26.10.2014 Views

Avaliação da qualidade e quantidade do sono em pacientes renais ...

Avaliação da qualidade e quantidade do sono em pacientes renais ...

Avaliação da qualidade e quantidade do sono em pacientes renais ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

original<br />

tes de h<strong>em</strong>odiálise eram <strong>do</strong> sexo masculino.<br />

Quanto à i<strong>da</strong>de, os participantes apresentaram i<strong>da</strong>de<br />

entre 40 e 60 anos. Outro estu<strong>do</strong> também utilizou essa<br />

faixa etária <strong>em</strong> sua pesquisa, pois constitui um maior número<br />

de sujeitos no programa de h<strong>em</strong>odiálise 12 .<br />

Com relação ao t<strong>em</strong>po de tratamento h<strong>em</strong>odialítico,<br />

outros estu<strong>do</strong>s não encontraram resulta<strong>do</strong>s estatisticamente<br />

significantes ao relacionar<strong>em</strong> o t<strong>em</strong>po de tratamento<br />

com a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>sono</strong> 3 . Concor<strong>da</strong>n<strong>do</strong> com<br />

tais acha<strong>do</strong>s, no atual estu<strong>do</strong>, a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>sono</strong> <strong>do</strong>s<br />

<strong>pacientes</strong>, avalia<strong>do</strong>s através <strong>do</strong> PSQI-BR, não obteve um<br />

aspecto linear com o t<strong>em</strong>po de tratamento. O grupo <strong>em</strong><br />

tratamento entre 7 e 8,9 anos apresentou maior porcentag<strong>em</strong><br />

de <strong>pacientes</strong> com distúrbios <strong>do</strong> <strong>sono</strong>. Não foram<br />

encontra<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s que justificass<strong>em</strong> estes acha<strong>do</strong>s.<br />

Foi observa<strong>do</strong> que 80% <strong>do</strong>s <strong>pacientes</strong> deste estu<strong>do</strong><br />

apresentaram, de acor<strong>do</strong> com o PSQI-BR, quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong><br />

<strong>sono</strong> ruim ou distúrbio <strong>do</strong> <strong>sono</strong>. Apenas 20% <strong>da</strong> amostra<br />

<strong>do</strong> estu<strong>do</strong> apresentaram uma boa quali<strong>da</strong>de de <strong>sono</strong>.<br />

Estes acha<strong>do</strong>s corroboram com outros estu<strong>do</strong>s 3,6,8,9,12 , que<br />

observaram deficiência no padrão de <strong>sono</strong> de <strong>pacientes</strong><br />

submeti<strong>do</strong>s à h<strong>em</strong>odiálise.<br />

Com relação à análise <strong>do</strong> Diário <strong>do</strong> Sono, o t<strong>em</strong>po<br />

total de <strong>sono</strong> (TTS) consistiu no perío<strong>do</strong> entre o horário<br />

que o paciente <strong>do</strong>rmiu à noite até o horário que ele<br />

acor<strong>do</strong>u de manhã. Sabe-se que para se obter um esta<strong>do</strong><br />

ótimo de vigília, o adulto requer uma média de 7 a 8<br />

horas de <strong>sono</strong> por dia 13 , o que d<strong>em</strong>onstra que a média<br />

<strong>do</strong>s voluntários deste estu<strong>do</strong> para TTS, que foi de 6,2h (±<br />

1,3), ficou abaixo <strong>do</strong> ideal. Normalmente os cochilos têm<br />

duração de 15 a 60 minutos, poden<strong>do</strong> ocorrer várias vezes<br />

ao dia, contu<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> aumenta<strong>do</strong>s <strong>em</strong> quanti<strong>da</strong>de ou<br />

duração, pod<strong>em</strong> interferir no <strong>sono</strong> noturno 13 . Os despertares<br />

noturnos <strong>do</strong>s <strong>pacientes</strong> que preencheram o Diário<br />

<strong>do</strong> Sono alcançaram uma média de 0,9 (± 1,0). Em geral,<br />

os despertares noturnos não deveriam ultrapassar 5% <strong>do</strong><br />

t<strong>em</strong>po total na cama 14 .<br />

O número de <strong>pacientes</strong> que aceitou preencher o<br />

Diário foi pequeno. Dos 135 <strong>pacientes</strong> de h<strong>em</strong>odiálise,<br />

somente 17 preencheram, fazen<strong>do</strong>-se necessária uma pesquisa<br />

com uma amostra maior. Dos <strong>pacientes</strong> que não<br />

preencheram o Diário <strong>do</strong> Sono, exceto os que se enquadraram<br />

nos critérios de exclusão, a maioria considerou<br />

que o preenchimento seria uma preocupação a mais <strong>em</strong><br />

seu dia a dia. Vale ressaltar o excesso de compromissos<br />

clínicos que essa classe de <strong>pacientes</strong> já cumpre rotineiramente.<br />

