 1 ponto <strong>para</strong> “Sempre”,<br />

2 <strong>para</strong> “Freqüentemente”,<br />

3 <strong>para</strong> “Às vezes”, 4 <strong>para</strong><br />

“Raramente”, e 5 <strong>para</strong><br />

“Nunca”.<br />

3. Coloque <strong>os</strong> pont<strong>os</strong> de cada<br />

fileira à extrema direita. Some<br />

e multiplique o total por 2<br />

<strong>para</strong> obter o índice de porcentagem.<br />

4. Localize o índice de porcentagem<br />

<strong>na</strong> Tabela de interpretação<br />

abaixo.<br />

Tabela de interpretação<br />

Valores normais:<br />

Até 40 pont<strong>os</strong><br />

Situação limite:<br />

Entre 41 e 50<br />

Depressão menor:<br />

Entre 51 e 60<br />

Depressão moderada:<br />

Entre 61 e 70<br />

Depressão grave:<br />

Maior que 71<br />

DIÁLOGO 18•3 2006<br />

saída. Por isso, perguntam<strong>os</strong> a Annie:<br />

“O que você fará depois que superar a<br />

depressão? Como será o dia seguinte?”<br />

Planej<strong>and</strong>o o futuro, <strong>para</strong> viver com<br />

seus filh<strong>os</strong>, ela foi capaz de visualizar<br />

<strong>um</strong>a vida feliz. Pouco a pouco, viu sentido<br />

<strong>na</strong> vida e a luz começou a surgir.<br />

10. Confie em Deus. Envolvimento<br />

religi<strong>os</strong>o é <strong>um</strong>a variável importante<br />

que recebeu atenção em recente literatura<br />

em depressão. Vári<strong>os</strong> estud<strong>os</strong> de<br />

alto perfil 8 indicam que cert<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong><br />

de religi<strong>os</strong>idade (por exemplo, envolvimento<br />

religi<strong>os</strong>o público, motivação<br />

religi<strong>os</strong>a intrínseca) podem ser inversamente<br />

relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> a<strong>os</strong> sintomas<br />

depressiv<strong>os</strong>. Ou seja, maior o envolvimento<br />

religi<strong>os</strong>o, menores <strong>os</strong> sintomas<br />

da depressão.<br />

Mario Pereyra (Ph.D., Universidade<br />

de Córdoba, Argenti<strong>na</strong>) é <strong>um</strong> psicólogo<br />

clínico. Também é professor<br />

e pesquisador <strong>na</strong> Universidade de<br />

Montemorel<strong>os</strong>, México. Ele é autor<br />

de vári<strong>os</strong> artig<strong>os</strong> e livr<strong>os</strong>, dentre<br />

<strong>os</strong> quais ¡Sea feliz! Cómo vencer la<br />

depresión y controlar la ansiedad<br />

(Publicações da Universidade de<br />

Montemorel<strong>os</strong>, 2005), co-autor com<br />

Carl<strong>os</strong> Mussi, de onde este artigo foi<br />

adaptado. Seu e-mail é: pereyram@<br />

<strong>um</strong>.edu.mx<br />

REFERÊNCIAS<br />

1. Organização Mundial da Saúde (2006).<br />

Depressão. O que é depressão? Disponível em:<br />

.<br />

2. Idem.<br />

3. S. R. H. Beach <strong>and</strong> N. Amir. “Is Depression<br />

Taxonic, Dimensio<strong>na</strong>l, or Both?”, Jour<strong>na</strong>l of<br />

Abnormal Psychology 112, 2003. pp. 228-36.<br />

4. M. Pereyra y C. Mussi. ¡Sea feliz! Cómo<br />

vencer la depresión y controlar la ansiedad.<br />

Montemorel<strong>os</strong>, México: Publicações da<br />

Universidade de Montemorel<strong>os</strong>, 2005.<br />

5. W. Kuyken. “Cognitive Therapy Outcome:<br />

The Effects of Hopelessness in a Naturalistic<br />

Outcome Study”, Behaviour Research <strong>and</strong><br />

Therapy 42, 2004. pp. 631-46.<br />

6. M. A. Young, L. F. Fogg, W. Scheftner, J.<br />

Fawcett, H. Akiskal, e J. Maser. “Stable Trait<br />

Components of Hopelessness: Baseline <strong>and</strong><br />

Sensitivity to Depression”, Jour<strong>na</strong>l of Abnormal<br />

Psychology 105, 1996. pp.155-65.<br />

7. L. P. Riso e C. F. Newman. “Cognitive Therapy<br />

for Chronic Depression”, Jour<strong>na</strong>l of Clinical<br />

Psychology 59, 2003. pp. 817-31.<br />

8. Por exemplo: A. W. Braam, P. van den Eeden,<br />

M. J. Prince, A. T. F. Beekman, S. L. Kivelae,<br />

B. A. Lawlor, et al. “Religion as a Cr<strong>os</strong>s-<br />

Cultural Determi<strong>na</strong>nt of Depression in Elderly<br />

Europeans: Results from the Eurodpe colaboration”,<br />

Medici<strong>na</strong> Psicológica 31, 2001. pp. 803-<br />

14.<br />

Para leitura adicio<strong>na</strong>l<br />

Associação America<strong>na</strong> de Psiquiatria. Diagnóstico<br />

e Manual Estatístico de Desordens Mentais, 4th<br />

ed., DSM-IV, Washington, D.C., revisão de<br />

texto, 2000.<br />

D. G. Blazer, R.C. Kessler, K.A. McGo<strong>na</strong>gle, e M.<br />

S. Swartz. “The Prevalence <strong>and</strong> Distribution of<br />

Major Depression in a Natio<strong>na</strong>l Community<br />

Sample: The Natio<strong>na</strong>l Comorbidity Survey”,<br />

Jor<strong>na</strong>l Americano de Psiquiatria, 151, 1994,<br />

pp. 979-86.<br />

P. Saz, e M. E. Dewey. “Depression, Depressive<br />

Symptoms <strong>and</strong> Mortality in Persons Aged<br />

65 <strong>and</strong> Over Living in the Community: A<br />

Systematic Review of the Literature”, Jor<strong>na</strong>l<br />

Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de Psiquiatria Geriátrica, 16,<br />

2001, pp. 622-30.<br />

T. B. Smith, M. E. McCullough, e J. Poll.<br />

“Religiousness <strong>and</strong> Depression: Evidence for<br />

a Main Effect <strong>and</strong> the Moderating Influence<br />

of Stressful Life Events”, Boletim Psicológico,<br />

129:4, 2003, pp. 614-36.<br />

27


EM Ação<br />

Conferência sobre<br />

criacionismo em Portugal<br />

Membr<strong>os</strong> da Associação de Estudantes<br />

da Universidade Adventista de Portugal<br />

partici<strong>para</strong>m da conferência sobre criacionismo<br />

realizada de 2 a 5 de setembro<br />

de 2005. Entre <strong>os</strong> 160 participantes estavam<br />

presentes professores e profissio<strong>na</strong>is<br />

<strong>adventistas</strong>. A conferência teve palestras<br />

sobre biogeografia, geologia, paleontologia<br />

e teologia apresentadas pel<strong>os</strong> membr<strong>os</strong><br />

do Ge<strong>os</strong>cience Research Institute<br />

– Raúl Esperante, James Gibson, Jacques<br />

Sauvag<strong>na</strong>t, Ro<strong>na</strong>ld Nalin – e outr<strong>os</strong><br />

especialistas.<br />

Uma pergunta-chave foi colocada<br />

em pauta sobre vári<strong>os</strong> ângul<strong>os</strong>: como<br />

poderiam profissio<strong>na</strong>is e estudantes de<br />

universidades <strong>adventistas</strong> manter <strong>um</strong>a<br />

fé estabelecida <strong>na</strong> Bíblia enquanto estão<br />

sendo bombardead<strong>os</strong> por idéias evolucionistas<br />

e pont<strong>os</strong> de vista seculares?<br />

Um d<strong>os</strong> pont<strong>os</strong> mais importantes<br />

durante o encontro foi <strong>um</strong>a visita dirigida<br />

ao parque paleontológico localizado<br />

em <strong>um</strong>a área de <strong>um</strong>a antiga pedreira,<br />

onde longas trilhas ou pegadas de vári<strong>os</strong><br />

tip<strong>os</strong> de din<strong>os</strong>saur<strong>os</strong> podem ser observad<strong>os</strong><br />

de perto.<br />

Reportagem de Miguel A. Nunes,<br />

estudante universitário e líder em<br />

Portugal. E-mail: manunes@gmail.<br />

com<br />

Estudantes se<br />

encontram<br />

no Brasil <strong>para</strong><br />

aprender e<br />

compartilhar<br />

Sob o tema “Eu Escolho Ser Fiel”,<br />

mais de 300 estudantes universitári<strong>os</strong><br />

<strong>adventistas</strong> e amig<strong>os</strong> se encontraram<br />

no fim de sema<strong>na</strong> de 18 de março de<br />

2006, no sul do Brasil, <strong>para</strong> aprender<br />

sobre a criação e compartilhar o<br />

presente da vida com outr<strong>os</strong>. A reunião<br />

foi promovida pela Associação<br />

de Estudantes Adventistas da Missão<br />

Ocidental Sul-Rio-Gr<strong>and</strong>ense.<br />

No evento, mais de 100 estudantes<br />

e líderes também doaram sangue em<br />

favor da iniciativa do Projeto Mais<br />

Vida. O prefeito da cidade recebeu<br />

<strong>os</strong> participantes com boas-vindas: “A<br />

cidade de Passo Fundo está encantada<br />

por receber a visita de jovens cristã<strong>os</strong><br />

que vêm fortalecer sua fé e expressar<br />

sua solidariedade com <strong>os</strong> que precisam.<br />

Nós apreciam<strong>os</strong> profundamente sua<br />

contribuição ao banco municipal de<br />

sangue.”<br />

O geólogo Nahor N. Souza Jr.,<br />

doutor em Geologia, foi o orador do<br />

evento. Ele falou d<strong>os</strong> assunt<strong>os</strong> das<br />

origens e catastrofismo. “A evidência<br />

científica em favor da Criação, como é<br />

descrita <strong>na</strong> Bíblia, tor<strong>na</strong>-se mais forte<br />

com o passar do tempo”, declarou.<br />

“No entanto”, ele acrescentou, “mais<br />

importante que o conhecimento desta<br />

evidência é sua amizade pessoal com<br />

Jesus e sua capacidade de compartilhar<br />

Seu amor com outr<strong>os</strong>”.<br />

O pastor Areli Barb<strong>os</strong>a, diretor do<br />

ministério d<strong>os</strong> jovens da União Sul<br />

do Brasil, também falou ao grupo,<br />

realç<strong>and</strong>o três pont<strong>os</strong>. Primeiro, a<br />

necessidade de filtrar a informação<br />

que alcança <strong>os</strong> estudantes <strong>na</strong> universidade<br />

pel<strong>os</strong> mei<strong>os</strong> de comunicação.<br />

“Reuniões tal como estam<strong>os</strong> tendo<br />

28 DIÁLOGO 18•3 2006


ajudam <strong>os</strong> estudantes a se aprofundar<br />

em suas convicções cristãs e fornecem<br />

mais arg<strong>um</strong>ent<strong>os</strong> <strong>para</strong> defender sua fé”,<br />

afirmou. Em segundo lugar, destacou:<br />

“Este fór<strong>um</strong> permite a<strong>os</strong> estudantes<br />

fazerem perguntas críticas e exp<strong>and</strong>ir<br />

seu círculo de amig<strong>os</strong> <strong>adventistas</strong>.”<br />

Terceiro, <strong>os</strong> criacionistas se tor<strong>na</strong>m<br />

mais n<strong>um</strong>er<strong>os</strong><strong>os</strong> e articulad<strong>os</strong> <strong>para</strong><br />

proclamar a realidade de <strong>um</strong> universo<br />

projetado por Deus.<br />

O pastor Ignácio Kalbermatter, presidente<br />

da União Sul do Brasil, fechou<br />

o programa encoraj<strong>and</strong>o <strong>os</strong> participantes<br />

a fazer diferença em seu lugar de<br />

estudo ou trabalho e fazer de Jesus o<br />

centro de sua vida <strong>para</strong> testemunhar.<br />

Reportagem de Charlise Alves<br />

<strong>para</strong> a Associação de Estudantes<br />

Adventistas da Missão Ocidental Sul-<br />

Rio-Gr<strong>and</strong>ense, no Brasil.<br />

Envie-n<strong>os</strong> o relatório<br />

de seu<br />

grupo<br />

Os líderes das associações de estudantes<br />

universitári<strong>os</strong> <strong>adventistas</strong> são convidad<strong>os</strong><br />

a enviarem <strong>um</strong> breve relatório das atividades<br />

de seu grupo e <strong>um</strong>a ou duas fot<strong>os</strong><br />

digitais <strong>para</strong> publicação <strong>na</strong> revista Diálogo.<br />

