IGARAPÉ LOURDES - Kanindé
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DIAGNÓSTICO ETNOAMBIENTAL PARTICIPATIVO,<br />
ETNOZONEAMENTO E PLANO DE GESTÃO EM<br />
TERRAS INDÍGENAS - VOL. 1<br />
TERRA INDÍGENA<br />
IGARAPÉ <strong>LOURDES</strong>
A KANINDÉ – Associação de Defesa Etnoambiental é uma<br />
OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, sem<br />
fins lucrativos, dedicada à luta em defesa dos direitos dos povos<br />
indígenas, à conservação da natureza e ao uso sustentado da<br />
biodiversidade.<br />
Criada em 1992, a Kanindé busca soluções inovadoras que<br />
promovam o desenvolvimento econômico justo e ambientalmente<br />
sustentável.<br />
Rua D. Pedro II, 1892, sala 7, Bairro Nª Srª das Graças,<br />
CEP 76804-116 – Porto Velho-RO<br />
Fone/fax: 55 69 3229-2826<br />
www.kaninde.org.br<br />
kaninde@kaninde.org.br<br />
COORDENAÇÃO GERAL<br />
Israel Correa Vale Junior<br />
COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA<br />
Ivanete Bandeira Cardozo<br />
CONSELHO DELIBERATIVO<br />
Ivaneide Bandeira Cardozo<br />
Monica Nascimento<br />
Urariwe Surui<br />
CONSELHO FISCAL<br />
Maiquel de Lima Siqueira<br />
Wladir da Cruz Vasques<br />
Irlan das Chagas Silva<br />
TEXTO<br />
Ivaneide Bandeira Cardozo – Historiadora<br />
Samuel Vieira Cruz - Antropólogo<br />
Israel Correa Vale Junior- Biológo<br />
Amilca Adamy – Geólogo/Analista ambiental<br />
Alcilene Pereira Paes –Turismologa<br />
Aldimar Lima dos Reis – Biólogo<br />
Adnilson de Almeida Silva – Geógrafo<br />
Ana Paula Franco dos Anjos<br />
Ataíde de Almeida Rúbio – Identificador de campo - Mateiro<br />
Emerson Nunes Aguiar – Economista<br />
Gustavo Gurgel do Amaral – Geógrafo<br />
Juliano Rodrigues Oliveira – Biólogo/IBAMA<br />
Kleber Henrique Silva Belém – Geográfo<br />
Luiz Sérgio Ferreira Martins – Biólogo/IBAMA<br />
Ricardo Alexandre Medonça de Melo – Biólogo<br />
Marilene Vasconcelos da Silva – Bióloga<br />
Ivanete Bandeira Cardozo – Bióloga<br />
Luiz Carlos Maretto – Eng. Florestal/Analista ambiental<br />
Maria Aparecida de Oliveira Azevedo Lopes – Ms. Psicologia<br />
Marcelo Rodrigues dos Anjos – Biólogo<br />
Marcos Pérsio Dantas Santos – Doutor em Zoologia<br />
Stefani Freitas Maia Menezes – Geógrafa<br />
Tereza de Jesus C. Rodrigues – Historiadora<br />
Verônica Ariadne Romano – Geógrafa<br />
Alberto Arara<br />
Álvaro Noep Arara<br />
Célio Arara<br />
Cícero Arara<br />
Francisco Arara<br />
Firmino Arara<br />
Marcelo Arara<br />
Mário Arara<br />
Sebastião Arara<br />
Adonias Sebirop da Silva<br />
Afonso Gavião<br />
Amarildo Gavião<br />
Antonio Tapa Gavião<br />
Arnaldo Pabe Gavião<br />
Cena Kere’ap Gavião<br />
Chambete Gavião<br />
Colombo Gavião<br />
Delson Gavião<br />
Digüt Gavião<br />
Emilio Gavião<br />
Iran Gavião<br />
Isabel Gavião<br />
Jonas Gavião<br />
João Gavião<br />
José Gavião<br />
Josias Sebirop da Silva<br />
Rodrigo Gavião<br />
Marcio Gavião<br />
Matilde Gavião<br />
Miguel Gavião<br />
Moisés Seri Gavião<br />
Pitkawa Gavião<br />
Raimundo Gavião<br />
Sebastião Gavião<br />
Valdemar Gavião<br />
ABERTURA DE TRILHAS<br />
Cristiano Andrey S. Vale – Biológo<br />
ESTAGIÁRIOS<br />
Ana Paula Albuquerque de Melo (Biologia)<br />
Carlos Anderson de Souza Sinfontes (Biologia)<br />
Daniele Gomes Texeira (Direito)<br />
Ederson Lauri Leandro (Turismo)<br />
Glauko Correa da Silva (Biologia)<br />
Rosineide Castilho Figueiredo (Biologia)<br />
Helen de Lima Coimbra (Ensino médio)<br />
Lilian Meire Soares Silva (Ensino médio)<br />
Lucas Rommel (Biologia)<br />
Michael de Oliveira (Biologia)<br />
Josenir Rodrigues Neves (Ensino médio)<br />
MAPAS: ELABORAÇÃO E ARTE<br />
Airton Gaio Junior<br />
Elenice Duran Silva<br />
Israel Corrêa do Vale Júnior<br />
FOTOGRAFIAS<br />
Adnilson de Almeida Silva<br />
Alexis Bastos<br />
Fred Bastos<br />
Luis Carlos Maretto<br />
Ivaneide Bandeira Cardozo<br />
Israel Corrêa do Vale Júnior<br />
Samuel Vieira Cruz<br />
Marcos Pérsio Dantas Santos<br />
ACOMPANHAMENTO TÉCNICO DA FUNAI<br />
FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO<br />
Francisco de Assis de Figueiredo – Téc. Agropecuária<br />
Jorge Luís Marafiga Leal - Auxiliar de Sertanista<br />
Tennesson Gonçalves Oliveira – Téc. Agropecuária<br />
Vicente Batista Filho – Téc. Agropecuária<br />
Osman Ribeiro Brasil - Sertanista<br />
PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA<br />
Teia Comunicação - Adriana Zanki Cordenonsi<br />
IMPRESSÃO<br />
Gráfica Coan<br />
Ficha Catolográfica<br />
D536<br />
Diagnóstico etnoambiental participativo, etnozoneamento e plano de gestão Terra<br />
Indígena Igarapé Lourdes / Organizadores: Ivaneide Bandeira Cardozo,<br />
Israel Correa Vale Júnior. – Porto Velho (RO): Kanindé, 2012.<br />
92p.: il.; -- (Diagnóstico, etnozoneamento e plano de gestão em Terras<br />
Indígenas; 1)<br />
Vários autores<br />
Inclui bibliografia<br />
ISBN 978-85-7764-046-1<br />
1. Terra Indígena - Rondônia - Brasil. 2. Terra Indígena - Meio Ambiente<br />
- Conservação. 3. Terra Indígena - Política - Gestão Ambiental. I. Cardozo,<br />
Ivaneide Bandeira (Org.). II. Vale Júnior, Israel Correa (Org.). III. Coletânea:<br />
Diagnóstico, etnozoneameto e plano de gestão em Terras Indígenas,<br />
1. IV. Título.<br />
CDU: 39(811.1=1-82)<br />
Bibliotecária Responsável: Eliane Gemaque / CRB 11-549
DIAGNÓSTICO ETNOAMBIENTAL PARTICIPATIVO,<br />
ETNOZONEAMENTO E PLANO DE GESTÃO EM<br />
TERRAS INDÍGENAS - VOL. 1<br />
TERRA INDÍGENA<br />
IGARAPÉ <strong>LOURDES</strong><br />
ELABORAÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL DO PROJETO<br />
Ivaneide Bandeira Cardozo<br />
COORDENAÇÃO DA EQUIPE DE CAMPO<br />
Israel Correa Vale Junior<br />
ORGANIZAÇÃO DO DOCUMENTO<br />
Ivaneide Bandeira Cardozo<br />
Israel Correa Vale Junior<br />
MARÇO DE 2012<br />
PROMOÇÃO<br />
PARCERIA<br />
APIA<br />
ASSOCIAÇÃO DO POVO<br />
INDÍGENA ARARA<br />
APIG<br />
ASSOCIAÇÃO DO POVO<br />
INDÍGENA GAVIÃO<br />
ORGANIZAÇÃO INDÍGENA<br />
PADEREÉHJ<br />
EXECUÇÃO<br />
Associação de Defesa Etnoambiental
SUMÁRIO<br />
1. Etno-história............................................................................................... 08<br />
Apresentação.................................................................................................. 08<br />
Agradecimentos.............................................................................................. 10<br />
Introdução...................................................................................................... 12<br />
Os Karo Rap................................................................................................... 13<br />
Os Ikolen........................................................................................................ 13<br />
Contatos com outras sociedades...................................................................... 14<br />
Os Karo e Ikolen se conhecem........................................................................ 16<br />
Regularização Fundiária.................................................................................. 19<br />
Rios e Igarapés................................................................................................ 19<br />
Moradia.......................................................................................................... 19<br />
Energia........................................................................................................... 19<br />
Hidrelétricas................................................................................................... 19<br />
Comunicação.................................................................................................. 20<br />
Meios de Transporte........................................................................................ 20<br />
Saneamento Ambiental................................................................................... 20<br />
Atendimento de Saúde.................................................................................... 21<br />
Educação Escolar Indígena.............................................................................. 21<br />
Cosmologia.................................................................................................... 22<br />
A Lenda do Milho........................................................................................... 22<br />
Atividades Produtivas...................................................................................... 24<br />
Caça e Pesca.................................................................................................. 24<br />
Cultura material.............................................................................................. 24<br />
Associações Indígenas..................................................................................... 25<br />
Pressão sobre o meio ambiente....................................................................... 25<br />
Superposição com a Reserva Biológica do JARU............................................. 25<br />
Mineração...................................................................................................... 25<br />
2. Levantamento biológico.................................................................................... 26<br />
Vegetação....................................................................................................... 26<br />
Ictiofauna (peixes)........................................................................................... 32<br />
Herpetofauna (répteis e anfíbios)..................................................................... 35<br />
Avifauna (aves)............................................................................................... 38<br />
Mastofauna (mamíferos de médio e grande porte).......................................... 46<br />
4
3. Etnozoneamento................................................................................................... 47<br />
Introdução......................................................................................................... 48<br />
Mapa Etnozoneamento...................................................................................... 49<br />
Normas Gerais para a Terra Indígena................................................................. 50<br />
Zona de Proteção Integral....................................................................... 50<br />
Zona de Produção.................................................................................. 52<br />
Zona de Recuperação............................................................................ 54<br />
Zona Sagrada.......................................................................................... 55<br />
Zona de Caça........................................................................................ 56<br />
Zona Primitiva........................................................................................ 57<br />
Zona de Resgate..................................................................................... 58<br />
Importância da Terra Indígena Igarapé Lourdes.................................................. 59<br />
4. Plano de Gestão.................................................................................................... 60<br />
O Plano de Gestão............................................................................................ 61<br />
Aspectos Institucionais....................................................................................... 61<br />
Infra-estrutura e equipamentos.......................................................................... 62<br />
Recursos Humanos NAL.................................................................................... 64<br />
Estrutura Organizacional................................................................................... 65<br />
Associações Indígenas....................................................................................... 65<br />
Enquadramento das áreas de atuação por programas temáticos......................... 66<br />
Programa de Proteção............................................................................ 66<br />
Programa de Estudos e Pesquisas............................................................ 68<br />
Programa de Educação............................................................................ 70<br />
Programa de Regularização Fundiária...................................................... 72<br />
Programa de Infra-estrutura.................................................................... 73<br />
Programa de Administração.................................................................... 75<br />
Programa de Cooperação Institucional.................................................... 76<br />
Programa de Saúde................................................................................. 78<br />
Programa de Alternativas Econômicas..................................................... 80<br />
Programa de Valorizacão Cultural........................................................... 82<br />
Avaliação e Revisão do Plano de Gestão................................................. 84<br />
Bibliografia.................................................................................................................. 85<br />
5
6<br />
FIGURA 1. Mapa da T.I. Igarapé Lourdes desenhado por Amarildo Gavião
TERRA INDÍGENA IGARAPÉ <strong>LOURDES</strong><br />
Unidade Gestora<br />
Administrador<br />
Endereço<br />
CEP<br />
Telefone<br />
Coordenacão Regional de Ji-Paraná<br />
Vicente Batista Filho<br />
Rua Manoel Franco, 1780, Nova Brasília - Ji-Paraná/RO<br />
76.908-610<br />
69 34119404<br />
Município e Estado<br />
Ji-Paraná - Rondônia<br />
Coordenadas Geográficas<br />
entre os paralelos 10 0 10’07” a 10 0 12’19” e<br />
10 0 32’52”” a 10 0 50’44” de latitude sul e os<br />
meridianos 61 0 47’02” a 61 0 27’54” e 61 0 51’47”<br />
a 61 0 31’19” de longitude Oeste - Greenwich.<br />
185.533,5768 hectares (cento e oitenta e cinco mil,<br />
quinhentos e trinta e três hectares, cinquenta e sete<br />
ares e sessenta e oito centiares) e o perímetro é de<br />
270,583 Km.<br />
Data de criação e número do decreto<br />
Decreto nº 88.609 de 09/08/83<br />
Atividades ocorrentes<br />
Educação ambiental<br />
Educação formal<br />
Fiscalização<br />
Pesquisa<br />
Atividades Conflitantes<br />
Não existe.<br />
Ensino fundamental.<br />
Operações fiscalizadoras realizadas pela FUNAI<br />
para detectar invasão de pescadores, madeireiros<br />
e fazendeiros.<br />
Avifauna, mastofauna, icitiofauna, herpetofauna,<br />
vegetação e etno-história.<br />
Caça, pesca e desmatamento.<br />
7
I. ETNO-HISTÓRIA<br />
APRESENTAÇÃO<br />
O Diagnóstico Etnoambiental Participativo da Terra Indígena Igarapé Lourdes foi elaborado<br />
com a finalidade de servir como instrumento de planejamento de Gestão Ambiental da Terra<br />
Indígena. Foi realizado em 2004 e os dados constantes no mesmo se referem à este período.<br />
Para sua realização contamos com o apoio da USAID – United States Agency International<br />
Development e Amigos da Terra Suécia, que alocaram recursos para complementar os levantamentos<br />
do Diagnóstico e realizar o Plano de Gestão Ambiental da Terra Indígena Igarapé<br />
Lourdes.<br />
Importante e necessário registrar a parceria da FUNAI - Fundação Nacional do Índio - da<br />
Organização Padereéhj, da Associação do Povo Indígena Arara e da Associação do Povo Indígena<br />
Gavião.<br />
Neste livro o leitor irá encontrar um resumo das pesquisas realizadas, na terra indígena Igarapé<br />
Lourdes.<br />
O inteiro teor do Diagnóstico e do Plano de Gestão constam do” Relatório Etnoambiental e do<br />
Plano de Gestão da Terra Indígena do Igarapé Lourdes”.<br />
A importância deste livro deve-se ao fato de disponibilizar para os indígenas e o público em<br />
geral, informações sobre a etno-história, a socioeconomia, a vegetação, a mastofauna, avifauna,<br />
ictiofauna, herpetofauna, o meio fisico e o etnozoneamento do território. O Plano de Gestão<br />
traz as diretrizes para a implementação das ações para a administração do território indígena.<br />
Caso o leitor deseje mais informações deve solicitar uma cópia do Relatório as associações dos<br />
povos indígenas Ikolen e Karo e da Kanindé - Associação de Defesa Etnoambiental.<br />
8
AGRADECIMENTOS<br />
Agradecemos aos povos indígenas Karo Rap e Ikolen que nos receberam, participaram e<br />
executaram juntos todas as etapas do diagnóstico, nos ensinando e compartilhando dos seus<br />
conhecimentos.<br />
Ao IBAMA, FUNAI, FUNASA, SEDUC, Dioceses de Ji-Paraná, Museu Emilio Goeldi, CUNPIR,<br />
e ao Msc. Alexandre Camilo, Almir Narayamoga Surui e Dr. Paulo Sergio Bernarde pelo apoio<br />
e orientação.<br />
À USAID, Amigos da Terra Suécia e Consórcio Amazoniar que tornaram possível o sonho de<br />
realizarmos o estudo da Terra Indígena Igarapé Lourdes.<br />
Agradecemos a todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste<br />
diagnóstico.<br />
10
INTRODUÇÃO<br />
Na Terra Indígena Igarapé Lourdes habitam dois povos indígenas, os Gavião, autodenominados<br />
Ikolen, e os Arara, que se identificam como Karo Rap, os quais, sujeitos às dinâmicas e pressões<br />
advindas de frentes de expansão da sociedade nacional, travaram contatos entre si – ainda<br />
que tensos, com trocas culturais, casamentos e, finalmente, após o contato com regionais –<br />
seringueiros e seringalistas – conflitos e mortes, realizaram laços de amizade e aliança através<br />
de novos casamentos e novas formas de organização e articulação, hoje através da Associação<br />
Panderej, que congrega, entre outros, ambos povos indígenas.<br />
Além destes dois grupos, há remanescentes de um terceiro, denominado “Babekawei”,<br />
pelos Ikolen 1 ; pelo menos duas mulheres e um homem, casados na aldeia Paygap, de Pedro<br />
Agamenon Arara. Há informação de outros Babekawei vivendo fora da Terra Indígena, no<br />
espaço rural e urbano no município de Ji-Paraná.<br />
Os Karo, assim como com os Babekawei, são falantes de língua do tronco tupi, da família ramarama<br />
e os Ikolen são do Tupi Mondé.<br />
1 Uruku, Urubu ou Urumi segundo outros autores.<br />
12
OS KARO RAP<br />
O povo Karo Rap, conhecidos como Arara habitam as aldeias Iterap e Paygap, com uma população<br />
de 208 pessoas falantes da família lingüística Tupi Rama Rama.<br />
Aldeias: Iterap (Nosso Lugar) e Paygap (Buritizal).<br />
Sobre esta etnia há poucos registros publicados, são referidos por Curt Nimuendaju, entre as<br />
décadas de 1920 e 19406, voltando a ser referidos por Mindlin em 2001. Há estudos lingüisticos,<br />
conduzidos pelos doutores Denny Moore e Nílson Gabbas Júnior, desde 1975, cujos<br />
registros e relatórios de campo foram de suma importância para a construção desta memória.<br />
OS IKOLEN<br />
O povo indígena Ikolen (Gavião de Rondônia), habita a terra Indígena Igarapé Lourdes, são<br />
falantes da familia linguistica Tupi Mondé, e possuem uma população de aproximadamente<br />
523 pessoas, que se distribuem em seis aldeias - Ikolen, Cacoal, Nova Esperança, Castanheira,<br />
Igarapé Lourdes e Ingazeira.<br />
As primeiras referências sobre esta etnia datam da década de 1940, e pouco se estudou sobre<br />
sua cultura ancestral.<br />
Harald Schults (apud Mindlin) refere o povo Gavião, pela primeira vez, em 1955 – quando<br />
passou por Rondônia. É a primeira informação sobre um povo falante de uma língua da família<br />
Tupi Mondé, apesar destes, através de Digüt, informarem conhecer a expedição de Rondon,<br />
da adoção de Fernando Txerepoabá no começo dos anos 1940, pelo seringalista Barros e dos<br />
informes do Sr. José Benedito de Oliveira, sobre contatos no rio Azul no ano de 1944, entre<br />
índios e regionais.<br />
Os Ikolen sofreram a evangelização missionária desde a década de 1940, apesar disto, mantém<br />
viva a memória ancestral.<br />
Nimuendaju 2 (1924; 1944) apesar de referir-se ao povo Karo (Arara) e Urumi, do tronco lingüístico<br />
tupi rama-rama, na bacia do rio Machado, nada registra sobre os povos Tupi-Mondé: os<br />
Ikolen, chamados Gavião, contatados na década de 1940, os Cinta-Larga (1968), os Suruí (autodenominados<br />
Paiter, contatados em 1969) e os Zoró (1978).<br />
2 “Textos Indigenistas”, Curt Nimuendaju, Edições Loyola, São Paulo, 1982.<br />
13
CONTATOS COM OUTRAS SOCIEDADES<br />
Os Ikolen e Karo tiveram vários contatos com outros<br />
povos indígenas e com os não indígenas, todos com<br />
história de conflitos e paz, de casamentos interétnicos<br />
e de inserção na economia regional, e com altas<br />
taxas de mortalidade com epidemias transmitidas<br />
pelos recém-chegados, como gripe, sarampo, pneumonia<br />
e malária.<br />
Em 1977 os Karo tiveram contato com os Ikolen havendo<br />
festas e casamentos, mas em 1979 se afastaram e<br />
foram para seu território que havia sido demarcado.<br />
Na década de 40 os Karo e Urubu 3 mantinham<br />
encontros intermitentes com seringueiros e colonos<br />
estabelecidos na região, iniciando relações sociais<br />
e comerciais. Assim mesmo, os Urubu atacaram de<br />
surpresa e mataram traba-lhadores do seringal Santa<br />
Maria alguns anos depois.<br />
Desde 1947 estas duas etnias (Karo e Babekawei)<br />
manti-nham contatos ocasionais no Seringal Santa<br />
Maria cujo proprietário, Sr. Barros, e seus emprega-<br />
dos, passaram a utilizá-los na extração da seringa,<br />
remunerando-os com roupas, mantimentos e outros<br />
bens.<br />
Em 1959 os Ikolen atacaram três aldeias dos Karo que<br />
existiam na época, matando sete pessoas. 4 Os Karo<br />
fugiram para um seringal (Riachuelo), daí saíram para<br />
outro (no rio Urupá), contraíram sarampo na mata, o<br />
que causou muitas mortes. 5<br />
Em 1966, com a chegada do Serviço de Proteção ao<br />
Indio e os missionários protestantes da Missão Novas<br />
Tribos (New Tribes), ligados no Brasil à Igreja Batista,<br />
que haviam chegado à região no ano anterior, 6 iniciou-se<br />
um trabalho de reaproximação entre os Karo<br />
e os Ikolen, que resultou na coexistência pacifica de<br />
ambos no interior da Terra Indígena Igarapé Lourdes.<br />
Os índios relatam contatos pontuais com a missão<br />
Rondon e com o próprio Marechal no começo<br />
do século XX e a visita, em meados dos anos 50, do<br />
antropólogo Harald Schultz. (Leonel, 1983).<br />
3 Também denominados Uruku, Urumi ou Babekawei – na literatura e depoimentos tomados. Alguns<br />
remanescentes desta etnia sobrevivem, casados com Karo e Ikolen, na TI Igarapé Lourdes.<br />
4 Em “Couro dos Espíritos”, Betty Mindlin registrou depoimentos transcritos adiante sobre o episódio.<br />
5 Moore informa que, em 1978, nas idades 16-25 anos viviam só 7 Araras na T.I. Igarapé Lourdes, por<br />
causa da alta taxa de mortalidade daqueles anos.<br />
6 Depoimento do Sr. Horst Stute – missionário que chegou à região em 1965.<br />
14
7<br />
OS KARO E IKOLEN SE CONHECEM<br />
Os Arara viviam nos formadores do Igarapé Lourdes, do Igarapé Setembrino, do Prainha e<br />
do Riachuelo, não muito longe dos Gavião, que habitavam o divisor de águas, na Serra da<br />
Providência, nas águas do Igarapé Madeirinha e outros afluentes do rio Branco.<br />
Um Gavião foi caçar, encontrou uma trilha dos Arara. Voltou para a sua casa avisando aos<br />
outros Gavião, dizendo que vira um rastro, um caminho de um índio estranho. Convocaram<br />
uma reunião, chamando parentes de outras aldeias, para irem juntos observar a novidade.<br />
Era mesmo uma vereda dos Arara. Ninguém queria esperar, queriam ver logo quem era essa<br />
gente. Assim foi. O primeiro a dar a notícia dos Arara, voltando da caçada, viu um galho cortado<br />
com faca, levou para mostrar para a sua comunidade.<br />
- Vejam só, encontrei um galho cortado, não é quebrado, é partido com uma coisa estranha.<br />
Nunca tinham visto faca. O homem Gavião, chamado Dzaria-ti, chamou os companheiros:<br />
- Vamos falar com esses homens, vamos entrar em contato com eles!<br />
Dormiram na viagem, de manhãzinha recomeçaram a caminhar. Na viagem, os Gavião mataram<br />
um tamanduá, assaram. Por isso se atrasaram. No outro dia caminharam, seguiram viagem.<br />
De manhã, lá pelas oito horas, viram um índio Arara no caminho, soprando flauta de taquara,<br />
acompanhado por duas mulheres. Os Gavião ponderaram:<br />
- Estão vindo para cá, vamos falar com eles; se não obedecerem, podemos matar.<br />
O Arara estava vindo na frente, as duas mulheres o seguiam. Os Gavião cercaram, eram numerosos,<br />
fizeram como que uma fila, útil se fossem prender os três, mas esconderam-se quase<br />
todos. O último Gavião explicou que essa trilha era de seu povo, acrescentando:<br />
- Ó meu amigo, eu sou seu amigo!<br />
O estrangeiro assustou-se muito ao ver o homem Gavião, ouvir sua voz, uma língua diferente.<br />
As duas mulheres abraçaram-se trêmulas de medo, o Arara virou para trás. O Gavião mostrou<br />
uma flecha para o índio Arara oferecendo. O estrangeiro conseguiu pegar a flecha da mão do<br />
Gavião, apesar do tremor; vieram mais dois Gavião, deram-lhe presentes.<br />
O Arara segurou o braço das duas mulheres.<br />
Os outros Gavião escondidos apareceram, vinham fazer a paz. Na mesma hora puseram cocar<br />
na cabeça do estrangeiro, deram-lhe flechas, colares, muitos cintos, muito artesanato, era um<br />
sem fim de dons. O Arara e as duas mulheres ficaram pesados com tantos presentes. Acabando<br />
de enfeitar o novo amigo, os Gavião convidaram:<br />
- Vocês vão comigo para a minha casa!<br />
Foram para o acampamento onde tinham assado o tamanduá. Deram comida para os três<br />
Arara. Pouco depois o Arara sinalizou para os Gavião que queria voltar, deixaram um filho<br />
em casa, mas os interlocutores não entenderam, acharam que queria avisar a comunidade.<br />