Outro aspecto que justificou a falta de motivação<br />

para participar <strong>da</strong> pesquisa foi o comprometimento <strong>em</strong>ocional<br />

<strong>do</strong>s h<strong>em</strong>odialíticos, o que pode ter si<strong>do</strong> determinante<br />

para a baixa adesão <strong>do</strong>s <strong>pacientes</strong> ao estu<strong>do</strong>.<br />

Um aspecto relevante desse estu<strong>do</strong> foi que nenhum<br />

outro havia avalia<strong>do</strong> o <strong>sono</strong> de <strong>pacientes</strong> <strong>em</strong> tratamento<br />

h<strong>em</strong>odialítico, através <strong>do</strong> Diário <strong>do</strong> Sono e <strong>do</strong> PSQI-BR.<br />

Ressalta-se que este estu<strong>do</strong> foi o primeiro a utilizar o Diário<br />

<strong>do</strong> Sono para avaliar o <strong>sono</strong> destes <strong>pacientes</strong>.<br />

CONCLUSÃO<br />

Concluiu-se que a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>sono</strong> de 80%<br />

<strong>do</strong>s participantes desse estu<strong>do</strong> classificou-se como ruim<br />

ou distúrbios <strong>do</strong> <strong>sono</strong>. Com relação à média de <strong>sono</strong> <strong>da</strong><br />

amostra, os <strong>pacientes</strong> apresentaram quanti<strong>da</strong>de de <strong>sono</strong><br />

abaixo <strong>do</strong> satisfatório.<br />

REFERÊNCIAS<br />

1.Queiroz MVO, Dantas MCQ, Ramos IC, Jorge MSB. Tecnologia <strong>do</strong> cui<strong>da</strong><strong>do</strong><br />

ao paciente renal crônico: enfoque educativo-terapêutico a partir <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des<br />

<strong>do</strong>s sujeitos. Texto Contexto Enferm 2008;17:55-63.<br />

2.Bevilacqua F, Bensoussan E, Jansen JM, Castro FS. Fisiopatologia Clínica.<br />

Rio de Janeiro: Atheneu, 1998, 660p.<br />

3.Martins MRI, Cesarino CB. Quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> de pessoas com <strong>do</strong>ença<br />

renal crônica <strong>em</strong> tratamento h<strong>em</strong>odialítico. Rev Latino-am Enfermag<strong>em</strong><br />

2005;13:670-6.<br />

http://dx.<strong>do</strong>i.org/10.1590/S0104-11692005000500010<br />

4.Soares CB, Ochiro EY, Sannomiga NT. Relação <strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> solução<br />

de diálise e a hipotensão arterial sintomática observa<strong>da</strong> durante sessões de h<strong>em</strong>odiálise<br />

<strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> com insuficiência renal crônica. Rev Esc de Enferm<br />

USP 2001;35:346-53.<br />

5.Bertolin DC, Pace AE, Kusumota L, Ribeiro RCHM. Mo<strong>do</strong>s de enfrentamento<br />

<strong>do</strong>s estressores de pessoas <strong>em</strong> tratamento h<strong>em</strong>odialítico: revisão integrativa<br />

<strong>da</strong> literatura. Acta Paul Enferm 2008;21:179-86.<br />

http://dx.<strong>do</strong>i.org/10.1590/S0103-21002008000500008<br />

6.Souza EF, De Martino MMF, Lopes MHBM. Diagnósticos de enfermag<strong>em</strong><br />

<strong>em</strong> <strong>pacientes</strong> com tratamento h<strong>em</strong>odialítico utilizan<strong>do</strong> o modelo teórico de<br />

Imogene King. Rev Esc Enferm USP 2007;41:629-35.<br />

7.Elias RM. Distúrbios <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>a nervoso central e periférico. J Bras nefrol<br />

2004;26:40-1.<br />

8.Lata AGB, Albuquerque JG, Carvalho LASBP, Lira ALBC. Diagnósticos<br />

de enfermag<strong>em</strong> <strong>em</strong> adultos <strong>em</strong> tratamento de h<strong>em</strong>odiálise. Acta Paul Enferm<br />

2008;21:160-3.<br />

http://dx.<strong>do</strong>i.org/10.1590/S0103-21002008000500004<br />

9.Bastos JPC, Sousa RB, Nepomuceno LAM, Gutierrez-Adrianzen AO,<br />

Bruin PFC, Araújo MLLB, et al. Sleep disturbances in patients on mainte-<br />

612<br />

Rev Neurocienc 2011;19(4):609-613

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!