29.11.2014 Views

um estudo de caso malsucedido na terceirização de mo

um estudo de caso malsucedido na terceirização de mo

um estudo de caso malsucedido na terceirização de mo

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

ISSN 1984-9354<br />

ANÁLISE QUANTITATIVA DE<br />

ROTATIVIDADE DE ESTOQUES E<br />

CUSTO DE ARMAZENAGEM: UM<br />

ESTUDO DE CASO MALSUCEDIDO NA<br />

TERCEIRIZAÇÃO DE<br />

MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E<br />

TRANSPORTE DE CARGA SECA<br />

Geraldo Cardoso <strong>de</strong> Oliveira Neto<br />

(UNINOVE)<br />

Lúcio Ta<strong>de</strong>u Costabile<br />

(UNINOVE)<br />

Res<strong>um</strong>o<br />

Este artigo <strong>mo</strong>stra as principais causas <strong>de</strong> <strong>um</strong> resultado in<strong>de</strong>sejado, a<br />

partir da experiência mal sucedida da contratação <strong>de</strong> <strong>um</strong> operador<br />

logístico em março <strong>de</strong> 2008 por <strong>um</strong>a gran<strong>de</strong> empresa <strong>de</strong> fabricação e<br />

<strong>mo</strong>vimentação <strong>de</strong> carga seca, e as princiipais causas <strong>de</strong>sse resultado<br />

in<strong>de</strong>sejado. A empresa contratante mes<strong>mo</strong> antes <strong>de</strong> terceirizar<br />

mensurava o <strong>de</strong>sempenho dos al<strong>mo</strong>xarifados: controle fi<strong>na</strong>l, fornos,<br />

limpeza, retífica e face <strong>de</strong> lapidação. Os indicadores são: (i)<br />

Comparativos <strong>de</strong> capital em estoques e custo das vendas; (ii)<br />

Rotativida<strong>de</strong> dos estoques; (iii) Comparativo dos valores <strong>de</strong> estoques<br />

entre 2007 e 2008; (iv) Comparativo das <strong>de</strong>spesas fi<strong>na</strong>nceiras da área<br />

<strong>de</strong> materiais entre 2007 e 2008; (v) Custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem. Uma falha<br />

pri<strong>mo</strong>rdial <strong>na</strong> elaboração do contrato entre a empresa contratante e o<br />

OPL causador <strong>de</strong> frustração foi ter negligenciado esses indicadores <strong>na</strong><br />

formalização. Se a empresa contratante tivesse elencado multas<br />

mediante as medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho talvez o OPL tivesse sido mais<br />

cauteloso. Outro aspecto importante, é que os clientes começaram a<br />

reclamar no que tange a atraso <strong>na</strong> entrega. Os principais resultados do<br />

insucesso foram mensurados pelos indicadores. Espera-se que esse<br />

<strong>estudo</strong> contribua com os gestores <strong>de</strong> logística a fim <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar a<br />

terceirização <strong>de</strong> operações logísticas co<strong>mo</strong> <strong>de</strong>cisão estratégica em vez<br />

<strong>de</strong> operacio<strong>na</strong>l.<br />

Palavras-chaves: Logística; Operador Logístico; Indicadores <strong>de</strong><br />

Desempenho; Carga Seca


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

1. Introdução<br />

O relacio<strong>na</strong>mento cost<strong>um</strong>a ser complexo entre os agentes internos da mesma empresa<br />

e, com a chegada <strong>de</strong> <strong>um</strong> operador logístico OPL terceirizado, essa complexida<strong>de</strong> a<strong>um</strong>enta.<br />

Associado a essa dificulda<strong>de</strong>, muitos gestores das áreas <strong>de</strong> Materiais e Logística precisam ser<br />

mais cuidadosos <strong>na</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> contratar <strong>um</strong> operador logístico. Parece existir <strong>um</strong>a miopia que<br />

dificulta ver o terceirizado co<strong>mo</strong> parte estratégica do negócio, pois o OPL é visto co<strong>mo</strong> <strong>um</strong><br />

prestador <strong>de</strong> serviços subalterno com o qual a empresa não procura se integrar – conforme<br />

Fleury et.al (2006), 70% dos contratos termi<strong>na</strong>m em conflito antes do prazo.<br />

Esse pensamento é corroborado por Vendrametto, Oliveira Neto e Santos (2008): em<br />

pesquisa n<strong>um</strong>a empresa do setor químico <strong>de</strong> carga seca, <strong>de</strong>tectaram que as principais falhas<br />

observadas <strong>na</strong> escolha do OPL se <strong>de</strong>vem à i<strong>na</strong><strong>de</strong>quação e equívocos nos critérios e<br />

subcritérios <strong>de</strong> seleção do OPL e <strong>na</strong> elaboração do contrato, tais co<strong>mo</strong>: 1) fixação<br />

prepon<strong>de</strong>rante no tamanho e saú<strong>de</strong> fi<strong>na</strong>nceira do OPL; 2) falta <strong>de</strong> análise mais profunda sobre<br />

a capacida<strong>de</strong> técnica do OPL para o tipo <strong>de</strong> operação a ser executada; 3) falta <strong>de</strong> experiência<br />

anterior <strong>na</strong> ativida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> qualificação do pessoal do OPL; e 4) sistema <strong>de</strong> informação pouco<br />

confiável. Neste <strong>estudo</strong>, por exemplo, os autores constataram que enquanto o serviço <strong>de</strong><br />

atendimento ao cliente informava que o produto já estava a caminho, a falta <strong>de</strong> experiência e o<br />

<strong>de</strong>spreparo <strong>de</strong> profissio<strong>na</strong>is para a função acarretavam a <strong>de</strong>rrubada da carga, e o OPL não<br />

informava a empresa contratante.<br />

O <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> Oliveira Neto (2008) também corrobora aquela afirmação: das seis<br />

empresas pesquisadas, três afirmam que a contratação do OPL foi mal sucedida. Os<br />

insucessos aconteceram <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> as empresas não terem planejado corretamente a<br />

estratégia, não estudaram os critérios e não utilizaram indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />

O <strong>caso</strong> em <strong>estudo</strong> <strong>mo</strong>stra a tentativa frustrada <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong><br />

produtos oriundos <strong>de</strong> carga seca, ao pro<strong>mo</strong>ver em março <strong>de</strong> 2008 articulações para<br />

transferência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s (<strong>mo</strong>vimentação, armaze<strong>na</strong>gem e transporte) cobertas pela gestão<br />

<strong>de</strong> materiais exercidos integralmente pela empresa, para <strong>um</strong> operador logístico. Sendo esse o<br />

2


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

foco do artigo, procurar-se-á conceituar a terminologia sobre o assunto para buscar possíveis<br />

causas do fracasso <strong>de</strong>ssa iniciativa.<br />

Em específico a esse <strong>estudo</strong> a organização antes <strong>de</strong> terceirizar já mensurava o<br />

<strong>de</strong>sempenho por meio <strong>de</strong> indicadores implementados nos al<strong>mo</strong>xarifados. Os al<strong>mo</strong>xarifados<br />

estão integrados nos seguintes processos: controle fi<strong>na</strong>l, fornos, limpeza, retífica e face <strong>de</strong><br />

lapidação. Os indicadores são: (i) Comparativos <strong>de</strong> capital em estoques e custo das vendas;<br />

(ii) Rotativida<strong>de</strong> dos estoques; (iii) Comparativo dos valores <strong>de</strong> estoques entre 2007 e 2008;<br />

(iv) Comparativo das <strong>de</strong>spesas fi<strong>na</strong>nceiras da área <strong>de</strong> materiais entre 2007 e 2008; (v) Custo<br />

<strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem.<br />

Uma falha pri<strong>mo</strong>rdial <strong>na</strong> elaboração do contrato entre a empresa contratante e o OPL<br />

causador <strong>de</strong> frustração foi ter negligenciado esses indicadores <strong>na</strong> formalização. Se a empresa<br />

contratante tivesse elencado multas mediante as medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho o OPL teria sido<br />

mais cauteloso. Outro aspecto importante, é que os clientes começaram a reclamar no que<br />

tange a atraso <strong>na</strong> entrega. Essa reclamação passou a afetar o nível <strong>de</strong> serviço, sendo assim o<br />

gestor <strong>de</strong> Supply Chain Ma<strong>na</strong>gement <strong>de</strong>cidiu a<strong>na</strong>lisar o prazo <strong>de</strong> entrega dos clientes<br />

ocorridos em 2007 e outro que estava ocorrendo no período <strong>de</strong> 2008.<br />

2 Referências bibliográficas<br />

2.1 A evolução da Gestão <strong>de</strong> Materiais e Logística ao Gerenciamento da<br />

Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Suprimentos<br />

Para Ballou (1993), o <strong>de</strong>senvolvimento histórico da logística empresarial está dividido<br />

em 3 fases: A primeira fase, antes <strong>de</strong> 1950, são os anos adormecidos. Ativida<strong>de</strong>s-chave <strong>de</strong><br />

logística encontravam-se fragmentadas entre setores que não possuíam integração. Segundo<br />

Bowersox (2006), a gestão <strong>de</strong> materiais tinha <strong>um</strong> papel fundamental e tradicio<strong>na</strong>l nesse<br />

período, as empresas apresentavam <strong>de</strong>ficiências e fracassos muito evi<strong>de</strong>ntes <strong>na</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong> pelo inventário, as informações eram totalmente centralizadas nos gerentes.<br />

No fi<strong>na</strong>l dos anos 60 e o início dos anos 70, a logística havia adquirido in<strong>de</strong>pendência e se<br />

posicio<strong>na</strong>do co<strong>mo</strong> <strong>um</strong>a área <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> e autorida<strong>de</strong> organizacio<strong>na</strong>l, normalmente<br />

focalizada em distribuição física ou <strong>na</strong> gestão <strong>de</strong> materiais.<br />

A segunda fase, <strong>de</strong> 1950 a 1970, correspon<strong>de</strong> ao período <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Novaes<br />

(2007) mencio<strong>na</strong> a segunda fase co<strong>mo</strong> <strong>um</strong>a integração rígida, e as ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> suprimentos são<br />

forçadas a reduzir custos e ter maior eficiência através da otimização e planejamento. Na<br />

Figura 1 é <strong>mo</strong>strada a inserção da logística no contexto empresarial.<br />

3


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

Figura 1 – Logística Empresarial (OLIVEIRA NETO, 2008)<br />

Na continuida<strong>de</strong> dos <strong>estudo</strong>s Oliveira Neto (2008) esclarece que <strong>na</strong> atualida<strong>de</strong> <strong>na</strong><br />

Logística Empresarial os elos são integrados e colaborativos, geralmente a diretoria <strong>de</strong><br />

logística fornece as metas e os objetivos e os setores criam indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho para o<br />

controle e mensuração do <strong>de</strong>sempenho, ocorre <strong>um</strong>a participação assídua dos fornecedores e<br />

clientes, além da consciência ambiental nos processos a fim <strong>de</strong> reduzir a poluição.<br />

Um marco é o surgimento do MRP agilizando a informação em tempo real; 3) De<br />

1970 em diante: os anos <strong>de</strong> crescimento. Com o crescente vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> negociações <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is e<br />

inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is acompanhados <strong>de</strong> diversos fluxos <strong>de</strong> mercadorias, as empresas têm co<strong>mo</strong><br />

aliada a Administração <strong>de</strong> Materiais co<strong>mo</strong> <strong>um</strong>a ferramenta fundamental envolvendo os fluxos<br />

dos produtos <strong>de</strong>ntro da empresa. Para Via<strong>na</strong> (2009), o objetivo fundamental da Administração<br />

