Anestesia - Unesp
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Temperatura:<br />
Prevenção e<br />
Complicações<br />
da Hipotermia<br />
Profa Dra Norma Sueli Pinheiro Módolo<br />
CET/SBA do Depto. de Anestesiologia<br />
Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP
Controle Central da Termorregulação<br />
Respostas ao calor<br />
Hipotálamo<br />
Hipotálamo<br />
Vasodilatação<br />
Sudorese<br />
Comportamental<br />
Outras partes do cérebro<br />
Pele<br />
Medula espinhal<br />
Tecidos centrais profundos<br />
(abdômen e tórax)<br />
36.5<br />
Sem<br />
resposta<br />
LIMIAR<br />
37.5<br />
Vasoconstrição<br />
Termogênese<br />
sem tremores<br />
Tremores<br />
Comportamental<br />
Respostas ao frio<br />
Sessler, 1990
Informações Termorreguladoras<br />
Via aferente sensitiva térmica<br />
Frio: fibras A delta<br />
Calor: fibras C desmielinizadas<br />
Resposta eferente<br />
“Shunts” A-V: vasoconstrição (noradrenalina)<br />
Vasodilatação: bradicinina e óxido nítrico<br />
Termogênese não dependente do tremor (noradrenalina): dobra a<br />
produção de calor<br />
Resposta comportamental<br />
Tremor: ganho de 50 a 100% de calor no adulto<br />
Sudorese: inervação colinérgica pós-ganglionar, com 0,58 kcal de<br />
calor dissipado por grama de suor
Comportamento da Termorregulação na Criança<br />
Acordado<br />
Vasoconstrição<br />
Tremor<br />
NST<br />
Vasodilatação ativa<br />
Sudorese<br />
<strong>Anestesia</strong><br />
NST<br />
Tremor<br />
> 6 anos<br />
Vasoconstrição<br />
Recém-nascidos<br />
Crianças<br />
Vasodilatação ativa<br />
Sudorese<br />
33 35 37 39 41 o C<br />
Bissonnette, 1993
Diminuição do Limiar de Termorregulação<br />
Durante a <strong>Anestesia</strong><br />
Bissonnette, 1991
Termorregulação<br />
Idade<br />
Temp Neutra<br />
Temp Crítica<br />
Pré termo<br />
Termo<br />
Adulto<br />
34º C<br />
32º C<br />
28º C<br />
28º C<br />
23º C<br />
1º C<br />
Krishna et al, 1993
Regulação Térmica<br />
Menos eficiente no prematuro<br />
- asfixia<br />
- problemas respiratórios<br />
Perda de calor por evaporação<br />
- > superfície corporal<br />
- pele fina<br />
- circulação periférica<br />
mais superficial<br />
- subcutâneo escasso
Regulação Térmica<br />
Liberação de norepinefrina<br />
lipase<br />
gordura marrom<br />
triglicérides<br />
Ácidos graxos não<br />
esterificados<br />
re-esterificação + glicerol<br />
ATP<br />
calor<br />
calor<br />
triglicérides<br />
CO 2<br />
+ água
Hipotermia<br />
Norepinefrina<br />
Vasoconstrição<br />
Pulmonar<br />
Pressão na<br />
Artéria Pulmonar<br />
››“Shunt” D fi E<br />
Vasoconstrição<br />
Periférica<br />
› Acidose<br />
Metabolismo<br />
Anaeróbico<br />
Hipóxia
Termorregulação e ↑ Taxa Metabólica<br />
Bissonnette & Sessler, 1991
Causas de Hipotermia<br />
Convecção<br />
Radiação<br />
Evaporação<br />
Condução
Distribuição Interna de Calor Durante a <strong>Anestesia</strong><br />
Pele<br />
28-32ºC<br />
Pele<br />
32-34ºC<br />
Periférico<br />
Periférico<br />
Vasoconstrição fi <strong>Anestesia</strong> fi Vasodilatação<br />
Sessler, 1990
Perda de Calor<br />
AUMENTA quando há grande superfície<br />
corporal em relação a massa<br />
DIMINUI com o aumento do Índice de<br />
Massa Corporal (IMC)
38<br />
Hipotermia Durante a <strong>Anestesia</strong><br />
Temperatura Central ( o C)<br />
37<br />
36<br />
35<br />
A<br />
B<br />
Recém-nascidos<br />
Crianças<br />
Adultos<br />
C<br />
34<br />
0 80 160 240<br />
Tempo (min)<br />
Bissonnette, 1993
Locais de Monitorização da Temperatura<br />
- Timpânica<br />
- Esôfago (inferior)<br />
- Cateter central (artéria pulmonar)<br />
- Nasofaringe<br />
- Reto<br />
- Pele<br />
- Bexiga urinária<br />
- Oral / Sublingual
Diferença Entre Locais de Monitorização<br />
da T e a Timpânica<br />
Bissonnette – Clin Anesthesiol North Am 1991
Sinais Clínicos da Hipotermia<br />
