GÃS e TERMOELÃTRICAS - Nuca - UFRJ
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Ao longo do mês, foi realizada audiência pública para discutir a instalação da termelétrica a<br />
gás natural Rio Grande e do terminal de regaseificação de GNL Tergás. A audiência é um dos<br />
passos para a concessão da licença prévia para a implantação do empreendimento e qualificação do<br />
projeto junto à EPE e ao MME para a participação no leilão de energia nova A-5, que será realizado<br />
este ano. A previsão para entrada em operação da usina é de quatro anos após a obtenção das<br />
licenças ambientais e da venda nos leilões. A térmica terá capacidade instalada de 1.280 MW, com<br />
geração em turbinas a gás e a vapor e consumo de gás estimado em 5,2 milhões de m³/dia. A<br />
capacidade de estocagem inicial será de dois tanques de 125 mil m³/dia de GNL cada e capacidade<br />
de regaseificação inicial de 6 milhões de m³/dia.<br />
Quanto ao novo grande empreendimento nuclear Angra 3 (1,350 MW), a repercussão ao<br />
longo do mês foi intensa. Cabe aqui ressaltar alguns entraves importantes que ainda se colocam na<br />
retomada das obras da usina, assim como, no Programa Nuclear Brasileiro.<br />
Além da construção de Angra 3, planeja-se até 2030, a construção de outras 4 usinas<br />
nucleares com capacidades instaladas de 1.000 MW cada. Não caminhamos para um parque nuclear<br />
tão robusto quanto o coreano ou o chinês, mas definitivamente a energia nuclear terá maior<br />
relevância na matriz elétrica brasileira. Dessa forma, a expectativa é que já em fins de 2014 a<br />
construção de Angra 3 se conclua. Para isso, alguns entraves e obstáculos se colocam.<br />
Primeiramente, quanto à questão ambiental, apesar da licença pelo uso do solo já ter sido resolvida<br />
entre Eletronuclear e a prefeitura de Angra dos Reis, segue a indefinição quanto ao local dos<br />
depósitos de longo prazo para o combustível da usina. Questões de auditagem também representam<br />
barreiras ao projeto, visto a exigência do TCU de que a Eletronuclear diminua em cerca de R$ 120<br />
milhões seu contrato com empreiteira Andrade Gutierrez para que as obras sejam retomadas. Outro<br />
ponto importante é quanto a necessidade de capacitação profissional para o setor nuclear. A mãode-obra<br />
atual garante a construção eficiente e segura da usina Angra 3, mas para os projetos de<br />
usinas futuras a disponibilidade de pessoal qualificado está comprometida. Por fim, uma boa<br />
notícia: através da exploração da jazida de Itataia (Santa Quitéria - CE) a partir de 2012, a produção<br />
brasileira de concentrado de urânio irá quadruplicar, permitindo que a demanda das novas usinas a<br />
serem construídas seja atendida.<br />
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