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projeto de acolhimento e humanização para ... - Sispnh.com.br

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PROJETO DE ACOLHIMENTO E HUMANIZAÇÃO PARA ACOMPANHANTES:<<strong>br</strong> />

A INSERÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL E DA ENFERMAGEM DE UMA<<strong>br</strong> />

INSTITUIÇÃO FEDERAL DE GRANDE PORTE. 1<<strong>br</strong> />

Uma proposta <strong>de</strong> atuação humanizada.<<strong>br</strong> />

RESUMO:<<strong>br</strong> />

O presente trabalho <strong>de</strong>screve a prática do Assistente Social e da Enfermeira no<<strong>br</strong> />

atendimento a familiares e a<strong>com</strong>panhantes <strong>de</strong> pacientes internados em um hospital<<strong>br</strong> />

Fe<strong>de</strong>ral Universitário no Rio <strong>de</strong> Janeiro utilizando <strong>com</strong>o ferramenta metodológica uma<<strong>br</strong> />

reunião semanal realizada <strong>com</strong> esses a<strong>com</strong>panhantes do serviço <strong>de</strong> internações clínicas.<<strong>br</strong> />

Essa atuação é fundamentada no Programa Nacional <strong>de</strong> Humanização do Ministério da<<strong>br</strong> />

Saú<strong>de</strong>, no Código <strong>de</strong> Ética Profissional do Assistente Social e do Enfermeiro e na<<strong>br</strong> />

discussão <strong>de</strong> temas emergentes do cotidiano do processo <strong>de</strong> hospitalização.<<strong>br</strong> />

Levando em conta que essa proposta <strong>de</strong> atuação faz parte do Plano <strong>de</strong> Meta da<<strong>br</strong> />

Instituição sendo esse <strong>projeto</strong> uma extensão no Programa <strong>de</strong> Humanização Institucional<<strong>br</strong> />

existente, on<strong>de</strong> <strong>com</strong> as reuniões são enviados dados à esse programa <strong>para</strong> uma melhor<<strong>br</strong> />

qualida<strong>de</strong> no atendimento prestado nessa Unida<strong>de</strong> Hospitalar.<<strong>br</strong> />

Consi<strong>de</strong>rando que o Assistente Social e o Enfermeiro são os profissionais que se<<strong>br</strong> />

apresentam <strong>com</strong>o os principais elos <strong>de</strong> ligação entre paciente, família e instituição <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

saú<strong>de</strong> esse trabalho possui <strong>com</strong>o objetivos <strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s <strong>com</strong> orientações e<<strong>br</strong> />

educação em saú<strong>de</strong>, baseando-se no tripé que norteia a instituição: Ensino > Pesquisa-<<strong>br</strong> />

>Assistência, obter uma melhor qualida<strong>de</strong> no atendimento, a diminuição da<<strong>br</strong> />

contaminação cruzada, redução da permanência do paciente na instituição, promoção <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e o fortalecimento e articulação <strong>de</strong> todas as iniciativas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

humanização existente na re<strong>de</strong> hospitalar pública. Os resultados obtidos até então são:<<strong>br</strong> />

diminuição <strong>de</strong> queixas a ouvidoria; maior número <strong>de</strong> a<strong>com</strong>panhantes orientados so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

direitos e <strong>de</strong>veres; maior controle <strong>de</strong> infecção por transmissões cruzadas nas<<strong>br</strong> />

enfermarias; aumento <strong>de</strong> doadores <strong>de</strong> sangue e redução dos conflitos existentes entre<<strong>br</strong> />

família e equipe.<<strong>br</strong> />

1 Sandra Batista da Silva – Assistente Social-Hospital Universitário Clementino Fraga Filho/UFRJ<<strong>br</strong> />

dinhabatista@hotmail.<strong>com</strong>/ sbatista@hucff.ufrj.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Érika Marsico – Enfermeira-Hospital Universitário Clementino Fraga Filho/ UFRJ<<strong>br</strong> />

erikamarsico@ig.<strong>com</strong>.<strong>br</strong>


PALAVRAS CHAVES: Serviço Social, Enfermagem, Humanização e Educação em<<strong>br</strong> />

Saú<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

I-INTRODUÇÃO:<<strong>br</strong> />

Definição <strong>de</strong> Humanização:<<strong>br</strong> />

HUMANIZAÇÃO→ S.f. Ato ou efeito <strong>de</strong> humanizar(se).<<strong>br</strong> />

