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OSTEOPOROSE: UM ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO - Ucg

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FABIANO MOREIRA FREIRE<br />

KARINE GODOY CASTELO BRANCO <strong>DE</strong> ARAGÃO<br />

<strong>OSTEOPOROSE</strong>: <strong>UM</strong> <strong>ARTIGO</strong> <strong>DE</strong> ATUALIZAÇÃO<br />

GOIÂNIA<br />

2004


FABIANO MOREIRA FREIRE<br />

KARINE GODOY CASTELO BRANCO <strong>DE</strong> ARAGÃO<br />

<strong>OSTEOPOROSE</strong>: <strong>UM</strong> <strong>ARTIGO</strong> <strong>DE</strong> ATUALIZAÇÃO<br />

Trabalho apresentado para fins de avaliação parcial na<br />

disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II do Curso<br />

de Fisioterapia da Universidade Católica de Goiás.<br />

Orientadora: Profª Drª Fábia Maria Oliveira Pinho<br />

GOIÂNIA<br />

2004


<strong>DE</strong>DICATÓRIA<br />

Aos nossos avós, pais, irmãos e mestres que, direta ou indiretamente, muito contribuíram<br />

para a conclusão dessa nossa árdua batalha, porém honrosa.


AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />

A Deus; pela saúde, força e coragem nas horas mais difíceis, não deixando que desistíssemos<br />

diante das dificuldades.<br />

Aos nossos pais, por não terem medido esforços para que chegássemos até aqui.<br />

À nossa querida Professora Fábia, responsável por nossa orientação.


S<strong>UM</strong>ÁRIO<br />

Resumo<br />

INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------01<br />

<strong>DE</strong>FINIÇÃO -----------------------------------------------------------------------------------02<br />

ESTRUTURA ÓSSEA -------------------------------------------------------------------------03<br />

INCIDÊNCIA ----------------------------------------------------------------------------------05<br />

FATORES <strong>DE</strong> RISCO -------------------------------------------------------------------------06<br />

DIAGNÓSTICO CLÍNICO --------------------------------------------------------------------11<br />

DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO ------------------------------------------------------------14<br />

DIAGNÓSTICO POR MEDIDAS <strong>DE</strong> MASSA ÓSSEA--------------------------------------15<br />

PREVENÇÃO E TRATAMENTO ------------------------------------------------------------17<br />

IMPORTÂNCIA DA ATIVIDA<strong>DE</strong> FÍSICA --------------------------------------------------21<br />

CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS ------------------------------------------------------------------26<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ---------------------------------------------------------28


RES<strong>UM</strong>O<br />

A osteoporose é considerada atualmente um sério problema de saúde pública do mundo. Este<br />

estudo é uma revisão atualizada a respeito desta patologia, que possui alta taxa de morbimortalidade<br />

relacionada a fraturas e que acomete particularmente mulheres idosas. Revisa-se<br />

seu conceito, incidência, fatores de risco, diagnóstico e tratamento, enfatizando a importância<br />

da atividade física em sua prevenção. Com o crescente envelhecimento populacional, é de<br />

vital importância que todos os profissionais de saúde, especialmente os fisioterapeutas,<br />

estejam preparados cientificamente, não somente para minimizar os efeitos deletérios<br />

causados pela osteoporose, mas principalmente tentar preveni-la.<br />

Palavras-chave: Osteoporose; envelhecimento; atividade física; prevenção.


INTRODUÇÃO<br />

A osteoporose é considerada atualmente um sério problema de saúde pública do<br />

mundo. É uma doença que se caracteriza por alterações esqueléticas que comprometem a<br />

resistência óssea, predispondo o indivíduo a fraturas. Este estudo é uma revisão atualizada a<br />

respeito desta patologia, que possui alta taxa de morbi-mortalidade e que acomete<br />

particularmente mulheres idosas.


<strong>DE</strong>FINIÇÃO<br />

A osteoporose tem sido recentemente reconhecida como um dos maiores problemas<br />

de saúde pública do mundo 1 , devido à alta taxa de morbi-mortalidade relacionadas com<br />

fraturas, particularmente entre mulheres idosas. 2<br />

A osteoporose é uma doença esquelética sistêmica caracterizada por diminuição da<br />

massa óssea e deteriorização microarquitetural do tecido ósseo, com conseqüente aumento da<br />

fragilidade óssea e susceptibilidade à fratura. 3-6<br />

A perda de massa óssea é uma conseqüência inevitável do processo de<br />

envelhecimento. 7 Entretanto, no indivíduo com osteoporose a perda é tão importante que a<br />

massa óssea cai abaixo do limiar para fraturas, principalmente em determinados locais, como<br />

quadril, vértebras e antebraço. 4, 8, 9 Uma significativa redução de massa óssea pode ocorrer<br />

8, 10<br />

especialmente em mulheres após a menopausa.


ESTRUTURA ÓSSEA<br />

Os ossos do esqueleto são constituídos por camada externa densa, denominada<br />

cortical, que envolve estrutura interna trabeculada, com maior área, denominada osso<br />

trabecular ou esponjoso. O osso é formado predominantemente pelo colágeno do tipo I, onde<br />

se depositam cálcio e fósforo na forma de cristais de hidroxiapatita. A resistência óssea<br />

depende da deposição mineral. 11<br />

As unidades de remodelação são independentes e individuais, compondo-se cada<br />

uma de osteoblastos e osteoclastos, para formação e reabsorção, respectivamente. 12<br />

Os osteoclastos são células sinciciais gigantes, que estão presentes principalmente<br />

nas partes mais altas das lacunas de reabsorção dos ossos trabeculares. 12 Os osteoblastos são<br />

as células responsáveis pela formação da matriz que será posteriormente mineralizada. Entre<br />

as substâncias que produz, podemos citar a fosfatase alcalina, a proteína GLA, grandes<br />

quantidades de colágeno do tipo I e uma variedade de outras proteínas da matriz. 12<br />

Mudança contínua acontece em todo osso ao longo de vida. Estas mudanças<br />

acontecem em ciclos e são atribuíveis à atividade de grupos de osteoclastos e osteoblastos.<br />

Osteoclastos aparecem na superfície do osso e são responsáveis pela reabsorção, que é o<br />

processo por meio de onde cristais de fosfato de cálcio são removidos do osso e são<br />

absorvidos pelo sangue. Depois que a fase de reabsorção é completada, os osteoblastos<br />

