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Ensino do Jornalismo Cultural: uma Proposta de Inclusão Social ...

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internacional, através das entida<strong>de</strong>s e re<strong>de</strong>s profissionais, <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> pesquisa<br />

(Meditsch, 2006, p. 9).<br />

Qualquer que seja a tecnologia aplicada, o jornalismo vai continuar existin<strong>do</strong> e exigin<strong>do</strong> um<br />

profissional capaz e competente para gerir a informação. Normas técnicas são aprendidas em<br />

manuais; mas conhecimento só na universida<strong>de</strong>.<br />

<strong>Proposta</strong>s para ensino <strong>do</strong> jornalismo cultural<br />

Incluir <strong>uma</strong> disciplina com o título <strong>Jornalismo</strong> <strong>Cultural</strong> como muitos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m em várias outras<br />

áreas (jornalismo político, <strong>do</strong> terceiro setor, <strong>do</strong> meio ambiente) é somente <strong>uma</strong> satisfação<br />

burocrática e <strong>uma</strong> questão <strong>de</strong> nomenclatura. É necessário mudar a prática pedagógica e investir<br />

durante to<strong>do</strong> o curso em disciplinas que ofereçam as bases para um profissional que seja um<br />

cidadão completo (h<strong>uma</strong>nismo), receptivo e apto a <strong>de</strong>senvolver qualquer área <strong>do</strong> jornalismo<br />

(técnica – experimento).<br />

Para formar esse cidadão completo, é necessário oferecer instrumentos que <strong>de</strong>senvolvam o<br />

espírito crítico, a curiosida<strong>de</strong>, a vonta<strong>de</strong> constante e ininterrupta <strong>de</strong> estudar e apren<strong>de</strong>r, a<br />

solidarieda<strong>de</strong> e a preservação <strong>de</strong> valores h<strong>uma</strong>nos e culturais. Esses valores po<strong>de</strong>m ser<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s pelas áreas tradicionais <strong>do</strong> conhecimento: sociologia, psicologia, história da arte,<br />

cinema, antropologia, cultura brasileira e literatura, que oferecem <strong>uma</strong> formação h<strong>uma</strong>nística.<br />

Essa visão h<strong>uma</strong>nística é fundamental para a formação <strong>do</strong> estudante em jornalismo cultural. É<br />

impossível fazer jornalismo cultural sem essa visão <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> e sem ser um cidadão consciente<br />

<strong>de</strong> sua presença na socieda<strong>de</strong> como crítico, agente e produtor <strong>de</strong> sua cultura. A cultura facilita a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão <strong>do</strong>s alunos, ajuda na formação da consciência sobre si mesmo e torna<br />

o ser h<strong>uma</strong>no cidadão. (Piza, 2004).<br />

Na parte técnica, <strong>de</strong>ve-se oferecer as principais teorias e méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> trabalho historicamente<br />

contextualiza<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> a crítica e o experimento como forma <strong>de</strong> contestar as práticas<br />

profissionais e buscar novas práticas baseadas na pesquisa experimental; construin<strong>do</strong>, assim,<br />

novos méto<strong>do</strong>s e teorias. A universida<strong>de</strong> não po<strong>de</strong> repetir os mo<strong>de</strong>los, <strong>de</strong>ve construir outros<br />

através da pesquisa, sem <strong>de</strong>sprezar o conhecimento anterior, construí<strong>do</strong> por outras gerações. A<br />

única e última teoria da comunicação <strong>de</strong>senvolvida no Brasil foi a tese <strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

professor Luiz Beltrão na década <strong>de</strong> 1960, sobre Folkcomunicação, ainda hoje pouco estudada e<br />

discriminada por alguns acadêmicos.

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