Canionismo - Atlas do Esporte no Brasil
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<strong>Canionismo</strong><br />
VALÉRIA BITENCOURT E SIMONE AMORIM<br />
Canyoning/Canyoneering<br />
Canyoneering in its simplest form has been around since prehistoric<br />
times. In fact, evidence can be found of prehistoric people inhabiting<br />
canyons (deep narrow valley with steep sides and often with a stream<br />
flowing through it), <strong>no</strong>t only in America, but also in Europe, Australia<br />
and around the world. Canyoning, as it is k<strong>no</strong>wn in Europe, has been<br />
a popular adventure sport for many years. It can be defined today as<br />
the sporting exploration of canyons in which the canyoneer should<br />
follow the course designed by the stream or river. In spite of enjoying<br />
some regularity in Brazil, canyoning is still in its initial phase. The<br />
Encontro <strong>Brasil</strong>eiro de <strong>Canionismo</strong> (Brazilian Canyoning Meeting),<br />
organized annually since 2000 by a specialized company, ABCânion,<br />
aims to standardize patterns and safety procedures in the whole<br />
country. The Associação Cânions da Serra Geral (Association of<br />
Canyons of Serra Geral-ACASERG), in Porto Alegre-RS, estimates<br />
that there are today 1,000 regular participants (95% males and 5%<br />
females) in Brazil. However, with the appeal of tourism of adventure<br />
and commercial operations, the number of people that has already<br />
had occasional contact with the sport is reported to be between<br />
10,000 and 12,000. According to a<strong>no</strong>ther specialized company,<br />
H2Omem, Brazil has: 2,500 waterfalls, 500 caves, 180 rivers and<br />
rapids and 180 mountain peaks.<br />
Definições Evidências apontam que as formas mais rudimentares<br />
de Canyoneering ou Canyoning (como é mais conheci<strong>do</strong> na Europa)<br />
existem desde tempos pré-históricos quan<strong>do</strong> povos habitavam os<br />
canyons (vales profun<strong>do</strong>s com encostas íngremes e freqüentemente<br />
com uma corrente d’água fluin<strong>do</strong> através deles) em diversas partes<br />
<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. O canyoning pode ser defini<strong>do</strong> como “exploração<br />
esportiva de cânions/canyons, rios em garganta ou desfiladeiros”,<br />
na qual o praticante deve seguir o curso traça<strong>do</strong> pelas águas. A<br />
exploração de canyons, desfiladeiros e rios em garganta é uma<br />
atividade desenvolvida em ambiente vertical e aquático, com<br />
<strong>do</strong>mínio das técnicas de progressão com uso de cordas (tiroleza e<br />
rapel). Para driblar as adversidades e obstáculos de longos<br />
percursos como cachoeiras, tobogãs, trechos inunda<strong>do</strong>s e<br />
espremi<strong>do</strong>s entre paredes escarpadas, faz-se necessário também<br />
o <strong>do</strong>mínio das técnicas das águas brancas (rafting e ca<strong>no</strong>agem),<br />
assim como <strong>no</strong>ções de caminhada (water-trek), natação em<br />
corredeiras (floating), saltos, slides (tobogãs), escalada e rapel.<br />
Oriun<strong>do</strong> da espeleologia e <strong>do</strong> montanhismo, apenas há duas décadas<br />
começaram a ser desenvolvidas técnicas e equipamentos próprios<br />
para o canionismo. Sua forma competitiva, organizada por<br />
encontros, conquistas e expedições, está mais voltada para as regras<br />
de jogos coopera<strong>do</strong>s onde a união e a desenvoltura da equipe<br />