4, 10, 13<br />

aparecem e são responsáveis por formação de osso novo.<br />

O pico de massa óssea é atingido por volta dos 35 anos de idade em homens e<br />

mulheres. Após essa idade, as mulheres perdem aproximadamente 1% de massa óssea por ano


e podem perder até 6% por ano durante os primeiros 5 anos após a menopausa. Os homens<br />

12, 14<br />

apenas começam a perder massa óssea, cerca de 0,3% por ano, por volta dos 50 anos.<br />

Vale lembrar que nos indivíduos após os 35 anos de idade, principalmente no sexo<br />

feminino, a formação óssea não consegue repor de forma completa a massa óssea perdida<br />

durante a atividade osteoclástica. 10 Há redução da massa esquelética e os ossos tornam-se<br />

progressivamente porosos. Esta redução de massa óssea ao longo do tempo é conhecida como<br />

perda óssea involutiva. 15<br />

A osteoporose ocorre quando os osteoclastos criam uma cavidade excessivamente<br />

profunda que não consegue ser suficientemente preenchida pelos osteoblastos ou quando estes<br />

não conseguem preencher uma cavidade de reabsorção normal. 7<br />

Nas mulheres após a menopausa, além dos índices de reabsorção e remodelação<br />

estarem diminuídos, há um grande desequilíbrio entre estes dois processos. Os osteoblastos,<br />

apesar de ativos, não são capazes de reconstruir completamente as cavidades ósseas<br />

reabsorvidas pelos osteoclastos e a partir daí inicia-se uma perda excessiva de massa óssea. 16<br />

04


INCIDÊNCIA<br />

A osteoporose é uma doença de importância crescente tendo-se em vista o aumento<br />

da expectativa de vida populacional, que no Brasil é de aproximadamente 72 anos para as<br />

mulheres. 17<br />

Estima-se que uma em cada duas mulheres e um em cada cinco homens acima de 65<br />

anos de idade apresentarão pelo menos uma fratura relacionada à osteoporose em algum<br />

momento da vida. 18<br />

A osteoporose atualmente afeta mais de 75 milhões de pessoas na Europa, Japão e os<br />

Estados Unidos, com um risco estimado de fraturas ao redor 15%. 19 Dados norte-americanos<br />

mostram que as fraturas devido à osteoporose são mais graves, letais em 12 a 20% dos casos e<br />

acarretam despesas médicas ao redor de dez bilhões de dólares. 20 Sabe-se que a incidência de<br />

osteoporose entre mulheres chilenas acima de 50 anos de idade é de 22%. 21<br />

No Brasil, há escassez de dados referentes à população acometida pela osteoporose. 18<br />

Estima-se que aproximadamente 10 milhões de brasileiros sofram com osteoporose no país 22 ,<br />

sendo que 2,4 milhões sofrem fraturas anualmente e destes, cerca de 200 mil morrerão em<br />

decorrência direta de suas fraturas. 23 Calcula-se que a osteoporose afete cerca de 35% das<br />

mulheres acima de 45 anos de idade em nosso país. 2


FATORES <strong>DE</strong> RISCO<br />

Muitos fatores contribuem para o desenvolvimento da osteoporose. A idade, o sexo e<br />

a raça estão entre os principais determinantes da massa óssea e do risco de fraturas.<br />

Quanto maior a sobrevida do indivíduo, maior é o risco de desenvolver<br />

osteoporose. 11 A osteoporose acomete preferencialmente indivíduos idosos, mais<br />

freqüentemente mulheres acima de 45 anos de idade, embora o sexo masculino também possa<br />

24, 25<br />

ser acometido.<br />

Mulheres são mais suscetíveis à osteoporose do que homens, pois além de<br />

apresentarem perda óssea importante durante a menopausa, possuírem menor densidade<br />

mineral óssea 26<br />

e terem ossos mais finos e mais leves, têm maior expectativa de vida,<br />

portanto estão mais tempo sob risco. 11 Vale ressaltar que as fraturas vertebrais são sete vezes<br />

mais comuns em mulheres que em homens, tendendo a ocorrer duas décadas após a<br />

menopausa. 20<br />

Fatores genéticos também são responsáveis pelas variações na massa óssea em<br />

diferentes grupos éticos e raciais. Indivíduos da raça negra possuem maior pico de massa<br />

óssea e, portanto, são menos predispostos a sofrerem de osteoporose que brancos e asiáticos. 27<br />

As mulheres brancas possuem baixos índices de pico de massa óssea na idade adulta e<br />

apresenta maior prevalência de osteoporose. Estima-se que 30% de todas as mulheres brancas<br />

pós-menopausadas terão pelo menos uma fratura osteoporótica durante a vida, incidência que<br />

aumenta com a idade avançada. A incidência de fraturas de fêmur em mulheres brancas é<br />

duas vezes maior do que em mulheres negras. 11


07<br />

Suscetibilidade à osteoporose é, em parte, devida à hereditariedade. Mulheres jovens,<br />

filhas de pais ou mães com fratura vertebral associada à osteoporose possuem menor massa<br />

óssea. 11 Também se relata que homens e mulheres de pequena estatura apresentam maior risco<br />

ao desenvolvimento de osteoporose por possuírem ossos mais finos. 11<br />

Deficiência estrogênica<br />

A menopausa, que se inicia entre 45 e 55 anos de idade, é evento singular que ocorre<br />

devido à deficiência estrogênica, trazendo uma série de transformações ao organismo<br />

feminino. As mulheres passam a enfrentar perdas ósseas, sintomas vasomotores, alterações<br />

cardiovasculares, distúrbios sexuais e psicológicos, alterações urinárias, genitais e<br />

dermatológicas. 11, 28 Nesta fase da vida, a perda de massa óssea nas mulheres é relacionada ao<br />

declínio agudo da produção ovariana de estrógeno, hormônio que tem ação protetora sobre o<br />

osso. 11 No início da deficiência ovariana, uma mulher perde 3 a 5% de massa óssea por ano. 29<br />

A deficiência de estrógeno tem sido apontada como uma causa primária de perda<br />

óssea após a menopausa e conseqüentemente, um dos principais fatores de risco para o<br />

desenvolvimento de osteoporose em mulheres. 30, 31 O estrógeno tem um efeito protetor no<br />

osso por suprimir sua reabsorção, prevenindo a perda óssea e reduzindo o risco de fraturas. 8,<br />

31, 32 Este efeito ocorre por várias razões. Primeiro, o estrógeno melhora a absorção de cálcio<br />

no trato intestinal e diminui a perda de cálcio pela urina. 33 Segundo, com níveis aumentados<br />

de estrógeno, a forma ativa de vitamina D na circulação é elevada. Terceiro, o estrógeno<br />

estimula a produção de calcitonina, que previne a remoção de cálcio do osso. 34<br />

O osso<br />

trabecular tende a ser mais sensível do que osso cortical a variações nos níveis de estrógeno. 35<br />

A redução dos níveis de estrogênio tem sido relacionada à alta incidência de fraturas<br />

vertebrais. Vale lembrar que as vértebras são constituídas primariamente de osso trabecular. 35<br />

Quanto aos aspectos reprodutivos, vários estudos demonstram uma associação entre<br />

a ocorrência da menarca (primeira menstruação) e da menopausa (última menstruação) com a<br />

formação e densidade de massa óssea. 36<br />

Foram identificados como fatores de risco para<br />

osteoporose a menarca tardia e a menopausa precoce, que traduzem menor tempo de<br />

exposição do organismo feminino aos estrógenos endógenos, protetores importantes do<br />

11, 36-38<br />

osso.