HUMANIZAR→ V.t.d. 1. Tornar humano; dar condição humana a; humanar.<<strong>br</strong> />

2. Tornar benévolo, afável tratável; 3. Fazer adquirir hábitos<<strong>br</strong> />

sociais polidos; civilizar.<<strong>br</strong> />

HUMANO→ ( Do latim humanu.) Adj. 1. Pertencente ou relativo ao homem; 2.<<strong>br</strong> />

Bondoso, humanitário.<<strong>br</strong> />

Segundo o Programa Nacional <strong>de</strong> Humanização da Assistência Hospitalar<<strong>br</strong> />

(PNHAH), o Humano é o que difere o ser humano da natureza e dos animais; é que seu<<strong>br</strong> />

corpo biológico é capturado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua formação por uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> imagens e palavras, que<<strong>br</strong> />

vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro contato materno até o social. E são essas imagens e linguagens que<<strong>br</strong> />

vão caracterizando o <strong>de</strong>senvolvimento biológico, que resulta em um ser humano <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

funcionamento e modo <strong>de</strong> ser singulares.<<strong>br</strong> />

Em 2002 o Ministério da Saú<strong>de</strong>, na gestão do ministro José Serra, apresentou o<<strong>br</strong> />

Programa Nacional <strong>de</strong> Humanização da Assistência Hospitalar, contando <strong>com</strong> o apoio das<<strong>br</strong> />

secretarias estaduais e municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em todo país e <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> buscar<<strong>br</strong> />

estratégias que possibilitem a melhoria do contato humano entre o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

o usuário, visando um melhor funcionamento do Sistema Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Com base nesses preceitos humanizar na saú<strong>de</strong> também po<strong>de</strong> ser entendido <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

garantia da palavra e a sua dignida<strong>de</strong> ética, ou seja, <strong>com</strong>unicação e humanização<<strong>br</strong> />

caminham juntas, pois <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escuta, fala, e do diálogo <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

semelhantes.<<strong>br</strong> />

Dentro <strong>de</strong>ste Programa <strong>de</strong> Humanização, uma das ferramentas preconizadas pelo<<strong>br</strong> />

Ministério da Saú<strong>de</strong> <strong>com</strong>o integrante do processo <strong>de</strong> melhoria da qualida<strong>de</strong> dos serviços<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é o <strong>acolhimento</strong>, <strong>de</strong>finido <strong>com</strong>o “uma ação tecno-assistencial que pressupõe a<<strong>br</strong> />

mudança da relação profissional/usuário e sua re<strong>de</strong> social através <strong>de</strong> parâmetros<<strong>br</strong> />

técnicos, éticos, humanitários e <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>, reconhecendo o usuário <strong>com</strong>o sujeito e


participante ativo no processo <strong>de</strong> produção da saú<strong>de</strong>”( MINISTÉRIO DA SAÚDE,<<strong>br</strong> />

2004, p.5).<<strong>br</strong> />

O programa <strong>de</strong> Humanização Institucional no Hospital Universitário Clementino<<strong>br</strong> />

Fraga Filho (HUCFF) iniciou-se em 2000, tendo <strong>com</strong>o uma das premissas principais<<strong>br</strong> />

efetivar os direitos dos pacientes <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> o que prega a Carta dos Direitos dos<<strong>br</strong> />

Usuários da Saú<strong>de</strong> elaborada pelo Ministério da Saú<strong>de</strong> e o Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

1. Todo cidadão tem direito ao acesso or<strong>de</strong>nado e organizado aos sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

2. Todo cidadão tem direito a tratamento a<strong>de</strong>quado e efetivo <strong>para</strong> seu problema.<<strong>br</strong> />