Inclua toda informação relevante a respeito<br />

do grupo de estudantes, descrevendo<br />

suas atividades principais, desafi<strong>os</strong>, plan<strong>os</strong> e<br />

também mencio<strong>na</strong>ndo o nome, cargo e e-<br />

mail do autor do relatório. As informações<br />

deverão ser encaminhadas a Susa<strong>na</strong> Schulz<br />

(schulzs@gc.adventist.org). Obrigado!<br />

DIÁLOGO 18•3 2006<br />

Estudantes <strong>adventistas</strong><br />

ganenses organizam<br />

conferências bíblicas<br />

Sob o patrocínio da Gha<strong>na</strong> Natio<strong>na</strong>l<br />

Association of Adventista Students<br />

(GNAAS), Samuel Koranteng-Pipim,<br />

diretor de ministério <strong>para</strong> <strong>os</strong> universitáries<br />

da Associação do Michigan,<br />

ministrou <strong>um</strong>a série de conferências<br />

bíblicas sobre o tema “Vivendo Sem<br />

Medo”.<br />

A programação foi realizada <strong>na</strong><br />

Universidade de Ciência e Tecnologia<br />

Kwame Nkr<strong>um</strong>ah em K<strong>um</strong>asi, Ga<strong>na</strong>,<br />

de fevereiro a março de 2006.<br />

O evento reuniu diariamente cerca<br />

de 700 estudantes, atingindo o pico de<br />

freqüência de 1.500 pessoas n<strong>os</strong> fins<br />

de sema<strong>na</strong>. Ao fi<strong>na</strong>l da série, foram<br />

batizadas 37 pessoas. Várias outras<br />

estão estud<strong>and</strong>o a Bíblia com membr<strong>os</strong><br />

da GNAAS. Os recém-batizad<strong>os</strong> estão<br />

recebendo estud<strong>os</strong> especiais <strong>para</strong> aprofundar<br />

sua compreensão sobre as crenças<br />

e estilo de vida que abraçaram.<br />

A GNAAS foi organizada n<strong>os</strong> an<strong>os</strong><br />

1960 por <strong>um</strong> grupo de 13 estudantes.<br />

Hoje, a associação tem mais de<br />

500 membr<strong>os</strong> distribuíd<strong>os</strong> pelo país.<br />

Para o pastor Koranteng-Pipim, esse<br />

evento foi <strong>um</strong> retorno memorável à<br />

universidade onde estudou e aceitou o<br />

adventismo.<br />

Os pre<strong>para</strong>tiv<strong>os</strong> <strong>para</strong> as conferências<br />

começaram com a organização<br />

de várias comissões e séries de retir<strong>os</strong><br />

espirituais, projetad<strong>os</strong> <strong>para</strong> aprofundar<br />

n<strong>os</strong>so próprio comprometimento em<br />

dar o melhor <strong>para</strong> Deus. N<strong>os</strong>so lema<br />

era: “Se você não for <strong>um</strong> missionário,<br />

é <strong>um</strong> campo de missão.” Foram necessári<strong>os</strong><br />

fund<strong>os</strong> consideráveis <strong>para</strong> organizar<br />

o programa. Deus respondeu às<br />

n<strong>os</strong>sas orações, permitindo-n<strong>os</strong> arrecadar<br />

<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> fi<strong>na</strong>nceir<strong>os</strong> requerid<strong>os</strong>.<br />

Visitam<strong>os</strong> todas as residências do campus,<br />

convid<strong>and</strong>o n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> colegas <strong>para</strong> o<br />

programa. Foram distribuíd<strong>os</strong> pr<strong>os</strong>pect<strong>os</strong><br />

e colocad<strong>os</strong> banners. A rádio oficial<br />

do campus divulgou <strong>os</strong> anúnci<strong>os</strong>.<br />

O programa apresentou devocio<strong>na</strong>is<br />

mati<strong>na</strong>is sobre o tema “Um Dia<br />

de Cada Vez”, que falava ao coração;<br />

e <strong>um</strong>a sessão vesperti<strong>na</strong> focaliz<strong>and</strong>o<br />

o tema “Vivendo Sem Medo”, que<br />

apelava à mente. O orador m<strong>os</strong>trou<br />

convincentemente que a mensagem<br />

adventista é bíblica, razoável e crível.<br />

O capelão da universidade, Paul Boafo,<br />

e sua esp<strong>os</strong>a, eram ouvintes freqüentes.<br />

“Estas são mensagens que n<strong>os</strong>so<br />

campus precisa, em lugar de barulho e<br />

tambores”, declarou.<br />

Os gr<strong>and</strong>es problemas que afetam<br />

tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> estudantes <strong>adventistas</strong> da<br />

universidade são as conferências e <strong>os</strong><br />

exames a<strong>os</strong> sábad<strong>os</strong>. Por optarem permanecer<br />

fiéis ao sábado, muit<strong>os</strong> ficam<br />

atrasad<strong>os</strong> em seus estud<strong>os</strong>. Foram<br />

tentad<strong>os</strong> mei<strong>os</strong> legais, mas sem sucesso.<br />

Como continuam<strong>os</strong> a orar pela<br />

intervenção divi<strong>na</strong>, pedim<strong>os</strong> orações<br />

de n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> colegas estudantes vis<strong>and</strong>o à<br />

solução desse sério obstáculo às n<strong>os</strong>sas<br />

convicções.<br />

Reportagem de Erik Adjapong da<br />

Gha<strong>na</strong> Natio<strong>na</strong>l Association of<br />

Adventist Studens. Seu e-mail: askfknust@yahoo.com.<br />

Sala de reuniões.<br />

29


Livr<strong>os</strong><br />

Beginnings: are Science <strong>and</strong><br />

Scripture Partners in the<br />

Search for Origins?<br />

de Leo<strong>na</strong>rd Br<strong>and</strong> com David C. Jarnes<br />

(Nampa, Idaho: Pacific Press Publ. Assn.,<br />

2006; 176 pp., brochura).<br />

Resenha de Timothy G. St<strong>and</strong>ish<br />

Como professor de paleontologia <strong>na</strong> Universidade de<br />

Loma Linda, Leo<strong>na</strong>rd Br<strong>and</strong> dirige <strong>um</strong> produtivo programa<br />

de pesquisa e tem publicado inúmer<strong>os</strong> artig<strong>os</strong> de excelente<br />

nível em publicações científicas. Seu primeiro livro, Faith,<br />

Reason <strong>and</strong> Earth History (Andrews University Press, 1997),<br />

sintetizou muito bem conflitantes áreas de conhecimento e<br />

linhas de evidência. Em Beginnings, ele encara <strong>um</strong> desafio<br />

no qual muit<strong>os</strong> falharam: <strong>um</strong> livro criacionista que é ao<br />

mesmo tempo tecnicamente preciso e acessível a quem não<br />

é <strong>um</strong> cientista. A virtude e a complexidade de tal tarefa é<br />

evidente ao se ler o livro.<br />

Uma leitura literal da Bíblia não produz necessariamente<br />

<strong>um</strong>a clara compreensão d<strong>os</strong> detalhes da <strong>na</strong>tureza. Isto é<br />

particularmente verdade quanto ao registro fóssil. Br<strong>and</strong><br />

evita atacar a ordem no registro fóssil ou outras doutri<strong>na</strong>s da<br />

geologia. Em vez disso, ele com<strong>para</strong> interpretações da evidência<br />

geológica de <strong>um</strong> dilúvio recente com interpretações<br />

que exigem longas eras ou milhões de an<strong>os</strong>, m<strong>os</strong>tr<strong>and</strong>o que<br />

ambas as interpretações enfrentam importantes desafi<strong>os</strong>. A<br />

compreensão de que nenh<strong>um</strong> d<strong>os</strong> lad<strong>os</strong> tem todas as resp<strong>os</strong>tas<br />

<strong>para</strong> as questões sobre geologia, biologia e tempo deveria<br />

servir de encorajamento àqueles que acreditam que ainda<br />

resta algo a ser feito por cientistas que acreditam <strong>na</strong> Bíblia.<br />

Talvez ainda mais interessante “e arriscado por ainda não<br />

haver passado pelo crivo da opinião crítica” é o modelo da<br />

“geologia holística” de Br<strong>and</strong> <strong>para</strong> interpretar a história da<br />

Terra.<br />

A lógica clara e sucinta de Br<strong>and</strong> propicia <strong>um</strong>a ótima<br />

compreensão tanto do pensamento criacionista quanto do<br />

darwiniano. Leitores que desejam compreender a teoria evolutiva<br />

e por que alguns acham atraentes suas explicações vão<br />

g<strong>os</strong>tar desse livro. Porém, Beginnings não é o livro ideal <strong>para</strong><br />

qualquer <strong>um</strong>. Leitores com maior conhecimento científico<br />

podem achar que alg<strong>um</strong>as idéias não estão adequadamente<br />

esboçadas e apresentadas. Além disso, frases explicativas desti<strong>na</strong>das<br />

a ajudar o leitor com<strong>um</strong> podem irritar o leitor mais<br />

experiente.<br />

Alg<strong>um</strong>as declarações desti<strong>na</strong>das a clarificar detalhes<br />

acabam confundindo. Por exemplo, ao discutir desenvolvimento<br />

e teoria, diferentes esquemas de corpo animal usad<strong>os</strong><br />

<strong>para</strong> classificar organism<strong>os</strong> em grup<strong>os</strong> maiores são mencio<strong>na</strong>d<strong>os</strong>,<br />

mas <strong>os</strong> exempl<strong>os</strong> citad<strong>os</strong> <strong>para</strong> ilustrar tais grup<strong>os</strong> são<br />

“répteis, mamífer<strong>os</strong>, pássar<strong>os</strong>, etc” (p. 85). Tais exempl<strong>os</strong><br />

não são adequad<strong>os</strong>; tod<strong>os</strong> têm o mesmo corpo vertebrado<br />

quádruplo e são classificad<strong>os</strong> dentro de <strong>um</strong> único grupo, o<br />

Chordata. Problemas assim, porém, não são freqüentes.<br />

O texto de Beginnings foi editado por David Jarnes <strong>para</strong><br />

torná-lo mais simples. Se ele realmente conseguiu fazer isso<br />

é passível de discussão. Na minha opinião, Beginnings é o<br />

melhor esforço até o momento <strong>para</strong> fazer com que leitores<br />

comuns apreciem <strong>os</strong> assunt<strong>os</strong> mais técnic<strong>os</strong> e fil<strong>os</strong>ófic<strong>os</strong><br />

confrontad<strong>os</strong> por cientistas que crêem <strong>na</strong> Bíblia. Mas, aqueles<br />

que desejam oferecer o livro a leitores mais pre<strong>para</strong>d<strong>os</strong><br />

cientificamente talvez devessem optar pelo livro anterior de<br />

Br<strong>and</strong> ou alg<strong>um</strong> outro dentre <strong>os</strong> excelentes tratad<strong>os</strong> técnic<strong>os</strong><br />

disponíveis.<br />

Timothy G. St<strong>and</strong>ish (Ph.D., Universidade George<br />

Mason) é cientista do Ge<strong>os</strong>cience Research Institute.<br />

Seu endereço p<strong>os</strong>tal: 11060 Campus Street, Loma Linda,<br />

Califórnia 92350, EUA.<br />

Misión y Contextualización:<br />

Llevar el Mensaje Bíblico a un<br />

Mundo Multicultural<br />

Editado por Gerald A. Klingbeil<br />

(Libertador San Martín, Entre Rí<strong>os</strong>,<br />

Argenti<strong>na</strong>: Editorial Universidad<br />

Adventista del Plata, 2005; 388 pp.,<br />

brochura).<br />

Resenha de Mario River<strong>os</strong><br />

Quais são <strong>os</strong> desafi<strong>os</strong> da missão cristã n<strong>um</strong> mundo multicultural?<br />