Cálcio<br />

08<br />

Níveis adequados de cálcio podem retardar o desenvolvimento de osteoporose por<br />

duas razões. 39 Primeiro, o cálcio suprime a reabsorção óssea. 40 Segundo, a calcificação ou<br />

mineralização óssea fortalece o osso. 4, 8<br />

Aproximadamente 99% do cálcio do corpo está contido no esqueleto ósseo. 41 Uma<br />

pequena quantidade de cálcio é requerida para contração muscular, transmissão do impulso<br />

nervoso e outras funções reguladoras do organismo, e quando necessário, o osso é reabsorvido<br />

para produzir cálcio para estas funções. 8, 41 O cálcio que é perdido diariamente através da<br />

urina, suor e fezes também deve ser reposto pelo cálcio do esqueleto.<br />

Para prevenir a redução da massa óssea, deve-se manter o equilíbrio entre a ingestão<br />

e absorção de cálcio e suas perdas. A absorção de cálcio diminui com o aumento da idade e é<br />

menor nas mulheres portadoras de osteoporose. 4, 42 Além disso, a maioria das mulheres tem<br />

uma ingesta média de cálcio de 475 a 575 mg/dia 4, 40, 34 , apesar de atualmente a quantidade<br />

recomendada ser de no mínimo 1.000 mg/dia. 43 Heaney e colaboradores recomendam que<br />

mulheres após a menopausa aumentem sua ingesta de cálcio para 1.500 mg/dia para manter<br />

seu equilíbrio. 33 O aumento da reabsorção óssea que ocorre com a redução dos níveis de<br />

cálcio afeta tanto os ossos trabecular quanto cortical. 35<br />

A incidência de fraturas no quadril, pelve, úmero e tíbia aumentam lentamente com o<br />

avançar da idade até no último ciclo de vida, quando este aumento se torna exponencial. 35<br />

Vitamina D<br />

A vitamina D é um hormônio que facilita a absorção intestinal de cálcio e sua<br />

incorporação no osso. Sua suplementação está indicada sempre que a absorção intestinal<br />

11, 20<br />

estiver diminuída, fenômeno que geralmente ocorre na osteoporose.<br />

Homens e mulheres na pré-menopausa devem receber suplementação de 200 a 400<br />

UI/dia de vitamina D, quando a exposição solar for menor que 15 minutos diários. Mulheres<br />

após a menopausa sem terapia de reposição hormonal devem receber 800 a 1.000 UI/dia. 11<br />

Fatores Nutricionais


Alguns estudos demonstram que ingestão elevada de proteínas na dieta causa perda<br />

11, 44-<br />

de cálcio em excesso na urina, o que aumenta as necessidades de cálcio pelo organismo.<br />

49<br />

Recomenda-se atualmente a ingestão diária de 44g de proteínas para as mulheres e 56g para<br />

os homens. 11<br />

A ingestão excessiva de fibras e de sódio pode diminuir a absorção intestinal e<br />

aumentar a excreção renal de cálcio. 11 As fibras presentes nos vegetais e cereais não afetam a<br />

absorção de cálcio. As únicas exceções são a aveia e o espinafre, ricos em ácido oxálico, que<br />

bloqueiam a absorção de cálcio. 11<br />

09<br />

Peso corporal<br />

Indivíduos obesos, com maior índice de massa corporal (IMC), apresentam maior<br />

densidade mineral óssea e, portanto, maior proteção contra osteoporose. Nas mulheres obesas<br />

pós-menopausadas, a massa óssea é mantida principalmente pela produção estrogênica<br />

proveniente do tecido gorduroso. 20 Assim, o peso corporal interage com os hormônios<br />

gonadais na manutenção da massa óssea, protegendo o esqueleto contra os efeitos adversos da<br />

deficiência estrogênica. 50<br />

Hábitos de vida<br />

O consumo regular de álcool, como por exemplo, mais de dois drinques diários, pode<br />

ser prejudicial para o tecido ósseo para ambos os sexos. 11<br />

Mulheres fumantes apresentam níveis reduzidos de estrogênio e iniciam a<br />

menopausa mais precocemente do que mulheres não-fumantes. 11<br />

As chances de desenvolver osteoporose aumentam também com ingestão de duas ou<br />

mais xícaras de café/dia, quando combinada com uma baixa ingestão de cálcio. A alta ingesta<br />

de cafeína de qualquer fonte (café, chá, refrigerantes e outras bebidas), acelera a perda de<br />

cálcio na urina, aumentando o risco de fratura óssea. 51<br />

Inatividade física


A atrofia óssea com perda acentuada de cálcio tem sido relatada após períodos de<br />

52, 53<br />

inatividade física, tanto por imobilização quanto por permanência prolongada no leito.<br />

Alguns autores estudaram os efeitos da permanência prolongada no leito por 5 a 36 semanas<br />

em uma centena de indivíduos jovens e saudáveis. Através deste estudo, várias tentativas<br />

terapêuticas, incluindo o uso suplementar de cálcio e vitamina D, exercícios, compressão de<br />

esqueleto e aumento da pressão hidrostática em membros inferiores, foram feitos para<br />

prevenir a perda mineral óssea. O programa de exercício envolveu um treinamento diário de<br />

