Feira cultural une teoria e expressão corporal - Appai
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que engloba cidades como<br />
Barra Mansa, Barra do Piraí,<br />
Itatiaia, Pinheiral, Piraí,<br />
Porto Real, Quatis, Resende,<br />
Rio Claro, Rio das Flores,<br />
Valença, Volta Redonda, era<br />
rica em lavoura de café no<br />
século XIX.<br />
Como todo o trabalho de pesquisa<br />
está associado a uma dança,<br />
nesta região os alunos descobriram<br />
o Jongo, relacionado ao cultivo do<br />
café, também difundido na Região<br />
Noroeste Fluminense – Aperibé,<br />
Bom Jesus de Itabapoana, Cambuci,<br />
Italva, Itacoara, Laje do Muriaé,<br />
Miracema, Natividade, Porciúncula,<br />
Santo Antônio de Pádua, São José<br />
de Ubá, Varre-Sai. Já na região da<br />
Bacia da Ilha Grande (Costa Verde)<br />
– Angra dos Reis, Itaguaí, Mangaratiba,<br />
Paraty –, escolheram as<br />
manifestações culturais católicas,<br />
características da época: Festa do<br />
Divino, Folia de Reis, Cirandeiros.<br />
Na região Serrana – Bom Jardim,<br />
Cantagalo, Carmo, Cordeiro,<br />
Duas Barras, Macuco, Nova<br />
Friburgo, Petrópolis, Santa Maria<br />
Madalena, São José do Vale do<br />
Rio Preto, São Sebastião do Alto,<br />
Sumidouro, Teresópolis, Trajano de<br />
Moraes –, Maria Penha dos Santos,<br />
de Biologia, em parceria com a<br />
Física, enfatizou os ecossistemas,<br />
biótomos (organismos da região –<br />
fauna e flora), relações harmônicas<br />
e desarmônicas entre os seres<br />
vivos. Tanto na apresentação do<br />
seminário em sala de aula como na<br />
exposição de dança folclórica, no<br />
caso uma valsa, os alunos se caracterizaram<br />
de colonos alemães, base<br />
da cultura da região serrana.<br />
De acordo com a professora<br />
de Química Adriana Rocha, para<br />
ir além do quadro-negro e motivar<br />
seus alunos, ela montou dois<br />
projetos: uma horta aromatizada<br />
e uma empresa virtual,<br />
com base na Matemática<br />
Financeira e em Química. Com<br />
a horta aromatizada trabalhou-se<br />
a questão da física, a energia, a<br />
composição química e a utilidade<br />
de cada erva, dos pontos de vista<br />
medicinal e químico. Com a empresa<br />
virtual discutiu-se a produção<br />
de cosméticos e perfumes, além<br />
do empreendedorismo. Os alunos<br />
pesquisaram a importância dos minerais<br />
nos cosméticos, onde estão<br />
contidos, como extrair as substâncias,<br />
de onde elas vêm etc.<br />
“A Matemática foi uma ferramenta<br />
auxiliar, que eles viram sob<br />
outra ótica. Não mais como um<br />
bicho-papão. Consegui com isso o<br />
carisma pelas disciplinas Química e<br />
Matemática. Tenho até um aluno que<br />
ficou interessado na área de exatas,<br />
coisa que no início do ano não havia<br />
como prever”. Para despertar a<br />
curiosidade, Adriana levou material<br />
concreto para dar conta dos experimentos,<br />
como produtos, pedras,<br />
filmes, textos, figuras alquímicas. Ao<br />
atritar dois gravetos ela apresentou<br />
o histórico desde a criação do fogo<br />
pelo homem de Neandertal. Na aula<br />
seguinte, os comentários demonstravam<br />
as passagens pelo YouTube<br />
e pelo Discovery Chanel.<br />
Para desmistificar o inexistente<br />
bicho-papão da Matemática, o<br />
professor Fábio Alves demonstrou<br />
que ela é um instrumento básico de<br />
suma importância. A Matemática<br />
quantitativa foi usada para abordar<br />
a geografia do Estado do Rio de<br />
Janeiro, com a criação de gráficos<br />
Mais do que dançar, a<br />
comunidade escolar enfatiza<br />
a socialização dos alunos<br />
e busca integrá-los ao<br />
mercado de trabalho<br />
e tabelas, para tratar da população<br />
de cada região do estado, além dos<br />
indicadores econômicos.<br />
Monitorando todas as apresentações<br />
no pátio, a coordenadora<br />
pedagógica Sandra Araújo não<br />
escondia o orgulho pelo cuidado<br />
dos alunos com as indumentárias e<br />
coreografias. Segundo a professora,<br />
o êxito do trabalho está baseado em<br />
suas experiências com festivais de<br />
dança escolares, com o envolvimento<br />
de toda a comunidade estudantil.<br />
Sua ação pedagógica canaliza os<br />
esportes no primeiro e segundo<br />
bimestres; no terceiro e quarto<br />
bimestres entra com a dança, a<br />
<strong>expressão</strong> <strong>corporal</strong>, a ginástica rítmica<br />
e a desportiva. “Aí o aluno vai<br />
pegando jeitinho de noção de corpo,<br />
aprende a colocar-se no espaço para<br />
fazer um giro e coisas assim, pois<br />
as pessoas chegam ao Ensino Médio<br />
sem saber de nada”. Mais do que<br />
estimular a dança, o formato que<br />
a escola adotou, além de ensinar<br />
o conteúdo, enfatiza a socialização<br />
dos alunos e busca integrá-los ao<br />
mercado de trabalho.<br />
Colégio Estadual Professora Maria<br />
Terezinha de Carvalho Machado<br />
Rua Candido Benício, 826 – Campinho<br />
– Rio de Janeiro/RJ<br />
CEP: 21230-060<br />
Tel.: (21) 2333-5609<br />
Coordenadora Pedagógica: Sandra<br />
Araújo<br />
Fotos: Marcelo Ávila<br />
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