Como o testemunho cristão enfrenta o problema da<br />

contextualização? Essas e outras questões vitais <strong>para</strong> a missão<br />

e a c<strong>os</strong>movisão cristãs foram discutidas n<strong>um</strong> recente simpósio<br />

de líderes da Igreja e teólog<strong>os</strong> <strong>na</strong> Universidade Adventista<br />

de River Plate, <strong>na</strong> Argenti<strong>na</strong>. Dezenove das melhores apresentações<br />

estão agora disponíveis àqueles que se interessam<br />

pel<strong>os</strong> assunt<strong>os</strong> de missão e cultura, graças ao excelente trabalho<br />

editorial de Gerald Klingbeil.<br />

O vol<strong>um</strong>e tem cinco seções. A primeira começa com a<br />

metodologia da contextualização empregada por antig<strong>os</strong><br />

tradutores judeus n<strong>os</strong> Targuns, com o propósito de tor<strong>na</strong>r a<br />

mensagem das Escrituras Hebraicas acessível àqueles que não<br />

mais falavam o hebraico, mas o aramaico. Há dicas que se<br />

aplicam à “difícil missão de apresentar o evangelho eterno a<br />

todas as culturas, a todas as c<strong>os</strong>movisões, a todas as classes,<br />

a todas as cidades, a tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> lares e famílias” (p. 21). Em<br />

seu artigo, Carl<strong>os</strong> H. Cerdá destaca a confiança interpessoal<br />

30 DIÁLOGO 18•3 2006


e consciência moral como fatores-chave <strong>para</strong> o avanço da<br />

missão.<br />

A seção histórica tem George Reid recapitul<strong>and</strong>o o desenvolvimento<br />

da igreja primitiva até o tempo de Constantino<br />

e a consolidação do cristianismo como a religião oficial do<br />

Império Romano. O processo termi<strong>na</strong> com <strong>um</strong>a advertência:<br />

“Um si<strong>na</strong>l solene contra qualquer forma de contextualização<br />

<strong>na</strong> missão não firmemente comprometida com <strong>os</strong> valores<br />

ap<strong>os</strong>tólic<strong>os</strong>” (p. 89). Stefan Höschele aborda o crescimento<br />

extraordinário do adventismo <strong>na</strong> África em meio a <strong>um</strong>a<br />

gr<strong>and</strong>e diversidade de culturas e situações religi<strong>os</strong>as e étnicas,<br />

busc<strong>and</strong>o por <strong>um</strong> <strong>para</strong>digma que ajude a interpretar corretamente<br />

o adventismo africano. Martin G. Klingbeil destaca<br />

a importância do missionário, e faz <strong>um</strong> apelo <strong>para</strong> missionári<strong>os</strong><br />

interculturais que “estejam disp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> a descrever… sua<br />

própria espiritualidade e atividade missionária mediante <strong>um</strong>a<br />

interação com a Palavra, o mundo, a adoração e o testemunho”<br />

(p. 130).<br />

A terceira seção inclui estud<strong>os</strong> exegétic<strong>os</strong>. Ekkehardt<br />

Müller a<strong>na</strong>lisa <strong>os</strong> diferentes model<strong>os</strong> de contextualização e<br />

o uso d<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> no Novo Testamento. Ele concorda que<br />

“<strong>um</strong> ponto de contato entre a mensagem e as culturas dever<br />

ser encontrado”, embora afirme que “isso também significa<br />

que a cultura p<strong>os</strong>sa ser confrontada e julgada pelo evangelho”<br />

e conclui que “contextualização deve ocorrer, mas a<br />

mensagem bíblica não pode ser ab<strong>and</strong>o<strong>na</strong>da ou domesticada”<br />

(p. 188). Daniel Rode prefere falar da contextualização em<br />

term<strong>os</strong> de <strong>um</strong>a “adaptação”, que ele define como “comportamento<br />

social cristão” que se adapta a si mesmo a pessoas<br />

de outras culturas a fim de alcançá-las com o evangelho.<br />

Ele desenvolve princípi<strong>os</strong> missiológic<strong>os</strong> da experiência d<strong>os</strong><br />

apóstol<strong>os</strong> Paulo e Pedro, e chama a atenção <strong>para</strong> o excesso da<br />

contextualização por causa de pressões étnicas. A “verdadeira<br />

adaptação”, ele afirma, “valoriza cada grupo h<strong>um</strong>ano sem<br />

cair no etnocentrismo” (p. 209).<br />

A quarta seção inclui estud<strong>os</strong> teológic<strong>os</strong>. Laurentiu<br />

Ionescu convida a <strong>um</strong>a reconsideração da sup<strong>os</strong>ta dicotomia<br />

entre <strong>os</strong> Dez M<strong>and</strong>ament<strong>os</strong> e a Lei de Moisés, arg<strong>um</strong>ent<strong>and</strong>o<br />

que a Lei de Moisés não é senão <strong>um</strong>a reformulação<br />

contextualizada d<strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> centrais envolvid<strong>os</strong> n<strong>os</strong> Dez<br />

M<strong>and</strong>ament<strong>os</strong>. Carmelo Martines chama a atenção <strong>para</strong> <strong>os</strong><br />

perig<strong>os</strong> que a contextualização oferece <strong>para</strong> a teologia e a<br />

missão. Ele relembra que teologia nunca é feita n<strong>um</strong> vácuo<br />

ideológico ou sócio-cultural, e que o risco de termi<strong>na</strong>r com<br />

<strong>um</strong>a mensagem desprovida de seu conteúdo bíblico é sempre<br />

constante. Esteban Voth a<strong>na</strong>lisa o tema da unicidade de Jesus<br />

como Filho de Deus e Redentor, tom<strong>and</strong>o a encar<strong>na</strong>ção de<br />

Cristo n<strong>um</strong> momento particular da história como a chave<br />

hermenêutica <strong>para</strong> se compreender a Jesus. Miguel Ángel<br />

Núñez explora o relacio<strong>na</strong>mento entre contextualização,<br />

evangelismo e ação social, arg<strong>um</strong>ent<strong>and</strong>o a favor de <strong>um</strong>a<br />

abordagem equilibrada que integre a pregação do evangelho<br />

com o cuidado pelas necessidades concretas das pessoas.<br />

DIÁLOGO 18•3 2006<br />

O livro termi<strong>na</strong> com <strong>um</strong>a seção de estud<strong>os</strong> aplicad<strong>os</strong> sobre<br />

as mudanças que desafiam as famílias que fazem a transição<br />

<strong>para</strong> o ministério intercultural (Cheryl D<strong>os</strong>s); necessidade de<br />

contextualizar e atualizar a apresentação do evangelho <strong>para</strong><br />

<strong>os</strong> jovens (Miguel Cáceres); a comunicação da mensagem<br />

bíblica no contexto da academia secular (Marcelo Falconier);<br />

e o significado e estilo da adoração lev<strong>and</strong>o-se em conta a<br />

adaptação cultural e o propósito evangelístico (Daniel Plenc).<br />

O vol<strong>um</strong>e, que foi criteri<strong>os</strong>amente editado, proporcio<strong>na</strong><br />

<strong>um</strong>a leitura útil e estimulante <strong>para</strong> tod<strong>os</strong> aqueles que se preocupam<br />

com a missão cristã. Os temas propriamente dit<strong>os</strong> e<br />

a maneira como são abordad<strong>os</strong> transcendem barreiras denomi<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is<br />

e dizem respeito à missão cristã onde quer que<br />

seja.<br />

Mario River<strong>os</strong> (Th.D., Universidade Andrews) é o diretor<br />

da Escola de Estud<strong>os</strong> Graduad<strong>os</strong> <strong>na</strong> Universidade União<br />

Perua<strong>na</strong>, em Ñaña, Peru. E-mail: mriver@upeu.edu.pe<br />

1844<br />

Continuação da pág. 15.<br />

REFERÊNCIAS<br />

1. Veja Le Roy Edwin Froom. The Prophetic Faith of Our Fathers: The<br />

Historical Development of Prophetic Interpretation. Washington, D.C.:<br />

Review <strong>and</strong> Herald Publ. Assn., 1954, vol. 4. pp. 443-718 (veja especialmente<br />

pp. 699-718).<br />

2. Ellen G. White. O Gr<strong>and</strong>e Conflito. 42. ed. Tatuí: Casa Publicadora<br />

Brasileira, 2004. p. 423.<br />

3. Ángel Manuel Rodríguez. H<strong>and</strong>book of Seventh-day Adventist Theology.<br />

Hagerstown, Maryl<strong>and</strong>: Review <strong>and</strong> Herald Publ. Assn., 2000. p. 375.<br />

4. Disponível em: <br />

Acesso em: 16 jun. 2004 (pági<strong>na</strong> introdutória).<br />

5. Veja, por exemplo: Preface to Marx-Engels Collected Works, vol. 3: Works<br />

1843-1844. Disponível em: Acesso em 16 jun. 2004.<br />

6. Clarence B. Bass. Backgrounds to Dispensatio<strong>na</strong>lism: Its Historical Genesis<br />

<strong>and</strong> Ecclesiastical Implications. Gr<strong>and</strong> Rapids, Michigan: Eerdmans, 1960.<br />

p. 139.<br />

7. Tim LaHaye e Jerry B. Jenkins. Are We Living in the End Times? Wheaton,<br />

Illinois: Tyndale, 1999. pp. 157-58.<br />

8. Uma refutação da teoria do arrebatamento e crenças relacio<strong>na</strong>das pode<br />

ser encontrada em: Steve Wohlberg. End Time Delusions: The Rapture, the<br />

Antichrist, Israel, <strong>and</strong> the End of the World. Shippensburg, Pennsylvania:<br />

Treasure House, 2004; e Hans K. LaRondelle. The Israel of God in<br />

Prophecy: Principles of Prophetic Interpretation. Berrien Springs, Michigan:<br />

Andrews University Press, 1983.<br />

9. Nora Barlow. The Autobiography of Charles Darwin, 1809-1882. Nova<br />

York: Norton, 1958. pp. 85-86.<br />

10. Ellen G. White. Spiritual Gifts. Battle Creek, Michigan: Steam Press of the<br />

Seventh-day Adventist Publishing Association, 1864, vol. 3. p. 91.<br />

11. Ariel A. Roth. “Adventism <strong>and</strong> the Challenges to Creationism.” Adventists<br />

Affirm, Spring, 2002. pp. 20-21.<br />

12. Ellen G. White. Mensagens Escolhidas. 3. ed. Tatuí: Casa Publicadora<br />

Brasileira, 1987, vol. 3. p. 196.<br />

31


PRIMEIRA PESSOA<br />

O sol de Deus no palco<br />

Sunshine, conforme transmitido a Kay D. Rizzo<br />

pejavam em minha mente: vovô Sui,<br />

<strong>um</strong> pastor cristão, surrado e h<strong>um</strong>ilhado<br />

pela Guarda Vermelha; n<strong>os</strong>sa casa<br />

saqueada até o ponto de não sobrar<br />

quase <strong>na</strong>da; meu pai, <strong>um</strong> médico<br />

gentil, traído por <strong>um</strong> colega e exilado<br />

<strong>para</strong> a região montanh<strong>os</strong>a do sul da<br />

Chi<strong>na</strong>. Lágrimas brotavam de meus<br />

olh<strong>os</strong> enquanto eu me lembrava de<br />

minha mãe, lev<strong>and</strong>o minhas três irmãs<br />

mais velhas <strong>para</strong> viver com sua família<br />

em Shaobian, enquanto eu ficava com<br />

meu pai. Recordei-me da caça a<strong>os</strong> rat<strong>os</strong><br />

n<strong>os</strong> arrozais; olhei de relance por <strong>um</strong>a<br />

rachadura <strong>na</strong> parede, enquanto meu<br />

pai operava sob a luz de <strong>um</strong>a lanter<strong>na</strong>.<br />

Um misto confuso de lembranças<br />

me deixou exausta e sentindo falta de<br />

minha família.<br />

Estivera sozinha desde <strong>os</strong> primeir<strong>os</strong><br />

an<strong>os</strong> da adolescência, qu<strong>and</strong>o fui<br />

aprender artes em F<strong>os</strong>ham. Com papai<br />

ainda no exílio, vovô Sui n<strong>os</strong> reuniu<br />

no dia em que deixei o lugar <strong>para</strong><br />

viver <strong>na</strong> cidade. Ele fez <strong>um</strong>a oração<br />

por mim: que eu f<strong>os</strong>se guardada; que<br />

nunca me esquecesse de minha família<br />

e sempre me lembrasse de minha<br />

herança espiritual. Durante an<strong>os</strong> fui<br />

protegida. E sempre que permitiam,<br />

voltava <strong>para</strong> visitar minha família.<br />

Quanto à terceira petição de meu avô,<br />

ab<strong>and</strong>onei rapidamente a fé. Durante<br />

minhas visitas, alegrava minha família<br />

com histórias sobre as glamor<strong>os</strong>as festas,<br />

as pessoas fam<strong>os</strong>as com quem me<br />

encontrava e <strong>os</strong> banquetes a que comparecia.<br />

Não dava ênfase ao churrasco<br />

de cão e ao fricassé de gato de que<br />

tanto g<strong>os</strong>tava, ou ao conteúdo histórico<br />

das óperas que estrelava. Enquanto<br />

minhas irmãs se impressio<strong>na</strong>vam, meu<br />

avô não conseguia esconder sua tristeza.<br />

“Você sabe como foi criada, minha<br />

“Quem é essa estrela de ópera de<br />

22 an<strong>os</strong>, que parece tão glamor<strong>os</strong>a e<br />

segura de si?” Olhei <strong>para</strong> minha fotografia<br />

publicitária no painel externo<br />

do Fuchou Theater. Lembr<strong>and</strong>o-me<br />

repenti<strong>na</strong>mente de onde estava, olhei<br />

<strong>um</strong> pouco nerv<strong>os</strong>a <strong>para</strong> <strong>os</strong> lad<strong>os</strong> <strong>para</strong><br />

