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Perfil ocupacional dos engenheiros no Estado de So Paulo ... - SEESP

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<strong>Perfil</strong><br />

<strong>ocupacional</strong> <strong>dos</strong><br />

profissionais <strong>de</strong><br />

engenharia<br />

<strong>no</strong> <strong>Estado</strong><br />

<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong><br />

Novembro/2007


Foco na categoria<br />

A missão precípua do <strong>SEESP</strong> é representar os<br />

<strong>engenheiros</strong> do <strong>Estado</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />

seus interesses, buscando sempre ampliar suas<br />

conquistas e valorização. Fundamental para<br />

atingir tal meta é conhecer a categoria e sua<br />

atuação <strong>no</strong> mercado <strong>de</strong> trabalho. Tal constatação<br />

motivou o presente estudo, fruto <strong>de</strong> um<br />

convênio entre o <strong>SEESP</strong> e o Dieese<br />

(Departamento Intersindical <strong>de</strong> Estatística e<br />

Estu<strong>dos</strong> <strong>So</strong>cioeconômicos), que traça o perfil<br />

<strong>ocupacional</strong> <strong>dos</strong> profissionais entre 1995 e 2005.<br />

Baseado em da<strong>dos</strong> da Rais (Relação Anual <strong>de</strong><br />

Informações <strong>So</strong>ciais), o trabalho coloca o foco <strong>no</strong>s<br />

<strong>engenheiros</strong> contrata<strong>dos</strong> formalmente pelas<br />

empresas e revela que em 2005 esse contingente<br />

somava 56.863 profissionais, apresentando um<br />

crescimento <strong>de</strong> 17,59% na década analisada ou<br />

1,48% ao a<strong>no</strong>. Entre as informações levantadas, a<br />

faixa etária, o gênero, o setor <strong>de</strong> atuação e o<br />

rendimento <strong>de</strong>sses trabalhadores. Tal base <strong>de</strong> da<strong>dos</strong><br />

será indubitavelmente importante ferramenta <strong>no</strong><br />

empenho constante do <strong>SEESP</strong> em prol <strong>de</strong> seus<br />

representa<strong>dos</strong>, que lhe permitirá i<strong>de</strong>ntificar<br />

necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>mandas a serem atendidas.<br />

Informação relevante trazida pelo estudo<br />

também é a que dá conta <strong>dos</strong> empregos cria<strong>dos</strong><br />

<strong>no</strong> período analisado: 8.506. Em que pese o fato<br />

<strong>de</strong> não incluir autô<strong>no</strong>mos ou peque<strong>no</strong>s<br />

empresários, parcela certamente significativa da<br />

categoria atualmente, o número é bastante<br />

tímido. O Brasil e o <strong>Estado</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> precisam<br />

<strong>de</strong> muito mais <strong>engenheiros</strong> para que se garanta<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e condições <strong>de</strong> vida dignas à<br />

população. É necessário, portanto, batalhar para<br />

que <strong>no</strong>s próximos a<strong>no</strong>s a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

profissionais se multiplique, o que só será<br />

possível com a retomada da expansão<br />

econômica, ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> luta histórica do <strong>SEESP</strong>,<br />

hoje traduzida <strong>no</strong> projeto “Cresce Brasil +<br />

Engenharia + Desenvolvimento”.<br />

Murilo Celso <strong>de</strong> Campos Pinheiro<br />

Presi<strong>de</strong>nte


<strong>no</strong>vembro 2007<br />

<strong>Perfil</strong> <strong>ocupacional</strong> <strong>dos</strong> profissionais <strong>de</strong><br />

engenharia <strong>no</strong> estado <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>:<br />

1995-2005<br />

1


1. Apresentação<br />

Este estudo aborda a evolução <strong>dos</strong> postos <strong>de</strong> trabalho <strong>dos</strong> profissionais <strong>de</strong><br />

engenharia entre 1995 e 2005, bem como a caracterização do mercado <strong>de</strong> trabalho<br />

formal <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> <strong>no</strong> estado <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, em 2005. Sexo e faixa etária estão entre<br />

os atributos consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> nessa análise, ao lado <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> elementos que<br />

caracterizam o mercado <strong>de</strong> trabalho da profissão – distribuição geográfica do emprego,<br />

tamanho e natureza do estabelecimento empregatício, remuneração e faixa <strong>de</strong><br />

remuneração média recebida pela categoria e tempo <strong>de</strong> permanência <strong>no</strong> emprego.<br />

A elaboração do trabalho está baseada nas informações da Relação Anual <strong>de</strong><br />

Informações <strong>So</strong>ciais (Rais), <strong>dos</strong> a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 1995 a 2005. A Rais consiste em um registro<br />

administrativo, <strong>de</strong> preenchimento obrigatório pelos responsáveis por to<strong>dos</strong> os<br />

estabelecimentos com algum vínculo empregatício ao longo do a<strong>no</strong> <strong>de</strong> referência. Tratase,<br />

portanto, <strong>de</strong> uma fonte <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> referente ao mercado <strong>de</strong> trabalho formal,<br />

sistematizada e disponibilizada anualmente pelo MTE - Ministério do Trabalho e<br />

Emprego. Desta forma, este trabalho não capta informações sobre ocupa<strong>dos</strong> com outras<br />

formas <strong>de</strong> inserção <strong>no</strong> mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />

Ao longo do texto são apresenta<strong>dos</strong> apenas os gráficos e tabelas ilustrativos <strong>de</strong><br />

cada tema 1 .<br />

2. Caracterização geral do mercado <strong>de</strong> trabalho <strong>ocupacional</strong> do<br />

engenheiro <strong>no</strong> estado<br />

De acordo com os da<strong>dos</strong> da Rais-MTE 2005, havia, naquele a<strong>no</strong>, 9.760.764<br />

emprega<strong>dos</strong> formais <strong>no</strong> estado <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, <strong>dos</strong> quais 56.863 foram classifica<strong>dos</strong> como<br />

<strong>engenheiros</strong> 2 . Assim, em 2005, os <strong>engenheiros</strong> representavam 0,58% do total <strong>de</strong><br />

emprega<strong>dos</strong> formais <strong>no</strong> estado.<br />

Entre 1995 e 2005, a participação <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> <strong>no</strong> total do emprego formal<br />

sofreu poucas alterações, mantendo-se praticamente estável, em tor<strong>no</strong> <strong>de</strong> 0,6% do total<br />

<strong>dos</strong> postos <strong>de</strong> trabalho <strong>no</strong> estado.<br />

No período, observou-se um crescimento <strong>no</strong> contingente <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong>. De<br />

acordo com o Gráfico 1, em 1995, primeiro a<strong>no</strong> da série histórica <strong>de</strong>ste estudo, havia<br />

48.357 profissionais <strong>de</strong> engenharia emprega<strong>dos</strong> <strong>no</strong> mercado formal. Em 2005, foram<br />

1 As tabelas com maior <strong>de</strong>talhamento das informações estão em anexo a este estudo.<br />

2 Ver <strong>no</strong>ta metodológica e anexo estatístico<br />

2


egistra<strong>dos</strong> 58.863 <strong>engenheiros</strong>, o que significa: um crescimento <strong>de</strong> 17,59%, <strong>no</strong> período,<br />

ou 1,48% ao a<strong>no</strong>. Isto significa que, entre 1995 e 2005, foram cria<strong>dos</strong> 8.506 <strong>no</strong>vos<br />

postos <strong>de</strong> trabalho, ou seja, em média, 773 <strong>no</strong>vos postos ao a<strong>no</strong>.<br />

GRÁFICO 1<br />

Evolução do número <strong>de</strong> profissionais <strong>engenheiros</strong><br />

<strong>Estado</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> 1995 - 2005<br />

70.000<br />

60.000<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

-<br />

1995<br />

1997<br />

1999 2001 2003 2005<br />

Engenheiros 48.357 47.272 48.127 52.851 51.312<br />

56.863<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995 -2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Apesar do <strong>de</strong>sempenho positivo <strong>no</strong> período analisado, o crescimento do<br />

emprego para a profissão foi inferior ao verificado na totalida<strong>de</strong> do mercado formal <strong>no</strong><br />

estado <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. Entre 1995 e 2005, enquanto o emprego <strong>no</strong> estado cresceu<br />