<strong>de</strong> Materiais é <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r quando e quanto adquirir para que a empresa reponha seus<br />

estoques.<br />

Recentemente, esse objetivo evoluiu para <strong>um</strong>a visão empresarial, incorporando-se à<br />

logística, que busca <strong>um</strong>a visão integrada das operações <strong>de</strong> suprimentos, distribuição <strong>de</strong><br />

produtos <strong>de</strong> <strong>um</strong>a forma racio<strong>na</strong>lizada, planejando coor<strong>de</strong><strong>na</strong>ndo e executando <strong>um</strong> processo<br />

para que se possam reduzir os custos e a<strong>um</strong>entar a competitivida<strong>de</strong>. Ballou (1993) corrobora e<br />

afirma que a logística empresarial trata <strong>de</strong> todas as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>mo</strong>vimentação e<br />

armaze<strong>na</strong>gem, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a compra da matéria-prima até o cons<strong>um</strong>idor fi<strong>na</strong>l.<br />

Novaes (2007) caracteriza a terceira fase co<strong>mo</strong> a integração flexível inter<strong>na</strong>, e <strong>na</strong>s<br />

inter-relações da empresa com seus fornecedores e clientes por meio do EDI, a introdução do<br />

código <strong>de</strong> barras. Nessa fase passa-se a observar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integrar as informações às<br />

necessida<strong>de</strong>s exter<strong>na</strong>s, principalmente a satisfação dos clientes.<br />

Na continuida<strong>de</strong> dos <strong>estudo</strong>s, Novaes (2007) acrescenta a quarta fase da evolução da<br />

logística, <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>da <strong>de</strong> integração estratégica, passando a buscar novas soluções em<br />

suprimentos para a competitivida<strong>de</strong> e satisfação dos clientes. Surge, então, a parceria e troca<br />

<strong>de</strong> informações confi<strong>de</strong>nciais, visando à redução <strong>de</strong> prazos.<br />

4


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

Com o crescimento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> logística, surgem funções importantes para o<br />

Gerenciamento da Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Suprimentos tais co<strong>mo</strong> estoque, armaze<strong>na</strong>gem e transporte, que<br />

se relacio<strong>na</strong>m diretamente <strong>de</strong>ntro da empresa, criando a sinergia da <strong>mo</strong>vimentação <strong>de</strong><br />

materiais acompanhados <strong>de</strong> inovações tecnológicas, tor<strong>na</strong>ndo <strong>um</strong> gerenciamento eficaz das<br />

operações logísticas (FLEURY et. al. 2000).<br />

Na busca da vantagem competitiva, as <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> estratégias estão presentes <strong>na</strong>s<br />

gran<strong>de</strong>s empresas (NOVAES, 2007). A empresa <strong>de</strong>ve concentrar seus esforços no que tange a<br />

sua especialida<strong>de</strong>, adquirindo exter<strong>na</strong>mente serviços que não fazem parte <strong>de</strong> sua competência<br />

central. Nesse artigo, a empresa contratante buscou <strong>um</strong> OPL com competência essencial para<br />

armaze<strong>na</strong>r e transportar carga seca em sua ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimentos.<br />

De acordo com Parra (2000) e Chopra e Meindl (2003), o objetivo do Gerenciamento<br />

da Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Suprimentos visa a<strong>um</strong>entar o relacio<strong>na</strong>mento entre os elos da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>vido à<br />

gran<strong>de</strong> relevância do compartilhamento <strong>de</strong> informações, objetivando a satisfação dos clientes,<br />

redução <strong>de</strong> custos e acrésci<strong>mo</strong>s no valor agregado.<br />

Conforme afirma Fleury et al (2000), a armaze<strong>na</strong>gem tem o papel fundamental para o<br />

Gerenciamento da Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Suprimentos, veio à to<strong>na</strong> <strong>um</strong>a nova maneira <strong>de</strong> administração,<br />

on<strong>de</strong> as empresas buscam se empenhar ao máxi<strong>mo</strong> para obter <strong>um</strong>a sincronia <strong>de</strong> todas as<br />

ativida<strong>de</strong>s, inclusive o controle dos custos e equilíbrio com a <strong>de</strong>manda.<br />

Segundo Pozo (2008), o custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem <strong>de</strong>sempenha <strong>um</strong>a função muito<br />

importante no gerenciamento da organização, por isso é necessário acompanhar possíveis<br />

falhas <strong>na</strong>s projeções <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda para a fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> estoque para que seu<br />

valor não fique tão elevado. Para que se possam administrar melhor os estoques, é preciso<br />

calcular quais os custos que os afetam. Ainda complementa indicando que os fatores que<br />

compõem os custos <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem são os custos <strong>de</strong> edificações, custos <strong>de</strong> equipamentos e<br />

manutenção, custos <strong>de</strong> materiais e custos <strong>de</strong> pessoal envolvido. Consiste em <strong>um</strong>a ferramenta<br />

importante para avaliar a gestão integrada da organização e o quanto está per<strong>de</strong>ndo com seu<br />

capital parado em estoques e custos excessivos com pessoal, equipamentos e edificações.<br />

Deve-se, também, levar em consi<strong>de</strong>ração a taxa <strong>de</strong> juros no período <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> estocagem.<br />

Em s<strong>um</strong>a, o custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem traduz-se no custo fi<strong>na</strong>nceiro envolvido no sistema.<br />

Sobre o transporte, Ballou (1993) relata que faz parte das ativida<strong>de</strong>s primárias da<br />

Logística Empresarial, e assevera que é a ativida<strong>de</strong> mais importante, pois absorve, em média,<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong> a dois terços dos custos logísticos, e se refere a vários métodos para <strong>mo</strong>vimentar<br />

produtos, Slack et.al (2002) mencio<strong>na</strong> que a maioria dos embarques envolvem caminhões,<br />

5


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

assim o planejamento <strong>de</strong> carga com o uso <strong>de</strong> sistemas informatizados e <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> rotas são extremamente úteis para organizar as exigências <strong>de</strong> transporte.<br />

2.2 Terceirização da Logística no Brasil e suas falhas<br />

Segundo Dornier et al. (2000), o atual conceito amplo <strong>de</strong> terceirização evoluiu durante<br />

a última década. À medida que as empresas tentaram adotar as técnicas do Just in Time,<br />

<strong>de</strong>scobriram que as reorganizações inter<strong>na</strong>s à planta eram ape<strong>na</strong>s parte do programa.<br />

Assim surgiu os Operadores Logísticos (OPL) a fim <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

mercados. Fleury e Ribeiro (2001a) relatam que a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> OPL iniciou-se há pouco<br />

tempo no Brasil e tornou-se mais notável a partir <strong>de</strong> 1994 com sua estabilização econômica. A<br />

partir <strong>de</strong> 1997, os gran<strong>de</strong>s operadores logísticos inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is começaram a atuar no Brasil,<br />

tais co<strong>mo</strong>: Danzas, Ry<strong>de</strong>r e Penske Logistics, surgindo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novos serviços por<br />

parte das empresas contratantes, e várias transportadoras transformaram-se em Operadores<br />

Logísticos para aten<strong>de</strong>r à necessida<strong>de</strong> do mercado. (FLEURY e RIBEIRO, 2001b).<br />

Fleury et.al (2006) <strong>de</strong>fine o operador logístico co<strong>mo</strong> o fornecedor <strong>de</strong> serviços<br />

logísticos especializados em gerenciar e executar todas as partes das ativida<strong>de</strong>s logísticas <strong>na</strong>s<br />

várias fases <strong>na</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> seus clientes, que tenha competência para, no<br />

míni<strong>mo</strong>, prestar simultaneamente serviços <strong>na</strong>s três ativida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> estoque,<br />

armaze<strong>na</strong>gem e gestão <strong>de</strong> transporte. O OPL <strong>de</strong>ve fornecer através do contrato, no míni<strong>mo</strong>, os<br />

serviços <strong>de</strong> gerenciamento e operação <strong>de</strong> transporte e armaze<strong>na</strong>gem. Ter duração <strong>de</strong> <strong>um</strong> ano,<br />

no míni<strong>mo</strong>, prever ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gerenciamento, análise e projeto, <strong>de</strong> administração <strong>de</strong><br />

estoques e <strong>de</strong> informação, <strong>de</strong> rastreamento <strong>de</strong> pedidos e ofertas que agreguem valor, po<strong>de</strong>ndo<br />

se esten<strong>de</strong>r até ao gerenciamento da ca<strong>de</strong>ia logística.<br />

Segundo Berglund e.al (1999), são dois direcio<strong>na</strong>dores que conduzem as empresas a<br />

terceirizar: o tamanho da <strong>de</strong>manda e o tamanho da ca<strong>de</strong>ia. Bol<strong>um</strong>ole (2001) e Jaafar e Rafiq<br />

(2005) apresentam outros: focar esforços <strong>na</strong> competência chave, reduzir custos e evitar<br />

investir em ativos, ter <strong>um</strong>a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimentos robusta, a<strong>um</strong>entar o fluxo produtivo,<br />

coor<strong>de</strong><strong>na</strong>ção da logística em nível global, melhorar e controlar os níveis <strong>de</strong> serviços e das<br />

ativida<strong>de</strong>s logísticas, ter maior flexibilida<strong>de</strong> e eficiência <strong>na</strong>s operações logísticas e ter acesso a<br />

novas tecnologias da informação e comunicação e conhecimentos logísticos.<br />

Assim, mes<strong>mo</strong> <strong>um</strong> restrito conjunto <strong>de</strong> serviços logísticos (armaze<strong>na</strong>gem e transporte),<br />

por mais limitado que seja, <strong>de</strong>ve ser oferecido pelo operador <strong>de</strong> maneira coor<strong>de</strong><strong>na</strong>da e<br />

6


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

integrada.<br />

Os <strong>mo</strong>tivos para terceirizar são apresentados no (Gráfico 1) que direcio<strong>na</strong>m<br />

<strong>estudo</strong>s <strong>de</strong> critérios estratégicos para a formação do contrato logístico. Alguns autores<br />

(Christopher e Towil, 2001; Jaafar e Rafiq, 2005 e Knemeyer e Murphy, 2005), relatam que,<br />

<strong>na</strong>s pesquisas, o critério preço é o mais importante para selecio<strong>na</strong>r <strong>um</strong> OPL e asseveram que<br />

se o preço é realmente <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>nte, po<strong>de</strong>-se concluir que há <strong>de</strong>ficiências e limitações <strong>na</strong><br />

ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimentos ou <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />

Motivos para a Terceirização<br />

Reduzir custos<br />

Trazer maior eficiência <strong>na</strong> execução das ativida<strong>de</strong>s operacio<strong>na</strong>is<br />

A<strong>um</strong>entar os níveis <strong>de</strong> serviços logísticos<br />

Focar no core business<br />

Reduzir o investimento em ativos<br />

Adquirir maior flexibilida<strong>de</strong> <strong>na</strong>s operações logísticas<br />

Realizar serviços especializados <strong>de</strong> maior valor agregado<br />

Trazer maior know-how para geração <strong>de</strong> novas soluções logísticas<br />

A<strong>um</strong>entar o controle das ativida<strong>de</strong>s logísticas<br />