me certificar de que ninguém estava<br />

perto o suficiente <strong>para</strong> ver meu<br />

momento de orgulho. Na Chi<strong>na</strong><br />

comunista, não seria bom parecer convencida<br />

ou pedante.<br />

Para me lembrar de que o governo<br />

me concedera o privilégio da fama,<br />

observei o aglomerado de mulherinhas<br />

desmazeladas transit<strong>and</strong>o pela<br />

rua. Vestidas com calças compridas,<br />

uniformes e blusas, elas se dirigiam<br />

apressadamente <strong>para</strong> casa após <strong>um</strong><br />

longo e enfadonho dia de trabalho <strong>na</strong>s<br />

linhas fabris de produção. Enquanto a<br />

moda de Paris, Londres e Nova Iorque<br />

parecia ape<strong>na</strong>s <strong>um</strong> sonho distante <strong>para</strong><br />

a maioria das mulheres chinesas, eu<br />

estava ali traj<strong>and</strong>o <strong>os</strong> melhores e mais<br />

recentes vestid<strong>os</strong>.<br />

Foi <strong>um</strong> tempo bom aquele em que<br />

eu era <strong>um</strong>a das divas operísticas no sul<br />

da Chi<strong>na</strong>. Durante o rei<strong>na</strong>do de poder<br />

da esp<strong>os</strong>a de Mao Tsé-tung, Jiang<br />

Qing, a ópera chinesa havia sido limitada<br />

a <strong>um</strong> punhado de óperas restritas<br />

que faziam propag<strong>and</strong>a da revolução.<br />

Com a mudança política no governo,<br />

foram permitidas audições das óperas<br />

chinesas tradicio<strong>na</strong>is, que antes haviam<br />

sido consideradas decadentes, perig<strong>os</strong>as<br />

e burguesas. Juntamente com as árias<br />

de antig<strong>os</strong> cont<strong>os</strong> de fadas musicad<strong>os</strong>,<br />

tentei não pensar <strong>na</strong>s cerimônias de<br />

abertura que adoravam e honravam<br />

antig<strong>os</strong> deuses.<br />

Dividia-me em dois mund<strong>os</strong> muito<br />

diferentes. Memórias sombrias relamfilha.<br />

Você sabe.”<br />

As advertências de minha mãe focalizavam<br />

minha vida sentimental: “Toda<br />

a família Shao <strong>um</strong> dia sairá da Chi<strong>na</strong>.<br />

Por favor, não se apaixone por <strong>um</strong><br />

homem que a impedirá de ir con<strong>os</strong>co.”<br />

Havia garot<strong>os</strong> de quem eu g<strong>os</strong>tava<br />

em meus an<strong>os</strong> de adolescência; depois<br />

que fiquei fam<strong>os</strong>a, <strong>os</strong> homens me<br />

admiravam, mas eu sempre me recordava<br />

das advertências de mamãe. Eu<br />

brilhava no palco. Fora dele, definhava<br />

em solidão.<br />

N<strong>um</strong>a de minhas visitas em casa,<br />

encontrei <strong>um</strong>a tradução chinesa do<br />

livro O Desejado de Todas as Nações.<br />

Apreciei o modo como a autora retratava<br />

a Jesus. Ao término de minhas<br />

férias, mamãe insistiu <strong>para</strong> que levasse<br />

o livro comigo, juntamente com <strong>um</strong>a<br />

Bíblia chinesa. Eu sabia que minha<br />

família ouvia transmissões radiofônicas<br />

em ondas curtas de Hong Kong.<br />

Sentindo <strong>um</strong> misto de solidão, aventura<br />

e rebeldia, comprei <strong>um</strong> conjunto<br />

de fitas cassetes – muit<strong>os</strong> membr<strong>os</strong> do<br />

elenco da ópera ouviam fitas d<strong>os</strong> mais<br />

fam<strong>os</strong><strong>os</strong> astr<strong>os</strong> da ópera – e <strong>um</strong> radiogravador<br />

portátil e comecei a escutar<br />

secretamente as transmissões gravadas.<br />

Em minha mente, as verdades que eu<br />

ouvira lutavam com meu desejo de dar<br />

continuidade ao meu estilo de vida<br />

sedutor. Minhas três irmãs haviam<br />

sido batizadas, e eu soube que <strong>na</strong>da<br />

agradaria mais minha família do que<br />

a entrega de meu coração a Deus.<br />

Infelizmente, entre conhecer <strong>os</strong> desej<strong>os</strong><br />

divin<strong>os</strong> e c<strong>um</strong>pri-l<strong>os</strong> havia <strong>um</strong>a gr<strong>and</strong>e<br />

distância.<br />

Um dia, fiquei surpresa ao receber<br />

<strong>um</strong>a carta de <strong>um</strong> d<strong>os</strong> amig<strong>os</strong> de vovô,<br />

o pastor Liang. A carta me convidava<br />

ao batismo. Eu a ignorei. Não estava<br />

pronta <strong>para</strong> entregar o controle de<br />

minha vida a <strong>um</strong> Ser que ninguém do<br />

meu círculo de amizades cria existir.<br />

Ao voltar de n<strong>os</strong>sa recente excursão,<br />

achei outra carta do pastor Liang. Ele<br />

me contou que estava planej<strong>and</strong>o <strong>um</strong><br />

dia especial de batismo e me convidou<br />

a participar. Qu<strong>and</strong>o conferi<br />

minha agenda, fiquei aliviada porque<br />

32 DIÁLOGO 18•3 2006


DIÁLOGO 18•3 2006<br />

a companhia teatral estaria longe de<br />

Guangzhou no fim de sema<strong>na</strong> que ele<br />

havia mencio<strong>na</strong>do.<br />

Mas no verão de 1983, mais <strong>para</strong><br />

agradar meus pais, decidi me tor<strong>na</strong>r<br />

cristã e fui batizada pelo pastor Liang.<br />

Em casa, minha família se alegrou.<br />

N<strong>um</strong>a carta que mamãe escreveu, ela<br />

dizia: “Fi<strong>na</strong>lmente n<strong>os</strong>sa meni<strong>na</strong> foi<br />

batizada. Agora tod<strong>os</strong> som<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong>.<br />

Precisam<strong>os</strong> ape<strong>na</strong>s esperar pacientemente<br />

pelo dia em que n<strong>os</strong> mudarem<strong>os</strong><br />

<strong>para</strong> Hong Kong, qu<strong>and</strong>o estarem<strong>os</strong><br />

junt<strong>os</strong> novamente.”<br />

Embora meu batismo tenha agradado<br />

meus pais, eu ainda não havia tido<br />

<strong>um</strong> relacio<strong>na</strong>mento pessoal com Deus.<br />

O estilo de vida permaneceu o mesmo,<br />

e meu descontentamento se intensificou.<br />

Certa manhã, em Guangzhou,<br />

vagueava pela cidade sem <strong>na</strong>da <strong>para</strong><br />

fazer. Logo, encontrei-me <strong>na</strong> igreja<br />

onde fora batizada. Silenci<strong>os</strong>amente<br />

fui até a última fila de banc<strong>os</strong>, enterrei<br />

meu r<strong>os</strong>to n<strong>os</strong> braç<strong>os</strong> e clamei: “Oh,<br />

Deus, se o Senhor é verdadeiramente<br />

quem meus pais dizem que é, por<br />

favor, faça alg<strong>um</strong>a coisa em minha<br />

vida.”<br />

De repente, <strong>um</strong> par de mã<strong>os</strong> cobriu<br />

minha cabeça e <strong>um</strong>a voz femini<strong>na</strong><br />

disse algo em inglês. Não pude<br />

entender as palavras, mas soube que<br />

ela estava or<strong>and</strong>o por mim. Tendo<br />

crescido n<strong>um</strong>a sociedade onde as pessoas<br />

raramente sorriem ou falam com<br />

estranh<strong>os</strong>, eu gelei. O Espírito Santo<br />

quebrou minhas defesas e meu coração<br />

se rompeu.<br />

“Está bem, Senhor, toma-me. Sou<br />

tua.” O pesado fardo de culpa e vergonha<br />

deslizou de meus ombr<strong>os</strong>. Sentiame<br />

livre pela primeira vez <strong>na</strong> vida.<br />

Em casa, minha mãe insistiu com<br />

o regime político, até conseguir, <strong>para</strong><br />

toda a família, <strong>os</strong> vist<strong>os</strong> de imigração<br />

<strong>para</strong> Hong Kong, exceto o meu. No<br />

princípio, o líder do elenco recusouse<br />

a me deixar partir. Mamãe insistiu.<br />

Qu<strong>and</strong>o aconteceu, tudo foi rápido.<br />

Certa noite, cantava sobre o palco e,<br />

em seguida, estava a caminho de <strong>um</strong>a<br />

nova e estranha vida. Jamais havia estado<br />

em Hong Kong, e entendi que precisava<br />

aprender inglês. Assim, matriculei-me<br />

em classes notur<strong>na</strong>s e durante<br />

o dia procurava emprego. Minha irmã<br />

mais velha, Li Xin, arranjou trabalho<br />

<strong>na</strong> escola Uncle Tang’s, enquanto eu<br />

consegui emprego vendendo livr<strong>os</strong><br />

n<strong>um</strong> Adventist Book Center. Isso permitiu<br />

que n<strong>os</strong>sa família se mudasse de<br />

<strong>um</strong> pequeno apartamento de n<strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />

parentes <strong>para</strong> <strong>um</strong> outro próximo.<br />

Mas eu sentia saudades da minha<br />

música. Pensei: vou tomar <strong>um</strong> desses<br />

ônibus que passam perto das boates,<br />

e ouvir as mulheres cant<strong>and</strong>o. Cantar<br />

n<strong>um</strong> bar ou boate seria <strong>um</strong> trabalho<br />

agradável. Poderia ganhar rapidamente<br />

muito dinheiro. Qu<strong>and</strong>o discuti<br />

o assunto com meus pais, eles não<br />

usaram eufemism<strong>os</strong>. Meu coração se<br />

agitava em rebelião. Eu era <strong>um</strong>a adulta!<br />

Havia sido do<strong>na</strong> de minha vida deste<br />

<strong>os</strong> catorze an<strong>os</strong>. Orei a Deus pedindo<br />

que mudasse a cabeça deles. Mas Ele<br />

mudou a minha.<br />

Alguns dias depois, fui convidada a<br />

trabalhar com a equipe da rádio adventista.<br />

Teria meu próprio programa:<br />

“Melodia em Meu Coração.” Agarrei a<br />

chance. Foi qu<strong>and</strong>o consegui meu apelido<br />

inglês, Sunshine, e onde encontrei<br />

a pessoa que mudou minha vida <strong>para</strong><br />

sempre: <strong>um</strong> jovem professor norteamericano,<br />

chamado Roger Stahl. Em<br />

seguida, <strong>um</strong> protesto estudantil <strong>na</strong><br />

praça Tia<strong>na</strong>nmen fez com que o consulado<br />

norte-americano retirasse tod<strong>os</strong><br />

<strong>os</strong> cidadã<strong>os</strong> american<strong>os</strong> do continente<br />

chinês. Depois de alg<strong>um</strong> tempo, n<strong>os</strong><br />

reencontram<strong>os</strong>, e ele se ofereceu <strong>para</strong><br />

me ensi<strong>na</strong>r inglês. Um romance floresceu,<br />

e <strong>na</strong> hora certa decidim<strong>os</strong> n<strong>os</strong><br />

casar e mudar <strong>para</strong> <strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>,<br />

onde <strong>os</strong> pais dele viviam.<br />

De artista por trás da “corti<strong>na</strong> de<br />

bambu” [isolamento chinês imp<strong>os</strong>to<br />

pelo governo, correspondente à “corti<strong>na</strong><br />

de ferro” soviética]* <strong>para</strong> <strong>um</strong>a<br />

esp<strong>os</strong>a cristã e mãe de <strong>um</strong>a filha adorável.<br />

