Roteiro Visita Sub-Bacia Hidrográfica do Córrego do ... - CDCC - USP
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O escoamento em subsuperfície acontece quan<strong>do</strong> o solo encontra-se<br />
satura<strong>do</strong> e água tende a percorrer mais em superfície que em subsolo.<br />
Nessa etapa configura-se um processo de transição.<br />
2. Percolação e Nível Freático<br />
Fig.9 Análise <strong>do</strong> Nível Freático<br />
O nível freático pode ser entendi<strong>do</strong> como sen<strong>do</strong> o local de contato, no<br />
subsolo, entre uma região <strong>do</strong> solo preenchida de ar em seus poros,<br />
também chamada de zona subsaturada, e área saturada de água. A<br />
diferença entre essas duas regiões está no fato de uma armazenar água<br />
temporariamente, enquanto a outra o faz de mo<strong>do</strong> permanente.<br />
A água ao atingir o solo infiltra-se rapidamente devi<strong>do</strong> a grande<br />
permeabilidade das camadas próximas a superfície. Porém, à medida<br />
que vai se aprofundan<strong>do</strong>, a porosidade diminui devi<strong>do</strong> a compactação<br />
realizada pelas camadas acima. Outro fator que dificulta a passagem é<br />
a presença de camadas rochosas que ainda não foram intemperizadas<br />
(transformadas em solo). Esse movimento da água no subsolo é<br />
denomina<strong>do</strong> percolação, e se compara<strong>do</strong> ao escoamento superficial,<br />
veremos que se trata de um movimento muito mais lento, pois o<br />
caminho percorri<strong>do</strong> possui maior grau de dificuldade. Ao atingir a região<br />
saturada, a água tende a ficar acumulada, preenchen<strong>do</strong> os poros <strong>do</strong><br />
solo ou da rocha. Na <strong>Bacia</strong> Hidrográfica, a água contida nessa região<br />
tende a percolar em direção ao leito fluvial devi<strong>do</strong> à configuração <strong>do</strong><br />
relevo ( Fig.8).<br />
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os animais fazem parte <strong>do</strong> nosso meio, <strong>do</strong> nosso cotidiano e de nossa<br />
história.<br />
Ocupação da <strong>Sub</strong>-<strong>Bacia</strong> <strong>do</strong> Córrego <strong>do</strong> Gregório<br />
Gregório era um posseiro que vivia às margens <strong>do</strong> córrego, na região<br />
situada mais ou menos entre a Rua Episcopal e a Avenida São Carlos,<br />
daí a origem <strong>do</strong> nome <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> curso d’água. Na mesma região<br />
também morava Jesuíno de Arruda, e sua casa localizava-se no canto<br />
sudeste <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, onde hoje está sua estátua.<br />
Por determinação <strong>do</strong> Conde <strong>do</strong> Pinhal, na ocasião da fundação da<br />
cidade, essas terras precisavam ser desocupadas e o encarrega<strong>do</strong> de<br />
retirar o posseiro foi Jesuíno de Arruda. A desocupação deu muito<br />
trabalho, pois Gregório tinha roças e exigia uma remuneração pelas<br />
benfeitorias.<br />
O início da ocupação desta região que, mais tarde, viria a tornar-se o<br />
centro da cidade de São Carlos, ocorreu no entorno de onde se<br />
construiu a primeira capela, hoje, a Catedral São Carlos Borromeu. Na<br />
área diagonal à capela, o Conde <strong>do</strong> Pinhal ergueu seu casarão, onde<br />
atualmente é a sede da Prefeitura Municipal.<br />
A partir daí, a cidade iniciou seu crescimento até a Rua Major José<br />
Inácio, onde terminava a sesmaria <strong>do</strong> Pinhal e iniciava a sesmaria <strong>do</strong><br />
Monjolinho, cujo proprietário chamava-se Alkimim. Após a morte de<br />
Alkimim, Dona Alexandrina, sua esposa, <strong>do</strong>ou uma parte da sesmaria<br />
<strong>do</strong> Monjolinho para a cidade, o que então possibilitou o início de seu<br />
crescimento para o norte, acima da Rua Major José Inácio.<br />
Já a urbanização em direção à área sul da cidade se deu com a vinda<br />
da Companhia Paulista de Estrada de Ferro, pois nas bordas desta<br />
região onde, mais tarde, seria a Vila Pra<strong>do</strong>, foram construídas as<br />
primeiras casas para servir de moradia aos ferroviários. O crescimento<br />
deste bairro foi alavanca<strong>do</strong> a partir da instalação das Indústrias Pereira<br />
Lopes e da construção da Igreja Santo Antônio.<br />
Descrição <strong>do</strong> Córrego <strong>do</strong> Gregório<br />
O córrego <strong>do</strong> Gregório nasce em área rural, a leste da cidade de São<br />
Carlos, em uma região de aproximadamente 900 m de altitude, onde<br />
nascem também o Rio <strong>do</strong> Monjolinho e o Ribeirão <strong>do</strong>s Negros. Os três<br />
constituem importantes cursos d’água deste município.<br />
Percorre a área urbana no senti<strong>do</strong> leste - oeste atravessan<strong>do</strong> a região<br />
central e desaguan<strong>do</strong> no Rio <strong>do</strong> Monjolinho, na rotatória em frente ao<br />
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