80 minutos utilizando levantamento de peso com um sistema de roldanas que oferecia 400g<br />

de resistência. Apesar destas intervenções terapêuticas, o cálcio urinário aumentou<br />

rapidamente e houve uma perda mineral calcânea de 5% por mês. Os autores concluem que<br />

embora tenha ocorrido perda óssea mesmo com o condicionamento físico, a ausência<br />

completa de exercícios acarreta redução maior e mais importante de cálcio e osso. Os autores<br />

sugerem que os exercícios de força compressiva e de impacto aplicados no referido estudo<br />

podem não ter simulado adequadamente uma deambulação, tanto em relação à qualidade<br />

quanto à quantidade. 53<br />

É importante destacar que a atividade física promove ganho de massa muscular,<br />

aumento da massa óssea ou redução de sua perda, maior tolerância ao esforço e melhor<br />

equilíbrio, o que diminui o risco de quedas e fraturas, eventos freqüentes entre portadores de<br />

osteoporose. 54 Dessa forma, realização de exercícios físicos específicos regulares possibilita a<br />

manutenção da independência física para realização das atividades da vida diária e melhor<br />

qualidade de vida. 55<br />

10


fêmur. 32 Clinicamente, as fraturas vertebrais se manifestam agudamente com dor nas costas<br />

DIAGNÓSTICO CLÍNICO<br />

No Brasil, somente uma pessoa em três com osteoporose é diagnosticada, e destas,<br />

somente uma em cinco recebe algum tipo de tratamento. 56<br />

Todos os pacientes que apresentam osteoporose devem ser submetidos à avaliação<br />

clínica global. Uma história cuidadosa e um exame físico completo são essenciais. Os<br />

objetivos desta avaliação são: excluir as causas de osteoporose secundária, medir a extensão<br />

da perda óssea e fraturas e estabelecer um parâmetro objetivo das condições básicas do<br />

paciente, diante das quais a eficácia do tratamento possa ser avaliada. 20<br />

A osteoporose inicialmente é assintomática, sendo conhecida como “doença<br />

silenciosa”, pois as primeiras manifestações clínicas surgem quando já ocorreu perda de 30 a<br />

51, 57-59<br />

40% de massa óssea.<br />

Os primeiros sintomas aparecem quando ocorrem fraturas periféricas ou axiais após<br />

mínimos traumas. 59<br />

As fraturas ocorrem principalmente nas vértebras, punho e colo do<br />

após movimento rápido de flexão, extensão ou mesmo após tossir ou espirrar. No entanto, a<br />

maior parte das fraturas é assintomática e somente se manifestam com a progressão da cifose<br />

ou são descobertas ao acaso, em radiografias de rotina, geralmente, da região do tórax. A<br />

maior parte das fraturas vertebrais ocorre na região torácica baixa ou lombar alta. A dor pode<br />

59, 60<br />

ser leve ou intensa, restrita ao sítio de fratura ou irradiada para região anterior do abdome.


urinária. 59 As fraturas de quadril e antebraço distal (fratura de Colles) geralmente ocorrem após<br />

quadril. 60 A maior parte das fraturas de quadril em idosos ocorre após trauma mínimo, definido<br />

12<br />

Após diversos episódios de dor intermitente aguda pode aparecer dor mecânica<br />

crônica, resultante da deformidade vertebral. A dor crônica na coluna ocorre devido à<br />

compressão e inflamação das raízes nervosas, que emergem das vértebras, assim como dos<br />

tecidos adjacentes. 59<br />

Nos casos em que a fratura vertebral é indolor, ela pode ser diagnosticada,<br />

clinicamente através da perda da altura, que pode ser uma medida objetiva de fratura nestes<br />

pacientes. Cada fratura compressiva provoca a perda de um centímetro de altura e em casos<br />

graves, com múltiplas fraturas, pode haver diminuição de 10 a 20 cm de altura. 59<br />

As fraturas na coluna torácica levam a um aumento progressivo no grau de cifose. Na<br />

coluna lombar há retificação da lordose lombar e escoliose. A perda progressiva da altura<br />

resulta no encurtamento progressivo da musculatura paravertebral e contração ativa dos<br />

músculos paravertebrais, resultando em dor e fadiga muscular. A dor piora com a posição em<br />

pé prolongada e melhora quando o paciente anda. 59<br />

As alterações esqueléticas que acompanham a osteoporose reduzem a capacidade das<br />

cavidades torácica e abdominal, com conseqüente alteração das funções cardíacas, pulmonar,<br />

gástrica e vesical, que podem dificultar a respiração e causar hérnia de hiato e incontinência<br />

queda. Aproximadamente 30% dos indivíduos acima de 65 anos, caem uma ou mais vezes por<br />

ano e, destes, 3% desenvolvem fraturas. O sítio de fratura pode influenciado pela direção da<br />

queda. Queda para trás resultam em fraturas de quadril e, para frente, fratura de Colles. 59<br />

Distúrbios na coordenação motora, alteração na marcha, diminuição da acuidade<br />

visual, uso de sedativos e outros fármacos, associados a doenças neurológicas e<br />

reumatológicas são fatores que predispõe a maior freqüência de quedas e, conseqüentemente,<br />

a aumento no número de fraturas. Sabe-se que as fraturas do antebraço ocorrem 15 a 20 anos<br />

antes da fratura do quadril, podendo a fratura de Colles predizer o risco futuro de fratura de<br />

como queda da própria altura. Ainda não está bem estabelecida se os pacientes caem e se<br />

quebram ou se eles se quebram e depois caem. 59<br />

A dor associada à fratura de quadril é variável e depende do grau do trauma, perda<br />

sanguínea e outros. Na maior parte dos pacientes, o diagnóstico é óbvio devido à dor e à<br />

incapacidade de se levantar ou fazer a rotação externa da perna. 59


13<br />

Constata-se que metade das fraturas de fêmur por osteoporose evolui para<br />

incapacitação parcial ou total. Cerca de 20 a 30% dos indivíduos com fratura de colo de fêmur<br />

por osteoporose apresentam alterações circulatórias, respiratórias e tromboembólicas,<br />

resultando em morte dentro dos dois primeiros anos após a fratura. 32<br />

O tempo de consolidação da fratura por osteoporose é semelhante ao de qualquer<br />

fratura. 61 Os indivíduos com fratura de Colles são facilmente tratáveis, não requerendo<br />

hospitalização, diferentes daqueles com fratura de quadril, que requerem tratamento cirúrgico<br />

com internação e risco de morte no primeiro ano. 59


DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO<br />

A radiografia tradicional é um método pouco sensível para diagnosticar<br />

osteoporose. 62 A radiografia não é eficiente para detectar a densidade óssea e sim para auxiliar<br />

no diagnóstico de desvios posturais. 16<br />

O diagnóstico de osteoporose realizado pela avaliação das alterações radiográficas é<br />

tardio, pois quando as manifestações radiológicas estão presentes houve perda de 30 a 50% da<br />

