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Esponjas Marinhas da Bahia - Guia de Campo e ... - Porifera Brasil

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I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> esponjas<br />

o efeito <strong>de</strong>sejado. Só troque a água se o cheiro estiver <strong>de</strong>masia<strong>da</strong>mente forte, o que<br />

também po<strong>de</strong> ser minimizado ampliando-se o volume <strong>de</strong> água relativo ao tamanho<br />

do fragmento <strong>da</strong> esponja. Uma vez concluído o processo, lava-se as fibras com água<br />

limpa, <strong>de</strong>sidrata-se com etanol 80–96% e passa-se à montagem sobre lâmina.<br />

Maceração em água-sanitária (hipoclorito <strong>de</strong> sódio) a 10–20%: coloque um<br />

fragmento <strong>da</strong> esponja (aproxima<strong>da</strong>mente 1 cm 3 ) em solução diluí<strong>da</strong> <strong>de</strong> água-sanitária<br />

a frio (1 parte <strong>de</strong> água-sanitária + 4–9 partes <strong>de</strong> água, a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>da</strong> <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za do<br />

material). Trabalhe em ambiente bem ventilado ou em capela <strong>de</strong> exaustão. A amostra<br />

po<strong>de</strong>rá ser pressiona<strong>da</strong> repeti<strong>da</strong>s vezes, porém com suavi<strong>da</strong><strong>de</strong> (pinça <strong>de</strong> ponta<br />

larga) para facilitar o acesso do cloro às partes internas <strong>da</strong> amostra. Também se po<strong>de</strong><br />

utilizar uma siringa, não para perfurar a amostra, mas para gerar jatos <strong>de</strong> solução<br />

que auxiliarão no <strong>de</strong>smantelamento do mesoílo <strong>da</strong> esponja, <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>ndo-o <strong>da</strong>s<br />

fibras <strong>de</strong> espongina. O procedimento <strong>de</strong>ve ser observado <strong>de</strong> perto, com intervalos<br />

não superiores a alguns poucos minutos, especialmente no caso <strong>de</strong> amostras mais<br />

<strong>de</strong>lica<strong>da</strong>s, ou do contrário po<strong>de</strong>-se per<strong>de</strong>r to<strong>da</strong> a amostra. Alcançado o efeito<br />

<strong>de</strong>sejado lava-se a amostra com água limpa, <strong>de</strong>sidrata-a com etanol 80–96% e passase<br />

a cortá-la, se for o caso, para aplicação sobre lâmina e montagem.<br />

Maceração enzimática (papaína): incube um fragmento <strong>da</strong> esponja com 1–2 cm 3<br />

em 3 mL <strong>de</strong> tampão <strong>de</strong> digestão (100 mM <strong>de</strong> acetato <strong>de</strong> sódio; pH 5,0; cisteína 5 mM;<br />

EDTA 5 mM) por 24 horas a 4º C. Adicione 1 mL <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> papaína a 3% (feita<br />

com tampão <strong>de</strong> digestão fresco) ao tubo contendo o fragmento, e incube por novas<br />

24h, agora a 60°C. Lave o fragmento digerido com jatos <strong>de</strong> água para <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>r<br />

sobras <strong>de</strong> mesoílo <strong>da</strong>s fibras. Alcançado o efeito <strong>de</strong>sejado lava-se a amostra com<br />

água limpa, <strong>de</strong>sidrata-a com etanol 80–96% e passa-se a cortá-la, se for o caso, para<br />

aplicação sobre lâmina e montagem.<br />

Maceração sob lupa (microscópio estereoscópico): procedimento que po<strong>de</strong> ser<br />

utilizado só, ou combinado aos <strong>de</strong>mais, que consiste em auxiliar o <strong>de</strong>sprendimento<br />

<strong>da</strong>s fibras com uma pinça <strong>de</strong> ponta fina. Se estiver trabalhando com água-sanitária<br />

faça-o em ambiente bem ventilado ou em capela <strong>de</strong> exaustão. Conclua a limpeza,<br />

<strong>de</strong>sidratação e montagem como <strong>de</strong>scrito acima.<br />

Cortes espessos rápidos (Demospongiae e Hexactinelli<strong>da</strong>)<br />

Com lâmina <strong>de</strong> barbear ou bisturi, corte a esponja em seções perpendiculares e<br />

tangenciais, não misturando os dois tipos <strong>de</strong> cortes. Por vezes po<strong>de</strong> ser mais cômodo<br />

separar <strong>da</strong> amostra um fragmento com ângulos retos, a partir do qual se ensaia<br />

a obtenção <strong>da</strong>s seções perpendiculares e tangenciais. Algumas esponjas são mais<br />

fáceis <strong>de</strong> cortar. Para outras, po<strong>de</strong> ser preferível secá-las primeiro por completo, ou<br />

até mesmo congelá-las, <strong>de</strong> modo a obter-se estrutura mais firme para o corte. Os<br />

cortes <strong>de</strong>vem ter preferencialmente menos <strong>de</strong> 0,5 mm <strong>de</strong> espessura.<br />

<br />

perpendiculares, e indicando na etiqueta quais são uns e quais são os outros.<br />

54 ESPONJAS MARINHAS DA BAHIA

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