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Movimento e Descanso (PDF, 1700Kb)

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MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

MOTIVAÇÃO DE MOVIMENTO<br />

Necessidade<br />

Evitamento de climas extremos<br />

Impulso<br />

Migratório<br />

• não é ainda fácil de definir, em termos de carência<br />

fisiológica, um nível óptimo de movimento<br />

• a termo-regulação não assegura todas as variações<br />

de clima a que o organismo está sujeito<br />

• a privação total de movimento conduz à destruição<br />

do organismo


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

MOTIVAÇÃO DE MOVIMENTO<br />

Necessidade<br />

Exercício do tono muscular<br />

Impulso<br />

Interacção activa com o meio<br />

Manipulativo<br />

• a natureza dos animais acarreta que estejam em interacção<br />

activa com o ambiente (Hilgard e col., 1971)<br />

• a curiosidade manipulativa constitui uma actividade presente<br />

nas crias primáticas (actividade exploratória)


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

MOTIVAÇÃO DE DESCANSO<br />

Necessidade<br />

Sono<br />

Impulso<br />

Preparação para dormir<br />

90<br />

- 6h<br />

6-9h<br />

+9h<br />

5<br />

5<br />

Beakeland e Hartmann, 1970<br />

Percentagem de pessoas distribuídas<br />

por número médio de horas de sono


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

MOTIVAÇÃO DE DESCANSO<br />

Necessidade<br />

Sono<br />

Impulso<br />

Preparação para dormir<br />

Inscrição do sono nos comportamentos instintivos (Vaschide)<br />

• Comportamento global complexo<br />

• Fase antecipatória<br />

(procura de um lugar próprio para a sua ocorrência)<br />

• Precedido de uma fase de relaxamento/sonolência<br />

• Associado à ocorrência de fenómenos típicos deste K<br />

• Reversível com a possibilidade de acordar (vigília) ou<br />

de adormecer (sono)


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

MOTIVAÇÃO DE DESCANSO<br />

Sono<br />

destruição<br />

insónia, coma, morte<br />

hipotálamo ant.<br />

Sistema hipnogéneo<br />

Ciclo<br />

sono-vigília<br />

pólo ant. FRA<br />

(hipotálamo post)<br />

Sistema de vigília<br />

destruição<br />

sonolência persistente<br />

Alternância sono-vigília


Regulação do sono<br />

• Impulso homeostático (necessidade)<br />

– Regula o início do sono ao adormecer<br />

– Ondas delta sob controlo deste mecanismo<br />

(região hipotalámica)<br />

• Função restaurativa<br />

• Processo cronobiológico circadiano<br />

– Regula o acordar e a alternância de estados<br />

• Marcador de ritmo circadiano (n. supraquiasmático do<br />

hipotálamo)


Fisiologia do sono


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

Fases do sono<br />

Sono leve<br />

Fase 1<br />

Fase 2<br />

Sono Profundo<br />

Sono NREM<br />

Fase 3<br />

Fase 4<br />

Sono REM


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

MOTIVAÇÃO DE DESCANSO<br />

Sono<br />

10m<br />

40m<br />

Ciclo de Sono (+- 90 m)<br />

Padrão de sono típico de um adulto jovem


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

MOTIVAÇÃO DE DESCANSO<br />

Sono<br />

FASES<br />

VIGÍLIA<br />

SONO NREM<br />

I II III IV<br />

REM<br />

EEG<br />

Ritmo<br />

α<br />

Lentif.<br />

Ritmo<br />

Fusos<br />

e<br />

complexos<br />

K<br />

Fusos<br />

e<br />

ondas δ<br />

Ondas δ Semelhante<br />

vigília<br />

M. Ocul. Lentos ou nulos Rápidos<br />

EMG ++ + + + + --<br />

Fases e estados do sono


FUSOS DE SONO<br />

Fusos de sono (n. reticualres talámicos do gato)<br />

GABA<br />

Registos intra-celulares de<br />

um fuso de sono<br />

Diagrama das redes neuronais envolvidas<br />

na geração de fusos do sono<br />

Os fusos de sono são gerados no tálamo<br />

n. inibitórios


ONDAS DELTA<br />

(1-4 Hz)<br />

Ritmo delta:<br />

inter-relação entre 2<br />

correntes intrínsecas<br />

dos n. tálamo-corticais –<br />

(1) corrente hiperpolarizada<br />

-activada (Ih) e (2)<br />

corrente transitória de<br />

baixo limiar de Ca ++ (It)<br />

A e B<br />

Geração intra-talmámica<br />

das ondas delta<br />

As ondas delta são geradas no tálamo


ONDAS LENTAS<br />

(< 1Hz)<br />

(Steriade et al. 1993)<br />

Ondas delta<br />

NMDA<br />

As despolarizações são mediadas<br />

pelo NMDA com o envolvimento<br />

de uma corrente dependente<br />

do Na+<br />

As ondas lentas são geradas no córtice


REM Mov. oc,. rápidos Semelhante vigília<br />

paralisia m. esqueléticos<br />

(excepto olhos, dedos)<br />

aumento TA<br />

ritmo resp.<br />

erecção pénis<br />

sonhos, pesadelos<br />

Fisiologia do sono<br />

Vigilia<br />

Fase 1<br />

Fase 2<br />

Fenómenos<br />

EEG<br />

beta:


