Turismo - Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento
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No Brasil e no mundo<br />
As ativida<strong>de</strong>s turísticas no espaço<br />
rural brasileiro começaram a se<br />
<strong>de</strong>senvolver na década <strong>de</strong> 80, na<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lajes, em Santa Catarina,<br />
a partir <strong>de</strong> uma experiência<br />
exitosa <strong>de</strong> três fazen<strong>de</strong>iros agropecuaristas,<br />
esten<strong>de</strong>ndo-se, num<br />
primeiro momento, a inúmeras<br />
proprieda<strong>de</strong>s gaúchas e paranaenses<br />
para, mais tar<strong>de</strong>, expandir-se<br />
pelo País. No Centro-Oeste, essa<br />
modalida<strong>de</strong> turística surgiu pela<br />
primeira vez em Aparecida do Taboado,<br />
em Mato Grosso do Sul. Em<br />
Goiás, graças à enorme diversificação<br />
<strong>de</strong> recursos naturais existentes<br />
no <strong>Estado</strong>, a ativida<strong>de</strong> está se expandindo<br />
e ganhando novos rumos,<br />
especialmente com a profissionalização<br />
dos segmentos envolvidos.<br />
Na Europa, o turismo rural intensificou-se<br />
<strong>de</strong> forma generalizada<br />
na década <strong>de</strong> 60, tornando-se<br />
efetivo a partir <strong>de</strong> 1991 pelo programa<br />
Lea<strong>de</strong>r I, que subvencionou<br />
os projetos <strong>de</strong> reorganização econômica<br />
das zonas rurais, financiando<br />
assistência técnica, formação<br />
profissional, valorização do espaço<br />
rural e comercialização <strong>de</strong> produtos<br />
agrícolas regionais. A implantação<br />
da Política Agrária Comum, em<br />
1992, <strong>de</strong>terminou as cotas <strong>de</strong> produção<br />
agropecuária aos países e<br />
reduziu a renda agrícola, forçando<br />
a diversificação produtiva através<br />
do incremento do turismo rural.<br />
Paralelamente, a população européia<br />
abraçou os apelos, tomando<br />
gosto pela vida no interior, gozando<br />
férias no ambiente rural em<br />
pensões, estalagens, pousadas, casas<br />
<strong>de</strong> lavouras, hotéis rurais e usufruindo<br />
<strong>de</strong> todos os atrativos turísticos<br />
no espaço rural, como o<br />
agroturismo, o turismo <strong>de</strong> al<strong>de</strong>ia,<br />
<strong>de</strong> montanha e <strong>de</strong> história. A modalida<strong>de</strong><br />
turística já está amplamente<br />
consolidada em países<br />
como Espanha, França, Portugal,<br />
Itália e Grécia, entre outros.<br />
Características dos empreendimentos<br />
• Quem administra<br />
A mulher conduz 92% dos negócios no turismo rural<br />
• Qual o tamanho da gleba<br />
43% das iniciativas turísticas no campo se situam em áreas <strong>de</strong> até 50 hectares, portanto, com<br />
características <strong>de</strong> agricultura familiar; 31% são áreas <strong>de</strong> 51 a 250 hectares; 19%, <strong>de</strong> 251 a<br />
1.500 hectares e 7% acima <strong>de</strong> 1.500 hectares<br />
• Tipo <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra<br />
69% são mão-<strong>de</strong>-obra local (familiares <strong>de</strong> empregados da mesma proprieda<strong>de</strong> e/ou glebas<br />
vizinhas); 28% são mão-<strong>de</strong>-obra exclusivamente familiar e 3% são trabalhadores contratados<br />
em outros centros<br />
• Produção voltada ao turista<br />
Artesanato, animais (pequeno, médio ou gran<strong>de</strong> portes), hortaliças, frutas e grãos, produtos<br />
da agroindústria artesanal (embutidos, conservas, queijos e outros)<br />
• Principais atrações oferecidas<br />
Gastronomia típica; passeios por rios, cachoeiras, lagos, piscinas; pesca e navegação; trilhas<br />
ecológicas; patrimônio histórico e cultural (folclore, folguedos típicos); lidas rurais; cavalgadas;<br />
manejo; or<strong>de</strong>nha; cultivo e colheita; recreação, jogos e outros esportes; preservação e<br />
valorização da fauna e da flora regionais; temas <strong>de</strong> caráter religioso ou esotérico; alternativas<br />
ligadas à saú<strong>de</strong> (clínicas <strong>de</strong> naturopatia e reeducação alimentar); agroindústria caseira e<br />
agricultura orgânica<br />
Fontes: Abraturr e Sebrae<br />
JANEIRO/MARÇO 2004<br />
ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO<br />
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