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Pais, alunos, professores e sociedade se unem no combate ... - Appai

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ArtigoReligião nas escolasAndrea Gouvêa Vieiranação do prefeito, que <strong>se</strong>ria a deoferecer o ensi<strong>no</strong> confessional, ou<strong>se</strong>ja, de acordo com a opção religiosado alu<strong>no</strong> ou <strong>se</strong>u responsávele ministrado por <strong>professores</strong> ouorientadores preparados e credenciadospelas respectivas igrejas ouentidades religiosas.Um complicador adicional éuma ação direta de inconstitucionalidade(ADI 4439), proposta peloProcurador Geral da República,pendente de julgamento, que pedea interpretação do art. 33, parágrafos1º e 2º da LDB sob a óticada laicidade do Estado, afastando,portanto, a possibilidade do ensi<strong>no</strong>confessional pretendido pelaPrefeitura do Rio. O ensi<strong>no</strong> ficariarestrito à história das religiões.Mas afora as discussões jurídica<strong>se</strong> filosóficas, surgem, na prática,inúmeras dúvidas sobre como essa<strong>no</strong>va iniciativa poderá prosperar:1. Como a matrícula é facultativa,de que forma dimensionaras respectivas turmas, sobretudoem vista da imensa diversidade decredos e/ou confissões?2. Como um concurso públicopoderá garantir que todas asVinte e três a<strong>no</strong>s depoisde promulgada a ConstituiçãoFederal, que em<strong>se</strong>u artigo 210, §1º, prevêo ensi<strong>no</strong> religioso nas escolaspúblicas de Ensi<strong>no</strong> Fundamental,de forma facultativa, a Prefeiturado Rio de Janeiro, em maio passado,tomou a iniciativa de abrir 600vagas <strong>no</strong> quadro permanente daSecretaria Municipal de Educação(SME) para uma <strong>no</strong>va categoriade docentes: <strong>professores</strong> de ensi<strong>no</strong>religioso com formação emHistória, Sociologia ou Filosofia.O dispositivo foi complementadopelo art. 33 da Lei de Diretrizes eBa<strong>se</strong>s da Educação (LDB). O temaé tão complexo quanto a própriaessência das religiões.Nas reuniões ocorridas na CâmaraMunicipal, entre vereadore<strong>se</strong> <strong>se</strong>rvidores da SME, ficou nítido odesconforto de técnicos da Secretariapara encontrar uma fórmulade implementação da determireligiõesterão <strong>se</strong>us <strong>professores</strong>aprovados?3. Qual <strong>se</strong>ria o conteúdo dasdisciplinas?4. A <strong>no</strong>va disciplina não poderiacriar cisões internas nas escolas ea dis<strong>se</strong>minação do preconceito?Portanto, são mais dúvidas do querespostas.Com toda certeza, em temposde tanta violência, os ensinamentosde muitas religiões <strong>se</strong>riammuito bem-vindos. No entanto,há sérias dúvidas <strong>se</strong> o ambienteadequado é o das escolas públicasdo Município e <strong>se</strong> a <strong>no</strong>va disciplina,facultativa que é, deve <strong>se</strong>r ministradapor uma <strong>no</strong>va categoriaefetiva que não poderia, na eventualidadeda falta de matrículas,<strong>se</strong>r desviada da função para a qualfoi contratada. Ninguém melhordo que os próprios <strong>professores</strong> darede pública para trazer luz a estedebate.Andrea Gouvêa VieiraVereadora da Cidade do Rio de JaneiroE-mail: falecomigo@andreagouveavieira.com.br4 www.appai.org.br/t – Revista <strong>Appai</strong> Educar


Espaço do ProfessorO Colégio Ricarden<strong>se</strong> agradece commuito carinho a todos que participaram damatéria da Feira de Ciências, divulgada naedição nº 71 da Revista <strong>Appai</strong> Educar. Quevocês possam <strong>se</strong>mpre realizar este trabalhode divulgação das atividades nas escolas, pois talvez nãoimaginem como nós, direção, <strong>professores</strong> e <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>, <strong>no</strong>s<strong>se</strong>ntimos orgulhosos de ler nas páginas de tão conceituadarevista o <strong>no</strong>me de <strong>no</strong>ssa escola. O <strong>no</strong>sso muito obrigadode coração.AtenciosamenteMarilda Jorge (Supervisora e DiretoraSubstituta)Estou escrevendo paraagradecer a belíssima reportagemfeita acerca de meutrabalho, na edição nº 71,da Revista <strong>Appai</strong> Educar –“Arte em Várias Dimensões”.Nós da Escola MunicipalRosária Trotta ficamosorgulhosos e felizes pela belíssimaredação e pelo tratamentodado ao processo de<strong>se</strong>nvolvidopelos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>. Sinto-me honrado emter meu <strong>no</strong>me e o de minha escola em uma revista sériae comprometida com a educação.Muito obrigado pelo carinho.Professor Marceli<strong>no</strong> RodriguesSou associada mas não sou titular, sou agregada. Quemrecebe a revista é minha irmã, e somos ambas da áreade Educação. Teria como receber dois exemplares, poistodo mês é uma discussão para ler e levar o exemplar paraa escola? Desde já obrigada.Patrícia GomesA Revista <strong>Appai</strong> Educar é excelente, mas,como já estou apo<strong>se</strong>ntada e viajomuito, gostaria que não mais aenvias<strong>se</strong>m. Obrigada.Diucelia Barbosa MachadoAcompanhamos a grandeza do trabalho de divulgaçãodo Jornal Educar, agora revista, portanto gostaríamosde receber uma visita de vocês, a fim de divulgar,com outros educadores, <strong>no</strong>ssos projetos e atividades,em prol de uma troca coletiva de saberes. CrecheMunicipal Tio Sebastião Xavier.Christiane Penha (Diretora Adjunta)Escrevo para solicitar o envio da revista para a EditoraJosé Olympio, pois a revista contribui – e muito– para o de<strong>se</strong>nvolvimento de minhas atividades editoriais.Maria Amélia Mello (editora)Eu gostei do tamanho da revista atual. Estámais criativa e educativa como <strong>se</strong>mpre. Parabéns!Jo<strong>se</strong>fa Gomes da SilvaFiz a reclamação ontem, 16/3, e recebi a revistaà tarde. Agradeço a atenção e espero, a partir deagora, recebê-la <strong>se</strong>mpre.Um abraço.Tania MáraOlá, gostaria de agradecer, em <strong>no</strong>me de todo o corpodocente do C.E. República de Guiné Bissau,pela pre<strong>se</strong>nça da Revista Educar em <strong>no</strong>sso eventoTons da Primavera, pois a <strong>se</strong>riedade e competênciada equipe faz com que a revista desfrute do merecidoprestígio <strong>no</strong> universo educacional. Nós <strong>no</strong>s <strong>se</strong>ntimoshonrados em poder compartilhar deste universo comvocês e de poder contribuir de alguma forma parao engrandecimento do ensi<strong>no</strong> de <strong>no</strong>ssos estimadosjovens, mostrando um pouco de <strong>no</strong>sso trabalho.Um grande abraço a todos da Revista Educar.Fabiana Lourenço (Professora de Filosofia)Parabenizo a Revista <strong>Appai</strong> Educar pela publicaçãoda matéria “Marketing do Esporte”,edição nº 70. O texto apre<strong>se</strong>nta de formaclara e muito bem explicada o trabalho deexcelência que é de<strong>se</strong>nvolvido <strong>no</strong>s cursosda Escola Técnica Estadual AdolphoBloch.Edson Seiti Miyata (Professor de Comu-nicação Social / Publicidade)Envie <strong>se</strong>us projetos, sugestões, críticas e comentários para o <strong>no</strong>sso e-mail: jornaleducar@appai.org.br ouredacao@appai.org.br. Siga-<strong>no</strong>s <strong>no</strong> twitter: http://www.twitter.com/appairj e divulgue para <strong>se</strong>us amigos.Revista <strong>Appai</strong> Educar 5


Guia HistóricoCentro CulturalOscar NiemeyerNiemeyer perpetuou o <strong>se</strong>u <strong>no</strong>me emDuque de Caxias ao projetar o polo decultura que leva o <strong>se</strong>u <strong>no</strong>me. Equipadocom duas bibliotecas e um teatro, o CentroCultural Oscar Niemeyer é um dos maiore<strong>se</strong>spaços destinados a es<strong>se</strong> tipo de atividade naBaixada Fluminen<strong>se</strong>.As bibliotecas, uma destinada à criança eoutra para adultos, possuem ao todo 764 metrosquadrados de área e 12 mil livros. Com umacervo variado, o leitor tem a sua disposiçãodicionários, livros técnicos, gramáticas, atlas emapas. Há também periódicos, como jornais,revistas e histórias em quadrinhos, além deDVDs, fitas em VHS, CDs-Room, livros falados epublicações em braile. Os visitantes também podemacessar a rede mundial de computadores, utilizandoos terminais disponíveis.Com espaço para 433 pessoas, <strong>se</strong>ndo oito para cadeirantes, o teatro possuiprojetor e telão para exibição de filmes. O palco mede 15 metros de boca de cena,por 15,50 metros de profundidade, e é o terceiro maior de todo o Estado do Rio deJaneiro. A grande <strong>no</strong>vidade, projetada por Niemeyer, é o palco reversível abertopara eventos direcionados à Praça do Pacificador.Atividades para grupos: agendar através do telefone (21) 2672-3155Funcionamento: de <strong>se</strong>gunda a <strong>se</strong>xta-feira, das 9 às 18hCentro Cultural Oscar Niemeyer: Praça do Pacificador, s/nº – Centro – Duquede Caxias/RJRevista <strong>Appai</strong> Educar 7


Dezdicaspara oEnemTEMA: Interprete a propostacom o máximo de atençãoa cada detalhe, para nãocometer desvios e falhas deabordagem.COLETÂNEA: Leia os textospara extrair as principaisideias, <strong>se</strong>m fazer cópias.PLANEJAMENTO: Construaum roteiro completo, comtodos os argumentos e etapasdo raciocínio.CRIATIVIDADE: Invista emtítulo, introdução e conclusãodiferenciadas, que despertema atenção do examinador.CONCISÃO: Priorize clareza,organização e simplicidade <strong>no</strong>de<strong>se</strong>nvolvimento.ARGUMENTAÇÃO: U<strong>se</strong> argumento<strong>se</strong> referências que envolvamconhecimentos de outrasdisciplinas e atualidades.SOLUÇÃO: Apre<strong>se</strong>nte proposta<strong>se</strong>specíficas e aplicáveis,<strong>se</strong>mpre em sintonia comas causas do problema.REVISÃO: Revi<strong>se</strong> atentamentea redação, a fim deminimizar erros e repetiçõe<strong>se</strong>xcessivas de palavras.LETRA: Seu texto deve <strong>se</strong>rlegível o suficiente para umacorreção on-line.TEMPO: Treine para gastarcerca de 1 hora na redação.Redação 2Nova fórmula de trabalhoNa Grécia Antiga, berço de grande parte da cultura ocidental contemporânea,o trabalho era mal visto por clas<strong>se</strong>s mais abastadas. De fato, por volta do séculoV a.C., em uma cidade-estado como Atenas – cuja população apre<strong>se</strong>ntava50% de escravos –, realizar atividades profissionais por necessidade não eraconsiderado um comportamento dig<strong>no</strong>. Mais de dois milênios depois, nas civi-lizações atuais, um ideal diferente costuma prevalecer: o trabalho como tijoloe cimento na construção da dignidade humana. Entretanto, diante da escas<strong>se</strong>zde empregos e da frequente exploração, percebe-<strong>se</strong> uma perda na qualidadede vida de muitos, questões cujas soluções dependem de todos os <strong>se</strong>tores da<strong>sociedade</strong>.Antes de tudo, é preciso compreender que trabalhar é uma forma de contribuirpara a <strong>sociedade</strong>, por isso deveria <strong>se</strong>r ao mesmo tempo direito legal edever moral para todo cidadão consciente. Contudo, <strong>no</strong> Brasil e <strong>no</strong> resto domundo, altas taxas de de<strong>se</strong>mprego e jornadas excessivamente longas têmtransformado dignidade em desumanização. Nes<strong>se</strong> contexto, os poderes públi-cos devem reduzir impostos, para estimular a geração de empregos, e ampliaras redes de ensi<strong>no</strong> tradicional e técnico, a fim de capacitar a população. Comisso e com a criação de <strong>no</strong>vas leis trabalhistas – e, sobretudo, o cumprimentodas já existentes –, suor e lágrimas poderão dar lugar a sorrisos nas chamadashoras úteis do dia.Nes<strong>se</strong> contexto, também é preciso mudar essa visão utilitária do tempo,que distancia trabalho e prazer, fazendo o ócio <strong>se</strong>r enxergado como “inútil”. Defato, trata-<strong>se</strong> de uma visão míope, com con<strong>se</strong>quências perversas: o abando<strong>no</strong>da qualidade de vida em <strong>no</strong>me de cifras mais altas – ou me<strong>no</strong>s baixas – nascontas bancárias e até a opção pelo crime como alternativa mais “fácil” e “rápida”para con<strong>se</strong>guir dinheiro. Diante de uma equação com tantas variáveis,deve-<strong>se</strong> estimular a ação de ONGs que denunciem abusos de empresas e levantema bandeira do emprego dig<strong>no</strong>. Em pla<strong>no</strong> complementar, a mídia podecontribuir com a produção de <strong>no</strong>velas e filmes que valorizem a importânciamoral e econômica do trabalho, <strong>se</strong>nsibilizar a população sobre a gravidade dosdesrespeitos às leis trabalhistas, conquista frequentemente ig<strong>no</strong>rada tanto porpatrões quanto por funcionários.Torna-<strong>se</strong> evidente, portanto, a importância do trabalho na construção dadignidade humana, desde que <strong>se</strong> priorizem os valores huma<strong>no</strong>s à frente dabusca amoral por rendimentos financeiros. Para isso, o caminho natural éo investimento em educação, com a ampliação do foco do ensi<strong>no</strong> para alémdos conteúdos programáticos. Sem duvida (sic), <strong>se</strong>m negar a importância defórmulas matemáticas, faz <strong>se</strong>ntido dar atenção também à formação moral ecrítica de crianças e jovens. Assim, as próximas gerações talvez estejampreparadas tanto para as futuras transformações do mercado – queafastarão cada vez mais as <strong>no</strong>ções de emprego e trabalho – quantopara entender o mundo, respeitar a natureza e buscar a qualidadede vida. Eis a equação da ascensão social e humana.Competência 1 Modalidade Escrita 100%Competência 2 Tema / Tipo de texto / Interdisciplinaridade 100%Competência 3 Coerência / Projeto de texto / Coletânea 100%Competência 4 Coesão 100%Competência 5 Proposta de solução 100%Nota Final 100%Comentário 1: Interessante referênciahistórica inicial: além de interdisciplinar,a comparação revela como trabalhonem <strong>se</strong>mpre foi um caminho paraa construção da dignidade humana.Comentário 2: Bela imagem: criativae pertinente ao tema.Comentário 3: Boa percepção do viésdialético da proposta: o trabalho podeconstruir ou destruir a dignidade humana,dependendo de como for encaradoe exercido. A ideia está em sintoniasutil com a coletânea.Comentário 4: Cumprimento de umaexigência da redação do Enem: apre<strong>se</strong>ntaçãode propostas de intervenção.Comentário 5: Transição eficienteentre os parágrafos de argumentação.Comentário 6: O trecho tambémcumpre de modo pertinente a exigênciade apre<strong>se</strong>ntações de soluções para osproblemas abordados.Comentário 7: Mais uma vez, ficaclara a preocupação com a sugestãode propostas para a questão levantada.Comentário 8: Ressalva pertinente,sobretudo pela pre<strong>se</strong>nça dessas ideias<strong>no</strong>s textos de apoio da prova.Comentário 9: Fra<strong>se</strong> final impactanteválida para criar conexão criativa como título.Comentário final: Trata-<strong>se</strong> de umaredação correta, organizada, pertinenteao tema e com de<strong>se</strong>jável nível decriatividade. O texto revela o cuidadodo candidato em demonstrar a compreensãoda proposta: dependendoda maneira como é exercido – ou não–, o trabalho tanto pode <strong>se</strong>r um meiode construir a dignidade humana,quanto de promover a indignidade.Nessa perspectiva, a dis<strong>se</strong>rtação éestruturada, <strong>no</strong>s dois parágrafos dede<strong>se</strong>nvolvimento, de forma a identificaro problema e sugerir meiospara gerar empregos e criar práticasprofissionais que respeitem a qualidadede vida dos trabalhadores. Essaestratégia mostrou-<strong>se</strong> eficiente, poistrouxe clareza às ideias, evidenciouboa progressão temática e cumpriu aexigência da competência 5 da gradede correção. Também contribuírampara a <strong>no</strong>ta elevada o uso inteligentedos textos da coletânea e a pre<strong>se</strong>nçade referências interdisciplinares, duasboas dicas para a prova deste a<strong>no</strong>.Fonte: Matéria extraída do GloboMagazine em 26/04/2011.Revista <strong>Appai</strong> Educar 9