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL0.<br />

Arvore evolutiva do sono REM mostra a<br />

divergência entre os placentários e<br />

marsupiais dos monotrémanos.<br />

Crianças - 50%<br />

Idosos - 18 - 23 %


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL0.<br />

SONO REM<br />

Idade<br />

Recémnascido<br />

Adolesce<br />

nte<br />

Meia<br />

idade<br />

Horas<br />

de sono<br />

Acordado<br />

Sono<br />

leve<br />

Sono<br />

profundo<br />

REM<br />

16 1% 24% 25% 50%<br />

8 2% 53% 19% 26%<br />

7 3% 61% 11% 25%<br />

Velho 6 15% 62% 5% 18%<br />

Decréscimo gradual, com a<br />

idade, da proporção de sono<br />

REM


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL0.<br />

Aspectos ontogenéticos<br />

• Aos dois anos, quando o hipocampo se torna<br />

funcional, o sono REM assume a sua função<br />

mnésica interpretativa.<br />

• A informação vigil integrada neste<br />

período do desenvolvimento constitui o<br />

substrato cognitivo básico para a memória:<br />

• O conceito do mundo real em relação ao<br />

qual as experiências futuras devem ser<br />

comparadas e interpretadas.<br />

• A organização mnésica desta extensa infraestrutura requer um<br />

tempo de sono REM adicional.


