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Tattooed

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<strong>Tattooed</strong><br />

FENÔMENO<br />

SUICIDE GIRLS<br />

TATUAGENS, PIERCINGS E<br />

A INTIMIDADE<br />

DE GAROTAS REAIS<br />

PONTILHISMO :<br />

CONHEÇA O ESTILO<br />

DE TATTOO QUE É<br />

SENSAÇÃO<br />

CONHEÇA O TRABALHO DE<br />

NIKI NORBERG<br />

MYKE CHAMBERS<br />

NAZARENO TUBARO<br />

MAURÍCIO HOLANDA<br />

ENSAIO COM A<br />

SUICIDE GIRL<br />

Ria E.<br />

McCarthy


OPINIÃO<br />

MEU CORPO É MEU!<br />

Há 46 anos um grupo de feministas se<br />

reunia em Atlantic City para a famosa ‘’queima<br />

de sutiãs’’. Elas lutavam contra os estereótipos<br />

impostos às mulheres e elegeram o sutiã como<br />

o símbolo máximo da opressão feminina.<br />

Naquele dia, não só lutaram por si mesmas,<br />

como deram voz as mulheres que se sentiam do mesmo modo no<br />

mundo inteiro.<br />

O Feminismo tenta libertar as mulheres de padrões impostos<br />

que foram construídos como naturais. Esse movimento vem da<br />

necessidade de mostrar a condição da mulher numa cultura machista.<br />

Isso se dá, especialmente, com a exploração do corpo das mulheres,<br />

desde a indústria da beleza até o tráfico e a prostituição. Até mesmo<br />

a própria mulher continua se vendo através do olhar do homem e<br />

muitas vezes credita inferioridade a si mesma pois não conhece uma<br />

realidade diferente. O machismo, tido muitas vezes como algo apenas<br />

masculino, também parte de mulheres que se privam ou se submetem<br />

a muitas situações tendo conceitos sexistas como parâmetros. Uma<br />

pesquisa do IPEA revelou que 26% dos entrevistados concordavam<br />

que o modo como as mulheres de vestem tem influência em casos de<br />

abuso sexual, e pasmem, 66% dos questionados eram mulheres.<br />

Desde a Revolução Francesa, as mulheres conquistaram o<br />

direito de voto e de salários equivalentes. No entanto, a luta ainda<br />

continua até hoje a favor do direito da mulher possuir próprio corpo.<br />

Ainda somos acusadas de culpa quando violentadas pelo modo que<br />

nos vestimos e nos portamos, incriminadas muitas vezes por ter<br />

‘’atiçado’’ o violentador. Nosso corpo é constantemente controlado<br />

e regulado a partir de padrões morais de sexualidade que estimulam<br />

a violência. Abuso sexual, subordinação devido ao sexo e violência<br />

doméstica. O movimento combate tudo isso e, principalmente, a<br />

inferiorização do sexo feminino. O Feminismo não é coisa de mulher,<br />

é questão de democracia, de igualdade, de qualificação frente ao<br />

homem, de colocar-se de igual pra igual.<br />

Com a internet, o movimento feminista vem crescendo,<br />

ganhando mais adeptos e se moldando a nova era. Hoje, o símbolo<br />

não é mais o sutiã, mas o próprio corpo feminino que traz os dizeres<br />

‘’Meu corpo é meu’’ e expressa a vontade da mulher de ser livre de<br />

julgamentos. O processo é longo e a luta continuará durante muito<br />

tempo porque muitos desconsideram que essa opressão ainda<br />

exista. Atualmente, é comum vermos as pessoas desacreditarem e<br />

direcionarem críticas negativas à movimentos como ‘’ A marcha das<br />

vadias’’ em que as militantes usam seu corpo como cartaz para expor<br />

a busca da liberdade sem a objetificação da sociedade. A juventude,<br />

por já ter encontrado as portas abertas, tende a ignorar o fato do<br />

feminismo já ter mudado, e muito, a situação da mulher. Sobretudo,<br />

esse é um movimento libertário, e cabe a sociedade, ao menos, não<br />

desqualificar uma luta tão importante.<br />

Por Carolina Andriola<br />

TATTOOED<br />

1ª EDIÇÃO<br />

16 PÁGINAS<br />

NOVEMBRO/ 2014<br />

TRABALHO DE CONCLUSÃO<br />

DA CADEIRA DE DESIGN<br />

CURSO DE JORNALISMO<br />

FAMECOS/ PUCRS<br />

DIAGRAMAÇÃO E EDIÇÃO<br />

CAROLINA ANDRIOLA


chegou a comentar em sua página que isso é um<br />

“trabalho de chinês presidiário''.<br />

Estilo<br />

Pontilhismo<br />

Tatuagem é uma arte que é inspirada na pintura. E é claro que de<br />

lá, também se trazem os traços. Exemplo disto é o Pontilhismo, estilo<br />

que está em alta no mundo da tattoo.<br />

O pontilhismo, ou dotwork, é, como o nome<br />