26,63%, entre os <strong>engenheiros</strong> a elevação foi <strong>de</strong> 17,59%. Do início da série até 2002, a<br />

contratação <strong>de</strong> profissionais da área acompanhou o movimento geral do mercado <strong>de</strong><br />

trabalho, exceto em 2000, quando o <strong>de</strong>sempenho do setor foi ligeiramente superior. A<br />

partir <strong>de</strong> 2003, houve um crescimento mais intenso na abertura <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho em<br />

geral, <strong>no</strong> estado. Para os <strong>engenheiros</strong>, porém, ainda que também tenha havido aumento,<br />

o ritmo foi um pouco me<strong>no</strong>r, conforme po<strong>de</strong> ser visto <strong>no</strong> Gráfico 2.<br />

3


GRÁFICO 2<br />

Evolução do emprego total e <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong><br />

<strong>Estado</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> 1995 – 2005<br />

(índice: 1995=100)<br />

130<br />

125<br />

120<br />

115<br />

110<br />

105<br />

100<br />

95<br />

90<br />

85<br />

80<br />

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005<br />

Total do <strong>Estado</strong><br />

Engenheiros<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995 -2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Tal <strong>de</strong>sempenho representou uma expansão média <strong>de</strong> 1,48% ao a<strong>no</strong>, para o<br />

número <strong>de</strong> <strong>engenheiros</strong> formalmente emprega<strong>dos</strong> entre 1995 e 2005. Entretanto, em<br />

alguns a<strong>no</strong>s do período em análise, o comportamento da taxa anual <strong>de</strong> crescimento foi<br />

muito distinta. Entre 1995 e 1998, por exemplo, houve queda sistemática do total <strong>de</strong><br />

postos <strong>de</strong> trabalho. A partir <strong>de</strong> 1999, tem início um movimento <strong>de</strong> recuperação,<br />

interrompido em 2003, quando se verificou retração <strong>de</strong> -3,9% <strong>no</strong> emprego para a<br />

categoria. Em 2004 e 2005, voltou a haver aumento do emprego na profissão, o que se<br />

configura como um <strong>no</strong>vo movimento <strong>de</strong> recuperação, como mostra o Gráfico 3.<br />

4


GRÁFICO 3<br />

Taxa <strong>de</strong> crescimento do emprego <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong><br />

<strong>Estado</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> 1995 – 2005<br />

5,02% 4,57%<br />

-1,43%<br />

-1,97%<br />

5,47% 5,07%<br />

3,85%<br />

1,07%<br />

1996<br />

-0,83%<br />

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005<br />

-3,94%<br />

Var. Anual (%)<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995 -2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Assim, o nível <strong>de</strong> emprego para os profissionais <strong>de</strong> engenharia <strong>no</strong> estado <strong>de</strong><br />

São <strong>Paulo</strong> apresentou aumentou, entre 1995 e 2005, ligeiramente me<strong>no</strong>s que o<br />

observado para todo o mercado <strong>de</strong> trabalho formal <strong>no</strong> estado. No entanto, a partir <strong>de</strong><br />

2004 apresenta tendência <strong>de</strong> crescimento, que se mantém para os a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 2005 e 2006.<br />

Para 2006, os da<strong>dos</strong> do Cadastro Geral <strong>de</strong> Emprega<strong>dos</strong> e Desemprega<strong>dos</strong><br />

(Caged) 3 do Ministério do Trabalho (MTE) apontam um aumento <strong>de</strong> 3.311 empregos<br />

formais <strong>no</strong> grupo <strong>de</strong> ocupação <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> <strong>no</strong> estado <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. Em 2007, entre<br />

os meses <strong>de</strong> janeiro e setembro, foram cria<strong>dos</strong> 3.707 <strong>no</strong>vos postos <strong>de</strong> trabalho (Gráfico<br />

4).<br />

3 Até o momento da elaboração <strong>de</strong>ste trabalho, ainda não estão disponíveis os da<strong>dos</strong> referentes à Rais <strong>de</strong><br />

2006. Assim, para informar da<strong>dos</strong> mais atualiza<strong>dos</strong> sobre o total <strong>de</strong> empregos foi utilizado o Caged,<br />

também produzido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, e cujos da<strong>dos</strong> são divulga<strong>dos</strong> mensalmente.<br />

5


GRÁFICO 4<br />

Movimentação do emprego formal <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong><br />

<strong>Estado</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> – 2006 e 2007(*)<br />

16.000<br />

14.000<br />

12.000<br />

14.320<br />

11.009<br />

12.433<br />

10.000<br />

8.726<br />

8.000<br />

6.000<br />

4.000<br />

2.000<br />

3.311<br />

3.707<br />

-<br />

Admiti<strong>dos</strong> Desliga<strong>dos</strong> Saldo Admiti<strong>dos</strong> Desliga<strong>dos</strong> Saldo<br />

2006 2006 2006 2007 2007 2007<br />

Fonte: MTE. Caged. Lei 4.923/65<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Nota: (*) Em 2007, da<strong>dos</strong> até setembro<br />

2.1 Engenheiros paulistas: distribuição regional, <strong>ocupacional</strong> e<br />

por setor <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

2.1.1 Distribuição regional<br />

No Brasil, em 2005, havia 160.571 <strong>engenheiros</strong> e a maior parte <strong>de</strong>les<br />

encontrava-se na região Su<strong>de</strong>ste, principalmente <strong>no</strong> estado <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. A distribuição<br />

<strong>dos</strong> profissionais <strong>de</strong> engenharia, segundo as gran<strong>de</strong>s regiões brasileiras, mostra que<br />

61,5%, <strong>de</strong>les estão na região Su<strong>de</strong>ste; 14,67%, <strong>no</strong> Sul; 13,29%, <strong>no</strong> Nor<strong>de</strong>ste; 6,38%, <strong>no</strong><br />

Centro-Oeste e 4,17%, <strong>no</strong> Norte, como po<strong>de</strong> ser visto <strong>no</strong> Gráfico 5. A participação do<br />

estado <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, 58,8% <strong>dos</strong> postos, correspon<strong>de</strong> a mais da meta<strong>de</strong> do emprego da<br />

região Su<strong>de</strong>ste e a Região Metropolitana <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> (59,9%), respon<strong>de</strong> pela maior<br />

parte <strong>dos</strong> empregos do estado, ainda que tenha havido crescimento significativo do<br />

emprego formal da categoria <strong>no</strong> interior do estado.<br />

6


GRÁFICO 5<br />

Distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> por Região Geográfica<br />

Brasil - 2005<br />

14,67%<br />

6,38%<br />

4,17%<br />

13,29%<br />

61,49%<br />

Regiao Norte Regiao Nor<strong>de</strong>ste Regiao Su<strong>de</strong>ste Regiao Sul Regiao Centro-Oeste<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Quando se analisa a evolução registrada <strong>de</strong> 1995 a 2005 <strong>no</strong> emprego do estado<br />

<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, verifica-se um aumento <strong>dos</strong> vínculos formais fora da região metropolitana<br />

<strong>de</strong> 30,5%, em 1995, para 40,1%, em 2005, conforme mostra o Gráfico 6.<br />

100,0<br />

90,0<br />

GRÁFICO 6<br />

Distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> por região<br />

São <strong>Paulo</strong> – 1995 a 2005<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

69,5 69,0 68,1 66,8 66,2 66,1 65,6<br />

63,7<br />

61,1 60,7 59,9<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

30,5 31,0 31,9 33,2 33,8 33,9 34,4<br />

36,3<br />

38,9 39,3 40,1<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005<br />

Região Metropolitana SP<br />

Interior<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995 -2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

7


2.1.2 Distribuição <strong>ocupacional</strong><br />

Entre as diferentes especializações profissionais <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong>, a maior<br />

parcela era constituída, em 1995, por <strong>engenheiros</strong> civis e arquitetos (29,4% do total <strong>de</strong><br />

<strong>engenheiros</strong>), segui<strong>dos</strong> por <strong>engenheiros</strong> eletricistas e eletrônicos (21,9%) e pelos<br />

mecânicos (13,6%). Em 2005, esta distribuição modificou-se, ampliando a participação<br />

<strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> civis <strong>no</strong> total para 32,4% (Gráfico 7).<br />

GRÁFICO 7<br />

Distribuição <strong>ocupacional</strong> <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong><br />

São <strong>Paulo</strong> – 1995 a 2005<br />

39,7%<br />

40,6%<br />

35,1% 34,5%<br />

29,4%<br />

28,4%<br />

25,7% 26,2%<br />

23,0%<br />

21,9%<br />

20,8%<br />

20,3%<br />

13,6%<br />

14,1% 13,8%<br />

12,9%<br />

35,1%<br />

29,2%<br />

19,7%<br />

16,0%<br />

32,4%<br />

31,0%<br />

20,1%<br />

16,6%<br />

1995 1997 1999 2001 2003 2005<br />

Civil Eletricista Mecânico Outros<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995-2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

O percentual <strong>de</strong> <strong>engenheiros</strong> civis apresentou recuo ao final da década passada,<br />

iniciando o <strong>no</strong>vo século, em 2001, com 26% do total <strong>dos</strong> profissionais da categoria. Em<br />

2003, a parcela <strong>de</strong> <strong>engenheiros</strong> civis e arquitetos salta para 35%, voltando a recuar um<br />

pouco <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s seguintes, chegando, em 2005, com 32,4% do total.<br />

A participação <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> elétricos e eletrônicos, por sua vez, mostrou-se<br />

constante <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995. De um patamar inicial <strong>de</strong> 22%, esses profissionais chegaram a<br />

representar 23% do total <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> em 1997. Nessa <strong>no</strong>va década mantiveram esse<br />

percentual com poucas variações, correspon<strong>de</strong>ndo, em 2005, a 20% <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong><br />

ocupa<strong>dos</strong> <strong>no</strong> estado <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />

8


Já a participação <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> mecânicos teve significativo aumento <strong>no</strong><br />

período. Em 1995, correspondiam a 14% <strong>dos</strong> profissionais e, em 2005, alcançaram o<br />

patamar <strong>de</strong> 17% do conjunto da categoria.<br />

2.1.3 Setor <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong><br />

Em 1995, os profissionais da engenharia estavam concentra<strong>dos</strong> muito<br />

fortemente em ocupações industriais. Ao longo do período analisado, vai se <strong>de</strong>senhando<br />

uma configuração um pouco diferente, ainda que o setor industrial se mantenha como o<br />

empregador mais relevante para a categoria.<br />

No primeiro a<strong>no</strong> da série histórica, constata-se que o setor industrial absorve<br />

quase a meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os <strong>engenheiros</strong> ocupa<strong>dos</strong> <strong>no</strong> mercado <strong>de</strong> trabalho formal<br />

(48%). Uma outra parte, que representava cerca <strong>de</strong> um terço <strong>dos</strong> profissionais,<br />

empregava-se em serviços (33%), enquanto me<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 15% <strong>de</strong>les eram emprega<strong>dos</strong> na<br />

construção civil. Os <strong>de</strong>mais setores tinham uma absorção <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra quase<br />

residual.<br />

Já em 1998, o cenário <strong>de</strong>senha-se <strong>de</strong> maneira um pouco diversa. A indústria<br />

ocupava então 43%; o setor <strong>de</strong> serviços ocupava outros 40%, enquanto a construção<br />

civil mantinha seus 14% do total <strong>de</strong> <strong>engenheiros</strong> emprega<strong>dos</strong>. O comércio começa então<br />

a assumir alguma relevância, aumentando seu contingente <strong>de</strong> 3% para 4% <strong>de</strong> toda a<br />

categoria.<br />

Em 2002, cerca <strong>de</strong> 42% <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> estavam na indústria, e outros 40% <strong>no</strong><br />

setor <strong>de</strong> serviços. A construção civil, porém, emprega tão somente 10% da categoria,<br />

enquanto o contingente empregado <strong>no</strong> comércio passa a representar 6% do total.<br />

No final do período consi<strong>de</strong>rado, 43% <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> ocupa<strong>dos</strong> <strong>no</strong> mercado<br />

<strong>de</strong> trabalho formal <strong>de</strong>dicavam-se a alguma ativida<strong>de</strong> industrial; 38% engajavam-se <strong>no</strong><br />

setor <strong>de</strong> serviços; e 11% <strong>no</strong> ramo da construção civil, restando ainda 6% do contingente<br />

<strong>de</strong> profissionais ocupa<strong>dos</strong> na área <strong>de</strong> comércio.<br />

Em que pese o papel <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança ainda ocupado pela indústria como principal<br />

setor empregador da categoria, sua predominância ten<strong>de</strong> a ser cada vez mais<br />

relativizada. As profundas alterações sofridas pela estrutura produtiva da indústria<br />

permitem supor que, mesmo com crescimento econômico e geração <strong>de</strong> empregos<br />

formais observa<strong>dos</strong> em 2006 e 2007, o emprego <strong>de</strong> profissionais <strong>no</strong> setor <strong>de</strong>ve ten<strong>de</strong>r<br />

para a estabilida<strong>de</strong> <strong>no</strong>s próximos a<strong>no</strong>s, ou, pelo me<strong>no</strong>s, para um crescimento <strong>de</strong><br />

magnitu<strong>de</strong> reduzida.<br />

Já os <strong>de</strong>mais setores <strong>de</strong>vem adquirir maior relevância para <strong>no</strong>vas ofertas <strong>de</strong><br />

emprego para os profissionais <strong>engenheiros</strong>. O setor <strong>de</strong> serviços, cuja participação era<br />

9


maior em 2000 do que em 2005, po<strong>de</strong> muito bem recuperar esse potencial <strong>de</strong> atração<br />

para a categoria, po<strong>de</strong>ndo <strong>no</strong>vamente chegar mesmo a rivalizar com a indústria como o<br />

setor da eco<strong>no</strong>mia que mais emprega tais profissionais.<br />

No caso da construção civil, o potencial é ainda maior. É bem possível que, já<br />

em 2006 e 2007, a distribuição <strong>dos</strong> profissionais <strong>engenheiros</strong> <strong>no</strong>s diferentes ramos <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong> aponte para um incremento da participação do setor. E, como já assinalado<br />

anteriormente, as projeções <strong>dos</strong> indicadores da eco<strong>no</strong>mia indicam um crescimento<br />

muito consistente das ativida<strong>de</strong>s envolvidas na construção civil, havendo mesmo a<br />

perspectiva <strong>de</strong> insuficiência <strong>de</strong> trabalhadores qualifica<strong>dos</strong> <strong>no</strong> mercado. Se houver<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tal escassez ser suprida pela formação <strong>de</strong> <strong>no</strong>vos profissionais, po<strong>de</strong>-se<br />

acreditar em tendência para o crescimento da participação do setor na distribuição <strong>dos</strong><br />

<strong>engenheiros</strong> <strong>no</strong> mercado <strong>de</strong> trabalho formal.<br />

Já os empregos na área comercial parecem ter se firmado como uma parcela<br />

com alguma relevância <strong>no</strong> total <strong>de</strong> ocupações <strong>de</strong>stinadas para os profissionais <strong>de</strong><br />

engenharia. Ainda que não tenha atingido sequer 10% na distribuição <strong>dos</strong> ocupa<strong>dos</strong>,<br />

trata-se, efetivamente, <strong>de</strong> uma <strong>no</strong>va possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inserção profissional, ausente nas<br />

posições tradicionalmente reservadas para esses trabalhadores, e que aparenta ter um<br />

crescimento com alguma consistência <strong>no</strong> período compreendido entre os a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 1995 e<br />

2005.<br />

consi<strong>de</strong>rado.<br />

O Gráfico 8, a seguir, ilustra a distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> <strong>no</strong> período<br />

60,0%<br />

GRÁFICO 8<br />

Distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong>, por setor <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> (%)<br />

São <strong>Paulo</strong>, 1995-2005<br />

50,0%<br />

40,0%<br />

30,0%<br />

20,0%<br />

10,0%<br />

0,0%<br />

1995 1997 1999 2001 2003 2005<br />

Indústria Construção Civil Comércio<br />

Serviços Agropecuária Outros e sem inf.<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995-2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