M elhorar as tecnologias <strong>de</strong> informação utilizadas<br />

Expandir mercados<br />

56%<br />

53%<br />

46%<br />

43%<br />

43%<br />

81%<br />

73%<br />

73%<br />

73%<br />

72%<br />

66%<br />

Gráfico 1 – Motivos para Terceirizar (Fonte: PTLB 2009 – COPPEAD. Análises: Instituto ILOS)<br />

Conforme Abrahão e Soares (2006) as ativida<strong>de</strong>s que as organizações terceirizam<br />

estão classificadas em três grupos: básicas, intermediárias e sofisticadas. Sendo assim a<br />

empresa contratante precisa ter claramente o grau <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> antes da escolha do OPL.<br />

Os operadores logísticos, segundo Bowersox (2006), se origi<strong>na</strong>m <strong>de</strong> alg<strong>um</strong>as<br />

competências-chave, tais co<strong>mo</strong> transporte, armaze<strong>na</strong>gem, agente <strong>de</strong> cargas, sistema <strong>de</strong><br />

informação, contato com o cliente e serviço perso<strong>na</strong>lizado às exigências dos clientes.<br />

Segundo o Instituto Ilos (2009) e Barros (2009), esse perfil <strong>de</strong> terceirização do mercado<br />

brasileiro, ou seja, ativida<strong>de</strong>s básicas mais terceirizadas e as sofisticadas menos terceirizadas,<br />

po<strong>de</strong> ser explicado tanto <strong>de</strong>vido ao receio <strong>de</strong> muitas empresas em entregar a gestão da<br />

operação logística aos OPLs, quanto à própria experiência do mercado que, muitas vezes, não<br />

tem a expertise a<strong>de</strong>quada para absorver tarefas mais complexas. Ao a<strong>na</strong>lisar-se a terceirização<br />

das três ativida<strong>de</strong>s que caracterizam <strong>um</strong> operador logístico – transporte, armaze<strong>na</strong>gem e<br />

gestão <strong>de</strong> estoques – percebe-se que ape<strong>na</strong>s 9% das empresas afirmam terceirizar todas elas<br />

simultaneamente. A maioria das empresas não utilizam seus OPLs co<strong>mo</strong> gestores da logística<br />

integrada, mas co<strong>mo</strong> simples prestadores <strong>de</strong> serviços. A ativida<strong>de</strong> “gestão <strong>de</strong> estoques é a<br />

menos terceirizada”. Isso reflete o receio <strong>de</strong> muitas indústrias em compartilhar, com seus<br />

parceiros, informações estratégicas.<br />

Novaes (2007) complementa que os contratos <strong>de</strong> hoje necessitam <strong>de</strong> vínculos <strong>de</strong><br />

confiança, <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iras formas <strong>de</strong> parcerias, mas a confiança não é o suficiente: é preciso<br />

7


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

que as empresas gerenciem permanentemente as parcerias e mantenham.<br />

Os principais problemas apresentados por Fleury et.al (2006) começam pela<br />

insegurança no nível <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong>vido a falhas do sistema <strong>de</strong> informação, outro é a carência<br />

<strong>de</strong> pessoas qualificadas. Outro aspecto relevante é relatar as falhas que ocorrem <strong>na</strong><br />

terceirização que causam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> substituir o OPL, “70 % dos contratos logísticos<br />

entre a empresa contratante e o OPL termi<strong>na</strong>m antes do prazo” (FLEURY et.al 2006). Os<br />

<strong>mo</strong>tivos são <strong>mo</strong>strados <strong>na</strong> (Gráfico 2). Infelizmente, muitas empresas contratam o OPL pelo<br />

preço, mais per<strong>de</strong>m em qualida<strong>de</strong> e são obrigados a substituí-lo. Outro ponto importante é que<br />

a empresa contratante não <strong>de</strong>senvolve <strong>um</strong>a metodologia estratégica para terceirizar e vários<br />

OPLs participam da seleção com <strong>um</strong>a percepção irreal da operação a ser executada.<br />

Barros (2009) relata que co<strong>mo</strong> precauções, poucas indústrias, por sua vez, tentam –<br />

através <strong>de</strong> contratos cada vez mais “amarrados” – estabelecer quais serão os indicadores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho a serem c<strong>um</strong>pridos por seus parceiros. Porém muitas empresas ainda estipulam<br />

prazos em contrato para que os OPLs sejam capazes <strong>de</strong> resolver possíveis problemas e, ao<br />

término do prazo, co<strong>mo</strong> pe<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>, o contrato po<strong>de</strong> ser rescindido sem ônus para o<br />

contratante.<br />

Também, co<strong>mo</strong> em média o tempo <strong>de</strong> contrato no Brasil é <strong>de</strong> 2,1 anos, muitos OPLs<br />

hesitam em investir em soluções diferenciadas com retorno <strong>de</strong> investimentos <strong>de</strong> mais longo<br />

prazo, causando baixa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propor novas soluções logísticas.<br />

Motivos para substituir <strong>um</strong> OPL<br />

Má qualida<strong>de</strong> dos serviços<br />

Baixa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propor novas soluções logísticas<br />

Custos e preços altos<br />

Operador pouco flexível à mudança<br />

Baixa disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ativos do prestador <strong>de</strong> serviço<br />

Pouca capacitação tecnológica<br />

Fragilida<strong>de</strong> fi<strong>na</strong>nceira<br />

Problemas <strong>de</strong> segurança<br />

Dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> relacio<strong>na</strong>mento<br />

Problemas éticos<br />

56%<br />

51%<br />

47%<br />

47%<br />

44%<br />

37%<br />

30%<br />

29%<br />

27%<br />

90%<br />

Gráfico 2 – Motivos para substituir <strong>um</strong> OPL (Fonte: PTLB 2009 – COPPEAD. Análises: Instituto ILOS)<br />

2.3 Indicadores <strong>de</strong> Desempenho<br />

Neste tópico será <strong>mo</strong>strada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />

logístico e sua aplicação para o controle nos processos operacio<strong>na</strong>is.<br />

Dornier et al. (2000) asseguram que os indicadores logísticos relevantes <strong>na</strong> capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviço são ferramentas-chave do sistema <strong>de</strong> controle, permitindo ações e<br />

8


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

<strong>de</strong>cisões coerentes e orientadas para a estratégia. Caixeta-Filho e Martins (2001) afirmam que<br />

os indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho possibilitam que as avaliações sejam feitas com base em fatos,<br />

dados e informações quantitativas, o que dá maior confiabilida<strong>de</strong> às conclusões.<br />

Depois selecio<strong>na</strong>r a(s) medida(s) <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho a<strong>de</strong>quada(s) ao sistema logístico, é<br />

preciso implementar os indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho. Ballou (1993) complementa, a empresa<br />

precisa controlar o esforço logístico. Esse processo po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scrito por três itens (Figura 2):<br />

(1) padrões ou meta, (2) medidas e (3) comparação e ação corretiva.<br />

Figura 2 - Mo<strong>de</strong>lo para controle logístico (Fonte: Ballou 1993)<br />

Tendo em vista a relevância do transporte rodoviário para a economia <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l.<br />

Bowersox (2001) assi<strong>na</strong>la que, os três objetivos principais do <strong>de</strong>senvolvimento e da<br />

implementação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho incluem: <strong>mo</strong>nitorar o nível <strong>de</strong><br />

serviço e os custos, controlar o processo e redirecioná-lo co<strong>mo</strong>, por exemplo, as avarias <strong>na</strong><br />

armaze<strong>na</strong>gem e transporte a fim <strong>de</strong> redirecio<strong>na</strong>r as operações.<br />

Em específico a esse <strong>estudo</strong> a organização antes <strong>de</strong> terceirizar já mensurava o<br />

<strong>de</strong>sempenho por meio <strong>de</strong> indicadores implementados nos al<strong>mo</strong>xarifados. Os al<strong>mo</strong>xarifados<br />

estão integrados nos seguintes processos: controle fi<strong>na</strong>l, fornos, limpeza, retífica e face <strong>de</strong><br />

lapidação. Os indicadores são:<br />

(i) Comparativos <strong>de</strong> capital em estoques e custo das vendas, bem co<strong>mo</strong> sua<br />

variação percentual relacio<strong>na</strong>do a cada al<strong>mo</strong>xarifado com seus respectivos valores <strong>de</strong> estoques<br />

e custo das vendas. Os valores totais dos capitais em estoques e dos custos das vendas, dos<br />

respectivos períodos, serão utilizados para realização dos cálculos <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong>;<br />

(ii) Rotativida<strong>de</strong> dos estoques. Segundo Pozo (2008) para a realização dos cálculos<br />

<strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong>, utilizou-se a fórmula R = CV / E, on<strong>de</strong> CV representa o valor do custo das<br />

vendas, E representa o valor <strong>de</strong> estoque;<br />

9


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

(iii) Comparativo dos valores <strong>de</strong> estoques entre 2007 e 2008. Segundo Bowersox<br />

(2001) é imprescindível <strong>mo</strong>nitorar o nível <strong>de</strong> estoque com enfoque nos custos, pois a<br />

disponibilida<strong>de</strong> do produto no tempo certo constitui <strong>um</strong>a arma da competição;<br />

(iv) Comparativo das <strong>de</strong>spesas fi<strong>na</strong>nceiras da área <strong>de</strong> materiais entre 2007 e 2008.<br />

Pozo (2008) consi<strong>de</strong>ra essa análise <strong>de</strong> s<strong>um</strong>a importância para evitar ou <strong>de</strong>senvolver plano <strong>de</strong><br />

melhoria para redução <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios nos al<strong>mo</strong>xarifados e (v) Custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem.<br />

Segundo Pozo (2008), o custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem <strong>de</strong>sempenha <strong>um</strong>a função muito importante no<br />

gerenciamento da organização, por isso é necessário acompanhar possíveis falhas <strong>na</strong>s<br />

projeções <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda para a fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> estoque para que seu valor não<br />

fique tão elevado.<br />

Uma falha pri<strong>mo</strong>rdial <strong>na</strong> elaboração do contrato entre a empresa contratante e o OPL<br />

foi ter negligenciado esses indicadores <strong>na</strong> formalização. Se a empresa contratante tivesse<br />

elencado multas mediante as medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho o OPL teria sido mais cauteloso. Sendo<br />

assim a empresa contratante ficou com os prejuízos <strong>mo</strong>strados <strong>na</strong> análise <strong>de</strong> resultados.<br />

3. Estudo <strong>de</strong> Caso<br />

O <strong>caso</strong> em <strong>estudo</strong> <strong>mo</strong>stra a tentativa frustrada <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong><br />

produtos oriundos <strong>de</strong> carga seca, ao pro<strong>mo</strong>ver em março <strong>de</strong> 2008 articulações para<br />

transferência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s (<strong>mo</strong>vimentação, armaze<strong>na</strong>gem e transporte) cobertas pela gestão<br />

<strong>de</strong> materiais exercidos integralmente pela empresa, para <strong>um</strong> operador logístico. Sendo esse o<br />

foco do artigo, procurar-se-á conceituar a terminologia sobre o assunto para buscar possíveis<br />

causas do fracasso <strong>de</strong>ssa iniciativa.<br />

Em específico a esse <strong>estudo</strong> a organização antes <strong>de</strong> terceirizar já mensurava o<br />