Ainda estou cant<strong>and</strong>o <strong>para</strong> meu<br />

Senhor. Foi <strong>um</strong>a viagem miracul<strong>os</strong>a.<br />

A cada curva <strong>na</strong> estrada, eu podia<br />

ouvir a voz de vovô cit<strong>and</strong>o a Bíblia.<br />

“Reconhece-O em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> teus caminh<strong>os</strong><br />

e Ele endireitará tuas veredas.”<br />

Agora, enquanto Roger ensi<strong>na</strong> inglês<br />

n<strong>um</strong>a universidade <strong>na</strong> Chi<strong>na</strong> continental,<br />

Deus usa minha voz e minha história<br />

<strong>para</strong> louvar Seu nome em muit<strong>os</strong><br />

países do mundo.<br />

*Nota do Editor.<br />

Atualmente, Sunshine tem três CDs<br />

gravad<strong>os</strong>: <strong>um</strong> em inglês e dois em<br />

m<strong>and</strong>arim. Se você quiser contatar<br />

a família Stahl, o e-mail é usastahl@<br />

hotmail.com<br />

Kay D. Rizzo é o autora do livro Red<br />

Star Rising (Nampa, Idaho: Pacific<br />

Press Publishing, 2006), do qual esta<br />

história foi adaptada. Já escreveu<br />

55 livr<strong>os</strong> e mantém <strong>um</strong> ministério<br />

de oração inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l. Para mais<br />

informações sobre o seu ministério,<br />

entre em contato com Kay pelo e-<br />

mail kay@kayrizzo.com<br />

Anunciam<strong>os</strong>…<br />

A Conferência<br />

Européia sobre Fé e<br />

Ciência<br />

1 – 12 de julho de 2007<br />

Patroci<strong>na</strong>da pela Divisão Euro-Africa<strong>na</strong><br />

e o Ge<strong>os</strong>cience Research Institute, a<br />

conferência está aberta <strong>para</strong> educadores<br />

<strong>adventistas</strong> interessad<strong>os</strong> no assunto sobre<br />

origens, evolução, criação, geologia e<br />

paleontologia.<br />

Para informação, inscrição, pagamento<br />

e transporte, contate o Dr. Roberto<br />

Bade<strong>na</strong>s: roberto.bade<strong>na</strong>s@euroafrica.org.<br />

Dr. Raúl Esperante irá providenciar<br />

informações relacio<strong>na</strong>das com o programa<br />

e trabalho de campo. Contate o Dr. Raúl<br />

Esperante: resperante@llu.edu.<br />

33


fÓr<strong>um</strong> aberto<br />

O inferno existe?<br />

Uma amiga cristã e eu tem<strong>os</strong> discutido<br />

sobre o conceito do inferno. Ela está<br />

amedrontada com a perspectiva de <strong>um</strong>a<br />

punição de fogo eterno. O que a Bíblia<br />

ensi<strong>na</strong> a esse respeito?<br />

Há sécul<strong>os</strong>, cristã<strong>os</strong> têm pregado<br />

sobre <strong>um</strong> inferno de fogo queim<strong>and</strong>o<br />

continuamente e alguns têm <strong>um</strong>a imagi<strong>na</strong>ção<br />

fértil ao retratar horríveis descrições<br />

de pessoas sofrendo enorme dor<br />

sem terem, ao men<strong>os</strong>, a misericordi<strong>os</strong>a<br />

p<strong>os</strong>sibilidade de morrer. O resultado é<br />

que alguns ficam apavorad<strong>os</strong> e seguem<br />

a Deus por medo, enquanto outr<strong>os</strong> se<br />

afastam dEle completamente. O que a<br />

Bíblia realmente ensi<strong>na</strong> sobre o inferno?<br />

Primeiro, as Escrituras falam sobre<br />

o inferno. Porém, precisam<strong>os</strong> ouvir as<br />

Escrituras em seus própri<strong>os</strong> term<strong>os</strong>.<br />

Qu<strong>and</strong>o Jesus falou sobre o inferno,<br />

estava Se referindo à punição <strong>para</strong><br />

pecadores não arrependid<strong>os</strong>. Uma<br />

punição que termi<strong>na</strong>rá em fogo eterno<br />

e destruição (João 3:16; Mateus 7:13,<br />

14; 25:31, 32, 41). Destruição/fogo<br />

eterno é <strong>um</strong> evento futuro relacio<strong>na</strong>do<br />

com a segunda vinda de Cristo. Então<br />

“inferno” é algo que ainda está por vir.<br />

Segundo, alguns tradutores da Bíblia<br />

têm traduzido várias palavras, que p<strong>os</strong>suem<br />

<strong>na</strong> realidade outr<strong>os</strong> significad<strong>os</strong>,<br />

como sendo “inferno”.<br />

O termo hebraico sheol e seu correlativo<br />

no grego hades significam o lugar<br />

d<strong>os</strong> mort<strong>os</strong> que estão <strong>na</strong> sepultura. Veja o<br />

uso do termo n<strong>os</strong> seguintes cas<strong>os</strong>. Jacó<br />

esperava descer ao sheol – sepultura –,<br />

junto com seu filho J<strong>os</strong>é. Ele não<br />

esperava que seu amado filho estivesse<br />

no inferno, ou que ele mesmo f<strong>os</strong>se<br />

<strong>para</strong> lá (Gênesis 37:35). Deus faz<br />

descer à sepultura e faz subir de lá (I<br />

Samuel 2:6). Isto não se encaixa com<br />

o pensamento cristão popular sobre o<br />

inferno. No sheol – sepultura – não há<br />

atividade, plan<strong>os</strong> e nenh<strong>um</strong> conhecimento<br />

(Eclesiastes 9:10). Não há fogo<br />

nem tormento. O justo e o injusto são<br />

encontrad<strong>os</strong> lá. No hades há deterioração.<br />

Jesus foi a exceção (At<strong>os</strong> 2:27,<br />

31). Sheol e hades são, portanto, o<br />

lugar d<strong>os</strong> mort<strong>os</strong> e não o inferno.<br />

“Lançar no tártaro” aparece somente<br />

em II Pedro 2:4 e se refere ao domicílio<br />

d<strong>os</strong> anj<strong>os</strong> caíd<strong>os</strong>. O termo não é<br />

usado <strong>para</strong> descrever o lugar d<strong>os</strong> mort<strong>os</strong><br />

ou <strong>um</strong> inferno no qual pessoas são<br />

lançadas após a morte.<br />

Gehen<strong>na</strong> é o inferno sobre o qual<br />

Jesus falou. Esse é o lugar de punição<br />

do injusto, também associado com<br />

fogo (Marc<strong>os</strong> 9:43). Esse fogo virá<br />

no fim d<strong>os</strong> temp<strong>os</strong> com <strong>um</strong> juízo<br />

divino contra o pecado, pecadores e<br />

Satanás (Mateus 25:41). Ate lá, <strong>os</strong><br />

mort<strong>os</strong> “dormem” em suas sepulturas.<br />

Apocalipse 20:9, 10 e 15 fala sobre<br />

o lago de fogo no qual, depois do<br />

milênio, <strong>os</strong> injust<strong>os</strong> são queimad<strong>os</strong>.<br />

Consider<strong>and</strong>o que gehen<strong>na</strong> está relacio<strong>na</strong>do<br />

com fogo e é <strong>um</strong> evento futuro<br />

associado com <strong>um</strong> julgamento, o<br />

melhor é entender o inferno no contexto<br />

de Apocalipse 20. Este é o inferno<br />

do qual Jesus n<strong>os</strong> advertiu.<br />

Terceiro, durará o futuro inferno<br />

“<strong>para</strong> todo o sempre?” (Apocalipse<br />

20:10 – NVI). O significado do termo<br />

<strong>para</strong> sempre/eterno/eternidade usado<br />

<strong>na</strong>s Escrituras é muito mais amplo do<br />

que entendem<strong>os</strong>. Pode descrever: (a)<br />

alg<strong>um</strong>a coisa ou alguém existindo sem<br />

<strong>um</strong> início ou sem <strong>um</strong> fim (em conexão<br />

com Deus); (b) alg<strong>um</strong>a coisa ou<br />

alguém com <strong>um</strong> início, mas sem <strong>um</strong><br />

fim (a vida eter<strong>na</strong> d<strong>os</strong> redimid<strong>os</strong>, ver<br />

João 5:24; Apocalipse 21:3, 4); e (c)<br />

alg<strong>um</strong>a coisa ou alguém com início e<br />

com <strong>um</strong> fim no sentido de “por alg<strong>um</strong><br />

tempo” (Êxodo 21:5, 6; Jo<strong>na</strong>s 1:17;<br />

2:6). Em relação ao termo inferno, a<br />

expressão <strong>para</strong> todo o sempre deve ser<br />

compreendida de acordo com o terceiro<br />

caso. Por quê? Embora o injusto<br />

sofra o inferno por <strong>um</strong> limitado período<br />

de tempo, seu resultado é eterno.<br />

O fogo <strong>os</strong> “devora” (Apocalipse 10:9).<br />

Essa é a segunda morte (Apocalipse<br />

20:14, 15). O inextinguível fogo de<br />

Mateus 3:12 não pode ser extinto até<br />

que seu trabalho esteja completo e<br />

tudo seja queimado (Mateus 13:40-42;<br />

Jeremias 17:27).<br />

Fi<strong>na</strong>lmente, a vida eter<strong>na</strong> está disponível<br />

somente <strong>para</strong> <strong>os</strong> que pertencem<br />

a Jesus, e não <strong>para</strong> aqueles que fizeram<br />

<strong>um</strong>a decisão contra Ele e Deus. Além<br />

disso, Satanás também será destruído<br />

e elimi<strong>na</strong>do completamente no fogo<br />

do inferno (Mateus 25:41; Apocalipse<br />

20:10).<br />

Assim, as Escrituras falam sobre o<br />

inferno, mas isto está ainda no futuro<br />

e terá duração limitada. Deus não é<br />

tirano. Pelo contrário, Ele é <strong>um</strong> Deus<br />

de amor e justiça e em Seu reino não<br />

haverá mais sofrimento, dor, tristeza<br />

ou morte (Apocalipse 21:3, 4).<br />

Ekkehardt Mueller (Th.D., D.Min.,<br />

Universidade Andrews) é diretor<br />

associado do Instituto de Pesquisa<br />

Bíblica da Associação Geral da Igreja<br />

Adventista do Sétimo Dia em Silver<br />

Spring, Maryl<strong>and</strong>, EUA. E-mail: muellere@gc.adventist.org<br />

34 DIÁLOGO 18•3 2006


Paulo fala à universidade<br />

Rapazes e moças da universidade, vejo que em<br />

tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> sentid<strong>os</strong>, vocês são muito religi<strong>os</strong><strong>os</strong>.<br />

And<strong>and</strong>o pela universidade, observei cuidad<strong>os</strong>amente<br />

seus objet<strong>os</strong> de adoração. Eu vi seu altar chamado<br />

ginásio, onde muit<strong>os</strong> adoram a deidade do esporte.<br />

Vi o edifício de ciência, onde muit<strong>os</strong> dep<strong>os</strong>itam sua<br />

fé <strong>na</strong> salvação do gênero h<strong>um</strong>ano. Eu achei o seu<br />

altar <strong>para</strong> as belas artes onde a expressão artística e o<br />

desempenho parecem rei<strong>na</strong>r suprem<strong>os</strong> sem submissão<br />

a qualquer poder maior. Eu caminhei por seus<br />

corredores de residência e observei seus cartazes da<br />

deusa do sexo e pirâmides de latas de cerveja. Ainda,<br />

como eu caminhei com alguns de vocês, vi o vazio<br />

em seus olh<strong>os</strong> e senti a dor em seu coração. Percebi<br />

que ainda há outro altar em seu coração. Um altar<br />

<strong>para</strong> o Deus desconhecido que vocês suspeitam que<br />

p<strong>os</strong>sa estar lá. Vocês têm <strong>um</strong> senso de que há algo<br />

mais, além d<strong>os</strong> deuses h<strong>um</strong>anístic<strong>os</strong> e comodistas.<br />