Deixaram que fossem, e voltaram à aldeia.<br />
16<br />
7 In, Mindlin, Betty – Couro dos Espíritos, Editora SENAC, São Paulo, Editora Terceiro Nome, 2001.
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA<br />
A Terra indígena Igarapé Lourdes é demarcada e homologada pelo Decreto 88.609/83 de 09<br />
de agosto de 1983. Com a demarcação ficaram fora dos limites da terra indígena importantes<br />
territórios ocupados pelos Ikolen e Karo Rap, que atualmente são reivindicados pelos povos<br />
indígenas para ampliação da área.<br />
RIOS E IGARAPÉS<br />
O Igarapé Lourdes é a principal bacia hidrográfica da terra indígena que possui as sub-bacias<br />
do Igarapé Água Azul, Tarumã, Ji-Paraná, Jatuarana, Setembrino, Prainha, Providência, Lourdes<br />
e Perdido.<br />
MORADIA<br />
As aldeias possuem casas de madeira com cobertura de telhas de amianto, de madeira com<br />
cobertura de palha, casas de palha, casas de alvenaria (FUNAI). As casas feitas de palha demonstram<br />
a técnica indígena de construção de habitações e outras edificações (galinheiros,<br />
chiqueiros, etc). As principais construções de palha são as malocas, que servem como moradia<br />
para algumas famílias. Esse tipo de habitação, apesar de ser tradição da cultura indígena, atualmente<br />
é muito raro de ser encontrado nas aldeias da Terra Indígena Igarapé Lourdes.<br />
ENERGIA<br />
A Terra Indígena Igarapé Lourdes possui uma precária geração e distribuição de energia elétrica.<br />
Isso se dá porque apenas duas das aldeias, Paygap e Ikolen, são atendidas com energia<br />
distribuída pelas Centrais Elétricas de Rondônia – CERON. As aldeias Cacoal, Ingazeira e Nova<br />
Esperança não têm energia, as demais aldeias funcionam com motor gerador, que quase sempre<br />
estão parados por não ter combustível ou por falta de manutenção.<br />
HIDRELÉTRICAS<br />
A discussão sobre a possível construção da hidrelétrica do rio Machado ou Ji-Paraná vem ocorrendo<br />
desde 1990. Em 1991 os indígenas Ikolen e Karo protestaram contra a construção,<br />
fechando a ponte do rio Machado na cidade de Ji-Paraná.<br />
Furnas vêm coletando dados sobre volume e velocidade das águas no rio Machado e seus afluentes,<br />
para a análise de viabilidade do empreendimento e possível construção da hidrelétrica.<br />
Desde o início de 2005 estes dados vem sendo repassados à Eletronorte.<br />
Vale salientar que os indígenas não foram consultados por Furnas, nem pela Eletronorte (Centrais<br />
Elétricas do Norte), haja vista a construção impactar parte da Terra Indígena Igarapé Lourdes.<br />
Durante a realização do diagnóstico os Ikolen e Karo foram categóricos em afirmar que não aceitam<br />
a construção da hidrelétrica, principalmente porque esta irá inundar parte de seu território.<br />
19
COMUNICAÇÃO<br />
Os meios de comunicação utilizados nas aldeias variam de telefonia celular a rádios amadores<br />
pertencentes à FUNAI e a FUNASA, bem como através de emissoras de rádio e televisão - esta<br />
última somente com acesso via antena parabólica. Mas a distribuição dos meios de comunicação<br />
não é igual em todas as aldeias.<br />
Quanto à telefonia, a aldeia Ikolen possui telefonia celular rural e as aldeias Iterap e Paygap têm<br />
acesso à telefonia celular através da antena instalada em Ji-Paraná.<br />
MEIOS DE TRANSPORTE<br />
Os meios de transporte utilizados pelos indígenas são divididos por etnia, ou seja, o povo Karo<br />
possui 01 caminhão GMC, modelo G100, ano 2000, 01 barco de alumínio e 01 carroça pertencente<br />
à comunidade; 01 barco de alumínio, 01motor de popa de 15hp e 01 motocicleta<br />
125 cilindradas pertencentes à FUNAI e 01 barco de alumínio pertencente à FUNASA, os quais<br />
são utilizados também pela comunidade.<br />
O povo Ikolen possui 01 caminhão GMC, modelo G100, ano 2000, 01 barco de alumínio de<br />
8m, 01 barco de alumínio de 6m, 02 barcos de alumínio de 4m e 01 barco de madeira de 10m,<br />
01 motor rabeta de 7hp, 01 motor de popa de 25 hp e 02 motores de popa de 15hp.<br />
SANEAMENTO AMBIENTAL<br />
O saneamento ambiental das aldeias da Terra Indígena Igarapé Lourdes é praticamente inexistente.<br />
O abastecimento de água se dá via poços amazônicos e artesianos. A água dos poços amazônicos<br />
é utilizada para vários afazeres, inclusive para consumo, podendo causar doenças relacionadas<br />
à contaminação do lençol freático superficial. O tratamento da água, independente de<br />
sua procedência, é mínimo. Alguns fervem antes do consumo, outros utilizam filtros de barro ou<br />
hipoclorito de sódio (oferecidos pela FUNASA), mas estes procedimentos são pouco utilizados.<br />
A destinação dos resíduos nas aldeias é inadequada, sendo que o tratamento mais usual dado<br />
ao lixo é a queimada. Nenhuma das aldeias possui rede de esgotamento sanitário. A grande<br />
maioria dos moradores utiliza-se de “privadas” comunitárias construídas pela própria comunidade<br />
ou pela FUNASA, ou locais próximos das aldeias. O descaso é tanto que a FUNASA<br />
construiu as privadas no centro da aldeia Iterap e são grande foco para proliferação de doenças.<br />
20
ATENDIMENTO DE SAÚDE<br />
O atendimento à saúde indígena nas aldeias era efetuado pela FUNASA - Fundação Nacional<br />
de Saúde - até julho de 2004, em parceria com a CUNPIR - Coordenação da União das Nações<br />
e Povos Indígenas de Rondônia, Noroeste do Mato Grosso e Sul do Amazonas.<br />
O atendimento na aldeia era feito por 06 Agentes Indígenas de Saúde (05 homens e 01 mulher)<br />
distribuídos nas aldeias: Iterap, Paygap, Ikolen, Igarapé Lourdes, Castanheira e Cacoal.<br />
A equipe de profissionais de saúde da FUNASA trabalha em sistema de rodízio com auxiliares<br />
de enfermagem e odontólogos que muito raramente vão às aldeias.<br />
As doenças que prevalecem são endêmicas como a tuberculose, malária, leishmaniose e verminoses.<br />
Há ainda casos de desnutrição, subnutrição e síndrome de Down.<br />
Há ainda muitos casos de cáries dentárias por falta de tratamento odontológico.<br />
Para as mulheres grávidas o pré-natal é realizado na cidade de Ji-Paraná.<br />
EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA<br />
Na Terra Indígena Igarapé Lourdes a SEDUC - Secretaria Estadual de Educação - mantém professores<br />
lotados na Representação de Ensino - REN, do município de Ji-Paraná, os quais ministram<br />
aulas e supervisionam os professores indígenas, contratados em caráter emergencial e que<br />
são responsáveis pela alfabetização das crianças, de jovens e adultos. Ao todo são 14 professores<br />
indígenas, sendo 13 homens e 01 mulher.<br />
Existem 08 escolas distribuídas nas aldeias. O ensino é o fundamental bilíngüe, sendo boa parte<br />
dos materiais didáticos produzidos na língua materna no formato de cartilhas com linguagem<br />
missionária.<br />
21
COSMOLOGIA<br />
Os Ikolen e os Karo Rap buscam manter suas cerimônias<br />
tradicionais, como pajelança, encontro dos pajés (que<br />
ocorre no mês agosto), o uso da medicina tradicional,<br />
a Ipena’op Kanã Wajo Akanâ Pe (Festa do Jacaré), a<br />
Ip Japijeje Te’et Na Na Te’a (Festa da Pescaria).<br />
Com o contato outras festas foram incorporadas como<br />
as festas juninas, Natal, Ano Novo, aniversários e o Dia<br />
do Indio.<br />
Moore informava, em 1978, que três anos antes os<br />
Gavião tinham abandonado quase todas as crenças e<br />
rituais tradicionais, “... A última grande festa com muitos<br />
jacarés vivos, com chicha, etc, foi mais ou menos<br />
em 1970. Um chefe de posto proibiu festas exceto<br />
duas: a “Festa do Milho Verde”, dos Goihanei, no inverno<br />
e a “Festa do Pajé”...”. Moore informa que o<br />
servidor da FUNAI acreditava que “... as festas prejudi-<br />
cariam a saúde e baixaria a produção”.<br />
As festas foram retomadas a partir de 1976 (antes todos<br />
freqüentavam a igreja e tinham deixado de fazer<br />
festa), que o pajé está trabalhando de novo (1978)<br />
e há algumas festas. Entre abril e junho de 1977 havia<br />
muito movimento de festa e de pajé na aldeia<br />
Cachoeira. O pajé estava trabalhando para curar o<br />
velho Kepe, pai do Wilson e Colombo, que tinha um<br />
problema do coração. O pajé chamou os espíritos<br />
Oritxitxia que apareceram de noite na frente do povo<br />
e do pesquisador (sic). Quando o doente morreu a<br />
festa acabou – eles queimaram a casa do finado e não<br />
falam mais seu nome. (Moore, 1978).<br />
Apesar da pressão dos missionários e da sociedade nacional,<br />
os Ikolen e Karo Rap continuam com suas práticas<br />
tradicionais de pajelança.<br />
A LENDA DO MILHO<br />
COMO GOIHANEI O TROUXE<br />
8<br />
O Goihanei é o dono do milho verde, foi ele que o<br />
trouxe para o povo Gavião. E é ele que cuida para que<br />
haja boas safras, todo ano tem de comemorar e vestir<br />
as roupas de Goihanei, que são feitas da palha do buriti.<br />
Usam cocar, penacho, roupas de índio, roupas de<br />
Goihanei, o homem do milho. Conta que é muito<br />
importante que seu povo não esqueça e que os<br />
chamem Goihanei, mas só quem os conhecem, e<br />
quem os vê, é o Pajé.<br />
Chamam-se Goihanei, porque vivem nas águas.<br />
E esta festa não é inventada, já vem de muitos anos –<br />
desde o começo do povo que estava nascendo daquela<br />
pedra, daquela rocha.<br />
Os Gavião ainda tem sementes do milho originais que<br />
Goihanei lhes trouxe.<br />
É importante lembrar como é que veio o milho:<br />
Primeiro a mulher engravidou, sem fazer relação, sem<br />
usar homem.<br />
Tem uma fruta que se chama Xum Xum-ra (Tsyn Tsynra),<br />
que nasce de uma árvore muito grande, grossa e<br />
bonita, muito especial para o povo Gavião.<br />
As índias iam apanhar Xum Xum-ra e tinha um pouco<br />
que estava no chão.<br />
Quando chegavam, a índia grávida perguntava:<br />
- E aí Tinha muita fruta lá<br />
- Não, respondíamos, nós trouxemos um pouquinho.<br />
Então ela ia e dizia:<br />
- Vou ver se acho pelo menos um pouco para eu<br />
comer!<br />
Todas as índias iam naquela árvore para se alimentar –<br />
o nome dela é Xum-Xum-ra (Tsyn-Tsyn-ra).<br />
Aí, quando chegava clã, ela sentava, abria as pernas e<br />
de sua vagina, saia o Arco-Íris. Ia lá ao alto da árvore,<br />
balançava e as frutas caíam. Era muita fruta. Ela juntava,<br />
enchia o paneiro. Vinha para a maloca com o<br />
paneiro cheio, cheinho. Vinha para sua casa na aldeia<br />
e, ao entrar as outras mulheres se assustavam:<br />
- Puta merda, onde tu pegaste tanta fruta mulher<br />
- Ah, achei ali mesmo e juntei – respondia.<br />
Mas as demais mulheres desconfiaram, pois a história<br />
sempre se repetia.Então, resolveram segui-la para ver o<br />
que estava acontecendo. Então viram quando ela abriu<br />
as pernas e o Arco-Íris saiu de lá de dentro. Correram<br />
22<br />
8 Narrado por Catarino Sebirop Gavião a Samuel Cruz – Notas e fitas gravadas em campo, 2004.
para avisar os homens que foram olhar e viram que<br />
era verdade o que as mulheres lhes contaram.<br />
Pegaram um facão e cortaram o Arco-Íris, perto da<br />
mulher, não mais do que 70 centímetros.<br />
Então um pedaço, menor, correu para dentro dela e o<br />
outro fugiu para cima, no rumo do céu.<br />
O que ficou para dentro virou gente – menino.<br />
O que foi para cima virou o Arco-Íris que nós vemos<br />
até hoje.<br />
O menino nasceu, cresceu, virou gente e aquele que<br />
foi para cima, se comunicava com a mulher:<br />
- Como está o nosso filho<br />
- Ah, já está grande – ela respondia.<br />
- Vou fazer uma roça aqui pro meu filho, disse o pai.<br />
Vai ter muito milho e só você vai saber.<br />
Quando foi no outro dia o milho já estava grande. E<br />
era milho mesmo. Bastava ele falar que ia ter milho,<br />
que ia fazer roça, que já estava aí. Já estava pronto.<br />
E a mulher foi lá, colheu algum e levou para casa. Mas<br />
tinha um macaco prego que pegou algum e correu.<br />
Um homem pegou o milho do macaco, que ficou<br />
gritando. O homem perguntou:<br />
- De quem é este milho<br />
E a mulher respondeu:<br />
- O milho é meu!<br />
O homem devolveu o milho para a mulher e perguntou<br />
onde ela o havia colhido. E ela respondeu:<br />
- Tem uma roça, e foi mostrá-la aos índios.<br />
Tinha 4 índias – aquelas que não gostavam dela – e<br />
ela as convidou, junto com o povo, para irem até sua<br />
roça para que acreditassem que tinha muito milho.<br />
E o pai do menino castigou aquelas 4 mulheres – quebrou<br />
as enviras com as quais elas amarravam o milho<br />
e as transformou em pombas.<br />
E as 4 mulheres começaram a voar como pombas; e<br />
estas pombas que vemos voando hoje, são descendentes<br />
daquelas transformadas pelo Arco-Íris.<br />
Isso quer dizer, se chama Goihanei.<br />
23
ATIVIDADES PRODUTIVAS<br />
Os Ikolen e Karo Rap praticam a agricultura tradicional indígena e a não indígena com sistemas<br />
agro-florestais, criação de bovinos, suínos, piscicultura, galinhas e animais silvestres, além da<br />
prática do extrativismo para coleta de castanha e óleo de copaíba, pesca tradicional e confecção<br />
de artesanato.<br />
Entre as espécies cultivadas estão a mandioca, milho, amendoim, feijão, arroz, pupunha, cará,<br />
batata doce, taioba, inhame, algodão, urucum, mamão, fava, banana, café, côco, melancia e<br />
frutas cítricas.<br />
A Terra Indígena Igarapé Lourdes possui um Plano de Manejo não Madeireiro de Uso Múltiplo<br />
e Comunitário para que possam utilizar os recursos da floresta como óleo de copaíba, coleta<br />
de castanha e açaí.<br />
CAÇA E PESCA<br />
Os Ikolen e Karo Rap caçam animais silvestres utilizando técnicas como tocaias, imitação do<br />
som dos animais e rastreamento das pegadas dos animais.<br />
A pesca é realizada com o arco e flecha, que geralmente tem ponta de pupunha ou ponta de<br />
osso de onça, sendo atualmente utilizadas flechas com pontas de metal, arpão, zagaia, linhada,<br />
anzol, tarrafa e malhadeiras.<br />
O uso do timbó é bastante freqüente, em algumas épocas do ano, no verão, sendo utilizadas as<br />
espécies “timbó de cipó” e o de casca de árvore timbaúba ou orelha de macaco (Enterolobium<br />
maximum).<br />
CULTURA MATERIAL<br />
Produzem diversos tipos de artes, como cocar, pulseiras, colares, brincos, anéis, que são confeccionados<br />
com côco de tucumã, inajá e ossos de animais; Cestos, paneiros e redes confeccionados<br />
com fibras de árvores, palha de babaçu, algodão cru ou cipó.<br />
As mulheres produzem a maior parte do artesanato, sendo que os homens confeccionam a arte<br />
plumária.<br />
24
ASSOCIAÇÕES INDÍGENAS<br />
Existem 02 associações representativas dos povos da Terra Indígena Igarapé Lourdes e 01 que<br />
representa várias etnias incluindo os Ikolen e os Karo Rap. Estas organizações promovem a interlocução<br />
com a sociedade nacional e internacional na defesa dos direitos indígenas.<br />
1. Associação do Povo Indígena Arara – APIA: é a representante do Povo Arara, aldeias Iterap<br />
e Paygap.<br />
2. Associação do Povo Indígena Gavião – APIG: substituindo a antiga Associação Agrária dos<br />
Povos Indígenas do Igarapé Lourdes – AAPIL. É a representante do Povo Gavião, aldeias Igarapé<br />
Lourdes, Ikolen, Ingazeira, Cacoal, Nova Esperança e Castanheira.<br />
3. PADEREÉHJ: Organização Indígena representante de 11 etnias, inclusive os povos Karo e<br />
Ikolen.<br />
PRESSÃO SOBRE O MEIO AMBIENTE<br />
A retirada ilegal de madeira, a pecuária e a invasão de fazendeiros, caçadores e pescadores são<br />
os principais danos causados à biodiversidade da Terra Indígena Igarapé Lourdes.<br />
SUPERPOSIÇÃO COM A RESERVA<br />
BIOLÓGICA DO JARU<br />
A Terra Indígena Igarapé Lourdes está sobreposta à REBIO Jaru na parte norte compreendendo<br />
a bacia dos igarapés Água Azul, Tarumã e Providência.<br />
MINERAÇÃO<br />
Há ocorrência de cassiterita, laterita manganesifera, rochas graníticas, ouro, manganês.<br />
Existem 10 pedidos de pesquisa de ouro, por empresas mineradoras na terra indígena, sendo 09<br />
feitos pela Mineração Itamaracá Ltda e 01 pela Mineração Acará Ind. e Com. Ltda.<br />
25
2. LEVANTAMENTO BIOLÓGICO<br />
VEGETAÇÃO<br />
Na terra indígena ocorrem dois tipos de cobertura vegetal distintas: Floresta Ombrófila Aberta, a mais extensa,<br />
seguida da Floresta Ombrófila Densa, menos extensa. Abaixo a lista de espécies botânicas encontradas nos estudos:<br />
Nome científico<br />
Nome popular Tupi-Mondé Rama Rama Uso<br />
Família Sapotaceae<br />
Micropholis venulosa<br />
Pouteria sp.<br />
Pouteria guianensis<br />
Pouteria sp.<br />
Pouteria sp.<br />
Pouteria caimito (R.et P.) Pitter<br />
Pouteria sp<br />
Manilkara bella<br />
Manilkara surinamensis (Miq)<br />
Eglerodendron paryry<br />
Pouteria sp<br />
Família Bombacaceae<br />
Ochroma pyramidale Urb.<br />
Eriotheca macrophilla<br />
Ceiba pentandra (L.) Gaerth<br />
Gen. sp<br />
Família Moraceae<br />
Brosimum parinarioides Ducke.<br />
Ficus frondosa<br />
Castilloa ulei Warburg.<br />
Bagassa guianensis Aubl.<br />
Ficus clusiifolia Schott<br />
Clarisia sp.<br />
Brosimum paraense<br />
Naucleopsis caloneura<br />
Naucleopsis caloneura ducke<br />
Maquira sclerophylla (Ducke)<br />
C.C.Berg<br />
Maquira guianensis (Aublet) Hub<br />
Brosimum acutifolium Hub.<br />
Pseudolmedia murure Standl.<br />
Abiorana Branca<br />
Abiu<br />
Abiu Branco<br />
Abiu Bravo<br />
Abiurana<br />
Carvãozinho<br />
Guapeba<br />
Parajú<br />
Maçaranduba<br />
Pariri<br />
Abiu folha grande<br />
Algodão Bravo<br />
Imbiruçu<br />
Samauma<br />
Sapota Macho<br />
Amapá<br />
Apuí Amarelo<br />
Caucho<br />
Garrote<br />
Figueira Vermelha<br />
Guariuba<br />
Muirapiranga<br />
Muiratinga<br />
Muiratinga<br />
Muiratinga Folha Fina<br />
Muiratinga Folha Miuda<br />
Mururé<br />
Pama Amarela<br />
-<br />
Mahv djipivah<br />
Ma ‘ eg sevaá<br />
-<br />
Borotap/Djurip<br />
Ipterega/Dapepepe<br />
-<br />
Ducpcaib<br />
Tacaia<br />
-<br />
Botaiadaroi<br />
-<br />
Amboroptapó<br />
-<br />
Ebipea<br />
Dabepaacab<br />
Agúi<br />
Idigiv<br />
-<br />
Agój<br />
Ibotina<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Garubuc<br />
Abixeregá<br />
-<br />
-<br />
Pacangapirucap<br />
-<br />
Bacangab<br />
Maipchepeap/<br />
Tumburichip<br />
-<br />
Corén<br />
-<br />
Maivop<br />
-<br />
Moagá<br />
-<br />
Marimãe<br />
-<br />
Napeegá<br />
Macoba<br />
-<br />
Napegá<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Itamp<br />
Amim<br />
-<br />
Comem o fruto<br />
Comem o fruto<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Macaco e caititu comem fruto<br />
Fruto vermelho comestível<br />
Fruto doce comestível<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Jabuti e anta comem o fruto<br />
-<br />
-<br />
Comem o fruto<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Cabo de machado de<br />
pedra (Gavião)<br />
Perebea molis<br />
Brosimum guianemsis (Aubl.) Hu<br />
Sorocea guilleminiana Gaud.<br />
Pseudolmedia faevis<br />
Família Fabaceae<br />
Platypodium elegans<br />
Vatairea sp.<br />
Pama Caucho<br />
Pama Folha Miuda<br />
Pama Fura Fura<br />
Pama Preta<br />
Pama branca<br />
Amendoim<br />
Angelim Amargoso<br />
-<br />
A bia Pabixihg<br />
-<br />
-<br />
Itãn<br />
-<br />
Babepèn<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Tapibeb<br />
-<br />
Aeptchan<br />
-<br />
Comem o fruto<br />
-<br />
-<br />
Nambú come muito<br />
-<br />
-<br />
26
Nome científico<br />
Nome popular Tupi-Mondé Rama Rama Uso<br />
Hymenolobium sp.<br />
Angelim Rajado<br />
Diplotropis purpurea (Rich.) Amsh. Coração De Negro<br />
Diplotropis sp.<br />
Envira Sangue<br />
Diplotropis purpurea (Rich.) Amsh Sucupira Preta<br />
Família Leguminosae<br />
Andira retusa<br />
Angelim Manteiga<br />
Dinizia excelsa<br />
Angelim Pedra<br />
Parkia pendula Benth. ex Walp. Angelim Saia<br />
Piptadenia sp.<br />
Angico<br />
Poeppigia procera Prest Apijô/Pintadinho<br />
Piptadenia macrocarpa Arapiraca<br />
Schysolobium paraiba Bandarra<br />
Miroxylon balsamum Harms Cabriuva/Balsamo<br />
Torresia acreana<br />
Cerejeira<br />
Dipterix odorata<br />
Cumaru<br />
Peltogyne paniculata Escorrega Macaco<br />
Vataireopsis cf. iglesiasii Fava Amarela<br />
Ormosia sp.<br />
Feijão Bravo<br />
Zollernia paraensis Genipapinho<br />
Inga cf. buorgoni (Aubl.) Wild. Inga Branco<br />
Inga sp.<br />
Ingá<br />
Inga thibaudina DC. Ingá Vermelho<br />
Hymenaea oblongifolia Hub. Jutaí da Varzea<br />
Bauhinia sp.<br />
Mororó<br />
Erythrina glauca<br />
Mulungu<br />
Parkia sp.<br />
Orelha de Macaco<br />
Pterocarpus amazonum Benth. Pau Sangue<br />
Amsh.<br />
Schysolobium amazonicum Pinho Cuiabano<br />
Poeppigia procera Prest. Pintadinho/Apijô<br />
Peltogyne sp.<br />
Roxinho<br />
Pterocarpus violaceus Sangueiro/Sanguineo<br />
Vataireopsis speciosa Sucupira Amarela<br />
Tachigali paniculata Aubl. Taxi Preto<br />
Sclerolobium goeldianum Taxi Vermelho<br />
Família Mimosoideae<br />
Piptadenia suaveolens Miq. Angico Branco<br />
Pithecellobium saman Jacq. Bordão de Velho/<br />
Feijão Cru<br />
Piptadenia sp.<br />
Fava Branca<br />
Pithecellobium sawan Fava Mel<br />
Cássia multijuga<br />
Faveira Ferro<br />
Bebetia<br />
Epchapparaimp<br />
Xuli<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Vasa kóli kokùhv Naroeimbí<br />
-<br />
-<br />
Babepèn<br />
Maepquin<br />
Ma’eg sara peé Chapinmuén<br />
-<br />
-<br />
Derebecavip -<br />