<strong>de</strong>sempenho por meio <strong>de</strong> indicadores implementados nos al<strong>mo</strong>xarifados. Os al<strong>mo</strong>xarifados<br />

estão integrados nos seguintes processos: controle fi<strong>na</strong>l, fornos, limpeza, retífica e face <strong>de</strong><br />

lapidação. Os indicadores são: (i) Comparativos <strong>de</strong> capital em estoques e custo das vendas;<br />

(ii) Rotativida<strong>de</strong> dos estoques; (iii) Comparativo dos valores <strong>de</strong> estoques entre 2007 e 2008;<br />

(iv) Comparativo das <strong>de</strong>spesas fi<strong>na</strong>nceiras da área <strong>de</strong> materiais entre 2007 e 2008; (v) Custo<br />

<strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem.<br />

Uma falha pri<strong>mo</strong>rdial <strong>na</strong> elaboração do contrato entre a empresa contratante e o OPL<br />

causador <strong>de</strong> frustração foi ter negligenciado esses indicadores <strong>na</strong> formalização. Se a empresa<br />

10


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

contratante tivesse elencado multas mediante as medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho o OPL teria sido<br />

mais cauteloso. Sendo assim a empresa contratante ficou com os prejuízos <strong>mo</strong>strados <strong>na</strong><br />

análise <strong>de</strong> resultados.<br />

Outro aspecto importante, é que os clientes começaram a reclamar no que tange a<br />

atraso <strong>na</strong> entrega. Essa reclamação passou a afetar o nível <strong>de</strong> serviço, sendo assim o gestor <strong>de</strong><br />

Supply Chain Ma<strong>na</strong>gement <strong>de</strong>cidiu a<strong>na</strong>lisar o prazo <strong>de</strong> entrega dos clientes ocorridos em 2007<br />

e outro que estava ocorrendo no período <strong>de</strong> 2008. Essa análise foi feita com base nos<br />

romaneios assi<strong>na</strong>dos <strong>na</strong> entrega pelo cliente. Um exemplo: <strong>um</strong>a análise a <strong>um</strong> cliente em 2007<br />

constatou-se que se efetuavam entregas em no máxi<strong>mo</strong> cinco dias. O mes<strong>mo</strong> cliente em 2008<br />

recebia os produtos no prazo <strong>de</strong> vinte dias, sendo que o OPL retirava <strong>na</strong> empresa contratante<br />

os produtos no mes<strong>mo</strong> tempo <strong>de</strong> 2007.<br />

Os dados <strong>mo</strong>stravam que em média, quando se consi<strong>de</strong>rava todos os clientes o prazo<br />

<strong>de</strong> entrega <strong>de</strong> 2008 estava em torno <strong>de</strong> 22 dias e que em 2007 em média era 5 dias.<br />

O impacto do atraso <strong>na</strong> entrega é que o cliente passou a comprar menos da empresa<br />

contratante, principalmente porque no mercado há muita concorrência, <strong>na</strong> medida em que<br />

<strong>um</strong>a organização por meio da logística não consegue dispor o produto no tempo certo para a<br />

venda os clientes procuram outra empresa fornecedora.<br />

Em média os clientes faziam programações sema<strong>na</strong>is, entregas <strong>de</strong> cinco em cinco dias,<br />

isto é em média quatro entregas no mês, mas em 2008 o OPL só conseguia fazer a entrega<br />

<strong>um</strong>a vez por mês. Isso causou redução no giro <strong>de</strong> estoque, isto é, a organização passou a<br />

ven<strong>de</strong>r menos, “quanto maior o giro dos estoques significa que melhor está o processo <strong>de</strong><br />

vendas <strong>de</strong> produtos no mercado” (POZO, 2008).<br />

3.1 Metodologia<br />

Os procedimentos metodológicos utilizados no presente artigo são <strong>de</strong> categoria<br />

exploratória e <strong>de</strong>scritiva, <strong>de</strong> <strong>na</strong>tureza qualitativa e quantitativa, método do <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong><br />

único e observação participante com entrevista semi estruturada. Gil (2002) relata que a<br />

categoria da pesquisa exploratória <strong>de</strong>senvolve: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas<br />

com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise <strong>de</strong><br />

exemplos que estimulem a compreensão.<br />

De acordo com Yin (2003), o que justifica a utilização do método <strong>de</strong> <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong><br />

único é o fato <strong>de</strong> preencher as condições exigidas para testar os objetivos propostos no<br />

11


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

trabalho. Segundo Eisenhardt (1989) o <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> é <strong>um</strong>a estratégia <strong>de</strong> pesquisa focada em<br />

compreen<strong>de</strong>r a dinâmica presente em cada cenário. Estudos <strong>de</strong> <strong>caso</strong> normalmente combi<strong>na</strong>m<br />

métodos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados, co<strong>mo</strong> arquivos, entrevistas, questionários e observações. As<br />

evidências po<strong>de</strong>m ser qualitativas ou quantitativas, ou ambas. Yin (2003) afirma que <strong>de</strong>sta<br />

maneira é possível criar as condições a<strong>de</strong>quadas para a compreensão, a contestação ou o<br />

confirmação da teoria, sendo <strong>um</strong> elemento chave para <strong>estudo</strong>s exploratórios.<br />

Segundo Bogdan e Biklen (1992) a observação participante e a entrevista semi<br />

estruturada são os instr<strong>um</strong>entos mais comuns da pesquisa qualitativa e que melhor apresentam<br />

suas características. Geralmente quando a pesquisa parte da observação participante constitui<br />

“<strong>um</strong>a po<strong>de</strong>rosa técnica da metodologia qualitativa” (McCracken, 1991, p.7). A entrevista, por<br />

sua vez, “provê acesso ao contexto do comportamento da pessoa e, <strong>de</strong>sse <strong>mo</strong>do, fornece [...]<br />

<strong>um</strong> <strong>mo</strong>do <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o significado <strong>de</strong>sse comportamento” (SEIDMAN, 1991).<br />

Por meio da análise qualitativa foi possível constatar dados quantitativos a fim <strong>de</strong><br />

facilitar a compreenção do objeto estudado. Sobre a pesquisa quantitativa permite-se a<br />

mensuração <strong>de</strong> opiniões, reações, hábitos e atitu<strong>de</strong>s em <strong>um</strong> universo, por meio <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

a<strong>mo</strong>stra que o represente estatisticamente (DENZIN; LINCOLN, 2005; NEVES, 1996;<br />

HAYATI; KARAMI; SLEE, 2006).<br />

4. Análise dos dados e resultados<br />

Nessa seção <strong>mo</strong>strar-se-á os indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho que comprovam a falha no<br />

processo <strong>de</strong> terceirização entre 2007 e 2008. Lembrando que a terceirização dos serviços <strong>de</strong><br />

<strong>mo</strong>vimentação, armaze<strong>na</strong>gem e transporte ocorreram em 2008.<br />

Os indicadores mencio<strong>na</strong>dos a seguir são <strong>de</strong> s<strong>um</strong>a importância para o controle do<br />

processo: (i) Comparativos <strong>de</strong> capital em estoques e custo das vendas; (ii) Rotativida<strong>de</strong> dos<br />

estoques; (iii) Comparativo dos valores <strong>de</strong> estoques entre 2007 e 2008; (iv) Comparativo das<br />

<strong>de</strong>spesas fi<strong>na</strong>nceiras da área <strong>de</strong> materiais entre 2007 e 2008; (v) Custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem.<br />

Porém não consi<strong>de</strong>rar os indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>na</strong> elaboração do contrato entre a<br />

empresa contratante e o OPL visando elencar multas mediante a redução <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> serviço é<br />

consi<strong>de</strong>rado pelos autores o <strong>mo</strong>tivo principal dos prejuízos.<br />

Comparativo <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estoques, levando em consi<strong>de</strong>ração os al<strong>mo</strong>xarifados<br />

da empresa: controle fi<strong>na</strong>l das peças, fornos <strong>de</strong> têmpera, materiais <strong>de</strong> limpeza utilizados com a<br />

manutenção dos al<strong>mo</strong>xarifados, retífica das peças e faces e lapidação em relação aos anos <strong>de</strong><br />

12


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

2007 e 2008. A indicador utilizado <strong>na</strong> comparação aos anos <strong>de</strong> 2007 e 2008 foi a <strong>de</strong><br />

rotativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estoques.<br />

Porém para fazer essa análise a organização tem que em primeiro <strong>mo</strong>mento elaborar<br />

(i) Comparativos <strong>de</strong> capital em estoques e custo das vendas, dando origem ao primeiro<br />

indicador.<br />

A Tabela 1 e Tabela 2 <strong>de</strong><strong>mo</strong>nstram os comparativos <strong>de</strong> capital em estoques e custo das<br />

vendas. A Tabela 1é fundamentada no período <strong>de</strong> março a agosto <strong>de</strong> 2007 que compara o<br />

período após a terceirização da <strong>mo</strong>vimentação, armaze<strong>na</strong>gem e transporte <strong>de</strong> março a agosto<br />

<strong>de</strong> 2008. A Tabela 2 foi <strong>de</strong>senvolvida com base no período <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 à fevereiro<br />

<strong>de</strong> 2008 comparando com os dados <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008 a fevereiro <strong>de</strong> 2009.<br />

Percebe-se que o período em análise é <strong>de</strong> <strong>um</strong> ano antes da terceirização e <strong>um</strong> ano após<br />

a terceirização constituída a partir <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2008. Após essa análise a empresa contratante<br />

<strong>de</strong>cidiu não renovar o contrato ao término previsto para <strong>um</strong> ano e reintegraram as ativida<strong>de</strong>s<br />

no escopo <strong>de</strong> suas competências essenciais. Os danos ocasio<strong>na</strong>dos aos clientes ocasio<strong>na</strong>ram<br />

redução <strong>na</strong> carteira <strong>de</strong> clientes para a empresa contratante em 20% sem contar a insatisfação.<br />

Por meio da análise <strong>de</strong>sse indicador foi possível conhecer a variação percentual<br />

relacio<strong>na</strong>do a cada al<strong>mo</strong>xarifado com seus respectivos valores <strong>de</strong> estoques e custo das vendas.<br />

Os valores totais dos capitais em estoques e dos custos das vendas, dos respectivos períodos,<br />

serão utilizados para realização dos cálculos <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong>.<br />

Al<strong>mo</strong>xarifados Capital em Capital em Δ% <strong>de</strong> Custo das vendas Custo das Δ% <strong>de</strong><br />

estoques estoques 03/ a<strong>um</strong>ento 03/ 2007<br />

vendas 03/ 2008 a<strong>um</strong>ento<br />

03/2007 2008<br />

2007/2008<br />

2007/2008<br />

Controle fi<strong>na</strong>l R$ 53.426,23 R$ 76.323,18 42,86 R$ 438.183,70 R$ 625.976,71 42,86<br />

Fornos R$ 70.341,19 R$ 117.235,31 66,67 R$ 337.544,78 R$ 562.574,64 66,67<br />

Limpeza R$ 34.938,26 R$ 43.672,83 25 R$ 167.059,14 R$ 208.823,92 25<br />

Retíficas R$ 52.844,92 R$ 70.459,89 33,33 R$ 75.342,30 R$ 100.456,40 33,33<br />

Faces e lapidação R$ 32.042,94 R$ 40.053.68 25 R$ 240.392,35 R$ 300.490,44 25<br />

