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Resumos do XIX seminário PIBIC - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

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PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE CATTLEYA TENEBROSA (ROLFE)<br />

A.A. CHADWICK (ORCHIDACEAE) NA MATA ATLÂNTICA, BACIAS DO ATLÂNTICO<br />

LESTE<br />

Gabriel Costa Lopes Paes; Graduação em Ciências Biológicas, UFF; ingresso na graduação –<br />

08/2007; previsão <strong>de</strong> conclusão <strong>do</strong> curso – 07/2012; ingresso no <strong>PIBIC</strong>: março/2011; orienta<strong>do</strong>r<br />

Marinez Ferreira <strong>de</strong> Siqueira<br />

INTRODUÇÃO<br />

A mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> distribuição potencial <strong>de</strong> espécies tem se torna<strong>do</strong> um componente importante <strong>do</strong>s<br />

planos <strong>de</strong> conservação e uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem tem si<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvidas<br />

com esta finalida<strong>de</strong>. Estes mo<strong>de</strong>los geram associações entre as variáveis ambientais e os registros<br />

<strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> espécies para i<strong>de</strong>ntificar as condições ambientais <strong>de</strong>ntro das quais as populações<br />

po<strong>de</strong>m ser mantidas in<strong>de</strong>finidamente. A ferramenta permite estimar a distribuição espacial <strong>do</strong><br />

ambiente que é favorável a uma <strong>de</strong>terminada espécie para uma <strong>de</strong>terminada área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>. Os<br />

resulta<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>do</strong>s em áreas como biogeografia, ecologia, biologia evolutiva,<br />

conservação da biodiversida<strong>de</strong>, entre outras.<br />

Neste contexto, é <strong>de</strong> extrema importância avaliar e aplicar algumas ferramentas com enfoque em<br />

integração <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s (Rickebusch et al. 2008) ou com enfoque mais teórico em mo<strong>de</strong>lagem<br />

preditiva, ecologia <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s e biogeografia (Morin and Lechowicz 2008). Para tal técnica é<br />

preciso, principalmente, um bom conjunto <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, tanto bióticos como abióticos. Neste contexto,<br />

registros bem georeferencia<strong>do</strong>s (sejam <strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s em coleções botânicas sejam presentes em<br />

bancos <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s) são <strong>de</strong> fundamental importância. Uma utilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta ferramenta é indicar novas<br />

áreas <strong>de</strong> coleta, que otimizem a busca <strong>de</strong> novos indivíduos e/ou populações. Técnica que busca<br />

melhorar o conhecimento <strong>do</strong> nicho ambiental ocupa<strong>do</strong> por essas espécies, notadamente as que<br />

apresentam en<strong>de</strong>micida<strong>de</strong>s restritas à Mata Atlântica e distribuição <strong>de</strong>ntro ou no entorno das<br />

Bacias <strong>do</strong> Atlântico Leste.<br />

OBJETIVO<br />

Avaliar o padrão <strong>de</strong> distribuição da espécie como estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso para testar a meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> se<br />

trabalhar com espécies, com poucos registros, e endêmicas da flora Atlântica, com ocorrência no<br />

entorno das Bacias <strong>do</strong> Atlântico Leste, corre<strong>do</strong>r central da Mata Atlântica.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

A espécie Cattleya tenebrosa foi utilizada nesta análise espacial e mo<strong>de</strong>lagem preditiva por ser<br />

endêmica da Mata Atlântica, ser taxonomicamente bem <strong>de</strong>limitada e com registros <strong>de</strong> coleta bem<br />

georeferencia<strong>do</strong>s e recem conferi<strong>do</strong>s no campo (Fraga et al. 2009). Foram utiliza<strong>do</strong>s 23 registros<br />

<strong>de</strong> ocorrência da espécie.<br />

Para a mo<strong>de</strong>lagem preditiva foram realizadas cinco partições nos da<strong>do</strong>s, 70% <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s foi<br />

utiliza<strong>do</strong> para treino <strong>do</strong>s algoritmos e 30% para testes. As partições foram aleatórias, com<br />

reposição <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s. Foram utilizadas variáveis ambientais e mapeamentos temáticos provenientes<br />

<strong>do</strong> Worldclim (http://www.worldclim.org/), CSI - CGIAR (http://www.cgiar-csi.org/) e mo<strong>de</strong>lo<br />

digital <strong>de</strong> elevação <strong>do</strong> terreno (SRTM) (http://www2.jpl.nasa.gov/srtm/). A resolução espacial<br />

a<strong>do</strong>tada foi <strong>de</strong> 1Km. Para as análises espaciais pós-mo<strong>de</strong>lagem foram utiliza<strong>do</strong>s o mapeamento <strong>de</strong><br />

solos e uso da terra (Embrapa Solos. <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, RJ), Mapa <strong>de</strong> fragmentos <strong>de</strong> vegetação nativa<br />

(MMA) e da Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica).<br />

Para a mo<strong>de</strong>lagem preditiva foram aplica<strong>do</strong>s o algoritmo Environmental Distance, com métrica<br />

euclidiana (Munõz et al. 2011), versão implementada no openMo<strong>de</strong>ller 1.1. e o algoritmo <strong>de</strong><br />

Máxima Entropia, Maxent (Phillips et al. 2006) versão 3.3.3.a. Esses algoritmos permitem integrar<br />

as variáveis preditoras ambientais com os registros <strong>de</strong> ocorrência das espécies geran<strong>do</strong> um mapa<br />

com valores <strong>de</strong> similarida<strong>de</strong> e a<strong>de</strong>quabilida<strong>de</strong> ambiental. Ambos algoritmos foram consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s<br />

efetivos para mo<strong>de</strong>lar a distribuição <strong>de</strong> especies utilizan<strong>do</strong> apenas da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> presença (Elith et al

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