O que vocês almejam como algo desconhecido, eu<br />

quero apresentar-lhes agora.<br />

Este Deus de quem eu estou fal<strong>and</strong>o é seu<br />

Criador pessoal. Ele não é <strong>um</strong>a fabricação ou<br />

invenção do gênero h<strong>um</strong>ano. Ele não é <strong>um</strong>a<br />

parte da criação; Ele está mais acima do<br />

que isso. Ele é maior e mais poder<strong>os</strong>o do<br />

que você p<strong>os</strong>sa ter sonhado. Este Deus<br />

lhe deu sua vida e fixou <strong>os</strong> limites da<br />

mesma. O desejo pela eternidade no<br />

seu coração foi colocado por Ele.<br />

Você pode tentar procurá-lo, mas<br />

Ele já está envolvido intimamente<br />

<strong>na</strong> criação. É o trabalho criativo dEle, a imagem<br />

dEle, que tor<strong>na</strong> p<strong>os</strong>sível você se ocupar de atividades<br />

atléticas, empenho científico, expressão artística,<br />

jovialidade ple<strong>na</strong> e prazer sexual.<br />

Este Deus o está cham<strong>and</strong>o a se arrepender. Você<br />

tem adorado sua própria criatividade em vez de<br />

reconhecê-lo como seu Criador. Você esqueceu<br />

do doador d<strong>os</strong> presentes. Você se rebelou contra<br />

seu Criador e seguiu o caminho d<strong>os</strong> seus própri<strong>os</strong><br />

desej<strong>os</strong> e da auto-adoração. Como resultado, você<br />

perverteu <strong>os</strong> presentes de vida e criatividade. Você<br />

abusou de sua sexualidade com descuidad<strong>os</strong> prazeres.<br />

Você escolheu a futilidade e a morte. Deus o<br />

convida <strong>para</strong> que pare de servir esses fals<strong>os</strong> deuses e<br />

traga glória ao verdadeiro Deus Vivo, seu Criador.<br />

Deus enviou o Seu filho, Jesus Cristo, <strong>para</strong> salvar<br />

e julgar o mundo. O homem Jesus veio pôr ordem<br />

<strong>na</strong>s coisas, trazer justiça, e chamar-n<strong>os</strong> de volta<br />

como <strong>um</strong>a advertência antes do julgamento. Pela<br />

Sua morte, Ele n<strong>os</strong> oferece <strong>um</strong> modo de voltar a<br />

Deus, <strong>para</strong> n<strong>os</strong> salvar da autodestruição. Pela Sua<br />

ressurreição, Ele m<strong>os</strong>trou que veio com poder <strong>para</strong><br />

salvar e julgar o mundo. Como resultado, este<br />

Jesus se tornou o ponto principal <strong>na</strong> história,<br />

o assunto central <strong>para</strong> nós hoje, a pedra guia<br />

<strong>para</strong> o n<strong>os</strong>so <strong>and</strong>ar ou a pedra de tropeço.<br />

Ele oferece reconciliação com o Criador e<br />

somente Ele pode n<strong>os</strong> dar isso.<br />

Esta paráfrase de At<strong>os</strong> 17:22-31 foi<br />

escrita por Daniel Denk e publicada<br />

com a sua permissão.<br />

DIÁLOGO 18•3 2006<br />

35


Intercâmbio<br />

Amplie sua rede<br />

de amizades<br />

Universitári<strong>os</strong> e profissio<strong>na</strong>is <strong>adventistas</strong> interessad<strong>os</strong> em trocar correspondência<br />

com colegas em outras partes do mundo.<br />

Gidalti Cedano Abreu: 21; solteira,<br />

fisioterapeuta pne<strong>um</strong>o-funcio<strong>na</strong>l;<br />

interesses: acampar, viajar, fazer<br />

novas amizades; correspondência<br />

em espanhol e inglês. EUA. Email:<br />

gidaltica@hotmail.com.<br />

Samuel Opolot Adamai: 24; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o ciências; interesses:<br />

cantar, estud<strong>os</strong> bíblic<strong>os</strong> e compartilhar<br />

a fé adventista com outr<strong>os</strong>; correspondência<br />

em inglês. UGANDA.<br />

Email: adamaisamuel@yahoo.com.<br />

Kowu Agbezudor: 41; solteiro;<br />

formado em contabilidade e informática;<br />

interesses: ler, escrever, fazer<br />

novas amizades, trocar idéias e atividades<br />

religi<strong>os</strong>as; correspondência<br />

em inglês. Endereço: P. O. Box CT<br />

2690, Cantonments-Accra, GANA.<br />

Maribett Zuñiga Alarcón: 35;<br />

solteira, enfermeira; interesses: ler,<br />

ouvir música, artesa<strong>na</strong>to e viajar; correspondência<br />

em espanhol. Endereço:<br />

Río Maule Nº 5430, Villa Arabia,<br />

Sector De<strong>na</strong>vi Sur, Talcahuano,<br />

CHILE.<br />

S. Gabriel Alhassan: 23; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o ciências políticas <strong>na</strong><br />

Universidade de Ga<strong>na</strong>; interesses: viajar,<br />

fazer escaladas e novas amizades;<br />

correspondência em inglês. GANA.<br />

Email: sadatgh100@yahoo.com.<br />

Hans Adolf Andía: 25; solteiro,<br />

curs<strong>and</strong>o música <strong>na</strong> Universidade<br />

Adventista do Chile; interesses: ouvir<br />

música clássica, ler a Bíblia e falar<br />

acerca de Jesus; correspondência em<br />

espanhol, francês ou inglês. CHILE.<br />

Email: hans_<strong>and</strong>ia@hotmail.com.<br />

Gloria Evelyn Aplicano: 27;<br />

solteira, formada em comunicação<br />

social e publicidade; interesses: <strong>na</strong>tureza,<br />

acampar, esportes e amizades;<br />

correspondência espanhol, inglês<br />

ou italiano. HONDURAS. Email:<br />

g_aplicanob1@yahoo.com.<br />

Kissaka Arone: 34; casado, professor<br />

de agricultura; interesses:<br />

ouvir música, fazer visitas e futebol;<br />

correspondência em inglês<br />

ou suaili. UGANDA. Email:<br />

kissakarone@yahoo.co.uk.<br />

J<strong>os</strong>é David Ray<strong>na</strong>ga Ávila: 30;<br />

solteiro, curs<strong>and</strong>o informática <strong>na</strong><br />

Universidade Comunitária de São<br />

Luís Pot<strong>os</strong>í; interesses: ler, esportes<br />

e participar em atividades da<br />

igreja; correspondência em espanhol<br />

ou inglês. MÉXICO. Email:<br />

jrey<strong>na</strong>gaavila@yahoo.com.<br />

Jo Ann Banzuelo: 26; solteira,<br />

formada em ciências, lecio<strong>na</strong> em<br />

escola particular; interesses: música,<br />

<strong>na</strong>tureza e viagens; correspondência<br />

em inglês ou tagalo. Endereço: Mt.<br />

Carmel, Bayugan I 8502, Agusan del<br />

Sur, FILIPINAS.<br />

Mark Jashim Barikder: 27; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o contabilidade <strong>na</strong><br />

Faculdade Adventista de Bangladesh;<br />

interesses: filatelia, viajar e pipamodelismo;<br />

correspondência em inglês.<br />

BANGLADESH. Email: termi<strong>na</strong>tor_ii2000@yahoo.com.<br />

Fidel Rachath Casalins: 26; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o música <strong>na</strong> Universidade<br />

do Atlântico; interesses: música,<br />

esportes e fazer novas amizades;<br />

correspondência em espanhol ou<br />

português. COLÔMBIA. Email:<br />

fili1080@yahoo.com.<br />

Andres Clausell: 42; casado; formado<br />

em economia e trabalha como<br />

chefe do departamento de economia<br />

do H<strong>os</strong>pital Pediátrico Provincial;<br />

interesses: livr<strong>os</strong>, música, filmes e história;<br />

correspondência em espanhol.<br />

CUBA. Email: ecoclaus@minsap.pri.<br />

sid.cu.<br />

Francilia Clervil: 34; solteira;<br />

curs<strong>and</strong>o direito; interesses: esportes,<br />

ouvir música cristã e fazer novas<br />

amizades; correspondência em<br />

francês ou inglês. HAITI. Email:<br />

cfrancilia@yahoo.fr.<br />

Fer<strong>na</strong>ndo Cordeiro: 25; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o matemática no Centro<br />

Universitário Adventista de São<br />

Paulo; interesses: esportes, viajar e<br />

fazer novas amizades; correspondência<br />

em português ou espanhol. BRASIL.<br />

Email: fer<strong>na</strong>ndolamm@yahoo.com.br<br />

ou fer<strong>na</strong>ndolamm@hotmail.com.<br />

Mónica Beatriz Herrera Cruz:<br />

22; solteira; curs<strong>and</strong>o química<br />

biomédica <strong>na</strong> Universidade de<br />

Montemorel<strong>os</strong>; interesses: religião,<br />

ciências e animais; correspondência<br />

em espanhol. MÉXICO. Email: nic_<br />

online@hotmail.com.<br />

Claudia Mari<strong>na</strong> Díaz: 27; solteira;<br />

curs<strong>and</strong>o serviço social <strong>na</strong><br />

Universidade Nacio<strong>na</strong>l de Córdoba;<br />

interesses: artesa<strong>na</strong>to, aprender sobre<br />

outras culturas e voleibol; correspondência<br />

em espanhol. ARGENTINA.<br />

Email: claucoty@hotmail.com.<br />

Elie Céleste Edanh: 29; solteiro;<br />

formado como intérprete;<br />

interesses: cantar em <strong>um</strong> grupo<br />

evangélico, ouvir música e filmes;<br />

correspondência em inglês ou francês.<br />

COSTA DO MARFIM. Email:<br />

saturday30002000@yahoo.fr.<br />

S<strong>and</strong>ra Perez García: 25; solteira;<br />

enfermeira <strong>na</strong> área de pediatria; interesses:<br />

música, cozinhar e aprender<br />

sobre outras culturas; correspondência<br />

em espanhol ou inglês. CUBA.<br />

Email: sanperez@medscape.com.<br />

Tariku Geber: 23; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />

inglês <strong>na</strong> Universidade Alemaya;<br />

interesses: jogar basquetebol, assistir<br />

a futebol, ler e escrever; correspondência<br />

em inglês. ETIÓPIA. Email:<br />

tarewsee@yahoo.com.<br />

Kaganzi D. Godfrey: 24; solteiro;<br />

tecnologia laboratorial científica <strong>na</strong><br />

Universidade Mbarara; interesses:<br />

filmes, aventuras, atletismo e pesquisa;<br />

correspondência em inglês.<br />

UGANDA. Email: gkaganzi@yahoo.<br />

co.uk.<br />

Priscilio Torres Godoy: 24;<br />

solteiro; curs<strong>and</strong>o economia <strong>na</strong><br />

Universidade Nacio<strong>na</strong>l de Assunção;<br />

interesses: fazer novas amizades,<br />

compartilhar a Bíblia e trocar idéias<br />

DIÁLOGO 18•3 2006<br />

Inserção


sobre o cristianismo; correspondência<br />

em espanhol ou inglês. PARAGUAI.<br />

Email: litito150@hotmail.com ou<br />

prisciliotorres@yahoo.com.<br />

Rebecca Mancilha Gondim:<br />

30; solteira; curs<strong>and</strong>o educação <strong>na</strong><br />

Faculdade Adventista da Bahia;<br />

interesses: viajar, cantar, fazer novas<br />

amizades, trocar idéias <strong>na</strong> área de<br />

educação e música; correspondência<br />

em português ou espanhol; BRASIL.<br />

Email: becgondim@hotmail.com ou<br />

becgondim@bol.com.br.<br />

María de l<strong>os</strong> Angeles Guibert L.:<br />

60; solteira; médica; interesses: nutrição<br />

e conhecer nov<strong>os</strong> amig<strong>os</strong>; correspondência<br />

em espanhol. CUBA. E-<br />

mail: maria.guibert@infomed.sld.cu<br />

Lonlay P. Guillermo: 23; solteira;<br />

curs<strong>and</strong>o contabilidade; interesses:<br />

ler, jogar peteca, internet e colecio<strong>na</strong>r<br />

livr<strong>os</strong> em miniatura; correspondência<br />

em inglês ou filipino. FILIPINAS.<br />

Email: cocoblue18@yahoo.com.<br />

Vanessa Elizabeth Salazar<br />

Henriquez: 28; solteira; estud<strong>and</strong>o<br />

<strong>na</strong> Universidade Nacio<strong>na</strong>l de<br />

El Salvador; interesses: trabalhar<br />

<strong>para</strong> a igreja e fazer novas amizades;<br />

correspondência em espanhol.<br />

EL SALVADOR. Email: eli_<br />

lei78@hotmail.com.<br />

Ro<strong>na</strong>ldys G. Herrera L.: 23;<br />

solteiro; curs<strong>and</strong>o medici<strong>na</strong> <strong>na</strong><br />