Paí<strong>se</strong>s de todos os continentesforam lembrados, além dascaracterísticas típicas de cadaum. O visitante ou até mesmo oscolegas das outras turmas podiamir nas salas, que eram verdadeirosmu<strong>se</strong>us de conhecimento sobre opaís estudado.Ao entrar na sala da China,maquetes com colheitas de arroz,chapéus chine<strong>se</strong>s e até a GrandeMuralha, estampada em papel,adornava a parede, como uma dasSete Maravilhas da Terra, lembrandotoda uma cultura oriental. Nasala do México os graves problemassociais vivido por aquele país estavamclaramente identificados nasparedes: a perigosa relação entreos que querem trabalhar e viver osonho america<strong>no</strong>. A travessia entreas duas fronteiras foi abordadapelos estudantes. Sobre a culturaMexicana não pararam por aí. Alémde suas famosas <strong>no</strong>velas, lembraramo personagem Chaves, que éoriginário do país.Nações europeias foram lembradas,como a França. A professoraMarta Ferreira dis<strong>se</strong> ainda que o fatode os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> trabalharem com paí<strong>se</strong>sdiferentes gerou a possibilidadede estudar a relevância que cada umdeles possui. Segundo a professora,a turma 802, que ela coordena, tevea preocupação de trazer à tona adiscussão sobre a Revolução Francesae suas con<strong>se</strong>quências para ahistória da humanidade. Uma maqueteda Torre Eifell foi preparadae exposta para os visitantes dafeira. Daniele Domingos, que ensinapara a turma do 3º a<strong>no</strong>, enfatizou aimportância de os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> tomaremconhecimento do mundo lá fora:“É uma grande contribuição, poi<strong>se</strong>les têm <strong>no</strong>ção de tempo e espaçogeográfico ampliados”.Além dos paí<strong>se</strong>s citados, Grécia,Estados Unidos, Índia, Japão, Portugal,Espanha e Inglaterra foram lembrados<strong>no</strong>s trabalhos de<strong>se</strong>nvolvidospelos estudantes do 2º ao 9º a<strong>no</strong>s.E para cada um as qualidades eproblemas sociais vividos não foramesquecidos, nem as curiosidadesque lhes pertencem. Era possíveldescobrir que na Grécia as criançasbrincavam de ioiô e gangorra. Quena Itália multidões <strong>se</strong> espalham porrestaurantes para deliciarem-<strong>se</strong> comas massas e o universo de pontosturísticos que o país apre<strong>se</strong>nta. Ouainda descobrir as belezas de textosingle<strong>se</strong>s que chamaram a atenção domundo, como as obras de WilliamShakespeare, ou a dança tradicionalfrancesa, o cancã, ou ainda o hip-hopamerica<strong>no</strong>.Os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> que participaram ativamentedo trabalho não escondema alegria com o sucesso do encontro.Roberto Augusto, de 13 a<strong>no</strong>s,alu<strong>no</strong> do 8º a<strong>no</strong>, diz que aprendeubastante durante a realização dasatividades que culminaram comas apre<strong>se</strong>ntações da feira: “Pudeaprender como vivem as pessoas deoutros paí<strong>se</strong>s, bem como a culturadeles também, e acho que isso foimuito importante para mim”. JáMarcia Alayne, da mesma idade,destacou mesmo a sua atividade nafeira: “Além de aprender sobre outrasnações, eu gostei de me envolvercom o trabalho e da forma comofoi apre<strong>se</strong>ntado”, destacou a jovem,que abordou a moda de Paris e a vidados estilistas france<strong>se</strong>s, conhecido<strong>se</strong> famosos em todo o mundo.Na viagem aoredor do mundo os<strong>alu<strong>no</strong>s</strong> lembraramas caravanasportuguesas e opaís colonizadorRevista <strong>Appai</strong> Educar 11


A pequena Lavignea Machado,de 10 a<strong>no</strong>s, chamou a atençãopara a atividade pedagógica do<strong>se</strong>u trabalho: “Eu gostei mesmo foi de explicar às pessoas sobreos paí<strong>se</strong>s”, dis<strong>se</strong> com a voz deeducadora. A feira foi aberta atoda a comunidade escolar, e osvisitantes puderam entrar e participardo encontro. E, diga-<strong>se</strong> depassagem, não foram poucos.<strong>Pais</strong>, <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> e visitantes emgeral tiveram a oportunidade deapreciar todos os trabalhos realizados,e o movimento na escolaocupou todos os espaços físicosre<strong>se</strong>rvados às apre<strong>se</strong>ntações. Paraa coordenadora a experiência dospais dentro da instituição é <strong>se</strong>mpremuito proveitosa: “Quando oresponsável vem à escola e vê aatividade do filho, ele pode nãoencontrar o melhor trabalho ou omais perfeito, mas é do <strong>se</strong>u filho,e isso tem um grau de importância<strong>se</strong>m igual”, destacou Roberta.Para Ademar Queiroz, diretordo educandário, a feira cumpriuo papel a que <strong>se</strong> dispôs: “Foi bomver o envolvimento de todos parazado”, afirmou rapidamente. Parafalar sobre o Brasil, Campo Grandefoi escolhido para <strong>se</strong>r estudado nafeira. Coube aos peque<strong>no</strong>s <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> do Ensi<strong>no</strong> Infantil reconstruir ahistória do bairro e ainda revelarpara muitos que não conhecem ospontos turísticos e exóticos encontrados<strong>no</strong> lugar. Alguns realmentedesconhecidos, inclusive dos radores da região, como a re<strong>se</strong>rvade meio ambiente do Rio da Prata.A coordenadora do Ensi<strong>no</strong>Infantil Cintia Henrique explicouque a finalidade era envolver ascrianças <strong>no</strong> trabalho que a escolamo-estava promovendo. E falar do lugarem que moram é também umamotivação para elas conheceremum pouco mais da sua realidade”,dis<strong>se</strong> Cintia. Cerca de 400 <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>participaram de todos os trabalhosda Feira, coordenados pelo CorpoDocente, que teve total envolvimento<strong>no</strong> evento.Sempre querealiza uma fei-ra, o Educandário Carvalho roz produz um peque<strong>no</strong> jornal,impresso em gráfica, com todasas informações, como data, horários,programas e temas, para<strong>se</strong>r acompanhado por todos osvisitantes. Um ótima ideia, já queé possível não apenas ter uma direçãode tudo que acontece, masuma lembrança para <strong>se</strong>r guardadade tantas experiências educacionaisgratificantes. Quem não gostade manter recordações de umaviagem, não é verdade? Imaginede uma que dá a volta ao Mundo.Educandário Carvalho QueirozQuei-Rua Maria Eugenia Celso, 30 – CampoGrande – Rio de Janeiro/RJCEP: 23052-260Tel.: (21) 2413-2644Coordenadora pedagógica: RobertaD’AjudaFotos: Marcelo Ávilaum objetivo comum, e <strong>no</strong>Mesmo <strong>se</strong>m conhecerprofundamente asfinal vimos o resultadoleis de trânsito, o<strong>se</strong>m tudo o que foi reali-peque<strong>no</strong>s fiscaismonitoraram as viasde acesso do espaçolúdico criado na salade aula12 Revista <strong>Appai</strong> Educar


Língua PortuguesaPro<strong>no</strong>mes Pessoais2ª parte – Caso OblíquoSandro Gomes*Os Pro<strong>no</strong>mes Pessoais do caso oblíquo são aqueles que realizam a função sintática decomplementos verbais – ou <strong>se</strong>ja, podem de<strong>se</strong>mpenhar na oração os papéis de objeto direto eindireto – ou de complemento <strong>no</strong>minal – podem <strong>se</strong>r complemento <strong>no</strong>minal, agente da passiva,adjunto adverbial etc. Além disso os Pro<strong>no</strong>mes Oblíquos <strong>se</strong> dividem em áto<strong>no</strong>s (quando nãosão antecedidos por preposição) e tônicos (quando precedidos por preposição). Veja exemplos:Deram-lhe um pouco de água. / Deram a ele um pouco de água.O pro<strong>no</strong>me lhe <strong>no</strong> primeiro exemplo é um pro<strong>no</strong>me pessoal oblíquo porque de<strong>se</strong>mpenhaa função de objeto indireto (quem dá, dá alguma coisa [água – obj. direto] a alguém [aele/lhe – obj. indireto]), e é áto<strong>no</strong> porque não é antecedido de preposição. No <strong>se</strong>gundoexemplo, apesar de o conteúdo <strong>se</strong>r o mesmo do primeiro, usou-<strong>se</strong> o pro<strong>no</strong>me ele, <strong>se</strong>guidoda preposição a, motivo pelo qual ele é classificado como tônico. Outros exemplos:Levou consigo as chaves do cofre.Nes<strong>se</strong> caso o Pro<strong>no</strong>me Oblíquo consigo de<strong>se</strong>mpenha na fra<strong>se</strong> a tarefa de Adjunto Adverbial.A preposição com está embutida <strong>no</strong> pro<strong>no</strong>me, o que faz dele um pro<strong>no</strong>me tônico.Repare que ele também exerce uma função reflexiva (levou as chaves para si próprio).Os pro<strong>no</strong>mes <strong>se</strong> e si também realizam essa tarefa de reflexão. Veja:Cuide-<strong>se</strong> (de si próprio) para não adoecer. / Pensou só em si (nele próprio)e termi<strong>no</strong>u isolado.Dúvida,eu?Vamos ver agora um exemplo de Pro<strong>no</strong>mes Oblíquos na função de ComplementoNominal.Creio que não <strong>se</strong>rá difícil pra mim obter a vaga.Nes<strong>se</strong> caso, o sujeito do verbo <strong>se</strong>r (<strong>se</strong>rá) é a oração obter a vaga(obter a vaga não <strong>se</strong>rá...). Foi usada então uma oração reduzida de finitivo, que de<strong>se</strong>mpenha a função de sujeito. A palavra difícil é <strong>no</strong> casoin-um predicativo do sujeito, já que está relacionado ao verbo <strong>se</strong>r, , que éum verbo de ligação. O uso do adjetivo difícil exige um complemento,pois, <strong>se</strong> algo é difícil, é difícil pra quem? Assim, pra mim é o complementosolicitado pelo adjetivo. Veja como ficaria esta oração, <strong>se</strong> a usás<strong>se</strong>mos naordem direta:Obter a vaga (sujeito) não <strong>se</strong>rá (verbo de ligação) difícil (predicativo do sujeito,nes<strong>se</strong> caso solicitando um complemento) pra mim (complemento <strong>no</strong>minal,com pro<strong>no</strong>me oblíquo tônico [mim], já que é precedido de preposição).Ilustração: Luiz Cláudio de OliveiraNessa e na edição anterior da Revista <strong>Appai</strong> Educar abordamos os pro<strong>no</strong>mes pessoais.Como <strong>se</strong> pôde <strong>no</strong>tar, trata-<strong>se</strong> de um assunto bastante complexo, que demanda estudoconstante. Aqui, <strong>se</strong>guindo <strong>no</strong>ssa proposta, oferecemos apenas algumas pinceladas naquestão. Para dominar bem es<strong>se</strong> assunto é preciso que você o estude com afincoe disciplina, nunca deixando naturalmente de praticar a leitura, pois é ali que adinâmica da língua <strong>se</strong> concretiza. É ali que vamos ver de forma prática aquilo queestudamos na teoria. Até a próxima, pessoal!*Sandro Gomes é Graduado em Língua Portuguesa e Literaturas Brasileira e guesa, além de Revisor da Revista <strong>Appai</strong> Educar.Amigo leitor, dúvidas, sugestões e comentários podem <strong>se</strong>r enviados para a redaçãoPortudaRevista <strong>Appai</strong> Educar, através do e-mail: redacao@appai.org.br.Revista <strong>Appai</strong> Educar 13


Tema TransversalSaúdena escolaResidente emoftalmologia realizateste de glaucoma<strong>no</strong>s visitantesComunidade escolar recebeprojeto de promoção à saúdee qualidade de vidaMarcela FigueiredoPoderia <strong>se</strong>r um domingo como outroqualquer, mas a movimentação naescola mostrava que aquele dia <strong>se</strong>riainusitado. Isso porque a Escola MunicipalFrei Gaspar resolveu abrir as portas eestabelecer uma parceria com o Lions Club.O objetivo? Promover a saúde e a qualidadede vida não só para os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>, mas tambémpara pais, <strong>professores</strong>, funcionários e comunidadelocal.Nes<strong>se</strong> dia, mais do que ensinar a fazercálculos e a conjugar verbos, a escola <strong>se</strong>transformou em um espaço para o exercícioda cidadania e dis<strong>se</strong>minação de informaçõessobre como manter a saúde em dia. Joci Parada,coordenadora pedagógica do colégio,afirma que este foi o momento em que aescola ampliou sua área de atuação. “Nossaintenção foi <strong>se</strong>nsibilizar para questões relacionadasà saúde, fazer com que o alu<strong>no</strong> leveo conhecimento para a família e atuar comoum instrumento de informação”, destacou acoordenadora.Durante a Feira de Saúde, que contoucom a pre<strong>se</strong>nça de profissionais de diversa<strong>se</strong>specialidades, os frequentadores puderamfazer testes de visão, diabetes e hepatiteC, aferir a pressão arterial, realizar examede mama, aplicar flúor <strong>no</strong>s dentes, além dereceber orientação sobre postura corporal,alongamento e muitas outras coisas. Enquantoos responsáveis circulavam pelo colégio embusca da especialidade de<strong>se</strong>jada, os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>,junto com outras crianças, participavam de14 Revista <strong>Appai</strong> Educar


Visitantes foram atendidospor profissionaisde fisioterapia paramassagens e orientaçõessobre alongamento epostura corporalalunas dos últimos períodos docurso de Psicologia. Para ele, es<strong>se</strong>tipo de atividade é importante nãosó para quem está <strong>se</strong>ndo atendido,mas também para quem está praticandoo trabalho, como foi o casodas graduandas, que, <strong>se</strong>gundo ele,“têm a possibilidade de exercerum trabalho diferenciado e <strong>se</strong>mrelação de custo”, evidenciandoque, quando <strong>se</strong> atua em parceria,todos saem ganhando.atividades recreativas e recebiamorientação vocacional.Para a família de alguns <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>,esta pode ter sido a primeiraoportunidade de acesso a examesmais específicos como, por exemplo,o do glaucoma. Thais Ribeiro,residente em oftalmologia doHospital dos Servidores do Estadodo Rio de Janeiro, trabalhou comovoluntária <strong>no</strong> projeto e destaca aimportância de a escola participarde uma iniciativa como esta: “Muitaspessoas não têm <strong>no</strong>ção do queé o glaucoma, não sabem comoagir, e é importante que a escola<strong>se</strong>ja uma parceira e possibiliteque muitas pessoas tenham es<strong>se</strong>primeiro contato”.Além do primeiro atendimento,quando detectado algum problema,as pessoas, adultos ecrianças, eram orientadas sobreque especialidade procurar, qualhospital realizava o atendimentoespecífico e até conheciam formasde prevenção de algumas doenças.No exame da mama, por exemplo,as mulheres recebiam informaçõessobre como fazer o autoexame eas vantagens de realizá-lo periodicamente.Márcia Paiva, ginecologista eobstetra, reafirmou a importânciade a escola trabalhar tambémcom projetos na área de saúde:“É maravilhoso que <strong>se</strong>ja abertoespaço para es<strong>se</strong> tipo de atividade.Aqui nós realizamos o exame e, <strong>se</strong>necessário, fazemos o acompanhamentodo paciente. Tenho certezade que trabalhos como es<strong>se</strong> possibilitamque vidas <strong>se</strong>jam salvas,e o mérito, nes<strong>se</strong> caso, é todo daescola que abre suas portas”.Francisco Takahashi, mestreem Psicologia e professor universitário,realizou com os jovenstrabalhos sobre orientação vocacional.Estavam com ele duasAplicaçãode flúor eos primeiroscuidados com asaúde bucalProjeto Feira de SaúdeEscola Municipal Frei GasparEstrada Vereador Alceu de Carvalho,s/nº – Vargem Grande – Riode Janeiro/RJCEP: 22790-280Tel.: (21) 2428-1299Direção: Sônia Fonte e ElianeLordelloFotos: Marcela FigueiredoRevista <strong>Appai</strong> Educar 15


