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cretino_irresistivel_-_christina_lauren

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A queimação em meu peito era quase suficiente para me distrair da bagunça em minha mente. Quase.<br />

Aumentei a inclinação da esteira e intensifiquei meus movimentos. Pés batendo com força no chão, músculos<br />

pegando fogo, isso sempre funcionou. Era assim que eu vivia minha vida. Não havia nada que não pudesse<br />

conquistar se eu me esforçasse ao máximo: escola, carreira, família, mulheres.<br />

Merda. Mulheres.<br />

Irritado, balancei a cabeça e aumentei o volume no iPod, esperando que isso me distraísse por tempo suficiente até<br />

conseguir alguma paz.<br />

Eu deveria saber que não daria certo. Não importava o quanto eu me dedicasse, ela estaria sempre lá. Fechei os<br />

olhos e lembrei de tudo: meu corpo por cima dela, sentido suas pernas me envolvendo, suado, ansioso, querendo<br />

parar, mas sem conseguir. Estar dentro dela era a mais perfeita tortura. Saciava a fome que eu sentia no momento,<br />

mas, quando acabava, eu, como um viciado, era imediatamente consumido pela necessidade de ter mais. Era<br />

amedrontador, pois, naqueles momentos com ela, eu faria tudo que ela pedisse. E esse sentimento estava<br />

começando a aparecer em horas como agora, quando eu nem estava perto dela, mas desejava ser tudo o que ela<br />

precisava. Eu sei, é ridículo.<br />

Alguém puxou meu fone de ouvido e eu virei em direção à fonte do aborrecimento.<br />

– O que foi – eu disse, encarando meu irmão.<br />

– Se continuar correndo desse jeito você vai acabar jogado no chão, Ben – ele respondeu, – O que foi que ela fez<br />

dessa vez para te irritar tanto<br />

– Quem<br />

Ele revirou os olhos.<br />

– A Chloe.<br />

Senti meu estômago embrulhar com o som daquele nome e voltei minha atenção para a esteira.<br />

– Por que você acha que isso tem alguma coisa a ver com ela<br />

– Porque eu não sou um maldito idiota.<br />

– Nada está me incomodando. E mesmo se alguma coisa estivesse, por que diabos teria qualquer coisa a ver com<br />

ela<br />

Ele riu e balançou a cabeça.<br />

– Nunca conheci alguém que provocasse esse tipo de reação em você. E sabe por que, não é – ele desligou sua<br />

esteira e voltou toda a atenção para mim. Eu estaria mentindo se dissesse que aquilo não era um pouco irritante.<br />

Meu irmão era muito observador. Às vezes, observador demais. E, se tinha alguma coisa que eu não queria que ele<br />

observasse, era isso.<br />

Mantive os olhos fixos à frente enquanto corria, tentando não encontrar seu olhar.<br />

– Não, não sei, mas estou sentindo que você vai querer me explicar.<br />

– Porque vocês dois são parecidos demais – ele disse, todo presunçoso.<br />

– O quê!<br />

Várias pessoas olharam para nós ao ouvirem meu grito no meio da academia lotada. Bati no botão que parava a<br />

esteira e me virei para ele.<br />

– Como você pode pensar isso Nós não somos nada parecidos – eu estava suado, sem fôlego e exausto por<br />

correr mais de quinze quilômetros. Mas, naquela hora, o aumento na minha pressão sanguínea não tinha nada a ver<br />

com o exercício.

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