Universidade de La Haba<strong>na</strong>; interesses:<br />

fazer novas amizades, viajar,<br />

aprender sobre novas culturas e idiomas;<br />

correspondência em espanhol<br />

ou inglês. CUBA. Email: maria.<br />

guibert@infomed.sld.cu.<br />

F<strong>os</strong>u Isaac: 29; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />

teologia <strong>na</strong> Universidade Valley View;<br />

interesses: evangelismo, leitura da<br />

Bíblia e oração; correspondência em<br />

inglês. GANA. Email: f<strong>os</strong>ui@yahoo.<br />

com.<br />

Daisy N. Jamero: 32; solteira;<br />

trabalha <strong>na</strong> área de educação do<br />

ensino médio; interesses: jardi<strong>na</strong>gem,<br />

viajar e <strong>na</strong>tureza; correspondência<br />

em inglês. FILIPINAS. Email: daisy_<br />

jamero@yahoo.com.<br />

Alois Kasereka-Nyamulera:<br />

35; solteiro; formado pelo Colégio<br />

Adventista de Lukanga; interesses:<br />

cozinhar, leitura da Bíblia e ensi<strong>na</strong>r<br />

crianças; correspondência em francês,<br />

inglês, suaili ou luyira. República<br />

Democrática do Congo.<br />

Email: kasnyamulera@yahoo.com ou<br />

alois_nyamulera@yahoo.fr.<br />

Richard Kahale: 22; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />

informática <strong>na</strong> Universidade<br />

Adventista de Zâmbia; interesses: ler,<br />

ouvir música evangélica e música jazz;<br />

correspondência em inglês. ZÂMBIA.<br />

Email: rmkahale@yahoo.com.<br />

Ruthie Katirewa: 26; solteira;<br />

curs<strong>and</strong>o gerenciamento, administração<br />

pública e relações industriais<br />

<strong>na</strong> Universidade do Sul do Pacífico;<br />

formada em enfermagem e trabalha<br />

no H<strong>os</strong>pital Colonial War Memorial;<br />

interesses: acampar, trabalhar com<br />

jovens, música e conhecer nov<strong>os</strong><br />

amig<strong>os</strong>; correspondência em inglês.<br />

ILHAS FIJI. Email: ruthie_luvs_u_<br />

all@yahoo.com.<br />

Wilmay Keket: 23; solteira; curs<strong>and</strong>o<br />

enfermagem <strong>na</strong> Universidade<br />

Adventista do Pacífico; interesses:<br />

h<strong>um</strong>or, fazer novas amizades e dormir;<br />

correspondência em inglês ou<br />

pidgin. PAPUA NOVA GUINÉ.<br />

Email: wkeket@pau.ac.pg.<br />

Richard Kla<strong>na</strong>: 22; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o medici<strong>na</strong>; interesses: ler,<br />

ciências, informática e fazer novas<br />

amizades; correspondência em francês<br />

ou inglês. NIGÉRIA. Email:<br />

kla<strong>na</strong>richard@yahoo.fr.<br />

Keleni Kuinikoro: 21; solteira;<br />

curs<strong>and</strong>o contabilidade no Instituto<br />

Tecnológico de Fiji; interesses: ouvir<br />

música e jardi<strong>na</strong>gem; correspondência<br />

em inglês ou fijiano. REPÚBLICA<br />

DE FIJI. Email:keleniknkr@yahoo.<br />

com.au.<br />

Jhon Jairo Alvarez Laverde:<br />

23; solteiro; curs<strong>and</strong>o teologia;<br />

interesses: pesquisa, computação;<br />

correspondência em espanhol<br />

ou inglês. COLÔMBIA. Email:<br />

apis4083@colombia.com.<br />

Geric T. Legaspi: 24; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />

engenharia de comunicações<br />

e eletrônica <strong>na</strong> Universidade AMA;<br />

interesses: dirigir, ler e <strong>na</strong>vegar <strong>na</strong><br />

internet; correspondência em inglês,<br />

filipino ou bicol. FILIPINAS. Email:<br />

geric_l@yahoo.com.<br />

Fer<strong>na</strong>ndo Jr. Leodegario: 30,<br />

solteiro; concluindo o curso de teologia<br />

no Colégio Adventista Central<br />

das Filipi<strong>na</strong>s; interesses: ler a Bíblia,<br />

fazer novas amizades, <strong>na</strong>tureza e<br />

ajudar pessoas; correspondência em<br />

inglês, tagalo, cebuano, ilonggo,<br />

karaya ou waray. FILIPINAS. Email:<br />

fer<strong>na</strong>ndojr76@yahoo.com.ph.<br />

Jackelline de Souza Lima: 23;<br />

solteira; curs<strong>and</strong>o administração de<br />

empresas com ênfase em recurs<strong>os</strong><br />

h<strong>um</strong>an<strong>os</strong> <strong>na</strong> Faculdade Castro Alves;<br />

interesses: conhecer nov<strong>os</strong> amig<strong>os</strong>,<br />

trocar idéias e ler; correspondência<br />

em português. BRASIL. Email:<br />

jackellinelima@yahoo.com.br.<br />

Andre Toutou Kabeya Luendu:<br />

25; solteiro; formado em desenvolvimento<br />

rural e organização social;<br />

interesses: música religi<strong>os</strong>a, juventude<br />

adventista, futebol e fazer novas amizades;<br />

correspondência em francês,<br />

lingala e tshiluba. REPÚBLICA<br />

DEMOCRÁTICA DO CONGO.<br />

Email: toutoukabeya@yahoo.fr.<br />

John J. Magoti: 54; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />

medici<strong>na</strong> no DCT-Mv<strong>um</strong>i<br />

COTC; interesses: saúde, viajar e<br />

música; correspondência em inglês<br />

ou suaili; TANZÂNIA. Email:<br />

champingo@yahoo.co.uk.<br />

Georges B. Mahili: 24; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o eletrônica <strong>na</strong> Universidade<br />

do Leste Africano; interesses: tecnologia,<br />

fazer novas amizades e viajar;<br />

correspondência em inglês, francês,<br />

suaili, lingala ou ki<strong>na</strong><strong>na</strong>de. QUÊNIA.<br />

Email: gbmahili@yahoo.fr.<br />

Tevaitau Jean-Claude Manea: 20;<br />

solteiro; curs<strong>and</strong>o informática no<br />

Liceu Tertiaire de Pirae; interesses:<br />

amig<strong>os</strong>, esportes e cultura; correspondência<br />

em francês. POLINÉSIA<br />

FRANCESA (Taiti). Email:<br />

m.tevaijere@mail.pf.<br />

Kutlo Manyake: 21; solteira;<br />

curs<strong>and</strong>o enfermagem em Kanye;<br />

interesses: música, tempo livre com<br />

outr<strong>os</strong> jovens e colecio<strong>na</strong>r lembranças;<br />

correspondência em tswa<strong>na</strong><br />

ou inglês. BOTSUANA. Email:<br />

kutlomanyake@yahoo.com.<br />

Ondieki Mati Mark: 23; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o medici<strong>na</strong> com especialização<br />

em cirurgia, pela Universidade<br />

Moi; interesses: viajar, cantar e<br />

fazer novas amizades; correspondência<br />

em inglês; QUÊNIA. Email:<br />

markomati@yahoo.com.<br />

Ivison D<strong>os</strong> Pass<strong>os</strong> Martins: 34;<br />

solteiro; formado em teologia e<br />

curs<strong>and</strong>o pedagogia; interesses: ler,<br />

Inserção DIÁLOGO 18•3 2006


fotografia, aprender idiomas e fazer<br />

novas amizades; correspondência<br />

em português, inglês, espanhol, italiano<br />

ou francês. BRASIL. Email:<br />

passmarts@ig.com.br.<br />

William Mbonea: 25; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o direito <strong>na</strong> Universidade<br />

de Dar es Salaam; interesses: testemunhar,<br />

ler e jogar futebol;<br />

correspondência em inglês, suaili<br />

ou pare. TANZÂNIA. Email:<br />

willymbonea@yahoo.co.uk.<br />

Innocent Mbvundula: 27; solteiro;<br />

formado em jor<strong>na</strong>lismo pela<br />

Universidade de Malawi; interesses:<br />

ler, conhecer nov<strong>os</strong> amig<strong>os</strong> e escrever;<br />

correspondência em inglês, francês<br />

ou chichewa. MALAVI. Email:<br />

nodca2000@yahoo.co.uk.<br />

Anthony Melchizedeck: 29; solteiro;<br />

professor com certificado A;<br />

interesses: ler, orar e cantar; correspondência<br />

em inglês. GANA. Email:<br />

lovezedeck@yahoo.com.<br />

R<strong>os</strong>e M. Muiruri: 24: solteira;<br />

curs<strong>and</strong>o serviço social <strong>na</strong><br />

Universidade de Nairobi; interesses:<br />

fazer escalada, conhecer nov<strong>os</strong> amig<strong>os</strong><br />

e retir<strong>os</strong>; correspondência em<br />

inglês ou suaili. QUÊNIA. Email:<br />

r<strong>os</strong>emuiruri@yahoo.com.<br />

Sylvère Mukeshima<strong>na</strong>: 25; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o engenharia agrícola<br />

no Instituto Superior de Agricultura<br />

e Produção Animal; interesses:<br />

tocar piano, música cristã e fazer<br />

novas amizades; correspondência<br />

em francês. RUANDA. Email:<br />

<strong>um</strong>usimarie@yahoo.fr.<br />

Evans Sirengo Mulati: 21;<br />

solteiro; curs<strong>and</strong>o pedagogia <strong>na</strong><br />

Universidade Egerton; interesses:<br />

estud<strong>os</strong> bíblic<strong>os</strong>, ouvir música evangélica<br />

e <strong>na</strong>vegar <strong>na</strong> internet; correspondência<br />

em inglês. QUÊNIA.<br />

Email: ogneris@yahoo.co.uk.<br />

María Verónica Muñoz: 31;<br />

solteira; curs<strong>and</strong>o serviço social<br />

<strong>na</strong> Universidade Adventista Del<br />

Plata; interesses: caminhar, ler<br />

e <strong>na</strong>tureza; correspondência em<br />

espanhol. ARGENTINA. Email:<br />

veromunoz2003@yahoo.com.ar.<br />

Wilson Mutanga<strong>na</strong>: 30; solteiro;<br />

formado em biologia pela<br />

Universidade de Ngozi; interesses:<br />

música cristã, ler, estud<strong>os</strong> bíblic<strong>os</strong><br />

e amizades; correspondência<br />

em inglês ou francês. RUANDA.<br />

Email: silsonmu2000@yahoo.fr ou<br />

mutanga<strong>na</strong>1000@yahoo.com.<br />

Eric Nibigira: 23; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />

administração de empresas<br />

e economia <strong>na</strong> Universidade<br />

Hope Africa; interesses: esportes<br />

e atividades <strong>na</strong> igreja; correspondência<br />

em inglês, suaili, francês<br />

ou kirundi. BURUNDI. Email:<br />

nibigiraeric@yahoo.com.<br />

Ishmael Nyirenda: 22; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o ciências da educação<br />

<strong>na</strong> Universidade Mzuzu; interesse:<br />

fazer novas amizades; correspondência<br />

em inglês. MALAVI. Email:<br />

ishnyirenda@yahoo.com.<br />

Henrico-Gilbert Nzigiyima<strong>na</strong>:<br />

25; solteiro; curs<strong>and</strong>o medici<strong>na</strong><br />

veterinária no Institut Superieur<br />

dAgriculture et dElevage; interesses:<br />

computação, ler e aprender coisas<br />

novas; correspondência em inglês,<br />

francês ou suaili. RUANDA. Email:<br />

amulinde@hotmail.com.<br />

Davi Serrao de Oliveira: 21;<br />

solteiro; curs<strong>and</strong>o pedagogia <strong>na</strong><br />

Universidade Federal do Amazo<strong>na</strong>s;<br />

interesses: música, conhecer nov<strong>os</strong><br />

amig<strong>os</strong> e aprender sobre outras<br />

culturas; correspondência em português<br />

ou espanhol. BRASIL.<br />

Email: serraodavi@bol.com.br ou<br />

daviserrao@ig.com.br.<br />

Caridad Yusdalcy Espin<strong>os</strong>a<br />

Olivera: 21; solteira; curs<strong>and</strong>o tecnologia<br />

de aliment<strong>os</strong>; interesses: música<br />

cristã, canto, fazer novas amizades e<br />

aprender sobre outras culturas; correspondência<br />

em espanhol. CUBA.<br />

Email: espin<strong>os</strong>a.y@medscape.com.<br />

Clifford Omwoyo: 22; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o engenharia química <strong>na</strong><br />