Valor total R$<br />

R$ 347.744,89 42,76 R$ 1.258.522,27 R$ 1.798.322,11 42,89<br />

243.593,14<br />

Al<strong>mo</strong>xarifados Capital em Capital em Δ% <strong>de</strong> Custo das vendas Custo das Δ% <strong>de</strong><br />

estoques estoques 04/ a<strong>um</strong>ento 04/ 2007<br />

vendas 04/ 2008 a<strong>um</strong>ento<br />

04/2007 2008<br />

2007/2008<br />

2007/2008<br />

Controle fi<strong>na</strong>l R$ 38.014,03 R$ 54.305,76 42,86 R$ 428.252,57 R$ 611.789,39 42,86<br />

Fornos R$ 76.743,74 R$ 127.906,24 66,67 R$ 424.444,21 R$ 707.407,02 66,67<br />

Limpeza R$ 43.318,24 R$ 54.147,80 25 R$ 153.872,77 R$ 192.340,96 25<br />

Retíficas R$ 52.739,11 R$ 70.318,81 33,33 R$ 62.692,38 R$ 83.589,84 33,33<br />

Faces e lapidação R$ 20.439,94 R$ 25.549,93 25 R$ 232.426,59 R$ 290.533,24 25<br />

Valor total R$<br />

R$ 332.228,54 43,66 R$ 1.301.688,52 R$ 1.885.660,45 44,86<br />

231.255,00<br />

Al<strong>mo</strong>xarifados Capital em Capital em Δ% <strong>de</strong> Custo das vendas Custo das Δ% <strong>de</strong><br />

estoques estoques 05/ a<strong>um</strong>ento 05/ 2007<br />

vendas 05/ 2008 a<strong>um</strong>ento<br />

05/2007 2008<br />

2007/2008<br />

2007/2008<br />

Controle fi<strong>na</strong>l R$ 80.700,22 R$ 115.284,03 42,85 R$ 569.440,62 R$ 623.653,87 9,52<br />

Fornos R$ 66.785,20 R$ 133.570,39 100 R$ 684.998,06 R$ 731.998,06 6,86<br />

Limpeza R$ 29.600,15 R$ 42.285,93 42,86 R$ 129.618,86 R$ 180.618,86 39,35<br />

Retíficas R$ 41.055,90 R$ 63.162,93 53,85 R$ 57.768,42 R$ 95.768,42 65,78<br />

Faces e lapidação R$ 27.499,26 R$ 36.665,68 33,33 R$ 204.494,34 R$ 253.494,34 23,96<br />

Valor total R$<br />

R$ 390.970,96 59,16 R$ 1.646.320,30 R$ 1.885.533,55 14,53<br />

245.640,73<br />

Al<strong>mo</strong>xarifados Capital em Capital em Δ% <strong>de</strong> Custo das vendas Custo das Δ% <strong>de</strong><br />

13


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

estoques estoques 06/ a<strong>um</strong>ento 06/ 2007 vendas 06/ 2008 a<strong>um</strong>ento<br />

06/2007 2008<br />

2007/2008<br />

2007/2008<br />

Controle fi<strong>na</strong>l R$ 46.490,19 R$ 66.414,55 42,86 R$ 520.538,25 R$ 610.538,25 17,29<br />

Fornos R$ 74.205,02 R$ 123.675,03 66,67 R$ 463.505,78 R$ 543.504,78 17,26<br />

Limpeza R$ 32.775,56 R$ 40.969,45 25 R$ 167.048,26 R$ 188.048,26 12,57<br />

Retíficas R$ 51.310,24 R$ 68.413,65 33,33 R$ 63.380,28 R$ 93.880,28 48,12<br />

Faces e lapidação R$ 36.982,98 R$ 46.228,72 25 R$ 184.877,96 R$ 253.777,96 37,27<br />

Valor total R$<br />

R$ 345.701,40 42,99 R$ 1.399.349,53 R$ 1.686.749,53 20,54<br />

241.763,99<br />

Al<strong>mo</strong>xarifados Capital em Capital em Δ% <strong>de</strong> Custo das vendas Custo das Δ% <strong>de</strong><br />

estoques estoques 07/ a<strong>um</strong>ento 07/ 2007<br />

vendas 07/ 2008 a<strong>um</strong>ento<br />

07/2007 2008<br />

2007/2008<br />

2007/2008<br />

Controle fi<strong>na</strong>l R$ 70.327,82 R$ 108.196,64 53,85 R$ 584.611,99 R$ 614.611,99 5,13<br />

Fornos R$<br />

R$ 167.724,17 66,67 R$ 435.839,94 R$ 462.839,94 6,19<br />

100.634,50<br />

Limpeza R$ 31.176,58 R$ 44.537,97 42,86 R$ 166.642,06 R$ 178.967,18 7,40<br />

Retíficas R$ 42.371,92 R$ 65.187,57 53,85 R$ 71.140,12 R$ 79.640,12 11,95<br />

Faces e lapidação R$ 27.941,19 R$ 37.254,92 35,52 R$ 188.808,02 R$ 197.133,14 4,41<br />

Valor total R$<br />

R$ 422.901,27 55,22 R$ 1.447.042,13 R$ 1.533.192,37 5,95<br />

272.452,01<br />

Al<strong>mo</strong>xarifados Capital em Capital em Δ% <strong>de</strong> Custo das vendas Custo das Δ% <strong>de</strong><br />

estoques estoques 08/ a<strong>um</strong>ento 08/ 2007<br />

vendas 08/ 2008 a<strong>um</strong>ento<br />

08/2007 2008<br />

2007/2008<br />

2007/2008<br />

Controle fi<strong>na</strong>l R$ 71.121,23 R$ 81.281,40 14,29 R$ 630.119,88 R$ 614.868,14 - 2,42<br />

Fornos R$ 87.020,95 R$ 120.862,43 38,89 R$ 405.989.02 R$ 394.876,70 - 2,74<br />

Limpeza R$ 33.153,19 R$ 40.185,68 21,21 R$ 195.846,67 R$ 193.724,68 - 1,08<br />

Retíficas R$ 50.098,34 R$ 62.233,96 24,22 R$ 77.395,65 R$ 78.861,86 1,89<br />

Faces e lapidação R$ 36.150,81 R$ 39.081,96 8,11 R$ 227.151,00 R$ 199.602,76 - 12,13<br />

Valor total R$<br />

277.544,52<br />

R$ 343.645,43 23,82 R$ 1.536.502,22 R$ 1.481.934,67 - 3,55<br />

Tabela 1 - Comparativo <strong>de</strong> capital em estoques e custo das vendas <strong>de</strong> março a agosto <strong>de</strong> 2007 que compara<br />

o período <strong>de</strong> março a agosto <strong>de</strong> 2008<br />

A Tabela 2 continua a análise, consi<strong>de</strong>rando o período <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 à<br />

fevereiro <strong>de</strong> 2008 comparando com os dados <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008 a fevereiro <strong>de</strong> 2009.<br />

Al<strong>mo</strong>xarifados Capital em Capital em Δ% <strong>de</strong> Custo das vendas Custo das Δ% <strong>de</strong><br />

estoques estoques 09/ a<strong>um</strong>ento 09/ 2007<br />

vendas 09/ 2008 a<strong>um</strong>ento<br />

09/2007 2008<br />

2007/2008<br />

2007/2008<br />

Controle fi<strong>na</strong>l R$ 95.346,41 R$ 108.587,95 13,89 R$ 882.434,04 R$ 647.777.83 - 26,59<br />

Fornos R$<br />

R$ 133.638,31 4,61 R$ 487.350,51 R$ 431.714,30 - 11,42<br />

127.749,10<br />

Limpeza R$ 41.344,47 R$ 46.223,68 11,80 R$ 278.423,38 R$ 181.919,66 - 34,66<br />

Retíficas R$ 65.087,27 R$ 63.298,15 - 2,75 R$ 188.784,05 R$ 77.280,82 - 59,06<br />

Faces e lapidação R$ 31.481,44 R$ 32.715,96 3,92 R$ 220.289.96 R$ 184.037,84 - 16,49<br />

Valor total R$<br />

R$ 384.455,05 6,49 R$ 2.057.281,94 R$ 1.522.730,45 - 25,98<br />

361.008.69<br />

Al<strong>mo</strong>xarifados Capital em Capital em Δ% <strong>de</strong> Custo das vendas Custo das Δ% <strong>de</strong><br />

estoques estoques 10/ a<strong>um</strong>ento 10/ 2007<br />

vendas 10/ 2008 a<strong>um</strong>ento<br />

10/2007 2008<br />

2007/2008<br />

2007/2008<br />

Controle fi<strong>na</strong>l R$ 82.351,20 R$ 87.503,79 6,26 R$ 788.044,38 R$ 665.000,59 - 15,61<br />

Fornos R$<br />

R$ 124.332,03 - 2,40 R$ 505.197,87 R$ 435.632,66 - 13,77<br />

127.384,12<br />

Limpeza R$ 34.884,12 R$ 40.259,04 15,41 R$ 269.319,95 R$ 200.674,74 - 25,49<br />

Retíficas R$ 59.736,48 R$ 68.366,52 14,45 R$ 126.773,18 R$ 90.228,04 - 28,83<br />

Faces e lapidação R$ 39.784,29 R$ 38.547,18 - 3,11 R$ 278.287,88 R$ 199.833,10 - 28,19<br />

Valor total R$<br />

R$ 359.008,56 4,32 R$ 1.994.583,26 R$ 1.591.369,13 - 20,22<br />

344.140,21<br />

Al<strong>mo</strong>xarifados Capital em Capital em Δ% <strong>de</strong> Custo das vendas Custo das Δ% <strong>de</strong><br />

estoques estoques 11/ a<strong>um</strong>ento 11/ 2007<br />

vendas 11/ 2008 a<strong>um</strong>ento<br />

11/2007 2008<br />

2007/2008<br />

2007/2008<br />

Controle fi<strong>na</strong>l R$ 97.586,42 R$ 100.373,70 2,86 R$ 794.358,12 R$ 660.226,12 - 16,89<br />

Fornos R$<br />

R$ 140.033,83 - 1,65 R$ 574.728,20 R$ 397.202,10 - 30,89<br />

142.384,21<br />

Limpeza R$ 42.384,32 R$ 43.146,85 1,80 R$ 305.640,21 R$ 185.525,96 - 39,30<br />

Retíficas R$ 68.874,20 R$ 64.977,55 - 5,66 R$ 174.084,99 R$ 69.099,78 - 60,31<br />

Faces e lapidação R$ 35.481,20 R$ 36.051,34 1,61 R$ 302.731,12 R$ 174.867,44 - 42,24<br />

Valor total R$<br />

R$ 384.583,27 - 0,55 R$ 2.151.542,64 R$ 1.486.921,73 - 30,89<br />

386.710,35<br />

Al<strong>mo</strong>xarifados Capital em Capital em Δ% <strong>de</strong> Custo das vendas Custo das Δ% <strong>de</strong><br />

estoques estoques 12/ a<strong>um</strong>ento 12/ 2007<br />

vendas 12/ 2008 a<strong>um</strong>ento<br />

12/2007 2008<br />

2007/2008<br />

2007/2008<br />

Controle fi<strong>na</strong>l R$<br />

154.329,97<br />

R$ 167.060,43 8,25 R$ 752.540,01 R$ 658.327,69 - 12,52<br />

14


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

Fornos R$<br />

R$ 156.959,31 4,67 R$ 579.683,89 R$ 395.128,66 - 31,84<br />

149.958,20<br />

Limpeza R$ 39.832,50 R$ 38.294,52 - 3,86 R$ 247.899,23 R$ 169.686,78 - 31,55<br />

