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Desliguei e deixei o telefone na cama ao meu lado, depois encarei o chão por provavelmente uma hora. Eu nem<br />
sabia o que fazer comigo mesmo.<br />
Finalmente, levantei e voltei para o saguão.<br />
Eu ainda estava no saguão quando ela voltou às duas da manhã, com o rosto corado e um sorriso ao deixar o<br />
telefone cair dentro da bolsa. Meu celular começou a vibrar na minha mão e eu olhei a mensagem.<br />
Voltei sã e salva.<br />
Observei ela passar direto pela recepção e se aproximar de onde eu estava sentado, perto dos elevadores. Ela<br />
parou ao me ver com os olhos vermelhos e o terno todo amarrotado. Eu tinha certeza que meu cabelo parecia uma<br />
piada, porque eu estava realmente preocupado. De repente, eu não tinha ideia de por que estava esperando ela<br />
chegar como um marido ansioso. Só sabia que eu não queria ser a pessoa que decidiria que aquilo entre nós não<br />
funcionaria, porque, lá no fundo, eu queria que funcionasse.<br />
– Bennett – ela disse, olhando para sua amiga, que acenou e andou até o elevador. Eu não dava a mínima para o<br />
que a amiga estava pensando, mas podia sentir seu olhar sobre nós até ela entrar no elevador.<br />
Chloe estava usando um vestido preto curto e salto alto que me fizeram ter vontade de requerer que aquele fosse o<br />
novo uniforme das estagiárias. Finas tiras se entrecruzavam desde as unhas dos pés pintadas de rosa até a canela.<br />
Eu queria tirar o vestido de seu corpo e foder ela no sofá, usando apenas aqueles saltos como apoio.<br />
– Oi – murmurei, admirado com os quilômetros de pernas nuas na minha frente.<br />
Ela se aproximou, parando apenas a alguns centímetros de mim.<br />
– O que você está fazendo aqui<br />
– Esperando.<br />
Eu lutei para esconder o quanto ela mexia comigo. Naquele momento meus pensamentos mal se separavam da<br />
fantasia de agarrar aqueles cabelos, da maneira como meus polegares podiam cobrir completamente seus<br />
pequenos mamilos rosados, ou de como seu clitóris era a parte mais macia de qualquer corpo que eu já tocara. Eu<br />
queria saboreá-la dos pés à cabeça, dizendo todas as ideias que me ocorressem no processo.<br />
– Você está bêbado<br />
Balancei a cabeça. Não da maneira como você pensa.<br />
– Uma pessoa me viu te olhando hoje à tarde.<br />
– Eu sei – ela esticou o braço e correu os dedos em meus cabelos. – Na palestra. Eu vi o jeito como você ficou.<br />
– Entrei em pânico.<br />
Chloe não disse nada em resposta. Ela apenas riu, um som rouco e suave ao mesmo tempo.<br />
– Não estou pensando em como isso pode me afetar. Estou preocupado com como isso pode afetar você – eu<br />
disse.<br />
Ouvi sua respiração ficar mais pesada, senti seus dedos apertarem meu cabelo. Quando ergui o olhar para seu<br />
rosto, ela parecia aturdida.<br />
Como ela poderia não perceber o quanto eu estava envolvido por ela Eu tinha certeza que ela conseguia ver<br />
sempre que eu olhava em seus olhos. Naquele momento, como sempre, eu queria agarrá-la por trás e lhe dar uns<br />
tapas quando ela fizesse algum som. Queria puxar seu cabelo quando eu gozasse. Morder o seio de novo. Correr<br />
meus dentes por suas costas. Beliscar a parte de trás de sua coxa e depois acariciá-la com o toque mais suave de<br />
todos.<br />
Mas eu também queria vê-la dormindo, e depois vê-la acordar e me ver, e queria medir seus sentimentos naquela<br />
primeira reação.<br />
Comecei a perceber que isso não era apenas sexo, e não era apenas uma coisa que eu precisava tirar do meu<br />
sistema. Sexo era apenas a via mais rápida para a posse intensa que eu desejava. Eu estava me apaixonando por<br />
ela, mais rápido e mais profundamente do que achava ser possível.