59, 62<br />

massa óssea.<br />

Em presença de história de fratura, após mínimo trauma, o estudo radiológico da<br />

região acometida permite confirmar o diagnóstico da osteoporose. A única região do<br />

esqueleto que pode fornecer o diagnóstico de osteoporose mesmo na ausência de história de<br />

fratura é a coluna dorsal e lombar.<br />

Os principais sinais radiológicos encontrados na coluna dorso-lombar são: redução<br />

difusa da densidade óssea, acentuação das corticais ósseas dos corpos vertebrais, acentuação<br />

do trabeculado ósseo vertical e alterações das formas dos ossos vertebrais-vértebras<br />

bicôncavas, achatadas, acunhadas ou por compressão (crush vertebrae), que refletem<br />

diferentes graus de fraturas. Podem ser únicas ou múltiplas. 63<br />

Tomografia computadorizada quantitativa (TCQ) é a tomografia aplicada à medida<br />

da absorção de raios X pela utilização de um programa especial. A TCQ é utilizada para aferir<br />

a densidade de ossos axiais, sendo mais comumente usada para avaliar a densidade da coluna<br />

vertebral. Embora seja bastante difundida no mundo, é uma técnica demorada, de alto custo e<br />

pouco sensível. 64


DIAGNÓSTICO POR MEDIDAS <strong>DE</strong> MASSA ÓSSEA<br />

O advento das novas técnicas de quantificação da massa óssea tornou possível<br />

identificar pacientes com maior risco de desenvolver fraturas, bem como a monitoração da<br />

massa óssea. Os métodos mais utilizados, internacionalmente e também no Brasil, são a<br />

densitometria de dupla emissão com fonte de raios X (<strong>DE</strong>XA), que permite a avaliação direta<br />

da coluna, região proximal do fêmur e terço distal do radio, regiões mais acometidas pela<br />

osteoporose, e a ultra-sonometria óssea (USO), que pode ser realizada no calcâneo, patela ou<br />

dedos das mãos e fornece uma avaliação indireta do risco de fratura na coluna e/ou fêmur. 59<br />

Densitometria óssea (<strong>DE</strong>XA)<br />

A densitometria óssea (<strong>DE</strong>XA) permite analisar os pacientes com alto risco de<br />

doença metabólica óssea, de estimar a severidade da perda óssea, verificar o risco de fraturas<br />

e de acompanhar a evolução dos tratamentos. 16 Ela só deve ser indicada quando seu resultado<br />

for influenciar a decisão clínica. 65<br />

De um modo geral, a <strong>DE</strong>XA não deve ser repetida mais que uma vez por ano ou a<br />

cada dois anos. Repetições mais freqüentes são sugeridas em pacientes com possibilidade de<br />

apresentar perda óssea acelerada, como ocorre naqueles em uso de corticóides. 65<br />

A <strong>DE</strong>XA depende da absorção da radiação pelo esqueleto, provendo medidas<br />

quantitativas da massa óssea. Sua acurácia é medida em termos do coeficiente de variação


16<br />

entre o peso das cinzas ósseas e peso do conteúdo mineral ósseo registrado pelo<br />

densitômetro. 66<br />

A <strong>DE</strong>XA é capaz de medir partes centrais do esqueleto (coluna e fêmur). Tem<br />

acurácia diagnóstica elevada e a dose de radiação baixa, quando comparadas aos outros<br />

métodos. 67, 68 É a técnica de densitometria mais utilizada atualmente no mundo. 62<br />

Ultra-sonometria óssea (USO)<br />

A avaliação óssea com ultra-som é uma técnica relativamente nova, prática, de baixo<br />

custo e desprovida de radiação ionizante. 69 Não mede, todavia, a densidade mineral óssea<br />

propriamente dita. 70 Quanto à capacidade de prever fraturas, as tentativas de comparação da<br />

sensibilidade do ultra-som com a <strong>DE</strong>XA, para coluna e fêmur, indicam que o ultra-som é<br />

menos sensível que a <strong>DE</strong>XA. 70<br />

A teoria da ultra-sonometria óssea de calcâneo se baseia na observação de que a onda<br />

sonora ao atravessar um material poroso como o tecido ósseo pode sofrer alterações em sua<br />

velocidade e amplitude, dependendo das propriedades físicas do tecido. 71-75


PREVENÇÃO E TRATAMENTO<br />

Medidas gerais<br />

Tanto para a prevenção como para o tratamento da osteoporose se recomendam<br />

dietas ricas em cálcio. Mulheres na pré-menopausa, mulheres na pós-menopausa e homens<br />

necessitam ingerir cerca de 1000 a 1500 mg de cálcio/dia. 59 Um estudo recente relata que a<br />

suplementação de cálcio nas doses de 1.000 mg/dia em mulheres na pós-menopausa diminui a<br />

perda de massa óssea em até 50%. 20 Outro estudo descreve uma diminuição significativa da<br />

perda óssea em coluna lombar em mulheres que receberam 1.000 a 2.000mg de cálcio por dia<br />

durante um ano, quando comparadas a mulheres que receberam placebo, entretanto esse efeito<br />

benéfico se perdeu no segundo ano da terapêutica. 20<br />

Além da ingestão adequada de cálcio, recomenda-se exposição solar e ingestão de<br />

alimentos ricos em vitamina D que assegurem o mínimo recomendado de 400 a 800 UI/dia. 59<br />

A vitamina D é um hormônio que facilita a absorção intestinal de cálcio e está indicada<br />

sempre que essa absorção estiver diminuída. As principais vitaminas D são a vitamina D2 ou<br />

calciferol e a vitamina D3 ou colecalciferol, ambas obtidas por fotossíntese cutânea sob os<br />

raios ultravioletas. 20<br />

Medicamentos<br />

Os medicamentos atualmente aprovados para a prevenção da osteoporose são os<br />

estrogênios, raloxifeno, alendronato e risedronato. Atualmente, são utilizados para tratamento<br />

da osteoporose os estrogênios, calcitonina, alendronato, risedronato e teriparatida. 76