3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre <strong>de</strong> qualquer<<strong>br</strong> />

discriminação.<<strong>br</strong> />

4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus<<strong>br</strong> />

direitos.<<strong>br</strong> />

5. Todo cidadão também tem responsabilida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> que seu tratamento aconteça da<<strong>br</strong> />

forma<<strong>br</strong> />

a<strong>de</strong>quada.<<strong>br</strong> />

6. Todo cidadão tem direito ao <strong>com</strong>prometimento dos gestores da saú<strong>de</strong> <strong>para</strong> que os<<strong>br</strong> />

princípios anteriores sejam cumpridos.<<strong>br</strong> />

A idéia do grupo <strong>com</strong> a<strong>com</strong>panhantes surgiu no ano <strong>de</strong> 2002, a partir da existência<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> muitas queixas à ouvidoria da instituição em questão quanto a problemas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

relacionamento entre profissionais e pacientes e um alto índice <strong>de</strong> infecções por<<strong>br</strong> />

microorganismos multiresistentes transmitidos através do contato <strong>com</strong> pacientes<<strong>br</strong> />

colonizados assim <strong>com</strong>o seus utensílios e mobiliários. Percebemos que essa problemática<<strong>br</strong> />

era <strong>de</strong>corrente da falta <strong>de</strong> informação prestada aos a<strong>com</strong>panhantes da instituição e das<<strong>br</strong> />

condições estruturais e organizacionais <strong>de</strong>sfavoráveis <strong>para</strong> os profissionais, pacientes e<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panhantes; tornando o atendimento <strong>de</strong>sumanizado e sem qualida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> muitas<<strong>br</strong> />

vezes profissionais, a<strong>com</strong>panhantes e usuários relacionam-se <strong>de</strong> forma impessoal,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>srespeitosa e por vezes agressiva, agravando uma situação que já se <strong>de</strong>monstra precária.<<strong>br</strong> />

Assim em parceria <strong>com</strong> o serviço <strong>de</strong> enfermagem, criou-se um <strong>projeto</strong> <strong>de</strong> educação em<<strong>br</strong> />

saú<strong>de</strong>, tendo <strong>com</strong>o base os preceitos do PNHAH, o código <strong>de</strong> Ética profissional do<<strong>br</strong> />

Assistente Social e da Enfermagem, <strong>para</strong> a garantia e <strong>de</strong>mocratização das informações e<<strong>br</strong> />

mecanismos <strong>para</strong> melhorar a relação <strong>com</strong> os usuários, a Constituição <strong>de</strong> 1988 ,que prega<<strong>br</strong> />

pela universalida<strong>de</strong> do direito à saú<strong>de</strong>, assim <strong>com</strong>o a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> operacionalizar a<<strong>br</strong> />

melhoria da qualida<strong>de</strong> do atendimento no 9º andar; visando aten<strong>de</strong>r e enten<strong>de</strong>r as<<strong>br</strong> />

expectativas dos pacientes e a<strong>com</strong>panhantes no Hospital Universitário Clementino Fraga<<strong>br</strong> />

Filho. O grupo ocorre semanalmente no 9º andar, às quartas-feiras das 09:00 às 10:30 na<<strong>br</strong> />

sala <strong>de</strong> humanização do andar. Des<strong>de</strong> Novem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2008, contamos <strong>com</strong> a participação<<strong>br</strong> />

do Chefe médico responsável pela Clínica Médica( 9D) e a partir <strong>de</strong> A<strong>br</strong>il 2009 a


participação <strong>de</strong> um fisioterapeuta, <strong>para</strong> agregar a equipe <strong>de</strong> Assistente social e<<strong>br</strong> />

Enfermeiras (chefes dos postos 9B e D e CCIH).<<strong>br</strong> />

O principal objetivo do <strong>projeto</strong> é atuar junto aos a<strong>com</strong>panhantes, <strong>de</strong>monstrando<<strong>br</strong> />

a relevância da sua participação no processo saú<strong>de</strong>, doença e tratamento do paciente. É<<strong>br</strong> />

trabalhada a discussão da realida<strong>de</strong> hospitalar e a importância do a<strong>com</strong>panhamento.<<strong>br</strong> />

Acolher é dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber,<<strong>br</strong> />

aten<strong>de</strong>r, admitir (FERREIRA, 1975).<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> a política nacional <strong>de</strong> Humanização do Ministério da Saú<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

(2007), a presença do a<strong>com</strong>panhante é importante:<<strong>br</strong> />

• Para melhor captar os dados do contexto <strong>de</strong> vida do doente e do momento<<strong>br</strong> />

existencial por ele vivido, possibilitando um diagnóstico a<strong>br</strong>angente.<<strong>br</strong> />

• Para ajudar na i<strong>de</strong>ntificação das necessida<strong>de</strong>s do doente e, por meio <strong>de</strong> outras<<strong>br</strong> />

informações fornecidas pelos familiares, <strong>com</strong>por o quadro dos seus principais<<strong>br</strong> />

problemas, a fim <strong>de</strong> facilitar a elaboração do <strong>projeto</strong> terapêutico.<<strong>br</strong> />