10


2.1.3.1 Subsetor <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong><br />

A análise por subsetor <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> revelou uma gran<strong>de</strong> concentração <strong>dos</strong><br />

<strong>engenheiros</strong> nas seguintes áreas: comércio e administração <strong>de</strong> imóveis (16,44%);<br />

indústria do material <strong>de</strong> transporte (13,17%); construção civil (11,11%); transportes e<br />

comunicações (6,12%); indústria mecânica (5,58%); indústria <strong>de</strong> material elétrico<br />

(5,10%); indústria química e farmacêutica (4,92%); serviços industriais <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong><br />

pública (4,87%) e comércio atacadista (3,91%). Esses subsetores representam mais <strong>de</strong><br />

80% do total <strong>de</strong> empregos na ocupação<br />

Apesar da forte concentração da ocupação <strong>no</strong> setor da indústria (43%), em<br />

2005, o subsetor que mais concentra isoladamente <strong>engenheiros</strong> é o subsetor <strong>de</strong> comércio<br />

e administração <strong>de</strong> imóveis, conforme mostra o Gráfico 9.<br />

GRÁFICO 9<br />

Distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong>, por subsetor <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> (%)<br />

São <strong>Paulo</strong>, 2005<br />

Comércio e Administração <strong>de</strong> Imóveis<br />

16,44%<br />

Indústria do material <strong>de</strong> transporte<br />

13,17%<br />

Construção civil<br />

11,11%<br />

Administração pública<br />

10,86%<br />

Transporte e comunicações<br />

6,12%<br />

Indústria mecânica<br />

5,78%<br />

Indústria do material elétrico<br />

5,10%<br />

Indústria química <strong>de</strong> produtos farmacêuticos<br />

4,92%<br />

Serviços industriais <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública<br />

4,87%<br />

Comércio Atacadista<br />

3,91%<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

11


3. <strong>Perfil</strong> <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> <strong>no</strong> estado <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong><br />

Para a análise do perfil do engenheiro paulista <strong>no</strong> mercado <strong>de</strong> trabalho formal<br />

foram consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> alguns atributos da categoria como sexo e faixa etária; e algumas<br />

características do emprego como: tipo <strong>de</strong> vínculo, jornada, remuneração média e faixa<br />

<strong>de</strong> remuneração recebida pela categoria e tempo <strong>de</strong> permanência <strong>no</strong> emprego.<br />

3.1 Sexo<br />

Em 2005, do total <strong>de</strong> empregos na profissão, 84,56% eram ocupa<strong>dos</strong> por<br />

homens e 15,44% por mulheres, configurando-se como uma ocupação majoritariamente<br />

masculina (Gráfico 10).<br />

GRÁFICO 9<br />

Distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> por sexo<br />

São <strong>Paulo</strong> - 2005<br />

15,4%<br />

Masculi<strong>no</strong><br />

Femini<strong>no</strong><br />

84,6%<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

É importante ressaltar que entre 1995 e 2005, houve um ligeiro aumento na<br />

participação relativa da força <strong>de</strong> trabalho feminina na profissão, ainda que a categoria<br />

permaneça como majoritariamente masculina (Tabela 1).<br />

12


TABELA 1<br />

Evolução do nível <strong>de</strong> emprego, por sexo<br />

São <strong>Paulo</strong> - 1995 a 2005<br />

A<strong>no</strong><br />

Homens Mulheres Total<br />

Nº. abs. % Nº. abs. % Nº. abs. %<br />

1995 42.956 88,83 5.401 11,17 48.357 100,00<br />

1996 42.452 88,52 5.505 11,48 47.957 100,00<br />

1997 41.611 88,02 5.661 11,98 47.272 100,00<br />

1998 40.546 87,49 5.796 12,51 46.342 100,00<br />

1999 41.939 87,14 6.188 12,86 48.127 100,00<br />

2000 43.568 86,20 6.975 13,80 50.543 100,00<br />

2001 45.241 85,60 7.610 14,40 52.851 100,00<br />

2002 45.478 85,14 7.938 14,86 53.416 100,00<br />

2003 43.483 84,74 7.829 15,26 51.312 100,00<br />

2004 45.845 84,71 8.275 15,29 54.120 100,00<br />

2005 48.086 84,56 8.777 15,44 56.863 100,00<br />

Fonte: MTE/Rais<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Dos 8.506 postos <strong>de</strong> trabalho gera<strong>dos</strong> <strong>no</strong> período, a maior parte <strong>de</strong>sti<strong>no</strong>u-se a<br />

profissionais do sexo masculi<strong>no</strong>. Houve um aumento <strong>de</strong> 11,9% <strong>no</strong>s empregos ocupa<strong>dos</strong><br />

por homens e <strong>de</strong> 62,5% daqueles ocupa<strong>dos</strong> por mulheres. Neste último caso, este<br />

movimento propiciou a elevação da participação feminina na ocupação <strong>de</strong> 11,2%, em<br />

1995, para 15,4%, em 2005 (Tabela 2).<br />

TABELA 2<br />

Variação do número <strong>de</strong> <strong>engenheiros</strong> por sexo<br />

São <strong>Paulo</strong> - 1995/2005<br />

1995 2005 Variação 2005/1995<br />

Sexo Nº. abs. % Nº. abs. % Nº. abs. %<br />

Masculi<strong>no</strong> 42.956 88,83% 48.086 84,53% 5.130 11,94%<br />

Femini<strong>no</strong> 5.401 11,17% 8.777 15,44% 3.376 62,51%<br />

Total 48.357 100,00% 56.863 100,00% 8.506 17,59%<br />

Fonte: MTE/Rais<br />

Elaboração: DIEESE<br />

13


3.2 Faixa etária<br />

Em 1995, a distribuição etária da categoria era um pouco distinta, quando<br />

comparada com 2005: apenas 19,2% tinham até 29 a<strong>no</strong>s, 72% tinham entre 30 e 49 e,<br />

somente 8,2%, 50 a<strong>no</strong>s ou mais. Em 2005, aumentou para 24,9% a parcela daqueles<br />

com até 29 a<strong>no</strong>s; houve redução para 58,8%, do percentual <strong>de</strong> profissionais com ida<strong>de</strong><br />

entre 30 e 49 a<strong>no</strong>s, e para aqueles com 50 a<strong>no</strong>s e mais a participação sobe para 16,3%.<br />

(Gráfico 11).<br />

A distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong>, portanto, <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> se concentrar <strong>de</strong> forma tão<br />

exacerbada na faixa etária <strong>de</strong> 30 a 49 a<strong>no</strong>s. Por outro lado, amplia-se a proporção <strong>de</strong><br />

trabalhadores com 50 a<strong>no</strong>s ou mais, o que parece refletir o envelhecimento<br />

generalizado, da população brasileira. Além disso, há ainda uma tendência <strong>de</strong> as pessoas<br />

permanecerem por mais tempo <strong>no</strong> mercado <strong>de</strong> trabalho, por opção, ou por terem os<br />

rendimentos reduzi<strong>dos</strong> em caso <strong>de</strong> aposentadoria, o que se reflete também entre os<br />

<strong>engenheiros</strong>.<br />

GRÁFICO 11<br />

Distribuição <strong>dos</strong> trabalhadores <strong>engenheiros</strong>, por faixa etária<br />

São <strong>Paulo</strong>, 1995/2005<br />

2005<br />

24,9 32,1<br />

26,7<br />

16,3<br />

1995<br />

19,2 43,2 29,3<br />

8,2<br />

0% 20% 40% 60% 80% 100%<br />

Até 29 a<strong>no</strong>s Entre 30 e 39 a<strong>no</strong>s Entre 40 e 49 a<strong>no</strong>s 50 a<strong>no</strong>s ou mais<br />

3.3 Tipo <strong>de</strong> Vínculo<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995-2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Os <strong>engenheiros</strong> são, em sua imensa maioria, trabalhadores celetistas. Em 2005,<br />

51.452 profissionais eram contrata<strong>dos</strong> sob o regime da Consolidação das Leis do<br />