18<br />

Estrogênios: Os estrogênios diminuem a reabsorção óssea, previnem a perda de osso<br />

trabecular e cortical, reduz em 50% o risco de fratura em qualquer sítio esquelético e<br />

aumentam a densidade óssea da coluna (5 a 6%) e fêmur (2 a 3%). Os maiores efeitos<br />

ocorrem em mulheres com perda óssea recente ou acelerada. Esta terapia de reposição<br />

hormonal (TRH) pode ser utilizada em qualquer momento após a menopausa, porém é mais<br />

eficaz quando ministrada a mulheres mais jovens nos primeiros anos após a menopausa<br />

quando ainda não ocorreu grande perda da densidade óssea. 59 Embora existam evidências de<br />

que os estrogênios em doses adequadas sejam eficazes no tratamento da osteoporose,<br />

principalmente prevenindo a perda de massa óssea em mulheres na pós-menopausa 77-79 e<br />

eficientes também na redução de fraturas vertebrais e de quadril, no momento, seus riscos têm<br />

sido mais valorizados do que seus benefícios. 59 Tem sido estabelecida uma relação entre TRH<br />

e maior risco de ocorrência de câncer de pulmão e problemas cardíacos. Assim, atualmente,<br />

recomenda-se doses baixas de TRH para reduzir sintomas próprios da menopausa e prevenir a<br />

perda de massa óssea. 79 Nos Estados Unidos, cerca de 30 a 50% das prescrições feitas de<br />

terapia de reposição hormonal nunca foram seguidas. Apenas 20% das mulheres que recebem<br />

reposição hormonal continuam seguindo essa prescrição por mais de dois anos. 59<br />

Calcitonina: A calcitonina altera a motilidade citoplasmática dos osteoclastos inibindo sua<br />

atividade de reabsorção óssea. A calcitonina utilizada atualmente na prática clínica é um<br />

hormônio sintético proveniente do salmão, considerado 50-100 vezes mais potente que a<br />

calcitonina humana. 20 A calcitonina spray nasal é uma alternativa segura para o tratamento da<br />

osteoporose, embora sua eficácia em reduzir fraturas ainda não esteja comprovada. Deve ser<br />

utilizada em homens ou mulheres após a menopausa com osteoporose de coluna, associada ou<br />

não a fratura aguda vertebral. Vale destacar que também atua como importante analgésico.<br />

Estudos recentes sugerem que doses de 200 UI/dia de calcitonina reduz o risco de novas<br />

fraturas vertebrais em 30%, sem, no entanto, qualquer efeito sobre as fraturas não vertebrais. 59<br />

Raloxifeno: O raloxifeno reduz a reabsorção óssea, previne a perda óssea na coluna e fêmur,<br />

aumenta a densidade óssea da coluna (1,5%) e do fêmur (1,5%) e reduz em 50% o risco de<br />

fratura na coluna. 59, 80, 81 O aumento da densidade óssea, observado em pacientes tratados com<br />

raloxifeno é menor que o de pacientes tratados com terapia de reposição hormonal. Sua<br />

utilização foi aprovada apenas para a prevenção da osteoporose e não para o tratamento da<br />

osteoporose estabelecida. A dose recomendada é de 60 mg/dia. 59


19<br />

Alendronato: Foi o primeiro bisfosfonato largamente utilizado que apresentou dados<br />

convincentes sobre sua eficácia na redução de fraturas de pacientes com osteoporose. O<br />

alendronato diminui o número e a atividade dos osteoclastos, inibindo a reabsorção óssea. Ele<br />

aumenta a densidade óssea da coluna (3 a 5%) e do fêmur (2 a 3%) e reduz a perda óssea do<br />

antebraço em 50%. Cerca de 86% dos pacientes apresentam algum aumento de densidade<br />

óssea. 59 O alendronato reduz significativamente a incidência de todas as fraturas clínicas em<br />

pacientes com história de fraturas vertebrais. 82 Recente estudo demonstra que o tratamento<br />

com alendronato por três anos consecutivos aumenta a densidade mineral óssea vertebral e<br />

reduz o risco de fraturas vertebrais em mulheres orientais na pós-menopausa com<br />

osteoporose. 83 A dose recomendada é 10 mg/dia ou 70 mg/semana. 82<br />

Risedronato: Este novo bisfosfonato também revela ser eficaz na redução de fraturas de<br />

pacientes osteoporóticos. 59 Recentes estudos observam que o risedronato reduz o risco de<br />

novas fraturas vertebrais em 49% em comparação com o grupo-controle após três anos de<br />

tratamento, com redução de 61% no primeiro ano de terapêutica. O risco de fraturas não<br />

vertebrais foi reduzido em 33% após três anos de tratamento. A dose recomendada é de 5<br />

mg/dia ou 35 mg/semana. 84, 85 O risedronato tem ação mais rápida e é mais bem tolerado que<br />

o alendronato. Ambos são contra-indicados em pacientes com doença gastrintestinal ativa ou<br />

com alterações estruturais do esôfago. 59 Bifosfonatos mais potentes vêm sendo investigados.<br />

Entre estes, destacam-se o zolendronato, ibandronato e o ranelato de estrôncio. 59<br />

PTH: A teriparatida, que é a fração amino-terminal do hormônio da paratireóide (PTH), é um<br />

medicamento que se propõe a reverter alterações esqueléticas que ocorrem na osteoporose.<br />

Estimula diretamente a formação óssea, ativando osteoblastos da superfície óssea e prolonga a<br />

vida média dos osteoblastos ativos, inibindo a morte dos mesmos. Sua ação se dá tanto no<br />

osso cortical quanto no trabecular. 59 Estudo multicêntrico que incluiu 1.637 mulheres na pósmenopausa<br />

portadoras de fraturas vertebrais prévias, seguidas por um período de 21 meses,<br />

demonstrou ganho de massa óssea em 10% dos casos e redução de 65% de fraturas vertebrais<br />

e 53% de fraturas extravertebrais. 86 As maiores evidências sobre a eficácia da teriparatida<br />

foram obtidas em mulheres após a menopausa com osteoporose, que apresentaram, após dois<br />

anos de tratamento, redução significativa de fraturas vertebrais e não vertebrais, bem como<br />

aumento da densidade óssea nos principais locais de fratura. O maior fator limitante para sua<br />

utilização é o fato de ser injetável, o que impede seu uso por longos períodos, sendo


ecomendado por dois anos. O desenvolvimento de outras vias de administração tem sido<br />

cogitado por alguns pesquisadores. 59, 87 A dose recomendada é de 20 mg/dia SC.<br />

20


IMPORTÂNCIA DA ATIVIDA<strong>DE</strong> FÍSICA<br />

A atividade física traz um adequado desempenho dos sistemas cardíaco, respiratório,<br />

muscular e ósseo, contribuindo assim, para melhor qualidade de vida para o indivíduo. 88<br />

