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especificações e normas técnicas para elaboração de cartas de ...

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• Segmentos costeiros com níveis intermediários <strong>de</strong> energia – têm, <strong>de</strong><br />

forma geral, padrões sazonais na freqüência <strong>de</strong> tempesta<strong>de</strong>s e altura <strong>de</strong><br />

ondas. Nesses ambientes o óleo po<strong>de</strong> vir a ser removido naturalmente<br />

apenas quando da ocorrência <strong>de</strong> um evento <strong>de</strong> alta energia, o que po<strong>de</strong><br />

levar dias ou meses após o <strong>de</strong>rramamento.<br />

• Segmentos costeiros com baixo nível <strong>de</strong> energia – são protegidos <strong>de</strong><br />

ondas e correntes <strong>de</strong> maré, exceto em eventos ocasionais. Nesse caso,<br />

a remoção natural do óleo po<strong>de</strong> levar um longo período <strong>de</strong> tempo.<br />

Os segmentos costeiros que não têm padrões previsíveis na freqüência <strong>de</strong><br />

tempesta<strong>de</strong>s que geram ondas são mais difíceis <strong>de</strong> caracterizar. Ao longo<br />

<strong>de</strong>ssas costas, eventos <strong>de</strong> alta energia acontecem mais do que uma vez ao<br />

ano. Esses segmentos têm tipicamente bermas <strong>de</strong> tempesta<strong>de</strong> com vegetação<br />

<strong>de</strong> um a três anos <strong>de</strong> crescimento. A cobertura <strong>de</strong> vegetação é maior do que<br />

em regiões expostas a tempesta<strong>de</strong>s anuais. Tais características são utilizadas<br />

<strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar aquelas costas que têm o potencial <strong>para</strong> maior permanência do<br />

óleo, sendo conveniente diferenciá-las, particularmente em praias <strong>de</strong> cascalho.<br />

1.2. Declivida<strong>de</strong> do Litoral<br />

A inclinação do litoral <strong>de</strong>termina a extensão da zona intermarés. Esta<br />

inclinação po<strong>de</strong> ser caracterizada como alta (maior que 30°), mo<strong>de</strong>rada (entre<br />

30° e 5°) e pequena ou plana (menor que 5°).<br />

A importância principal do tipo <strong>de</strong> inclinação é o seu efeito na reflexão e<br />

quebra das ondas. Litorais muito inclinados levam ao rompimento abrupto e<br />

reflexão das ondas, com elevadas velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> espraiamento e refluxo na<br />

encosta ou face da praia, e o tempo <strong>de</strong> permanência do óleo será,<br />

provavelmente, mínimo, com rápida limpeza natural da área atingida, a não ser<br />

que ocorra transposição das ondas (“overwash”), levando parte do óleo <strong>para</strong> a<br />

zona à retaguarda da praia.<br />

Costas <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>, como planícies <strong>de</strong> maré e faixas <strong>de</strong> mangue,<br />

não só estão sujeitas a níveis <strong>de</strong> energia mais baixos (tempo <strong>de</strong> permanência<br />

do óleo mais prolongado e menor ação <strong>de</strong> limpeza natural), como têm uma<br />

superfície intermarés que permite o estabelecimento <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s<br />

biológicas como, por exemplo, leitos <strong>de</strong> mexilhões e comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> plantas /<br />

algas, etc. (NOAA, 1997 8 ).<br />

Em ambientes protegidos, a <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> do litoral é um fator menos<br />

importante com relação ao impacto do óleo, exceto no aspecto <strong>de</strong> que as<br />

comunida<strong>de</strong>s biológicas sensíveis têm maior área <strong>para</strong> o seu <strong>de</strong>senvolvimento<br />

on<strong>de</strong> as inclinações são menores.<br />

8 NOAA. 1997. Environmental Sensitivity In<strong>de</strong>x Gui<strong>de</strong>lines, Version 2.0. NOAA Technical Memorandum NOS ORCA<br />

115. Seattle: Hazardous Materials Response and Assessment Division, National Oceanic and Atmospheric<br />

Administration. 79 pp. + appendices.<br />

1.2

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