contam pontos em provas baseadas em regularidades. Para sua<br />
prática é necessário o acompanhamento de orienta<strong>do</strong>res<br />
experientes, além <strong>do</strong> respeito ao meio ambiente e sua conservação.<br />
O Cascading, também conheci<strong>do</strong> como “rapel em cachoeiras”, é<br />
um tipo de “canyoning pontual”, pratica<strong>do</strong> numa só queda d’água<br />
com várias repetições de descida e não requer maiores preocupações<br />
com outras técnicas de progressão. Caving, oriun<strong>do</strong> da espeleologia<br />
(vide explicação em quadro adiante), é também conheci<strong>do</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong><br />
como cavernismo, ou simplesmente “exploração de cavernas”. Se<br />
os espeleólogos estudam a vida e a geologia <strong>no</strong> interior da terra, os<br />
praticantes <strong>do</strong> caving ficam com a parte esportiva e exploração<br />
onde são utilizadas técnicas de descida e subida em corda,<br />
transpon<strong>do</strong> rios subterrâneos, passan<strong>do</strong> por condutos aperta<strong>do</strong>s<br />
em ambientes com total ausência de luz. Além <strong>do</strong>s equipamentos<br />
especiais como calças e blusas de fibras sintéticas, entre outros, a<br />
carbureteira é imprescindível como fonte de luz.<br />
Origens O final <strong>do</strong> século XIX marca o início das expedições, mas a<br />
partir <strong>do</strong> século XX, com a exploração de canyons e cavernas <strong>no</strong><br />
maciço <strong>do</strong>s Pirineus, entre a França e a Espanha, E<strong>do</strong>uard-Alfred<br />
Martel, considera<strong>do</strong> o pai da espeleologia, marca o berço da prática.<br />
Ficou conhecida como atividade esportiva <strong>no</strong> final da década de<br />
1970, após o desenvolvimento das modernas técnicas de exploração<br />
de ambientes verticais, evoluin<strong>do</strong> para caminhos próprios ten<strong>do</strong> como<br />
referencial os esportes pratica<strong>do</strong>s em águas brancas (ou bravas)<br />
como o rafting, o caiaquismo e o hidro speeding. Na Europa está<br />
bastante difundi<strong>do</strong> <strong>no</strong>s Alpes e <strong>no</strong>s Pirineus, mas também é pratica<strong>do</strong><br />
<strong>no</strong>s EUA, na América Central e também na Austrália e Nova<br />
Zelândia. Em número de praticantes destacam-se os franceses,<br />
depois os espanhóis, alemães, suíços, italia<strong>no</strong>s, austríacos e<br />
eslove<strong>no</strong>s. Os europeus Alex Batllori, Jean-Paul Pontroué, Patrick<br />
Gimat, Enrique Salamero, Fernan<strong>do</strong> Biarge entre outros, exploraram<br />
e mapearam dezenas de canyons <strong>no</strong>s Pirineus franco-espanhóis e,<br />
assim como o <strong>no</strong>rte-america<strong>no</strong> Rich Carlson de Phoenix-Arizona,<br />
recebem o reconhecimento <strong>no</strong> canyoning mundial. No <strong>Brasil</strong>, a<br />
origem <strong>do</strong> canionismo não é determinada com precisão, pois há<br />
muito tempo praticam-se atividades que apresentam alguma<br />
semelhança com o esporte, como por exemplo, as travessias realizadas<br />
<strong>no</strong>s cânions da Região da Serra Geral, na fronteira <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />
Rio Grande <strong>do</strong> Sul e de Santa Catarina, desde mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Século XX.<br />
Fazendeiros e cria<strong>do</strong>res de ga<strong>do</strong>, para conseguir um terre<strong>no</strong> bem<br />