-<br />
-<br />
Vasdákaiápé Ioroberra<br />
-<br />
Maipcap<br />
Akàhv<br />
Maretii<br />
Tamucap/Quibe/Tibeb Tiuap/Iuacap<br />
Bétagav<br />
Pureab<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Ariandãn<br />
-<br />
Bolirapékir Japó<br />
-<br />
-<br />
Ivov ápeé Magupechavepmap<br />
-<br />
-<br />
Dadak / Itirincabenãn Maepiunhun<br />
Barien<br />
Iauãn<br />
Djapabip<br />
Jató<br />
Tamoncaoa Matopcap<br />
Páxuvàhi<br />
Chatiirá<br />
Naricavic<br />
Oarogap<br />
Ivahv<br />
Paramê<br />
Icará<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Kopéteg<br />
Maipquipe<br />
Ibó<br />
Tunachap<br />
-<br />
-<br />
Vaquicuriapé Djavaveiro<br />
-<br />
-<br />
Passa folha em cachorro<br />
p/ caçar<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Come a fruta e o caroço<br />
Tomam o chá para ficar forte<br />
-<br />
-<br />
Passa no corpo para matar<br />
Nambú<br />
Usam o fruto na alimentação<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Veado come a flor vermelha<br />
Jacu, paca e veado comem<br />
o fruto<br />
Utilizam a borracha<br />
-<br />
Lenha boa<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Lenha boa<br />
-<br />
-<br />
Vagem doce, paca come<br />
-<br />
27
VEGETAÇÃO<br />
Nome científico<br />
Nome popular Tupi-Mondé Rama Rama Uso<br />
Inga sp.<br />
Inga Ferro<br />
Pithecellobium sp<br />
Ingarana<br />
Família Olacaceae<br />
Minquartia sp.<br />
Aquariquara<br />
Minquatia guianensis Aquariquara Lisa<br />
Família Caesalpinoideae<br />
Macrolobium acaciaefolium sp. Arapari<br />
Copaifera sp.<br />
Copaiba<br />
Cupaifera reticulata Ducke Copaiba Angelim<br />
Copaifera multijuga Hyn Copaiba Marimari<br />
Apuleia sp.<br />
Garapeira<br />
Hymeneae stilbocarpa Jataí<br />
Hymenaea courbaril Jatoba<br />
Hymenaea parvifolia Huber Jutai Mirin<br />
Hymenaea parvifolia Huber Jutai Cafe<br />
Martiodendron elatum Pororoca<br />
Dialium guianense (Aubl.) Sandw Tamarindo<br />
Sclerolobium tinctorium var. Taxi Branco<br />
Família Annonaceae<br />
Rollinia exsucca (Dun.) DC. Ata Brava<br />
Ruizodendon sp.<br />
Envira Branca<br />
Onychopetalum lucidum R. E. Fries Envira Caju<br />
Anona montana<br />
Envira Cascuda<br />
Anaxagorea dalichocarpa Sandw Envira de Porco<br />
Fusaea longifolia<br />
Envira Quiabo<br />
Ruizodendrn sp.<br />
Imbira Branca/Envira Branca<br />
Diclinanona sp<br />
Manga de Anta<br />
Duguetia lanceolata Pindaíba/Envira Vassoura<br />
Família Palmaceae<br />
Euterpe precatoria<br />
Açai<br />
Bactris gasipaes<br />
Pupunha<br />
Família Tiliaceae<br />
Luehea speciosa<br />
Açoita Cavalo<br />
Apeiba echinata Gaertn. Pente de Macaco<br />
Família Arecaceae<br />
Attaleia speciosa<br />
Babacu<br />
Oenocarpus bacaba M. Bacaba<br />
Maximiliana maripa (Correa) Inajá<br />
Astrocarium murumuru Mart. Murmuru<br />
Astrocaryum murumuru Mart. Muru Muru<br />
Oenocarpus bataua Mart. Patoá<br />
Socratea exomiza Mart. Paxiubinha<br />
Iriartea deltoidea Ruiz & Pav. Paxiubão<br />
Zápóvápeé<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Púluv<br />
Pêreb<br />
Pakòhv<br />
-<br />
Bade<br />
Bade kúv<br />
Djugap/Gabiá<br />
Injupepabcaib<br />
-<br />
-<br />
Andusuap<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Vabev<br />
-<br />
Bariconib<br />
Pitcham<br />
Bihv kúhv<br />
D´jobará<br />
Duquip<br />
Inhauab/Ipep<br />
Pasav<br />
-<br />
Tiri<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Japó<br />
Comem o fruto<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Dicontiupe -<br />
Chocontiapé -<br />
Penacai<br />
A casca serve para passar nas<br />
pulseiras e colares para brilhar<br />
-<br />
-<br />
Matê<br />
-<br />
Itchãn<br />
Comem o fruto<br />
Djacurne Bom para caibro de casa<br />
Magorainhãn -<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Maepaoron<br />
Corda de paneiro e construção de casa<br />
-<br />
-<br />
Sien<br />
-<br />
Narinhâne -<br />
Eu<br />
Utilizam o caule para fazer casa<br />
Iomit<br />
Usado para fazer artesanato<br />
-<br />
-<br />
Mapea/Maipchapporaimp -<br />
Matecap<br />
Utilizam a palha para cobrir casa<br />
-<br />
-<br />
Machianãn Usado para artesanato<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
28
Nome científico<br />
Nome popular Tupi-Mondé Rama Rama Uso<br />
Astrocaryum aculeatum G. F. W.<br />
Família Clusiaceae<br />
Tucumã<br />
Malóhjaá<br />
Oongá<br />
Usado para artesanato<br />
Platonia insignis Mart.<br />
Bacuri de Anta<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Rheedia brasiliensis Mart.<br />
Família Mimosaceae<br />
Bacuri Liso<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Stryphnodendron guianensis<br />
Bajinha/Fava cordão<br />
Borirapé torô<br />
Javairauú<br />
Veado e paca gostam do fruto<br />
Cedrelinga catenoeformis<br />
Cedro Mara/Cedrorana<br />
Ipibbeu<br />
Coe<br />
-<br />
Parkia pendula<br />
Família Sterculiaceae<br />
Parica<br />
-<br />
Ainaepipa<br />
-<br />
Sterculia speciosa Schum.<br />
Bolão<br />
Andarun<br />
Mogamoga<br />
-<br />
Theobroma cacao L.<br />
Cacau da Mata<br />
Akóa<br />
Agaia<br />
Fruto comestível semente branca<br />
Theobroma microcarpum M.<br />
Cacaurana Vermelha<br />
Arabipquip<br />
-<br />
-<br />
Theobroma sp.<br />
Cupuaçu / Cupuí<br />
Aconana<br />
Agaiabapaop<br />
Fruto delicioso comestível<br />
Sterculia pruriens<br />
Família Euphorbiaceae<br />
Xixá da Folha Grande<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Sebastiana klotzchiana<br />
Branquilho<br />
Ipcor<br />
Morocoi<br />
-<br />
Ricinus communis<br />
Carrapateiro<br />
-<br />
-<br />
Remédio para dor de barriga<br />
Sagotia racemosa Baill.<br />
Desconhecida<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Sapiummarmietti Hub<br />
Leiteira/Burra Leiteira<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Acalypha sp.<br />
Maria Preta<br />
Cabanden<br />
Teaip<br />
-<br />
Cróton sp<br />
Marmeleiro<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Hevea brasiliensis<br />
Família Burseraceae<br />
Seringueira<br />
Bàra<br />
Chitigá<br />
-<br />
Protium hebetatum D.Daly<br />
Breu Branco<br />
Amberecarcori<br />
Agaiatchá<br />
-<br />
Tetragastriss sp<br />
Breu Folha Fina<br />
Ambereting<br />
Aguaiamã<br />
-<br />
Protium tenuifolium<br />
Breu Manga<br />
Ambereb<br />
Aguaimã<br />
-<br />
Protium paraense Cuatr.<br />
Família Flacourtiaceae<br />
Breu Mescla<br />
Vateabecú<br />
Mantingãn<br />
-<br />
Banara nitida<br />
Cabelo de Cutia<br />
Latio<br />
Matop<br />
-<br />
Cassearia lavitensis Kunth.<br />
Desconhecida<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Casearia gossypiosperma<br />
Espeteiro<br />
Betipe<br />
Xereuipe<br />
-<br />
Casearia gossypiospermum<br />
Família Ulmaceae<br />
Laranjinha<br />
Mapaia<br />
-<br />
-<br />
Ampelocera ruizii kuhlm.<br />
Cafezinho<br />
Paticap<br />
Nambuchegoá<br />
Come o fruto<br />
Ampelocera edentula Kuhlm<br />
Envira Iodo<br />
Dibenãn<br />
Acabippip<br />
-<br />
Celtis sp<br />
Farinha Seca<br />
Taruabimapea<br />
Pechaveiamapi<br />
Faz tinta com a casca dentro<br />
da cuia<br />
Trema micrantha (l.) Blume<br />
Família Anacardiaceae<br />
Periquiteira/Candiuva<br />
Dincariap<br />
Chirãe<br />
-<br />
Poupartia sp<br />
Cajarana<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Anacardium giganteum<br />
Caju Açu<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Anacardium giganteum Hancock<br />
Cajuí<br />
Uriti<br />
Choanhá<br />
-<br />
Astronium lecointei Ducke<br />
Gonçaleiro/Gonçalo Alves<br />
Uaraún/Djaracab<br />
Iuabu/Peuiip<br />
-<br />
Astronium lecointei Ducke<br />
Maracatiara<br />
Bojá kùnj<br />
Maipchacotepant<br />
-<br />
29
VEGETAÇÃO<br />
Nome científico<br />
Nome popular Tupi-Mondé Rama Rama Uso<br />
Família Verbenaceae<br />
Lantana camara L.<br />
Vitex triflora Vahl.<br />
Família Lauraceae<br />
Nectandra magapotamica<br />
Ocotea spixiana<br />
Aiouea saligna Meissn<br />
Mezilaurus itauba Taub.<br />
Ocotea miriantha<br />
Cambará Rosa<br />
Tarumã<br />
Canela Amarela/Bosta<br />
Canela Branca<br />
Canela Vermelha<br />
Itauba<br />
Louro Abacate/<br />
Canela Abacate<br />
Uatacuricuqui<br />
Ipquip<br />
Borarap<br />
-<br />
-<br />
Zòlov<br />
Arimenabip<br />
Maeppeonup<br />
-<br />
Morap<br />
-<br />
-<br />
Itaubacá<br />
Morot<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Ocotea sp.<br />
Ocotea sp.<br />
Família Rutaceae<br />
Esenbeckia grandiflora Mart.<br />
Metrodorea flavida Krause<br />
Louro Bosta<br />
Louro Branco<br />
Canela de Cutia<br />
Fel de Paca<br />
-<br />
Ipetugap<br />
Mangae<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Remédio de cachorro para<br />
ficar caçador<br />
Esenbeckia leiocarpa<br />
Zanthoxylum rhoifolium<br />
Família Violaceae<br />
Rinorea publifora<br />
Família Chrysobalanacea<br />
Hirtella sp.<br />
Licania apetala Fritsch<br />
Licania sp.<br />
Hirtella sp.<br />
Licania kunthiana<br />
Família Bignoniaceae<br />
Tabebuia impetiginosa<br />
Família Lecythidaceae<br />
Bertholletia excelsa<br />
Castanheira<br />
Gustavia hexapetala (Aubl.) Desconhecida<br />
Cariniana estrellensis Jequitiba Rosa/Vermelho<br />
Eschweilera grandifolia (Aubl.) Mata Mata Branco/Ripeiro<br />
Eschweilera odorata (Poepp.) Miers. Mata Mata Roxo<br />
Couratari sp.<br />
Tauari Branco<br />
Tauari Vermelho<br />
Couratari macrosperma<br />
Família Vochysiaceae<br />
Qualea dinizii Ducke<br />
Vochysia vismiifolia<br />
Família Meliaceae<br />
Cedrela odorata<br />
Guarantã<br />
Maminha de Porca<br />
Canela de Velho<br />
Caripé Branco<br />
Caripé Vermelho<br />
Macucu Ferro<br />
Macucu Vermelho<br />
Milho Torrado<br />
Jacaranda copaia (Aubl.) D. Don. Caroba/ Pará Pará<br />
Jacaranda copaia (Aubl.) Caxeta<br />
Tabebuia serratifolia Nichols. Ipê Amarelo<br />
Ipê Roxo<br />
Catuaba<br />
Cedrilho<br />
Cedro Rosa<br />
Dabeap<br />
-<br />
Mandic<br />
Gatcharap<br />
Gatcharap<br />
Amitcherigap<br />
Amitcherigap<br />
-<br />
Pecamaãn<br />
Alaga<br />
Zav pé (Vajá ádú)<br />
Akabin<br />
Mahv gàhv<br />
-<br />
Botenãn<br />
Mandip<br />
-<br />
Uabeb<br />
Dibe<br />
Manamãn<br />
Uatakcuricuqui<br />
Kójà ìhv<br />
Carangarap<br />
-<br />
-<br />
Tidiriuai<br />
Tidiriuai<br />
Pemechiepe<br />
Pemechiepe<br />
-<br />
Inhangapé<br />
Inhame<br />
també<br />
Tumbepepê<br />
Inhagap<br />
-<br />
Magorainhãn<br />
Magueppê<br />
-<br />
Maguaranhã<br />
Magorainhãn<br />
Peop<br />
Maepuup<br />
Coe<br />
Cabo de machado<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Utilizam a madeira como pilão<br />
Serve como pilão<br />
Comem o fruto<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
A Envira é usada para cobrir casa<br />
-<br />
-<br />
-<br />
30
Nome científico<br />
Nome popular Tupi-Mondé Rama Rama Uso<br />
Guarea pterorhachis Harms.<br />
Guarea pterorhachis Harms.<br />
Guarea sp.<br />
Guarea sp.<br />
Guarea purusana C. D. C.<br />
Swietenia macrophylla King<br />
Trichillia sp.<br />
Família Celastraceae<br />
Goupia glabia<br />
Família Rosaceae<br />
Prunus myrtifolia (L.)<br />
Família Cecropiaceae<br />
Cecropia sp.<br />
Cecropia leucoma<br />
Pourouma sp.<br />
Família Boraginaceae<br />
Cordia sp<br />
Cordia bicolor<br />
Família Rubiaceae<br />
Guettarda angelica<br />
Família Guttiferae<br />
Symphonia globulifera<br />
Família Caricaceae<br />
Jacaratia spinosa Aubl.<br />
Família Nyctaginaceae<br />
Guapira venosa Lundell<br />
Neea sp..<br />
Família Ochnaceae<br />
Ouratea sp.<br />
Família Combretaceae<br />
Terminalia sp.<br />
Buchenavia sp.<br />
Família Araliaceae<br />
Didymopanax morototoni<br />
Dcne et Planch<br />
Família Rhmnaceae<br />
Columbrina acreana<br />
Família Proteaceae<br />
Roupala montana<br />
Família Phytolacaceae<br />
Gallesia gorazema Moq.<br />
Desconhecida<br />
Desconhecida<br />
Jito-Branco<br />
Jitó Branco<br />
Jitó Vermelho<br />
Mogno<br />
Murici Vermelho<br />
Cupiuba<br />
Desconhecida<br />
Embauba<br />
Embauba Branca<br />
Embauba Torem<br />
Freijo<br />
Frejó Branco<br />
Gemadinha<br />
Guanandi<br />
Jaracatiá<br />
João Mole<br />
João Mole<br />
Macucu Roxo<br />
Mirindiba Amarela/<br />
Tanimbuca<br />
Mirindiba Roxa<br />
Morototó<br />
Mutamba<br />
Pau Conserva<br />
Pau d’alho<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Nekóahr<br />
Djókan gav vòhv<br />
Ipogalhan<br />
-<br />
-<br />
Barpétapoh<br />
Apogàhv<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Ibógapéa<br />
Ipsoni<br />
Ipsoni<br />
-<br />
Ipcor<br />
-<br />
-<br />
Arabip<br />
-<br />
-<br />
Itone<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Caibê<br />
Maeptachi<br />
Chirãe<br />
-<br />
-<br />
Papapac<br />
Erenin<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Cininhã<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Morocoi<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Maiptcheuap<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Comem o fruto<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Faz corda de arco<br />
Animal come fruto. A folha serve<br />
para passar no arco (Gavião)<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Usam para fazer mingau de milho<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
31
VEGETAÇÃO<br />
Nome científico<br />
Nome popular Tupi-Mondé Rama Rama Uso<br />
Família Opiliaceae<br />
Agonandra brasiliensis<br />
Benth. & Hook<br />
Família Apocynaceae<br />
Couma macrocarpa Barb. Rodr.<br />
Família Myristicaceae<br />
Pau Marfim<br />
-<br />
Aspidosperma macrocarpon Mart. Peroba<br />
Aspidosperma Populifolium Peroba Mica<br />
Geissospermum reticulatum Quina Quina Amarela<br />
Geissospermum sp.<br />
Quina Quina Branca<br />
Sorva<br />
Osteophloeum platyspermum Ucuúba Branca<br />
Mart.<br />
Virola duckei<br />
Virola<br />
-<br />
-<br />
Macapquipe<br />
Gorenhãn<br />
Gáh rúhv<br />
Gáh rúhv<br />
Jerimungap<br />
Icarap<br />
Icarap<br />
-<br />
-<br />
Maepquip<br />
Maepchá<br />
Quina quina<br />
Quina quina<br />
Amãn<br />
-<br />
Motopgap<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Fazem chá para curar doença<br />
Fazem chá para curar doença<br />
-<br />
-<br />
-<br />
ICTIOFAUNA PEIXES<br />
Durante o inventário de ictiofauna (peixes) foram levantados 5 ordens, 18 famílias e 74 espécies. Algumas das espécies<br />
capturadas como o Ramphichthys sp e o Aequidens viridis são consideradas espécies raras e representam fortes<br />
indicadores ambientais de qualidade.<br />
Nome científico Nome popular Tupi-Mondé Rama Rama<br />
Família Serrasalmidae<br />
Myleus sp<br />
Myleus sp1<br />
Myleus sp2<br />
Myleus cf. micans<br />
Serrasalmus humeralis<br />
Serrasalmus rhombeus<br />
Serrassalmus natereri<br />
Serrasalmus sp<br />
Serrasalmus sp1<br />
Serrasalmus sp2<br />
Serrasalmus sp3<br />
Serrassalmus aureus<br />
Pacú<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Piranha<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Bolívkábe<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Iijìhj<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Pako<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Ihyãy<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
32
ICTIOFAUNA PEIXES<br />
Nome científico Nome popular Tupi-Mondé Rama Rama<br />
Serrasalmus spilopleura<br />
Serrasalmus striolatus<br />
Família Characidae<br />
Acestrorhyncus falcatus<br />
Acestrorhyncus falcirostris<br />
Acestrorhyncus microlepis<br />
Brycon brevicauda<br />
Brycon pelegrino<br />
Brycon pesu<br />
Brycon sp<br />
Triportheus culter<br />
Triportheus elongatus<br />
Triportheus sp<br />
Família Cynodontidae<br />
Charax gibbosus<br />
Hydrolicus scomberoides<br />
Hydrolicus sp<br />
Família Curimatidae<br />
Curimata cyprinoides<br />
Curimata hypostoma<br />
Curimata cf. microcephala<br />
Curimata roseni<br />
Família Erythrinidae<br />
Erythrinus erythrinus<br />
Hoplerythrinus unitaeniatus<br />
Hoplias malabaricus<br />
Família Ctnolucidae<br />
Boulengerella ocellata<br />
Boulengerella sp<br />
Família Prochylodontidae<br />
Prochylodus nigricans<br />
Família Anastomidae<br />
Laemolyta taeniata<br />
Leporinus fasciatus<br />
Leporinus desmotes<br />
Leporinus friderici<br />
Leporinus affinis<br />
Leporinus sp<br />
Potamorhina altamazonica<br />
Família Hemiodontidae<br />
Hemiodus immaculatus<br />
Família Loricaridae<br />
Cochliodon sp<br />
Hipostomus plecostomus<br />
-<br />
-<br />
Cachorrinha<br />
-<br />
-<br />
Matrinxã<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Sardinha<br />
-<br />
-<br />
Cachorra<br />
-<br />
-<br />
Branquinha<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Jeju<br />
-<br />
Traíra<br />
Bicuda<br />
-<br />
Curimatã<br />
Piau<br />
Piau – Flamengo<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Flexinha/Cruzeiro<br />
Bodó/Cascudo<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Ipnanut<br />
-<br />
-<br />
Zabekit<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Dzabe<br />
-<br />
-<br />
Ipnanut<br />
-<br />
-<br />
Ipkaxapótka<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Itiw<br />
Paro<br />
Bixàhj<br />
-<br />
Bolov Sóvàh<br />
Ixàvo<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Iyarek<br />
Ijà<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Yoway Bûk<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Pamã<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Éme<br />
Parat<br />
Kokan<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Anêya<br />
-<br />
33
ICTIOFAUNA PEIXES<br />
Nome científico<br />
Nome popular Tupi-Mondé Rama Rama<br />
Hipostomus sp<br />
Hipostomus sp1<br />
Hipostomus sp2<br />
Hipostomus sp3<br />
Peckoltia vittata<br />
Lasiancystrus scolymus<br />
Loricaria cataphracta<br />
Spatuloricaria evansi<br />
Sturisoma nigrirostum<br />
Sturisoma robustum<br />
Família Electroforidae<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Bodó-cachimbo<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Electrophorus Eletricus<br />
Família Pymelodidae<br />
Poraquê<br />
Yogo<br />
-<br />
Hemisorubim Platirhyncus<br />
Megalonema sp1<br />
Pimelodella sp<br />
Pymelodus ornatus<br />
Pseudoplatystoma fasciatum<br />
Sorubim lima<br />
Família Auchenipteridae<br />
Braço de moça<br />
Mandi<br />
-<br />
-<br />
Surubim<br />
Bico de pato<br />
-<br />
Ódjìràh<br />
-<br />
-<br />
Koran<br />
-<br />
-<br />
Inã<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Tatia sp<br />
Família Cichlidae<br />
Cangati<br />
Namãuã<br />
-<br />
Aequidens viridis<br />
Retroculus lapidifer<br />
Crenicichla lugubris<br />
Família Sciaenidae<br />
Pachypops sp.1<br />
Pachyurus schomburgkii<br />
Plagioscion squamosissimus<br />
Família Hypopomidae<br />
Cara<br />
-<br />
Jacundá<br />
Corvina<br />
-<br />
Pescada<br />
Ixatôwa<br />
-<br />
-<br />
Dábea<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Hypopomus sp<br />
Família Ramphyctidae<br />
Turvira/ Sarapó<br />
-<br />
-<br />
Rhamphichthys sp<br />
Família Potamotrygonidae<br />
Ituí<br />
-<br />
-<br />
Potamotrygon hystrix<br />
Arraia<br />
-<br />
-<br />
34
HERPETOFAUNA RÉPTEIS E ANFÍBIOS<br />
Foram registradas vinte e três espécies de anuros pertencentes a sete famílias. Hylidae foi a família mais abundante<br />
(09 espécies), seguida de Leptodactylidae (07), Bufonidae (03). Registradas dezenove espécies de serpentes pertencentes<br />
as famílias Colubridae (14 espécies), Boidae (03), Viperidae (01) e Elapidae (01).<br />
Nome científico<br />
Nome popular Tupi-Mondé Rama Rama<br />
Família Aromobatidae<br />
Allobates marchesianus (Melin, 1941)<br />
-<br />
Família Bufonidae<br />
Rhaebo guttatus (Schneider, 1799)<br />
Cururu<br />
Rhinella margaritifera (Laurenti, 1768 )<br />
Cururu<br />
Rhinella marina (Linnaeus, 1758)<br />
Cururu<br />
Família Dendrobatidae<br />
Adelphobates quinquevittatus (Steindachner, 1864) -<br />
Família Hylidae<br />
Hypsiboas boans (Linnaeus, 1758)<br />
Perereca<br />
Hypsiboas calcaratus (Troschel in Schomburgk, 1848) Perereca<br />
Hypsiboas fasciatus (Günther, 1859 “1858) Perereca<br />
Hypsiboas geographicus (Spix, 1824)<br />
Perereca<br />
Osteocephalus sp<br />
Perereca<br />
Osteocephalus taurinus Steindachner, 1862 Perereca<br />
Phyllomedusa tarsius (Cope, 1868)<br />
Perereca<br />
Phyllomedusa vaillantii Boulenger, 1882 Perereca<br />
Scinax ruber (Laurenti, 1768)<br />
Perereca<br />
Família Leptodactilidae<br />
Leptodactylus andreae Müller, 1923<br />
Sapo<br />
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) Sapo<br />
Leptodactylus pentadactylus (Laurenti, 1768) Sapo<br />
Leptodactylus petersii (Steindachner, 1864) Sapo<br />
Leptodactylus rhodomystax Boulenger, 1884 “1883″ Sapo<br />
Leptodactylus sp<br />
Sapo<br />
Pristimantis fenestratus (Steindachner, 1864) Sapo<br />
Família Microhylidae<br />
Elachistocleis ovalis (Schneider, 1799)<br />
-<br />
Família Ranidae<br />
Lithobates palmipes (Spix, 1824)<br />
-<br />
-<br />
I’mádíhn<br />
I’mádíhn<br />
I’mádíhn<br />
-<br />
Góag<br />
Góag<br />
Góag<br />
Góag<br />
Góag<br />
Góag<br />
Góag<br />
Góag<br />
Góag<br />
Koroja<br />
Koroja<br />
Koroja<br />
Koroja<br />
Koroja<br />
Koroja<br />
Koroja<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Mãygarã xu<br />
Mãygarã xu<br />
Mãygarã xu<br />
-<br />
Were<br />
Were<br />
Were<br />
Were<br />
Were<br />
Were<br />
Were<br />
Were<br />
Were<br />
Ûy<br />