InformáticaInternet . com con sClaudia SanchesFacebook, Orkut, YouTube, Twitter... O jovem na era digital é foco de discussõesnas famílias, educadores e mídia. Todos os dias aparecem casos depedofilia, exploração de imagem de me<strong>no</strong>res e bullying, uma das formas maiscomuns de violência na Web. Mas como lidar com uma realidade tão <strong>no</strong>va ecomplexa <strong>no</strong> cotidia<strong>no</strong> escolar? A professora de Informática Ana Isabel Baracho, doCentro Educacional Espaço do Saber, em Campo Grande, encontrou uma forma dechegar até o <strong>se</strong>u público alvo com muito bom <strong>se</strong>nso e criatividade.Através do Orkut, que a professora acessa para manter contato e monitorar osgrupos, Ana, que trabalha com faixas etárias desde a Educação Infantil até o9º a<strong>no</strong>, percebeu a urgência de intervenção. Fotos dos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> com uniformeda escola, telefones de casa, dados pessoais, po<strong>se</strong>s <strong>se</strong>nsuais <strong>no</strong>s sites derelacionamento, <strong>no</strong>mes dos lugares que frequentam e confusões virtuais.Es<strong>se</strong> era o retrato das turmas. Daí nasceu a necessidade de realizar o projetoPerigos na Internet. “Eles são muito vulneráveis, não sabem as con<strong>se</strong>quênciasque essa exposição gera, e pen<strong>se</strong>i em um projeto que atingis<strong>se</strong> <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>,<strong>professores</strong> e responsáveis”, justifica.A abordagem direta despertou logo interes<strong>se</strong> dos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>,até por <strong>se</strong> tratar de um projeto de Informática, disciplinaque aborda ferramentas muito utilizadas pelos jovens.Respeitando a individualidade do adolescente, a docentecomeçou a orientar as turmas a evitar a superexposiçãona Web, e a alertar para que eles possam questionar eperceber que correm um risco. “Qualquer informaçãoou imagem postada não tem mais volta. Ela pode <strong>se</strong>rmanipulada facilmente por um hacker”, adverte.Após um bate-papo com as clas<strong>se</strong>s acerca do assunto, aprofessora apre<strong>se</strong>ntou a proposta.A partir daí as turmas foramdivididas por temas, com ba<strong>se</strong> <strong>no</strong>conteúdo programático estudado.A ideia era organizar um evento echamar pais e comunidade paraque os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> atuas<strong>se</strong>m comoQuando bem usadasas mídias sociais sãoexcelentes ferramentasde apoio <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong>aprendizagem16 Revista <strong>Appai</strong> Educar


sciênciamultiplicadores de informação. Umdos pré-requisitos para cada estudanteera levar alguém para o diada culminância, mesmo que fos<strong>se</strong>o vizinho. O 6º a<strong>no</strong>, que trabalhoucom o programa Word, produziu osconvites e ingressos para o evento.O 7º, também com o programa detextos, ficou com os panfletos ecartões de visita. Já o 8º produziu ocurta-metragem Perigos na Internetutilizando o Movie Maker. Com oPowerpoint, o 9º a<strong>no</strong> produziu umaapre<strong>se</strong>ntação de slides com o tema.O filme Perigos na Internetmostrou, da forma mais direta, ahistória de uma adolescente queconhece um rapaz que na Webanuncia a idade de 15 a<strong>no</strong>s e marcaum encontro com ele. Na verdadetrata-<strong>se</strong> de um pedófilo de 45 a<strong>no</strong>s,que a <strong>se</strong>questra. “O mundo virtualpenetra na <strong>no</strong>ssa casa. Precisamosusar a Internet com consciência”,lembra a aluna Deborah Merencia<strong>no</strong>,do 8º a<strong>no</strong>, que encar<strong>no</strong>u a mãeda menina <strong>se</strong>questrada <strong>no</strong> filme.“Começamos a ver o computadorcomo uma ótima ferramenta de trabalho,mas que pode <strong>se</strong>r utilizadapara muitos fins,para o mal comopara o bem”, clui Deborah.A diretora docolégio, ElisabeteBarros, ressaltaque a preocupação de Ana foimais que passar a disciplina.Como pedagoga, ela percebeuconcomouma educadora pode atuarna prevenção de uma tragédia: “Elafoi além da sua função de ensinara matéria. Eles não têm <strong>no</strong>ção dascon<strong>se</strong>quências e precisam des<strong>se</strong>alerta para não entrarem ‘numafria’. Os pais trabalham e achamque os filhos estão <strong>se</strong>guros dentrode casa. Por isso a palavra-chave éinformação”, afirma a diretora.Em suas aulas, Ana re<strong>se</strong>rva 15minutos de lazer para as turmas,que podem navegar e conversarem chats. Ela usa es<strong>se</strong> tempoestrategicamente para ob<strong>se</strong>rvaros adolescentes e esclarecer algumasquestões: “Um exemplo é obullying on-line. Quando há algumde<strong>se</strong>ntendimento ou um xinga ooutro, faço intervenção imediata; <strong>se</strong>uma pessoa entra<strong>no</strong> Orkut da outrapara ofender issojá <strong>se</strong> caracterizacomo um crimevirtual”. Outroobjetivo do trabalhoé esclarecerque asua disciplinanão é lazer,e o computadoré uminstrumentode pesquisa:“Peço para que eles façam um estudosobre determinado tópico e algunscopiam e colam as informaçõesde sites <strong>se</strong>m ler uma fra<strong>se</strong>. Aí mandovoltar: refaça a tarefa”, enfatiza Ana.Durante a apre<strong>se</strong>ntação dosslides os números eram alarmantes:67% das crianças brasileirasacessam sites de relacionamentostodos os dias. A maioria dos internautasnão acessa a Internet parapesquisar ou trabalhar, mas comfins de violação de privacidade ouvisualização de material impróprio.“Em alguma situação difícil nãofiquem sozinhos, falem com <strong>se</strong>us<strong>professores</strong> ou pais. Em caso deameaça procurem ajuda”, avisavao alu<strong>no</strong> Gabriel. Já Gustavo, do8º, falou sobre alguns cuidadosbásicos que muitos “navegadore<strong>se</strong>spertos” não tomam: “Nunca pas<strong>se</strong>sua <strong>se</strong>nha a ninguém, não abrae-mails de desconhecidos e nãomarque encontros com ‘amigos’que você conheceu on-line”.Centro Educacional Espaço doSaberEstr. Guandu, 908 – Campo Grande– Rio de Janeiro/RJCEP : 23097-200Tel.: (21) 2412-5203Diretora: Elisabete BarrosFotos: Marcelo ÁvilaRevista <strong>Appai</strong> Educar17


GeografiaComo explicar osconflitos <strong>no</strong><strong>no</strong>rte daÁfrica e<strong>no</strong> OrienteMédioLevantes popularesna Tunísia, <strong>no</strong>Egito, na Líbia e<strong>no</strong> Iêmen tomaramconta do <strong>no</strong>ticiáriointernacional. Saibacomo trabalhares<strong>se</strong>s fatos, queestão marcando ahistória mundialElisangela FernandesTudo começou em dezembro de 2010, na Tunísia,quando um jovem ateou fogo ao próprio corpoapós a polícia fechar sua fonte de renda, uma bancade frutas e verduras. O caso, potencializado pordenúncias de corrupção <strong>no</strong> gover<strong>no</strong>, deflagrou uma ondade levantes populares contra o de<strong>se</strong>mprego, a pobreza ea inflação galopante. Em 14 de janeiro, o presidente ZineAl-Abidine Ben Ali (<strong>no</strong> poder desde 1987) deixou o país.Com o sucesso do evento, outras manifestações eclodiramem terras do <strong>no</strong>rte da África e do Oriente Médio. No Egito, a nação maisinfluente da região, 18 dias de protestos foram suficientes para que, em11 de fevereiro, o general Hosni Mubarak (presidente <strong>no</strong> poder havia30 a<strong>no</strong>s) também deixas<strong>se</strong> o território e o cargo. Os militares, que <strong>se</strong>recusaram a lutar contra os civis, assumiram o gover<strong>no</strong> interinamentee ainda devem influenciar o processo de transição.Na Líbia, os protestos estouraram <strong>no</strong> mesmo embalo. A populaçãolocal clamava pela queda do ditador Muamar Kadafi, que mobilizoutropas militares para sufocar a ação dos rebeldes (até o fechamentodesta edição, o país vivia uma guerra civil e era alvo de ataques aéreosinternacionais).O efeito dominó, que começou na Tunísia, alcançou Egito e Líbiae impulsio<strong>no</strong>u a situação de tensão e os protestos em vários paí<strong>se</strong>s doentor<strong>no</strong> (leia o mapa na página 20), teve um componente especial. “Embaladaspor um <strong>se</strong>ntimento de igualdade, as pessoas pensavam: ‘Se foipossível em Túnis e Cairo, por que não aqui?’”, explica Marcelo de Souza,professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Conheceres<strong>se</strong>s fatos é importante, mas insuficiente: os estudantes precisam sabercomo analisar o cenário criticamente (leia o projeto didático).Projeto didático – Jornal mural: conflitos na África e <strong>no</strong> Oriente Médio Objetivos Reconhecer a ligação entre os protestos popularescontra gover<strong>no</strong>s ditatoriais que vêm ocorrendo<strong>no</strong>s últimos me<strong>se</strong>s em diversos paí<strong>se</strong>s do <strong>no</strong>rteda África e <strong>no</strong> Oriente Médio. Conhecer as características sociais e culturaisdes<strong>se</strong>s paí<strong>se</strong>s. Compreender a relevância da democracia <strong>no</strong>mundo contemporâneo. Conteúdo Conflitos <strong>no</strong> <strong>no</strong>rte da África e <strong>no</strong> Oriente Médio. A<strong>no</strong>s8° e 9°. Tempo estimadoOito aulas. FlexibilizaçãoPara estudantes com deficiência física (cadeirantes).Os espaços da escola devem <strong>se</strong>r adaptados paradar acesso aos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> cadeirantes. É importante que,assim como os colegas, este jovem tenha acessoà sala de informática para que possa realizar sua18 Revista <strong>Appai</strong> Educar


pesquisa como os demais. O jornal mural é afixadoem uma altura que <strong>se</strong>ja conveniente tanto para aleitura do alu<strong>no</strong> com deficiência física <strong>no</strong>s membrosinferiores, quanto para os demais estudantes e <strong>professores</strong>da escola. Material necessário Notícias de jornais e revistas sobre os levantesque ocorreram <strong>no</strong>s últimos me<strong>se</strong>s <strong>no</strong> <strong>no</strong>rte da Áfricae <strong>no</strong> Oriente Médio, como as publicadas em: De<strong>se</strong>nvolvimento1ª etapaQuestione os estudantes sobre o que eles sabema respeito dos conflitos que têm sido anunciados <strong>no</strong>súltimos me<strong>se</strong>s na TV, <strong>no</strong>s jornais e na internet. Quaispaí<strong>se</strong>s estão em foco? Indague por que as pessoasprotestam e quais são as possíveis motivações paratal. Liste <strong>no</strong> quadro as causas que conduzem a levantes.Proponha ao grupo analisar como as pessoas<strong>se</strong> organizam para manifestar o descontentamento eexigir mudanças. Convide a moçada a produzir umjornal mural para <strong>se</strong>r afixado <strong>no</strong>s corredores da escolasobre os conflitos estudados, a fim de informar à comunidadeescolar de forma breve o que está ocorrendoe explicar os motivos com uma linguagem acessível.2ª etapaApre<strong>se</strong>nte as <strong>no</strong>tícias de jornal reunidas por vocêantecipadamente. Distribua o material para <strong>se</strong>r lido pelaturma e questione por que as populações citadas estãoprotestando. Escreva as respostas <strong>no</strong> quadro. Como liçãode casa, os estudantes devem pesquisar na internet, emportais de <strong>no</strong>tícias, respostas mais embasadas e completaspara o questionamento. Peça também que, durante apesquisa, procurem identificar a visão dos árabes sobreas manifestações e os protestos, e a opinião de outrospaí<strong>se</strong>s do mundo sobre os mesmos.3ª etapaPeça aos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> que contem o que descobriram napesquisa feita em casa. Quais as diferenças e <strong>se</strong>melhança<strong>se</strong>ntre os conflitos na Líbia, na Tunísia, na Argélia,<strong>no</strong> Sudão e <strong>no</strong> Egito, por exemplo? Quais eram asreivindicações populares em cada situação? A garotadaprovavelmente leu que os movimentos, em sua maioria,têm como exigência o fim de ditaduras vitalícias e dacorrupção. Es<strong>se</strong>s aspectos são os mais evidenciadospela mídia, mas é importante abrir o leque, mostrandodados econômicos, questões de empobrecimento dapopulação, taxa de de<strong>se</strong>mprego, importância estratégicades<strong>se</strong>s paí<strong>se</strong>s na produção de petróleo e ligaçõe<strong>se</strong>ntre os gover<strong>no</strong>s ditatoriais e potências internacionais.Estimule a moçada a <strong>no</strong>tar que as manifestações <strong>se</strong>multiplicam por vários paí<strong>se</strong>s do <strong>no</strong>rte da África, masque cada uma <strong>se</strong> dá de forma diferente e em temposdiferentes, comparando o caso do Sudão com o doEgito. Chame atenção para a reação dos gover<strong>no</strong>s,característica que também varia. Alguns reprimem eoutros, como o da Jordânia, prometem reformas.“Fernando Gabeira comenta as manifestações <strong>no</strong>mundo árabe”,“Manifestações pró-democracia <strong>se</strong> espalham pelomundo árabe”,“Onda de rebeliões <strong>no</strong> <strong>no</strong>rte da África e <strong>no</strong> Oriente Médio”,“Obama autorizou envio de agentes da CIA à Líbiapara ajudar rebeldes, afirma agência” Mapa político que apre<strong>se</strong>nte essas regiões, computadorcom acesso à internet e impressora.4ª etapaSolicite que os estudantes, individualmente, elaboremum texto argumentativo reconhecendo que oslevantes em questão ocorrem de modos diferentes emcada país e que há a radicalização em alguns. Paradisparar a atividade, uma estratégia interessante équestionar <strong>se</strong> <strong>no</strong> Egito as manifestações foram provocadaspor um regime fundamentalista ou por umaditadura teocrática.5ª etapaRecolha os textos, avalie o que a turma compreendeuaté o momento e proponha uma discussão arespeito das informações frágeis ou equivocadas.Amplie a conversa e questione <strong>se</strong> es<strong>se</strong>s manifestantes<strong>se</strong>mpre clamam por democracia e protestam contraa corrupção, que marcam os movimentos.6ª etapaOrganize os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> em grupos e instrua-os a listaros assuntos a <strong>se</strong>rem abordados <strong>no</strong> jornal mural efazer um breve resumo sobre eles, ou <strong>se</strong>ja, a pauta.Peça também que sugiram os possíveis entrevistados,como <strong>professores</strong> de Geografia e História, epesqui<strong>se</strong>m na internet ilustrações para as <strong>no</strong>tícias,incluindo mapas. Outra tarefa: decidir o <strong>no</strong>me, onúmero de páginas da publicação e o cro<strong>no</strong>gramapara a realização.7ª etapaFinalizados os textos e escolhidas as imagens, encaminhepara a revisão do material e a diagramação.Combine com a garotada e com a direção da escolaos melhores pontos para afixar o material.Produto finalJornal mural sobre conflitos na África e <strong>no</strong> OrienteMédio.AvaliaçãoAnali<strong>se</strong> <strong>se</strong> a turma compreendeu com clareza osaspectos determinantes dos levantes em cada país.Avalie também a consistência das <strong>no</strong>tícias publicadas<strong>no</strong> jornal mural.Consultoria Sueli FurlanProfessora da Universidade de São Paulo (USP) e <strong>se</strong>lecionadorado Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10Revista <strong>Appai</strong> Educar 19