Os exercícios físicos regulares tendem a reduzir os níveis de LDL-colesterol e<br />

triglicérides, bem como elevar os níveis de HDL-colesterol, evitando o aparecimento da<br />

aterosclerose. 28, 89 Também tem sido demonstrada diminuição dos níveis de pressão arterial<br />

como efeito dos exercícios realizados de modo regular, livre de qualquer medida terapêutica.<br />

Outros benefícios da atividade física são retardar a progressão da intolerância à glicose,<br />

aumentar os receptores de insulina e manter peso corporal, auxiliando no controle da<br />

obesidade e dos níveis glicêmicos em diabéticos. 28<br />

O exercício aeróbio, especificamente, permite o ajuste cardiovascular ao esforço,<br />

promove aumento da oferta de oxigênio ao miocárdio, diminui a pressão arterial e a<br />

freqüência cardíaca ao repouso, melhora o retorno venoso e aumenta o volume sistólico. Vale<br />

ressaltar que este tipo de exercício deve ser rítmico, repetitivo, dinâmico e englobar grandes<br />

grupos musculares. Deve-se dar preferência a exercícios de baixo impacto como ciclismo, a<br />

hidroginástica, a natação e a caminhada. 28<br />

Bravo e colaboradores estudaram um grupo de 124 mulheres na pós-menopausa,<br />

submetidas a programa regular de atividade física incluindo dança aeróbia e flexibilidade.<br />

Após 12 meses, a comparação destas mulheres com um grupo semelhante de mulheres<br />

sedentárias, mostrou a diminuição significativa de queixas entre as que se exercitavam<br />

associada ao aumento da satisfação com a própria saúde e do bem estar. 28


Um programa de atividade física constituído por caminhada, atividade aeróbica de<br />

baixo impacto e alongamento, três vezes por semana, por um ano, teve como resultados um<br />

aumento da força muscular do quadríceps, melhor flexibilidade e postura, manutenção do<br />

equilíbrio e melhora de qualidade de vida num grupo de mulheres pós-menopausadas,<br />

incluindo osteoporóticas. 1<br />

Apesar da existência de intervenções médicas para osteoporose, atividade física é<br />

altamente recomendada como o primeiro passo em sua prevenção. O valor preventivo de<br />

exercício físico não é o único fator em potencial para reduzir a perda óssea e melhorar a força<br />

muscular, mas também é benéfico em prevenir quedas e reduzir fraturas ósseas. 28<br />

Não estão totalmente esclarecidos os mecanismos pelos quais o esqueleto responde à<br />

atividade física e nem o mínimo necessário de exercício para a formação óssea. Entretanto,<br />

sabe-se que há aumento de resistência óssea em resposta à aplicação de cargas mecânicas,<br />

assim como a diminuição da densidade óssea mineral na ausência das mesmas. 28<br />

Ossos e músculos respondem bem ao estresse físico, tornando-se maiores e mais<br />

fortes. Exercícios físicos provocam tensão física no corpo, ajuda a estimular o crescimento<br />

ósseo, preservar a massa óssea e, conseqüentemente, auxilia na prevenção e tratamento da<br />

90, 91<br />

osteoporose.<br />

Realizou-se, com dezoito estudos prospectivos, randomizados e controlados, uma<br />

meta-análise que teve por objetivo avaliar os efeitos da atividade física na massa óssea de<br />

mulheres saudáveis pós-menopausa. Foram incluídos estudos com atividades tipo andar,<br />

correr, bem como condicionamento físico e aeróbico. Seus resultados sugerem que programas<br />

de exercícios na população de mulheres acima de 50 anos de idade são efetivos para prevenir<br />

perda de DMO em nível de L2-L4. Entretanto, tais programas não têm nenhum efeito sobre<br />

massa óssea do fêmur ou antebraço. 92 Seguindo mesmo propósito e linha de pesquisa, outra<br />

meta-análise sugere que a atividade física pode retardar a perda de massa óssea em mulheres<br />

pós-menopausa, evitando assim, a instalação da osteoporose. 93<br />

Embora os exercícios aeróbicos sejam importantes para manter corpo, mente e ossos<br />

saudáveis, os exercícios resistidos parecem exercer um importante efeito na densidade óssea.<br />

Os exercícios que utilizam resistência podem ajudar a alcançar o maior pico de massa óssea<br />

possível nas mulheres pré-menopausa com o intuito de manter a densidade óssea na pósmenopausa.<br />

94<br />

22


23<br />

Inúmeros estudos têm focalizado na associação entre massa óssea e exercício de<br />

resistência. Várias pesquisas indicam que a prática de exercícios de resistência está associada<br />

positivamente com o aumento da densidade óssea. 94<br />

Na população idosa, os exercícios de resistência podem trazer efeitos benéficos,<br />

como melhora da capacidade de subir escadas, carregar pesos ou levantar-se de poltronas.<br />

Além disso, esse tipo de exercício pode provocar um significativo impacto na manutenção da<br />

saúde óssea. Recentes pesquisas demonstram que exercícios resistidos melhoram a força<br />

muscular e o equilíbrio, além de reduzir as quedas e os fatores de risco associados à<br />

osteoporose em indivíduos idosos de ambos os sexos. 94-99<br />

Alguns autores postulam que os efeitos dos exercícios com resistência no osso são<br />

locais-específicos. 100-102 Tais exercícios aumentam a massa óssea primariamente no local onde<br />

a força é aplicada. O local onde é aplicado maior peso tem como resposta uma maior<br />

resistência, efeito que influencia diretamente na formação e remodelação óssea. 94 Alta<br />

densidade óssea tem sido notada em braços dominantes de jogadores de tênis e em pernas<br />

dominantes de jogadores de futebol. 103, 104 Karlsson e colaboradores mostram que a densidade<br />

mineral óssea (DMO) da coluna, quadril, tíbia e antebraço de levantadores de peso do sexo<br />

masculino é maior do que indivíduos que não praticam este tipo de exercício. 101 Já Hamdy e<br />

colaboradores comparam a quantidade de massa óssea contida no osso do braço de alguns<br />

atletas. Os resultados deste estudo demonstram que a DMO desta localidade é maior entre<br />

levantadores de peso do que entre corredores. 100<br />

Aumento da massa óssea vertebral tem sido notado em mulheres pós-menopausa,<br />

como resultado de um programa de exercícios. Após oito meses de exercícios com ou sem<br />

aplicação de resistência, durante uma hora, três vezes por semana, as mulheres, com média de<br />

idade de 50 a 73 anos, apresentaram um aumento de 3,5% na DMO lombar. 105<br />

Um estudo recente demonstra que mulheres em pós-menopausa submetidas a<br />

programa de exercícios de resistência de alta intensidade ganham, em média, 1% de DMO no<br />