Ûy<br />
Ûy<br />
Ûy<br />
Ûy<br />
Ûy<br />
Ûy<br />
-<br />
-<br />
Família Gekkonidae<br />
Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818)<br />
Família Gymnophthalmidae<br />
Lagartixa<br />
Kég keg<br />
-<br />
Arthrosaura kockii (Lidth de Jeude, 1904)<br />
Bachia sp<br />
Cercosaura eigenmanni (Griffin, 1917)<br />
Lepossoma sp<br />
Família Iguanidae<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Iguana iguana (Linnaeus, 1758)<br />
Família Polychrotidae<br />
Camaleão<br />
Asasó<br />
Ãrarãt<br />
35
HERPETOFAUNA RÉPTEIS E ANFÍBIOS<br />
Nome científico<br />
Nome popular Tupi-Mondé Rama Rama<br />
Anolis fuscoauratus D’Orbigny, 1837<br />
Anolis nitens (Wagler, 1830)<br />
Anolis punctatus Daudin, 1802<br />
Anolis transversalis Duméril, 1851<br />
Família Scincidae<br />
Mabuya nigropunctata (Spix, 1825)<br />
Família Sphaerodactylidae<br />
Coleodactylus amazonicus (Andersson, 1918)<br />
Gonatodes hasemani Griffin, 1917<br />
Gonatodes humeralis (Guichenot, 1855)<br />
Família Teiidae<br />
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)<br />
Crocodilurus lacertinus — PIANKA & VITT 2003<br />
Kentropyx altamazonica (Cope, 1876)<br />
Kentropyx pelviceps Cope, 1868<br />
Família Tropiduridae<br />
Plica plica (Linnaeus, 1758)<br />
Plica umbra (Linnaeus, 1758)<br />
Uranoscodon superciliosus (Linnaeus, 1758)<br />
Calango<br />
Calango<br />
Calango<br />
Calango<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Calango verde<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Abraça-pau<br />
Abraça-pau<br />
-<br />
Gahverí’gív<br />
Gahverí’gív<br />
Gahverí’gív<br />
Gahverí’gív<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Gero<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Yáo xahwerop<br />
Yáo xahwerop<br />
Yáo xahwerop<br />
Yáo xahwerop<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Yáo<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Yóga yóga<br />
Yóga yóga<br />
-<br />
Família Boidae<br />
Corallus hortulanus (Linnaeus, 1758)<br />
Epicrates cenchria (Linnaeus, 1758)<br />
Eunectes murinus (Linnaeus, 1758)<br />
Família Colubridae<br />
Chironius fuscus (Linnaeus, 1758)<br />
Clelia clelia (Daudin, 1803)<br />
Dipsas catesbyi (Sentzen, 1796)<br />
Dipsas indica Laurenti, 1768<br />
Drepanoides anomalus (Jan, 1863)<br />
Drymarchon corais (Boie, 1827)<br />
Helicops angulatus (Linnaeus, 1758)<br />
Imantodes cenchoa (Linnaeus, 1758)<br />
Leptodeira annulata (Linnaeus, 1758)<br />
Leptophis ahaetulla (Linnaeus, 1758)<br />
Oxybelis aeneus (Wagler, 1824)<br />
Oxyrhopus petola (Linnaeus, 1758)<br />
Siphlophis compressus (Daudin, 1803)<br />
Xenopholis scalaris (Wucherer, 1861)<br />
Família Elapidae<br />
Micrurus surinamensis (Cuvier, 1817)<br />
Família Viperidae<br />
Bothrops atrox (Linnaeus, 1758)<br />
Cobra veadeira<br />
-<br />
Sucuri<br />
-<br />
Muçurana<br />
Papa lesma<br />
Papa lesma<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Cobra cipó<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Coral<br />
Jararaca<br />
Mamin bòh<br />
-<br />
I’mádíhn<br />
Baj pev<br />
Zavápòh<br />
Zavápòh<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Tolovírí<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Bola kár poh<br />
Baj Sapóv Kir (juvenil)<br />
Xúlúg Xúlúg (adulto)<br />
-<br />
-<br />
Mãygarã xu<br />
-<br />
maybûk<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Maybûk<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Wãk wãk<br />
-<br />
36
Nome científico Nome popular Tupi-Mondé Rama Rama<br />
Família Chelidae<br />
Platemys platycephala (Schneider, 1792)<br />
Família Testudinidae<br />
Chelonoidis denticulata (Linnaeus, 1766)<br />
Família Alligatoridae<br />
Melanosuchus niger (Spix, 1825)<br />
-<br />
Jabuti<br />
Jacaré-açú<br />
-<br />
Amóa<br />
Vavó<br />
-<br />
Móa<br />
Wayo<br />
Nomes indígenas na língua Tupi-Mondé (povo Ikolen) e Rama Rama (povo Karo) de diversas espécies de répteis e<br />
anfíbios da Terra Indígena Igarapé Lourdes. Tabela elaborada conforme informações repassadas pelos pesquisadores<br />
indígenas utilizando guias de identificação de répteis e anfíbios da Amazônia:<br />
Nome científico<br />
Nome popular Tupi-Mondé Rama Rama<br />
Eunectes murinus (Linnaeus, 1758)<br />
Bothriopsis bilineata (Wied, 1821)<br />
Corallus caninus (Linnaeus, 1758)<br />
Bothrops atrox (Linnaeus, 1758)<br />
juvenil (rabo branco)<br />
Sucuri<br />
Cobra papagaio<br />
Periquitambóia<br />
Jararaca<br />
I’mádíhn<br />
Baj Kóhr<br />
Baj Kóhr<br />
Baj Sapóv Kir<br />
Mãygarã xu<br />
Koro’pe<br />
-<br />
-<br />
Bothrops atrox (Linnaeus, 1758) adulto<br />
Lachesis muta (Linnaeus, 1766)<br />
Crotalus durissus Linnaeus, 1758<br />
Boa constrictor Linnaeus, 1758<br />
Clelia clelia (Daudin, 1803)<br />
Atractus sp<br />
Micrurus sp (corais em geral)<br />
Clelia clelia (Daudin, 1803) juvenil<br />
Oxybelis fulgidus (Daudin, 1803)<br />
Oxybelis aeneus (Wagler, 1824)<br />
Anolis sp<br />
Dipsas indica Laurenti, 1768<br />
Plica plica (Linnaeus, 1758)<br />
Melanosuchus niger (Spix, 1825)<br />
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)<br />
Corallus hortulanus (Linnaeus, 1758)<br />
Chelonoidis carbonaria (Spix, 1824)<br />
Podocnemis sp<br />
Iguana iguana (Linnaeus, 1758)<br />
Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818)<br />
Amphisbaena fuliginosa Linnaeus, 1758<br />
Pristimantis sp<br />
Hypsiboas boans (Linnaeus, 1758)<br />
Scinax ruber (Laurenti, 1768)<br />
Rhinella sp<br />
Jararaca<br />
Surucucu<br />
Cascavel<br />
Jiboia<br />
Muçurana<br />
Cobra da terra<br />
Coral<br />
Muçurana<br />
Bicuda<br />
Cobra cipó<br />
Calango<br />
Papa lesma<br />
Abraça-pau<br />
Jacaré-açú<br />
Calango verde<br />
Cobra veadeira<br />
Jabuti<br />
Tartaruga<br />
Camaleão<br />
Lagartixa<br />
Cobra cega<br />
Sapo<br />
Perereca<br />
Perereca<br />
Cururu<br />
Xúlúg Xúlúg<br />
Baj kerev<br />
Baj kerév<br />
Baj pohj<br />
-<br />
Bola kár poh<br />
Bola kár poh<br />
Baj pev<br />
Tolovírí<br />
Tolovírí<br />
Gahverí’gív<br />
Zavápòh<br />
-<br />
Vavó<br />
Gero<br />
Mamin bòh<br />
Amóa<br />
Ixábéa<br />
Asasó<br />
Kég keg<br />
Vató káhv<br />
Koroja<br />
Góag<br />
Gálav xídúg<br />
Talaláh<br />
-<br />
Ximãran<br />
-<br />
Mãygarã xa<br />
-<br />
Atõ<br />
Wãk wãk<br />
maybûk<br />
Maybûk<br />
Maybûk<br />
Yáo xahwerop<br />
-<br />
Yóga yóga<br />
Wayo<br />
Yáo<br />
-<br />
Móa<br />
Móa<br />
Ãrarãt<br />
-<br />
-<br />
Ûy<br />
Were<br />
Noron noron<br />
Mururuy<br />
37
AVIFAUNA<br />
Um total de 288 espécies de aves foram registradas na Terra Indígena Igarapé Lourdes, município de Jí-Paraná<br />
– Rondônia. Essas espécies estão distribuídas em 59 famílias, das quais Thamnophilidae (32), Tyrannidae (27),<br />
Thraupidae (15), Psittacidade (14) e Dendrocolaptidae (13), são as mais representativas quanto à riqueza de espécies.<br />
A avifauna amostrada apresenta vários níveis de endemismos (Haffer, 1985; Haffer, 1990). Das 288 espécies<br />
registradas, 30%(86) são endêmicas da Amazônia, das quais 04 (Pyrrhura perlata, Capito dayi, Rhegmatorhina<br />
hoffmannsi e Lepidothrix nattereri), estão restritas à sub-região zoogeográfica Madeira-Tapajós (Stotz et al., 1996).<br />
Nome científico Nome popular Nome Tupi-Mondé<br />
Família Tinamidae Gray, 1840<br />
Tinamus tao Temminck, 1815<br />
Tinamus major (Gmelin, 1789)<br />
Crypturellus cinereus (Gmelin, 1789) - EnAM<br />
Crypturellus soui (Hermann, 1783)<br />
Crypturellus strigulosus (Temminck, 1815) - EnAM<br />
Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827)<br />
Família Anatidae Leach, 1820<br />
Neochen jubata (Spix, 1825)<br />
Família Cracidae Rafinesque, 1815<br />
Ortalis guttata (Spix, 1825) - EnAM<br />
Penelope jacquacu Spix, 1825 - EnAM<br />
Aburria cujubi (Pelzeln, 1858) - EnAM<br />
Pauxi tuberosa (Spix, 1825) - EnAM<br />
Família Odontophoridae Gould, 1844<br />
Odontophorus gujanensis (Gmelin, 1789)<br />
Família Anhingidae Reichenbach, 1849<br />
Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766)<br />
Família Ardeidae Leach, 1820<br />
Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783)<br />
Butorides striata (Linnaeus, 1758)<br />
Ardea alba Linnaeus, 1758<br />
Pilherodius pileatus (Boddaert, 1783)<br />
Egretta thula (Molina, 1782)<br />
Família Threskiornithidae Poche, 1904<br />
Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789)<br />
Família Cathartidae Lafresnaye, 1839<br />
Cathartes melambrotus Wetmore, 1964 - EnAM<br />
Coragyps atratus (Bechstein, 1793)<br />
Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758)<br />
Família Accipitridae Vigors, 1824<br />
Leptodon cayanensis (Latham, 1790)<br />
Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758)<br />
Gampsonyx swainsonii Vigors, 1825<br />
Harpagus bidentatus (Latham, 1790)<br />
Azulona<br />
inhambu-de-cabeça-vermelha<br />
inhambu-preto<br />
Tururim<br />
inhambu-relógio<br />
inhambu-chororó<br />
pato-corredor<br />
Aracuã<br />
jacu-de-spix<br />
Cujubi<br />
mutum-cavalo<br />
uru-corcovado<br />
Biguatinga<br />
socó-boi<br />
Socozinho<br />
garça-branca-grande<br />
garça-real<br />
garça-branca-pequena<br />
coró-coró<br />
urubu-da-mata<br />
urubu-de-cabeça-preta<br />
urubu-rei<br />
gavião-de-cabeça-cinza<br />
gavião-tesoura<br />
Gaviãozinho<br />
gavião-ripina<br />
-<br />
Vatehr<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Támóh kun<br />
Tamóh<br />
-<br />
Vakoj<br />
Tokolh<br />
-<br />
Bága béh<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Paja vuj<br />
-<br />
-<br />
Majakò<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
38
Nome científico Nome popular Nome Tupi-Mondé<br />
Accipiter bicolor (Vieillot, 1817)<br />
gavião-bombachinha-grande<br />
Ictinia plumbea (Gmelin, 1788)<br />
Sovi<br />
Urubitinga urubitinga (Gmelin, 1788)<br />
gavião-preto<br />
Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788)<br />
gavião-carijó<br />
Pseudastur albicollis (Latham, 1790)<br />
gavião-branco<br />
Buteo nitidus (Latham, 1790)<br />
gavião-pedrês<br />
Harpia harpyja (Linnaeus, 1758)<br />
gavião-real<br />
Spizaetus ornatus (Daudin, 1800)<br />
gavião-de-penacho<br />
Família Falconidae Leach, 1820<br />
Daptrius ater Vieillot, 1816 - EnAM<br />
gavião-de-anta<br />
Ibycter americanus (Boddaert, 1783)<br />
Gralhão<br />
Caracara plancus (Miller, 1777)<br />
Caracará<br />
Milvago chimachima (Vieillot, 1816)<br />
Carrapateiro<br />
Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758) Acauã<br />
Micrastur ruficollis (Vieillot, 1817)<br />
falcão-caburé<br />
Micrastur mintoni Whittaker, 2002<br />
falcão-críptico<br />
Falco rufigularis Daudin, 1800<br />
Cauré<br />
Família Eurypygidae Selby, 1840<br />
Eurypyga helias (Pallas, 1781)<br />
pavãozinho-do-pará<br />
Família Psophiidae Bonaparte, 1831<br />
Psophia viridis Spix, 1825 - EnAM<br />
jacamim-de-costas-verdes<br />
Família Rallidae Rafinesque, 1815<br />
Aramides cajanea (Statius Muller, 1776)<br />
saracura-três-potes<br />
Laterallus melanophaius (Vieillot, 1819)<br />
sanã-parda<br />
Família Heliornithidae Gray, 1840<br />
Heliornis fulica (Boddaert, 1783)<br />
Picaparra<br />
Família Charadriidae Leach, 1820<br />
Vanellus chilensis (Molina, 1782)<br />
quero-quero<br />
Família Scolopacidae Rafinesque, 1815<br />
Tringa solitaria Wilson, 1813<br />
maçarico-solitário<br />
Família Jacanidae Chenu & Des Murs, 1854<br />
Jacana jacana (Linnaeus, 1766)<br />
Jaçanã<br />
Família Columbidae Leach, 1820<br />
Columbina talpacoti (Temminck, 1811)<br />
rolinha-roxa<br />
Claravis pretiosa (Ferrari-Perez, 1886)<br />
pararu-azul<br />
Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818)<br />
pomba-amargosa<br />
Patagioenas subvinacea (Lawrence, 1868) pomba-botafogo<br />
Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855<br />
juriti-pupu<br />
Geotrygon montana (Linnaeus, 1758)<br />
Pariri<br />
Família Psittacidae Rafinesque, 1815<br />
Ara ararauna (Linnaeus, 1758)<br />
arara-canindé<br />
Ara macao (Linnaeus, 1758)<br />
Araracanga<br />
Ara chloropterus Gray, 1859<br />
arara-vermelha-grande<br />
Ara severus (Linnaeus, 1758)<br />
maracanã-guaçu<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Ikóló<br />
-<br />
Zè<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Besarav<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Bákálav súhr<br />
Tamali<br />
Xigitohr<br />
Xigir tóhr túg<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Tohr<br />
-<br />
-<br />
-<br />
I djòh<br />
Kasalh kihr<br />
-<br />
Kasalh tere<br />
Géreg géregà<br />
39
AVIFAUNA<br />
Nome científico Nome popular Nome Tupi-Mondé<br />
Orthopsittaca manilata (Boddaert, 1783)<br />
maracanã-do-buriti<br />
Aratinga weddellii (Deville, 1851) - EnAM<br />
periquito-de-cabeça-suja<br />
Pyrrhura perlata (Spix, 1824) - EnAM<br />
tiriba-de-barriga-vermelha<br />
Brotogeris chrysoptera (Linnaeus, 1766)<br />
periquito-de-asa-dourada<br />
Pionites leucogaster (Kuhl, 1820) - EnAM<br />
marianinha-de-cabeça-amarela<br />
Pyrilia barrabandi (Kuhl, 1820) - EnAM<br />
curica-de-bochecha-laranja<br />
Pionus menstruus (Linnaeus, 1766)<br />
maitaca-de-cabeça-azul<br />
Amazona farinosa (Boddaert, 1783)<br />
papagaio-moleiro<br />
Amazona ochrocephala (Gmelin, 1788)<br />
papagaio-campeiro<br />
Deroptyus accipitrinus (Linnaeus, 1758) - EnAM Anacã<br />
Família Opisthocomidae Swainson, 1837<br />
Opisthocomus hoazin (Statius Muller, 1776) Cigana<br />
Família Cuculidae Leach, 1820<br />
Piaya cayana (Linnaeus, 1766)<br />
alma-de-gato<br />
Piaya melanogaster (Vieillot, 1817) - EnAM chincoã-de-bico-vermelho<br />
Coccyzus americanus (Linnaeus, 1758)<br />
papa-lagarta-de-asa-vermelha<br />
Crotophaga major Gmelin, 1788<br />
anu-coroca<br />
Crotophaga ani Linnaeus, 1758<br />
anu-preto<br />
Tapera naevia (Linnaeus, 1766)<br />
Saci<br />
Dromococcyx phasianellus (Spix, 1824)<br />
peixe-frito-verdadeiro<br />
Família Tytonidae Mathews, 1912<br />
Tyto alba (Scopoli, 1769)<br />
coruja-da-igreja<br />
Família Strigidae Leach, 1820<br />
Megascops watsonii (Cassin, 1849) - EnAM corujinha-orelhuda<br />
Lophostrix cristata (Daudin, 1800)<br />
coruja-de-crista<br />
Pulsatrix perspicillata (Latham, 1790)<br />
Murucututu<br />
Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788)<br />
Caburé<br />
Família Nyctibiidae Chenu & Des Murs, 1851<br />
Nyctibius griseus (Gmelin, 1789)<br />
mãe-da-lua<br />
Família Caprimulgidae Vigors, 1825<br />
Nyctiphrynus ocellatus (Tschudi, 1844)<br />
bacurau-ocelado<br />
Lurocalis semitorquatus (Gmelin, 1789)<br />
Tuju<br />
Hydropsalis nigrescens (Cabanis, 1848)<br />
bacurau-de-lajeado<br />
Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789)<br />
Bacurau<br />
Hydropsalis climacocerca (Tschudi, 1844) - EnAM Acurana<br />
Família Apodidae Olphe-Galliard, 1887<br />
Chaetura brachyura (Jardine, 1846)<br />
andorinhão-de-rabo-curto<br />
Tachornis squamata (Cassin, 1853)<br />
andorinhão-do-buriti<br />
Família Trochilidae Vigors, 1825<br />
Glaucis hirsutus (Gmelin, 1788)<br />
balança-rabo-de-bico-torto<br />
Threnetes leucurus (Linnaeus, 1766) - EnAM balança-rabo-de-garganta-preta<br />
Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758)<br />
rabo-branco-rubro<br />
Phaethornis philippii (Bourcier, 1847) - EnAM rabo-branco-amarelo<br />
Phaethornis superciliosus (Linnaeus, 1766) rabo-branco-de-bigodes<br />
-<br />
Gérétihr<br />
-<br />
Kìhn<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Avalav<br />
-<br />
Sec sec<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Àjbehv<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Po po<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Kalir sahr<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Piruhn<br />
40
Nome científico Nome popular Nome Tupi-Mondé<br />
Campylopterus largipennis (Boddaert, 1783)<br />
Thalurania furcata (Gmelin, 1788)<br />
Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788)<br />
Família Trogonidae Lesson, 1828<br />
Trogon melanurus Swainson, 1838<br />
Trogon viridis Linnaeus, 1766<br />
Trogon curucui Linnaeus, 1766<br />
Trogon rufus Gmelin, 1788<br />
Trogon collaris Vieillot, 1817<br />
Pharomachrus pavoninus (Spix, 1824) - EnAM<br />
Família Alcedinidae Rafinesque, 1815<br />
Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766)<br />
Chloroceryle americana (Gmelin, 1788)<br />
Chloroceryle inda (Linnaeus, 1766)<br />
Família Momotidae Gray, 1840<br />
Electron platyrhynchum (Leadbeater, 1829)<br />
Momotus momota (Linnaeus, 1766)<br />
Família Galbulidae Vigors, 1825<br />
Brachygalba lugubris (Swainson, 1838)<br />
Galbula cyanicollis Cassin, 1851 - EnAM<br />
Galbula ruficauda Cuvier, 1816<br />
Galbula dea (Linnaeus, 1758) - EnAM<br />
Jacamerops aureus (Statius Muller, 1776)<br />
Família Bucconidae Horsfield, 1821<br />
Notharchus hyperrhynchus (Sclater, 1856)<br />
Notharchus tectus (Boddaert, 1783)<br />
Nystalus striolatus (Pelzeln, 1856) - EnAM<br />
Malacoptila rufa (Spix, 1824) - EnAM<br />
Nonnula rubecula (Spix, 1824)<br />
Monasa nigrifrons (Spix, 1824)<br />
Monasa morphoeus (Hahn & Küster, 1823)<br />
Chelidoptera tenebrosa (Pallas, 1782)<br />
Família Capitonidae Bonaparte, 1838<br />
Capito dayi Cherrie, 1916 - EnAM<br />
Família Ramphastidae Vigors, 1825<br />
Ramphastos tucanus Linnaeus, 1758<br />
Ramphastos vitellinus Lichtenstein, 1823<br />
Selenidera gouldii (Natterer, 1837) - EnAM<br />
Pteroglossus inscriptus Swainson, 1822 - EnAM<br />
Pteroglossus bitorquatus Vigors, 1826 - EnAM<br />
Família Picidae Leach, 1820<br />
Picumnus aurifrons Pelzeln, 1870 - EnAM<br />
Melanerpes cruentatus (Boddaert, 1783)<br />
Piculus flavigula (Boddaert, 1783)<br />
asa-de-sabre-cinza<br />
beija-flor-tesoura-verde<br />
beija-flor-de-garganta-verde<br />
surucuá-de-cauda-preta<br />
surucuá-grande-de-barriga-amarela<br />
surucuá-de-barriga-vermelha<br />
surucuá-de-barriga-amarela<br />
surucuá-de-coleira<br />
surucuá-pavão<br />
martim-pescador-grande<br />
martim-pescador-pequeno<br />
martim-pescador-da-mata<br />
udu-de-bico-largo<br />
udu-de-coroa-azul<br />
ariramba-preta<br />
ariramba-da-mata<br />
ariramba-de-cauda-ruiva<br />
ariramba-do-paraíso<br />
jacamaraçu<br />
macuru-de-testa-branca<br />
macuru-pintado<br />
rapazinho-estriado<br />
barbudo-de-pescoço-ferrugem<br />
macuru<br />
chora-chuva-preto<br />
chora-chuva-de-cara-branca<br />
urubuzinho<br />
capitão-de-cinta<br />
tucano-grande-de-papo-branco<br />
tucano-de-bico-preto<br />
saripoca-de-gould<br />
araçari-miudinho-de-bico-riscado<br />
araçari-de-pescoço-vermelho<br />
pica-pau-anão-dourado<br />
benedito-de-testa-vermelha<br />
pica-pau-bufador<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Sálá kuhv<br />
Sálá kuhv<br />
Sálá kuhv<br />
-<br />
Sálá kuhv<br />
-<br />
Ixano’ aá<br />
Ixano’ aá<br />
Ixano’ aá<br />
-<br />
-<br />
-<br />
I pi’ur pi’ur<br />
I pi’ur pi’ur<br />
I pi’ur pi’ur<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Djav karáv<br />
-<br />
Tamikunv<br />
Tamikunv<br />
-<br />
-<br />
Gurav<br />
Djókáhn<br />
Bata súhr<br />
-<br />
Serevá<br />
Kere’ ùhv<br />
-<br />
41
AVIFAUNA<br />
Nome científico Nome popular Nome Tupi-Mondé<br />
Celeus grammicus (Natterer & Malherbe, 1845) - EnAM picapauzinho-chocolate<br />
Celeus elegans (Statius Muller, 1776)<br />
pica-pau-chocolate<br />
Celeus torquatus (Boddaert, 1783)<br />
pica-pau-de-coleira<br />
Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766)<br />
pica-pau-de-banda-branca<br />
Campephilus rubricollis (Boddaert, 1783)<br />
pica-pau-de-barriga-vermelha<br />
Família Thamnophilidae Swainson, 1824<br />
Pygiptila stellaris (Spix, 1825)<br />
choca-cantadora<br />
Microrhopias quixensis (Cornalia, 1849)<br />
papa-formiga-de-bando<br />
Myrmeciza atrothorax (Boddaert, 1783) - EnAM formigueiro-de-peito-preto<br />
Epinecrophylla leucophthalma (Pelzeln, 1868) - EnAM choquinha-de-olho-branco<br />
Epinecrophylla haematonota (Sclater, 1857)<br />
choquinha-de-garganta-carijó<br />
Myrmotherula brachyura (Hermann, 1783) - EnAM choquinha-miúda<br />
Myrmotherula hauxwelli (Sclater, 1857) - EnAM choquinha-de-garganta-clara<br />
Myrmotherula axillaris (Vieillot, 1817)<br />
choquinha-de-flanco-branco<br />
Myrmotherula longipennis Pelzeln, 1868 - EnAM choquinha-de-asa-comprida<br />
Thamnomanes saturninus (Pelzeln, 1878)<br />
uirapuru-selado<br />
Thamnomanes caesius (Temminck, 1820)<br />
ipecuá<br />
Dichrozona cincta (Pelzeln, 1868) - EnAM<br />
tovaquinha<br />
Herpsilochmus rufimarginatus (Temminck, 1822) chorozinho-de-asa-vermelha<br />
Sakesphorus luctuosus (Lichtenstein, 1823) - EnAM choca-d’água<br />
Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764)<br />
choca-barrada<br />
Thamnophilus schistaceus d’Orbigny, 1835 - EnAM choca-de-olho-vermelho<br />
Thamnophilus aethiops Sclater, 1858<br />
choca-lisa<br />
Thamnophilus amazonicus Sclater, 1858 - EnAM choca-canela<br />
Cymbilaimus lineatus (Leach, 1814)<br />
papa-formiga-barrado<br />
Sclateria naevia (Gmelin, 1788)<br />
papa-formiga-do-igarapé<br />
Schistocichla rufifacies (Hellmayr, 1929) - EnAM formigueiro-de-cara-ruiva<br />
Hypocnemoides maculicauda (Pelzeln, 1868) - EnAM solta-asa<br />
Hylophylax naevius (Gmelin, 1789) - EnAM<br />
guarda-floresta<br />
Hylophylax punctulatus (Des Murs, 1856) - EnAM guarda-várzea<br />