Retíficas R$ 64.558,24 R$ 63.417,09 - 1,77 R$ 221.135,46 R$ 66.290,34 - 70,02<br />

Faces e lapidação R$ 30.284,72 R$ 29.884,00 - 1,32 R$ 275.843,98 R$ 163.094,62 - 40,87<br />

Valor total R$<br />

R$ 455.615,35 3,79 R$ 2.077.102,57 R$ 1.422.528,09 - 31,51<br />

438.963,63<br />

Al<strong>mo</strong>xarifados Capital em Capital em Δ% <strong>de</strong> Custo das vendas Custo das Δ% <strong>de</strong><br />

estoques estoques 01/ a<strong>um</strong>ento 01/ 2008<br />

vendas 01/ 2009 a<strong>um</strong>ento<br />

01/2008 2009<br />

2008/2009<br />

2008/2009<br />

Controle fi<strong>na</strong>l R$<br />

R$ 173.581,50 35,22 R$ 778.015,47 R$ 699.026,26 - 10,15<br />

128.370,44<br />

Fornos R$ 94.238,61 R$ 160.168,69 69,96 R$ 456.223,72 R$ 374.991,60 - 17,81<br />

Limpeza R$ 32.748,94 R$ 37.826,54 13,86 R$ 241.405,28 R$ 156.838,16 - 35,03<br />

Retíficas R$ 57.884,21 R$ 59.638,18 3,03 R$ 146.983,01 R$ 68.526,80 - 53,38<br />

Faces e lapidação R$ 35.774,98 R$ 36.111,75 0,94 R$ 225.815,57 R$ 136.026,12 - 39,76<br />

Valor total R$<br />

R$ 467.326,66 33,90 R$ 1.848.443,05 R$ 1.435.408,94 - 22,34<br />

349.017,18<br />

Al<strong>mo</strong>xarifados Capital em Capital em Δ% <strong>de</strong> Custo das vendas Custo das Δ% <strong>de</strong><br />

estoques estoques 02/ a<strong>um</strong>ento 02/ 2008<br />

vendas 02/ 2009 a<strong>um</strong>ento<br />

02/2008 2009<br />

2008/2009<br />

2008/2009<br />

Controle fi<strong>na</strong>l R$<br />

R$ 157.942,98 - 2,80 R$ 874.784,21 R$ 632.005,64 - 27,75<br />

162.487,20<br />

Fornos R$<br />

R$ 147.762,25 6,40 R$ 374.748,41 R$ 308.950,04 - 1756<br />

138.871,66<br />

Limpeza R$ 27.784,28 R$ 34.735,58 25,02 R$ 198.348,00 R$ 132.249,22 - 33,32<br />

Retíficas R$ 44.328,96 R$ 58.099,01 31,06 R$ 154.967,01 R$ 60.521,94 - 60,95<br />

Faces e lapidação R$ 28.484,59 R$ 29.453,09 3,40 R$ 196.424,21 R$ 116.263,20 - 40,81<br />

Valor total R$<br />

401.957,09<br />

R$ 427.992,91 6,48 R$ 1.799.271,84 R$ 1.249.990,04 - 30,53<br />

Tabela 2 - Comparativo <strong>de</strong> capital em estoques e custo das vendas <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 à fevereiro <strong>de</strong> 2008<br />

comparando com os dados <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008 a fevereiro <strong>de</strong> 2009<br />

A Tabela 3 <strong>mo</strong>stra a (ii) rotativida<strong>de</strong> dos estoques em relação aos períodos <strong>de</strong> 2007 e<br />

2008. Para a realização dos cálculos <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong>, utilizou-se a fórmula R = CV / E, on<strong>de</strong><br />

CV representa o valor do custo das vendas, E representa o valor <strong>de</strong> estoque.<br />

Os meses a<strong>na</strong>lisados <strong>de</strong><strong>mo</strong>nstraram alterações no que se diz respeito à rotativida<strong>de</strong> dos<br />

estoques <strong>de</strong>ntro do período <strong>de</strong> <strong>um</strong> ano, co<strong>mo</strong> po<strong>de</strong><strong>mo</strong>s a<strong>na</strong>lisar <strong>de</strong> <strong>um</strong>a forma res<strong>um</strong>ida <strong>um</strong><br />

comparativo entre os anos 2007 e 2008.<br />

Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong> Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong><br />

estoques 03/2007 das vendas 03/2007<br />

estoques 03/2008 das vendas 03/2008<br />

R$ 243.593,14 R$ 1.258.522,27 5,2 R$ 347.744,89 R$ 1.798.322,11 5,2<br />

Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong> Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong><br />

estoques 04/2007 das vendas 04/2007<br />

estoques 04/2008 das vendas 04/2008<br />

R$ 231.255,00 R$ 1.301.688,52 5,6 R$ 332.228,54 R$ 1.885.660,45 5,7<br />

Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong> Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong><br />

estoques 05/2007 das vendas 05/2007<br />

estoques 05/2008 das vendas 05/2008<br />

R$ 245.640,73 R$ 1646.320,30 6,7 R$ 390.970,96 R$ 1.885.533,55 4,8<br />

Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong> Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong><br />

estoques 06/2007 das vendas 06/2007<br />

estoques 06/2008 das vendas 06/2008<br />

R$ 241.763,99 R$ 1.399.349,53 5,8 R$ 345.701,40 R$ 1.686.749,53 4,9<br />

Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong> Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong><br />

estoques 07/2007 das vendas 07/2007<br />

estoques 07/2008 das vendas 07/2008<br />

R$ 272.452,01 R$ 1.447.042,13 5,3 R$ 422.901,27 R$ 1.533.192,37 3,6<br />

Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong> Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong><br />

estoques 08/2007 das vendas 08/2007<br />

estoques 08/2008 das vendas 08/2008<br />

R$ 277.544,52 R$ 1.536.502,22 5,5 R$ 343.645,43 R$ 1.481.934,67 4,3<br />

Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong> Valor total dos Valor total dos custos das Rotativida<strong>de</strong><br />

estoques 09/2007 das vendas 09/2007<br />

estoques 09/2008 vendas 09/2008<br />

R$ 361.008,69 R$ 2.057.281,94 5,7 R$ 384.455,05 R$ 1.522.730,45 4,0<br />

Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong> Valor total dos Valor total dos custos das Rotativida<strong>de</strong><br />

estoques 10/2007 das vendas 10/2007<br />

estoques 10/2008 vendas 10/2008<br />

R$ 344.140,21 R$ 1.994.583,26 5,8 R$ 359.008,56 R$ 1.591.369,13 4,4<br />

Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong> Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong><br />

15


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

estoques 11/2007 das vendas 11/2007 estoques 11/2008 das vendas 11/2008<br />

R$ 386.710,35 R$ 2.151.542,64 5,6 R$ 384.583,27 R$ 1.486.921,73 3,9<br />

Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong> Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong><br />

estoques 12/2007 das vendas 12/2007<br />

estoques 12/2008 das vendas12/2008<br />

R$ 438.963,63 R$ 2.077.102,57 4,7 R$ 455.615,35 R$ 1.422.528,09 3,12<br />

Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong> Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong><br />

estoques 01/2008 das vendas 01/2009<br />

estoques 01/2008 das vendas 01/2009<br />

R$ 349.017,18 R$ 1848.443,05 5,3 R$ 467.326,66 R$ 1.435.408,94 3,07<br />

Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong> Valor total dos Valor total dos custos Rotativida<strong>de</strong><br />

estoques 02/2008 das vendas 02/2009<br />

estoques 02/2008 das vendas 02/2009<br />

R$ 401.957,09 R$ 1.799.271,84 4,5 R$ 427.992,91 R$ 1.249.990,04 2,92<br />

Tabela 3 - Comparativo <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong> dos estoques <strong>de</strong> 2007 e 2008<br />

O Gráfico3 a seguir <strong>de</strong><strong>mo</strong>nstra a real situação da empresa em relação a todo período<br />

em <strong>estudo</strong>, com as rotativida<strong>de</strong>s e valores <strong>de</strong> estoques <strong>de</strong> seus respectivos meses.<br />

Durante o <strong>de</strong>correr do período, seus vol<strong>um</strong>es <strong>de</strong> estoques oscilam mês a mês,<br />

apontando os valores totais <strong>de</strong> seus estoques, e também cabe ressaltar que a empresa busca o<br />

objetivo <strong>de</strong> manter seu valor em estoque <strong>de</strong> R$ 300.00,00 com <strong>um</strong> índice 6 <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong>. A<br />

partir do mês <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2008, a rotativida<strong>de</strong> começa a baixar, pois foi quando a empresa<br />

optou por terceirizar suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>mo</strong>vimentação, armaze<strong>na</strong>gem e transporte <strong>de</strong> carga<br />

seca.<br />

500.000,00<br />

450.000,00<br />

400.000,00<br />

350.000,00<br />

347.744,89<br />

332.228,54<br />

390.970,96<br />

Inserts Turnover<br />

345.701,40<br />

422.901,27<br />

343.645,43<br />

384.455,05<br />

359.008,56<br />

384.583,27<br />

455.615,35<br />

467.326,66<br />

427.992,91<br />

10,0<br />

8,0<br />

Stock Value<br />

Turnover<br />

Stock Value<br />

300.000,00<br />

250.000,00<br />

200.000,00<br />

150.000,00<br />

100.000,00<br />

5,2<br />

5,7<br />

4,8<br />

4,9<br />

3,6<br />

4,3<br />

4,0<br />

4,4<br />

3,9<br />

3,12<br />

3,07<br />

2,92<br />

6,0 Objective<br />

4,0<br />

2,0<br />

50.000,00<br />

-<br />

mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 <strong>de</strong>z/08 jan/09 fev/09<br />

Months<br />

-<br />

Gráfico3 - Rotativida<strong>de</strong> e valores <strong>de</strong> estoques do período <strong>de</strong> 2008<br />

16


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

A Tabela 4 <strong>mo</strong>stra o comparativo do custo <strong>de</strong> estoque mensal entre 2007 e 2008 este<br />

indicador é <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>do (iii) Comparativo dos valores <strong>de</strong> estoques entre 2007 e 2008.<br />

Meses do período<br />

Custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem<br />

2007<br />

Valores <strong>de</strong> todo o estoque<br />

Custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem<br />

2008<br />

Valores <strong>de</strong> todo o estoque<br />

Março R$ 243.593,14 R$ 347.744,89<br />

Abril R$ 231.255,00 R$ 332.228,54<br />

Maio R$ 245.640,73 R4 390.970,96<br />

Junho R$ 241.763,99 R$ 345.701,40<br />

Julho R$ 272.452,01 R$ 422.901,27<br />

Agosto R$ 277.544,52 R$ 343.645,43<br />

Setembro R$ 361.008,69 R$ 384.455,05<br />

Outubro R$ 344.140,24 R$ 359.008,56<br />

Novembro R$ 386.710,35 R$ 384.583,27<br />

Dezembro R$ 438.963,63 R$ 455.615,359<br />

Janeiro 2008 R$ 349.017,18 R$ 467.326,66 (01/ 2009)<br />

Fevereiro 2008 R$ 401.957,09 R$ 427.992,91 (01/ 2009)<br />

Valor total R$ 3.794.046,54 R$ 4.662.174,29<br />

Tabela 4 - Comparativo do custo <strong>de</strong> estoque entre 2007 e 2008<br />