Encaminhe análi<strong>se</strong>s cartográficassobre os três paí<strong>se</strong>s de maisdestaque. U<strong>se</strong> mapas políticos,econômicos, de recursos naturai<strong>se</strong> relacione-os a questões históricas.O petróleo, por exemplo,só passou a ter importância <strong>no</strong>cenário mundial com o advento daindústria moderna. Depois, ajudea turma a concluir que há váriassimilaridades entre essas nações ea vizinhança, e que elas ajudarampara que a situação chegas<strong>se</strong> aes<strong>se</strong> ponto. Eco<strong>no</strong>mia. A riqueza geradacom o petróleo não resulta emmelhores condições de vida e distribuiçãode renda, e o de<strong>se</strong>mprego,em alta, impulsiona as taxasde imigração para a Europa. Idioma. A predominância doárabe facilita a troca de informaçãoentre as populações e isso proporcionacerta do<strong>se</strong> de reconhecimentoentre os povos. Educação. O crescente acessoà universidade e informaçãofornecida pela internet levama juventude a clamar por maisoportunidades de trabalho e maiorliberdade política. Passado colonial. A regiãosofreu com o domínio do ImpérioOtoma<strong>no</strong> (entre 1453 e 1922), acolonização de france<strong>se</strong>s e ingle<strong>se</strong>sapós a Primeira Guerra Mundial e ainfluência <strong>no</strong>rte-americana depoisda Segunda Guerra Mundial.Marcos Silva, docente da Universidadede São Paulo (USP),chama a atenção para a chancede es<strong>se</strong>s levantes não <strong>se</strong>rem genuinamentepopulares. Há a desconfiançade que eles podem tersido orquestrados por grupos interessado<strong>se</strong>m tomar o poder (masainda não é possível identificá-los).“No entanto, é inegável que asmobilizações têm um forte apoiodas populações”, ele enfatiza.Território em ebuliçãoNa vizinhança do epicentro dos levantes (paí<strong>se</strong>s em laranja), as nações que têm motivos para viver diasconturbados (paí<strong>se</strong>s em verde). Confira abaixo as características dos paí<strong>se</strong>s e as reivindicações populares.Marrocos: Reformas democrática<strong>se</strong> imposiçãode limites aos poderes dorei Mohammed VIMauritânia: Jovens pedemempregos, queda dos preçosde produtos básicos e o fim daditadura militarMARROCOSArgélia: Fim das altastaxas de de<strong>se</strong>mprego eda dificuldade para obtervisto de saída do paísTUNÍSIAJordânia: Empregos. Paraconter as manifestações, orei Abdullah II <strong>no</strong>meou<strong>no</strong>vo primeiro-ministroKuwait: Queda dos índicesde de<strong>se</strong>mprego, acesso àeducação e à saúde e a renúnciado primeiro-ministroJORDÂNIAArábia Saudita:Distribuição da riquezagerada pelopetróleo. Há promessasde mais recursospara habitaçãoBahrein: Reformas política<strong>se</strong> igualdade de direitosdos xiitas em relação à elitepolítica do país, sunitaARGÉLIALÍBIAEGITOKUWAITBAHREINLÍBIAMAURITÂNIATunísiaIdioma: árabePopulação: 10,3 milhõesPIB: US$ 39,5 bilhõesIDH: 0,683Eco<strong>no</strong>mia: turismo, agricultura,mineração e produçãode eletricidadeRegime político: repúblicapresidencialistaReligião: maioria islâmicaLíbiaIdioma: árabePopulação: 6,5milhõesPIB: US$ 58,7bilhõesIDH: 0,755Eco<strong>no</strong>mia: petróleoRegime político:ditadura militarReligião: maioriaislâmicaEgitoIdioma: árabePopulação: 84,4 milhõesPIB: US$ 187,9 bilhõesIDH: 0,620Eco<strong>no</strong>mia: petróleo, turismoe o pedágio cobrado<strong>no</strong> Canal de SuezRegime político: repúblicapresidencialistaReligião: maioria islâmicaDjibuti: A saídado presidenteIsmail Guelleh,cuja família está<strong>no</strong> poder há maisde 3 décadasDJIBUTIIÊMENOMÃOmã: Mais democracia e a saídado sultão Said bin Taimur, queestá <strong>no</strong> poder desde 1970Iêmen: Fim da corrupção, dode<strong>se</strong>mprego e da administraçãode 32 a<strong>no</strong>s de Ali Abdullah Saleh20 Revista <strong>Appai</strong> Educar


Conflitos <strong>no</strong> Egito fizeram a região ganhar destaqueEm vários pontos do país, o povo <strong>se</strong> organizou para protestar contra o gover<strong>no</strong>. Houve embatescom a polícia, mas os militares <strong>se</strong> recusaram a conter o movimento.AlexandriaMansouraMinyaRio NiloAssiutCairoEGITOAswanAl-ArishCanal deSuezPenínsulado SinaiVários pontos do territórioforam focos de manifestaçõescontra o gover<strong>no</strong>. O maiorsímbolo de resistência aMubarak foi a praça Tahrir,<strong>no</strong> Cairo, onde milhares depessoas <strong>se</strong> reuniram. Atéentão, dado o histórico deautoritarismo e repressão, olocal era usado apenas paraa circulação de pessoas. Mas,durante os protestos, passoua funcionar como um espaçopúblico para a troca de ideia<strong>se</strong> a tomada de decisões.O que a turma perguntaOs protestos têm comoobjetivo tornar ospaí<strong>se</strong>s em questão maisdemocráticos?Não necessariamente. Expliqueaos estudantes não <strong>se</strong>r possívelafirmar que essas populaçõesclamem pela implementaçãoda democracia <strong>no</strong>s moldesocidentais. Segundo Marcelo deSouza, da UFRJ, outras formasde organização política, comoum gover<strong>no</strong> democrático, mascom participação significativados militares, atendem às demandaslocais. É válido proporque os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> reflitam sobre ofato de que viver em uma naçãodemocrática nem <strong>se</strong>mpre é, naprática, sinônimo de garantiade direitos civis, distribuiçãode renda e oferta de emprego– demandas dos levantes estudados.Locais das manifestações populares O futuro do Egito e da Líbiainfluencia outros paí<strong>se</strong>sPor ter grande peso político eeconômico, estar localizado estrategicamentee <strong>se</strong>r o país maispopuloso das redondezas, o Egitoé considerado uma potência local(veja o mapa acima). Por isso, especialistasavaliam que <strong>se</strong>u futuropode influenciar o comportamentode outros povos que enfrentamcenários <strong>se</strong>melhantes atualmente.Depois da queda de Mubarak, porexemplo, foi permitido que um naviode guerra irania<strong>no</strong> atravessas<strong>se</strong> oCanal de Suez – algo impensável comMubarak <strong>no</strong> poder. Simbolicamente,isso pode indicar que o país vai adotarposturas me<strong>no</strong>s pró-Ocidente,como fazia até então. Entretanto,Souza, da UFRJ, aponta que tambémé possível que o Egito adote uma pos-tura mais próxima da Turquia, ondehá eleições e garantia de direitos civi<strong>se</strong>, ao mesmo tempo, a manutençãoda influência política dos militares.Isso pode diminuir a tensão na regiãoe minar <strong>no</strong>vos conflitos.Se Kadafi for derrotado, aumentamas possibilidades de o efeitodominó atingir outras nações comregimes autoritários, como a Jordânia,que enfrenta altos índices dede<strong>se</strong>mprego, e a Síria, que vive sobuma ditadura militar desde 1970.Ao tratar des<strong>se</strong>s cenários futuros,explicite que eles não são mera<strong>se</strong>speculações. Os estudiosos levamem conta as similaridades entre ospaí<strong>se</strong>s e as conjunturas. E é isso oque os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> também têm de fazerao estudar conflitos.Matéria extraída da revista NovaEscola, nº 241 - abril de 2011Revista <strong>Appai</strong> Educar 21


Orientação EducacionalBrincadeiraouintimidação?Comportamentosagressivos na<strong>se</strong>scolas chamama atenção dasfamílias e da<strong>sociedade</strong> para aspráticas da<strong>no</strong>sasdo bullyingAntônia LúciaQuando Paulo (<strong>no</strong>me fictício) era apenas ummeni<strong>no</strong>, a palavra bullying ainda estava longede <strong>se</strong>r uma das mais comentadas nas mídias,nas reuniões escolares, <strong>no</strong>s lares, nas rodas deconversas informais e <strong>no</strong>s meios políticos e sociais. Não quees<strong>se</strong> substantivo masculi<strong>no</strong>, de origem inglesa, e o <strong>se</strong>u significadofos<strong>se</strong>m completamente desconhecidos do vocabulárioportuguês brasileiro. Entretanto, as atitudes repetidas, umadas características da intimidação, não eram recebidas ouentendidas como algo traumático com desdobramentos quelevas<strong>se</strong>m a criança ou o adolescente a tornar-<strong>se</strong> um adultocom problemas de autoestima ou de relacionamentos.22 Revista <strong>Appai</strong> Educar


“Eu lembro que, quando chegueina 5ª série, antigo ginásio,com apenas 11 a<strong>no</strong>s, eu era o mais<strong>no</strong>vo da sala e os outros meni<strong>no</strong>stinham entre 13 e 14 a<strong>no</strong>s. Por<strong>se</strong>r o me<strong>no</strong>r, acabava <strong>se</strong>ndo alvode repetidas brincadeiras, como,por exemplo, <strong>se</strong>r impedido deembarcar <strong>no</strong> transporte na horada saída. Sempre que meu ônibusparava <strong>no</strong> ponto, eles <strong>se</strong>guravam aminha mochila e não me deixavamsubir. Com isso, eu qua<strong>se</strong> <strong>se</strong>mpreperdia a condução e tinha queficar mais um tempo à espera dapróxima. Como eu não tinha comoenfrentá-los, às vezes ia para umoutro ponto de embarque”, relembraPaulo, hoje aos 40 a<strong>no</strong>s,garantindo que, nem por isso,tor<strong>no</strong>u-<strong>se</strong> um adulto violento outraumatizado por essa situação.De acordo com a Psicóloga edoutora em Psicologia pela Universidadede São Paulo (USP) LilianGrazia<strong>no</strong>, o indivíduo que tem apercepção mais acurada de suas“forças pessoais” e das qualidade<strong>se</strong> virtudes dos colegas, conhecendoe respeitando as diferençasinevitáveis, tem me<strong>no</strong>s chance depraticar bullying, informa a psicóloga.E maior predisposição parade<strong>se</strong>nvolver a chamada resiliência,<strong>se</strong>ntimento que faz o sujeito resistircom maior equilíbrio a eventuaisassédios, aprendendo com o fato,mantendo suas emoções positiva<strong>se</strong> contribuindo para um desfecho<strong>se</strong>m traumas da situação. “A resiliênciaajuda a vítima de bullyinga entender, por exemplo, que oO livro ManualAntibullying, doPsiquiatra GustavoTeixeira, oferece formasde tratar um problemacada vez mais discutido<strong>no</strong> Brasilato cometido tem mais a ver comuma limitação do agressor do quecom algo negativo de sua própriapersonalidade”, detalha a diretorado Instituto de Psicologia Positivae Comportamento.Com estudos bastante recentes<strong>no</strong> Brasil, datados da década de1990, o bullying praticado nas escolas(School place bullying) e <strong>se</strong>u<strong>se</strong>feitos têm sido alvo de pesquisasrealizadas por instituições com amissão de resguardar os direitosdas crianças e dos adolescentes,como a Associação Brasileira Multiprofissionalde Proteção à Infânciae à Adolescência (Abrapia), umadas primeiras a discriminar ostipos de bullying; locais de maiorfrequência; reação dos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>-alvoou agressores; <strong>se</strong>ntimentos emrelação à situação; a população--alvo; sua faixa etária e <strong>se</strong>xo.Segundo os resultados da pesquisa,realizada entre <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> de9 escolas da rede pública e duasparticulares, 50,5% dos autores debullying são do <strong>se</strong>xo masculi<strong>no</strong>. “Noa<strong>no</strong> passado eu qua<strong>se</strong> perdi o a<strong>no</strong>letivo por faltas. Eu não tinha maisvontade de ir à escola porque algunsmeni<strong>no</strong>s da minha sala ficavam mezoando, por eu <strong>se</strong>r muito magra.Todo dia eles inventavam umapelido, faziam musiquinha...erahorrível”, desabafa a menina, de13 a<strong>no</strong>s, aluna de uma escola doRio de Janeiro, que prefere não <strong>se</strong>identificar.Como <strong>no</strong> Brasil ainda não háuma lei federal antibullying, cujasações <strong>se</strong>jam detalhadas na Lei deDiretrizes e Ba<strong>se</strong>s da Educação,alguns estados e municípios <strong>se</strong>anteciparam e criaram <strong>se</strong>us projetosde lei. No a<strong>no</strong> passado, o RioGrande do Sul sancio<strong>no</strong>u uma leique não prevê punições aos estudantes,apenas ações educacionais.A determinação abrange as escola<strong>se</strong>staduais e privadas de ensi<strong>no</strong>básico e de educação infantil. Jáo maior centro financeiro do Brasiladotou, desde 2009, a lei quedetermina que as escolas públicasda educação básica do municípiodeverão incluir em <strong>se</strong>u projeto pedagógicomedidas de conscientiza-EstudoBullyingEscolar <strong>no</strong>Brasil 2010Fonte: Conduzido pela ONG PlanA pesquisa realizada com<strong>alu<strong>no</strong>s</strong> do Ensi<strong>no</strong> Funda-mental de escolas pública<strong>se</strong> privadas das federaçõesbrasileiras mostra que...10% 17% 20%já foramalvos de bullyingjá foramper<strong>se</strong>guidos peloscolegas na Internetpre<strong>se</strong>nciamato de violência comfrequênciaRevista <strong>Appai</strong> Educar 23


formadores de opinião dizrespeito à banalização dotema. Atualmente, fala--<strong>se</strong> muito em bullying, equa<strong>se</strong> toda violência queacontece dentro da escolaé classificada como tal.Então como identificarquando realmente <strong>se</strong> tratadessa prática? Segundo opsiquiatra Gustavo Teixeira,especialista em infânciae adolescência, autorde vários livros, entre eleso Manual Antibullying,o praticado na escola édefinido, principalmente,pela frequência com que aviolência física, verbal oumoral atinge uma criançaou adolescente.Em São Paulo a direçãoda Escola Estadual Prof.Daniel Vera<strong>no</strong>, de Votorantim,expulsou 11 <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> comomedida punitiva pela prática debullying contra <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> de séries eidades inferiores às dos agressores.De acordo com informaçõesdos pais, e não confirmada peladireção da escola, a violênciacontra as vítimas teria ocorrido<strong>no</strong> horário do recreio. Meni<strong>no</strong><strong>se</strong> meninas foramagredidos a soco<strong>se</strong> pontapés. Aindade acordo com o paide uma das vítimas,uma professora quetentou interferir foiagredida com umapedrada. Premeditadamenteosagressores teriamcombinado a açãopela Internet. Parao autor do ManualAntibullying, GustavoTeixeira, estudarO assunto nãopode <strong>se</strong>r tratadocomo umepisódio; osconceitos devem<strong>se</strong>r aplicadosdiariamentee conhecer o bullying são fatore<strong>se</strong>s<strong>se</strong>nciais para uma intervençãoeficaz, mas, <strong>se</strong>gundo o psiquiatra,para que um programa de prevençãodê certo é preciso que hajacontinuidade.“Atualmente são comuns na<strong>se</strong>scolas as palestras únicas, apósa descoberta de um caso debullying, mas issonão adianta nada,afirma Gustavo,esclarecendo queo assunto não pode<strong>se</strong>r tratado comoum episódio; osconceitos devem<strong>se</strong>r aplicados diariamente.“<strong>Pais</strong> eeducadores precisam<strong>se</strong>r capacitadosde acordo comas estratégias, acomeçar pelo quechamamos de psicoeducação,que consisteem informar sobre obullying, o que é, o queprovoca, quais as causa<strong>se</strong> con<strong>se</strong>quências e o quede ruim pode acontecer.Depois, a coordenação daescola e os educadoresdevem <strong>se</strong> dedicar a falarsobre o assunto, já que <strong>se</strong>trata de algo que afeta avida de todos e, por isso,não pode <strong>se</strong>r deixado delado”, adverte.Num cenário muito poucomapeado, o fê<strong>no</strong>me<strong>no</strong>bullying tem ganho proporções,<strong>se</strong> não alarmantes, <strong>no</strong>mínimo preocupantes. Osatores envolvidos nessa pinturade gênero covarde assumempapeis que diferemparcial ou integralmente.Para a especialista americanaMarlene Snyder, quem pratica obullying tende a <strong>se</strong>r estigmatizado.Mas a pergunta que inquieta aos pai<strong>se</strong> educadores é como <strong>se</strong> deve tratara questão corretamente?“Em <strong>no</strong>sso programa de <strong>combate</strong>ao bullying não rotulamosninguém. Isso porque existem oitodiferentes papéis que uma pessoapode de<strong>se</strong>mpenhar durante umasituação de bullying. Existe quempratica, quem <strong>se</strong> mantém passivo,quem incentiva ações negativas,mas não participa delas, e assimpor diante. Por isso, em cada contexto,uma pessoa pode assumirum papel distinto. A solução é trabalharcom cada situação particulare analisar <strong>se</strong> existe um padrão deconduta que <strong>se</strong> repete. A partir daí,de<strong>se</strong>nvolvemos atividades que possamreverter es<strong>se</strong> comportamento.Mas trabalhamos com es<strong>se</strong> alu<strong>no</strong>dentro da escola. Ao contrário doque muitos pensam, expulsá-lo éRevista <strong>Appai</strong> Educar 25