Myrmoborus leucophrys (Tschudi, 1844) - EnAM papa-formiga-de-sobrancelha<br />
Myrmoborus myotherinus (Spix, 1825)<br />
formigueiro-de-cara-preta<br />
Cercomacra cinerascens (Sclater, 1857) - EnAM chororó-pocuá<br />
Cercomacra nigrescens (Cabanis & Heine, 1859) chororó-negro<br />
Hypocnemis subflava Cabanis, 1873<br />
cantador-galego<br />
Willisornis poecilinotus (Cabanis, 1847) - EnAM rendadinho<br />
Phlegopsis nigromaculata (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837) - EnAM mãe-de-taoca<br />
Rhegmatorhina hoffmannsi (Hellmayr, 1907) - EnAM mãe-de-taoca-papuda<br />
Família Conopophagidae Sclater & Salvin, 1873<br />
Conopophaga aurita (Gmelin, 1789)<br />
chupa-dente-de-cinta<br />
Família Grallariidae Sclater & Salvin, 1873<br />
Grallaria varia (Boddaert, 1783)<br />
tovacuçu<br />
Myrmothera campanisona (Hermann, 1783) - EnAM tovaca-patinho<br />
Família Rhinocryptidae Wetmore, 1930 (1837)<br />
-<br />
-<br />
Serev adarov<br />
Serevá adahr vóhv<br />
-<br />
-<br />
Indún<br />
Indún<br />
Piripirpir<br />
Piripirpir<br />
Piripirpir<br />
Piripirpir<br />
Piripirpir<br />
-<br />
Kar piúhv<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
-<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
-<br />
Indún<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Indún<br />
-<br />
Í´uhv<br />
Í´uhv<br />
-<br />
Indún<br />
-<br />
Indún<br />
Xiav kurui<br />
Indún<br />
-<br />
Iririi<br />
-<br />
42
Nome científico Nome popular Nome Tupi-Mondé<br />
Liosceles thoracicus (Sclater, 1865) - EnAM<br />
Família Formicariidae Gray, 1840<br />
Formicarius colma Boddaert, 1783<br />
Formicarius analis (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837)<br />
Família Scleruridae Swainson, 1827<br />
Sclerurus mexicanus Sclater, 1857<br />
Sclerurus rufigularis Pelzeln, 1868 - EnAM<br />
Sclerurus caudacutus (Vieillot, 1816)<br />
Família Dendrocolaptidae Gray, 1840<br />
Dendrocincla fuliginosa (Vieillot, 1818)<br />
Dendrocincla merula (Lichtenstein, 1829) - EnAM<br />
Deconychura longicauda (Pelzeln, 1868)<br />
Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818)<br />
Glyphorynchus spirurus (Vieillot, 1819)<br />
Xiphorhynchus elegans (Pelzeln, 1868) - EnAM<br />
Xiphorhynchus obsoletus (Lichtenstein, 1820) - EnAM<br />
Xiphorhynchus guttatus (Lichtenstein, 1820) - EnAM<br />
Campylorhamphus procurvoides (Lafresnaye, 1850) - EnAM<br />
Dendroplex picus (Gmelin, 1788)<br />
Nasica longirostris (Vieillot, 1818) - EnAM<br />
Dendrexetastes rufigula (Lesson, 1844) - EnAM<br />
Hylexetastes perrotii (Lafresnaye, 1844) - EnAM<br />
Família Furnariidae Gray, 1840<br />
Xenops minutus (Sparrman, 1788)<br />
Automolus ochrolaemus (Tschudi, 1844)<br />
Automolus infuscatus (Sclater, 1856) - EnAM<br />
Philydor erythrocercum (Pelzeln, 1859) - EnAM<br />
Synallaxis rutilans Temminck, 1823 - EnAM<br />
Synallaxis gujanensis (Gmelin, 1789) - EnAM<br />
Família Pipridae Rafinesque, 1815<br />
Tyranneutes stolzmanni (Hellmayr, 1906) - EnAM<br />
Pipra rubrocapilla Temminck, 1821<br />
Lepidothrix nattereri (Sclater, 1865) - EnAM<br />
Chiroxiphia pareola (Linnaeus, 1766)<br />
Família Tityridae Gray, 1840<br />
Onychorhynchus coronatus (Statius Muller, 1776) - EnAM<br />
Terenotriccus erythrurus (Cabanis, 1847)<br />
Myiobius barbatus (Gmelin, 1789)<br />
Schiffornis amazona (Sclater, 1860)<br />
Laniocera hypopyrra (Vieillot, 1817)<br />
Tityra cayana (Linnaeus, 1766)<br />
Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818)<br />
Pachyramphus minor (Lesson, 1830) - EnAM<br />
Família Cotingidae Bonaparte, 1849<br />
corneteiro-da-mata<br />
galinha-do-mato<br />
pinto-do-mato-de-cara-preta<br />
vira-folha-de-peito-vermelho<br />
vira-folha-de-bico-curto<br />
vira-folha-pardo<br />
arapaçu-pardo<br />
arapaçu-da-taoca<br />
arapaçu-rabudo<br />
arapaçu-verde<br />
arapaçu-de-bico-de-cunha<br />
arapaçu-elegante<br />
arapaçu-riscado<br />
arapaçu-de-garganta-amarela<br />
arapaçu-de-bico-curvo<br />
arapaçu-de-bico-branco<br />
arapaçu-de-bico-comprido<br />
arapaçu-galinha<br />
arapaçu-de-bico-vermelho<br />
bico-virado-miúdo<br />
barranqueiro-camurça<br />
barranqueiro-pardo<br />
limpa-folha-de-sobre-ruivo<br />
joão-teneném-castanho<br />
joão-teneném-becuá<br />
uirapuruzinho<br />
cabeça-encarnada<br />
uirapuru-de-chapéu-branco<br />
tangará-falso<br />
maria-leque<br />
papa-moscas-uirapuru<br />
assanhadinho<br />
flautim-da-amazônia<br />
chorona-cinza<br />
anambé-branco-de-rabo-preto<br />
caneleiro-preto<br />
caneleiro-pequeno<br />
-<br />
Mavxilalúhr<br />
Mavxilalúhr<br />
Basev pogi<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Sérev Túg<br />
Sereva<br />
Sereva<br />
Sereva<br />
Indún<br />
Sereva<br />
-<br />
-<br />
Indún<br />
Indún<br />
Duj duj<br />
Duj duj<br />
-<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Kiug<br />
Kiug<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
-<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
43
AVIFAUNA<br />
Nome científico Nome popular Nome Tupi-Mondé<br />
Lipaugus vociferans (Wied, 1820)<br />
Xipholena punicea (Pallas, 1764) - EnAM<br />
Cotinga cayana (Linnaeus, 1766) - EnAM<br />
Querula purpurata (Statius Muller, 1776)<br />
Phoenicircus nigricollis Swainson, 1832 - EnAM<br />
Família Incertae sedis<br />
Platyrinchus coronatus Sclater, 1858 - EnAM<br />
Platyrinchus platyrhynchos (Gmelin, 1788) - EnAM<br />
Piprites chloris (Temminck, 1822)<br />
Família Rhynchocyclidae Berlepsch, 1907<br />
Mionectes oleagineus (Lichtenstein, 1823)<br />
Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846<br />
Corythopis torquatus (Tschudi, 1844) - EnAM<br />
Tolmomyias assimilis (Pelzeln, 1868)<br />
Tolmomyias poliocephalus (Taczanowski, 1884)<br />
Todirostrum maculatum (Desmarest, 1806) - EnAM<br />
Hemitriccus minor (Snethlage, 1907) - EnAM<br />
Família Tyrannidae Vigors, 1825<br />
Zimmerius gracilipes (Sclater & Salvin, 1868)<br />
Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824)<br />
Elaenia spectabilis Pelzeln, 1868<br />
Myiopagis gaimardii (d’Orbigny, 1839)<br />
Attila spadiceus (Gmelin, 1789)<br />
Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859<br />
Myiarchus ferox (Gmelin, 1789)<br />
Rhytipterna simplex (Lichtenstein, 1823)<br />
Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766)<br />
Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766)<br />
Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766)<br />
Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819<br />
Tyrannus savana Vieillot, 1808<br />
Empidonomus varius (Vieillot, 1818)<br />
Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831)<br />
Família Vireonidae Swainson, 1837<br />
Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789)<br />
Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766)<br />
Hylophilus ochraceiceps Sclater, 1860<br />
Família Hirundinidae Rafinesque, 1815<br />
Atticora fasciata (Gmelin, 1789) - EnAM<br />
Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817)<br />
Progne chalybea (Gmelin, 1789)<br />
Tachycineta albiventer (Boddaert, 1783)<br />
Família Troglodytidae Swainson, 1831<br />
Microcerculus marginatus (Sclater, 1855)<br />
cricrió<br />
anambé-pompadora<br />
anambé-azul<br />
anambé-una<br />
saurá-de-pescoço-preto<br />
patinho-de-coroa-dourada<br />
patinho-de-coroa-branca<br />
papinho-amarelo<br />
abre-asa<br />
cabeçudo<br />
estalador-do-norte<br />
bico-chato-da-copa<br />
bico-chato-de-cabeça-cinza<br />
ferreirinho-estriado<br />
maria-sebinha<br />
poiaeiro-de-pata-fina<br />
risadinha<br />
guaracava-grande<br />
maria-pechim<br />
capitão-de-saíra-amarelo<br />
irré<br />
maria-cavaleira<br />
vissiá<br />
bem-te-vi<br />
neinei<br />
bentevizinho-de-asa-ferrugínea<br />
suiriri<br />
tesourinha<br />
peitica<br />
guaracavuçu<br />
pitiguari<br />
juruviara<br />
vite-vite-uirapuru<br />
peitoril<br />
andorinha-serradora<br />
andorinha-doméstica-grande<br />
andorinha-do-rio<br />
uirapuru-veado<br />
Tuja<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
-<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
-<br />
Iv xi po’uhr<br />
Indún<br />
Indún<br />
-<br />
Dagá vuj<br />
Indún<br />
-<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Xoli kúv piv<br />
Indún<br />
Xoli kuhv<br />
Indún<br />
Indún<br />
44
Nome científico Nome popular Nome Tupi-Mondé<br />
Troglodytes musculus Naumann, 1823<br />
corruíra<br />
Campylorhynchus turdinus (Wied, 1831)<br />
catatau<br />
Pheugopedius genibarbis (Swainson, 1838) garrinchão-pai-avô<br />
Cyphorhinus arada (Hermann, 1783) - EnAM uirapuru-verdadeiro<br />
Família Polioptilidae Baird, 1858<br />
Ramphocaenus melanurus Vieillot, 1819<br />
bico-assovelado<br />
Família Turdidae Rafinesque, 1815<br />
Turdus fumigatus Lichtenstein, 1823<br />
sabiá-da-mata<br />
Turdus lawrencii Coues, 1880 - EnAM<br />
caraxué-de-bico-amarelo<br />
Turdus albicollis Vieillot, 1818<br />
sabiá-coleira<br />
Família Coerebidae d’Orbigny & Lafresnaye, 1838<br />
Coereba flaveola (Linnaeus, 1758)<br />
cambacica<br />
Thraupidae Cabanis, 1847<br />
Saltator maximus (Statius Muller, 1776)<br />
tempera-viola<br />
Saltator coerulescens Vieillot, 1817<br />
sabiá-gongá<br />
Lamprospiza melanoleuca (Vieillot, 1817) - EnAM pipira-de-bico-vermelho<br />
Ramphocelus carbo (Pallas, 1764)<br />
pipira-vermelha<br />
Lanio cristatus (Linnaeus, 1766) - EnAM<br />
tiê-galo<br />
Lanio surinamus (Linnaeus, 1766) - EnAM<br />
tem-tem-de-topete-ferrugíneo<br />
Tangara mexicana (Linnaeus, 1766) - EnAM saíra-de-bando<br />
Tangara chilensis (Vigors, 1832) - EnAM<br />
sete-cores-da-amazônia<br />
Tangara episcopus (Linnaeus, 1766)<br />
sanhaçu-da-amazônia<br />
Tangara palmarum (Wied, 1823)<br />
sanhaçu-do-coqueiro<br />
Tangara cayana (Linnaeus, 1766)<br />
saíra-amarela<br />
Paroaria gularis (Linnaeus, 1766)<br />
cardeal-da-amazônia<br />
Tersina viridis (Illiger, 1811)<br />
saí-andorinha<br />
Dacnis cayana (Linnaeus, 1766)<br />
saí-azul<br />
Cyanerpes caeruleus (Linnaeus, 1758)<br />
saí-de-perna-amarela<br />
Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766)<br />
saíra-de-papo-preto<br />
Emberizidae Vigors, 1825<br />
Ammodramus aurifrons (Spix, 1825)<br />
cigarrinha-do-campo<br />
Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766)<br />
tiziu<br />
Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823)<br />
baiano<br />
Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823)<br />
coleirinho<br />
Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766)<br />
curió<br />
Arremon taciturnus (Hermann, 1783)<br />
tico-tico-de-bico-preto<br />
Cardinalidae Ridgway, 1901<br />
Habia rubica (Vieillot, 1817)<br />
tiê-do-mato-grosso<br />
Cyanoloxia cyanoides (Lafresnaye, 1847)<br />
azulão-da-amazônia<br />
Parulidae Wetmore, Friedmann, Lincoln, Miller,<br />
Peters, van Rossem, Van Tyne & Zimmer 1947<br />
Phaeothlypis fulvicauda (Spix, 1825)<br />
pula-pula-de-cauda-avermelhada<br />
Icteridae Vigors, 1825<br />
Psarocolius viridis (Statius Muller, 1776) - EnAM japu-verde<br />
Indún<br />
Gav xipo bag<br />
Indún<br />
Patitetuia<br />
-<br />
Hoxihr<br />
Hoxihr<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
-<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
-<br />
Indún<br />
Indún<br />
Paxihr<br />
Paxihr<br />
Indún<br />
Aro vuhr<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
Indún<br />
-<br />
Indún<br />
Vazer atínij<br />
Indún<br />
Indún<br />
Kuj kuj<br />
-<br />
Indún<br />
45
AVIFAUNA<br />
Nome científico Nome popular Nome Tupi-Mondé<br />
Psarocolius decumanus (Pallas, 1769)<br />
Cacicus cela (Linnaeus, 1758)<br />
Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766)<br />
Molothrus oryzivorus (Gmelin, 1788)<br />
Fringillidae Leach, 1820<br />
Euphonia laniirostris d’Orbigny & Lafresnaye, 1837<br />
Euphonia xanthogaster Sundevall, 1834<br />
japu<br />
xexéu<br />
inhapim<br />
iraúna-grande<br />
gaturamo-de-bico-grosso<br />
fim-fim-grande<br />
Iraláh<br />
Barav<br />
Indún<br />
Atáv<br />
Indún<br />
Indún<br />
MASTOFAUNA<br />
Foram registradas na Terra Indígena Igarapé Lourdes um total de 171 avistamentos, durante 286,2 km, com um total<br />
de 36 espécies.<br />
Nome científico Nome popular Nome Tupi-Mondé<br />
Ateles chamek<br />
Lagothrix lagotricha<br />
Alouatta seniculus<br />
Callicebus brunneus<br />
Saimiri ustus<br />
Pithecia irrorata<br />
Cebus apella<br />
Chiropotes albinasus<br />
Callithrix emiliae<br />
Dasypus kaplery<br />
Tamanduá tetradactyla<br />
Mazama americana<br />
Mazama gouazoupira<br />
Pecari tajacu<br />
Tayassu pecari<br />
Dasyprocta fuliginosa<br />
Sciurius ignitus<br />
Sciurius spadiceus<br />
Macaco-preto<br />
Macaco Barrigudo<br />
Macaco guariba<br />
Macaco zogue<br />
Macaco-de-cheiro<br />
Macaco Velho/Parauacú<br />
Macaco- Prego<br />
Macaco Cuxiú<br />
Macaco soim<br />
Tatu-quinze-quilos<br />
Tamanduá-Mirim<br />
Veado Vemelho<br />
Veado Roxo<br />
Caititu<br />
Porcão/Queixada<br />
Cutia<br />
Quatipuru roxo<br />
Quatipuru vermelho<br />
Alimé<br />
Alimé Kòhr<br />
Pékó<br />
Mádùhn<br />
Basáj madjig<br />
Basáj kòràh<br />
Basáj Kàhv<br />
Basáj pev<br />
Djìn gùhv<br />
Mazòj<br />
Xikólía<br />
Iti<br />
Iti pev<br />
Bebe kór<br />
Bebe<br />
Vakin<br />
Báj Kír pev<br />
Báj Kír<br />
46
3. ETNOZONEAMENTO<br />
TEXTO<br />
Ivaneide Bandeira Cardozo<br />
Alberto Arara<br />
Álvaro Noep Arara<br />
Célio Arara<br />
Cícero Arara<br />
Francisco Arara<br />
Firmino Arara<br />
Marcelo Arara<br />
Mário Arara<br />
Sebastião Arara<br />
Adonias Sebirop da Silva<br />
Afonso Gavião<br />
Amarildo Gavião<br />
Antonio Tapa Gavião<br />
Arnaldo Pabe Gavião<br />
Cena Kere´ap Gavião<br />
Chambete Gavião<br />
Colombo Gavião<br />
Delson Gavião<br />
Digüt Gavião<br />
Emilio Gavião<br />
Iran Gavião<br />
Isabel Gavião<br />
Jonas Gavião<br />
João Gavião<br />
José Gavião<br />
Josias Sebirop da Silva<br />
Rodrigo Gavião<br />
Marcio Gavião<br />
Matilde Gavião<br />
Miguel Gavião<br />
Moisés Seri Gavião<br />
Pitkawa Gavião<br />
Raimundo Gavião<br />
Sebastião Gavião<br />
Valdemar Gavião<br />
47
INTRODUÇÃO<br />
O etnozoneamento é um instrumento de planejamento<br />
que vem sendo utilizado na elaboração de Planos de<br />
Gestão Ambiental das terras indígenas por organizações<br />
indígenas, governo e outras instituições que atuam em<br />
terras indígenas, em busca do desenvolvimento sustentável,<br />
que respeite e valorize a cultura indígena.<br />
No etnozoneamento da Terra Indígena Igarapé Lourdes,<br />
os Karo e Ikolen buscaram fazer o ordenamento territorial,<br />
garantindo a exploração e o manejo dos recursos<br />
naturais, recuperação, conservação e preservação<br />
ambiental, proteção das áreas sagradas, resgate de<br />
regiões perdidas pelo avanço dos invasores e valorização<br />
cultural.<br />
Os indígenas elaboraram o mapa do etnozoneamento<br />
durante a Validação do Diagnóstico Etnoambiental<br />
e para cada zona foram planejadas as ações a serem<br />
desenvolvidas.<br />
Para a elaboração do quadro de zoneamento foram<br />
estabelecidos critérios que fossem de fácil entendimento<br />
de todos.<br />
Para a Zona de Proteção Integral foi levada em<br />
consideração a alta riqueza de espécies que necessitam<br />
de proteção, até mesmo pelo fato de<br />
algumas delas ocorrerem apenas naquela região<br />
da Terra Indígena Igarapé Lourdes (endemismo).<br />
Outro ponto foi a dificuldade de acesso nestes<br />
locais, aumentando ainda mais a certeza de que não<br />
sofrerá posteriormente nenhuma alteração antrópica.<br />
Uma caracterização marcante da área foi a Serra da<br />
Providência ser um divisor de águas e onde estão as<br />
principais nascentes da terra indígena.<br />
Quando delimitada a Zona de Produção, foram utilizados<br />
critérios como a localização dos roçados e conseqüentemente<br />
todas as áreas que estão sendo utilizadas<br />
para a produção (ao redor das aldeias).<br />
A Zona de Recuperação foi delimitada exclusivamente<br />
pelo fato de ser uma área que necessita de recuperação,<br />
por ter sofrido desmatamento pelos invasores,<br />
ou seja, uma área que segundo os índios é digna de<br />
recomposição.<br />
A Zona Sagrada foi caracterizada pela existência de<br />
cemitérios e lugares onde os espíritos habitam.<br />
A Zona de Caça foi caracterizada pelos locais onde<br />
caçam os Karo e Ikolen.<br />
A Zona Primitiva foi caracterizada pelo seu estado de<br />
conservação e por não conter desmatamento, onde as<br />
atividades serão voltadas para a proteção.<br />
A Zona de Resgate teve como critério toda a região<br />
anteriormente ocupada pelos Karo e Ikolen e que ficou<br />
fora da demarcação.<br />
Definidos os critérios, os Karo e Ikolen demarcaram<br />
as áreas de abrangência das 07 zonas, que podem ser<br />
vistas no mapa ao lado.<br />
48
61”45’ 61”80’<br />
Rio Ji-Paraná ou Machado<br />
18”15’<br />
RONDÔNIA<br />
MATO GROSSO<br />
10”15’<br />
2<br />
1<br />
10”30’<br />
10”30’<br />
3<br />
10”45’<br />
Rio Ji-P araná ou Machad o<br />
4<br />
5<br />
6<br />
7<br />
8 9<br />
10<br />
11<br />
12<br />
13<br />
14<br />
15<br />
10”45’<br />
Ji-Paraná<br />
Zona de Resgate Karo<br />
Zona de Resgate Ikolen<br />
Zona de Proteção Integral<br />
Zona de Produção<br />
Zona Sagrada<br />
Zona de Recuperação<br />
Zona de Caça Karo<br />
Zona de Caça Ikolen<br />
Zona Primitiva<br />
61”45’ 61”80’<br />
Aldeias:<br />
1. Aldeia Ingazeira Boeirapé vaá<br />
2. Aldeia Igarapé Lourdes / Posto Indígena FUNAI<br />
3. Aldeia Iterap<br />
4. Aldeia do Pedro Paygap<br />
5. Aldeia Cacoal Akóhvh vaá<br />
6. Aldeia do João Pabir vaá Koró Nova Esperança<br />
7. Aldeia Ikolen 2 / Posto Indígena FUNAI<br />
8. Aldeia Ikolen 1<br />
9. Aldeia Abandonada<br />
10. Aldeia Manikito<br />
11. Aldeia Xibotigih<br />
12. Aldeia Màhvgúveirj<br />
13. Aldeia Padaé<br />
14. Aldeia Uhv<br />
15. Aldeia Zezinho Gaiapaá - Limite da TI<br />
Escala 1:100.000’<br />
2 0 2 4 6 8 10 12 Km<br />
Projecão geográfica (Lat/Long)<br />
Datum - SAD 69<br />
LOCALIZAÇÃO<br />
DA ÁREA<br />
Fontes:<br />
Instituto Brasileiro de Geografia - IBGE<br />
Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé<br />
49
NORMAS GERAIS PARA A<br />
TERRA INDÍGENA<br />
3.1 Zona Proteção Integral<br />
3.1.1 Descrição<br />
É aquela onde se preserva os recursos naturais. As atividades humanas são restritas à proteção<br />
da natureza<br />
3.1.2 Objetivo Geral<br />
Preservar os recursos naturais.<br />
3.1.3 Objetivos específicos<br />
• Proteger fauna e flora;<br />
• Proteger as nascentes, Serra da Providência;<br />
• Evitar processos erosivos, assoreamento de cursos d´água;<br />
• Proteger áreas de ecossistemas frágeis de grande vulnerabilidade ambiental.<br />
3.1.4 Resultados esperados<br />
• Ecossistemas frágeis protegidos, garantindo a preservação da biodiversidade local.<br />
3.1.5 Indicadores<br />
• Presença abundante de animais;<br />
• Vegetação intacta;<br />
• Águas não contaminadas e abundantes.<br />
• Beleza cênica preservada.<br />
3.1.6 Normas Gerais<br />
• Não é permitido o desmatamento e a presença humana nesta zona.<br />
• A pesquisa só será permitida no caso de não haver a possibilidade de ser realizada em<br />
outros locais.<br />
3.1.7 Atividades<br />
• Realizar vigilância e fiscalização para impedir a entrada de invasores.<br />
50
3.2 Zona de Produção<br />
3.2.1 Descrição<br />
É aquela destinada à produção de roças, à localização das aldeias, ao manejo florestal de<br />
uso múltiplo, pesquisa científica e cultural;<br />
3.2.2 Objetivo Geral<br />
É aquela que contém áreas necessárias à administração, manutenção, roças e serviços da<br />
Terra Indígena. Estas áreas são escolhidas e controladas de forma a não conflitarem com<br />
seu caráter natural.<br />
3.2.3 Objetivos específicos<br />
• Sediar residência para funcionários, alojamento para pesquisadores, manutenção e<br />
serviços gerais;<br />
• Sediar postos de fiscalização e indígenas, atendendo todas as atividades indicadas para<br />
estes;<br />
• Controlar acessos para as aldeias e interior da terra indígena;<br />
• Promover o manejo florestal de uso múltiplo e de roçados;<br />
• Desenvolver atividades produtivas.<br />
3.2.4 Resultados esperados<br />
• Residências, Postos de Saúde, Escolas, Centro de Vivência e Postos Indígenas construídos;<br />
• Postos de vigilância funcionando;<br />
• Manejo de uso múltiplo e de roçados sendo desenvolvidos.<br />
52
3.2.5 Indicadores<br />
• Número de roças manejadas;<br />
• Estado de conservação das residências, Postos de Vigilância e Postos Indígenas;<br />
• Número de pessoas que visitaram as aldeias;<br />
• Safra colhida.<br />
3.2.6 Normas Gerais<br />
• A infra-estrutura necessária para as atividades apontadas para esta Zona deverá ser implementada<br />
nas aldeias já existentes, e nas demais áreas definidas para os postos de fiscalização;<br />
• A pesquisa só será permitida mediante aprovação dos povos indígenas Karo, Ikolen e<br />
FUNAI.<br />
3.2.7 Atividades<br />
•Valorização cultural;<br />
•Construção de toda infra-estrutura necessária na terra indígena;<br />
•Desenvolvimento de pesquisas;<br />
•Manejo florestal de uso múltiplo;<br />
•Manejo de pesca e animais silvestres;<br />
•Educação ambiental;<br />
•Ecoturismo;<br />
•Extrativismo;<br />
•Manejo de roças;<br />
•Educação formal;<br />
•Atendimento à saúde;<br />