fêmur e coluna lombar, comparado com grupo-controle que perde 2,5% e 1,8% de DMO<br />

nestes locais, respectivamente. Além disso, mulheres que realizam exercícios resistidos têm<br />

aumento de 35-76% na força muscular, melhora do equilíbrio em 14% e ganho de 1-2kg de<br />

massa muscular. 99<br />

Entretanto, tem sido também reportado que exercícios de resistência não tem nenhum<br />

efeito ou até impacto negativo na massa óssea em mulheres pós-menopausa. 106, 107 Um estudo<br />

com mulheres jovens demonstra que o treinamento com exercícios de resistência não teve


significativo impacto na DMO, exceto patela. Entretanto, houve uma tendência para aumento<br />

da DMO em membros inferiores. 107<br />

Snow e colaboradores obteram aumento significativo na DMO lombar de jovens<br />

mulheres que se submeteram tanto a programa de treinamento aeróbico quanto a treinamento<br />

de resistência, quando comparados ao grupo-controle. Porém, este aumento não teve diferença<br />

significativa entre os dois programas de treinamento. Vale ressaltar que as mulheres que<br />

realizaram treinamento de resistência exibiram significativo aumento da força muscular<br />

quando comparado com o grupo que realizou exercícios aeróbicos. 108<br />

Pesquisas comparando grupos de mulheres que realizam programa de exercícios<br />

aeróbicos isolados ou combinados com exercícios de resistência para fortalecer massa<br />

muscular relatam que a DMO é maior entre as mulheres que utilizam ambos os programas. 109<br />

A falta de protocolos bem definidos, determinando tipo, freqüência, intensidade e<br />

duração de exercícios específicos dificultam a escolha do programa de condicionamento físico<br />

para prevenção e tratamento das pacientes com osteoporose. 55 Os fisioterapeutas têm papel<br />

muito importante neste processo. 88 Além de serem responsáveis pela educação de seu paciente<br />

em corrigir sua postura, evitar quedas e excesso de atividades físicas, que possam<br />

potencialmente resultar em fraturas ósseas indesejáveis, também são responsáveis pela<br />

prescrição de um programa de condicionamento físico específico para cada indivíduo.<br />

Para mulheres incapacitadas pela osteoporose, instituir programas de exercícios<br />

físicos não é uma tarefa muito fácil. O primeiro passo para que um paciente entre em<br />

programa de condicionamento físico é a realização de um teste de esforço para avaliar a<br />

tolerância ao exercício físico e detectar alterações cardiovasculares. 28<br />

Pacientes com fraturas compressivas recentes de vértebras freqüentemente<br />

apresentam dor severa por espasmos da musculatura paravertebral. Nesta fase aguda, o mais<br />

indicado é o repouso. Assim que as condições do indivíduo permitirem, exercícios<br />

abdominais isométricos e de extensão devem ser instruídos. Os exercícios de flexão devem<br />

ser evitados porque aumentam a força de compressão vertical das vértebras, podendo resultar<br />

5, 10, 110-112<br />

em fraturas ou agravamento de microfraturas pré-existentes.<br />

Como sugere a literatura, exercícios que utilizam levantamento de peso podem ser<br />

benéficos em manter ou, possivelmente, aumentar a massa óssea. Vale ressaltar a importância<br />

da regularidade e aplicação dos exercícios em todos os segmentos do esqueleto. Recomendase<br />

uma freqüência de três vezes por semana, durante 30 a 45 minutos. Com a melhora da força<br />

e tolerância, o tempo de atividade deve ser aumentado gradativamente. 28<br />

24


25<br />

Infelizmente, na atualidade, permanece sem resposta questões como: qual o tipo de<br />

atividade física mais adequado para reduzir a perda ou mesmo aumentar a massa óssea,<br />

principalmente em mulheres após a menopausa com osteoporose? Qual a melhor freqüência?<br />

Duração? Intensidade? Será que a massa óssea continua a aumentar se o exercício permanecer<br />

com a mesma frequência e intensidade e acrescer sua duração? Ou se alcança um platô limite?<br />

Estudos futuros são urgentemente necessários para responder estas e outras importantes<br />

questões sobre esta relevante doença.<br />

Vale lembrar que como não existe, até o momento, um programa de atividade física<br />

elaborado para prevenção e/ou tratamento da osteoporose que pode ser aplicado<br />

aleatoriamente a todos as pessoas, certamente a melhor conduta é a avaliação e prescrição<br />

individualizada.


CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />

Atualmente, pode-se observar o surgimento de uma situação relativamente nova: o<br />

envelhecimento populacional, que significa aumento da proporção de idosos. Estima-se que<br />

cerca de um milhão de pessoas cruzam a barreira dos 60 anos de idade, a cada mês, em todo o<br />

mundo. A percentagem de idosos no Brasil representará em 2030, segundo estimativas, 15%<br />

da população geral.<br />

Portanto, com o aumento da expectativa de vida e conseqüentemente aumento da<br />

população com risco de desenvolver doenças relacionadas ao envelhecimento, incluindo<br />

osteoporose, torna-se necessário o desenvolvimento e a prática de medidas preventivas,<br />

terapêuticas e de reabilitação. Tais medidas têm por objetivo evitar ou minimizar as<br />

conseqüências decorrentes da osteoporose, como dores articulares, contraturas musculares,<br />

alterações posturais, deformidades ósseas e fraturas ósseas freqüentes.<br />

Assim, diante desta nova realidade, é de vital importância que os profissionais da<br />

saúde estejam preparados para a prevenção da osteoporose, já que é considerada a medida<br />

mais eficaz para evitar o surgimento desta doença.<br />

As melhores estratégias para prevenção da osteoporose devem ser instituídas a partir<br />

dos 35 anos, idade em que se inicia a perda de massa óssea. Estas medidas incluem<br />

modificações no estilo de vida e na alimentação, uso de medicamentos que evitem a redução<br />

da massa óssea e a prática regular de atividade física.


27<br />

Portanto, a atividade física sendo considerada uma das estratégias mais eficientes<br />

para prevenir a osteoporose, o papel do fisioterapeuta se torna de capital importância para<br />

prescrever, orientar e acompanhar um programa adequado para cada indivíduo. Vale destacar<br />

que a prática regular de atividade física também proporciona melhora da auto-estima, maior<br />

integração social e cultural gerando, conseqüentemente, melhor qualidade de vida ao sujeito.


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