irriga<strong>do</strong> para a agricultura ou criação de animais, buscavam, apesar<br />
<strong>do</strong> difícil acesso, a me<strong>no</strong>r das padrarias cruzadas por um curso d’água,<br />
aumentan<strong>do</strong>, dessa forma, a superfície de suas terras. Por varia<strong>do</strong>s<br />
motivos, o homem adentrava as gargantas mais sinuosas e<br />
inacessíveis em busca de subsistência ou simplesmente por espírito<br />
desbrava<strong>do</strong>r, mesmo que isso representasse grande perigo. Ao final<br />
da década de 1980, com a edição da Revista Geográfica Universal<br />
(1986) sobre a prática esportiva que já ganhava espaço na França, a<br />
<strong>no</strong>vidade chegou e <strong>no</strong> final <strong>do</strong>s a<strong>no</strong>s 1980, início <strong>do</strong>s a<strong>no</strong>s 1990,<br />
começaram a despontar algumas equipes <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, registran<strong>do</strong> o<br />
pioneirismo das equipes H2Omem (SP) e Canion Inc. (RS). Da<br />
primeira geração destacam-se: Carlos Zaith (SP), Nelson Barretta,<br />
Marisa Góes e Marcos Philadelphi e, despontan<strong>do</strong> na atualidade:<br />
Álvaro Barros, Fernan<strong>do</strong> Santana (Brasília-DF), Henry Lummertz,<br />
Rafael Brito e Neyton Reis (RS) figuram entre os brasileiros mais<br />
reconheci<strong>do</strong>s nacional e internacionalmente.<br />
1888 É<strong>do</strong>uard Martel realizou a travessia da grota de Bramabiau,<br />
na França, que se poderia comparar a uma descida de cânion.<br />
1889 Lucien Briet explorou, a partir de Gavarnie, os cânions de Alto-<br />
Aragão (Vale de Onsera, Vale d’Ordesa, Rio Vero, Péonéra, Escuain,<br />
Miraval, Mascun, Gargantas <strong>do</strong> Guatizalema, Gargantas <strong>do</strong> Glocé).<br />
1890 F. Fournier, desenvolveu estu<strong>do</strong>s e expedições a alguns cânions.<br />
1893 Armand Janet explorou os cânions <strong>do</strong>s Alpes de Alta-<br />
Provença (Artuby, Ver<strong>do</strong>n).<br />
1902 Descida das Gargantas da Nesque.<br />
1903 Início da exploração <strong>do</strong>s “barrancos” de Alto-Aragão.<br />
1906 Descida da primeira parte <strong>do</strong> Ver<strong>do</strong>n; primeira tentativa da<br />
descida da Clue D’Aiglun, <strong>no</strong> Vale <strong>do</strong> Esteron, <strong>no</strong>s Alpes Marítimos,<br />
por É<strong>do</strong>uard. Martel.<br />
1904-1908 Lucien Briet descobriu os mistérios <strong>do</strong>s Pirineus<br />
Aragoneses e realizou o inventário de um bom número de cânions<br />
e barrancos.<br />
1907-1909 É<strong>do</strong>uard Martel realizou expedições <strong>no</strong> país basco<br />
francês (Gargantas de Kakouetta, Holzarte, Ehujarre). Início da<br />
exploração das gargantas <strong>do</strong> Bitet, d’Olhadubie.<br />
1925 Fim da exploração e primeira travessia integral <strong>do</strong> cânion<br />
da Artuby.<br />
1928 Descida integral <strong>do</strong> Ver<strong>do</strong>n; percurso da clue D’Aiglun, por<br />
Jacques Moerau, em duas etapas, por montante e por aval.<br />
1933 Cazalet, Dubosq, Maily e Olivier realizam a primeira descida<br />
<strong>do</strong> Olhadubie.<br />
Décadas de 1950-1960 Sem muitos registros pontuais, durante<br />
as duas décadas Paul Minvielle e seu filho Pierre exploraram um<br />
número considerável de cânions da Região <strong>do</strong>s Pirineus espanhóis,<br />
como: Los Oscuros, os Estréchos <strong>do</strong> Balces, Rio Vero, Le Choca e<br />