14


Trabalho (CLT), o que representava 91,1% da categoria. Outros 4.166 trabalhadores<br />

caracterizavam-se como servidores estatutários, isto é, 7,4% da categoria (Gráfico 12).<br />

GRÁFICO 12<br />

Distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> por tipo <strong>de</strong> vínculo<br />

São <strong>Paulo</strong> – 2005<br />

7,38 1,48<br />

91,14<br />

CLT Estatutário Outros (1)<br />

Fonte: Rais 2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Nota (1) Inclui: Servidor publico não efetivo; trabalhador avulso (trabalho administrado pelo<br />

sindicato da categoria); trabalhador temporário; diretor sem vinculo empregatício cuja<br />

empresa optou pelo FGTS; e vínculo ig<strong>no</strong>rado.<br />

Esta distribuição mantém-se praticamente constante <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995. Na época, eram<br />

44.707 <strong>engenheiros</strong> celetistas, que correspondiam a 92,5% da categoria, e 3.189<br />

servidores estatutários, ou seja, 6,6% (Gráfico 13).<br />

GRÁFICO 13<br />

Distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> por tipo <strong>de</strong> vínculo<br />

São <strong>Paulo</strong> – 1995/2005<br />

2005<br />

91,14 7,38<br />

1995<br />

92,45<br />

6,59<br />

CLT<br />

Estatutário<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995-2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Obs.: Os percentuais não somam 100%, pois não está inclusa a categoria “outros” (o servidor público não<br />

efetivo; trabalhador avulso; trabalhador temporário; diretor sem vinculo empregatício cuja empresa optou<br />

pelo FGTS; e vínculo ig<strong>no</strong>rado).<br />

15


Os da<strong>dos</strong> referentes ao tipo <strong>de</strong> vínculo estabelecido pelos <strong>engenheiros</strong> refletem<br />

sua inserção majoritária na iniciativa privada. Em que pese um aumento <strong>no</strong> número <strong>de</strong><br />

servidores estatutários, este se mostra pouco significativo, frente ao percentual muito<br />

superior <strong>de</strong> celetistas.<br />

3.4 Jornada<br />

A jornada <strong>de</strong> trabalho <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> é, na maior parte, superior a 40 horas<br />

semanais. Por outro lado, a proporção <strong>de</strong> ocupa<strong>dos</strong> com jornada <strong>de</strong> trabalho me<strong>no</strong>r, até<br />

30 horas semanais, é praticamente residual (Gráfico 14).<br />

GRÁFICO 14<br />

Distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> por duração da jornada<br />

São <strong>Paulo</strong> – 2005<br />

3,3%<br />

35,2%<br />

61,4%<br />

Ate 30 hs 31 a 40 hs 41 ou mais hs<br />

Fonte: Rais 2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Ao longo do período analisado, a jornada <strong>de</strong> trabalho <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> mantevese<br />

predominantemente, superior a 30 horas semanais. O Gráfico 15 mostra a<br />

comparação entre o a<strong>no</strong> inicial e final da série, que a manutenção <strong>no</strong> perfil da profissão<br />

<strong>no</strong> que se refere à jornada.<br />

16


GRÁFICO 15<br />

Distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> por duração da jornada semanal<br />

São <strong>Paulo</strong> – 1995/2005<br />

2005 3,4 34,5 62,0<br />

1995 2,4 39,0 58,5<br />

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%<br />

Até 30 hs<br />

31 a 40 hs<br />

41 ou mais hs<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995-2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

3.5 Remuneração <strong>no</strong>minal em número <strong>de</strong> Salários Mínimos<br />

Em 2005, entre os <strong>engenheiros</strong> do estado <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, 31,4% ganhavam mais<br />

<strong>de</strong> 20 salários mínimos; 18,6% recebiam na faixa entre 15 e 20 salários mínimos.<br />

(Gráfico 16).<br />

GRÁFICO 16<br />

Distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> por faixa salarial<br />

São <strong>Paulo</strong> – 2005<br />

31,4%<br />

6,2%<br />

6,7%<br />

14,4%<br />

18,6%<br />

22,7%<br />

Até 5 SM Mais <strong>de</strong> 5 até 7 SM Mais <strong>de</strong> 7 até 10 SM<br />

Mais <strong>de</strong> 10 até 15 SM Mais <strong>de</strong> 15 até 20 SM Mais <strong>de</strong> 20 SM<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995-2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista da distribuição salarial, há, <strong>no</strong> período em análise, um nítido<br />

recuo da parcela <strong>de</strong> <strong>engenheiros</strong> mais bem remunerada conforme <strong>de</strong>monstrado na<br />

Tabela 3. Em 1995, os emprega<strong>dos</strong> que percebiam mais <strong>de</strong> 20 salários mínimos<br />

17


epresentavam cerca <strong>de</strong> 60% do total <strong>de</strong> profissionais. Em 2005, essa participação era <strong>de</strong><br />

aproximadamente 31,0%. Por outro lado, era me<strong>no</strong>r o percentual <strong>de</strong> <strong>engenheiros</strong> que se<br />

distribuíam em todas as <strong>de</strong>mais faixas.<br />

TABELA 3<br />

Distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> por faixa <strong>de</strong> salários mínimos<br />

São <strong>Paulo</strong>, 1995 -2005<br />

(em %)<br />

Faixa <strong>de</strong> Salários Mínimos 1995 1997 1999 2001 2003 2005<br />

Até 5 SM 3,24 2,44 2,45 3,35 4,91 6,11<br />

Mais <strong>de</strong> 5 até 7 SM 3,11 2,88 2,73 3,78 5,13 6,56<br />

Mais <strong>de</strong> 7 até 10 SM 5,45 6,73 6,59 10,35 12,81 14,23<br />

Mais <strong>de</strong> 10 até 15 SM 12,14 13,08 14,35 17,27 20,60 22,40<br />

Mais <strong>de</strong> 15 até 20 SM 12,82 14,07 15,48 17,51 17,90 18,31<br />

Mais <strong>de</strong> 20 SM 59,78 58,29 56,07 46,29 37,04 30,90<br />

Não informado 3,46 2,51 2,32 1,44 1,60 1,48<br />

Total <strong>de</strong> Engenheiros 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995-2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Obs.: Refere-se ao rendimento <strong>dos</strong> trabalhadores efetivos em 31/12 <strong>dos</strong> respectivos a<strong>no</strong>s<br />

Entre 1995 e 2005, o salário mínimo foi reajustado em índices superiores ao da<br />

inflação acumulada <strong>no</strong> período, tendo, portanto, aumento real. No entanto, isso sozinho<br />

não conseguiria explicar a redução observada na parcela <strong>de</strong> <strong>engenheiros</strong> <strong>de</strong> maior<br />

remuneração. Tal rebaixamento salarial é, em geral, explicado pela rotativida<strong>de</strong> <strong>dos</strong><br />

trabalhadores. Com a <strong>de</strong>missão daqueles que ganham mais e a conseqüente substituição<br />

por emprega<strong>dos</strong> com me<strong>no</strong>r remuneração, os salários ten<strong>de</strong>m a se concentrar em<br />

me<strong>no</strong>res patamares.<br />

3.6 Remuneração média real em <strong>de</strong>zembro<br />

De acordo com a Rais 2005, a remuneração média real do engenheiro, em<br />

<strong>de</strong>zembro daquele a<strong>no</strong>, era <strong>de</strong> R$ 5.475,38, contra uma remuneração média real <strong>de</strong> R$<br />

5.942,32, em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1995 4 . Portanto, entre os a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 1995 e 2005, a<br />

remuneração média <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> caiu, em termos reais, 7,86% (Gráfico 17).<br />

4 Valores atualiza<strong>dos</strong> pelo INPC-IBGE <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007<br />

18


6.274,76<br />

GRÁFICO 17<br />

Salário real <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong><br />

São <strong>Paulo</strong>, 1995 -2005<br />

5.942,32<br />

5.788,73<br />

5.838,52<br />

5.321,58<br />

5.475,38<br />

1995 1997 1999 2001 2003 2005<br />

Salário Real<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995-2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Obs.: Salário real = salário <strong>no</strong>minal em 31/12 <strong>de</strong> cada a<strong>no</strong> <strong>de</strong>flacionado pelo INPC acumulado até<br />