• Para manter a inserção social do doente durante toda a sua internação.<<strong>br</strong> />

• Para permitir, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, a integração do a<strong>com</strong>panhante e dos familiares no<<strong>br</strong> />

processo das mudanças provocadas pelo motivo da internação e das limitações<<strong>br</strong> />

advindas da enfermida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

• Para incluir, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da internação, a <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> no processo dos<<strong>br</strong> />

cuidados <strong>com</strong> a pessoa doente, aumentando a autonomia <strong>de</strong>sta e a dos seus<<strong>br</strong> />

cuidadores.<<strong>br</strong> />

• Para a equipe orientar os mem<strong>br</strong>os da família quanto ao seu papel <strong>de</strong> cuidadores<<strong>br</strong> />

leigos, que po<strong>de</strong>m apren<strong>de</strong>r algumas técnicas <strong>para</strong> a continuida<strong>de</strong> do cuidado em<<strong>br</strong> />

casa.<<strong>br</strong> />

• Para permitir que a pessoa internada perceba a participação dos familiares no seu<<strong>br</strong> />

tratamento.<<strong>br</strong> />

• Para colaborar na observação das alterações no quadro clínico e <strong>com</strong>unicá-las à<<strong>br</strong> />

equipe.<<strong>br</strong> />

• Para fortalecer, na pessoa doente, a sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> pessoal e sua auto-estima.<<strong>br</strong> />

O Serviço Social atua <strong>com</strong>o o principal articulador na relação família, equipe e<<strong>br</strong> />

instituição, tendo <strong>com</strong>o um dos objetivos principais informar e socializar as regras


institucionais, assim <strong>com</strong>o, contribuir <strong>para</strong> a garantia dos direitos e <strong>de</strong>veres dos<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panhantes. O Enfermeiro fornece orientações so<strong>br</strong>e o processo saú<strong>de</strong>-doença e da<<strong>br</strong> />

rotina hospitalar, <strong>com</strong>posição e atribuições da equipe <strong>de</strong> enfermagem e medidas que<<strong>br</strong> />

contribuem <strong>para</strong> o controle da infecção cruzada nas enfermarias. O médico fornece<<strong>br</strong> />

orientações so<strong>br</strong>e o tratamento administrado, exames e reforça as medidas em relação ao<<strong>br</strong> />

cuidado e controle das infecções.<<strong>br</strong> />

O que apresentaremos é o resultado da experiência positiva no Hospital<<strong>br</strong> />

Universitário Clementino Fraga Filho, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>screvemos a dinâmica realizada e os<<strong>br</strong> />

resultados obtidos até então,<<strong>br</strong> />

É um trabalho que mesmo há algum tempo implementado está sempre em fase <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

análise e avaliação, suscetível a mudanças.<<strong>br</strong> />

II-DESENVOLVIMENTO:<<strong>br</strong> />

O <strong>projeto</strong> foi i<strong>de</strong>alizado <strong>para</strong> alcançar as seguintes metas e objetivos:<<strong>br</strong> />

Metas:<<strong>br</strong> />

• Integrar todos os andares <strong>de</strong> internação no processo <strong>de</strong> <strong>acolhimento</strong> e<<strong>br</strong> />

humanização aos a<strong>com</strong>panhantes <strong>de</strong> pacientes internados no HUCFF;<<strong>br</strong> />

• Desenvolver um trabalho <strong>de</strong> humanização e <strong>acolhimento</strong> <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

profissionais que lidam diretamente <strong>com</strong> o paciente e a família<<strong>br</strong> />

(enfermeiros, auxiliares e técnicos <strong>de</strong> enfermagem).<<strong>br</strong> />

Objetivos:<<strong>br</strong> />

Geral:<<strong>br</strong> />

• Trabalhar a importância do papel do a<strong>com</strong>panhante no processo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tratamento do paciente.<<strong>br</strong> />

Específicos:<<strong>br</strong> />

• Debater a questão do que é ser a<strong>com</strong>panhante;<<strong>br</strong> />

• A<strong>br</strong>ir espaço <strong>para</strong> escuta, orientação e reflexão;<<strong>br</strong> />

• Possibilitar a discussão das questões trazidas pelo grupo;<<strong>br</strong> />