já diz, um estilo de desenho composto por pontos.<br />

Na história da arte ocidental, o surgimento dessa<br />

técnica está associado ao Impressionismo, mas é<br />

considerado um estilo pós-impressionista, chamado<br />

propriamente de Pontilhismo ou Divisionismo. Uma<br />

ideia geral do Impressionismo é que as pinturas<br />

reproduzem as impressões do artista, ou seja,<br />

sua visão imediata e momentânea de algo. Dessa<br />

forma, quadros impressionistas eram pintados<br />

com relativa velocidade, usando pinceladas rápidas<br />

e com movimentos precisos – se você pensar<br />

num quadro feito com Pontilhismo, é possível até<br />

visualizar essa técnica em processo.<br />

O efeito ótico do pontilhismo se dá pela<br />

justaposição de cores – em vez de sua mistura -,<br />

baseada na teoria das cores complementares, na<br />

qual busca-se cores que ofereçam mais contraste<br />

entre si. Bem resumidamente, essas cores que mais<br />

se contrastam, quando misturadas, resultariam no<br />

preto, no branco ou em alguma graduação de cinza.<br />

Quando o artista não dispõe de certas cores, ele<br />

pode, então, misturá-las para que resultem numa<br />

terceira cor. A justaposição das cores num quadro<br />

seria responsável por criar a ilusão de sombras e<br />

variações de tonalidade, ou efeitos diferentes como<br />

o de um “negativo” ou a impressão de movimento.<br />

Posteriormente, a técnica do pontilhismo<br />

começou a ser usada para efeitos de sombra em<br />

desenhos realistas. Quanto maior a quantidade<br />

de pontos e mais juntos, maior seria o efeito de<br />

profundidade. Isso permitia que as variações de<br />

sombra fossem atingidas com maior precisão.<br />

Como vocês devem imaginar, isso não é algo fácil<br />

de se fazer, além de ser muito demorado e exigir,<br />

além de uma técnica impressionante, uma paciência<br />

sem fim! Um artista que faz belíssimas fotografias a<br />

partir do pontilhismo, o brasileiro Victor Salciotti,<br />

''Na verdade, formar um desenho<br />

a partir de pontos é um preceito<br />

básico da tatuagem, se pensarmos<br />

que, antes de surgir a máquina<br />

elétrica, a maioria das técnicas<br />

consistia em fazer vários pontos<br />

com agulhas''<br />

Mesmo sem perder de vista a história do<br />

pontilhismo na arte ocidental, se repararmos a<br />

maior parte das tatuagens pontilhadas, vamos<br />

perceber que há uma preferência por desenhos<br />

orientais ou geométricos, como os mandalas e<br />

as artes sagradas hindus, budistas, tibetanas,<br />

tailandesas, entre outras. Isso me faz pensar<br />

que, talvez, o pontilhismo na tatuagem tenha<br />

se originado dessas práticas antigas como a<br />

tatuagem Yantra, realizada na Tailândia. De fato,<br />

muitos tatuadores modernos que se dedicam ao<br />

dotwork usam uma técnica chamada handpoking,<br />

dispensando a máquina e fazendo da haste com<br />

a agulha uma espécie de caneta. Essa técnica é<br />

bastante semelhante às usadas em rituais orientais<br />

de tatuagem, nos quais se usam bastões de madeira<br />

ou bambu com agulhas atadas às pontas.<br />

Um dos maiores representantes do dotwork<br />

é o belga Daniel DiMattia, um autodidata que tatua<br />

profissionalmente há 20 anos. Proprietário do<br />

estúdio Calypso Tattoo, ele decidiu se especializar<br />

no blackwork por considerar um estilo poderoso e<br />

desafiador. O uso de uma única cor – o preto – nas<br />

tatuagens exige grande dedicação do tatuador para<br />

criar novos desenhos, e as inspirações de DiMattia<br />

vêm das tatuagens tribais ao redor do mundo e de<br />

padrões antigos gravados, pintados ou bordados<br />

nos mais diversos meios, que ele fotografa em suas<br />

viagens.<br />

Outro grande nome no estilo é o do inglês<br />

Tomas Tomas, tatuador no famoso estúdio londrino<br />

Into You. Tatuando há 19 anos, ele também<br />

começou a aprender a arte por conta própria e se<br />

tornou famoso por reinventar a tatuagem tribal.<br />

Na verdade, na minha opinião, o estúdio Into You,<br />

aberto em 1993, é o que reúne o melhor time de<br />

tatuadores especializados em blackwork e dotwork<br />

do mundo – entre outros (muitos) estilos.<br />