31/12/2005<br />

Em 2005, a remuneração média das mulheres correspondia a 75,9% da<br />

recebida pelos homens. Existem, porém, diferenças quando se consi<strong>de</strong>ra as várias<br />

especializações da engenharia. Entre os <strong>engenheiros</strong> químicos, por exemplo, a diferença<br />

era maior: as mulheres recebiam apenas 64,7% da remuneração média paga aos homens.<br />

Na área da engenharia da computação, a distância entre a remuneração média <strong>de</strong><br />

homens e mulheres se reduz, com as mulheres recebendo em média 89,4% do que era<br />

percebido pelos homens (Gráfico 18).<br />

19


GRÁFICO 18<br />

Relação entre salário real masculi<strong>no</strong> e femini<strong>no</strong>, por grupo <strong>ocupacional</strong> (%)<br />

São <strong>Paulo</strong>-2005<br />

Computação<br />

89,4%<br />

Mecânica<br />

86,0%<br />

Elétrica e afins<br />

Produção e<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

Civil e afins<br />

83,7%<br />

82,6%<br />

78,9%<br />

Minas<br />

77,0%<br />

Agrossilpecuária<br />

73,1%<br />

Mecatrônica<br />

72,6%<br />

Metalurgia<br />

68,5%<br />

Química<br />

64,7%<br />

Total<br />

75,9%<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995 a 2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Nota: *Remuneração em 31/12 <strong>dos</strong> respectivos a<strong>no</strong>s.<br />

Obs.: A preços <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007, inflaciona<strong>dos</strong> pelo INPC-IBGE<br />

Em 1995, a remuneração média das mulheres correspondia a 68,1% da <strong>dos</strong><br />

homens. Ao longo do período analisado, esta relação teve mudanças significativas. Em<br />

2001, os ganhos das engenheiras chegaram a correspon<strong>de</strong>r a 78,9% daquilo que era<br />

pago aos profissionais do sexo masculi<strong>no</strong>. A distância entre os dois voltou, porém a<br />

aumentar, e em 2005 o rendimento das mulheres correspondia a 75,9% do auferido<br />

pelos homens (Gráfico 19).<br />

20


GRÁFICO 19<br />

Percentual da remuneração das mulheres engenheiras em relação à <strong>dos</strong> homens<br />

São <strong>Paulo</strong>, 1995 - 2005<br />

80,0%<br />

78,9%<br />

78,0%<br />

76,0%<br />

74,5%<br />

74,6%<br />

75,9%<br />

74,0%<br />

72,<br />

0%<br />

70,0%<br />

68,0%<br />

66,<br />

0%<br />

64,0%<br />

68,1%<br />

70,2%<br />

62,<br />

0%<br />

1995 1997 1999 2001 2003 2005<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995 a 2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Nota: *Remuneração em 31/12 <strong>dos</strong> respectivos a<strong>no</strong>s.<br />

Obs.: A preços <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007, inflaciona<strong>dos</strong> pelo INPC/IBGE.<br />

Quanto à remuneração salarial, os diferentes grupos ocupacionais apresentaram<br />

comportamento semelhante ao longo <strong>dos</strong> a<strong>no</strong>s observa<strong>dos</strong>. A trajetória é, em geral, a<br />

seguinte: partindo-se <strong>de</strong> um patamar relativamente elevado em 1995, os salários reais<br />

caem a um nível bem mais baixo entre os a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 1999 e 2001 (um salário real 10%,<br />

20% ou, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do grupo <strong>ocupacional</strong>, 30% me<strong>no</strong>r do que o inicial, em 1995) e em<br />

seguida recuperam gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra, <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s seguintes.<br />

Entre os grupos ocupacionais mais representativos a queda não foi tão<br />

acentuada, mas certamente foi significativa. No final <strong>de</strong> 1995, os <strong>engenheiros</strong> civis e<br />

arquitetos ganhavam, em média, R$ 4.690,85. Sua remuneração chega a elevar-se para<br />

R$ 4.859,74, em média, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> seguinte, para em seguida sofrer recuos relevantes <strong>no</strong>s<br />

a<strong>no</strong>s subseqüentes, chegando a 2002 com o patamar mais baixo <strong>no</strong> período, equivalendo<br />

a R$ 3.960,61. Nos a<strong>no</strong>s seguintes há a retomada do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra para <strong>engenheiros</strong><br />

civis e arquitetos, completando 2005 com remuneração média <strong>de</strong> R$ 4.794,21, em<br />

termos reais.<br />

A trajetória <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> elétricos e eletrônicos é semelhante nesse aspecto<br />

salarial. Em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1995, recebiam, em média, em valores já <strong>de</strong>flaciona<strong>dos</strong><br />

pelo INPC-IBGE do período, cerca <strong>de</strong> R$ 7.055,96. Este número cai sucessivamente<br />

<strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s seguintes, chegando ao seu ponto mais baixo em 2002, quando a média salarial<br />

<strong>dos</strong> ocupa<strong>dos</strong> com emprego formal atinge R$ 5.392,21. Já em 2003, a média salarial <strong>dos</strong><br />

21


<strong>engenheiros</strong> elétricos e eletrônicos eleva-se para R$ 5.910,34. Em 2005, o salário é, em<br />

média, <strong>de</strong> R$ 5.740,07.<br />

Tal processo <strong>de</strong>senha-se efetivamente entre to<strong>dos</strong> os grupos ocupacionais <strong>de</strong><br />

<strong>engenheiros</strong>, conforme po<strong>de</strong> ser observado <strong>no</strong> Gráfico 20, a seguir.<br />

GRÁFICO 20<br />

Evolução do salário real <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong><br />

São <strong>Paulo</strong>, 1995 – 2005<br />

reais)<br />

(em<br />

8.000<br />

7.000<br />

6.000<br />

5.000<br />

4.000<br />

3.000<br />

2.000<br />

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005<br />

Engenheiros Eng. agrô<strong>no</strong>mo Eng. civil e arquiteto<br />

Eng. eletricista e eng. eletrônico Eng. mecânico Eng. químico<br />

Eng. metalurgico Eng. <strong>de</strong> minas e geólogos Demais <strong>engenheiros</strong><br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995-2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Obs.: Salário Real = Salário Nominal observado em 31/12 <strong>de</strong> cada a<strong>no</strong>, a preços <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007,<br />

inflaciona<strong>dos</strong> pelo INPC/IBGE.<br />

A remuneração média <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> varia, e<strong>no</strong>rmemente, com relação ao<br />

tamanho da empresa <strong>no</strong> qual o trabalhador está inserido. Segundo da<strong>dos</strong> da Rais 2005,<br />

funcionários <strong>de</strong> empresas pequenas, com me<strong>no</strong>s <strong>de</strong> cinco emprega<strong>dos</strong>, ganham<br />

praticamente a meta<strong>de</strong> da média salarial da categoria. Os rendimentos ten<strong>de</strong>m a<br />

aumentar constantemente conforme aumenta o tamanho das empresas. Os<br />

estabelecimentos com mais <strong>de</strong> 250 emprega<strong>dos</strong> ofereciam remuneração superior à<br />

média salarial <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong>, enquanto os com mais <strong>de</strong> 1.000 funcionários<br />

proporcionavam salários 16% acima da média (Gráfico 21).<br />

22


GRAFICO 21<br />

Remuneração <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong>, por tamanho da empresa<br />

São <strong>Paulo</strong>, 2005<br />

(em reais)<br />

5.475,38<br />

5.000,23<br />

5.366,96<br />

5.510,46<br />

5.944,16<br />

6.352,34<br />

4.298,67<br />

3.456,79<br />

3.731,04<br />

2.707,40<br />

Média 1 a 4 5 a 9 10 a 19 20 a 49 50 a 99 100 a<br />

249<br />

250 a<br />

499<br />

500 a<br />

999<br />

1000 ou<br />

mais<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995-2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Obs.: A preços <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007, inflaciona<strong>dos</strong> pelo INPC/IBGE.<br />