•Lazer.<br />
53
3.3 Zona de recuperação<br />
3.3.1 Descrição<br />
Toda a área desmatada por invasores da terra indígena. Esta deve ser reflorestada com<br />
espécies nativas ou de uso econômico.<br />
3.3.2 Objetivo Geral<br />
Deter a degradação dos recursos e recuperar a área.<br />
3.3.3 Objetivos específicos<br />
Recuperar os ambientes naturais com espécies nativas ou de uso econômico.<br />
3.3.4 Resultados esperados<br />
• Ambientes recuperados;<br />
• Projeto de reflorestamento encaminhado à FUNAI e IBAMA.<br />
3.3.5 Indicadores:<br />
• Número de mudas plantadas;<br />
• Número de áreas recuperadas;<br />
• Número de projetos de reflorestamento desenvolvidos.<br />
3.3.6 Normas Gerais<br />
• Permitido o desenvolvimento de pesquisa voltado para recuperação de áreas degradadas;<br />
• Esses trabalhos serão orientados por projeto específico;<br />
• A pesquisa só será permitida mediante aprovação dos povos indígenas Karo, Ikolen e<br />
FUNAI.<br />
3.3.7 Atividades<br />
• Plantio de mudas nativas;<br />
• Desenvolvimento de pesquisas sobre recuperação de áreas degradadas.<br />
54
3.4 Zona Sagrada<br />
3.4.1 Descrição<br />
É aquela destinada à proteção cultural e espiritual, onde somente os pajés e pessoas por<br />
ele autorizadas têm acesso.<br />
3.4.2 Objetivo Geral<br />
Preservar os ambientes naturais, que são utilizados como áreas sagradas.<br />
3.4.3 Objetivos específicos<br />
• Preservar locais sagrados;<br />
• Valorizar a cultura indígena;<br />
• Preservar os rituais espirituais;<br />
• Resgatar locais sagrados.<br />
3.4.4 Resultados esperados<br />
• Locais sagrados preservados;<br />
• Indígenas realizando rituais sagrados.<br />
3.4.5 Indicadores<br />
• Número de locais sagrados resgatados;<br />
• Número de rituais realizados;<br />
• Locais sagrados preservados;<br />
• Jovens conhecendo rituais sagrados.<br />
3.4.6 Normas Gerais<br />
• Não será permita a presença de nenhuma pessoa nesta Zona, apenas sendo permitada a<br />
entrada do pajé ou de alguém por ele autorizado;<br />
• Não será permitido o desmatamento nesta Zona;<br />
• Serão apoiadas atividades que promovam o conhecimento sobre os rituais sagrados;<br />
• Não será permitida pesquisa nesta zona.<br />
3.4.7 Atividades<br />
• Realização de rituais na zona sagrada pelos pajés;<br />
• Fiscalização e vigilância.<br />
55
3.5 Zona de caça<br />
3.5.1 Descrição<br />
Área onde é permitida a caça, respeitando o período de reprodução dos animais.<br />
3.5.2 Objetivo Geral<br />
Caça de subsistência, desenvolvida de forma controlada.<br />
3.5.3 Objetivos específicos<br />
• Promover o manejo de fauna;<br />
• Respeitar o período reprodutivo;<br />
• Desenvolver pesquisas sobre a fauna;<br />
• Monitoramento da fauna.<br />
3.5.4 Resultados esperados<br />
• Fauna manejada;<br />
• Caça garantida para as gerações futuras;<br />
• Pesquisa de fauna sendo desenvolvida.<br />
3.5.5 Indicadores<br />
• Número de animais caçados;<br />
• Número de pesquisas de fauna desenvolvidas;<br />
• Aumento da presença de animais nesta Zona.<br />
3.5.6 Normas Gerais<br />
• Não será permitida a caça por não indígenas;<br />
• Serão respeitados os períodos reprodutivos;<br />
• Permitido o manejo da fauna;<br />
• Serão apoiadas atividades de pesquisa sobre fauna;<br />
• Não convidar não indígenas para caçar ou pescar na Terra Indígena Igarapé Lourdes.<br />
56
3.6 Zona primitiva<br />
3.6.1 Descrição<br />
É aquela onde não pode haver desmatamento, porém se permite atividades de manejo de<br />
uso múltiplo e de animais.<br />
3.6.2 Objetivo Geral<br />
Conservar o ambiente natural, permitindo o manejo e apoiando as atividades de pesquisa<br />
científica.<br />
3.6.3 Objetivos específicos<br />
• Proteger toda a área dos igarapés Azul, Orquídea e Rio Machado;<br />
• Proteger a fauna e a flora;<br />
• Possibilitar a realização de pesquisas científicas em ambientes mais íntegros;<br />
• Serão permitidas atividades extrativistas.<br />
3.6.4 Resultados esperados<br />
• Região protegida contra a entrada de invasores;<br />
• Cobertura natural e fauna preservada.<br />
3.6.5 Indicadores<br />
• Região sem invasão;<br />
• Número de operações de vigilância e fiscalização realizadas;<br />
• Número de relatórios produzidos;<br />
• Número de inquéritos abertos.<br />
3.6.6 Normas Gerais<br />
• Esta Zona terá fiscalização permanente pelos indígenas e periódica pela FUNAI;<br />
• A fiscalização incluirá, eventualmente, períodos noturnos e será feita de acordo com as<br />
normas estabelecidas pelo Serviço de Patrimônio Indígena e Meio Ambiente.<br />
• As pesquisas científicas poderão ser autorizadas nesta Zona, mediante aprovação dos<br />
povos indígenas Karo, Ikolen e FUNAI;<br />
• As pesquisas científicas serão realizadas de acordo com as normas da FUNAI e disposições<br />
legais vigentes;<br />
• Só será permitida infra-estrutura voltada para a fiscalização;<br />
• A fiscalização e a visitação ocorrerão por meio fluvial e a pé;<br />
• Não será permitida a permanência de espécies exóticas;<br />
• Todo lixo gerado, orgânico ou não, deverá ser removido do local e depositado em locais<br />
oficialmente definidos, por quem o produziu.<br />
3.6.7 Atividades<br />
• Construir Posto de Vigilância no Igarapé Azul com rio Machado;<br />
• Realizar fiscalização de 03 em 03 meses e vigilância permanente.<br />
57
3.7 Zona de Resgate<br />
3.7.1 Descrição<br />
É toda a região de ocupação ancestral que ficou fora dos limites da terra indígena.<br />
3.7.2 Objetivo Geral<br />
Resgatar áreas que ficaram fora da demarcação.<br />
3.7.3 Objetivos específicos<br />
• Anexar à terra indígena áreas que ficaram fora da demarcação;<br />
• Exigir indenização do Governo Federal pelas áreas que ficaram fora da demarcação e<br />
hoje são cidades.<br />
3.7.4 Resultados esperados<br />
• Reserva Biológica do Jaru sendo anexada à Terra Indígena Igarapé Lourdes;<br />
• Decreto de ampliação da terra indígena publicado;<br />
• Povo Indígena Karo e Ikolen indenizado pela perca do território.<br />
3.7.5 Indicadores<br />
• Decreto publicado;<br />
• Indenização recebida.<br />
3.7.6 Normas Gerais<br />
• FUNAI apresentará ao Ministério da Justiça proposta de ampliação da Terra Indígena<br />
Igarapé Lourdes;<br />
• Será feita gestão junto aos órgãos públicos responsáveis, para que os Karo e Ikolen sejam<br />
indenizados;<br />
• FUNAI elaborará proposta de indenização ao povo indígena Karo e Ikolen;<br />
• Desenvolvimento de projetos econômicos ambientalmente sustentáveis na zona de resgate,<br />
exceto na parte que incluir a Reserva Biológica do Jaru.<br />
3.7.7 Atividades<br />
• Elaboração de documentos pela FUNAI solicitando a ampliação da terra indígena;<br />
• Elaboração de documentos solicitando a indenização pela área perdida.<br />
58
IMPORTÂNCIA DA TERRA INDÍGENA<br />
A Terra Indígena Igarapé Lourdes localiza-se no Bioma Amazônia. Tal configuração lhe fornece<br />
características climatológicas e fitogeográficas próprias que influenciam na determinação de<br />
suas diversas coberturas vegetais: Floresta Ombrófila Aberta, a mais extensa, seguida da Floresta<br />
Ombrófila Densa, menos extensa e floresta de altitude, na região da Serra da Providência,<br />
além de área de ecótono (transição entre tipos de vegetação), apresentando espécies animais e<br />
vegetais raras e incomuns para a região Noroeste do Estado de Rondônia. Nesta também vivem<br />
duas etnias indígenas de diferentes troncos lingüísticos, culturais e sociais.<br />
Assim, entendemos que a Terra Indígena Igarapé Lourdes é representativa e importante para<br />
o Programa Nacional de Áreas Protegidas, por ser Área de Extrema Importância para a Conservação<br />
da Natureza, conforme o Projeto “Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação,<br />
Uso Sustentável e Repartição dos Benefícios da Biodiversidade da Amazônia Brasileira” do Programa<br />
Nacional da Diversidade Biológica - PRONABIO/Ministério do Meio Ambiente, sendo<br />
fundamental para a manutenção dos processos ecológicos e culturais da região, oferecendo<br />
interesse especial do ponto de vista científico, cultural e educativo.<br />
59
4. PLANO DE GESTÃO<br />
TEXTO<br />
Ivaneide Bandeira Cardozo<br />
Israel Correa Vale Junior<br />
Ana Paula Albuquerque<br />
Samuel Vieira Cruz<br />
Alberto Arara<br />
Álvaro Noep Arara<br />
Célio Arara<br />
Cícero Arara<br />
Francisco Arara<br />
Firmino Arara<br />
Marcelo Arara<br />
Mário Arara<br />
Sebastião Arara<br />
Adonias Sebirop da Silva<br />
Afonso Gavião<br />
Amarildo Gavião<br />
Antonio Tapa Gavião<br />
Arnaldo Pabe Gavião<br />
Cena Kere´ap Gavião<br />
Chambete Gavião<br />
Colombo Gavião<br />
Delson Gavião<br />
Digüt Gavião<br />
Emilio Gavião<br />
Iran Gavião<br />
Isabel Gavião<br />
Jonas Gavião<br />
João Gavião<br />
José Gavião<br />
Josias Sebirop da Silva<br />
Rodrigo Gavião<br />
Marcio Gavião<br />
Matilde Gavião<br />
Miguel Gavião<br />
Moisés Seri Gavião<br />
Pitkawa Gavião<br />
Raimundo Gavião<br />
Sebastião Gavião<br />
Valdemar Gavião<br />
60
O PLANO DE GESTÃO<br />
O Plano de Gestão Etnoambiental da Terra Indígena Igarapé Lourdes enfoca a necessidade de<br />
se planejar as ações para a terra indígena em seus vários aspectos: proteção, pesquisa, alternativas<br />
econômicas, cultura, saúde, educação e administração.<br />
ASPECTOS INSTITUCIONAIS<br />
A Terra Indígena Igarapé Lourdes é administrada pelo Núcleo de Apoio Local de Ji-Paraná<br />
(NAL), que é subordinado à Administração Executiva Regional de Porto Velho, que responde<br />
diretamente à Administração geral da FUNAI em Brasília.<br />
61
INFRA-ESTRUTURA E EQUIPAMENTOS<br />
*<br />
* situação encontrada em 2004.<br />
Para suporte ao desenvolvimento das atividades de fiscalização, administração, o Núcleo de Apoio Local Ji-Paraná<br />
conta com 01 imóvel de 900m², contendo os mobiliários relacionados no quadro a seguir. A infra-estrutura<br />
necessária a ser construída, está definida no programa de infra-estrutura.<br />
EQUIPAMENTOS NÚCLEO DE APOIO LOCAL<br />
Uso atual<br />
Equipamentos<br />
Observações<br />
Administração<br />
Mesas, cadeiras, armários,<br />
aparelhos de ar-condicionado<br />
e 06 computadores<br />
Contém salas do chefe da<br />
administração, da fiscalização,<br />
do Serviço de Assistência, além<br />
de sanitários feminino e<br />
masculino e copa<br />
Garagem<br />
Com capacidade para 02<br />
veículos<br />
Posto Indígena<br />
01 radiofonia, 01 fogão<br />
Apenas o Posto Indígena Ikolen<br />
tem uma boa estrutura.<br />
62
EQUIPAMENTOS EXISTENTES<br />
Equipamentos Existentes<br />
Quantidades<br />
Automóvel em péssimo estado de conservação<br />
Pick up Montana<br />
Mesas<br />
Cadeiras<br />
Radiotransceptor<br />
Computadores<br />
Motor de popa 25 hp<br />
Terminal do SIVAM que não funciona<br />
01<br />
01<br />
08<br />
12<br />
01<br />
06<br />
01<br />
01<br />
EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS<br />
Equipamentos<br />
Quantidades<br />
GPS<br />
Notebook<br />
Máquina fotográfica digital<br />
Datashow<br />
Televisão<br />
DVD<br />
Aparelhagem de som<br />
Barco<br />
Motor de popa de 25 hp<br />
Veículo traçado 4 x 4<br />
Ar condicionado central<br />
Cadeira para auditório<br />
06<br />
01<br />
02<br />
01<br />
02<br />
02<br />
01<br />
02<br />
02<br />
02<br />
01<br />
100<br />
63
RECURSOS HUMANOS NAL<br />
*<br />
* situação encontrada em 2004.<br />
Estão lotados no Núcleo de Apoio Local (NAL) de Ji-Paraná dezessete servidores da FUNAI, incluindo o chefe da<br />
administração, que não possui portaria e acumula o cargo de chefe do Posto Indígena (PIN) Ikolen, os quais são<br />
responsáveis pelo desenvolvimento de todas as atividades administrativas e operacionais. No quadro a seguir estão<br />
sintetizadas as informações sobre o pessoal do NAL:<br />
Nome<br />
Cargo<br />
Formação<br />
Aristodeni Figueiredo de Arruda Auxiliar de serviços gerais<br />
Arlene Amaral de Carvalho Agente administrativo<br />
Arnaldo Rosa Ferreira<br />
Auxiliar de serviços gerais<br />
Catarino Sebirop Gavião<br />
Auxiliar de serviços gerais<br />
Francisco de Assis de Figueiredo Chefe do PIN Iterap<br />
Ligia Neiva<br />
Assistente técnico de ensino<br />
Mirna Soares Temóteo<br />
Professora de 1º grau<br />
Pedro Parintintin<br />
Auxiliar de serviços gerais<br />
Raimundo Castro de Oliveira Auxiliar de serviços gerais<br />
Salete de Araújo Brandão<br />
Auxiliar administrativo<br />
Sandro Pinto de Melo<br />
Chefe do PIN Zoró<br />
Tanuzio Gonçalves de Oliveira Chefe do PIN Rio Branco<br />
Tennesson G. de Oliveira<br />
Chefe do PIN Igarapé Lourdes<br />
Valdevino Temóteo da Cunha Auxiliar de sertanista<br />
Vicente Batista Filho<br />
Chefe do PIN Ikolen<br />
Vicente Ferreira Lima Filho Chefe do PIN Cajuí<br />
Jorge Luís Marafiga Leal<br />
Auxiliar de Sertanista<br />
Fonte: Fundação Nacional do Índio, outubro/2004.<br />
2º Grau completo<br />
Magistério<br />
1º Grau<br />
Fundamental<br />
Técnico em Agropecuária<br />
Assist. técnica de ensino<br />
Assist. técnica de ensino<br />
Alfabetizado<br />
Alfabetizado<br />
2º grau<br />
Técnico em Agropecuária<br />
Técnico em Agropecuária<br />
Técnico em Agropecuária<br />
Técnico em Agropecuária<br />
Técnico em Agropecuária<br />
Comunicação e artes – 2º Grau<br />
Necessidade de contratar via concurso público:<br />
• 02 servidores para os postos de vigilância que serão construídos;<br />
• 02 auxiliares de serviços gerais;<br />
• 02 motoristas.<br />
Necessidade de criar as seguintes Portarias:<br />
• Chefe do NAL;<br />
• Chefe do Serviço de Patrimônio Indígena e Meio Ambiente – SPIMA;<br />
• Chefe do Serviço de Assistência – SAS;<br />
• Chefe do Serviço de Administração – SAD.<br />
Necessidade de criar os seguintes FG - Função Gratificada:<br />
• Chefe Financeiro;<br />
• Chefe do Serviço de Atividades Produtivas;<br />
• Chefe de Gabinete.<br />
64
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL<br />
*<br />
* situação encontrada em 2004<br />
Dentro da atual estrutura organizacional da FUNAI, a responsabilidade sobre a Terra Indígena<br />
Igarapé Lourdes é da Coordenação Regional da FUNAI de Ji-Paraná, que atuam com técnicos<br />
locais para atender às demandas dos povos indígenas a ela jurisdicionados.<br />
ASSOCIAÇÕES INDÍGENAS<br />
*<br />
* situação encontrada em 2004<br />
As associações indígenas APIA – Associação do Povo Indígena Arara, APIG – Associação do Povo<br />
Indígena Gavião e Organização PADEREÉHJ não possuem infra-estrutura e equipamentos para<br />
seu funcionamento, exceto a PADEREÉHJ que tem uma sede, com poucos móveis que estão em<br />
estado razoável de conservação.<br />
Todas as associações necessitam de capacitação técnica em gestão administrativa e financeira,<br />
bem como de apoio ao fortalecimento institucional.<br />
Sem quadro técnico, nem recursos financeiros para pagar pessoal, fica muito difícil manter as<br />
atividades e o funcionamento.<br />
A APIA e APIG precisam ser estruturadas material, financeira e politicamente. A capacitação<br />
para seus quadros tem que envolver desde cursos na área de política indígena e ambiental à<br />
elaboração de projetos, gestão, valorização cultural e administração financeira, entre outros.<br />
Outra necessidade é a de organização dos livros contábeis, atas, e principalmente regularização<br />
junto a Receita Federal, INSS, Secretaria de Fazenda Municipal e outras formalidades para que<br />
possam obter certidões negativas e apresentar projetos às instituições públicas e privadas.<br />
É importante ainda para o fortalecimento das associações indígenas, trabalharem um modelo de<br />
organização que respeite a cultura indígena, e que ao criarem seus organogramas estes possam<br />
refletir a organização social do povo Karo e Ikolen.<br />
65
ENQUADRAMENTO DAS ÁREAS DE<br />
ATUAÇÃO POR PROGRAMAS TEMÁTICOS<br />
O enquadramento das áreas de atuação, espaços específicos de gerenciamento da Terra Indígena,<br />
por programas temáticos visa favorecer a execução das ações programadas, facilitando a<br />
visualização do que fazer e onde fazer, dentro das linhas de ação estabelecidas.<br />
Nesta abordagem do planejamento, as ações, associadas aos programas temáticos e às áreas<br />
estratégicas, estão organizadas e apresentadas em forma de planilhas, com orçamento estimado.<br />
Nas ações referentes ao quadro de pessoal, não estimamos valores, já que dependem<br />
de concurso público.<br />
As ações gerenciais estão estruturadas por temas:<br />
Proteção, Estudos e Pesquisas, Educação, Regularização Fundiária, Infra-estrutura, Administração,<br />
Cooperação Institucional, Saúde, Alternativas Econômicas, Valorização Cultural.<br />
4.1 PROGRAMA DE PROTEÇÃO<br />
4.1.1 Objetivo Geral<br />
O Programa de Proteção abrangerá o acompanhamento dos aspectos ambientais das atividades<br />
desenvolvidas na Terra Indígena Igarapé Lourdes aqui planejadas, especialmente aquelas que<br />
dizem respeito à proteção do território, assim como acompanhamento e avaliação dos efeitos<br />
produzidos por atividades geradoras de impacto.<br />
4.1.2 Objetivos Específicos<br />
• Proteger os limites e o interior da Terra Indígena Igarapé Lourdes;<br />
• Proporcionar meios para a vigilância e fiscalização da Terra Indígena Igarapé Lourdes.<br />
4.1.3 Resultados Esperados<br />
• Terra Indígena Igarapé Lourdes protegida;<br />
• Postos de Vigilância construídos;<br />
• Funcionários e indígenas atuando na defesa da terra indígena.<br />
4.1.4 Indicadores<br />
• Banco de dados contendo informações sobre ações de proteção;<br />
• Número de parcerias realizadas com outras organizações nas ações de proteção;<br />
• Número de cursos de treinamento e capacitação para indígenas e aqueles que trabalham na<br />
terra indígena;<br />
• Número de funcionários e indígenas capacitados.<br />
66
4.1.5 Atividades e Normas<br />
• Planejar as ações de vigilância e fiscalização;<br />
• Solicitar ao setor de proteção do patrimônio indígena da FUNAI em Brasília apoio para a<br />
proteção;<br />
• Monitorar os impactos causados pela estrada que atravessa a terra indígena;<br />
• Monitorar impactos sobre a fauna e flora.<br />
4.1.6 Ações Gerenciais Gerais Internas: detalhar e implementar o<br />
sistema de proteção da Terra Indígena.<br />
• Sistematizar rotinas de vigilância e fiscalização para controle e proteção do interior da Terra<br />
Indígena e dos seus limites. Elaborar Manual de Procedimentos;<br />
• Estabelecer as principais rotas de vigilância e fiscalização e identificá-las em mapa específico,<br />
incluindo as regiões de maior pressão;<br />
• Elaborar mensalmente a rotina de vigilância e fiscalização, definindo responsáveis, escalas<br />
mais adequadas, logística necessária e locais prioritários;<br />
• Adotar estratégias de vigilância e de fiscalização integradas e complementares, abrangendo a<br />
REBIO JARU juntamente com o IBAMA, o Batalhão de Polícia Florestal e a FUNAI, envolvendo,<br />
quando possível, ONGs e comunidade;<br />
• Organizar estratégia de destinação de equipamentos apreendidos;<br />
• Implementar um sistema de atendimento às denúncias;<br />
• Relatar e sistematizar as informações obtidas na fiscalização;<br />
• Sistematizar os relatórios apresentados pelos fiscais e vigilantes indígenas;<br />
• Incorporar os dados sistematizados ao banco de dados da Terra Indígena;<br />
• Operacionalizar 2 bases para dar apoio à vigilância e fiscalização: 01 na entrada que dá<br />
acesso à Terra Indígena , 01 no rio Machado com o igarapé Azul;<br />
• Dotar o Sistema de Proteção com os equipamentos e materiais necessários;<br />
• Georreferenciar os pontos de interesse levantados e as fotografias;<br />
• Treinar e capacitar o pessoal envolvido com a fiscalização e a vigilância;<br />
• Identificar os limites da Terra Indígena nas áreas de acesso não permitido;<br />
• Colocar placas e marcos nos limites;<br />
• Formalizar e reforçar parcerias com órgãos públicos, tais como Polícia Militar e Batalhão Ambiental,<br />
Polícia Federal, FUNAI, SEDAM, Ministério Público e com ONGs ambientais e locais,<br />
para auxiliar na vigilância e fiscalização;<br />
• Reflorestar a mata ciliar;<br />
• Promover ações de educação socioambiental e de alternativas sustentáveis para a população<br />
do entorno;<br />
• Encaminhar mapas da terra indígena para os órgãos públicos;<br />
• Adquirir mapoteca;<br />
• Adquirir livros sobre legislação;<br />
• Manutenção das operações de vigilância e fiscalização.<br />
67
4.2 PROGRAMA DE ESTUDOS E PESQUISAS<br />
4.2.1 Objetivo Geral<br />
Desenvolvimento de pesquisas científicas.<br />
4.2.2 Objetivos Específicos<br />
• Desenvolver pesquisas sobre os recursos hídricos, fauna, flora, recursos minerais e cultura<br />
indígena;<br />
• Criar banco de dados sobre a terra indígena;<br />
• Promover intercâmbio com instituições e ONGs;<br />
• Realizar convênios e termos de cooperação técnica com instituições que queiram desenvolver<br />
pesquisa na Terra Indígena Igarapé Lourdes;<br />
• Apoiar pesquisas que valorizem a cultura indígena;<br />
• Capacitar indígenas e aqueles que trabalham na Terra Indígena Igarapé Lourdes nas mais<br />
diversas áreas de pesquisa;<br />
• Desenvolver um Programa de Educação Ambiental.<br />
4.2.3 Resultados Esperados<br />