Vale a pena mencionar os tatuadores Xed<br />

Le Head, Jondix, Thomas Hooper, Pierluigi Deliperi,<br />

Damian, Anna Day, Nazareno Tubaro (Argentina)…<br />

No Brasil, destacam-se os trabalhos de André Cruz,<br />

do Paz Tattooagem, e de Brian Gomes, ambos<br />

de São Paulo, além do paranaense Gregorio<br />

Marangoni.<br />

FONTE: http://www.tattootatuagem.com.br/


FENÔMENO<br />

SUICIDE GIRLS<br />

COM ENSAIO DA<br />

RIA E.<br />

McCarthy<br />

"SuicideGirls"<br />

exalta tudo que está fora dos padrões<br />

Frustrada com o seu trabalho, Missy Suicide começou a fotografar<br />

as amigas, a maioria com tatuagens e piercings, para um projeto que<br />

desse espaço para a "beleza alternativa". 13 anos depois, o projeto conta<br />

com 3 mil garotas e criou um novo padrão de beleza, o das "garotas<br />

suicidas"<br />

"Acho que nenhum de nós jamais sonhou<br />

que fosse crescer e virar uma empresa bemsucedida<br />

como é hoje. Seria impossível imaginar,<br />

lá no começo, que nós ficaríamos 13 anos fazendo<br />

isso", diz Selena Mooney sobre o projeto que<br />

iniciou em 2001, logo após a Bolha da Internet.<br />

"Trabalhei para várias empresas de mídia online,<br />

mas fiquei frustrada com a Bolha e decidi voltar à<br />

escola e estudar fotografia", lembra.<br />

Selena, que atende, e prefere assim, por<br />

"Missy Suicide", é a criadora do "SuicideGirls",<br />

projeto que nasceu com o objetivo de dar um espaço<br />

para a beleza alternativa e que depois de 13 anos e<br />

mais de 8 milhões de seguidores (6,2 milhões no<br />

Facebook e outros 2,01 milhões no Instagram) nas<br />

redes sociais, praticamente criou um novo padrão<br />

de beleza: o das "garotas suicidas".<br />

O termo – garotas suicidas – vem do livro<br />

"Sobrevivente", de Chuck Palahniuk (mesmo autor<br />

de "Clube da Luta"), mas Missy explica como ele<br />

se adequa às mulheres que tiram a roupa para o<br />

site: "É uma boa forma de descrever as garotas


FENÔMENO SUICIDE GIRLS<br />

que cometem 'suicídio social' ao não aderir<br />

aos padrões". Com "não aderir aos padrões", a<br />

fotógrafa faz menção às tatuagens, piercings e<br />

cabelos das mais variadas cores de suas garotas<br />

suicidas. "Eu queria mostrar a beleza e dar uma<br />

plataforma para que elas pudessem compartilhar o<br />

que pensam."<br />

As primeiras garotas que posaram para<br />

o site foram amigas de Missy. "Tenho sorte<br />

que muitas delas acreditaram na minha visão e<br />

toparam participar de algo divertido e, de certa<br />

forma, subversivo", diz. Passados três meses no<br />

ar, o projeto pessoal da fotógrafa começou a sair<br />

de Portland, talvez o berço ideal para um projeto<br />

alternativo como este, e fazer barulho. "Fui<br />

entrevistada para um programa de alcance nacional<br />

aqui (EUA). Foi quando percebi que o projeto era<br />

maior do que eu havia inicialmente projetado."<br />

Com suas 3 mil modelos, o site comercializa<br />

tudo que estiver ao seu alcance, das fotos, ao<br />

custo de US$ 12 por mês ou US$ 48 por ano, a livros,<br />

roupas, adesivos e até HQs. O próximo passo, de<br />

acordo com Missy, é investir na turnê do show<br />

burlesco "SuicideGirls: Blackheart Burlesque" e<br />

em filmes.<br />

FONTE: http://deles.ig.com.br/<br />

"É uma boa forma de descrever<br />

as garotas que cometem 'suicídio<br />

social' ao não aderir aos padrões''<br />

"AINDA TEMOS UM LONGO CAMINHO"<br />

Missy comemora o crescimento e a<br />

longevidade do projeto – "é ótimo que o mundo<br />

tenha começado a aceitar a cultura alternativa" –,<br />

mas, depois de quase 9 milhões de seguidores e<br />

um portfólio com 3 mil "suicide girls", cerca de 35<br />

delas brasileiras, fica a dúvida se o embrião que deu<br />

origem ao site – a beleza alternativa – já não é tão<br />

alternativo assim. Missy acredita que ainda há um<br />

caminho pela frente.<br />

"Nós ainda temos um longo caminho até que a<br />

sociedade aceite os diferentes tipos de corpos, e<br />

mais longo ainda para que as discriminações contra<br />

eles acabem. Eu acredito que o SuicideGirls será<br />

sempre um lugar para exaltar tudo que estiver fora<br />

do padrão, seja lá o que for no futuro", responde a<br />

fotógrafa.