Mascun, marcan<strong>do</strong> também o início da exploração <strong>do</strong>s primeiros<br />
cânions como prática esportiva <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s de 1950.<br />
Década de 1970 Começaram a ser organizadas as primeiras<br />
atividades de canionismo, conduzidas por monitores de espeleologia<br />
e montanhistas, na Serra de Guara (Pirineus Espanhóis) e <strong>no</strong>s<br />
Alpes <strong>do</strong> Sul. O início da organização resulta na configuração de<br />
uma <strong>no</strong>va prática esportiva que se difundiu rapidamente por toda a<br />
França e Europa, introduzin<strong>do</strong>-se aos poucos em outros países. Na<br />
França, a partir desta década, são realiza<strong>do</strong>s “grand prix”<br />
juntamente com campanhas para a prevenção de acidentes.<br />
1981 Carlos Zaith iniciou-se na Espeleologia, exploran<strong>do</strong> e<br />
<strong>do</strong>cumentan<strong>do</strong> as principais cavernas calcárias <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />
1986 A Federação Francesa de Espeleologia reconheceu o canionismo.<br />
1987 Carlos Zaith ingressou na Sociedade <strong>Brasil</strong>eira de Espeleologia.<br />
1988 Fundação da Comissão Cânion, com abertura para as Federações<br />
Francesas de Montanha, de Escalada e de Ca<strong>no</strong>a-Caiaque.<br />
1989 Início <strong>do</strong>s primeiros cursos de canionismo, organiza<strong>do</strong>s pela<br />
Comissão Cânion da Federação Francesa de Espeleologia.<br />
1992-1993 Começam as competições de canyioning <strong>no</strong>s<br />
Pirineus-Espanha.<br />
1994 A equipe H2Omem realizou o primeiro curso de canionismo<br />
<strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />
1996 A H2Omem registrou a maior descida, na Cachoeira da<br />
Fumaça, na Chapada Diamantina-BA, conhecida como “Salto<br />
Glass”, com 340m de queda livre.<br />
1997 Primeira Expedição Anfíbia, organizada por Álvaro Barros e<br />
Fernan<strong>do</strong> Santana, <strong>no</strong> rio São Miguel-GO. Início da equipagem <strong>do</strong>s<br />
cânions da Região da Serra Geral (fronteira <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Rio<br />
Grande <strong>do</strong> Sul e de Santa Catarina), por iniciativa de membros da<br />
Canion Inc. e de outras pessoas, que iniciaram a equipagem <strong>do</strong><br />
Cânion <strong>do</strong> Malacara-RS.<br />
1998 Fundação da Associação Cânions da Serra Geral-ACASERG,<br />
em Porto Alegre-RS. Aconteceu uma competição da cascading<br />
em Minas Gerais.<br />
1999 Realização da expedição Anfíbia 2, <strong>no</strong> rio São Domingos/<br />
Ponte das Pedras-GO, Chapada <strong>do</strong>s Veadeiros) por Álvaro Barros<br />
e Fernan<strong>do</strong> Santana. A École Française de Descente de Cânion<br />
ministrou curso preparatório para instrutores.<br />
Décadas 1980-1990 Simultaneamente às <strong>no</strong>vas conquistas de<br />
cânions, os a<strong>no</strong>s 1980 marcaram a exploração comercial da prática<br />
mas, <strong>no</strong> início da década de 1990, o canionismo conquista a<br />
independência da espeleologia e <strong>do</strong> montanhismo, impulsionan<strong>do</strong><br />
<strong>no</strong>vos equipamentos e técnicas específicas à prática.<br />
2000-2001 Primeiro Encontro <strong>Brasil</strong>eiro de <strong>Canionismo</strong> na<br />
Chapada <strong>do</strong>s Veadeiros-GO. Fundação da ABCânion (Associação<br />