contraproducente. Se o repelimos,para onde ele vai? Ele vai para arua e aprende coisas ainda piores.Então, trabalhamos muito próximosa ele, oferecendo subsídios e possibilitandomudanças.De acordo com o Estudo BullyingEscolar <strong>no</strong> Brasil 2010, conduzidopela ONG Plan, o levantamentofeito com <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> do Ensi<strong>no</strong> Fundamentalde escolas públicas eprivadas das federações brasileirasmostra que 17% já foram per<strong>se</strong>guidospelos colegas na Internet,20% pre<strong>se</strong>nciam ato de violênciacom frequência e 10% já foramalvos de bullying. Em relação àescola, 28% declararam ter sofridomaus-tratos <strong>no</strong> ambiente escolar;58% das escolas não acionam nemos pais das vítimas nem tampoucodos agressores e 80% das escolasnão p<strong>unem</strong> <strong>se</strong>us agressores.Escolas e órgãos ligados à proteçãode crianças e adolescentestêm buscado meios para informaraos pais, <strong>professores</strong> e <strong>sociedade</strong>,ajudando-os a identificar sinais deviolência contra os estudantes, <strong>se</strong>jaela física ou psicológica, evidenciandoas muitas formas de bullying.Com intuito de fortalecer a ideiada construção de uma atmosferade paz e solidariedade <strong>no</strong> interiordas escolas, a equipe pedagógicado Colégio Estadual GuilhermeBriggs (Ceguib), em Niterói, realizouo projeto Semana da Famíliana Escola. Profissionais de váriasáreas discutiram temas do cotidia<strong>no</strong>escolar de interes<strong>se</strong> dos pais eresponsáveis, atores importantespara a <strong>se</strong>nsibilização e conscientizaçãode <strong>se</strong>us filhos.De acordo com Alcinea SouzaRodrigues da Silva, diretora--geral, a tônica de sua gestão ede sua equipe é abrir um diálogona comunidade escolar com aparticipação da família, processode<strong>se</strong>ncadeado há alguns a<strong>no</strong>s.“Para sair do lugar da autodepredação,da autodesvalorização,e <strong>se</strong>dimentando os alicerces daautoestima, a escola precisa buscarparcerias com os pais, especialista<strong>se</strong> até ex-<strong>alu<strong>no</strong>s</strong>, para de<strong>se</strong>ncadearum processo reflexivo geradorde transformações efetivas. Talintencionalidade é traduzida peloslogan da escola: ‘Educar paratransformar’”, garante Alcinea.CyberbullyingUma das formas de agressão, ocyberbullying , ou agressão virtual,tem sido uma ferramenta cada vezmais explorada pelo rápido e forteimpacto causado às suas vítimas.Dis<strong>se</strong>minados nas redes sociais,os comentários depreciativos <strong>se</strong>espalham entre os diversos grupos,como num pas<strong>se</strong> de mágica,ganhando força, visibilidade eespaços nas rodas de bate-papo.Muitos estudantes têm usadoes<strong>se</strong> apetrecho virtual para ridicularizare humilhar <strong>se</strong>us <strong>professores</strong>,demonstrando, através dessa e outrasatitudes, não ter o mínimo derespeito a es<strong>se</strong>s profissionias.Os insultos, qua<strong>se</strong> <strong>se</strong>mpre,têm como justificativas, <strong>se</strong>é que <strong>se</strong> pode assim <strong>no</strong>mear,a discordância doagressor em <strong>se</strong>r chamadoatenção em sala deaula, ou simplesmentepelo fato de não concordarcom os resultadosfinais das provas etestes.Em <strong>se</strong>u artigo,Cyberbullying sobreos <strong>professores</strong>: umarealidade escondida,J. A. Pinto de Mattosafirma que os agressores des<strong>se</strong>tipo de bullying <strong>se</strong>ntem-<strong>se</strong> livre<strong>se</strong> impunes. “O cyberbullying, vitimando<strong>professores</strong>, encontra umforte aliado <strong>no</strong> “silêncio” a que <strong>se</strong>recolhem as vítimas, por medo<strong>se</strong> intimidações diversas, e por <strong>se</strong><strong>se</strong>ntirem pes soal e profissionalmentediminuídos e indefesos.Neste contexto, os agressores<strong>se</strong>ntem-<strong>se</strong> impunes e livres paracontinuar a agredir os <strong>se</strong>us <strong>professores</strong>quando bem entenderem,provocando, em alguns casos,depressões profundas”.Em casos mais graves há relatosde crianças que entraram emdepressão e até pensaram em26 Revista <strong>Appai</strong> Educar


suicídio, como dis<strong>se</strong> em entrevistao adolescente australia<strong>no</strong> Ca<strong>se</strong>yHoynes, que virou <strong>no</strong>tícia mundialdepois de ter reagido violentamenteàs agressões físicas e psicológicasimpostas constantemente por <strong>se</strong>usalgozes, por <strong>se</strong>r obeso.Ca<strong>se</strong>i contaque depois dofato passou devítima a herói.Papel dos <strong>Pais</strong>De acordo com o psiquiatra Gus-tavo Teixeira, primeiramente os paisdevem conhecer o problema, saber oque é, entender que é uma forma deviolência grave e que <strong>se</strong>us filhos podemestar <strong>se</strong>ndo afetados tanto comovítimas quanto como agressores.► Os pais devem manter uma relação saudável de conversacom <strong>se</strong>us filhos.► Tentar identificar o comportamento do filho – vítimaou agressor.► Procurar a ajuda da escola.► Conversarem sobre o problema, mantendo umarelação próxima e saudável.Sinais que podemajudar os pais aperceberem <strong>se</strong> <strong>se</strong>ufilho é uma vítima► Roupas e material rasgadosna volta ao colégio.► Medo ou resistência emir à escola.► Ansiedade <strong>no</strong> momento que antecede a ida à escolaou a saída.► Pouco ou nenhum amigo; tendência ao isolamento.► Dificuldade para fazer amizade ou <strong>se</strong>r convidadopara aniversários e festinhas.► Queda <strong>no</strong> rendimento escolar.Revista <strong>Appai</strong> Educar27


Agenda<strong>Appai</strong>Tel.: (21) 3983-3200Contatoe-mail: treinamento@appai.org.brSítio <strong>Appai</strong>: www.appai.org.brJunho1 – Piaget e Vygotsky: Confrontos, Conflitos,Diálogos e muitas ContribuiçõesData: 02/06/2011 – quinta-feiraHorário: 8h30 às 12h30Objetivo: veja <strong>no</strong> sítio da <strong>Appai</strong>Tipo de evento: PalestraPalestrante: Hebe Goldfeld2 – Autismo: Dúvidas, Intervenção,InclusãoData: 04/06/2011 – sábadoHorário: 8h30 às 12h30Objetivo: veja <strong>no</strong> sítio da <strong>Appai</strong>Tipo de evento: PalestraPalestrante: Valéria Mendonça3 – Saúde na Escola: Vulnerabilidades naAdolescência x Gravidez PrecoceData: 07/06/2011 – terça-feiraHorário: 13 às 17hObjetivo: veja <strong>no</strong> sítio da <strong>Appai</strong>Tipo de evento: PalestraPalestrante: Dinah Oliveira Santos4 – Alu<strong>no</strong>s Superdotados: Como Atendê-los?Data: 08/06/2011 – quarta-feiraHorário: 8h30 às 12h30Objetivo: veja <strong>no</strong> sítio da <strong>Appai</strong>Tipo de evento: PalestraPalestrante: Doutora em Educação Especial(superdotação)5 – Educação InclusivaData: 09/06/2011 – quinta-feiraHorário: 8h30 às 12h30Objetivo: veja <strong>no</strong> sítio da <strong>Appai</strong>Tipo de evento: PalestraPalestrante: Luciene Naif6 – Potencialização Cognitiva: Instrumentode Aprendizagem SignificativaData: 11/06/2011 – sábadoHorário: 8h30 às 12h30Objetivo: veja <strong>no</strong> sítio da <strong>Appai</strong>Tipo de evento: PalestraPalestrante: Gleice Albuquerque7 – Educação: História, Contextos eConstruçõesData: 14/06/2011 – terça-feiraHorário: 8h30 às 12h30Objetivo: veja <strong>no</strong> sítio da <strong>Appai</strong>Tipo de evento: PalestraPalestrante: Gianine Maria Pierro8 – Moralidade e Atualidade – Repercussõesna Educação: Moscas sobre a MoralData: 15/06/2011 – quarta-feiraHorário: 8h30 às 12h30Objetivo: veja <strong>no</strong> sítio da <strong>Appai</strong>Tipo de evento: PalestraPalestrante: Samanta Obadia9 – O Espaço do Brincar como Espaçode Aprendizagem: Compromissos daFamília e da EscolaData: 16/06/2011 – quinta-feiraHorário: 8h30 às 12h30Objetivo: veja <strong>no</strong> sítio da <strong>Appai</strong>Tipo de evento: PalestraPalestrante: Marcia Regina F. RibeiroAcademia Niteroien<strong>se</strong> de LetrasRua Visconde do Uruguai, 456 –Centro – Niterói/RJJulhoData: 7 de julhoÀs 15 horas – A Escravidão em Niterói.Às 16 horas – Campanha Abolicionista emNiterói.Data: 14 de julhoÀs 15 horas – Abolição da Escravatura.Às 16 horas – A Guarda Negra.Data: 21 de julhoÀs 15 horas – A discriminação.Às 16 horas – A lei contra a discriminação.Data: 28 de julhoÀs 15 horas – O legado da cultura de matrizafricana <strong>no</strong> Brasil.Às 16 horas – As relações diplomáticas entreo Brasil e paí<strong>se</strong>s africa<strong>no</strong>s.AgostoData: 4 de agostoÀs 15 horas – O colonialismo.Às 16 horas – Rebeliões muçulmanas.Data: 11 de agostoÀs 15 horas – Copa do Mundo na África.Às 16 horas – O que é lusofonia.Data: 18 de agostoÀs 15 horas – Onde Niterói é mais africa<strong>no</strong>.Às 16 horas – Livre manifestação dos inscritos<strong>no</strong> curso a propósito da Cultura Brasileira deMatriz Africana.Data: 25 de agostoÀs 15 horas – Solenidade de encerramentodo curso.Às 16 horas – Entrega de certificado aos concluintesdo curso.Investimento: R$ 100,00 em duas vezes.OBS.: O certificado do curso <strong>se</strong>rá expedido, empapel timbrado, pela Academia Niteroien<strong>se</strong>de Letras. Apostilas sob a responsabilidadedo Dr. Gilberto da Cunha Lopes.Estação das LetrasTel.: (21) 3237-3947Processos CriativosObjetivo: O curso é oferecido em módulosindependentes e complementares. O propósitoé familiarizar o alu<strong>no</strong> com as diversastécnicas da escrita, tendo <strong>se</strong>u foco voltadopara o processo criativo e ficcional. Cadaum dos cursos tem duração de quatro aulas(12 horas).Programa:As matérias que abrangem o curso de ProcessosCriativos acompanham a <strong>se</strong>guinteordenação:O Conto e suas técnicas – De: 07/05 a 28/05A Crônica e <strong>se</strong>us processos – De: 02/07 a23/07A Poesia e suas técnicas – De: 06/08 a 27/08Caminhos da biografia – De: 03/09 a 24/09Escrevendo para crianças – De: 01/10 a 22/10Autoficção: escrita e memória pessoal – De:06/11 a 26/11Período e horários: Sábados, de 10 às 13horas.Sinpro-RioTel.: (21) 3262-3400Minicursos1 – Entendendo e Praticando a Construçãoda Leitura e da EscritaLocal: Colégio Pedro II – Unidade Realengo –Rua Bernardo de Vasconcelos, 941.Dia e horário: Sábado, 18 de junho, das 8às 14 horasPalestrantes: Mariângela Stampa e NathaliaCarvalho CastellaniPúblico-alvo: <strong>professores</strong> de Educação Infantile Ensi<strong>no</strong> FundamentalConteúdo: Como o cérebro aprende? Princípiosda leitura e da escrita. Conceituando consciênciafo<strong>no</strong>lógica e suas habilidades. Práticasna sala de aula. Apre<strong>se</strong>ntação de casos.Cursos e Oficinas2 – Impas<strong>se</strong>s na Educação, Con<strong>se</strong>quênciasna Relação Professor-Alu<strong>no</strong>Dias e Horários: quartas-feiras, 1, 8, 15,22 e 29 de junho – das 18h30 às 20h30Palestrantes: Ana Maria Ferreira da Silva,Simone de Avólio Espíndola, Cleide Rodriguesda Silva Maschietto e Flávia de Oliveira FriedlPúblico-alvo: profissionais de Educação eáreas afinsObjetivo: Promover a reflexão acerca da experiênciada Educação. Extrair con<strong>se</strong>quênciasdos conflitos e angústias pre<strong>se</strong>ntes na sala deaula. Orientar <strong>no</strong> manejo das demandas sobreo que é possível transmitir para além doconteúdo programático. Apontar caminhosque propiciem a inclusão pelas diferenças.Senac – RJTel.: (21) 4002-20021 – PsicomotricidadeCurso Livre Ensi<strong>no</strong>Carga horária: 40 horasObjetivos: Planejar e aplicar em atividadesque favoreçam o de<strong>se</strong>nvolvimento motore das percepções <strong>se</strong>nsoriais, cinestésicas,quinestésicas, psicomotoras e afetivas <strong>no</strong>trabalho com as crianças. Avaliar as atividadespedagógicas e <strong>se</strong>us impactos parao de<strong>se</strong>nvolvimento psicomotor da criança.2 – Práticas Pedagógicas <strong>no</strong> Atendimentoa Pessoas com Necessidades EspeciaisCurso Livre Ensi<strong>no</strong>Carga horária: 60 horasPerfil do profissional: Colaborar <strong>no</strong> planejamentoe nas adaptações curricularespara inclusão de práticas pedagógicas queatendam a pessoas com necessidade<strong>se</strong>speciais. Planejar atividades pedagógicasque atendam às diversidades de necessidade<strong>se</strong>xistentes e às variações de inclusão.Executar e avaliar atividades pedagógicaspara o atendimento das diversas necessidade<strong>se</strong>speciais, minimizando dificuldadesde aprendizagem e promovendo a inclusãodestes estudantes <strong>no</strong> grupo.A Vez do MestreTels.: (21) 2531-1382 / 2531-00371 – Educação inclusivaObjetivos do Curso: Curso dirigido para aárea educacional muito específica e <strong>se</strong>mpre<strong>se</strong>quiosa de <strong>no</strong>vos conhecimentos. O alu<strong>no</strong>especial <strong>se</strong>rá estudado em suas característicaspeculiares, e o curso <strong>se</strong>rá voltado para oatendimento de suas necessidades básicas.Revista <strong>Appai</strong> Educar 31