• Pesquisas indicadas no Diagnóstico sendo realizadas na Terra Indígena Igarapé Lourdes;<br />
• Indígenas capacitados para participarem de estudos e pesquisas;<br />
• Indígenas participando no desenvolvimento de pesquisas das mais diversas áreas temáticas;<br />
• Funcionários da FUNAI capacitados para acompanharem pesquisadores;<br />
• Banco de dados formados e disponíveis para apoio a pesquisa.<br />
4.2.4 Indicadores<br />
• Número de pesquisas realizadas;<br />
• Número de pedido de pesquisa na Terra Indígena Igarapé Lourdes;<br />
• Número de indígenas capacitados;<br />
• Número de funcionários capacitados;<br />
• Banco de dados funcionando.<br />
4.2.5 Atividades e Normas<br />
• Desenvolver pesquisas na Terra Indígena Igarapé Lourdes nas mais diversas áreas temáticas;<br />
• Pesquisadores tem que encaminhar pedido de autorização de pesquisa ao povo indígena e à<br />
FUNAI, contendo o projeto, seu curriculum, e um resumo executivo do projeto;<br />
• Antes de ser dada autorização à pesquisa, o pesquisador deve realizar reunião com indígenas<br />
e FUNAI, para explicar de forma clara e simples do que se trata a pesquisa;<br />
• Deve ser definido pelos povos indígenas Karo e Ikolen como se dará a repartição de benefícios<br />
oriundos de pesquisa;<br />
• No caso de capacitação as comunidades devem indicar quem irá participar e como se dará o<br />
retorno destes conhecimentos para os beneficiários.<br />
4.2.6 Ações Gerenciais Gerais Internas<br />
• Implantar um sistema permanente de fomento à pesquisa científica na Terra Indígena, por<br />
meio de convênios e acordos de cooperação com universidades e instituições de pesquisa, no<br />
âmbito regional, nacional e internacional;<br />
68
• Divulgar a Terra Indígena como área propícia para pesquisas sobre o Bioma Amazônia, inclusive<br />
pesquisas de longa duração;<br />
• Fornecer infra-estrutura e apoio logístico aos pesquisadores previamente autorizados pelos<br />
indígenas e FUNAI, também facilitando o seu deslocamento na Terra Indígena e na região;<br />
• Criar estratégias para que os pesquisadores da área da Terra Indígena compreendam a importância<br />
dos resultados do seu trabalho para a tomada de decisões de manejo e contribuam<br />
diretamente com alguns programas;<br />
• Solicitar o apoio e a participação dos pesquisadores no planejamento do monitoramento<br />
(desenvolvimento de metodologias, fornecimento de dados, etc), nos programas educativos<br />
(palestras, cursos, material impresso, dados para interpretação, etc) e na divulgação científica<br />
(palestras, conteúdo para mídia de divulgação científica, etc);<br />
• Solicitar que, além dos relatórios de praxe, os pesquisadores e/ou instituições também disponibilizem<br />
um resumo executivo da pesquisa realizada, em linguagem simples, para ser utilizado<br />
em programas de divulgação e de educação e informação ambiental para visitantes e<br />
comunidades do entorno;<br />
• Promover oficinas e outros encontros abertos, com a participação dos pesquisadores, para a<br />
apresentação da produção científica;<br />
• Realizar treinamentos específicos, visando inserir as comunidades como parceiras nas atividades<br />
de campo;<br />
• Organizar expedições para o reconhecimento de campo das áreas remotas da Terra Indígena,<br />
ainda não conhecidas;<br />
• Incorporar ao banco de dados da Terra Indígena as pesquisas e seus resultados, com sistema<br />
que permita identificar as lacunas do conhecimento, importantes para o cumprimento dos objetivos<br />
específicos definidos para a Terra Indígena;<br />
• Disponibilizar para os pesquisadores todos os dados existentes sobre a Terra Indígena e a<br />
região que possam ser importantes para o desenvolvimento dos projetos;<br />
• Incentivar o desenvolvimento das linhas de pesquisa, definidas durante o planejamento do<br />
presente documento;<br />
• Implantar um sistema permanente de monitoramento ambiental da Terra Indígena por meio<br />
de convênios e acordos de cooperação com universidades e instituições de pesquisa;<br />
• Planejar, implementar e coordenar o Sistema de Informações Georreferenciadas (SIG) da<br />
Terra Indígena;<br />
• Incorporar no Banco de Dados as informações obtidas no programa de monitoramento e<br />
nos demais programas (proteção e manejo, pesquisa, educação, etc), mantendo um Banco de<br />
dados único;<br />
• Propiciar cursos de treinamento para o pessoal destinado a efetuar a coleta de dados para o<br />
monitoramento;<br />
• Monitorar a regeneração natural da área desmatada, conforme o etnozoneamento;<br />
• Registrar todos os avistamentos (observação direta) de espécies da fauna;<br />
• Monitorar o comportamento do público participante dos programas educativos e a sua aceitação<br />
das atividades propostas;<br />
• Incorporar os registros e demais resultados do monitoramento ao banco de dados da Terra<br />
Indígena;<br />
• Desenvolver pesquisa sobre os recursos hídricos;<br />
• Desenvolver pesquisas sobre os recursos minerários;<br />
• Ampliar a pesquisa sobre manejo de quelônios;<br />
• Ampliar a pesquisa sobre peixes da região;<br />
• Publicar cartilha sobre fauna da terra indígena;<br />
• Desenvolver pesquisa sobre pequenos mamíferos e entomologia.<br />
69
4.3 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO<br />
O Programa de Educação visa atender às necessidades de educação formal e ambiental, que<br />
respeite a diversidade cultural, valorizando a cultura dos Karo e Ikolen e a língua materna Tupi<br />
Mondé e Rama Rama.<br />
4.3.1 Objetivo Geral<br />
Melhorar o atendimento à educação na terra indígena Igarapé Lourdes.<br />
4.3.2 Objetivos Específicos<br />
• Introduzir no Programa Curricular da Secretaria de Educação (SEDUC) as informações contidas<br />
no Diagnóstico Etnoambiental Participativo da Terra Indígena Igarapé Lourdes;<br />
• Valorizar a cultura dos povos indígena Karo e Ikolen;<br />
• Desenvolver um Programa de Educação Ambiental para a terra indígena;<br />
• Capacitar indígenas, funcionários da FUNAI e servidores de outras instituições para atuarem<br />
em apoio à valorização da cultura indígena;<br />
• Avaliar o desenvolvimento do Projeto Açaí;<br />
• Garantir a contratação de professores indígenas e não indígenas, com salários compatíveis<br />
com os pagos aos professores da Rede Pública de Ensino.<br />
4.3.3 Resultados Esperados<br />
• Aulas ministradas nas escolas das aldeias, contendo informações levantadas pelo Diagnóstico;<br />
• Indígenas Karo e Ikolen realizando festividades e rituais indígenas;<br />
• Programa de Educação Ambiental sendo desenvolvido na Terra Indígena;<br />
• Projeto Açaí melhorado;<br />
• Professores indígenas e não indígenas atuando nas escolas indígenas.<br />
4.3.4 Indicadores<br />
• Programa de Educação Ambiental elaborado e sendo implementado;<br />
• Número de professores contratados;<br />
• Número de escolas funcionando;<br />
• Projeto Açaí reestruturado;<br />
• Número de rituais e festividades indígenas realizados pelos Karo e Ikolen;<br />
• Número de atividades de Educação Ambiental realizadas.<br />
4.3.5 Atividades e Normas<br />
• O programa de Educação Ambiental deve ser elaborado por indígenas e colaboradores que<br />
detenham conhecimento sobre o tema;<br />
• O Projeto Açaí deve ser avaliado pelos indígenas em conjunto com os professores, sendo suas<br />
avaliações encaminhadas para a SEDUC, que deverá incorporar seus resultados ao Projeto;<br />
• Ao elaborarem o projeto de construção das escolas na terra indígena, este deverá respeitar a<br />
arquitetura Karo e Ikolen, garantindo ainda que o material usado nas construções seja durável.<br />
70
• As escolas devem conter biblioteca, salas de aula, cozinha, refeitório, sala de audiovisual,<br />
auditório, sala de professores, sala de diretoria, laboratório, pátio interno, quadras de esportes,<br />
sala de informática, banheiros feminino e masculino;<br />
• A construção do Centro de Vivência deve respeitar a arquitetura indígena;<br />
• Os professores não indígenas a serem lotados nas aldeias devem ter conhecimento sobre a<br />
cultura indígena;<br />
• Antes dos professores não indígenas serem lotados nas aldeias, devem passar por uma capacitação<br />
sobre antropologia, indigenismo, receberem todas as informações disponíveis sobre os<br />
povos indígenas Karo e Ikolen;<br />
• Os professores não indígenas devem aprender a falar a língua Tupi Mondé e Rama Rama;<br />
• O ensino na sala de aula deve ser bilíngüe;<br />
• Ao realizar festividades os professores devem valorizar a cultura indígena, apoio à realização<br />
de seus rituais;<br />
• Deverá ser publicado material didático sobre a terra indígena Igarapé Lourdes e os povos Karo<br />
e Ikolen;<br />
• As construções das casas de professores devem respeitar a cultura indígena;<br />
• Deverá ser ensinada nas salas de aulas legislação indígena;<br />
• O setor de Educação da SEDUC e SEMED deve atuar em acordo com a FUNAI e os povos<br />
indígenas;<br />
• Na aquisição de livros para biblioteca, deve-se dar especial atenção à aquisição de literatura<br />
sobre povos indígenas;<br />
• Durante a avaliação do programa de educação, recomenda-se que sejam convidados pesquisadores<br />
e outros indivíduos que atuem na questão indígena;<br />
• Ao se conseguir o Ponto de Cultura, deve-se apresentar projeto ao MEC para capacitação de<br />
indígenas;<br />
• Deve-se fazer todos os esforços para realização de cursos, palestras, seminários que tratem e<br />
valorizem a cultura indígena;<br />
• Ao trabalhar com o entorno da Terra Indígena deve-se buscar um bom entrosamento com<br />
os moradores e fornecer informação, legislação, mapas e literatura que tratem da questão indígena,<br />
e de preferência que ajudem no conhecimento sobre o povo Karo e Ikolen;<br />
• A valorização do conhecimento dos indígenas é fundamental para a sobrevivência da cultura<br />
dos Karo e Ikolen.<br />
4.3.6 Ações Gerenciais Gerais Internas<br />
• Dotar a TI de uma base de apoio ao programa de educação e um local apropriado - Centro<br />
de Visitantes - para recepcionar e reunir grupos de pessoas participantes das atividades de educação<br />
(Lourdes e Iterap);<br />
• Agregar os dados do diagnóstico com o material didático utilizado na educação formal (etnobotânica,<br />
etno-geografia, etno-fauna, etno-história);<br />
• Publicar o material produzido no diagnóstico;<br />
• Material produzido no diagnóstico sendo estudado em sala de aula;<br />
• Organizar o calendário e os programas de visitação para as escolas da região e programas<br />
especiais de visitação orientada para a comunidade do entorno, lideranças e formadores de<br />
opinião.<br />
71
4.3 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO<br />
• Elaborar um calendário de ocorrências naturais (eventos biológicos) a serem observadas pelos<br />
indígenas, tais como, piracema, floração e frutificação de espécies arbóreas;<br />
• Capacitar funcionários da Terra Indígena e outros parceiros interessados para o monitoramento<br />
de impactos: conduta de mínimo impacto, relações humanas, e outras temáticas correlacionadas<br />
à recepção e condução de visitantes para que atuem nas atividades de educação<br />
ambiental;<br />
• Avaliar periodicamente o andamento e os resultados alcançados com as atividades da educação<br />
formal;<br />
• Produzir um calendário escolar nas línguas Tupi Mondé e Rama Rama;<br />
• Construir bibliotecas nos Postos Indígenas Lourdes e Iterap e no Núcleo de Apoio Local<br />
Ji-Paraná;<br />
• Adquirir livros para as bibliotecas, principalmente livros sobre povos indígenas;<br />
• Desenvolver projetos com mulheres indígenas.<br />
4.4 PROGRAMA DE<br />
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA<br />
O Programa de Regularização Fundiária buscar regularizar os problemas de limites da terra<br />
indígena.<br />
4.4.1 Objetivo Geral<br />
Ampliação dos limites da Terra Indígena Igarapé Lourdes.<br />
4.4.2 Objetivos Específicos<br />
• Anexar a Reserva Biológica do Jaru à Terra Indígena;<br />
• Povo Ikolen e Karo receberem indenização pelas áreas que ficaram fora da demarcação;<br />
• Solucionar os problemas de fechamento de coordenadas no Memorial Discritivo.<br />
4.4.3 Resultados Esperados<br />
• Terra indígena com os limites ampliados;<br />
• Memorial descritivo publicado;<br />
• Povos Karo e Ikolen indenizados.<br />
4.4.4 Indicadores<br />
• Decreto de ampliação dos limites;<br />
• Indenização paga aos povos indígenas.<br />
72
4.4.5 Atividades e Normas<br />
• Núcleo de Apoio Local Ji-Paraná solicitará a formação de Grupo de Trabalho para elaborar a<br />
proposta de ampliação dos limites da terra indígena;<br />
• Proposta de ampliação será encaminhada ao Presidente da FUNAI;<br />
• Núcleo de Apoio Local Ji-Paraná encaminhará ao Ministério da Justiça pedido de indenização<br />
aos povos Karo e Ikolen pela área perdida durante a demarcação;<br />
• Povo Indígena Karo e Ikolen elaborarão proposta de como será aplicado os recursos da indenização<br />
em favor de toda comunidade;<br />
• Reaviventar os limites da terra indígena em conjunto com as associações indígenas;<br />
• Divulgar no entorno da terra indígena seus limites e a legislação em vigor.<br />
4.4.6 Ações Gerenciais Gerais Internas<br />
• Reaviventar os limites da Terra Indígena;<br />
• Solucionar o problema da sobreposição da Terra Indígena e da REBIO Jaru;<br />
• Anexar a REBIO Jaru à Terra Indígena;<br />
• Funai exigir indenização pelas áreas de ocupação indígena que ficaram fora da demarcação<br />
(zona resgate);<br />
• Solucionar os problemas do memorial descritivo da Terra Indígena.<br />
4.5 PROGRAMA DE INFRA-ESTRUTURA<br />
Este subprograma trata dos meios que viabilizam o funcionamento da terra indígena e do<br />
Núcleo de Apoio Local (NAL) de Ji-Paraná, indicando a manutenção da infra-estrutura existente<br />
e a necessidade de construir novas estruturas no interior da Terra Indígena e no NAL.<br />
4.5.1 Objetivo Geral<br />
Garantir a infra-estrutura necessária para o perfeito funcionamento do NAL e da Terra Indígena.<br />
4.5.2 Objetivos Específicos<br />
• Dotar e manter a infra-estrutura da Terra Indígena de forma apropriada ao atendimento da<br />
educação, saúde, valorização da cultura e desenvolvimento das atividades produtivas;<br />
• Dotar a Terra Indígena dos postos de vigilância necessários para o desenvolvimento das ações<br />
de proteção.<br />
4.5.3 Resultados Esperados<br />
• Terra Indígena com a infra-estrutura necessária construída;<br />
• Postos de fiscalização funcionando.<br />
73
4.5 PROGRAMA DE INFRA-ESTRUTURA<br />
4.5.4 Indicadores<br />
• Equipamentos e instalações construídas (100%);<br />
• Postos de Saúde, Casa de enfermeiros, Casa do chefe de Posto, Casa do Rádio, Casa da Copaíba<br />
e Casas de Farinha construídos (100%).<br />
4.5.5 Atividades e Normas<br />
• Elaborar projetos arquitetônicos respeitando a cultura indígena;<br />
• Adquirir equipamentos propostos no Programa;<br />
• Buscar recursos junto à FUNAI e outras entidades para garantir as construções, aquisição e<br />
manutenção dos equipamentos.<br />
4.5.6 Ações Gerenciais Gerais Internas<br />
• Viabilizar a construção de 02 Postos Indígenas de Vigilância e equipá-los com veículos, barcos,<br />
motores, mobiliário e utensílios domésticos;<br />
• Viabilizar a construção de Postos de Saúde, Casa de enfermeiros, Casa do chefe de Posto,<br />
Casa do Rádio, Casa da Copaíba e Casas de Farinha, dotando todas com os equipamentos<br />
necessários para seu devido funcionamento;<br />
• Viabilizar a construção de Escolas Pólo;<br />
• Construção de curral e Casa e trânsito na aldeia Paygap;<br />
• Melhoria das vias de acesso, reestruturação da rede elétrica, telefonia rural;<br />
• Viabilizar, juntamente com os demais órgãos responsáveis, a implantação do Sistema de<br />
Sinalização nas áreas de acesso a Terra Indígena;<br />
• Perfurar poços artesianos e canalizar água para as casas da aldeia;<br />
• Construir privadas em locais apropriados;<br />
• Implantação de uma farmácia contendo a medicação necessária e atendimento odontológico.<br />
74
4.6 PROGRAMA DE ADMINISTRAÇÃO<br />
Este subprograma trata dos meios que viabilizam o funcionamento administrativo daTerra Indígena.<br />
4.6.1 Objetivo Geral<br />
Garantir o funcionamento da Terra Indígena, abordando a necessidade de capacitação, ampliação<br />
do quadro de pessoal e manutenção das atividades administrativas.<br />
4.6.2 Objetivos Específicos<br />
• Assegurar o bom funcionamento da Terra Indígena Igarapé Lourdes;<br />
• Dotar e manter a infra-estrutura da Terra Indígena de forma apropriada ao atendimento de<br />
suas necessidades;<br />
• Manutenção da infra-estrutura da Terra Indígena e Núcleo de Apoio Local;<br />
• Capacitar funcionários e indígenas para a boa administração da Terra Indígena Igarapé<br />
Lourdes.<br />
4.6.3 Resultados Esperados<br />
• Terra Indígena funcionando adequadamente;<br />
• Quadro funcional preenchido e pessoal capacitado;<br />
• Recursos financeiros suficientes para sua demanda;<br />
• Planejamento da Terra Indígena Igarapé Lourdes avaliado e ajustado anualmente.<br />
4.6.4 Indicadores<br />
• Quadro funcional preenchido em pelo menos 80% até o terceiro ano de execução do Plano<br />
de Gestão;<br />
• 100% dos equipamentos e instalações em boas condições de operação e uso;<br />
• Nº de cursos de treinamento e capacitação.<br />
4.6.5 Atividades e Normas<br />
• Complementar o quadro funcional de modo a atender as necessidades da Terra Indígena;<br />
• Fazer gestão junto à FUNAI Brasília para dispor de Portaria de: chefe do NAL, chefe do<br />
Serviço de Patrimônio Indígena e Meio Ambiente-SPIMA, chefe do Serviço de Assistência –<br />
SAS, chefe do Serviço de Administração – SAD; e das funções gratificadas: chefe do Financeiro,<br />
chefe do Serviço de Atividades Produtivas, chefe de Gabinete;<br />
• Normas e legislação da Terra Indígena sendo executada.<br />
75
4.6 PROGRAMA DE ADMINISTRAÇÃO<br />
4.6.6 Ações Gerenciais Gerais Internas<br />
• Compor o quadro de pessoal para atender à demanda estabelecida da Terra Indígena;<br />
• Fazer gestão junto à administração FUNAI Brasília para atender à demanda existente no<br />
quadro de pessoal;<br />
• Estabelecer a organização administrativa da Terra Indígena garantindo a participação das associações<br />
e indígenas indicados pela comunidade;<br />
• Capacitar o quadro funcional da FUNAI e das associações indígenas em suas diversas atividades<br />
(proteção, apoio à pesquisa e monitoramento, educação ambiental, administração, entre<br />
outros) e promover cursos de atualização;<br />
• Promover cursos de Primeiros Socorros para todos os servidores da Terra Indígena Igarapé<br />
Lourdes e indígenas indicados pelas comunidades;<br />
• Providenciar revisão e manutenção periódicas das instalações e equipamentos, materiais e<br />
vias internas da Terra Indígena;<br />
• Planejar e implantar estratégia de captação e investimento de recursos, a partir da identificação<br />
e articulação com fontes potenciais de financiamento/investimento, nacionais e internacionais;<br />
• Promover a integração da gestão da Terra Indígena e demais áreas protegidas;<br />
• Promover cursos de capacitação em gestão administrativo-financeira e vigilância.<br />
4.7 PROGRAMA DE COOPERAÇÃO<br />
INSTITUCIONAL<br />
4.7.1 Objetivo Geral<br />
O Programa de Cooperação Institucional visa promover articulação entre os diversos órgãos<br />
governamentais, entidades não governamentais e associações indígenas para a garantir a implementação<br />
do Plano de Gestão da Terra Indígena Igarapé Lourdes.<br />
4.7.2 Objetivos Específicos<br />
• Desenvolver a articulação entre diversas instituições governamentais e não governamentais<br />
para garantir apoio à implementação do Plano de Gestão da Terra Indígena Igarapé Lourdes.<br />
• Garantir no orçamento da FUNAI, SEDUC, SEMED e Prefeituras de Ji-Paraná e Rondolândia<br />
recursos financeiros para desenvolvimentos das ações propostas no Plano de Gestão.<br />
4.7.3 Resultados Esperados<br />
• Convênios e Termos de Parcerias assinados;<br />
• Plano de Gestão implementado.<br />
76
4.7.4 Indicadores<br />
•Número de convênios e termos de parcerias assinados;<br />
•Porcentagem das ações propostas no Plano de Gestão executadas.<br />
4.7.5 Atividades e Normas<br />
• FUNAI e Associações Indígenas buscando parceiros para implementar o Plano de Gestão;<br />
• Associações Indígenas e FUNAI elaborando projetos para serem desenvolvidos na Terra Indígena;<br />
• Organizações não governamentais convidadas pelos indígenas e FUNAI executando projetos<br />
na Terra Indígena.<br />
• Os termos de parcerias e convênio só serão assinados com anuência por escrito dos representantes<br />
dos povos indígenas Karo e Ikolen;<br />
• Os projetos para implantação do Plano de Gestão deverão ser elaborados em conjunto com<br />
os povos indígenas;<br />
• As relações interinstitucionais devem ser formalizadas legalmente entre povos indígenas,<br />
FUNAI e a entidade conveniada;<br />
• Qualquer entidade que se dispuser a trabalhar na Terra Indígena tem que ter o projeto elaborado<br />
em conjunto com os povos indígenas;<br />
• Não será permitida a entrada de entidades ou organizações que não tenham autorização por<br />
escrito dos indígenas e anuência da FUNAI;<br />
