Arquitectura: Delfos - Home Page de José Manuel Russo
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HISTÓRIA das ARTES VISUAIS<br />
GRÉCIA ANTIGA – Sanctuário <strong>de</strong> <strong>Delfos</strong><br />
ESCOLA SEC. <strong>de</strong> QUELUZ<br />
1992/93<br />
11º ANO<br />
Texto <strong>de</strong> Apoio JOSÉ MANUEL RUSSO<br />
Os Gregos <strong>de</strong>ram uma gran<strong>de</strong> importância às artes da adivinhação, actuando<br />
muitas vezes só após consulta ao Oráculo. De todos os centros foi, sem dúvida, o<br />
<strong>de</strong> <strong>Delfos</strong> que adquiriu maior fama e esplendor, sendo consultado não só pelos<br />
gregos mas também por outros povos. Diz a tradição que teria sido Panassus, o<br />
herói do Monte Parnassus, que <strong>de</strong>scobriu as artes da adivinhação no voo das<br />
aves, que <strong>Delfos</strong> ensinava a leitura das vísceras, e que Amphiktyon introduzira a<br />
interpretação dos sonhos. Mas teria sido Pythia que, recebendo a inspiração <strong>de</strong><br />
Apolo e falando em seu nome, imprimiria maior fama ao santuário - inicialmente,<br />
uma vez por ano (na data do nascimento <strong>de</strong> Apolo), a profecia era realizada por<br />
uma Pitonisa, mas ao longo do tempo, outras se lhe juntaram para agirem<br />
mensalmente.<br />
Este santuário, erguido no monte Parnasso, era <strong>de</strong>dicado ao <strong>de</strong>us Apolo. Os<br />
seus mais antigos vestígios datam <strong>de</strong> 1400 ac.; tendo sido <strong>de</strong>struído no<br />
período Micénico e readquirido importância no Período Geométrico. Em 83 ac.<br />
seria incendiado e pilhado pelos romanos e entraria em <strong>de</strong>clínio.<br />
SANTUÁRIO DE APOLO<br />
Logo à entrada do santuário, <strong>de</strong>paramos com uma via sacra la<strong>de</strong>ada <strong>de</strong> edifícios<br />
vários, estátuas e pequenos templos (conhecidos como Tesouros) on<strong>de</strong> eram<br />
<strong>de</strong>positados os ex-votos <strong>de</strong>dicados pelas diversas cida<strong>de</strong>s aos <strong>de</strong>uses ou<br />
comemorando alguma batalha importante. Deste conjunto <strong>de</strong>staquem-se as<br />
seguintes obras:<br />
Santuário <strong>de</strong> Apolo, <strong>Delfos</strong><br />
Tesouro <strong>de</strong> Siphnos (525 ac) – foi o primeiro edifício a ser construído totalmente<br />
em mármore e apresenta uma ornamentação muito rica. As duas colunas in antis<br />
são em forma <strong>de</strong> Korai. No frontão, Athena evita a luta entre dois opositores<br />
(Herakles e Apolo). O friso, <strong>de</strong> estilo jónico, <strong>de</strong>screve uma assembleia <strong>de</strong> <strong>de</strong>uses<br />
observando a batalha <strong>de</strong> Tróia (este), o Julgamento <strong>de</strong> Páris (oeste), o rapto <strong>de</strong><br />
Leukipidai por Dioskouroi (sul) e a luta <strong>de</strong> Gigante (norte).<br />
Tesouro dos Atenienses (508 ac) – em estilo dórico, as suas Métopas são<br />
preenchidas com os trabalhos <strong>de</strong> Herakles e as explorações <strong>de</strong> Teseu. Nas<br />
pare<strong>de</strong>s existem inscrições, como 2 hinos a Apolo com notação musical.<br />
Esfinge <strong>de</strong> Naxos (560 ac) – sobre uma elevada coluna jónica, esta esfinge<br />
<strong>de</strong>moníaca guarda o local das forças maléficas.<br />
Tesouro <strong>de</strong> Syphnos<br />
Templo <strong>de</strong> Apolo (séc.IV ac) – bastante <strong>de</strong>struído, situa-se numa plataforma com pare<strong>de</strong> poligonal. Apresenta um peristilo <strong>de</strong> 6x15 colunas<br />
dóricas, pro-naos e cela com 14 colunas. Seria neste templo, num compartimento subterrâneo, on<strong>de</strong> Pythia exerceria os seus oráculos - sendo<br />
aqui que se encontram frases como "conhece-te a ti próprio".<br />
Encontramos ainda o Stoa dos Atenienses e o Teatro, que se adapta à montanha. Mais acima <strong>de</strong>paramos com o Estádio, on<strong>de</strong> se<br />
efectuavam os Jogos Pítios.<br />
SANTUÁRIO DE ATHENA PRONAIA<br />
Situado abaixo do Santuário <strong>de</strong> Apolo, encontramos este pequeno conjunto <strong>de</strong><br />
edifícios dominado pelo Templo arcaico (650 ac), o mais antigo edifício<br />
monumental conhecido mas <strong>de</strong>struído por razões naturais. Ao lado erguem-se 2<br />
Tesouros (Dórico e <strong>de</strong> Massalia) e o Tholos.<br />
Tholos <strong>de</strong> Athena Pronaia (séc.IV ac) - construído por Theodoros em mármore<br />
pentélico na or<strong>de</strong>m dórica, é <strong>de</strong> planta circular (<strong>de</strong>sconhecendo-se a sua função)<br />
e ro<strong>de</strong>ado por 20 colunas. A cela, <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s em mármore <strong>de</strong> Eleusis, possuiu 10<br />
colunas coríntias sobre um pódio. Todo o interesse do templo resi<strong>de</strong> no equilíbrio<br />
e variação da cor, or<strong>de</strong>ns e linhas curvas que o formam.<br />
Tholos <strong>de</strong> Athena Pronaia
HISTÓRIA das ARTES VISUAIS<br />
GRÉCIA ANTIGA – Sanctuário <strong>de</strong> <strong>Delfos</strong><br />
ESCOLA SEC. <strong>de</strong> QUELUZ<br />
1992/93<br />
11º ANO<br />
Texto <strong>de</strong> Apoio JOSÉ MANUEL RUSSO<br />
Teatro, Templo <strong>de</strong> Apolo e Tesouro dos Atenienses, <strong>Delfos</strong> (1993 © josé manuel russo)<br />
Tholos <strong>de</strong> Athena Pronaia, <strong>Delfos</strong> (1993 © josé manuel russo)