InterdisciplinaridadeNas ondasda rádio escola“Entra <strong>no</strong> ar a Rádio Escola Maralegre. A rádioque educa com o coração.”LOC1: Bom dia!“As <strong>no</strong>tícias estão <strong>no</strong> Ar”LOC2: E esta edição foi preparada paraouvintes especiais!!!LOC1: Para vocês, amigos ouvintes!LOC2: Vocês devem estar curiosos, não é?ÁUDIO: Cuco – (nº 3)LOC1: É hora de contar a história da RÁDIOESCOLA MARALEGRE.Sandra MartinsCom este slogan, os peque<strong>no</strong>s radialistasderam início à transmissão radiofônicaespecialmente preparada para a reinauguraçãoda Rádio Escola Maralegre, <strong>no</strong> bairrode Piratininga. Para contar a história da instalaçãoda “emissora”, um grupo de <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> do 5º a<strong>no</strong>, sob aorientação das professoras Patrícia e Janete Villari<strong>no</strong>,usou a magia da música e a dança como parte danarrativa. Já o 4º a<strong>no</strong> contou com as orientaçõesde um músico (rapper) para <strong>no</strong>rtear os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong><strong>no</strong> estilo escolhido pelo grupo de hip-hop e naorientação da letra, do ritmo e da melodia.O lançamento do programa Magia de Ler, implementadopela Secretaria Municipal de Educação deNiterói, em 2010 – em parceria com uma editora quedisponibiliza, para cada a<strong>no</strong> de escolaridade,cinco títulos para cada alu<strong>no</strong>e 20 títulos para cada sala de aula,além de um programa de formaçãode <strong>professores</strong> –, entrou na pro-Afinados, os "locutores"encantaram os"ouvintes" ao longoda programaçãocultural dedicada àreinauguração da RádioEscola Maralegre.32 Revista <strong>Appai</strong> Educar


gramação da rádio comoum incentivo à leitura.De acordo com a professoraMaria Isolina, em2007, a “rádio” integrou orol de ações pedagógicasdo a<strong>no</strong>. Nes<strong>se</strong> período,além de passarem a ouvirvárias programações derádio AM e FM, a fim deconhecerem os diferentesformatos e escolheremo <strong>no</strong>me da estação, os<strong>alu<strong>no</strong>s</strong> saíram a campopara realizar pesquisas deopinião sobre a vivênciados <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> e suas famíliascom essa mídia. Ao final,os resultados da pesquisaforam quantificados e repre<strong>se</strong>ntado<strong>se</strong>m gráficos.Nessa mesma ocasião, os estudantesrealizaram um concurso dede<strong>se</strong>nho para a escolha do logotipoda rádio e a criação das equipes detrabalho – produção, locução e áudio.A equipe de locução foi treinadapor Gláucia Rocha, locutora da rádioAntena Um, e a de áudio, por Daniel,da rádio comunitária Pop Goiaba epela professora Isolina, que participoudo projeto Educomunicar,de<strong>se</strong>nvolvido pela ONG Bem TV.Antes de a atividade <strong>se</strong>r vivenciadana prática, duas visitas marcaramo projeto. A primeira foi ao SistemaGlobo de Rádio, com participaçãoao vivo <strong>no</strong> Programa “Tarde Legal”,com Daniel Rangel, e a outra foià Rádio Nacional. A partir dessa<strong>se</strong>xperiências foram criadas série<strong>se</strong>speciais de programas adequadasàs séries dos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>, dos <strong>professores</strong>e da proposta do projeto, além deaumentar a participação dos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>.Em 2009 com o projeto já emandamento, a equipe pedagógicacriou um horário para participaçãoefetiva de todas as turmas do 1ºtur<strong>no</strong>, garantindo, dessa maneira,o envolvimento de todos os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>que de<strong>se</strong>jas<strong>se</strong>m atuar <strong>no</strong> projetoda rádio. Neste momento, <strong>no</strong>vasparcerias são efetivadas, com aparticipação de outras unidadesde ensi<strong>no</strong> e <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> do curso deComunicação da UFF, que, alémde ajudarem, sugeriram outraspropostas de séries de programascom diferentes conteúdos.Para dar conta das necessidadesde material e custeio da rádio,a escola <strong>se</strong> inscreveu <strong>no</strong> projetoTempo da Escola, da FundaçãoMunicipal de Educação, que possibilitoua aquisição de microfones,cader<strong>no</strong>s, pastas, <strong>no</strong>tebook e impressora.Cada criança da equiperecebe um cader<strong>no</strong> com tarefaspara que a mãe saiba que ela estána rádio. E a primeira lição paracasa é ler o slogan da estação:“Esta é a rádio escola Maralegre.A rádio que educa com o coração”.Para que ninguém <strong>se</strong> sinta defora, a equipe é montada atravésde parceria com as professoras,que indicam a criança quevai para o projeto, além deapontar também o conteúdoa <strong>se</strong>r trabalhado em umprograma. Quanto à programação,explica a diretorada escola, professoraNorma Rodrigues Martins,não é fixa, “mas sinalizauma organicidade, comohorário do recreio, músicae informes. Já os programasvariam conforme osconteúdos estudados emsala de aula”, destaca.A perspectiva da professoraIsolina é atingir o1º ciclo – Alfa –, que aindanão tem uma dinâmicade leitura, já que isso <strong>se</strong>começa a adquirir <strong>no</strong> 2ºa<strong>no</strong>, quando <strong>se</strong> de<strong>se</strong>nvolve a leituracom entonação e tudo mais. Comoestratégia, ela cria com os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>a Hora da Risada – “piadinhas queeles amam”. O 3º a<strong>no</strong> pediu parafazer uns recortes de <strong>no</strong>tícias. “Estamo<strong>se</strong>m fa<strong>se</strong> de produção de umaradio<strong>no</strong>vela que iremos mandarpara o diretor da Rádio Nacional,Marcos Gomes, que gostou muitoda <strong>no</strong>ssa proposta de adaptaçãodo texto Chapeuzinho Vermelho eo Lobo Guará. Aguardem.”Como <strong>se</strong> pode <strong>no</strong>tar, boasideias e disposição não faltam paraa comunidade escolar Maralegre,que trouxe para a sua escola um<strong>no</strong>vo som: o som da integração eda alegria.Escola Municipal MaralegreRua Doutor Waldir Costa (antigaRua 65), Lotes 10 e 11, Quadra87 – Piratininga – Niterói/RJCEP: 24350-610Tels.: (21) 2709-1293 / 2709-7747Diretora: Norma Rodrigues MartinsFotos: Marcelo ÁvilaRevista <strong>Appai</strong> Educar 33


Literatura InfantilNo vai e vemda leituraProjetos interdisciplinares ganham apoio da famíliaSandra MartinsNo vai e vem da leitura, a família é a maiorparceira da escola. Com este princípio, aCreche e Pré-Escola Santa Cruz, da Fundaçãode Apoio à Escola Técnica (Faetec),prioriza a literatura infantil como um caminho parade<strong>se</strong>nvolver hábitos saudáveis e úteis por toda a vidada criança e busca um equilíbrio na integraçãoentre família e escola, já que <strong>se</strong> trata de umafa<strong>se</strong> de fortes vínculos familiares.Para de<strong>se</strong>ncadear este processo foi criada,em 2002, a sala de leitura, que <strong>se</strong> tor<strong>no</strong>u umespaço privilegiado agregando-<strong>se</strong> aos projeto<strong>se</strong>ducativos, tendo como ba<strong>se</strong> o movimento, amúsica, as artes visuais, a matemática, as diversaslinguagens, além de natureza e <strong>sociedade</strong>.Por meio da interdisciplinaridade, são de<strong>se</strong>nvolvidasatividades que despertam a auto<strong>no</strong>mia, acriticidade e transformam o ambiente escolar emum espaço vivo de interações e aberto ao real.Assim nasceu o projeto Vai e vem da leitura,iniciado em 2009 pela professora Iguaracy, queacertou com as famílias um momento para a leiturafora da escola, na casa dos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>. Escolha doslivros, confecção da embalagem para transportá--los, leitura do livro, de<strong>se</strong>nho da parte da história maisatrativa para o alu<strong>no</strong> foram as etapas do projeto, quecontou com a avaliação e a opinião dos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> e de<strong>se</strong>us familiares, de forma coletiva e individual.Com o trabalho bem feito a adesão foi inevitável.Dos ricos encontros, dirigidos pela supervisora MárciaRegina, as educadoras organizaram um centro de estudosonde discutiram a ampliação do projeto. ComoConhecer, cuidar e respeitaro meio ambiente é umeter<strong>no</strong> aprendizado quedeve <strong>se</strong>r estimulado a partirda Educação Infantilfruto desta interação a equipe pedagógicaaprovou algumas medidascomo: a escolha do <strong>no</strong>me do projetopolítico-pedagógico – Semeandoos filhos da terra – pautadotambém na literatura infantil;adotou o projeto-piloto dasala de leitura O meio34 Revista <strong>Appai</strong> Educar


A participação dosresponsáveis foi um dosagentes motivadores para aprodução dos trabalhos deEducação Ambientalambiente está <strong>no</strong> meio da gente, da professora Ana Maria B. Costa; econ<strong>se</strong>guiu a parceria de uma fundação que enviou coleções de livrosinfantis e brindes para todos os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>.Campanhas de uso racional de água e energia foram de<strong>se</strong>ncadeadaspelas educadoras a partir da leitura do livro-ba<strong>se</strong> O Mundinho, deIngrid Bie<strong>se</strong>meyer Bellinghau<strong>se</strong>n. “A ideia é de<strong>se</strong>nvolver um<strong>no</strong>vo olhar das crianças sobre o meio ambiente”, dis<strong>se</strong> Eliane.A cada bimestre <strong>se</strong>rão trabalhadas <strong>no</strong>vas atividades a partirde <strong>no</strong>vos títulos, como Azul e lindo: Planeta Terra <strong>no</strong>ssacasa, de Ruth Rocha e Otávio Roth; e De qua<strong>se</strong> tudo umpouco e Vivências Educacionais com Carta da Terra, deBerenice Gehlen Adams.Conforme as dinâmicas de<strong>se</strong>nvolvidas, as professorasdefinem outros textos literários, como ocorreu com oMacaco Medroso, de Sonia Junqueira. Por sinal, conto deextrema importância para tratar dos medos cotidia<strong>no</strong>s emque a única saída é aprender a <strong>se</strong> fortalecer para enfrentá--los, como aconteceu com o personagem central desta tramaque, <strong>se</strong> vendo sozinho, decidiu mudar suas atitudes.Para tanto, as professoras Helena e Camila construíramcom os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> uma narrativa coletiva de hábitos e atitudes,de regras de convivência e de alimentação. No Infantil V, damanhã, as crianças descobriram a importância da alimentaçãosaudável e plantaram alho, mostarda, almeirãoe tomate na horta da creche. À tarde, trabalhou-<strong>se</strong> aclassificação e o reconhecimento de palavras, comomacaco incluso <strong>no</strong> Tesouro das Palavras, uma caixacontendo vocábulos escritos em cartões, construídaem sala com os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>.Para intensificar a interação com pais e mães,as professoras Iguaracy, Adriana, Grasiele,Kelly e Denize Therezinha, do Infantil III,empregaram duas estratégias interessantes:convidaram um familiar de alu<strong>no</strong>para recontar as histórias para a turmae organizaram atividades com poemasmusicalizados. Com a música Cabeça,ombro, joelho e pé... a turma vivenciou aatividade de carimbar os pés, trabalhandoas partes do corpo, a sustentação,o caminhar e o pular. O Infantil IIIvivenciou o poema musicalizado Osapo não lava o pé, com identificaçãocorporal.Os murais produzidos pelas turmasdo Infantil IV mostravam quea <strong>se</strong>mente do gosto pelas históriasdará bons frutos. Na turma damanhã o objetivo foi de<strong>se</strong>nvolvero gosto pela leitura oportunizandoa oralidade, sob a orientação eincentivo das docentes Rosaura eMeire. Já as professoras da tardeDeni<strong>se</strong> Valéria e Josiane optarampor atividades envolvendo a identidade,através do reconhecimentode <strong>se</strong>us próprios <strong>no</strong>mes que, de<strong>se</strong>nhado<strong>se</strong> pintados, foram expostos<strong>no</strong> mural.Creche e Pré-Escola Santa CruzLargo do Bodegão, 46 – SantaCruz – Rio de Janeiro/RJCEP: 23550-050Tel.: (21) 2333-7223Diretora: Eliane LeiteFotos: Marcelo ÁvilaRevista <strong>Appai</strong> Educar 35


Pule 2casas3x9MatemáticaCaiu <strong>no</strong>buracoJogos MatemáticosProjeto estimula o raciocínio e mostra quea Matemática pode <strong>se</strong>r, sim, divertidaClaudia SanchesEm plena sala de aula uma partida de trilha fazos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> <strong>se</strong> empolgarem com as provocações numéricas:a aluna Bruna joga o dado, anda três casas.Cai na casa da conta e ela tem que <strong>se</strong>r rápida:quanto é <strong>se</strong>te vezes oito? Em outra jogada Moniqueera desafiada pelo tabuleiro: cinco vezes zero? Tinhaque ter resposta na ponta da língua em alguns <strong>se</strong>gundospara não voltar algumas casas.Essa “brincadeira”, que <strong>se</strong> chama “Carta Bomba”,faz parte do projeto Jogos Matemáticos, realizadocom as turmas do 6º e 7º a<strong>no</strong>s na Escola MunicipalSão Bento, em Belford Roxo. A professora de Mate-mática Maria Dicler Gall, idealizadora do trabalho,que <strong>se</strong>mpre utilizou jogos <strong>no</strong> <strong>se</strong>u programa desdequando lecionava na Educação Infantil, conta queuma de suas grandes preocupações era melhorar aaprendizagem da disciplina junto à turma, uma vezque vários <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> chegavam <strong>no</strong> 5º a<strong>no</strong> <strong>se</strong>m saber atabuada e as quatro operações.“O principal objetivo é mostrar aos meus <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>que Matemática não é um bicho que amedronta,ela também pode <strong>no</strong>s proporcionar prazer e alegria;depois, a meta é de<strong>se</strong>nvolver <strong>no</strong>s <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> ocálculo mental e rápido, além de <strong>se</strong>r uma alternativaeficaz para ensinar tabuada <strong>se</strong>m o tradicionaldecoreba”, garante.Para abordar os jovens a professora apostou <strong>no</strong>diálogo e criou uma situação para que os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>aprendes<strong>se</strong>m a partir de experiências concretas.No primeiro momento conversou com suas turmassobre a Matemática <strong>no</strong> cotidia<strong>no</strong>, sobre os jogos,perguntou <strong>se</strong> eles gostavam de jogar, mostrou asvantagens de <strong>se</strong> aprender brincando e lembrou quepoderiam <strong>se</strong>r realizadas competições em gruposna escola e até mesmo com os pais. “Primeiro agente aproxima a turma e depois começa a ensinara matéria, revela Dicler, que hoje em dia aplica aatividade uma vez por <strong>se</strong>mana”.Quando começou apesquisar em livro<strong>se</strong> na Internet, aeducadora percebeuque haviapoucas brincadeirascoma sua disciplinae teve que usar6Pule 2Volte 6Além deaproximarem<strong>professores</strong>e <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>, asatividades queeram vistas comodifíceis tornaram<strong>se</strong>prazerosas nasaulas de Matemática36 Revista <strong>Appai</strong> Educar