TATUAGENS, PIERCINGS E A INTIMIDADE DE<br />

GAROTAS REAIS<br />

FENÔMENO SUICIDE GIRLS<br />

Conversamos com Andrea Lavezzaro para entender melhor o<br />

mundo das 'SGs'. Segundo ela, "o objetivo do site é mostrar a 'girl<br />

next door' nua, aquela menina que você vê na rua, na balada, que<br />

tem seu próprio charme"<br />

Quase seis milhões de fãs no Facebook,<br />

mais de 200 mil seguidores no Twitter e 800 mil no<br />

Instagram. Se o Suicide Girls começou como uma<br />

comunidade de admiração à beleza alternativa<br />

para quem quer fugir dos padrões da sociedade,<br />

hoje ele é uma referência mundial pela internet.<br />

Criado em 2001, o Suicide Girls reúne<br />

ensaios “que apresentam uma intimidade<br />

bonita de garotas reais, e não necessariamente<br />

modelos”, diz a fotógrafa brasileira Andrea<br />

Lavezzaro, em entrevista ao site da VIP (leia a<br />

íntegra do bate-papo mais abaixo). Como diz o<br />

slogan do ‘Suicide': “What some people think<br />

makes us strange, or weird or fucked up, we<br />

think is what makes us beautiful“. Hoje em dia,<br />

o website recebe nada menos que cinco milhões<br />

de visitantes por mês – curiosamente, o público<br />

feminino supera o número de visitas do público<br />

masculino.<br />

O diferencial do Suicide Girls, entretanto,<br />

não é apenas a beleza diferente das modelos: há<br />

também a interação entre elas e os assinantes;<br />

é possível trocar mensagens e comentários nas<br />

páginas de cada garota, onde são centralizados<br />

seus ensaios, vídeos e blogs pessoais.<br />

Conversamos com Andrea Lavezzaro, que<br />

fotografa mulheres tatuadas desde 2005. Ela<br />

nos contou um pouco do processo de seleção<br />

de Suicide Girls, o preconceito com esses<br />

visuais alternativos e a diferença entre elas e as<br />

consideradas top models. Confira:<br />

Qual é o processo para uma garota qualquer se<br />

tornar uma Suicide Girl?<br />

Não é necessário ter tattoos ou qualquer<br />

modificação, há SGs de todos os tipos! Mas é<br />

obrigatório ser maior de 18 anos, e também se<br />

inscrever aqui, enviando qualquer foto nítida (não<br />

precisa ser profissional, nem nua). Se quiser ser<br />

fotografada por mim, é só escrever meu nome na<br />

parte que diz “Referred by”, que eu vejo quando<br />

a aplicação for aprovada. Depois de aceita,<br />

precisa enviar um ensaio de mais ou menos 40<br />

fotos, começando vestida (ou com algumas peças<br />

de roupas) e despindo tudo; não precisa mostrar<br />

mais que peitos/bumbum, mas pode. Cada uma<br />

vai até onde quer, mas todos os ensaios precisam<br />

estar no nível de qualidade que o site pede – se<br />

eles gostarem, eles compram; se não, as fotos<br />

continuam pertencendo à modelo. Simples assim.<br />

Desde o tempo em que você fotografa garotas<br />

tatuadas, percebeu alguma mudança na aceitação<br />

do público?<br />

Comecei no Brasil, e obviamente tudo isso ficou<br />

muito mais popular e mais bem aceito. Hoje em<br />

dia, acho que não tem nada demais ter tatuagens<br />

ou não, é só mais um detalhe, um acessório. Quem<br />

pensa o contrário precisa sair do bairro e ir viver<br />

e ver mais.<br />

O que é considerado “o mínimo” para uma garota<br />

ser Suicide Girl?<br />

Não existe nenhum requerimento, nem de<br />

tatuagens, nem de cabelo colorido, nem de<br />

piercings. Há muitas meninas sem nada disso.<br />

O mais importante é ela se sentir bem consigo<br />

própria e conseguir passar essa segurança na<br />

frente da câmera.<br />

Há alguma modelo que é a sua preferida para<br />

fotografar?<br />

Tenho minhas preferidas, porque nos<br />

comunicamos muito bem e por isso somos<br />

capazes de fazer um trabalho mais legal do que<br />

com outras, mas acho isso natural em toda área<br />

que exige um trabalho em grupo.<br />

Por que você acha que o público feminino do site é<br />

maior que o masculino?