• Esclarecer direitos e <strong>de</strong>veres do a<strong>com</strong>panhante no HUCFF;<<strong>br</strong> />

• Melhorar a interação a<strong>com</strong>panhante/equipe multidisciplinar visando o<<strong>br</strong> />

conforto do paciente durante sua permanência na instituição;<<strong>br</strong> />

• Fortalecer o tratamento, estimulando a participação ativa da família;


• Propiciar educação em saú<strong>de</strong> no HUCFF;<<strong>br</strong> />

• Socializar as informações aumentando o <strong>com</strong>promisso dos<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panhantes e o nível <strong>de</strong> conscientização;<<strong>br</strong> />

• Integrar todos os setores no processo <strong>de</strong> assistência humanizada aos<<strong>br</strong> />

pacientes e a<strong>com</strong>panhantes.<<strong>br</strong> />

População Alvo:<<strong>br</strong> />

A<strong>com</strong>panhantes dos pacientes internados na Clínica Médica do 9º<<strong>br</strong> />

andar, aberta também a outros andares.<<strong>br</strong> />

Metodologia:<<strong>br</strong> />

O trabalho é <strong>de</strong>senvolvido através <strong>de</strong> reuniões <strong>com</strong> grupo <strong>de</strong> a<strong>com</strong>panhantes,<<strong>br</strong> />

<strong>para</strong> atingir os objetivos acima, <strong>com</strong> a participação direta da equipe multidisciplinar<<strong>br</strong> />

(Assistente Social, Enfermeiros, Médico, fisioterapeuta, Programa <strong>de</strong> Humanização,<<strong>br</strong> />

nutrição, acadêmicos <strong>de</strong> Serviço Social e Enfermagem), Todos os encontros são<<strong>br</strong> />

registrados em livro ata. A dinâmica ocorre através <strong>de</strong> sugestões da equipe e dos<<strong>br</strong> />

próprios a<strong>com</strong>panhantes <strong>para</strong> uma melhor abordagem no sentido <strong>de</strong> educar e orientálos<<strong>br</strong> />

quanto às normas e rotinas do HUCFF, tendo <strong>com</strong>o base a educação em saú<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

A reunião inicia-se <strong>com</strong> a distribuição <strong>de</strong> cartilhas do a<strong>com</strong>panhante pelo<<strong>br</strong> />

Assistente social e acadêmicos <strong>de</strong> Serviço Social, grupos <strong>de</strong> discussão on<strong>de</strong> há uma<<strong>br</strong> />

interação entre Serviço Social e Enfermagem, no que se refere às orientações so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

infecção hospitalar e <strong>de</strong>mais questões levantadas so<strong>br</strong>e direitos e <strong>de</strong>veres do<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panhante. Todas as <strong>de</strong>mandas apresentadas são colocadas em discussão e na medida<<strong>br</strong> />

do possível tentamos dar resolutivida<strong>de</strong> encaminhando ao setor e/ou profissional<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petente. Utilizamos recursos audiovisuais, dinâmicas <strong>de</strong> grupo e exercícios <strong>de</strong>


elaxamento e alongamento <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> amenizar as dificulda<strong>de</strong>s que ter um<<strong>br</strong> />

alguém internado proporciona, pois acreditamos que quem cuida também precisa <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

cuidados e atenção.<<strong>br</strong> />

III-CONCLUSÃO<<strong>br</strong> />

A experiência <strong>de</strong>sse trabalho <strong>de</strong>monstrou a importância da prática educativa no<<strong>br</strong> />

processo saú<strong>de</strong>/doença e o Serviço Social têm um papel fundamental neste processo, em<<strong>br</strong> />

consonância ao Código <strong>de</strong> Ética profissional, no Artigo 5º 2 . A prática educativa contribui<<strong>br</strong> />

<strong>para</strong> a mudança, ampliação e percepção da população usuária dos serviços oferecidos. O<<strong>br</strong> />

Serviço Social e a Enfermagem atuam <strong>com</strong> base na garantia dos direitos básicos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

cidadania, <strong>de</strong>mocracia, justiça social, eqüida<strong>de</strong> e humanização. Levando os usuários à<<strong>br</strong> />

reflexão e o entendimento <strong>de</strong> que é ser a<strong>com</strong>panhante uma melhora no atendimento e<<strong>br</strong> />

relacionamento entre a<strong>com</strong>panhante e equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Os resultados obtidos até então são:<<strong>br</strong> />

