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edição em pdf - Câmara municipal de Aveiro

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Poesia e filosofia uniram-se<br />

<strong>em</strong> <strong>Aveiro</strong><br />

Prémio <strong>de</strong> Poesia Nuno Júdice<br />

Paulo Renato Cardoso <strong>de</strong> Jesus foi o vencedor da terceira edição do Prémio <strong>de</strong><br />

Poesia Nuno Júdice com a obra intitulada “Meditação sobre as ruínas da Orig<strong>em</strong><br />

Ou a nu<strong>de</strong>z impossível” sob o pseudónimo Eva F. A sessão <strong>de</strong> divulgação e entrega<br />

do prémio teve lugar no dia 17 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro – Dia Mundial da Filosofia, numa<br />

ocasião especial que contou com a presença <strong>de</strong> poetas<br />

As expectativas eram altas on<strong>de</strong> a poesia<br />

e a filosofia se iriam juntar <strong>em</strong> <strong>Aveiro</strong>. O<br />

móbil <strong>de</strong>sta reunião foi a divulgação do<br />

vencedor do Prémio <strong>de</strong> Poesia Nuno Júdice<br />

e a com<strong>em</strong>oração do Dia Mundial da Poesia,<br />

duas áreas que frequent<strong>em</strong>ente colocam os<br />

seus préstimos ao Hom<strong>em</strong>.<br />

Paulo Renato Cardoso <strong>de</strong> Jesus, psicólogo<br />

por formação académica e doutorado<br />

<strong>em</strong> filosofia, que usa a escrita “como um<br />

trabalho psicológico sobre mim próprio, é<br />

um trabalho quase clínico <strong>de</strong> auto-análise<br />

e <strong>de</strong> auto-transformação”, é o hom<strong>em</strong> que<br />

casa estas duas vertentes. O autor refere<br />

ter “a certeza que irei continuar a escrever,<br />

porque ainda não encontrei o texto, a<br />

palavra. Enquanto houver ruínas torna-se<br />

imperativo eu continuar a escrever”. Paulo<br />

Renato foi um hom<strong>em</strong> feliz, que tentou<br />

“inventar o poeta f<strong>em</strong>inino poeticamente”<br />

através <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

A obra vencedora, assinada com o<br />

pseudónimo, Eva F. foi <strong>de</strong>signada pelo<br />

vencedor como “fragmentos” <strong>de</strong> narrativas<br />

no f<strong>em</strong>inino. Julgo que este é o aspecto mais<br />

fundamental, ou seja um hom<strong>em</strong> a tentar<br />

imaginar a sensação amorosa e existencial,<br />

sobretudo com as <strong>em</strong>oções fortes, como<br />

sejam, a angústia, a angústia <strong>de</strong>ntro do<br />

amor e do <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> salvar-se da angústia<br />

pelo amor. Por isso esta obra é uma tentativa<br />

<strong>de</strong> inventar o poeta f<strong>em</strong>inino poeticamente,<br />

esta é a Eva. “<br />

Paulo Renato salienta ainda que “<strong>em</strong> cada<br />

po<strong>em</strong>a há o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> contar uma história<br />

mas nunca surge a história, ou seja, há<br />

s<strong>em</strong>pre ruínas <strong>de</strong> histórias, como refiro no<br />

subtítulo a nu<strong>de</strong>z é impossível, ou seja, esta<br />

personag<strong>em</strong> f<strong>em</strong>inina que é uma narradora<br />

que nunca conta a sua história mas conta<br />

fragmentos <strong>de</strong> <strong>em</strong>oções.”<br />

O autor, resi<strong>de</strong>nte <strong>em</strong> Vila Nova <strong>de</strong> Gaia,<br />

ficou “surpreendido por vencer este prémio<br />

e como me explicaram houve uma 150 <strong>de</strong><br />

textos, e que o júri esteve muito divido por<br />

causa das sensibilida<strong>de</strong>s que os faziam<br />

hesitar entre vários textos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong>, concluo que houve afinida<strong>de</strong>s<br />

químicas com os m<strong>em</strong>bros do júri que <strong>de</strong>ram<br />

o este privilégio <strong>de</strong> ganhar este prémio. A<br />

língua portuguesa é uma gran<strong>de</strong> potencia<br />

literária e poética, por isso fico um pouco comovido e<br />

confuso por ter havido esta afinida<strong>de</strong> química com este<br />

núcleo <strong>de</strong> leitores.”<br />

Luís Serrano, m<strong>em</strong>bro do júri que fez a apresentação do<br />

trabalho vencedor não foi parco nos elogios e confi<strong>de</strong>nciou<br />

que “este é um dos melhores livros que leu nos últimos<br />

t<strong>em</strong>pos”. O livro apresenta “imagens belíssimas” que<br />

vão buscar apontamentos ao livro “Menina e Moça” <strong>de</strong><br />

Bernardim Ribeiro.” Durante a apresentação, Serrano<br />

<strong>de</strong>stacou alguns versos dos 41 po<strong>em</strong>as da obra literária.<br />

De maneira a prestar o seu contributo para o reforço<br />

dos laços entre o Município <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> e a Comunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Países <strong>de</strong> Língua Oficial Portuguesa – CPLP que<br />

<strong>em</strong>prestou o seu apoio institucional ao concurso, esteve<br />

presente o assessor da cultura, André Heráclio do Rêgo<br />

que sublinhou “o carácter inovador da iniciativa <strong>em</strong><br />

esten<strong>de</strong>r a participação aos resi<strong>de</strong>ntes das Cida<strong>de</strong>s Irmãs<br />

e Amigas <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, como forma <strong>de</strong> divulgação da cida<strong>de</strong><br />

Paulo Renato<br />

e da Língua Portuguesa.”<br />

Durante duas horas, a Biblioteca Municipal <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>,<br />

lugar das palavras, <strong>de</strong>u lugar à magia da poesia conduzida do Prémio Nuno Júdice, um<br />

concurso organizado sob a chancela da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> e<br />

Grupo Poético <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>. A Vereadora do Pelouro da Cultura, Maria da Luz Nolasco, <strong>de</strong>stacou<br />

“a qualida<strong>de</strong> dos trabalhos apresentados a concurso e a importância do prémio para a Língua<br />

Portuguesa, elo que une vários países <strong>de</strong> todo o Mundo” e reforçou o apoio da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> e do Grupo Poético <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong> na organização da iniciativa.<br />

A encerrar a sessão, três el<strong>em</strong>entos do Grupo Poético <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, recitaram poesia <strong>de</strong> autores<br />

<strong>de</strong> poetas filósofos, como Teixeira <strong>de</strong> Pascoais, Gaston Bachelard, Agostinho da Silva, Khalil<br />

Gibran, entre outros.<br />

A iniciativa terminou com a intensida<strong>de</strong> que a poesia e a filosofia uniram.<br />

Reportag<strong>em</strong> da Localvisão<br />

disponível <strong>em</strong>:<br />

http://zip.net/bxcwJY<br />

Boletim Informativo Municipal . 21

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