Parques Tecnológicos no Brasil: Estudo, Análise e ... - Anprotec
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3. Cenário <strong>Brasil</strong>eiro de<br />
Histórico dos <strong>Parques</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong><br />
O tema “<strong>Parques</strong> <strong>Tec<strong>no</strong>lógicos</strong>” começou a ser tratado <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> a partir da criação de um Programa do<br />
CNPq, em 1984, para apoiar este tipo de iniciativa.<br />
A falta de uma cultura voltada para a i<strong>no</strong>vação e o baixo número de empreendimentos i<strong>no</strong>vadores<br />
existentes na época fizeram que os primeiros projetos de parques tec<strong>no</strong>lógicos acabassem dando<br />
origem às primeiras incubadoras de empresas <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. Este movimento cresceu rapidamente e hoje<br />
conta com mais de 400 incubadoras em todo o país, envolvendo mais de 6000 empresas i<strong>no</strong>vadoras<br />
geradas a partir de incubadoras, universidades e centros de pesquisa.<br />
A partir de 2000 os <strong>Parques</strong> <strong>Tec<strong>no</strong>lógicos</strong> voltaram a se fortalecer como alternativa para promoção do<br />
desenvolvimento tec<strong>no</strong>lógico, econômico e social, chegando atualmente a um número de cerca de 60<br />
projetos, entre iniciativas em fase de operação, implantação ou planejamento.<br />
Razões para o crescimento do número de projetos<br />
O crescimento acentuado do número de projetos de parques <strong>no</strong> país deve-se, essencialmente, a um<br />
conjunto de fatores que atuam de forma integrada:<br />
Fortalecimento da consciência dos atores de gover<strong>no</strong> acerca da importância da i<strong>no</strong>vação para o<br />
desenvolvimento sustentável e crescimento econômico do país;<br />
Aumento significativo do número de empresas interessadas em se instalar em <strong>Parques</strong> <strong>Tec<strong>no</strong>lógicos</strong><br />
- empresas geradas ou graduadas em incubadoras, empresas multinacionais de tec<strong>no</strong>logia e empresas<br />
nacionais determinadas a fortalecer suas unidades de P&D;<br />
Experiência bem sucedida de outros países como Espanha, Finlândia, França, Estados Unidos,<br />
Coréia, Taiwan, entre outros, que estão investindo de forma consistente neste mecanismo;<br />
Necessidade de gover<strong>no</strong>s estaduais e municipais identificarem <strong>no</strong>vas estratégias de estimular<br />
o crescimento e direcionar o desenvolvimento de suas regiões.<br />
Principais conclusões sobre o cenário<br />
dos <strong>Parques</strong> <strong>Tec<strong>no</strong>lógicos</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O estudo da situação dos <strong>Parques</strong> <strong>Tec<strong>no</strong>lógicos</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> foi<br />
realizado <strong>no</strong> primeiro semestre de 2007, gerando um conjunto de informações<br />
das quais destacam-se:<br />
55 <strong>Parques</strong> <strong>Tec<strong>no</strong>lógicos</strong> foram<br />
pesquisados dentro de um<br />
universo de cerca de 65 projetos<br />
existente <strong>no</strong> país atualmente;<br />
Destes 35 <strong>Parques</strong> <strong>Tec<strong>no</strong>lógicos</strong>,<br />
11 se enquadraram como em<br />
operação, 13 em processo de<br />
implantação e outros 11 em fase<br />
de planejamento;<br />
Mais de 250 empresas de tec<strong>no</strong>logia<br />
estão instaladas nestes<br />
parques, gerando cerca de 5000<br />
postos de trabalho;<br />
Os projetos estudas receberam<br />
investimentos públicos da ordem<br />
de R$ 50 milhões, sendo que 50%<br />
deste valor veio de órgãos do<br />
gover<strong>no</strong> federal;<br />
<br />
<br />
<br />
100% dos PqTs possuem incubadoras<br />
de empresas ou estão<br />
implantando um programa de<br />
incubação;<br />
Dentre os PqTs pesquisados, mais<br />
de 70% estabeleceu como<br />
principais propósitos do parque:<br />
Atrair empresas e investimentos;<br />
Apoiar o desenvolvimento de<br />
áreas tec<strong>no</strong>lógicas; Aumentar a<br />
parceria entre empresas e outras<br />
instituições; Favorecer a criação e<br />
consolidação de micro e pequenas<br />
empresas; Facilitar a transferência<br />
de tec<strong>no</strong>logia e Fortalecer o<br />
espírito empreendedor.<br />
Os setores empresariais mais<br />
estimulados pelos PqTs são: TIC<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
(maioria absoluta com mais de<br />
50%), Energia, Biotec<strong>no</strong>logia,<br />
Eletrônica e Instrumentação,<br />
Serviços, Meio Ambiente e<br />
Agronegócios.<br />
Mesmo sendo possível identificar<br />
setores prioritários, mais de 60%<br />
dos PqTs se consideram “generalistas”<br />
para receber empresas de<br />
diversos segmentos;<br />
Cerca de 80% das empresas<br />
instaladas <strong>no</strong>s PqTs são originárias<br />
da região e apresentam-se em<br />
estágio e consolidação<br />
Em média, cerca de 55% dos PqTs<br />
ainda não possui um modelo de<br />
gestão claramente definido e<br />
consolidado tanto para a fase de<br />
operação como de implantação;<br />
Em geral, as entidades líderes dos<br />
projetos possuem experiência<br />
anterior na área de promoção de<br />
empreendedorismo e i<strong>no</strong>vação.<br />
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