• Deve-se cumprir a lei vigente que regulamenta a entrada de pessoas ou entidades em terras<br />
indígenas.<br />
4.7.6 Ações Gerenciais Gerais Internas<br />
• Operacionalizar a relação da Terra Indígena com o Programa Demonstrativo de Povos Indígenas<br />
(PDPI);<br />
• Promover Termos de Parceria e Cooperação com ONGs, Universidades e Órgãos Públicos<br />
para desenvolver os programas propostos;<br />
• Articular com câmaras municipais, prefeituras, associações comunitárias de entorno e outras<br />
parcerias, o apoio e o fortalecimento da gestão da Terra Indígena;<br />
• Buscar parcerias com universidades e instituções de pesquisa para o desenvolvimento de<br />
pesquisas nas linhas prioritárias definidas neste documento, discutir a definição de outras linhas<br />
de pesquisa relevantes e viabilizar estágios para estudantes;<br />
• Buscar parcerias com ONG’s ambientalistas e locais, bem como universidades, visando o<br />
planejamento e implantação do Programa de Educação Ambiental;<br />
• Articular a realização de intercâmbio ou troca de experiências com instituições governamentais<br />
e não-governamentais atuantes em áreas naturais protegidas nacionais e internacionais,<br />
preferencialmente as que tenham particularidades ou problemáticas correspondentes às da<br />
Terra Indígena;<br />
• Estabelecer parcerias com os órgãos governamentais necessários para o apoio às atividades de<br />
fiscalização, prevenção e combate à incêndios, pesquisa e monitoramento;<br />
• Promover articulação interinstitucional entre aqueles que trabalham na Terra Indígena Igarapé<br />
Lourdes.<br />
77
4.8 PROGRAMA DE SAÚDE<br />
O Programa de saúde visa garantir o atendimento de saúde no interior da Terra Indígena e fora<br />
desta. Este deve ser elaborado pelos indígenas em parceria com profissionais de saúde das mais<br />
diversas áreas com o apoio da FUNASA. Este documento traz apenas algumas sugestões levantandas<br />
pelos indígenas durante a validação do diagnóstico.<br />
4.8.1 Objetivo Geral<br />
Garantir que os povos indígenas Karo e Ikolen tenham atendimento à saúde.<br />
4.8.2 Objetivos Específicos<br />
• Realização pela FUNASA em conjunto com os povos indígenas Karo e Ikolen de um Programa<br />
de Saúde específico para ser implantado na Terra Indígena Igarapé Lourdes;<br />
• Contratação de profissionais de saúde para atuarem na Terra Indígena;<br />
• Valorização da medicina tradicional.<br />
4.8.3 Resultados Esperados<br />
• Povos indígenas com saúde;<br />
• FUNASA e FUNAI atuando de forma articulada;<br />
• Profissionais de saúde atendendo nas aldeias;<br />
• Agente Indígena de Saúde e Agente Indígena de Saneamento capacitados para atuarem na<br />
Terra Indígena Igarapé Lourdes;<br />
• Medicina indígena valorizada;<br />
• Pajés atuando junto com profissionais de saúde;<br />
• Postos de Saúde equipados e funcionando;<br />
• Equipe volante composta por médicos, odontólogos, laboratoristas, enfermeiros, auxiliares de<br />
enfermagem prestando atendimento nas aldeias.<br />
4.8.4 Indicadores<br />
• Número de atendimentos à indígenas reduzido;<br />
• Número de internações;<br />
• Número de atividades realizadas em conjunto FUNASA e FUNAI;<br />
• Número de profissionais contratados;<br />
• Número de profissionais lotados nas aldeias;<br />
• Número de Postos de Saúde equipados e em funcionamento;<br />
• Número de capacitações realizadas;<br />
• Número de atividades realizadas em conjunto com Pajé e profissionais de saúde;<br />
• Número de vezes em que a equipe volante prestou atendimento nas aldeias;<br />
• Programa de saúde elaborado e em execução.<br />
4.8.5 Atividades e Normas<br />
• Realizar diagnóstico epidemiológico na terra indígena;<br />
• Contratação de 14 auxiliares de enfermagem que serão lotados nas aldeias, e se revezarão<br />
de 20 em 20 dias;<br />
• Contratação de 01 clinico geral, 01 pediatra, 01 odontólogo, 01 enfermeira padrão, 01 laboratorista,<br />
01 bioquimico, para prestarem atendimento nas aldeias;<br />
78
• Construir residências para os profissionais de saúde e equipar os postos de saúde com todo<br />
material necessário;<br />
• Capacitar profissionais de saúde para atuarem na Terra Indígena;<br />
• Dotar as aldeias de farmácia básica, valorizando a medicina indígena;<br />
• Capacitação sobre medicina indígena, realizada pelos Pajés;<br />
• Desenvolvimento de pesquisas sobre saúde indígena;<br />
• Todo e qualquer projeto de saúde desenvolvido na Terra Indígena, tem que ter o conhecimento<br />
e autorização por escrita dos Karo e Ikolen e anuência da FUNAI conforme a lei vigente;<br />
• As repartições de benefícios oriundos destes projetos devem ser decididas pelos Karo e Ikolen;<br />
• O desenvolvimento de pesquisa sobre plantas medicinais deve ter autorização prévia por<br />
escrito dos Karo e Ikolen e anuência da FUNAI;<br />
• As descobertas sobre medicamentos oriundos de plantas medicinais e dos conhecimentos<br />
indígenas, devem ser patenteados em nome dos povos indígenas Karo e Ikolen;<br />
• Todo pesquisador antes de desenvolver sua pesquisa tem que apresentar seu projeto de forma<br />
clara e simples ao povo Karo e Ikolen, que decidirão se o projeto deve ou não ser desenvolvido;<br />
• Os profissionais de saúde não indígenas devem ser capacitados para aprenderem a língua<br />
Tupi Mondé e o Rama Rama;<br />
• Os representantes indígenas nos Conselhos de Saúde não devem ser indígenas contratados<br />
pela FUNASA - Fundação Nacional de Saúde ou qualquer outra entidade que preste o atendimento<br />
de saúde na Terra Indígena, p 0ois isto impede o controle social;<br />
• O salário dos Agentes Indígenas de Saúde e Agentes Indígenas de Saneamento devem ser<br />
iguais aos pagos aos profissionais de saúde não indígenas, que exercem profissão semelhante;<br />
• As ações de saúde na Terra Indígena Igarapé Lourdes devem ser avaliadas de três em três<br />
meses, e o resultado da avaliação enviado à FUNASA, para que insira em seu planejamento.<br />
4.8.6 Ações Gerenciais Gerais Internas<br />
• Capacitar Agentes Indígenas de Saúde e Agentes Indígenas de Saneamento;<br />
• Dotar as aldeias de profissionais de saúde: auxiliar de enfermagem, laboratorista;<br />
• Melhorar os Postos de Saúde e dotá-los com medicamentos e equipamentos adequados para<br />
o atendimento aos pacientes;<br />
• A cada mês as aldeias deverão receber uma equipe de saúde composta por: médicos,<br />
odontólogos, bioquímicos, auxiliares de enfermagem, enfermeiras, laboratoristas, com os equipamentos<br />
adequados para prestar atendimento aos indígenas;<br />
• Promover cursos de saneamento ambiental para os indígenas e não indígenas que vivem nas<br />
aldeias;<br />
• Fortalecer a medicina tradicional;<br />
• Capacitar o POLO Base e o Distrito Sanitário Especial Indígena sobre medicina tradicional;<br />
• Promover cursos sobre medicina tradicional para os indígenas mais jovens. Os cursos deverão<br />
ser ministrados pelos indígenas que entendem do assunto;<br />
• Patentear conhecimentos dos povos indígenas sobre ervas medicinais, para evitar a<br />
biopirataria;<br />
• Capacitar Agentes Indígenas de Saúde e Agentes Indígenas de Saneamento sobre medicina<br />
tradicional;<br />
• Promover cursos de antropologia da saúde para os profissionais que trabalham com saúde<br />
indígena na Terra Indígena Igarapé Lourdes;<br />
• Promover intercâmbio com outros indígenas que trabalham com saúde.<br />
79
4.9 PROGRAMA DE<br />
ALTERNATIVAS ECONÔMICAS<br />
O Programa visa apoiar o desenvolvimento de atividades que gerem melhoria na renda dos<br />
povos indígenas Karo e Ikolen e que sejam ambientalmente sustentáveis.<br />
4.9.1 Objetivo Geral<br />
Melhoria na geração da renda familiar.<br />
4.9.2 Objetivos Específicos<br />
• Desenvolvimento de atividades agrícolas, que produzam o menor impacto ambiental possível.<br />
• Manejo de roças;<br />
• Manejo Florestal de usos múltiplos;<br />
• Manejo da fauna;<br />
• Melhoria da infra-estrutura de produção;<br />
• Desenvolvimento de um projeto de apoio à produção do artesanato indígena;<br />
• Fortalecimento das marcas APIA – Associação do Povo Indígena Arara, APIG – Associação do<br />
Povo Indígena Gavião e Organização PADEREÉHJ.<br />
4.9.3 Resultados Esperados<br />
• Aumento na geração de renda das famílias Karo e Ikolen;<br />
• Plano de Manejo de Uso Múltiplo sendo implementado;<br />
• Melhoria na piscicultura existente;<br />
• Projeto de criação de animais silvestres sendo desenvolvido nas aldeias;<br />
• Infra-estrutura produtiva construída;<br />
• Associações indígenas fortalecidas com seus produtos no mercado.<br />
4.9.4 Indicadores<br />
• Porcentagem de aumento na renda familiar;<br />
• Porcentagem de peixes consumidos nas aldeias;<br />
• Quantidade de óleo de copaíba e castanha vendido;<br />
• Número de projetos de criação de animais silvestres desenvolvidos;<br />
• Número de Casas de Farinha e galpão construídos;<br />
• Associações indígenas funcionando.<br />
4.9.5 Atividades e Normas<br />
• Aprovar e homologar o Plano de Manejo Florestal de Uso Múltiplo junto ao IBAMA;<br />
• Articular com instituições que prestam assistência técnica para dar apoio à Terra Indígena;<br />
• Elaborar e implementar Projeto de criação de animais silvestres;<br />
• Incentivar o manejo de roças;<br />
• Construir casas de farinha, galpão e curral;<br />
• Buscar recursos financeiros para resolver os problemas contábeis das associações indígenas;<br />
• Prover as associações indígenas de pessoal administrativo;<br />
• Capacitar indígenas em gestão administrativo-financeira.<br />
80
• Buscar apoio para o fortalecimento institucional das associações indígenas.<br />
• Promover atividades de coleta de frutos silvestres;<br />
• Buscar mercado para produtos indígenas;<br />
• Criar logomarca para os produtos Karo e Ikolen;<br />
• Divulgar marca indígena;<br />
• Registrar a marca indígena no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI);<br />
• Criar um site divulgando os produtos indígenas;<br />
• Realizar festividades tradicionais ligadas à produção;<br />
• Confeccionar calendário agrícola indígena;<br />
• Elaborar projetos produtivos a serem apresentados às instituições apoiadoras da produção<br />
agrícola;<br />
• Toda e qualquer atividade produtiva realizada dentro da Terra Indígena deve respeitar o meio<br />
ambiente e a legislação vigente;<br />
• Nenhum projeto produtivo pode ser desenvolvido sem a permissão dos povos Karo e Ikolen;<br />
• Os projetos de pesquisa na área de produção devem ser apresentados aos povos indígenas de<br />
forma clara e linguagem simples, e sua execução só ocorrerá com a permissão dada por escrito<br />
pelos povos Karo e Ikolen com anuência da FUNAI;<br />
• O projeto de Ecoturismo proposto durante a Validação do Diagnóstico deve ser elaborado<br />
e implementado com pessoal que tenha conhecimento sobre a cultura indígena e a região<br />
amazônica, devendo respeitar a cultura Karo e Ikolen e o zoneamento realizado para a Terra<br />
Indígena Igarapé Lourdes.<br />
4.9.6 Ações Gerenciais Gerais Internas<br />
• Desenvolver manejo de caça e pesca;<br />
• Manejo de copaiba, castanha e seringueiras;<br />
• Desenvolver a produção de milho indígena;<br />
• Construir casas de farinha e equipá-las;<br />
• Buscar mercado para os produtos Karo e Ikolen;<br />
• Criar animais silvestres em cativeiro para consumo e venda;<br />
• Plantar hortaliças e pomar;<br />
• Desenvolver, registrar e divulgar o logotipo dos produtos da Terra Indígena Igarapé Lourdes;<br />
• Construir Posto de Venda dos produtos indígenas em Ji-Paraná;<br />
• Viabilizar o escoamento da produção indígena;<br />
• Promover a melhoria e o manejo das roças indígenas;<br />
• Divulgar e expor à venda os artesanatos indígenas;<br />
• Desenvolver Projeto de turismo.<br />
81
4.10 PROGRAMA DE<br />
VALORIZAÇÃO CULTURAL<br />
O Programa é o mais importante para os povos indígenas Karo e Ikolen e visa valorizar a cultura<br />
destes povos.<br />
4.10.1 Objetivo Geral<br />
Desenvolver atividades que valorizem todos os aspectos da cultura dos povos indígenas Karo e<br />
Ikolen, fortalecendo os laços entre estes povos.<br />
4.10.2 Objetivos Específicos<br />
• Realizar atividades culturais próprias do povo Karo e Ikolen;<br />
• Realizar projetos que valorizem as artes indígenas;<br />
• Promover atividades culturais que valorizem as danças e cantos indígenas;<br />
• Produzir material audiovisual sobre a cultura Karo e Ikolen;<br />
• Fortalecer os rituais de pajelança;<br />
• Promover intercâmbio cultural com outros povos indígenas;<br />
• Divulgar a cultura Karo e Ikolen.<br />
4.10.3 Resultados Esperados<br />
• Língua Tupi Mondé e Rama Rama sendo falada por todos na Terra Indígena;<br />
• Histórias dos povos Karo e Ikolen sendo ensinadas nas escolas;<br />
• Material didático produzido com histórias, desenhos, geografia, fauna e flora dos povos Karo<br />
e Ikolen;<br />
• Material audiovisual produzido sobre a cultura Karo e Ikolen;<br />
• Festas e cantos indígenas realizados na Terra Indígena Igarapé Lourdes;<br />
• Rituais indígenas divulgados na mídia;<br />
• Realização de cursos e oficinas de produção de artesanato Karo e Ikolen;<br />
• Rituais sagrados sendo realizados;<br />
• Medicina tradicional sendo usada nas aldeias;<br />
• Pajés fortalecidos;<br />
• Rituais perdidos ou esquecidos sendo resgatados;<br />
• Pesquisas sobre a cultura sendo desenvolvidas na Terra Indígena Igarapé Lourdes;<br />
• Arquitetura indígena valorizada.<br />
4.10.4 Indicadores<br />
• Número de atividades culturais indígenas desenvolvidas;<br />
• Número de cursos e oficinas sobre artes indígenas desenvolvidos;<br />
• Número de malocas construídas;<br />
• Número de projetos de pesquisa desenvolvidos;<br />
• Número de material audiovisual desenvolvido e publicado;<br />
• Porcentagem do aumento de falantes das línguas Tupi Mondé e Rama Rama;<br />
• Número de festas indígenas realizadas;<br />
• Número de atendimentos feitos pelos pajés;<br />
• Número de entrevistas, palestras e seminários realizados;<br />
• Número de rituais sagrados realizados.<br />
82
4.10.5 Atividades e Normas<br />
• A cultura Karo e Ikolen será valorizada na Terra Indígena Igarapé Lourdes;<br />
• Qualquer projeto de pesquisa sobre a cultura Karo e Ikolen tem que ter autorização por escrito<br />
dos indígenas e anuência da FUNAI;<br />
• O pesquisador deve enviar cópia do projeto antecipadamente e agendar reunião com o povo<br />
indígena, para explicar de forma clara e simples a proposta e tirar as dúvidas levantadas. Só depois<br />
de esclarecidos é que o povo Karo e Ikolen enviam sua decisão por escrito ao pesquisador<br />
via FUNAI;<br />
• As associações indígenas, FUNAI, SEDUC, FUNASA e demais que trabalham na Terra Indígena<br />
Igarapé Lourdes deverão apoiar e buscar ajudar na realização de atividades culturais;<br />
• Serão realizadas palestras, seminários e outras atividades culturais no entorno da Terra Indígena<br />
e em outras localidades visando divulgar a cultura Ikolen e Karo;<br />
• A atuação dos Pajés será respeitada;<br />
• As informações produzidas pelo diagnóstico serão publicadas e utilizadas nas escolas;<br />
• As festas tradicionais serão apoiadas e incentivadas;<br />
• As línguas Tupi Mondé e Rama Rama devem ser ensinadas nas escolas da Terra Indígena<br />
Igarapé Lourdes;<br />
• Os não indígenas devem fazer cursos para falar as línguas Tupi Mondé e Rama Rama;<br />
• No programa escolar a ser desenvolvido na Terra Indígena, deve ser valorizada a cultura indígena;<br />
• As associações indígenas devem ser fortalecidas institucionalmente;<br />
• Os projetos, convênios e termos de parcerias com entidades não governamentais e governamentais<br />
devem, entre seus objetivos, incluir o apoio à valorização cultural;<br />
• Não será permitida nenhuma atividade na Terra Indígena que prejudique a cultura Karo e<br />
Ikolen;<br />
• Não será permitida nenhuma atividade na Terra Indígena que desrespeite os valores espirituais<br />
dos povos Karo e Ikolen.<br />
4.10.6 Ações Gerenciais Gerais Internas<br />
• Promover festas tradicionais dos povos indígenas Karo e Ikolen;<br />
• Promover cursos de história dos povos indígenas Karo e Ikolen, ministrados pelos indígenas<br />
mais velhos;<br />
• Promover capacitação em confecção de artesanato e armas indígenas (arco e flecha);<br />
• Promover cursos nas línguas Tupi Mondé e Rama Rama para indígenas e aqueles que trabalham<br />
na Terra Indígena Igarapé Lourdes;<br />
• Promover rituais de pajelança;<br />
• Publicar histórias nas línguas Tupi Mondé e Rama Rama;<br />
• Publicar materiais didáticos nas línguas Tupi Mondé e Rama Rama;<br />
• Construir 02 Centros de Vivência Indígena onde se possa promover a troca de informações e<br />
expor produtos (Aldeias Iterap e Igarapé Lourdes);<br />
• Promover torneios de esporte indígena;<br />
• Promover palestras e seminários sobre a Terra Indígena Igarapé Lourdes e seus povos;<br />
• Promover a troca de informações culturais com outros povos indígenas;<br />
• Produzir material audiovisual sobre os povos indígenas Karo e Ikolen.<br />
83
AVALIAÇÃO E REVISÃO DO PLANO<br />
DE GESTÃO<br />
Este Plano de Gestão Etnoambiental da Terra Indígena Igarapé Lourdes, por<br />
decisão dos povos indígenas Karo e Ikolen, FUNAI e representantes de demais<br />
entidades participantes da Validação do Diagnóstico, deverá ser avaliado<br />
a cada seis meses e revisado de três em três anos.<br />
Deve-se durante a avaliação e revisão envolver todos que vivem na Terra<br />
Indígena, e aqueles que desenvolvem atividades ou projetos com os povos<br />
Karo e Ikolen.<br />
A Avaliação semestral tem como objetivo analisar os avanços e entraves e promover<br />
reajustes no Plano de Gestão.<br />
O Plano de Gestão traz programas e sugestões de atividades prioritárias a<br />
serem desenvolvidas, porém se faz necessária a elaboração de projetos específicos<br />
para as ações propostas.<br />
Os projetos específicos devem ser elaborados sempre pelos povos indígenas<br />
Karo e Ikolen, com parcerias e assessoramento de técnicos devidamente<br />
habilitados no tema proposto.<br />
84
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85
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90
NEPIAHV JÁVE<br />
ZERE BAHI ZÁBEHJ XI<br />
ZERE BAHI<br />
PABIHV VÁA (Líder)<br />
BABE KAPIV<br />
Homem na beira do rio<br />
DJÁ PÉH TIH<br />
BABEKAWÔ<br />
MADJÉHJ<br />
KASÁHIÉHJ ÀBIHV VÁÁ<br />
ZERE BAHI<br />
BEBE KUHJ AKAAV VÁÁ<br />
KOROJ (Líder)<br />
BABEKAWÔ<br />
IHV KÓSÒHR<br />
ZAV POHJ<br />
ZERE BAHI<br />
BESALÁVÀH XI<br />
KOJABAH (Líder)<br />
TZAPEABÁH<br />
PEJÓ VÁH<br />
Onde houve contato<br />
entre Arara e Gavião<br />
BAJ PÓHJ<br />
IKOLEN E KARO<br />
ZAGA POHJ<br />
GORÁ AXOEHJ<br />
ABIHU VÁA<br />
ZERE BAHI<br />
SULSÚL KATAHV VÁA<br />
MOROKOY XÃKA SERINGAL<br />
Local do primeiro contato SANTA MARIA<br />
CONFLITO IKOLEN<br />
E KARO<br />
ALDEIA INGAZEIRA TAPERA DO<br />
ITXAWOP-TO<br />
TXIPOSEGOV<br />
ALDEIA IGARAPÉ <strong>LOURDES</strong><br />
TAPERA DO CHAMBETE<br />
CASA NA PEDRA<br />
XUM XUM MO’IVÁA<br />
TAPERA DO PITIKÁWA<br />
ZERE BAHI<br />
VAV A ÀRAH<br />
XÔ WÃ GÃT<br />
Espírito Perigoso<br />
COLOCAÇÃO DO MANIQUITO<br />
AMI SÓR VÁA<br />
Parente do Diabo<br />
PASSÁU<br />
KOKUHVA<br />
ZERE BAHI<br />
I TÁ VAHV XI<br />
TXIKOBIPOH<br />
Primeiro contato Gavião<br />
XÔ RÔG<br />
ZÁBERÓHVÉHJ XI<br />
VAVÓ TIH<br />
MOYERE ARARA<br />
NA KA XA TÕT<br />
Espírito do Pajé Perigoso<br />
GÀLÀÉHJ SÁV XI<br />
XIBÉHN (Líder)<br />
COLOCAÇÃO DO<br />
BENEDITO ARARA<br />
AGAMENON APÛGA<br />
SERINGAL DO BARROSO<br />
ALDEIA ITERAP<br />
ANTIGA ALDEIA<br />
YANÊMAMÂT ARARA<br />
Local do primeiro contato<br />
ALDEIA DO PEDRO<br />
PAIGABH<br />
ALDEIA IKOLEN<br />
PARATO (Karo)<br />
MALOLOTH(Ikolen)<br />
ALDEIA CACOAL<br />
ALDEIA DO JOÃO<br />
“PABIR VAÁ KORÓ”<br />
IHV KÓ SÓR<br />
Homem Gago<br />
Perigoso<br />
TAPERA DO PEREIRA<br />
SORABÁH<br />
IGARAPÉ MADEIRINHA<br />
TSAN TSAN<br />
PESÁU PEWÁH<br />
TIKIRI PÀ HJ VÁÁ<br />
KOJABÁH (Líder)<br />
TAKOR PÓHV AKAV VÁA<br />
BASAJ ÁDÓH (Líder)<br />
BOSAV PÁGA VÁA<br />
IXÓHV (Líder)<br />
VAHÁH PEHV AKAV VÁA<br />
ZERÁR PEHV (Líder)<br />
ALDEIA “UHV”<br />
XAPÊYAKOROKÕT KA<br />
YA MO XAP<br />
ALDEIA DO CARÁ<br />
NOVA COLINA<br />
MINROP XAP<br />
YOKIN XUP<br />
ALDEIA “MÀHVGÚVEIRJ”<br />
ALDEIA “PADAÉ”<br />
DJÀTÉH TIH<br />
Homem Ancestral<br />
ZERE BAHI<br />
ZAV VÉTÁH<br />
ZALIÁHVTIH<br />
MARAMARÁ ÃXAP<br />
Mapa Etno-história<br />
Maloca Abandonada<br />
Babekawô<br />
Ikolen<br />
Karo<br />
Barreiro<br />
Conflito<br />
Seringal<br />
Itxawop-to (Serra)<br />
Zona Sagrada<br />
Ikolen<br />
Karo<br />
Karo e Ikolen<br />
Aldeias<br />
Contato<br />
Aldeia Karo<br />
Não índios<br />
Zona de Caça<br />
Aldeia Ikolen<br />
Índios<br />
Zona Urbana
Mapa Sobreposição
APIA<br />
ASSOCIAÇÃO DO POVO<br />
INDÍGENA ARARA<br />
PROMOÇÃO<br />
PARCERIA<br />
APIG<br />
ASSOCIAÇÃO DO POVO<br />
INDÍGENA GAVIÃO<br />
EXECUÇÃO<br />
ORGANIZAÇÃO INDÍGENA<br />
PADEREÉHJ<br />
Esta publicação foi produzida graças ao apoio do povo americano por meio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional<br />
(USAID). O conteúdo é de responsabilidade de seus realizadores e não necessariamente reflete as opiniões da USAID ou do Governo dos Estados Unidos.<br />
Associação de Defesa Etnoambiental