O salário real <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> sofreu um <strong>de</strong>créscimo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995. A<br />

remuneração em empresas com mais <strong>de</strong> 250 emprega<strong>dos</strong> (-10,4%) diminuiu mais do<br />

que para a média <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong>, caso em que a queda ficou em 7,9%. Trabalhadores<br />

<strong>de</strong> estabelecimentos me<strong>no</strong>res sofreram reduções me<strong>no</strong>res em seus rendimentos,<br />

existindo mesmo acréscimo <strong>no</strong> salário real, em especial nas empresas com me<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 10<br />

emprega<strong>dos</strong>. No entanto, estas empresas eram as que pagavam os me<strong>no</strong>res salários<br />

(Tabela 4).<br />

23


TABELA 4<br />

Salário real <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong>, por tamanho do estabelecimento<br />

São <strong>Paulo</strong>, 1995-2005<br />

(em reais)<br />

Tamanho do Estabelecimento 1995 2005<br />

Var.<br />

2005/1995<br />

De 1 a 4 emprega<strong>dos</strong> 2.638,60 2.707,40 2,6%<br />

De 5 a 9 emprega<strong>dos</strong> 3.301,53 3.456,79 4,7%<br />

De 10 a 19 emprega<strong>dos</strong> 3.833,19 3.731,04 -2,7%<br />

De 20 a 49 emprega<strong>dos</strong> 4.454,56 4.298,67 -3,5%<br />

De 50 a 99 emprega<strong>dos</strong> 4.863,69 5.000,23 2,8%<br />

De 100 a 249 emprega<strong>dos</strong> 5.415,04 5.366,96 -0,9%<br />

De 250 a 499 emprega<strong>dos</strong> 6.176,43 5.510,46 -10,8%<br />

De 500 a 999 emprega<strong>dos</strong> 6.498,05 5.944,16 -8,5%<br />

De 1000 ou mais emprega<strong>dos</strong> 7.090,97 6.352,34 -10,4%<br />

Total <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> 5.942,32 5.475,38 -7,9%<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995 a 2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

Nota: *Remuneração em 31/12 <strong>dos</strong> respectivos a<strong>no</strong>s.<br />

Obs.: A preços <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007, inflaciona<strong>dos</strong> pelo INPC/IBGE.<br />

3.7 Tempo <strong>de</strong> emprego<br />

Em 2005, o maior número <strong>de</strong> <strong>engenheiros</strong> paulistas emprega<strong>dos</strong> <strong>no</strong> mercado <strong>de</strong><br />

trabalho formal - 13.488 <strong>engenheiros</strong> ou 23,7% do total - tinha 10 ou mais a<strong>no</strong>s <strong>de</strong><br />

permanência <strong>no</strong> trabalho. A segunda maior faixa <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> <strong>engenheiros</strong><br />

correspondia a aqueles com até 1 a<strong>no</strong> (23,1%), seguido pela faixa <strong>de</strong> 6 a me<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 10<br />

a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> trabalho (17,1%).<br />

Em 1995, porém, a participação da faixa <strong>de</strong> emprega<strong>dos</strong> com 10 ou mais a<strong>no</strong>s<br />

<strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> permanência <strong>no</strong> trabalho era <strong>de</strong> 29,8%; para a faixa <strong>de</strong> 6 a me<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 10<br />

a<strong>no</strong>s, 21,8%; e para a faixa <strong>de</strong> 3 a me<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 5 a<strong>no</strong>s, 11,0%.<br />

24


GRAFICO 22<br />

Distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong>, por tempo <strong>de</strong> permanência <strong>no</strong> trabalho<br />

São <strong>Paulo</strong>, 1995 e 2005<br />

35,0%<br />

30,0%<br />

29,8%<br />

25,0%<br />

20,0%<br />

15,0%<br />

10,0%<br />

20,6%<br />

23,1%<br />

13,5%<br />

10,5%<br />

6,3%<br />

7,9%<br />

11,0%<br />

14,8%<br />

21,8%<br />

17,1%<br />

23,7%<br />

5,0%<br />

0,0%<br />

Até 1 a<strong>no</strong><br />

De 1 a<strong>no</strong> a<br />

meos <strong>de</strong> 2<br />

a<strong>no</strong>s<br />

De 2 a me<strong>no</strong>s<br />

<strong>de</strong> 3 a<strong>no</strong>s<br />

De 3 a me<strong>no</strong>s<br />

<strong>de</strong> 5 a<strong>no</strong>s<br />

1995 2005<br />

De 6 a me<strong>no</strong>s<br />

<strong>de</strong> 10 a<strong>no</strong>s<br />

10 a<strong>no</strong>s ou<br />

mais<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Rais 1995 a 2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

4. Estabelecimentos<br />

4.1 Tamanho<br />

Os da<strong>dos</strong> da Rais 2005 apontam a concentração <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> em empresas <strong>de</strong><br />

maior porte. Pouco me<strong>no</strong>s da meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>les (46,4%) trabalham em empresas com pelo<br />

me<strong>no</strong>s 500 emprega<strong>dos</strong>. Outra parcela consi<strong>de</strong>rável (27,1%) é contratada <strong>de</strong><br />

estabelecimentos que possuem entre 100 e 499 funcionários, ficando o restante<br />

distribuído entre empresas me<strong>no</strong>res (Gráfico 23).<br />

GRAFICO 23<br />

Distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong>, por tamanho da empresa<br />

São <strong>Paulo</strong>, 2005<br />

18%<br />

46%<br />

9%<br />

27%<br />

De 1 a 49 emprega<strong>dos</strong><br />

De 100 a 499 emprega<strong>dos</strong><br />

De 50 a 99 emprega<strong>dos</strong><br />

500 ou mais emprega<strong>dos</strong><br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. RAIS 1995 a 2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

25


Entre 1995 e 2005, houve pouca alteração nessa distribuição. Em 1995, somente<br />

1,5% <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> trabalhava em empresas com 1 a 4 emprega<strong>dos</strong>, 2,3% em<br />

empresas com 5 até 9, e me<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 4% em empresas com 10 a 19. Por outro lado,<br />

estabelecimentos com mais <strong>de</strong> 1.000 funcionários concentravam 31,6% <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os<br />

<strong>engenheiros</strong> ocupa<strong>dos</strong> <strong>no</strong> mercado <strong>de</strong> trabalho formal. Em 2005, as empresas com<br />

me<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 5 emprega<strong>dos</strong> concentravam 2,2%, as que tinham entre 5 e 9 somavam 2,7%,<br />

e quase 5% <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> ocupavam-se em empresas que possuíam entre 9 e 19<br />

funcionários. Enquanto isso, 32,2% <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong> eram emprega<strong>dos</strong> <strong>de</strong><br />

estabelecimentos com mais <strong>de</strong> 1.000 funcionários.<br />

TABELA 5<br />

Distribuição <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong>, por tamanho da empresa<br />

São <strong>Paulo</strong>, 1995 – 2005<br />

Tamanho da Empresa 1995 2005<br />

(em %)<br />

De 1 a 4 emprega<strong>dos</strong>............................... 1,5 2,2<br />

De 5 a 9 emprega<strong>dos</strong>............................... 2,3 2,7<br />

De 10 a 19 emprega<strong>dos</strong>........................... 3,7 4,9<br />

De 20 a 49 emprega<strong>dos</strong>........................... 7,6 8,2<br />

De 50 a 99 emprega<strong>dos</strong>........................... 8,4 8,6<br />

De 100 a 249 emprega<strong>dos</strong>....................... 16,3 14,5<br />

De 250 a 499 emprega<strong>dos</strong>....................... 13,3 12,6<br />

De 500 a 999 emprega<strong>dos</strong>....................... 15,3 14,2<br />

De 1000 ou mais emprega<strong>dos</strong>.................. 31,6 32,2<br />

Total <strong>de</strong> Engenheiros............................. 100,0 100,0<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. RAIS 1995 a 2005<br />