• Diminuição <strong>de</strong> queixas a ouvidoria;<<strong>br</strong> />

• Maior número <strong>de</strong> a<strong>com</strong>panhantes orientados so<strong>br</strong>e direitos e <strong>de</strong>veres;<<strong>br</strong> />

• Maior controle da infecção por transmissões cruzadas e contato;<<strong>br</strong> />

• Aumento <strong>de</strong> doadores <strong>de</strong> sangue;<<strong>br</strong> />

• A<strong>de</strong>são <strong>de</strong> outros mem<strong>br</strong>os da equipe (médico, fisioterapeuta);<<strong>br</strong> />

• Redução dos conflitos existentes entre família e equipe.<<strong>br</strong> />

As avaliações <strong>de</strong>sse <strong>projeto</strong> são realizadas a partir <strong>de</strong> observações, visitas às<<strong>br</strong> />

enfermarias e reuniões entre o Serviço Social, Médico e a Chefia <strong>de</strong> Enfermagem,<<strong>br</strong> />

no intuito <strong>de</strong> buscar soluções <strong>para</strong> as <strong>de</strong>mandas postas em prol <strong>de</strong> um bom<<strong>br</strong> />

atendimento da equipe multidisciplinar.<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Art.5º§C: “Democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no espaço<<strong>br</strong> />

institucional, <strong>com</strong>o um dos mecanismos indispensáveis à participação dos usuários”.


IV REFERÊNCIAS:<<strong>br</strong> />

BRASIL. Ministério da Saú<strong>de</strong>. Cartilha da PNH: <strong>acolhimento</strong> <strong>com</strong> classificação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

risco. Brasília, Ministério da Saú<strong>de</strong>, 2004.<<strong>br</strong> />

______. ______. Política Nacional <strong>de</strong> Humanização (PNH): HumanizaSUS -<<strong>br</strong> />

Documento-Base. 3. ed. Brasília, 2006.<<strong>br</strong> />

______._______. Cartilha da PNH: <strong>acolhimento</strong> nas Práticas <strong>de</strong> Redução à saú<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Brasília, Ministério da Saú<strong>de</strong>, 2006.<<strong>br</strong> />

______._______. HumanizaSUS. Visita aberta e direito ao a<strong>com</strong>panhante.Série B.<<strong>br</strong> />

Textos básicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. 2 ed, 2007.<<strong>br</strong> />

CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Código <strong>de</strong> Ética Profissional do<<strong>br</strong> />

Assistente Social. Brasília, 1993.<<strong>br</strong> />

FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário Aurélio. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Nova Fronteira, 1975.<<strong>br</strong> />

p. 27.<<strong>br</strong> />

GAUDERE, E. Christian. Os direitos do paciente-um manual <strong>de</strong> so<strong>br</strong>evivência-Rio <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Janeiro. : Record, 1991.<<strong>br</strong> />

Internet: www.sau<strong>de</strong>.gov.<strong>br</strong>/humanizasus - acessado <strong>de</strong> julho 2002 à a<strong>br</strong>il/2007<<strong>br</strong> />

Internet: www.terra.<strong>com</strong>.<strong>br</strong>/arte/cor<strong>de</strong>l/Renascer Humanização Hospital e Qualida<strong>de</strong> no<<strong>br</strong> />

Atendimento acessado em 15/06/2005 e 27/03/2007<<strong>br</strong> />

Internet: www.terra.<strong>com</strong>.<strong>br</strong>/arte/cor<strong>de</strong>l/Renascer Qualida<strong>de</strong> e Humanização do<<strong>br</strong> />

Atendimento em Saú<strong>de</strong> acessado em 27/03/2007<<strong>br</strong> />

LEME, A.C. Ouvindo e encantando o paciente.Qualitymark, Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2005.<<strong>br</strong> />

MENDONÇA, Eliana A. P. <strong>de</strong>. Grupos <strong>de</strong> Sala-<strong>de</strong>-espera na Saú<strong>de</strong>: So<strong>br</strong>e o que atuar.<<strong>br</strong> />

In: Em Pauta-Revista da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serviço Social da UERJ, nº 10, Rio <strong>de</strong> Janeiro,


Julho, 1997. PALAVRAS CHAVES: Serviço Social, Enfermagem Humanização e<<strong>br</strong> />

Educação em Saú<strong>de</strong>.

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