Camilo Santana
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Economia<br />
Sei não, só sei<br />
que é assim...<br />
Foto: arquivo pessoal<br />
por Neila Fontenele<br />
Jornalista, Editora do Núcleo<br />
de Negócios do jornal O Povo<br />
Uma das regras clássicas da<br />
economia consiste na seguinte<br />
frase: “A oferta gera<br />
sua própria demanda”. Conhecida<br />
como a Lei de Say, por ter sido popularizada<br />
pelo economista francês<br />
Jean-Baptiste Say em 1814 em sua<br />
explicação sobre o funcionamento<br />
dos mercados, esse modelo ainda é<br />
defendido por alguns pensadores, investidores<br />
e governos.<br />
Essa realidade, por exemplo, é vivida<br />
no Ceará. Com a chegada de<br />
novos shopping centers em Fortaleza,<br />
com a construção da Companhia Siderúrgica<br />
do Pecém (CSP) e com a<br />
implantação do polo de saúde no Eusébio,<br />
a Lei de Say tem sido resgatada.<br />
Esse modelo tem sido defendido na<br />
prática tanto para a geração de emprego<br />
quanto para o quesito padrão<br />
de consumo. Mas a aplicação de uma<br />
teoria clássica não representa uma tarefa<br />
simples; gerar uma oferta de empregos<br />
qualificados numa região com<br />
baixa escolaridade, certamente é uma<br />
tarefa desafiadora.<br />
Na área de consumo, a teoria também<br />
tem sido testada, e atualmente<br />
fala-se no esgotamento da política<br />
baseada na geração de demanda. A<br />
questão é que não se pensava antes<br />
em superendividamento ou superoferta<br />
de produtos ou fabricação.<br />
Diante das regras do mercado de hoje<br />
os desafios são maiores. Não basta<br />
gerar a oferta e a demanda; é preciso<br />
saber gerir as variáveis psicológicas e<br />
políticas, e também a possibilidade de<br />
fatores externos mudarem totalmente<br />
os rumos do mercado.<br />
Mesmo com essas ressalvas, no Ceará<br />
alguns princípios estão dando certo<br />
e ajudaram a segurar o crescimento<br />
44 - simec em revista