Elaboração: DIEESE<br />

26


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

A trajetória do mercado <strong>de</strong> trabalho para os <strong>engenheiros</strong>, entre 1995 a 1998<br />

indica que houve queda <strong>no</strong> total <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho. A partir <strong>de</strong> 1999, observa-se um<br />

movimento <strong>de</strong> recuperação, interrompido em 2003, quando o emprego nessa profissão<br />

sofreu retração <strong>de</strong> 3,9%. Nos a<strong>no</strong>s seguintes, 2004 e 2005, acompanhando o movimento<br />

geral do mercado <strong>de</strong> trabalho, verifica-se um crescimento <strong>de</strong> expressivo <strong>de</strong> 5,47% e<br />

5,07%, respectivamente.<br />

Os empregos ocupa<strong>dos</strong> por profissionais da engenharia continuam concentra<strong>dos</strong><br />

na região Su<strong>de</strong>ste (61,4%), com <strong>de</strong>staque para o estado <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, on<strong>de</strong> estão 35,4%<br />

do total <strong>de</strong> empregos do setor <strong>no</strong> Brasil. Além disso, 59,9% <strong>dos</strong> empregos do estado<br />

estão concentra<strong>dos</strong> na Região Metropolitana <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. Assim, a <strong>de</strong>speito das<br />

potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> outros esta<strong>dos</strong> brasileiros, quando a questão se refere à geração <strong>de</strong><br />

postos <strong>de</strong> trabalho para <strong>engenheiros</strong>, o estado <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> ainda apresenta <strong>de</strong>staque.<br />

Algumas características <strong>dos</strong> emprega<strong>dos</strong> <strong>no</strong> setor são marcantes:<br />

predominância <strong>de</strong> homens; boa experiência profissional <strong>de</strong>rivada <strong>de</strong> um elevado tempo<br />

<strong>de</strong> permanência <strong>no</strong> emprego; vínculos com empresas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte e nível <strong>de</strong><br />

remuneração média mensal elevada, comparativamente aos padrões <strong>de</strong> renda do país.<br />

Apesar <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> categoria majoritariamente masculina, <strong>de</strong> 1995 a 2005<br />

observou-se, um peque<strong>no</strong> crescimento da participação relativa da força <strong>de</strong> trabalho<br />

feminina na ocupação. As mulheres estão empregadas, em maior concentração relativa,<br />

na engenharia química.<br />

Por fim, o diagnóstico apresentado, ainda que parcial, sugere uma agenda <strong>de</strong><br />

ações possíveis para a melhoria das condições <strong>de</strong> trabalho da categoria. Tais ações<br />

compreen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a luta política pela retomada do <strong>de</strong>senvolvimento econômico autosustentado<br />

até a <strong>de</strong>fesa da redução da jornada <strong>de</strong> trabalho e da recuperação do po<strong>de</strong>r<br />

aquisitivo <strong>dos</strong> salários da categoria <strong>dos</strong> <strong>engenheiros</strong>.<br />

27


NOTA METODOLÓGICA<br />

Para a elaboração <strong>de</strong> estu<strong>dos</strong> longitudinais sobre a evolução <strong>de</strong> ocupações específicas <strong>no</strong><br />

mercado <strong>de</strong> trabalho com base <strong>no</strong>s da<strong>dos</strong> da Rais-MTE, é necessário consi<strong>de</strong>rar as<br />

alterações ocorridas na Classificação Brasileira <strong>de</strong> Ocupações (CBO) a partir <strong>de</strong> 2002.<br />

Neste estudo, para a análise da série histórica do período compreendido entre 1995 e<br />

2005, foram compatibilizadas as classificações previstas <strong>no</strong> grupo base <strong>de</strong> ocupações<br />

classificado como “<strong>engenheiros</strong>” até 2002 e as modificações implementadas a partir <strong>de</strong><br />

2002.<br />

Até 2002<br />

Grupo Base – Engenheiros<br />

020 - <strong>engenheiros</strong> agrô<strong>no</strong>mos, florestais e <strong>de</strong> pesca<br />

021 - <strong>engenheiros</strong> civis e arquitetos<br />

022 - <strong>engenheiros</strong> <strong>de</strong> operação e <strong>de</strong>senhistas industriais<br />

023 - <strong>engenheiros</strong> eletricistas e <strong>engenheiros</strong> eletrônicos<br />

024 - <strong>engenheiros</strong> mecânicos<br />

025 - <strong>engenheiros</strong> químicos<br />

026 - <strong>engenheiros</strong> metalúrgicos<br />

027 - <strong>engenheiros</strong> <strong>de</strong> minas e geólogos<br />

028 - engenheiro <strong>de</strong> organização e méto<strong>dos</strong><br />

029 - <strong>engenheiros</strong>, arquitetos e trabalhadores assemelha<strong>dos</strong> não classifica<strong>dos</strong><br />

A partir <strong>de</strong> 2002<br />

Grupo Base - Engenheiros<br />

FAMILIA 2021 - Engenheiros mecatrônicos<br />

FAMILIA 2122 - Engenheiros em computação<br />

28


FAMILIA 2134 - Geólogos e geofísicos<br />

FAMILIA 2141 - Arquitetos<br />

FAMILIA 2142 - Engenheiros civis e afins<br />

FAMILIA 2143 - Engenheiros eletricistas, eletrônicos e afins<br />

FAMILIA 2144 - Engenheiros mecânicos<br />

FAMILIA 2145 - Engenheiros químicos<br />

FAMILIA 2146 - Engenheiros metalurgistas e <strong>de</strong> materiais<br />

FAMILIA 2147 - Engenheiros <strong>de</strong> minas<br />

FAMILIA 2148 - Engenheiros agrimensores e <strong>engenheiros</strong> cartógrafos<br />

FAMILIA 2149 - Engenheiros <strong>de</strong> produção, qualida<strong>de</strong> e segurança<br />

FAMILIA 2221 - Engenheiros agrossilvipecuários<br />

29


DIEESE<br />

Direção Executiva<br />

João Vicente Silva Cayres – Presi<strong>de</strong>nte<br />

Sind. Metalúrgicos do ABC<br />

Carlos Eli Scopim – Vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

STI. Metalúrgicas <strong>de</strong> Osasco<br />

Ta<strong>de</strong>u Morais <strong>de</strong> <strong>So</strong>usa - Secretário<br />

STI. Metalúrgicas <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong><br />

Antonio Sabóia B. Junior – Diretor<br />

SEE. Bancários <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong><br />

Alberto <strong>So</strong>ares da Silva – Diretor<br />

STI. Energia Elétrica <strong>de</strong> Campinas<br />

Zenai<strong>de</strong> Honório – Diretora<br />

APEOESP<br />

Pedro Celso Rosa – Diretor<br />

STI. Metalúrgicas <strong>de</strong> Curitiba<br />

<strong>Paulo</strong> <strong>de</strong> Tarso G. B. Costa – Diretor<br />

Sind. Energia Elétrica da Bahia<br />

Levi da Hora – Diretor<br />

STI. Energia Elétrica <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong><br />

Carlos Donizeti França <strong>de</strong> Oliveira – Diretor<br />

Femaco – FE em Asseio e Conservação<br />

do <strong>Estado</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong><br />

Mara Luzia Feltes – Diretora<br />

SEE. Assessoria Perícias e Porto Alegre<br />

Célio Ferreira Malta – Diretor<br />

STI. Metalúrgicas <strong>de</strong> Guarulhos<br />

Eduardo Alves Pacheco – Diretor<br />

CNTT/CUT<br />

Direção Técnica<br />

Clemente Ganz Lúcio – diretor técnico<br />

A<strong>de</strong>mir Figueiredo – coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e estu<strong>dos</strong><br />

Francisco <strong>de</strong> Oliveira – coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> pesquisas<br />

Nelson Karam – coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> relações sindicais<br />

Claudia Fragozo – coor<strong>de</strong>nadora administrativa e financeira<br />

Equipe Técnica Responsável<br />

Carlos Eduardo Noronha Roesler<br />

Eliana Elias<br />

José Silvestre Prado <strong>de</strong> Oliveira<br />

Iara Heger (revisão)<br />

Equipe Técnica <strong>de</strong> Apoio<br />

Mariana Riscali (estagiária)<br />

30


Rua Genebra, 25 – São <strong>Paulo</strong>/SP – CEP 01316-901<br />

Telefone: (11) 3113-2650 – Fax: (11) 3242-2368<br />

seesp@seesp.org.br<br />

www.seesp.org.br

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