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IGARAPÉ LOURDES - Kanindé

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REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA<br />

A Terra indígena Igarapé Lourdes é demarcada e homologada pelo Decreto 88.609/83 de 09<br />

de agosto de 1983. Com a demarcação ficaram fora dos limites da terra indígena importantes<br />

territórios ocupados pelos Ikolen e Karo Rap, que atualmente são reivindicados pelos povos<br />

indígenas para ampliação da área.<br />

RIOS E IGARAPÉS<br />

O Igarapé Lourdes é a principal bacia hidrográfica da terra indígena que possui as sub-bacias<br />

do Igarapé Água Azul, Tarumã, Ji-Paraná, Jatuarana, Setembrino, Prainha, Providência, Lourdes<br />

e Perdido.<br />

MORADIA<br />

As aldeias possuem casas de madeira com cobertura de telhas de amianto, de madeira com<br />

cobertura de palha, casas de palha, casas de alvenaria (FUNAI). As casas feitas de palha demonstram<br />

a técnica indígena de construção de habitações e outras edificações (galinheiros,<br />

chiqueiros, etc). As principais construções de palha são as malocas, que servem como moradia<br />

para algumas famílias. Esse tipo de habitação, apesar de ser tradição da cultura indígena, atualmente<br />

é muito raro de ser encontrado nas aldeias da Terra Indígena Igarapé Lourdes.<br />

ENERGIA<br />

A Terra Indígena Igarapé Lourdes possui uma precária geração e distribuição de energia elétrica.<br />

Isso se dá porque apenas duas das aldeias, Paygap e Ikolen, são atendidas com energia<br />

distribuída pelas Centrais Elétricas de Rondônia – CERON. As aldeias Cacoal, Ingazeira e Nova<br />

Esperança não têm energia, as demais aldeias funcionam com motor gerador, que quase sempre<br />

estão parados por não ter combustível ou por falta de manutenção.<br />

HIDRELÉTRICAS<br />

A discussão sobre a possível construção da hidrelétrica do rio Machado ou Ji-Paraná vem ocorrendo<br />

desde 1990. Em 1991 os indígenas Ikolen e Karo protestaram contra a construção,<br />

fechando a ponte do rio Machado na cidade de Ji-Paraná.<br />

Furnas vêm coletando dados sobre volume e velocidade das águas no rio Machado e seus afluentes,<br />

para a análise de viabilidade do empreendimento e possível construção da hidrelétrica.<br />

Desde o início de 2005 estes dados vem sendo repassados à Eletronorte.<br />

Vale salientar que os indígenas não foram consultados por Furnas, nem pela Eletronorte (Centrais<br />

Elétricas do Norte), haja vista a construção impactar parte da Terra Indígena Igarapé Lourdes.<br />

Durante a realização do diagnóstico os Ikolen e Karo foram categóricos em afirmar que não aceitam<br />

a construção da hidrelétrica, principalmente porque esta irá inundar parte de seu território.<br />

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