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Resumos do XIX seminário PIBIC - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

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DIVERSIDADE DE INSETOS EM MANGUEZAIS NATURAIS E RECUPERADOS NA<br />

BAÍA DA GUANABARA E COMPLEXO LAGUNAR DA BAIXADA DE JACAREPAGUÁ<br />

– RJ<br />

Thiago Rodas Muller <strong>de</strong> Campos, Bacharela<strong>do</strong> em Ciências Biológicas, UNIRIO; ingresso na<br />

graduação – 08/2008; previsão <strong>de</strong> conclusão <strong>do</strong> curso: 08/2012; ingresso no <strong>PIBIC</strong>: agosto/2010;<br />

orienta<strong>do</strong>r Maria Lucia França Teixeira Moscatelli.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Os manguezais são florestas características <strong>do</strong>s litorais abriga<strong>do</strong>s da faixa intertropical, localiza<strong>do</strong>s<br />

em terrenos submeti<strong>do</strong>s às variações das marés. Nos últimos cinquenta anos, um terço <strong>de</strong>ssas<br />

florestas <strong>de</strong>sapareceram <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> especialmente às ativida<strong>de</strong>s antropogênicas. Para reverter a<br />

tendência ao <strong>de</strong>clínio, o plantio tem si<strong>do</strong> largamente aplica<strong>do</strong> para restaurar ou reabilitar esse<br />

ecossistema (Walters, 2003). Apesar <strong>de</strong> pobre em espécies vegetais, os manguezais são um <strong>do</strong>s<br />

mais produtivos ecossistemas e suportam uma fauna diversa, oferecen<strong>do</strong> diferentes tipos <strong>de</strong><br />

recursos para numerosos organismos não aquáticos. Entre os insetos que habitam as áreas <strong>de</strong><br />

manguezal estão numerosas espécies <strong>de</strong> formigas exclusivamente arbóreas. Cento e oito espécies<br />

<strong>de</strong> formigas foram amostradas <strong>de</strong>ntro e nas vegetações periféricas <strong>de</strong> 13 manguezais na costa<br />

su<strong>de</strong>ste da Bahia on<strong>de</strong> as riquezas das comunida<strong>de</strong>s da periferia e <strong>do</strong> próprio manguezal são<br />

relacionadas negativamente com o grau <strong>de</strong> antropização (Delabie et al., 2006). Várias espécies <strong>de</strong><br />

coleobrocas que se alimentam <strong>do</strong> xilema e <strong>do</strong> floema consomem a ma<strong>de</strong>ira das árvores vivas <strong>de</strong><br />

mangue. Por anelamento, serração <strong>de</strong> galhos e criação <strong>de</strong> orifícios, as brocas <strong>de</strong> ilhas <strong>de</strong><br />

manguezais em Belize mataram mais <strong>de</strong> 50% das copas <strong>de</strong> R. mangle. Em contraste, insetos<br />

herbívoros removeram menos que 6% da copa (Feller, 2002). Em relação a termitofauna o<br />

primeiro registro da riqueza das espécies em mangues brasileiros foi feito apenas em 2007 no<br />

Parque Estadual das Ilha <strong>do</strong> Car<strong>do</strong>so, SP (Junqueira et al., 2007). O estu<strong>do</strong> da entomofauna <strong>de</strong><br />

áreas preservadas e recuperadas que sofrem constantemente mudanças <strong>de</strong>correntes da ação<br />

antrópica se faz necessário pela importância <strong>de</strong>ste grupo zoológico como indica<strong>do</strong>r ecológico das<br />

reais mudanças ocorridas no ambiente.<br />

OBJETIVO<br />

Avaliar a diversida<strong>de</strong> da entomofauna em áreas <strong>de</strong> manguezais naturais e planta<strong>do</strong>s com enfoque<br />

em formigas, coleópteros e térmitas.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

O experimento foi conduzi<strong>do</strong> em manguezais na Baía <strong>de</strong> Guanabara, Duque <strong>de</strong> Caxias, <strong>Jardim</strong><br />

Gramacho e no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, na Baixada <strong>de</strong> Jacarepaguá, Lagoa da Tijuca, em área natural e<br />

plantada em cada manguezal. As áreas estão representadas por mangue vermelho (Rhizophora<br />

mangle), mangue negro (Avicennia schaueriana) e mangue branco (Laguncularia racemosa). As<br />

coletas foram realizadas no inverno (08/2010) e verão (02/2011). As formigas foram amostradas<br />

através <strong>de</strong> lençol entomológico (n = 30), iscas à base <strong>de</strong> sardinha (n = 30) e coleta manual <strong>de</strong> 10<br />

galhos ocos (n = 30), seguin<strong>do</strong> um transecto <strong>de</strong> 300 m por área, com intervalos mínimos <strong>de</strong> 10 m<br />

(Delabie et al., 2006). A fauna <strong>de</strong> invertebra<strong>do</strong>s coletada através <strong>do</strong> lençol entomológico também<br />

foi estudada. Para coleobrocas, no mesmo transecto a cada 50m foram instaladas armadilhas<br />

etanólicas <strong>do</strong> tipo PET Santa Maria, por um mês (Pelentir, 2007). Para os térmitas, as coletas foram<br />

realizadas em cada área <strong>de</strong>linean<strong>do</strong> aleatoriamente 15 quadrantes <strong>de</strong> 5m x 5m com distância<br />

mínima <strong>de</strong> 10m (Junqueira et al 2007). Os espécimes foram monta<strong>do</strong>s ou conserva<strong>do</strong>s em álcool<br />

85%, etiqueta<strong>do</strong>s e estão sen<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong>s ao nível mais específico possível. Para verificar as<br />

diferenças entre a abundância, riqueza e diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies, foram feitas análises <strong>de</strong> variância<br />

e comparação das médias pelo teste <strong>de</strong> Tuckey a 5% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> pelo programa Sisvar 5.0-<br />

2003.<br />

RESULTADOS

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