FENÔMENO SUICIDE GIRLS<br />

Acredito que é porque as meninas do site são<br />

garotas comuns, e o site funciona como uma<br />

comunidade; as meninas viram amigas, chamam<br />

outras, interagem entre si, e o conteúdo não é<br />

muito gráfico. Aí, fica na parte erótica sem ser<br />

muito sexual, o que é confortável para a maior<br />

parte das meninas, e às vezes muito suave para o<br />

que os homens querem ver.<br />

Comparado com a Europa e os Estados Unidos,<br />

quão atrasado está o Brasil em relação ao<br />

preconceito ao estilo das Suicides?<br />

O Brasil é muito grande, assim como a Europa e<br />

os Estados Unidos… Depende de cada pessoa,<br />

de cada cidade, tudo varia, não dá para colocar<br />

um rótulo nos comportamentos de países e<br />

continentes.<br />

''Não existe nenhum<br />

requerimento, nem de<br />

tatuagens, nem de cabelo<br />

colorido, nem de piercings. Há<br />

muitas meninas sem nada disso.''<br />

FOTOS: Alberto Buzzanca<br />

As Suicide Girls de hoje estarão entre as modelos<br />

consideradas top no futuro?<br />

Acho que não. Já existem, inclusive no Brasil,<br />

muitas tops tatuadas ou com look alternativo<br />

há mais de 10 anos. E a maioria das meninas que<br />

posam para o SG não são modelos profissionais,<br />

apesar de algumas conseguirem bastante dinheiro<br />

com isso. Todas as que conheço não vivem só<br />

disso!, e essa é a graça do site: meninas que são<br />

mais que modelos, posando nua.<br />

Que famosa modelo brasileira você acha que<br />

ficaria bem se transformada em uma Suicide Girl?<br />

Não conheço a lista de modelos brasileiras<br />

famosas, mas o objetivo do site é mostrar a “girl<br />

next door” nua, aquela menina que você vê na<br />

rua, na balada, que tem seu próprio charme, e não<br />

uma modelo profissional. Mesmo que eu soubesse<br />

e citasse vários nomes, e tenho certeza que são<br />

todas lindas e fariam fotos incríveis, repito: esse<br />

não é bem o objetivo do site. A ideia é apresentar<br />

uma intimidade bonita de garotas reais.<br />

FONTE: http://vip.abril.com.br/<br />

PERFIS DE SUICIDE GIRLS<br />

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BEST<br />

tattoo<br />

ARTISTS<br />

MYKE CHAMBERS<br />

MAURICIO<br />

HOLANDA<br />

NIKI NORBERG<br />

ALICE CARRIER<br />

Seu estilo de tatuagem é bastante<br />

nostálgico, uma releitura do tradicional estilo<br />

chamado americana (sim, o nome do estilo<br />

é usado só no feminino). Segundo o próprio<br />

tatuador, no início de sua carreira ele se focava<br />

no realismo até que, em Hollywood, um de seus<br />

amigos começou a estudar desenhos tradicionais<br />

e as imagens logo chamaram a atenção de Myke<br />

que, pela aparente simplicidade das tatuagens,<br />

achou que seria um estilo fácil de aprender – mas<br />

ele mesmo logo admite que estava enganado.<br />

