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cretino_irresistivel_-_christina_lauren

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Meu pai sempre dizia que a melhor maneira para aprender uma profissão é passar cada segundo observando<br />

alguém a exercendo.<br />

“Para conseguir chegar ao topo, você precisa começar lá embaixo”, ele me disse. “Seja a pessoa sem a qual o<br />

CEO não pode viver. Seja seu braço direito. Aprenda tudo sobre seu mundo, e ele irá te contratar assim que você<br />

receber o diploma.”<br />

Eu me tornei indispensável. E definitivamente me tornei o braço direito. Acontece que, neste caso, o braço direito<br />

frequentemente queria estrangular o pescoço daquele maldito.<br />

Meu chefe, o sr. Bennett Ryan. Um <strong>cretino</strong> irresistível.<br />

Meu estômago se embrulha só de pensar nele: alto, bonitão e completamente cruel. Ele era o babaca mais<br />

egocêntrico e convencido que eu já tinha conhecido. Eu ouvia as outras mulheres do escritório fofocando sobre<br />

suas escapadinhas e ficava pensando se um rosto bonito era tudo que ele precisava. Mas meu pai também dizia:<br />

“você vai perceber cedo na vida que a beleza é apenas superficial, mas a feiura se estende até os ossos”. Eu tive<br />

minha quota de homens desagradáveis nos últimos anos, namorei alguns no colegial e na faculdade. Mas esse foi o<br />

campeão.<br />

– Olá, srta. Mills! – o sr. Ryan estava de pé ao lado da porta da minha sala, que servia de recepção para o<br />

escritório dele. Sua voz estava melosa, mas era uma doçura toda errada... como mel que foi congelado e que agora<br />

estava começando a rachar.<br />

Depois de derramar água no meu celular, deixar cair meu par de brincos na lixeira, receber uma pancada na<br />

traseira do meu carro na via expressa e ter de esperar a polícia para ouvir aquilo que eu já sabia – que a culpa foi<br />

do outro motorista –, a última coisa que eu precisava naquela manhã era aguentar o mau humor do sr. Ryan.<br />

Pena que ele não tem nenhum outro tipo de humor.<br />

Eu respondi o “Bom dia, sr. Ryan” de sempre, esperando que ele respondesse com seu habitual aceno de cabeça.<br />

Mas, quando eu tentei passar, ele murmurou:<br />

– Bom dia Será que você não quer dizer “boa tarde”, srta. Mills Que horas são nesse seu mundinho<br />

Eu parei e encarei de volta seu olhar gelado. Ele era uns bons vinte centímetros mais alto do que eu, e, antes de<br />

trabalhar para ele, eu nunca tinha me sentido tão pequena. Fazia seis anos que eu trabalhava para a Ryan Media<br />

Group, a RMG. Mas, desde o retorno do sr. Ryan para a empresa de sua família, há nove meses, eu começara a<br />

usar salto alto para poder encará-lo no mesmo nível. Mesmo assim, ainda precisava levantar o queixo para olhar<br />

em seus olhos, e ele claramente sentia satisfação com isso, deixando escapar um certo brilho naqueles olhos<br />

castanhos.<br />

– Tive uma manhã meio desastrosa. Não vai acontecer de novo – eu disse, aliviada por minha voz sair sem tremer.<br />

Nunca me atrasei antes, nem uma vez, mas é claro que ele tinha de fazer uma cena na primeira vez que<br />

aconteceu. Passei por ele, guardei minha bolsa e o casaco no armário e liguei o computador. Tentei fingir que ele<br />

não estava ali de pé na frente da porta, assistindo a cada movimento meu.<br />

– Uma “manhã desastrosa” é uma descrição muito apropriada para o que eu tive de passar com a sua ausência.<br />

Tive de pedir desculpas a Alex Schaffer por ele não ter recebido os contratos assinados quando prometido: às nove<br />

da manhã, no horário da costa leste. Tive de ligar para Madeline Beaumont pessoalmente para confirmar que<br />

iríamos sim prosseguir com o trabalho como descrito. Em outras palavras, fiz o seu trabalho e o meu nesta manhã.

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