<strong>Brasil</strong>eira de <strong>Canionismo</strong>), por canionistas de SP, DF, RS, SC, BA e<br />
CE com o objetivo de padronizar a linguagem e procedimentos de<br />
segurança em to<strong>do</strong> o <strong>Brasil</strong>.<br />
2002 Na Expedição Cânions <strong>do</strong> Alto Tocantins, organizada por<br />
Ion, David e Humberto Medaglia, três cânions foram explora<strong>do</strong>s: o<br />
Afluente Azul, Farias e Couros. Conquista <strong>do</strong>s cânions Macaco e<br />
Macaquinho-GO. O 2º Encontro <strong>Brasil</strong>eiro de <strong>Canionismo</strong><br />
aconteceu em Brotas-SP.<br />
2003 O 3 o Encontro <strong>Brasil</strong>eiro de <strong>Canionismo</strong> foi realiza<strong>do</strong> em<br />
Canela–RS.<br />
Situação atual Embora apresente certa regularidade, o canionismo<br />
ainda se encontra na fase de gestação, ten<strong>do</strong> como marco o Encontro<br />
<strong>Brasil</strong>eiro de <strong>Canionismo</strong>, organiza<strong>do</strong> anualmente pela ABCânion.<br />
Números ainda tími<strong>do</strong>s pontuam o desenvolvimento das práticas <strong>do</strong><br />
canionismo, cascading e caving. Oficialmente registra<strong>do</strong>s, apenas<br />
11.32 DACOSTA, LAMARTINE (ORG.). A TLAS DO ESPORTE NO BRASIL. RIO DE JANEIRO: CONFEF, 2006
40 associa<strong>do</strong>s da ACASERGE, dentre eles alguns também integram<br />
o quadro <strong>do</strong>s 30 associa<strong>do</strong>s da ABCânion. Segun<strong>do</strong> informações da<br />
entidade, existem diversos clubes, associações e grupos organiza<strong>do</strong>s,<br />
que não possuem personalidade jurídica, o que dificulta as<br />
informações precisas sobre o esporte em âmbito nacional. Alguns<br />
grupos utilizam as práticas como produtos turísticos e temas de<br />
cursos e palestras. A entidade estima 1.000 praticantes regulares na<br />
atualidade, sen<strong>do</strong> 95% <strong>do</strong>s praticantes <strong>do</strong> sexo masculi<strong>no</strong> e 90%<br />
praticantes <strong>do</strong> cascading. Com o apelo <strong>do</strong> turismo de aventura e<br />
operações comerciais, o número de pessoas que já tiveram contato<br />
ocasional com a prática oscila entre 10.000 a 12.000. Consideran<strong>do</strong>se<br />
a diversidade de cânions e recursos naturais a serem explora<strong>do</strong>s<br />
<strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e a forte tendência mundial ligada ao ecoturismo, a empresa<br />
H2Omem desenvolve estu<strong>do</strong>s para o inventário de monumentos<br />
naturais brasileiros que deverão retratar um grande salto de<br />
desenvolvimento para as modalidades. Preliminarmente assume-se<br />
que haja: Quedas d’água – 2.500; Cavernas – 500; Rios e<br />
Corredeiras – 180; e Pontos culminantes – 180. Segun<strong>do</strong> Carlos<br />
Zaith, funda<strong>do</strong>r da empresa “<strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> não há muitas publicações<br />
sobre o esporte e muitas pessoas ainda não tem conhecimento de<br />
sua existência. É necessário o investimento <strong>no</strong> trabalho de base e<br />
divulgação para impulsionar a evolução <strong>do</strong> esporte”.<br />
Fontes Associação Cânions da Serra Geral; www.acaserg.org.br;<br />
Associação <strong>Brasil</strong>eira de <strong>Canionismo</strong>–ABCânion; www.h2omem.com.br;<br />
www.brasilaventuras.com.br; www.ecoviagem.com.br; Registros da<br />
empresa H2Omem: inventário de monumentos naturais brasileiros.<br />
Locais para a prática de canionismo<br />