T<br />
Sinais<br />
31 – 35º C tremor<br />
cianose<br />
disartria<br />
29 – 31º C cessa o tremor<br />
confusão → delírio<br />
rigidez muscular<br />
↓ ou inaudível PA<br />
25 – 29º C eritema cutâneo, edema<br />
estupor ou coma<br />
pulso lento, fraco ou ausente<br />
ausência reflexos tendíneos<br />
pupilas fixas e dilatadas<br />
disritmias, FV<br />
< 25º C apnéia<br />
assístole<br />
morte aparente<br />
Corneli H. Clin Ped Emerg Med 2002; 2:179-191
Conseqüências Intra-Operatórias<br />
da Hipotermia<br />
- Proteção contra isquemia cerebral e<br />
da medula espinhal<br />
- Proteção contra a hipóxia cerebral<br />
- Alteração no quadro de hipertermia maligna
Hipotermia e Coagulação<br />
- ↓ da função plaquetária<br />
- ↓ da função enzimática da cascata da<br />
coagulação<br />
- Não há alteração da fibrinólise
Hipotermia e Infecção no Pós-Operatório<br />
- Vasoconstrição ↓ a oxigenação dos tecidos e ↑ a<br />
fixação bacteriana<br />
- ↓ funções de defesa: mobilização leucocitória;<br />
fagocitose<br />
- ↓ do processo inflamatório:<br />
↓ a função plaquetária<br />
↓ a cascata da coagulação<br />
↓ dos mediadores ligados à imunidade
Huet et al – Acta Anaesthesiol<br />
Scand 2007; 51: 1211-1216
Conseqüências da Hipotermia na<br />
Farmacocinética e Farmacodinâmica dos<br />
Fármacos Utilizados na <strong>Anestesia</strong><br />
- ↓ da CAM dos halogenados ( 5%/ o C)<br />
- ↑ da concentração plasmática do propofol (30%)<br />
- ↑da duração de ação dos BNM: atracúrio e vecurônio<br />
- ↑ da toxicidade cardíaca da bupivacaína<br />
- prolongamento da duração da recuperação pós-anestésica
Ohlson et al – Anesthesiology 2003; 98:437-448
Ohlson et al – Anesthesiology 1994; 81:176-183
Ohlson et al – Anesthesiology 2003; 98:437-448
Ohlson et al – Anesthesiology 2003; 98:437-448
Tratamento da Hipotermia<br />
Temperatura<br />
ambiente<br />
Líquidos<br />
IV<br />
Infravermelho<br />
Aquecimento<br />
por convecção<br />
Vias aéreas<br />
Ativo<br />
Passivo<br />
Cobertura<br />
da cabeça
Tratamento da<br />
Hipotermia
Tratamento da Hipotermia
Tratamento da Hipotermia
Perda de Calor Durante a <strong>Anestesia</strong><br />
Utilizando Diferentes Coberturas<br />
120<br />
100<br />
Perda de<br />
Calor (W)<br />
80<br />
60<br />
Plástico<br />
Algodão<br />
Tecido<br />
Papel<br />
Aquecimento ativo<br />
Cobertor aquecido<br />
-20 0 20 40 60<br />
Tempo (min)<br />
Sessler et al., 1991
Alteração da Temperatura Corporal em Função do Tempo,<br />
do Tipo de Cobertura e da Administração de Líquido<br />
4<br />
T Corp<br />
( o C)<br />
T Corp<br />
( o C)<br />
2<br />
0<br />
0<br />
-2<br />
-4<br />
2 4 6 8<br />
Tempo (h)<br />
4 o C<br />
2 4 6 8<br />
38 o C<br />
33 o C<br />
21 o C<br />
Líquido administrado (L)<br />
Sessler & Sessler - Anesthesiol Clin North Am 12: 425-56, 1994
Efeitos do Aquecimento Pré- e Intra-Operatórios na<br />
<strong>Anestesia</strong> Peridural em Cesariana<br />
Temperatura<br />
central (ºC)<br />
36,0<br />
35,5<br />
35,0<br />
34,5<br />
34,0<br />
*<br />
M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7<br />
Momentos<br />
Pré-aquecimento<br />
*<br />
Aquecimento no intra-operatório<br />
*<br />
Pré+intra<br />
Controle<br />
*p
Temperatura Central dos Recém-Nascidos<br />
G1 G2 Comentário<br />
Temperatura central<br />
( C)<br />
36,12–0,54 35,76 –0,48<br />
Análise do sangue da veia arterial<br />
Tendência<br />
G1‡G2*<br />
Parâmetros G1 G2 Comentário<br />
pH AU 7,29–0,06 7,26 –0,06 G1>G2*<br />
PO 2 (mmHg) 19,4 –5,52 13,7 –4,50 G1>G2*<br />
PCO 2 (mmHg) 45,9 –6,58 52,1 –12,3 G1=G2<br />
Lactato(mMol/l) 2,91 –0,90 3,50 –1,21 G1=G2<br />
Análise do sangue da veia umbelical<br />
pH VU 7,32–0,04 7,30 –0,03 G1=G2<br />
PO 2 (mmHg) 23,9 –6,79 20,6 –4,65 G1=G2<br />
PCO 2 (mmHg) 41,5 –3,86 43,2 –6,24 G1=G2<br />
Lactato(mMol/l) 2,76 –0,74 3,25 –1,14 G1=G2<br />
*p
Obrigada!!!