Politécnica Eldoret; interesses: ler,<br />

esportes e fazer novas amizades; correspondência<br />

em inglês. QUÊNIA.<br />

Email: cliffordd2004@yahoo.com.<br />

Anthony Chikezie Onyendi:<br />

23; solteiro; curs<strong>and</strong>o geologia e<br />

mineração <strong>na</strong> Universidade Enungu;<br />

interesses: cantar, compartilhar<br />

minha fé e viajar; correspondência<br />

em inglês. NIGÉRIA. Email: senta_<br />

ton007@yahoo.co.uk.<br />

Jared Oroo Onyimbo: 25; solteiro;<br />

engenharia elétrica e de comunicações<br />

<strong>na</strong> Universidade Moi; interesses:<br />

música, internet e fazer novas<br />

amizades; correspondência em inglês.<br />

QUÊNIA. Email: jaredoroo@yahoo.<br />

com.<br />

Kivuru Paluku: 26; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />

pedagogia <strong>na</strong> Universidade<br />

Adventista de Lukanga; interesses:<br />

música cristã, ler e <strong>na</strong> área<br />

de educação; correspondência<br />

em francês e suaili. REPÚBLICA<br />

DEMOCRÁTICA DO CONGO.<br />

Email: jolmarie01@yahoo.fr.<br />

Nadine Vega Pérez: 22; solteira;<br />

curs<strong>and</strong>o bioquímica <strong>na</strong> Universidade<br />

La Haba<strong>na</strong>; interesses: tocar piano,<br />

ler, música cristã e viajar; correspondência<br />

em espanhol e inglês. CUBA.<br />

Email: <strong>na</strong>dinevp_est@fbio.uh.cu.<br />

Gimei Peter: 25; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />

medici<strong>na</strong> <strong>na</strong> Universidade Mbarara;<br />

interesses: ler devocio<strong>na</strong>is e literatura<br />

científica, correr e jogar futebol; correspondência<br />

em inglês; UGANDA.<br />

Email: gimgimz@yahoo.co.uk.<br />

Ezekiel U. Raphael: 23; solteiro;<br />

concluindo <strong>os</strong> curs<strong>os</strong> de teologia<br />

e história <strong>na</strong> Universidade Valley<br />

View; interesses: cantar, evangelismo,<br />

ajudar pessoas e partilhar a fé;<br />

correspondência em inglês. GANA.<br />

Email: uzoije_ralph@yahoo.com ou<br />

ralphlauren@fsmail.net.<br />

Imadylle Rio: 23; solteira; formada<br />

em contabilidade pelo Colégio<br />

Adventista Central das Filipi<strong>na</strong>s; interesses:<br />

ler, <strong>na</strong>vegar <strong>na</strong> internet, escrever<br />

diário e cantar; correspondência<br />

em inglês ou filipino. FILIPINAS.<br />

Email: madz10182@yahoo.com.<br />

Freddy Miramón Rivera: 20;<br />

solteiro; curs<strong>and</strong>o informática <strong>na</strong><br />

Universidade Guajira; interesses:<br />

tocar órgão, profecias bíblicas e<br />

informática; correspondência em<br />

espanhol. COLÔMBIA. Email:<br />

enocfemrnlaf@hotmail.com.<br />

Esper Lee Rubino: 20; solteira;<br />

curs<strong>and</strong>o enfermagem <strong>na</strong><br />

Faculdade Mountain View; interesses:<br />

cozinhar, ler e escrever<br />

<strong>para</strong> amig<strong>os</strong>; correspondência em<br />

inglês e tagalo. FILIPINAS. Email:<br />

elrepse022605@yahoo.com.<br />

Samuel Sarpaning: 22; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o teologia <strong>na</strong> Universidade<br />

Valley View; interesses: cantar, evangelismo<br />

e leitura da Bíblia; correspondência<br />

em inglês. GANA. Email:<br />

dampare_2005@yahoo.com.<br />

DIÁLOGO 18•3 2006<br />

Inserção


Willard Sichilima: 45; casado; formado<br />

em religião pela Universidade<br />

Solusi; interesses: acampar, canto<br />

e ler; correspondência em inglês.<br />

ZÂMBIA. Email: willardsichi@yahoo.<br />

co.uk.<br />

Flávio André Silva: 24; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o educação física no Centro<br />

Universitário Adventista de São<br />

Paulo; interesses: ler, música e conversar<br />

com amig<strong>os</strong>; correspondência<br />

em português ou espanhol. BRASIL.<br />

Email: flavi<strong>os</strong>ilva.dimy@gmail.com.<br />

Ronny Caro Simanca: 26; solteiro;<br />

formado computação e web design<br />

pelo Instituto Técnico do Norte;<br />

interesses: língua inglesa, música<br />

cristã e internet; correspondência em<br />

espanhol ou inglês. COLÔMBIA.<br />

Email: kusagami@colombia.com.<br />

Patrick Talu: 24; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />

educação com formação principal<br />

em inglês <strong>na</strong> Universidade Adventista<br />

do Pacífico; interesses: cantar, ler jor<strong>na</strong>is<br />

e ouvir música; correspondência<br />

em inglês. PAPUA NOVA GUINÉ.<br />

Email: ptalu@pau.ac.pg.<br />

Paul Allen Ta<strong>na</strong>: 20; solteiro; curs<strong>and</strong>o<br />

enfermagem <strong>na</strong> Universidade<br />

Adventista do Pacífico; interesses:<br />

ler, assistir a filmes e música; correspondência<br />

em inglês. PAPUA NOVA<br />

GUINÉ. Email: pta<strong>na</strong>@pau.ac.pg.<br />

Christopher Tataeng: 22; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o letras e comunicação; interesses;<br />

viajar, basquetebol, ler histórias<br />

verídicas e música; correspondência<br />

em inglês. Endereço: a:c/ student<br />

services University of Papua New<br />

Guinea, P.O. Box 320, University<br />

134, NCD, Port Moresby, PAPUA<br />

NOVA GUINÉ.<br />

Beatriz Maria<strong>na</strong> Teixeira: 21;<br />

solteira; curs<strong>and</strong>o pedagogia <strong>para</strong><br />

o ensino fundamental; interesses:<br />

música, amizades cristãs e viajar; correspondência<br />

em português. BRASIL.<br />

Email: biamary20@hotmail.com.<br />

Guatam Tiwari: 32; casado; formado<br />

em administração de empresas<br />

pelo Spicer Memorial <strong>College</strong>; interesses:<br />

ler, fazer escalada e pescar;<br />

correspondência em inglês. ÍNDIA.<br />

Email: aru<strong>na</strong>chalregion@rediffmail.<br />

com.<br />

Michael Francis Thompson:<br />

37; solteiro; médico formado pela<br />

Universidade de Calabar; interesses:<br />

cuidar de pessoas, compartilhar<br />

experiências cristãs e orar; correspondência<br />

em inglês. Endereço: Health<br />

Care Centre, Nº 42 Faith Rd., P.O.<br />

Box 2992 Uyo, Akwa Ibom State,<br />

NIGÉRIA.<br />

Théophile Tsara: 31; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o administração de<br />

empresas; interesse: fazer novas<br />

amizades; correspondência em<br />

francês. MADAGÁSCAR. Email:<br />

theotsara@yahoo.fr.<br />

Tantine Kyalenga Tuzo: 24;<br />

solteira; curs<strong>and</strong>o ciências da computação<br />

<strong>na</strong> Universidade Adventista<br />

de Lukanga, Campus Wallace;<br />

interesses: <strong>na</strong>tureza, atividades <strong>para</strong><br />

jovens e computação; correspondência<br />

em francês, suaili ou ki<strong>na</strong>nde.<br />

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO<br />

CONGO. Email: tuzo<strong>na</strong>t@yahoo.fr.<br />

Blessing Ihuoma Uche: 24; solteira;<br />

curs<strong>and</strong>o fi<strong>na</strong>nças bancárias <strong>na</strong><br />

Politécnica Estadual Abia; interesses:<br />

compartilhar a fé, fazer novas amizades,<br />

atividades jovens e futebol; correspondência<br />

em inglês. NIGÉRIA.<br />

Email: blessinga23ng2000@yahoo.<br />

com.<br />

Lazarus Innocent Ude: 30; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o direito inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l<br />

e diplomacia <strong>na</strong> Universidade<br />

de Babcock; interesses: ler, viajar e<br />

internet; correspondência em inglês.<br />

NIGÉRIA. Email: udelazarus@yahoo.<br />

com.<br />

Nyamhanga W<strong>and</strong>a: 23; solteiro;<br />

formado como técnico em engenharia<br />

elétrica; interesses: estudar<br />

a Bíblia, ouvir música cristã e fazer<br />

novas amizades; correspondência em<br />

suaili ou inglês. TANZÂNIA. Email:<br />

nyamhanga2005@yahoo.com.<br />

Chituru Oluchi Wogu: 22; solteira;<br />

curs<strong>and</strong>o tecnologia da ciência<br />

de aliment<strong>os</strong> <strong>na</strong> Universidade de<br />

Agricultura Michael Ok<strong>para</strong>; interesses:<br />

turismo, ouvir música cristã<br />

e <strong>na</strong>vegar <strong>na</strong> internet; correspondência<br />

em inglês. NIGÉRIA. Email:<br />

chiwogu2000@yahoo.com.<br />

Eziuche Wogu: 25; solteiro;<br />

curs<strong>and</strong>o contabilidade; interesse:<br />

fazer novas amizades; correspondência<br />

em inglês. NIGÉRIA. Email:<br />

jon<strong>na</strong>tex2000@yahoo.com.<br />

Osmell Moli<strong>na</strong> Zaragoza:<br />

35; solteiro; curs<strong>and</strong>o direito <strong>na</strong><br />

Universidade de Holguín; interesses:<br />

compartilhar a fé, fazer novas<br />

amizades e viajar; correspondência<br />

em espanhol. CUBA. Email:<br />

igleadhg@enet.cu.<br />

Kasereka Ka<strong>na</strong>kake Zaza: 26;<br />

solteiro; curs<strong>and</strong>o pedagogia; interesses:<br />

música religi<strong>os</strong>a, fazer novas<br />

amizades e aprender sobre outras<br />

culturas; correspondência em inglês,<br />

francês ou suaili. REPÚBLICA<br />

DEMOCRÁTICA DO CONGO.<br />

Email: zazaptl@yahoo.fr.<br />

Convite<br />

Se você é universitário ou profissio<strong>na</strong>l<br />

adventista e quer ter seu nome listado<br />

aqui, envie-n<strong>os</strong> as seguintes informações:<br />

(1) seu nome completo, com o sobrenome<br />

em letras maiúsculas; (2) sua idade;<br />

(3) sexo; (4) estado civil; (5) estud<strong>os</strong><br />

correntes ou diploma obtido e especialidade;<br />

(6) faculdade ou universidade que<br />

está freqüent<strong>and</strong>o ou <strong>na</strong> qual graduouse;<br />

(7) três principais passa-temp<strong>os</strong> ou<br />

interesses; (8) língua(s) <strong>na</strong>s quais quer se<br />

corresponder; (9) o nome da congregação<br />

adventista da qual é membro; (10)<br />

seu endereço p<strong>os</strong>tal; (11) seu e-mail,<br />

caso o tenha. Por favor, datilografe ou<br />

use letra de imprensa clara. Envie esta<br />

informação <strong>para</strong> Diálogo Interchange;<br />

12501 Old Col<strong>um</strong>bia Pike; Silver Spring,<br />

MD 20904-6600, EUA. Você pode também<br />

usar e-mail: diainterchange@yahoo.<br />

com. Ape<strong>na</strong>s porem<strong>os</strong> <strong>na</strong> lista aqueles<br />

que fornecerem <strong>os</strong> dez itens de informação<br />

requerida acima. Diálogo não ass<strong>um</strong>e<br />

responsabilidade pela exatidão da<br />

informação dada ou pelo conteúdo da<br />

correspondência que p<strong>os</strong>sa resultar.<br />

Inserção DIÁLOGO 18•3 2006

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