Locations for canyoneering practice<br />
Chapada Diamantina<br />
Chapada <strong>do</strong>s Veadeiros <strong>no</strong>s<br />
cânions: São Miguel, Macaco,<br />
Macaquinho, Ponte de Pedras,<br />
Afluente Azul e Farias.<br />
Gruta <strong>do</strong> Lago Azul<br />
Sul <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, especialmente na Serra da Mantiqueira<br />
<strong>no</strong>s cânions: Bugio, Juju, Prata, Mocó,Vargens, Cavalo<br />
Baio, Garcias e Perdizes<br />
Serra <strong>do</strong> Cipó – Região Central de Minas Gerais<br />
Região de Lagoa Santa, Sete Lagoas (com mais de 200<br />
cavernas cadastradas), Paíns e Arcos.<br />
Oeste de Minas – Vazante e Unaí.<br />
Noroeste de Minas – Januária<br />
Norte de Minas – Apa <strong>do</strong> Peruaçu (local onde estão as<br />
maiores cavernas <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>).<br />
Parque Nacional da Serra <strong>do</strong>s Órgãos – Teresópolis<br />
Definições / Definitions<br />
Canyons – os canyons, gargantas e desfiladeiros são acidentes<br />
geográficos forma<strong>do</strong>s pela ação contínua de um curso d’água<br />
que escava seu leito rochoso originan<strong>do</strong> profun<strong>do</strong>s sulcos, por<br />
vezes, com até centenas de metros de profundidade e largura.<br />
O Grand Canyon <strong>no</strong> Arizona, EUA. é seu maior exemplo. Por<br />
encerrar em seu interior uma complexa bio-diversidade, o<br />
homem, desde tempos imemoriais tem se acerca<strong>do</strong> deles.<br />
Espeleologia – ciência que estuda cavernas.<br />
Escarpas da Serra <strong>do</strong> Mar<br />
Parque Estadual Turístico <strong>do</strong> Alto Ribeira (PETAR)<br />
No Rio Grande <strong>do</strong> Sul como em Santa<br />
Catarina existem diversos rios com<br />
seqüências de cachoeiras, que, embora<br />
não possuam paredes muito elevadas,<br />
revelam-se bastante adequa<strong>do</strong>s para a<br />
prática da atividade<br />
Serra Geral <strong>no</strong>s cânions: Índios,<br />
Molha-Côco, Malacara, Fortaleza,<br />
Pedras, Funil, entre outros.<br />
Apara<strong>do</strong>r da Serra/Itaimbizinho<br />
Locais pontuais para a prática / Specific locations for practice<br />
Cachoeira <strong>do</strong> Lajea<strong>do</strong> Grande (Itararé) -SP<br />
Cachoeira da Onça (Presidente Getúlio) - SC<br />
Cachoeira <strong>do</strong> Astor (Brotas)- SP<br />
Cachoeira <strong>do</strong> Cassarova (Brotas) - SP<br />
Cachoeira <strong>do</strong> Saltão (Brotas) -SP<br />
Cachoeira <strong>do</strong> Santuário (Presidente Figueire<strong>do</strong>)- AM<br />
Cachoeira <strong>do</strong> Martins (Gonçalves)- MG<br />
Cachoeira Véu da Noiva (Teresópolis) RJ<br />
Cânion da Encosta (Presidente Getúlio)- SC<br />
Cânion <strong>do</strong> Sabiá (Presidente Getúlio) - SC<br />
Cânion <strong>do</strong> Palmito (Presidente Getúlio) - SC<br />
Cânion <strong>do</strong>s Índios (Presidente Getúlio) - SC<br />
Parque Nacional da Serra <strong>do</strong>s Órgãos (Teresópolis)- RJ<br />
Cânion Guartelá, Cânion Itay Tuba, Arroio da Bomba,<br />
Arroio das Antas, Arroio das Cachoeiras <strong>do</strong>s<br />
Macacos - PR<br />
Chapada <strong>do</strong>s Guimarães (Ron<strong>do</strong>nópolis) - MT<br />
Cânion Xingo - SE<br />
Parque Nacional de Ubajara - CE<br />
Chapada das Mesas - MA<br />
Cachoeira <strong>do</strong> Rio Contigo <strong>no</strong> Monte Paraime - PR<br />
DACOSTA, LAMARTINE (ORG.). A TLAS DO ESPORTE NO BRASIL. RIO DE JANEIRO: CONFEF, 2006 11. 33