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TATUAGENS, PIERCINGS E A INTIMIDADE DE<br />
GAROTAS REAIS<br />
FENÔMENO SUICIDE GIRLS<br />
Conversamos com Andrea Lavezzaro para entender melhor o<br />
mundo das 'SGs'. Segundo ela, "o objetivo do site é mostrar a 'girl<br />
next door' nua, aquela menina que você vê na rua, na balada, que<br />
tem seu próprio charme"<br />
Quase seis milhões de fãs no Facebook,<br />
mais de 200 mil seguidores no Twitter e 800 mil no<br />
Instagram. Se o Suicide Girls começou como uma<br />
comunidade de admiração à beleza alternativa<br />
para quem quer fugir dos padrões da sociedade,<br />
hoje ele é uma referência mundial pela internet.<br />
Criado em 2001, o Suicide Girls reúne<br />
ensaios “que apresentam uma intimidade<br />
bonita de garotas reais, e não necessariamente<br />
modelos”, diz a fotógrafa brasileira Andrea<br />
Lavezzaro, em entrevista ao site da VIP (leia a<br />
íntegra do bate-papo mais abaixo). Como diz o<br />
slogan do ‘Suicide': “What some people think<br />
makes us strange, or weird or fucked up, we<br />
think is what makes us beautiful“. Hoje em dia,<br />
o website recebe nada menos que cinco milhões<br />
de visitantes por mês – curiosamente, o público<br />
feminino supera o número de visitas do público<br />
masculino.<br />
O diferencial do Suicide Girls, entretanto,<br />
não é apenas a beleza diferente das modelos: há<br />
também a interação entre elas e os assinantes;<br />
é possível trocar mensagens e comentários nas<br />
páginas de cada garota, onde são centralizados<br />
seus ensaios, vídeos e blogs pessoais.<br />
Conversamos com Andrea Lavezzaro, que<br />
fotografa mulheres tatuadas desde 2005. Ela<br />
nos contou um pouco do processo de seleção<br />
de Suicide Girls, o preconceito com esses<br />
visuais alternativos e a diferença entre elas e as<br />
consideradas top models. Confira:<br />
Qual é o processo para uma garota qualquer se<br />
tornar uma Suicide Girl?<br />
Não é necessário ter tattoos ou qualquer<br />
modificação, há SGs de todos os tipos! Mas é<br />
obrigatório ser maior de 18 anos, e também se<br />
inscrever aqui, enviando qualquer foto nítida (não<br />
precisa ser profissional, nem nua). Se quiser ser<br />
fotografada por mim, é só escrever meu nome na<br />
parte que diz “Referred by”, que eu vejo quando<br />
a aplicação for aprovada. Depois de aceita,<br />
precisa enviar um ensaio de mais ou menos 40<br />
fotos, começando vestida (ou com algumas peças<br />
de roupas) e despindo tudo; não precisa mostrar<br />
mais que peitos/bumbum, mas pode. Cada uma<br />
vai até onde quer, mas todos os ensaios precisam<br />
estar no nível de qualidade que o site pede – se<br />
eles gostarem, eles compram; se não, as fotos<br />
continuam pertencendo à modelo. Simples assim.<br />
Desde o tempo em que você fotografa garotas<br />
tatuadas, percebeu alguma mudança na aceitação<br />
do público?<br />
Comecei no Brasil, e obviamente tudo isso ficou<br />
muito mais popular e mais bem aceito. Hoje em<br />
dia, acho que não tem nada demais ter tatuagens<br />
ou não, é só mais um detalhe, um acessório. Quem<br />
pensa o contrário precisa sair do bairro e ir viver<br />
e ver mais.<br />
O que é considerado “o mínimo” para uma garota<br />
ser Suicide Girl?<br />
Não existe nenhum requerimento, nem de<br />
tatuagens, nem de cabelo colorido, nem de<br />
piercings. Há muitas meninas sem nada disso.<br />
O mais importante é ela se sentir bem consigo<br />
própria e conseguir passar essa segurança na<br />
frente da câmera.<br />
Há alguma modelo que é a sua preferida para<br />
fotografar?<br />
Tenho minhas preferidas, porque nos<br />
comunicamos muito bem e por isso somos<br />
capazes de fazer um trabalho mais legal do que<br />
com outras, mas acho isso natural em toda área<br />
que exige um trabalho em grupo.<br />
Por que você acha que o público feminino do site é<br />
maior que o masculino?