O indicador (iv) compara as <strong>de</strong>spesas fi<strong>na</strong>nceiras da área <strong>de</strong> materiais entre 2007<br />

e 2008 (Tabela 5). Percebe-se que ocasionou prejuízo <strong>de</strong> R$ 82.345, 25.<br />

Meses do período Despesas fi<strong>na</strong>nceiras da área <strong>de</strong> Despesas fi<strong>na</strong>nceiras da área <strong>de</strong><br />

materiais <strong>de</strong> 2007<br />

materiais <strong>de</strong> 2008<br />

Março R$ 34.938,26 R$ 43.672,83<br />

Abril R$ 43.318,24 R$ 54.147,80<br />

Maio R$ 29.600,15 R$ 42.285,93<br />

Junho R$ 32.775,56 R$ 40.969,45<br />

Julho R$ 31.176,58 R$ 44.537,97<br />

Agosto R$ 33.153,19 R$ 40.185,68<br />

Setembro R$ 41.344,47 R$ 46.223,68<br />

Outubro R$ 34.884,12 R$ 40.259,04<br />

Novembro R4 42.384,32 R$ 43.146,85<br />

Dezembro R4 39.823,50 R$ 38.294,52<br />

Janeiro 2008 R$ 32.784,94 R$ 37.826,54<br />

Fevereiro 2008 R$ 27.784,28 R$ 34.735,58<br />

Valor total R$ 423.940,61 R$ 506.285,87<br />

Tabela 5 - Comparativo das <strong>de</strong>spesas fi<strong>na</strong>nceiras da área <strong>de</strong> materiais entre 2007 em 2008<br />

O Gráfico 4 <strong>de</strong><strong>mo</strong>nstra os valores das <strong>de</strong>spesas fi<strong>na</strong>nceiras da área <strong>de</strong> materiais do<br />

período <strong>de</strong> 2008.<br />

17


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

Stock Value<br />

60.000,00<br />

50.000,00<br />

40.000,00<br />

30.000,00<br />

20.000,00<br />

43.672,83<br />

4,8<br />

54.147,80<br />

42.285,93<br />

40.969,45<br />

44.537,97<br />

4,6<br />

4,3 4,0<br />

3,6<br />

Turnover ER-Limpeza<br />

40.185,68<br />

46.223,68<br />

40.259,04<br />

43.146,85<br />

38.294,52<br />

37.826,54<br />

34.735,58<br />

4,8<br />

5,0<br />

4,15 3,81<br />

4,43<br />

3,9<br />

4,3<br />

10,0<br />

8,0<br />

6,0<br />

4,0<br />

Stock Value<br />

Turnover<br />

Objective<br />

Turnover<br />

10.000,00<br />

2,0<br />

-<br />

mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 <strong>de</strong>z/08 jan/09 fev/09<br />

Months<br />

-<br />

Gráfico 2 - Valores das <strong>de</strong>spesas fi<strong>na</strong>nceiras do período <strong>de</strong> 2008<br />

Por fim calcula-se o (v) custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem, fundamentado em Pozo (2008). Que<br />

reforça que o custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem <strong>de</strong>sempenha <strong>um</strong>a função muito importante no<br />

gerenciamento da organização, por isso é necessário acompanhar possíveis falhas <strong>na</strong>s<br />

projeções <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda para a fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> estoque para que seu valor não<br />

fique tão elevado. Para que se possam administrar melhor os estoques, é preciso calcular quais<br />

os custos que os afetam. Ainda complementa indicando que os fatores que compõem os custos<br />

<strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem são os custos <strong>de</strong> edificações, custos <strong>de</strong> equipamentos e manutenção, custos<br />

<strong>de</strong> materiais e custos <strong>de</strong> pessoal envolvido. Consiste em <strong>um</strong>a ferramenta importante para<br />

avaliar a gestão integrada da organização e o quanto está per<strong>de</strong>ndo com seu capital parado em<br />

estoques e custos excessivos com pessoal, equipamentos e edificações. Deve-se, também,<br />

levar em consi<strong>de</strong>ração a taxa <strong>de</strong> juros no período <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> estocagem. Em s<strong>um</strong>a, o custo<br />

<strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem traduz-se no custo fi<strong>na</strong>nceiro envolvido no sistema.<br />

Em <strong>um</strong> primeiro será calculado o custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem <strong>de</strong> 2007, levando em<br />

consi<strong>de</strong>ração os custos envolvidos foi calculado com a utilização da seguinte fórmula:<br />

Ca = { [ ( Q: 2 ) x P] + Df } T x i<br />

On<strong>de</strong> te<strong>mo</strong>s que [( Q: 2 ) x P] equivale ao valor <strong>de</strong> todo estoque da empresa no<br />

período que é igual a R$ 3.794.046,54.<br />

A <strong>de</strong>spesa fi<strong>na</strong>nceira do período correspon<strong>de</strong> a, R$ 423.940,61.<br />

O valor <strong>de</strong> T que correspon<strong>de</strong> ao período será 1, pois se refere ao período <strong>de</strong> 2007.<br />

O custo do dinheiro ao ano é representado pela letra i, on<strong>de</strong> te<strong>mo</strong>s 22% ao ano.<br />

18


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

Dessa forma te<strong>mo</strong>s os seguintes cálculos:<br />

CA = {R$ 3.794.046,54 + R$ 423.940,61} 1 x 0,22<br />

CA = R$ 927.957,17<br />

O cálculo do custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem <strong>de</strong> 2008, levando em consi<strong>de</strong>ração os custos<br />

envolvidos foi calculado com a utilização da seguinte fórmula:<br />

Ca = { [ ( Q: 2 ) x P] + Df } T x i<br />

On<strong>de</strong> te<strong>mo</strong>s que [(Q: 2 ) x P] equivale ao valor <strong>de</strong> todo estoque da empresa no<br />

período que é igual a R$ 4.662.174,29<br />

A <strong>de</strong>spesa fi<strong>na</strong>nceira do período correspon<strong>de</strong> a, R$ 506.285,87.<br />

O valor <strong>de</strong> T que correspon<strong>de</strong> ao período será 1, pois se refere ao período <strong>de</strong> 2007.<br />

O custo do dinheiro ao ano é representado pela letra i, on<strong>de</strong> te<strong>mo</strong>s 22% ao ano.<br />

Dessa forma te<strong>mo</strong>s os seguintes cálculos:<br />

CA = {R$ 4.662.174,29 + R$ 506.285,87} 1 x 0,22<br />

CA = R$ 1.137.061,24<br />

Comparativo entre os custos <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem entre os períodos <strong>de</strong> 2007 e 2008<br />

(Tabela 6).<br />

Custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem 2007 Custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem 2008<br />

R$ 927.957,17<br />

R$ 1.137.061,24<br />

Tabela 6 - Comparativo entre os custos <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem entre 2007 em 2008<br />

A variação entre os custos <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gens dos períodos foi <strong>de</strong> 22,53%, ou seja,<br />

houve <strong>um</strong> a<strong>um</strong>ento do custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem <strong>de</strong> 2007 para 2008 <strong>de</strong> R$ 209.404,07.<br />

Portanto com base <strong>na</strong> análise dos indicadores foi possível constatar que por meio da<br />

comparação do capital em estoque e o custo <strong>de</strong> vendas ocorreu redução em média <strong>de</strong> 35% <strong>na</strong><br />

rotativida<strong>de</strong> dos estoques, também percebeu-se que nos últi<strong>mo</strong>s meses quando o processo<br />

estava terceirizado estava <strong>de</strong>cli<strong>na</strong>ndo ainda mais para 50%. A organização nesse período<br />

per<strong>de</strong>u aproximadamente 20% da carteira <strong>de</strong> clientes que passou a comprar das empresas<br />

concorrentes que tinham melhor disponibilida<strong>de</strong> do produto no tempo certo. Os custos <strong>de</strong><br />

estoques a<strong>um</strong>entaram, resultando em prejuízo <strong>de</strong> R$ 868.167,70, além disso, as <strong>de</strong>spesas<br />

fi<strong>na</strong>nceiras da área <strong>de</strong> materiais a<strong>um</strong>entaram o <strong>mo</strong>ntante <strong>de</strong> R$ 82.345,25 e por fim constatouse<br />

variação <strong>de</strong> 22% no custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem ocasio<strong>na</strong>ndo prejuízo <strong>de</strong> R$ 209.404,25. O<br />

prejuízo geral <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>sse ano terceirizado é <strong>de</strong> R$ 1.159.917,20, sem consi<strong>de</strong>rar os<br />

danos imensuráveis da marca da empresa no mercado.<br />

5. Conclusões<br />

19


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

O <strong>caso</strong> em <strong>estudo</strong> <strong>mo</strong>stra a tentativa frustrada <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong><br />

produtos oriundos <strong>de</strong> carga seca, ao pro<strong>mo</strong>ver em março <strong>de</strong> 2008 articulações para<br />

transferência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s (<strong>mo</strong>vimentação, armaze<strong>na</strong>gem e transporte) cobertas pela gestão<br />

<strong>de</strong> materiais exercidos integralmente pela empresa, para <strong>um</strong> operador logístico. Sendo esse o<br />

foco do artigo, procurar-se-á conceituar a terminologia sobre o assunto para buscar possíveis<br />

causas do fracasso <strong>de</strong>ssa iniciativa.<br />

Em específico a esse <strong>estudo</strong> a organização antes <strong>de</strong> terceirizar já mensurava o<br />

<strong>de</strong>sempenho por meio <strong>de</strong> indicadores implementados nos al<strong>mo</strong>xarifados. Os al<strong>mo</strong>xarifados<br />

estão integrados nos seguintes processos: controle fi<strong>na</strong>l, fornos, limpeza, retífica e face <strong>de</strong><br />

lapidação. Os indicadores são: (i) Comparativos <strong>de</strong> capital em estoques e custo das vendas;<br />

(ii) Rotativida<strong>de</strong> dos estoques; (iii) Comparativo dos valores <strong>de</strong> estoques entre 2007 e 2008;<br />

(iv) Comparativo das <strong>de</strong>spesas fi<strong>na</strong>nceiras da área <strong>de</strong> materiais entre 2007 e 2008; (v) Custo<br />

<strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem.<br />

Uma falha pri<strong>mo</strong>rdial <strong>na</strong> elaboração do contrato entre a empresa contratante e o OPL<br />

causador <strong>de</strong> frustração foi ter negligenciado esses indicadores <strong>na</strong> formalização. Se a empresa<br />

contratante tivesse elencado multas mediante as medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho o OPL teria sido<br />

mais cauteloso. Outro aspecto importante, é que os clientes começaram a reclamar no que<br />

tange a atraso <strong>na</strong> entrega. Essa reclamação passou a afetar o nível <strong>de</strong> serviço, sendo assim o<br />

gestor <strong>de</strong> Supply Chain Ma<strong>na</strong>gement <strong>de</strong>cidiu a<strong>na</strong>lisar o prazo <strong>de</strong> entrega dos clientes<br />

ocorridos em 2007 e outro que estava ocorrendo no período <strong>de</strong> 2008. Essa análise foi feita<br />

com base nos romaneios assi<strong>na</strong>dos <strong>na</strong> entrega pelo cliente. Um exemplo: <strong>um</strong>a análise a <strong>um</strong><br />

cliente em 2007 constatou-se que se efetuavam entregas em no máxi<strong>mo</strong> cinco dias. O mes<strong>mo</strong><br />

cliente em 2008 recebia os produtos no prazo <strong>de</strong> vinte dias, sendo que o OPL retirava <strong>na</strong><br />

empresa contratante os produtos no mes<strong>mo</strong> tempo <strong>de</strong> 2007.<br />