Volte 6casasPule 2casas 3x9a criatividade: adaptou algumasde Língua Portuguesa queencontrou e <strong>se</strong>lecio<strong>no</strong>u ideiaspara as crianças, que produziramalguns modelos com formato<strong>se</strong> regras, como foi o caso da“Carta Bomba” e do “Caça aotesouro”. Depois de prontos, asturmas começaram a participar,revezando as equipes com váriasmodalidades. Os bingos, jogosde trilha, dominós e jogo da memóriaestão entre os preferidosdas clas<strong>se</strong>s.“O meu maior desafio foi fazero meu alu<strong>no</strong> querer construir umjogo, já que comprar ou pegarpronto o que tem na escola é maisfácil. Ver meus <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> empenhadosna tarefa da confecção dostrabalhos na era dos jogos virtuaisfoi para mim muito gratificante”,relata. A pequena Jéssica mostrao <strong>se</strong>u jogo de trilha, o “Cobrad’água”: “Gosto das aulas porquea gente pode usar a criatividade,diz ela, que mudou o <strong>no</strong>me do jogopara “Cobramatemática”.Dicler conta que o interes<strong>se</strong> dosgrupos nas aulas de Matemáticapassou a <strong>se</strong>r tão grande que o professorde Ciências Fábio perguntouo que eu estava fazendo com ascrianças e brincou: “Será que épor causa das cobrinhas?”, <strong>se</strong> referindoao “Cobradário”. “AprenderMatemática ficou muito mais fácile divertido! Até os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> do 9ºa<strong>no</strong> estão pedindo paraa professora aplicar asbrincadeiras na turmadeles”, afirma a alunaMonique.Segundo a docente,a experiênciadespertouinteres<strong>se</strong> peladisciplina, agilizou o raciocínio e orendimento dos estudos e estimuloua fixação dos conteúdos. Para ela,que já atua com o programa há quatroa<strong>no</strong>s, o objetivo maior não é queeles assimilem todos os conteúdosda disciplina, mas que aprendam araciocinar e encontrar suas soluçõespara os cálculos e para a vida:“Como trabalho muito comproblemas do dia a dia nas minhasaulas, os jogos <strong>se</strong>rvem paraestimular a pensar e até resolveros cálculos <strong>se</strong>m precisar estarcontando <strong>no</strong>s dedos ou fazendopauzinhos. Eles acabam aprendendoa tabuada brincando. Nomeu planejamento <strong>se</strong>mpre levoem conta que na Matemática nãoexistem somente o certo e o errado.O professor precisa valo rizar atentativa do alu<strong>no</strong>, <strong>se</strong>u raciocínioe os vários caminhos que trilhapara chegar a um resultado”, finaliza.Escola Municipal São BentoRua Mara, s/nº – Vergel dos Félix –Belford Roxo/RJCEP: 26175-040Tel.: (21) 3134-7847Fotos: Marcelo Ávila44Perde1 Volte 22x78x5Revista <strong>Appai</strong> Educar 37


HistóriaDe volta aopassadoA diversidade de olharessobre o município enriquece oprojeto e desvenda as belezasde QueimadosClaudia SanchesAlu<strong>no</strong>s contam parte da história local através de materiais querestaram de <strong>se</strong>us antepassados“É Escola Municipal Professor Washingtonum lugar simples, peque<strong>no</strong>, escondido,mas cheio de história”. A revelação,feita pelo diretor Ma<strong>no</strong>el Moreira, daMa<strong>no</strong>el de Souza, localizada em Queimados, sobreo próprio município, <strong>se</strong> deve ao projeto Ob<strong>se</strong>rvar,experimentar, construir e proteger a <strong>no</strong>ssa memória.Idealizado pela professora de História Maria deFátima Muniz, o trabalho vem desvendando valoreshistóricos da região.O projeto consiste em saídas a locais próximosà escola. No planejamento estão previstas visitas àestação de trem, a um terre<strong>no</strong> particular onde háuma árvore de 450 a<strong>no</strong>s, à Igreja de Nossa Senhorada Conceição de Marapicu, como também às ruínasdo Parque Ipanema, uma construção antiga cheiade mistérios. De<strong>se</strong>nvolvido há 15 a<strong>no</strong>s com o Ensi<strong>no</strong>Fundamental, o trabalho vem ganhando <strong>no</strong>toriedade.Em 2010 ganhou o primeiro lugar do “Concurso AlbertoPi<strong>no</strong>” da Prefeitura, que homenageia o trabalhopedagógico do educador.As turmas saem em excursão às ruínas, conhecidascomo “Senzala”. Antes de irem a campo, os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>leem e debatem sobre a origem do <strong>no</strong>me “Queimados”,que estaria ligado ao fato de o lugar ter sido umcrematório de corpos de leprosos e escravos. SegundoMa<strong>no</strong>el Moreira, o diretor do colégio, há pessoas quecriticam o <strong>no</strong>me do município: “Aí eu digo ‘sim, vocêsacham feio, mas faz parte da <strong>no</strong>ssa história’. Já houveum plebiscito para mudar o <strong>no</strong>me, mas a populaçãonão quis. Mas quem vem de fora fica impressionado aover as crianças cantando o hi<strong>no</strong> da cidade com vontade,em cuja letra há a palavra ‘leprosos’. É interessantecomo eles relatam os lugares de formas variadas, ecomo gostam de de<strong>se</strong>nhar e pintar a cidade, cada umcom uma visão, um olhar diferente”, defende.38 Revista <strong>Appai</strong> Educar


Na opinião de Maria de FátimaMuniz o lugar não poderia ter sidouma <strong>se</strong>nzala, pois é uma construçãoem forma de arcos, muitoaberta para um modelo de prisão.O alicerce de pedras leva a crerque o prédio tenha sido construídona época da escravidão. Há algunsindícios de que o local teria sido umarmazém de laranjas até o final daSegunda Guerra, um leprosárioou um crematório de corpos devítimas da han<strong>se</strong>nía<strong>se</strong> atingidasdurante um grande surto <strong>no</strong> finaldo 2º Reinado.O assunto é tão interessante que jávirou te<strong>se</strong> de mestrado e discussãona Web. Mas, para Fátima, o fatode até hoje não <strong>se</strong> ter descobertoao certo o que teriam sido asruínas não é o mais importante,visto que a história oficial é feitade te<strong>se</strong>s. Es<strong>se</strong> “mistério” tem dadopa<strong>no</strong> pra manga e permite que osjovens <strong>se</strong> transformem em verdadeirosarqueólogos. O objetivoé levar a garotada a perceber quea história é construída a partir desuposições e que não existe uma“verdade absoluta”.A ideia é garantir uma situaçãode vivência fora da escola. A professoradefende que a educaçãoprecisa fazer um movimento, teruma dinâmica e adaptar a pedagogiaaos dias atuais: “Ela nãopode ficar só entre quatro paredes.Interagir com a natureza édar <strong>se</strong>ntido à vida. Alguns <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>e <strong>professores</strong> me dizem: “ah! eumoro lá perto, já vi aquilo tudo”,e eu rebato: Ah!, mas agora vocêvai ver com olhos de historiador. Eos que moram aqui perto vão meconduzindo e acabo descobrindooutras <strong>no</strong>vidades junto com eles”.Durante a exposição dos trabalhosos comentários são muitos:“Descubro que Queimados temmuitas coisas interessantes quenão conhecia, sonho em descobriro que poderia ter sido”, diz Diego,do 7º a<strong>no</strong>, que acompanha o assuntopela Internet e leva <strong>no</strong>vidadespara a sala de aula.“Fico feliz em ver o deslumbramentodas turmas ob<strong>se</strong>rvando asruínas: todos <strong>se</strong> jogam para elascomo <strong>se</strong> corres<strong>se</strong>m atrás para desvendar.Eles fazem esculturas <strong>no</strong>próprio local com a argila e depoisde<strong>se</strong>nvolvem outras atividade<strong>se</strong>m sala de aula. Ao de<strong>se</strong>nharsuas visões eles reconhecem <strong>se</strong>upatrimônio, como a Igreja, quedata de 1737, em estilo colonial,e a própria estação da Central doBrasil/Queimados, a primeira linhaferroviária inaugurada peloimperador, que chegou aomunicípio com a Corte abordo da locomotiva Baronesa,não para escoamentode recursos naturais, mascomo transporte urba<strong>no</strong>”,completa Fátima.O peque<strong>no</strong> Fabrício, do 7ºa<strong>no</strong>, também guarda grandesrecordações do trabalhoe fica muito orgulhoso deDepois de irem a campo"reconhecer" as ruínas eoutros locais da região, <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>percebem-<strong>se</strong> como parteintegrante da HistóriaRevista <strong>Appai</strong> Educar 39


suas descobertas: “Tiramos fotosabraçados em uma árvore de maisde 400 a<strong>no</strong>s. Lá encontramos esqueletosde animais, conchinhasque a professora não conhecia edescobrimos que o Morro Centenáriofoi um quilombo. Não sabia queQueimados tinha tanta importância,que tinha ruínas iguais a queestudei na civilização da Grécia”.O empreendimento vem ganhandoparceiros ao longo dosa<strong>no</strong>s. É o caso de Fátima Matos,professora de Geografia, que exploraconceitos da disciplina, comoa vegetação, a parte hidrográfica– que são as nascentes – e a trajetóriada Baixada Fluminen<strong>se</strong>, queabrigou grande parte das fazendasde café e cana durante o Primeiroe o Segundo reinados. Outro simpatizanteé o professor, tambémde Geografia, Solimar Oliveira.Ele trabalhava em uma unidademuito perto de Parque Ipanema,mas confessa que veio conhecero local quando foi trabalhar comFátima: “Tivemos oportunidadede ob<strong>se</strong>rvar a construção histórica,tipo de material e vivenciaraspectos geográficos da região,como solo e vegetação, muitocastigados pelas mo<strong>no</strong>culturas, econhecer a importância da BaixadaFluminen<strong>se</strong> na trajetória do país.O professor Élio Ribeiro, de Matemática,também participa com asmedições dos arcos”.A professora considera o projetouma terapia para os grupos,que precisam de<strong>se</strong>nvolver o domínioda escrita e leitura e fazer asprovas. Fátima acaba fazendo um“preparatório” para que essas tarefastão difíceis ganhem <strong>se</strong>ntido:“Antes de começarem a escrever,eles pas<strong>se</strong>iam, <strong>se</strong> encantam comas suas descobertas e exercitama criatividade. Depois de<strong>se</strong>nham,manipulam argila. É um ganchopara ir puxando as ideias etópicos para depois eles registraremtodo es<strong>se</strong> conhecimentoconstruído <strong>no</strong> papel. A partir domomento em que <strong>se</strong> <strong>se</strong>ntem capazes,eles começam a botar parafora”. Porém a principal meta élevá-los a conhecer o lugar ondemoram: “Quero que es<strong>se</strong>s jovensconheçam, guardem na memóriae ajudem a pre<strong>se</strong>rvar Queimados.Fazer com que eles <strong>se</strong> vejamcomo construtores dessa narrativa!”,sonha.Escola Municipal ProfessorWashington Ma<strong>no</strong>el de SouzaRua Eloy Teixeira, 306 – Centro– Queimados/RJCEP: 26383-080Tels.: (21) 2779-9787 / 2665-3657Diretor: Ma<strong>no</strong>el MoreiraFotos: Marcelo Ávila40 Revista <strong>Appai</strong> Educar


Questões de ConcursosMatéria sugeridapela associadaAlzira V. SoaresProfessor, teste <strong>se</strong>us conhecimentosAtendendo a sugestão do leitor, a Revista <strong>Appai</strong> Educar <strong>se</strong>lecio<strong>no</strong>u algumas questõespedagógicas e de legislação educacional, com <strong>se</strong>us gabaritos, aplicadas por váriasinstituições organizadoras de concursos para o magistério.1) (Acaplam) Um professor não pode justificar o fracassodos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> pela falta de ba<strong>se</strong> anterior. O suprimento dascondições prévias de aprendizagem deve <strong>se</strong>r:a) Previsto <strong>no</strong> pla<strong>no</strong> de ensi<strong>no</strong>;b) Justificado pela dispersão dos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>;c) Atribuído aos pais pelo <strong>se</strong>u desinteres<strong>se</strong> em ensinar aos<strong>se</strong>us filhos;d) Atribuído à falta de concentração das crianças;e) Justificado pela pobreza dos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>.2) (Metta) O ECA foi de<strong>se</strong>nvolvido para as<strong>se</strong>gurar à criançae ao adolescente uma “proteção” mais adequada. A ob<strong>se</strong>rvânciado estatuto é de fundamental importância paraquem de<strong>se</strong>nvolve trabalhos com crianças e adolescentes;por con<strong>se</strong>guinte ob<strong>se</strong>rva-<strong>se</strong> <strong>no</strong> inciso I (um), do artigo 63:a) Garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensi<strong>no</strong>regular;b) Atividade compatível com o de<strong>se</strong>nvolvimento do adolescente;c) Horário especial para o exercício das atividades;d) É proibido qualquer trabalho a me<strong>no</strong>res de quatorze a<strong>no</strong>sde idade, salvo na condição de aprendiz (Vide ConstituiçãoFederal);e) A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada porlegislação especial, <strong>se</strong>m prejuízo do disposto nesta Lei.3) (Vunesp) Competências e habilidades precisam <strong>se</strong>r de<strong>se</strong>nvolvidasna escola, uma vez que são elas que permitemaos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>:a) alocar significado às suas vidas, orientando-os na escolhade rumos de ação compatíveis com suas metas;b) enfrentar problemas e agir de modo coerente diante dasmúltiplas possibilidades de solução;c) valorizar a vida escolar, aquilatando os aspectos curriculares,as qualidades dos docentes, a riqueza da interaçãoentre pares;d) aprender a <strong>se</strong> comprometer com a tomada de decisãoe com as ações capazes de impulsionar a própria vida eos rumos da nação;e) distinguir o certo do errado, adotando um ponto de vistaético, <strong>no</strong> qual <strong>se</strong> busque igualdade, liberdade e justiçapara todos.4) (Advi<strong>se</strong>) Assinale a alternativa em que aparecem os doistipos de objetivos utilizados na educação.a) Objetivos instrucionais e educacionais;b) Objetivos educacionais e sociais;c) Objetivos sociais e instrucionais;d) Objetivos cognitivos e instrucionais;e) Objetivos sociais e cognitivos.5) (FCC) A perspectiva construtivista na educação é configuradapor uma série de princípios explicativos do de<strong>se</strong>nvolvimentoe da aprendizagem humana que <strong>se</strong> complementam,integrando um conjunto orientado a analisar, compreendere explicar os processos escolares de ensi<strong>no</strong> e aprendizagem.De acordo com essa perspectiva, o erro, na educação escolar:a) pode <strong>se</strong>r compreendido como algo inerente ao processode aprendizagem e cuja interpretação pode ajudar aajustar a intervenção pedagógica com vistas a superá-lo;b) significa falha na recepção dos conhecimentos passadospelo professor <strong>no</strong> processo de ensinar, qua<strong>se</strong> <strong>se</strong>mprecausada por desatenção ou falta de pré-requisitos;c) indica que a aprendizagem não foi satisfatória para aquelealu<strong>no</strong> que errou, devendo o professor reprisar os exercíciosformando duplas de quem acertou com quem errou;d) revela desconhecimento do que foi perguntado e permiteao professor agrupar todos os que cometeram o mesmoerro para repetir as explicações só para eles;e) precisa <strong>se</strong>r evitado por meio de práticas disciplinadorasda atenção dos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> e combatido com procedimentosde premiação de acertos.6) (Funadepi) A partir de 1996, com a promulgação da Lei9.394/96 de Diretrizes e Ba<strong>se</strong>s da Educação Nacional (LDB),a educação escolar é composta pela educação básica eeducação superior, <strong>se</strong>ndo a educação básica formada pela:a) Educação fundamental e educação de jovens e adultos;b) Educação fundamental, educação especial e educaçãoa distância;c) Educação fundamental, ensi<strong>no</strong> médio e educação profissional;d) Educação infantil, ensi<strong>no</strong> fundamental e educação dejovens e adultos;e) Educação infantil, ensi<strong>no</strong> fundamental e ensi<strong>no</strong> médio.7) (FCC) Em relação à Libras, reconhecida legalmentea partir de 2002 (Lei Federal nº 10.436/2002), pode-<strong>se</strong>afirmar que:a) por <strong>se</strong> referir a uma modalidade de comunicação quesubstitui a língua portuguesa para os que dela fazem uso,deve <strong>se</strong>r adotada como linguagem alternativa à línguaportuguesa em todos os estabelecimentos públicos deeducação básica;b) <strong>se</strong> constitui em mecanismo de inclusão das pessoas portadorasde deficiência visual e de audiocomunicação e,portanto, deverá <strong>se</strong>r introduzida como disciplina optativa<strong>no</strong>s cursos de formação de <strong>professores</strong>;c) deve <strong>se</strong>r introduzida como tema transversal em todasas escolas que atendam a <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> portadores de necessidade<strong>se</strong>ducacionais especiais, particularmente os comdeficiências auditiva ou visual profunda;d) deverá <strong>se</strong>r componente escolar obrigatório a partir do<strong>se</strong>gundo ciclo do ensi<strong>no</strong> fundamental;e) é a forma de comunicação e expressão, em que o sistemalinguístico de natureza visual-motora, com estruturagramatical própria, constitui um sistema linguístico detransmissão de ideias e fatos, oriundos de pessoas surdasdo Brasil.Gabaritos:1) A, 2) A, 3) B, 4) A, 5) A, 6) E, 7) ERevista <strong>Appai</strong> Educar 41