Manter-se na linha do old school, para o artista, é<br />

também um jeito de homenagear os precursores<br />

da tatuagem, os ícones americanos responsáveis<br />

por fundar e difundir a tatuagem moderna da<br />

forma como a conhecemos.<br />

A criatividade talvez seja o ponto forte de<br />

Maurício Holanda, cujos desenhos são um convite<br />

ao raciocínio, embora de lógico nada tenha. Pelo<br />

contrário, suas criações se originam do absurdo, cuja<br />

tradução se dá por pontos, linhas e hachuras. Seus<br />

desenhos prezam pela simplicidade e objetividade<br />

de formas, mas carregam simbolicamente muitas<br />

histórias que se formam na cabeça do observador e<br />

arrancam a inevitável pergunta: “O que significa?”<br />

Olhar não é o bastante. É necessário<br />

entender e saciar a curiosidade que fulmina diante do<br />

misterioso.<br />

O pontilhismo adotado por ele ganha sutileza<br />

com os detalhes em watercolor, que, por vezes,<br />

é usado para se contrapor ao preto dominante. É<br />

notória, também, a presença de vestígios vintage<br />

em suas criações, remetendo a contos e crenças<br />

Niki não considerava a carreira de tatuador.<br />

Nos anos 90, existiam apenas dois estúdios em<br />

Gothenburg. Apesar de seus amigos se oferecerem<br />

para comprar o material e serem cobaias, o artista<br />

preferiu continuar a fazer suas pinturas enquanto<br />

frequentava aulas de desenhos para histórias em<br />

quadrinhos.<br />

A maior parte dos quadros de Niki eram<br />

realistas e era este o estilo que ele gostaria de tatuar,<br />

mas, segundo ele, as tatuagens de fotografias não<br />

atingiam o mesmo resultado que ele era capaz de<br />

conseguir nas pinturas.<br />

Tudo mudou quando ele conheceu o<br />

trabalho de Paul Booth; seu nível de sombreamento<br />

e a forma como usava os tons de cinza refletiam<br />

o que Niki gostaria de fazer com a máquina de<br />

tatuagem.<br />

Alice Carrier é uma ilustradora nascida<br />

no solstício de inverno, descendentes de bruxas<br />

de Salem. É também uma tatuadora canhota de<br />

Portland, com experiência em fotografia de arte e<br />

pintura a óleo.<br />

Alice teve a oportunidade de aprender<br />

a tatuar com um amigo próximo que foi seu<br />

orientador. Depois de um longo ano trabalhando<br />

em um café, quase diariamente, para pagar as<br />

contas, ela recebeu o convite para trabalhar<br />

no estúdio Anatomy Tattoo (onde atualmente<br />

trabalha), do proprietário Adam Jelinski.<br />

Favorecendo os clássicos, Alice usa e abusa do estilo<br />

vintage, com linhas arrojadas e encorpadas, cheias<br />

de feminilidade e com cores mais desvanecidas<br />

e neutras, trazendo florais e temáticas relativas<br />

a ciências naturais que lembram velhos livros de<br />

biologia.

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