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

SONO REM<br />

• Único que tem uma programação genética<br />

• Fase onírica por excelência<br />

• Especificidade de ocorrências psicofisiológicas<br />

Estados da existência<br />

• Vigília<br />

•Sono<br />

•Estado REM


Privação total do sono<br />

Funções do sono<br />

• Remains a biological enigma.<br />

• Morte em 11-32 dias (média = 20)<br />

• Cor amaralecida<br />

• Sleep deprivation studies: sleep cannot be<br />

extirpated without substituting something<br />

else in its place - notably wakefulness.<br />

• Lesões nas unhas<br />

• Aumento da ingestão de comida<br />

• 20% perda de peso<br />

• Sleep affects all organs of the body.<br />

• Aumento das perdas energéticas<br />

• Sleep deprivation disrupts biological<br />

rhythms.<br />

• Diminuição da temperatura corporal<br />

• Privação REM – fatal ao fim de 37 dias


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

SONO<br />

Psicofisiologia<br />

VIGÍLIA<br />

FRA<br />

act. neuronal somática act. neuronal dendrítica<br />

FASE 1<br />

FASE 2 a 4<br />

N. RAFE<br />

A.PROSENCEF.<br />

MEDIANA<br />

REM<br />

N. COERULEUS<br />

CEL. GIGANTES<br />

R. TEGMENTAL


VIGILIA<br />

n. intra-laminar<br />

O sistema reticular ascendente potencia<br />

as respostas talámicas e corticais na<br />

vigília e no sono REM<br />

sistema de activação mesencéfalo-tálamo-cortical


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

SONO REM<br />

• Descargas espontâneas<br />

das células gigantes tegmentais<br />

(excepto se inibidas pelas células<br />

do núcleo coeruleus e do n. do rafe)<br />

• Ligam n. geniculados laterais<br />

ao córtice occipital (PGO)<br />

• Via n. óculo-motor dão origem<br />

aos movimentos oculares rápidos<br />

NR<br />

• Via f. reticular mes. vão para<br />

o córtice<br />

(origem da dessincronização EEG<br />

típica do sono REM)<br />

• Descargas do n gen. lat. podem<br />

ser interpretadas como imagens<br />

visuais vindas da retina<br />

Inibidores<br />

Ondas PGO


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

SONO REM<br />

CÓRTICE<br />

• Descargas vão para a FRM e provocam a<br />

dessincronização típica do córtice durante o<br />

REM<br />

• Descargas entram no NOM e provocam os<br />

movimentos oculares<br />

NGL<br />

CO<br />

• Descargas do GCT vão para NGL, que é um<br />

ponto intermédio da via visual desde a retina<br />

até ao córtice occipital<br />

MO<br />

NOM<br />

FRM<br />

• Via NGL estas descargas vão para CO e são<br />

interpretadas como vindas da retina<br />

• Por serem as 1ª a serem descoberta estas<br />

descargas chama-se PGO.<br />

NC<br />

GCT<br />

• As descargas do Nce NR inibem as descargas<br />

da área GCT na vigília e no sono NREM<br />

• Neurotransmissor - aminérgico (NA,Se)<br />

NR<br />

• Esta inibição cessa antes do REM. libertando<br />

as células GCT


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

SONO REM<br />

GCT<br />

C. GIGANTES<br />

TEGMENTAIS<br />

1. Selectividade<br />

tendência para estas células concentrarem a sua activação<br />

durante o sono REM<br />

2. Latência tónica<br />

tendência para antecipar o período de sono REM com um<br />

aumento contínuo e progressivo de activação inespecífica<br />

3. Latência fásica<br />

tendência para se activarem em salvas (activação específica),<br />

cujo início é anterior ao início dos movimentos oculares e do<br />

sono REM<br />

4. Padrão fásico próprio<br />

5. Periodicidade<br />

padrão de salvas mais densas e mais longas do que noutras<br />

células<br />

tendência para se activarem ao ritmo do sono REM, mesmo que<br />

este não ocorra


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

SONO REM<br />

N C<br />

LOCUS<br />

COERULEUS<br />

N R<br />

NÚCLEO DO<br />

RAFE<br />

1. Selectividade<br />

2. Continuidade<br />

3. Periodicidade<br />

tendência para estas células concentrarem a sua activação<br />

durante o estado de vigília e NREM e se desactivarem no REM.<br />

tendência para se activarem de uma forma contínua e lenta.<br />

tendência para se activarem a um ritmo monótono, regular<br />

N C<br />

actividade<br />

inactividade<br />

GCT<br />

N R<br />

regularidade<br />

irregularidade


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

SONO REM<br />

A alternância entre os 3 estados resulta do domínio temporário de uma<br />

população neuronal por outra (modelo da interacção recíproca)<br />

+++<br />

GCT<br />

---<br />

GCT<br />

--<br />

--<br />

---<br />

N C<br />

N R<br />

+++<br />

N C<br />

N R<br />

REM e sonhos<br />

NREM e vigília


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

SONO REM<br />

Ac +<br />

N C<br />

NR<br />

+<br />

Ac<br />

Na, Se -<br />

GCT<br />

-<br />

Na, Se<br />

Modelo da interacção recíproca


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

N. aminérgicos<br />

SONO REM<br />

N. sensório motores<br />

Vigília<br />

Sonhos<br />

Sono REM


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

A ESCADA DE JACOB, pintado em 1973<br />

por Marc Chagall, representa uma história<br />

bíblica. Os sonhos de Jacob sobre anjos<br />

ascendendo e descendo do céu numa<br />

escada.


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

O ritmo teta reflecte um processo neural no qual a<br />

informação essencial para a sobrevivência de uma<br />

determinada espécie – recolhida ao longo do dia – é<br />

reprocessada para a memória durante o sono REM.<br />

A destruição do ritmo teta altera profundamente a memória espacial<br />

(Winson, 1990)


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

• O ritmo teta fornece uma forte pista para a origem<br />

dos sonhos nos humanos.<br />

• Os sonhos podem reflectir um mecanismo<br />

seleccionado ao longo da evolução.<br />

• Nessa fase de sono REM a informação importante<br />

para a sobrevivência é reprocessada.<br />

• Esta informação pode constituir o fundamento do<br />

inconsciente.


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

• O inconsciente é uma estrutura mental<br />

continuamente que anota as experiências da vida e<br />

reage de acordo com o seu próprio esquema de<br />

interpretação.<br />

• Os sonhos não se formam em consequência da<br />

repressão.<br />

• O seu carácter invulgar é o resultado das complexas<br />

associações que se formam na memória.


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

• Dado que os animais não possuem<br />

linguagem, a informação que processam no<br />

sono REM é necessariamente sensorial.<br />

• De uma forma consistente com a nossa<br />

origem mamífera, os nossos sonhos são<br />

sensoriais, primariamente visuais.<br />

• Os sonhos não têm a forma de uma narração<br />

verbal.


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

Definição dos sonhos<br />

• Imagerie alucinatória<br />

• Estrutura narrativa<br />

• Dados cognitivos bizarros tais como<br />

descontinuidade, incongruência e incerteza<br />

• Aceitação deliroide da experiência como real<br />

(p.ex., assumir erroneamente que se está acordado)<br />

• Défices mnésicos<br />

Hobson e Stickgold (1994)


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

PSICOFISIOLOGIA DO SONO REM<br />

1. Activação cortical específica<br />

Remoção de circuitos inibitórios<br />

Funcionamento em circuito fechado<br />

2. Bloqueio sensorial externo<br />

Inibição pré-sináptica<br />

Inibição por competição<br />

3. Bloqueio da resposta motora<br />

Inibição activa pós-sináptica dos alfa-moto-neurónios<br />

4. Geração interna de sinais<br />

Tronco cerebral (ondas PGO)


MOTIVAÇÕES DE CONSERVAÇÃO DA VIDA INDIVIDUAL<br />

SONO REM<br />

Inibição pré-sináptica fásica<br />

Inibição tónica dos moto-neurónios<br />

Comandos motricidade somática<br />

Bloqueio dos<br />

estímulos ext.<br />

Bloqueio do<br />

mov. somático.<br />

SISTEMAS<br />

RETICULARES<br />

DESINIBIDOS<br />

activação<br />

comandos<br />

motores<br />

TELENCÉFALO<br />

Percepções<br />

geradas int.<br />

Comandos óculo-motores<br />

Mov. oculares<br />

gerados<br />

Modelo sistémico do sono REM

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