Tema TransversalPara pre<strong>se</strong>rvar aculturaindígenaEducadores proporcionam dia de reflexãosobre a importância da valorizaçãodos povos indígenas e respeito às suasmanifestações culturaisMarcela FigueiredoOdia 19 de abril é reconhecido em todaa América Latina como o Dia do Índio,mas poucos sabem por que esta data foiescolhida. O projeto Divulgando a <strong>no</strong>ssacultura, realizado pela Creche Municipal Tio SebastiãoXavier, tem exatamente es<strong>se</strong> objetivo: explicaro porquê das datas comemorativas.Em 1940 foi realizada <strong>no</strong> México uma conferênciaonde os índios eram o tema principal. Acostumado<strong>se</strong> receosos com os maus-tratos praticados peloshomens brancos, os nativos da América resolveramver tudo a distância. Poucos dias depois, convencidosda importância histórica do evento, resolveramparticipar. Desde então, passamos a utilizar a datade ingresso deles na conferência para comemoraro Dia do Índio. Neste dia, ocorrem vários eventosdedicados à valorização da cultura indígena.Mas, como explicar para crianças com idade entreum e três a<strong>no</strong>s culturas tão diferentes daquela a queestamos acostumados? Para não deixar apagar damemória a importância dos indígenas na formaçãodo povo brasileiro, a Creche Municipal Tio SebastiãoXavier organiza de forma contínua eventos comemorativos.Este a<strong>no</strong>, as educadoras trabalharam diversosaspectos da cultura de <strong>no</strong>ssos ancestrais, que vãodesde os ornamentos, passando pelos utensílios ehabitação, até os alimentos. O dia 19 de abril foiescolhido para as apre<strong>se</strong>ntações de teatro, música<strong>se</strong> danças que identificam os nativos. Também foirealizada uma exposição com réplicas adquiridas <strong>no</strong>Mu<strong>se</strong>u do Índio.Como estratégia pedagógica, a escola decidiupreparar os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> dias antes das apre<strong>se</strong>ntações.No primeiro momento procuraram reacender namemória das crianças situações que elas já haviamvivido anteriormente. Em 2010, a escola realizouum pas<strong>se</strong>io ao Mu<strong>se</strong>u do Índio, e este a<strong>no</strong> as fotosforam mostradas <strong>no</strong>vamente aos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> fazendocom que eles <strong>se</strong> lembras<strong>se</strong>m das coisas que apren-42 Revista <strong>Appai</strong> Educar


valores aprendidos na escola”,que, com isso, além de proporcionarum enriquecimento àformação dos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>, colaborapara que a história do povobrasileiro <strong>se</strong>ja pre<strong>se</strong>rvada.Os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> foramcaracterizados de índio eassistiram a encenação daLenda de ManiCreche Municipal Tio SebastiãoXavierRua Soldado Servi<strong>no</strong> Mengarda,300 – Vila Cosmos – Rio de Janeiro/RJCEP:21210-040Tel.: (21) 3046-6557Diretora Adjunta: ChristianePenhaFotos: Marcelo Áviladeram naquele momento. O próximopasso foi fazer com que ascrianças entras<strong>se</strong>m <strong>no</strong> universodos povos indígenas produzindoutensílios empregando a argila emateriais reciclados.Os desafios não pararam poraí. Acostumados com os hábitosdo mundo moder<strong>no</strong>, em que macarrãoinstantâneo e enlatadossubstituem os produtos naturais,os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> foram apre<strong>se</strong>ntadosa alimentos como mandioca,batata-doce, milho cozido, peixe ediferentes frutas. O melhor é quenão teve cara feia! Aproveitandoas histórias dos índios, os educadores,ao mesmo tempo em queapre<strong>se</strong>ntavam aos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> umacultura diferente, introduziamhábitos saudáveis de alimentação<strong>se</strong>m criar muita resistência.Na apre<strong>se</strong>ntação de teatro, os<strong>alu<strong>no</strong>s</strong> assistiram a encenação daLenda de Mani, que em tupi-guaraniquer dizer Mandioca, e contaa história da indiazinha (Mani) queao morrer pre<strong>se</strong>nteia o povo comum delicioso alimento, a mandioca.A Diretora Adjunta ChristianePenha é uma das idealizadorasdo projeto e jáestá acostumada a incorporardiversos personagens.É ela quemveste as fantasiasque encantam ascrianças nas datascomemorativas.ParaChristianeo professordeve usar aimaginação eexplorar o lado lúdicopara transmitir conhecimento.E destaca: “o educador temque <strong>se</strong>r criança também, temque deixar aflorar a imaginação.Trabalhar com Educação Infantilé isso. É o que aproxima a criançados educadores”.O projeto Divulgando a <strong>no</strong>ssacultura faz com que <strong>no</strong>ssa históriaultrapas<strong>se</strong> as páginas dos livros epermaneça viva. Conforme destacadopela Diretora Christiane, “ascrianças reproduzem em casa osRevista <strong>Appai</strong> Educar 43


Diversidade CulturalEscolas usam festas juninaspara ensinar e divertirOmês de junho é celebrado há centenas dea<strong>no</strong>s em paí<strong>se</strong>s do hemisfério <strong>no</strong>rte pormarcar, com o início do verão, a temporadade colheita e fartura. A tradição,que <strong>se</strong> espalhou pelo mundo e foi incorporada pelas<strong>sociedade</strong>s cristãs <strong>no</strong> dia de São João, até hoje épre<strong>se</strong>rvada em alguns paí<strong>se</strong>s.No Brasil, as escolas são as grandes responsáveispela manutenção da tradição <strong>se</strong>cular. “Assim como oCarnaval, a Festa Junina é um marco cultural que deve<strong>se</strong>r celebrado, pois fora da escola nem <strong>se</strong>mpre a criançatem a oportunidade de participar des<strong>se</strong>s eventos”,diz Maria Rocha, coordenadora pedagógica do ColégioÁpice, localizado em São Paulo. Além de manter viva acelebração, as educadoras aproveitam o tema em salade aula para atrair o interes<strong>se</strong> dos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>.Já na escola Manacá, que fica na Granja Viana,em Cotia, na Grande São Paulo, a Festa Junina visa,além de manter viva a tradição, mostrar aos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>as peculiaridades das comemorações em cada regiãobrasileira. “Aproveitamos a oportunidade para mostraraos jovens o folclore típico de outras partes do país”,explica Sara Cunha Lima, diretora pedagógica. Deacordo com a docente, a cada a<strong>no</strong>, as crianças realizamas tradicionais apre<strong>se</strong>ntações musicais em umafesta exclusiva para os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> e familiares. Apesar denão estarem associadas necessariamente a São Joãoou às festas juninas, as danças são importantes paraapre<strong>se</strong>ntar a cultura de outros lugares. “Vamos alémda quadrilha”, conta Sara. “Trazemos músicas e dançasdas mais variadas regiões, como o carimbó paraen<strong>se</strong>ou o boi-bumbá amazonen<strong>se</strong>”.Além das brincadeiras e danças, as educadorasda Escola Manacá utilizam o tema tambémem sala de aula para aprofundar oaprendizado sobre o folclore e astradições nacionais. A abordagem,contudo, é diferente, comoexplica Sara: “Não pautamos umgrande projeto só por causa da ocasião,mas para ilustrar algumas aula<strong>se</strong> explicações”. Segundo Maria Rocha, atemática da Festa Junina pode <strong>se</strong>r trabalhadaem várias áreas, <strong>se</strong>ja na culinária,<strong>no</strong> vestuário, nas brincadeirasou <strong>no</strong>s hábitos da <strong>sociedade</strong> rural,bastante diferentes e distantes darealidade urbana das crianças.Todos es<strong>se</strong>s assuntos podem<strong>se</strong>r apre<strong>se</strong>ntados em sala deaula e discutidos com os <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>,explica a professora, quecontinua: “As brincadeiras típicas defestas juninas mostram às crianças,por exemplo, como as pessoas <strong>se</strong>divertem <strong>no</strong> interior na ausênciada tec<strong>no</strong>logia”. Entretanto,Maria garante que é necessáriocuidado para não transmitir umaideia estereotipada dos moradores de zonas rurais. “AFesta Junina é uma manifestação cultural e tradicional,que nem <strong>se</strong>mpre coincide com a realidade moderna. Épreciso explicar que, hoje em dia, as mulheres da roçanão usam vestidinho e trancinha todo dia”, esclarecea educadora.A família na festaA participação direta da família <strong>no</strong>s festejos juni<strong>no</strong>sé mais um fator que torna es<strong>se</strong>ncial sua celebração.“<strong>Pais</strong> e crianças <strong>se</strong> mobilizam para a atividade”,adverte Maria, que organiza anualmente uma festajunina <strong>no</strong> Colégio Ápice. A festa é aberta a toda acomunidade escolar, incluindo ex-<strong>alu<strong>no</strong>s</strong> e familiares.Os pais dos estudantes costumam <strong>se</strong> divertir muitocom os filhos nas festas. Além de conhecerem o círculosocial em que as crianças estão in<strong>se</strong>ridas, Mariaconta como os pais desfrutam do evento: “Muitosvêm vestidos a caráter e aproveitam a ocasião pararetornar um pouco à infância e dançar quadrilha”.Colaboração: As<strong>se</strong>ssoria de imprensa Plugcom ComuniçãoIntegradaEscola ManacáAv. São Camilo, 748 – Granja Viana – Cotia/SPCEP: 06709-150Tel.: (11) 4702-0631Colégio ÁpiceRua José Jannarelli, 348 – Morumbi – São Paulo/SPCEP: 05615-000Tel.: (11) 3721-7690 / 3721-645844 Revista <strong>Appai</strong> Educar


Ação Social<strong>Appai</strong> doa cami<strong>se</strong>tas escolares aos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>da Educação Infantil de Nova FriburgoAntônia LúciaO Secretário de Educação Marcelo Verly (à esquerda)acompanhado do prefeito Dermeval Neto expressam aalegria em receber a doação das cami<strong>se</strong>tas feita pela <strong>Appai</strong>Dando continuidade ao trabalho de<strong>se</strong>nvolvidopelo Programa de Projetos e AçõesSociais, a <strong>Appai</strong> fez a doação de 2.300peças de uniforme para <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> da redemunicipal de ensi<strong>no</strong> de Nova Friburgo. Durante aentrega das cami<strong>se</strong>tas, o prefeito Dermeval Neto,acompanhado do <strong>se</strong>cretário de Educação MarceloVerly, frisou que a atitude da <strong>Appai</strong> em começar afornecer o vestuário para as crianças da EducaçãoInfantil <strong>se</strong>rviu de estímulo para a prefeitura dar continuidadea es<strong>se</strong> projeto. “Essa iniciativa da <strong>Appai</strong>foi o pontapé inicial para uniformizarmosos <strong>no</strong>ssos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>. A <strong>Appai</strong>deu a saída <strong>no</strong> jogo, mas agoraestá em <strong>no</strong>ssas mãos”, afirmou oprefeito mostrando a cami<strong>se</strong>ta.Para oficializar a distribuição, o<strong>se</strong>cretário de Educação MarceloVerly escolheu quatro unidade<strong>se</strong>scolares – C.E.I. Franz Haug –Aldeia da Criança Alegre; IzabelJovelina Monteiro; Maria DuqueEstrada Laginestra (Jimdel) e San-ta Terezinha –, para simbolicamente repre<strong>se</strong>ntarem toda a rede de ensi<strong>no</strong>. Ao<strong>se</strong>rem distribuídas as cami<strong>se</strong>tas, que trazem impressas em uma das mangas alogomarca da <strong>Appai</strong> e na parte da frente o brasão da cidade, uma das criançasda Creche Izabel Jovelina Monteiro, demonstrando a sua alegria, foi logo afirmando:“Tia, agora eu tenho blusa de escola”.De acordo com Marcelo Verly, para 2012 a ideia é oferecer a cada alu<strong>no</strong> o kitcompleto – camisa, calça, blusão e mochila –, haja vista que, além de ajudar apromover o de<strong>se</strong>nvolvimento psicossocial das crianças, o uniforme facilita a identificação,destacou o <strong>se</strong>cretário agradecendo a iniciativa da <strong>Appai</strong>. “Nós agradecemosa parceria da <strong>Appai</strong>, e ficamos muito felizes em ver que a garotada adorou ascami<strong>se</strong>tas. E agora é partir para uniformizar todas as <strong>no</strong>ssas crianças da rede econtinuar trabalhando e mobilizando todos os <strong>se</strong>tores para que possamos dizer,em breve, que a <strong>no</strong>ssa educação é melhor agora do que era antes”.Confiante na melhoria não só da Educação, mas de todos os <strong>se</strong>tores, tantoo <strong>se</strong>cretário de Educação como o Prefeito da Cidade apostam na solidariedadee <strong>no</strong> trabalho coletivo. “Juntos, estamos transformando a maior cri<strong>se</strong> da <strong>no</strong>ssahistória na maior oportunidade do salto de qualidade em todos os <strong>se</strong>ntidos”,dis<strong>se</strong> o <strong>se</strong>cretário em conformidade com o prefeito Dermeval, que tambémaproveitou a ocasião para agradecer a atenção que a cidade vem recebendo dediversos <strong>se</strong>gmentos de todo o estado. “Essa cooperação <strong>no</strong>s incentiva a agir coma rapidez que a população exige e merece receber. As portas da cidade estarão<strong>se</strong>mpre abertas para entidades como a <strong>Appai</strong>”, finalizou.Revista <strong>Appai</strong> Educar45


Programa Saúde 10Saúde 10 em açãoProfessores recebem orientações sobre prevenção equalidade de vidaMarcela FigueiredoAEscola Estadual Higi<strong>no</strong> da Silveira foi maisuma instituição de ensi<strong>no</strong> beneficiada como Projeto Saúde 10 nas escolas. No dia 27de abril, a equipe do Saúde 10 esteve <strong>no</strong>colégio e realizou atividades voltadas para o bem--estar e a qualidade de vida dos docentes e outrosfuncionários. O encontro foi dividido em dois momentos.Na primeira etapa, a equipe interdisciplinar doprograma forneceu informações sobre prevenção dedoenças periodontal e nutricional. Na <strong>se</strong>gunda, foramrealizados aferição de pressão cardíaca, testes de glicemiae instruções sobre saúde bucal com atividadespráticas que iam desde escovação até exames paraverificação de placas bacterianas.O Projeto Saúde 10 nas Escolas é mais uma linhade ação do Programa Saúde 10, da <strong>Appai</strong>, que contacom uma equipe especializada e encarregada deprestar ao associado auxílio nutricional, avaliação etratamento periodontal, realizar reuniões de grupoorientadas por psicólogos, encontros de saúde e<strong>se</strong>ssões de relaxamento, além de acompanhamentoe controle dos resultados alcançados. O Projeto visaaproximar a instituição dos <strong>se</strong>us associados a fim dedifundir a ideia de prevenção de doenças.Na opinião de Adriana Coutinho, diretora da EscolaEstadual Higi<strong>no</strong> da Silveira, há a necessidade de darmais atenção à saúde dos docentes. “Pois muitasvezes o professor corre de uma escola para outra enão tem tempode cuidar da própriasaúde”.Para os <strong>professores</strong>,esteacaba <strong>se</strong>ndo um momento de autoavaliação. Aoreceber informações corretas, eles têm a possibilidadede analisar o próprio corpo com um olhar maiscrítico e perceber onde é preciso dar mais atenção. Oprofessor André Luiz Loureiro participou das atividade<strong>se</strong> aprovou: “Eu gostei muito! É preciso ter es<strong>se</strong>tipo de atividade para os docentes porque muitaspessoas trabalham e não têm tempo de <strong>se</strong> cuidar ebuscar informações sobre a melhor forma de zelarpela sua saúde”, avalia o professor de Matemática.As instituições de ensi<strong>no</strong> interessadas em participardo Projeto Saúde 10 nas Escolas devem entrar emcontato com a <strong>Appai</strong> através do e-mail: saude10@appai.org.brProjeto Saúde 10 nas EscolasEscola Estadual Higi<strong>no</strong> da SilveiraAv. Delfim Moreira, 1.115, Várzea – Teresópolis/RJCEP: 25953-184Tel.: (21) 3641-3107Diretora: Adriana CoutinhoFotos: Marcelo Ávila46 Revista <strong>Appai</strong> Educar


48 www.appai.org.br/Jornal_Educar – Revista <strong>Appai</strong> Educar

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