Os dados <strong>mo</strong>stravam que em média, quando se consi<strong>de</strong>rava todos os clientes o prazo<br />

<strong>de</strong> entrega <strong>de</strong> 2008 estava em torno <strong>de</strong> 22 dias e que em 2007 em média era 5 dias.<br />

O impacto do atraso <strong>na</strong> entrega é que o cliente passou a comprar menos da empresa<br />

contratante, principalmente porque no mercado há muita concorrência, <strong>na</strong> medida em que<br />

<strong>um</strong>a organização por meio da logística não consegue dispor o produto no tempo certo para a<br />

venda os clientes procuram outra empresa fornecedora.<br />

Em média os clientes faziam programações sema<strong>na</strong>is, entregas <strong>de</strong> cinco em cinco dias,<br />

isto é em média quatro entregas no mês, mas em 2008 o OPL só conseguia fazer a entrega<br />

<strong>um</strong>a vez por mês. Isso causou redução no giro <strong>de</strong> estoque, isto é, a organização passou a<br />

20


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

ven<strong>de</strong>r menos, “quanto maior o giro dos estoques significa que melhor está o processo <strong>de</strong><br />

vendas <strong>de</strong> produtos no mercado” (POZO, 2008).<br />

Portanto com base <strong>na</strong> análise dos indicadores foi possível constatar que por meio da<br />

comparação do capital em estoque e o custo <strong>de</strong> vendas ocorreu redução em média <strong>de</strong> 35% <strong>na</strong><br />

rotativida<strong>de</strong> dos estoques, também percebeu-se que nos últi<strong>mo</strong>s meses quando o processo<br />

estava terceirizado estava <strong>de</strong>cli<strong>na</strong>ndo ainda mais para 50%. A organização nesse período<br />

per<strong>de</strong>u aproximadamente 20% da carteira <strong>de</strong> clientes que passou a comprar das empresas<br />

concorrentes que tinham melhor disponibilida<strong>de</strong> do produto no tempo certo. Os custos <strong>de</strong><br />

estoques a<strong>um</strong>entaram, resultando em prejuízo <strong>de</strong> R$ 868.167,70, além disso, as <strong>de</strong>spesas<br />

fi<strong>na</strong>nceiras da área <strong>de</strong> materiais a<strong>um</strong>entaram o <strong>mo</strong>ntante <strong>de</strong> R$ 82.345,25 e por fim constatouse<br />

variação <strong>de</strong> 22% no custo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem ocasio<strong>na</strong>ndo prejuízo <strong>de</strong> R$ 209.404,25. O<br />

prejuízo geral <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>sse ano terceirizado é <strong>de</strong> R$ 1.159.917,20, sem consi<strong>de</strong>rar os<br />

danos imensuráveis da marca da empresa no mercado.<br />

Espera-se que esse <strong>estudo</strong> contribua com os gestores <strong>de</strong> logística a fim <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar a<br />

terceirização <strong>de</strong> operações logísticas co<strong>mo</strong> <strong>de</strong>cisão estratégica em vez <strong>de</strong> operacio<strong>na</strong>l.<br />

6 Referências bibliográficas<br />

ABRAHÃO, Fábio; SOARES; Newton. Estratégia <strong>de</strong> terceirização <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> transporte – Parte 1 e 2,<br />

revista tecnologística 2006.<br />

BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração <strong>de</strong> materiais e distribuição física.<br />

1.Ed.14ª tiragem. São Paulo: Atlas, 1993.<br />

BARROS, M.; Terceirização Logística no Brasil, 2009.<br />

www.ilos.com.br/site/in<strong>de</strong>x.php2option=com_content&task=view&id=738&itemid=74, acesso dia 11 <strong>de</strong><br />

janeiro <strong>de</strong> 2010.<br />

BERGLUNG, M; LAARHOVEN P.V; SHARMAN, G; & WANDEL, STEN. Third- Party Logistics: Is there<br />

future Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Jour<strong>na</strong>l of Logistic Ma<strong>na</strong>gement, 10,1, 1999, pg. 59.<br />

BOGDAN, Robert, BIKLEN, Sari. Qualitative Research for Education: an Introduction to Theory and<br />

Methods. Boston: Allyn and Bacon, 1992.<br />

BOLUMOLE, YEMISI A. The Supply Chain Role of Third – Party Logistics Provi<strong>de</strong>rs. Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l<br />

Jour<strong>na</strong>l of Logistic Ma<strong>na</strong>gement, V.12, n. 2, 2001, pg. 87.<br />

BOWERSOX, D.J.: CLOSS, D.J. Logística empresarial: o processo <strong>de</strong> integração da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimento.<br />

São Paulo: Atlas, 2001.<br />

BOWERSOX, D.J.: CLOSS, D.J, COOPER, M.B. Gestão logística <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimento. Porto Alegre:<br />

Brokman, 2006.<br />

CAIXETA-FILHO, J.V.;MARTINS, R.S. (Orgs.) Gestão logística do transporte <strong>de</strong> cargas, São Paulo; Atlas,<br />

2001.<br />

CENTRO DE ESTUDOS EM LOGÍSTICA – CEL – INSTITUTO COPPEAD DE ADMINISTRAÇÃO –<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Panorama <strong>de</strong> terceirização no Brasil, 2009.<br />

CHOPRA, Sunil, MEINDL, Peter.; Gerenciamento da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimentos. São Paulo: Pearson Prentice,<br />

2003.<br />

CHRISTOPHER, MARTIN; & TOWILL, DENIS. An integrated <strong>mo</strong><strong>de</strong>l for the <strong>de</strong>sign of agile supply chains.<br />

Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Jour<strong>na</strong>l of Physical Distribution & Logistics Ma<strong>na</strong>gement, vol. 31, n.4, 2001, pg. 235 – 246.<br />

DENZIN, N. K. & LINCOLN, Y. S. Handbook of Qualitative Research. Thousand Oaks: Sage, 2005.<br />

DORNIER, PHILIPPE –PIERRE: ERNEST, RICARDO: FENDER, MICHEL: KOUVELIS, PANOS. Logística<br />

e operações globais: texto e <strong>caso</strong>s. São Paulo: Atlas, 2000.<br />

21


VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO<br />

12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011<br />

EISENHARDT, K. M. Building Theories from Case Study Research. Aca<strong>de</strong>my of Ma<strong>na</strong>gement Review, v.<br />

14, n. 4, p. 522-550, 1989.<br />

FLEURY, P. F; WANKE, P; FIGUEIREDO, K. F. Logística e gerenciamento da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimentos:<br />

planejamento do fluxo <strong>de</strong> produtos e dos recursos. São Paulo: Atlas, 2006.<br />

FLEURY, Paulo Fer<strong>na</strong>ndo; WANKE, Peter; FIGUEIREDO, Kleber Fossati (Organizadores).<br />

Logísticaempresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 2000.<br />

FLEURY, P.F; RIBEIRO, A.F.M. A indústria <strong>de</strong> Operadores logísticos no Brasil: <strong>um</strong>a análise dos<br />

principais operadores. São Paulo: www.ilos.com.br, 2001a.<br />

FLEURY, P.F; RIBEIRO, A.F.M. A Indústria <strong>de</strong> Prestadores <strong>de</strong> Serviços Logísticos no Brasil:<br />

Caracterizando os Principais Operadores. São Paulo: www.ilos.com.br, 2001b.<br />

GIL, A. Co<strong>mo</strong> elaborar projetos <strong>de</strong> pesquisa. 4ª ad. São Paulo: Atlas, 2002.<br />

HAYATI, D; KARAMI, E. & SLEE, B. Combining qualitative and quantitative methods in the<br />

measurement of rural poverty. Social Indicators Research, v.75, p.361-394, springer, 2006.<br />

INSTITUTO DE PESQUISA SUPPLY CHAIN, ILOS. www.ilos.com.br/site/in<strong>de</strong>x, acesso dia 11 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong><br />

2010.<br />

JAAFAR, H.S.; E RAFIQ, M. Logistics Outsourcing Pratices in the UK: a Survey Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Jour<strong>na</strong>l of<br />

Logistics: Research and Applications , vol. 8, n. 4, 2005, pg. 299 – 312.<br />

KNEMEYER, A. MICHEL; & MURPHY, PAUL R. Is the Glass Half full or half empty? An Exami<strong>na</strong>tion of<br />

user and Provi<strong>de</strong>r Perspectives Towards Third-Party Logistics Relationship, Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Jor<strong>na</strong>l Of<br />

Physical Distribution & Logistics Ma<strong>na</strong>gement, v. 35, n. 10, 2005, pg. 708-727.<br />

McCRACKEN, Grant. The Long Interview. 5th print. Newbury Park: Sage, 1991.<br />

NEVES, J. L. Pesquisa qualitativa: características, usos e possibilida<strong>de</strong>s. Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Pesquisas em<br />

Administração, v. 1, n.3, 2º sem., 1996.<br />

NOVAES, ANTÔNIO GALVÃO. Logística e Gerenciamento da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> distribuição: estratégia,<br />

operação e avaliação. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Campus, 2007.<br />

OLIVEIRA NETO, G.C. Integração complexa entre empresa contratante e operador logístico: critérios<br />

para a contratação. Dissertação (Mestrado em Engenharia <strong>de</strong> Produção) - Instituto <strong>de</strong> Ciências Exatas e<br />

Tecnológicas, Universida<strong>de</strong> Paulista, 2008.<br />

PARRA, P. H. A<strong>na</strong>lise <strong>de</strong> gestão da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimentos em <strong>um</strong>a empresa <strong>de</strong> computadores Dissertação<br />

(Mestrado em Engenharia <strong>de</strong> Produção) - Universida<strong>de</strong> Metodista <strong>de</strong> Piracicaba, 2000.<br />

POZO, H. Administração <strong>de</strong> recursos materiais e patri<strong>mo</strong>niais: <strong>um</strong>a abordagem logística. 3ª ed. São Paulo:<br />

Atlas, 2010.<br />

SEIDMAN, I. E. Interviewing as Qualitative Research. A Gui<strong>de</strong> for Researchers in Education and the<br />

Social Sciences. New York: Teachers College/Col<strong>um</strong>bia University Press, 1991.<br />

SLACK, N. et al. Administração da produção. 2Ed. São Paulo: Atlas, 2002.<br />

VENDRAMETTTO, O.; OLIVEIRA NETO, G.C.; SANTOS, O.S. Gestão <strong>de</strong> Materiais e Operador Logístico<br />

<strong>um</strong> <strong>caso</strong> <strong>de</strong> relacio<strong>na</strong>mento mal sucedido. A<strong>na</strong>is – ENEGEP – 2008. www.abepro.org.br.<br />

VIANA, José João. Administração <strong>de</strong> materiais: <strong>um</strong> enfoque prático. 1. ed. – São Paulo: Atlas, 2009.<br />

YIN, R. K. Estudo <strong>de</strong> <strong>caso</strong>: planejamento e métodos. 3. ed. São Paulo: Bookman, 2003.<br />

22

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!