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Pais, alunos, professores e sociedade se unem no combate ... - Appai

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“Eu lembro que, quando chegueina 5ª série, antigo ginásio,com apenas 11 a<strong>no</strong>s, eu era o mais<strong>no</strong>vo da sala e os outros meni<strong>no</strong>stinham entre 13 e 14 a<strong>no</strong>s. Por<strong>se</strong>r o me<strong>no</strong>r, acabava <strong>se</strong>ndo alvode repetidas brincadeiras, como,por exemplo, <strong>se</strong>r impedido deembarcar <strong>no</strong> transporte na horada saída. Sempre que meu ônibusparava <strong>no</strong> ponto, eles <strong>se</strong>guravam aminha mochila e não me deixavamsubir. Com isso, eu qua<strong>se</strong> <strong>se</strong>mpreperdia a condução e tinha queficar mais um tempo à espera dapróxima. Como eu não tinha comoenfrentá-los, às vezes ia para umoutro ponto de embarque”, relembraPaulo, hoje aos 40 a<strong>no</strong>s,garantindo que, nem por isso,tor<strong>no</strong>u-<strong>se</strong> um adulto violento outraumatizado por essa situação.De acordo com a Psicóloga edoutora em Psicologia pela Universidadede São Paulo (USP) LilianGrazia<strong>no</strong>, o indivíduo que tem apercepção mais acurada de suas“forças pessoais” e das qualidade<strong>se</strong> virtudes dos colegas, conhecendoe respeitando as diferençasinevitáveis, tem me<strong>no</strong>s chance depraticar bullying, informa a psicóloga.E maior predisposição parade<strong>se</strong>nvolver a chamada resiliência,<strong>se</strong>ntimento que faz o sujeito resistircom maior equilíbrio a eventuaisassédios, aprendendo com o fato,mantendo suas emoções positiva<strong>se</strong> contribuindo para um desfecho<strong>se</strong>m traumas da situação. “A resiliênciaajuda a vítima de bullyinga entender, por exemplo, que oO livro ManualAntibullying, doPsiquiatra GustavoTeixeira, oferece formasde tratar um problemacada vez mais discutido<strong>no</strong> Brasilato cometido tem mais a ver comuma limitação do agressor do quecom algo negativo de sua própriapersonalidade”, detalha a diretorado Instituto de Psicologia Positivae Comportamento.Com estudos bastante recentes<strong>no</strong> Brasil, datados da década de1990, o bullying praticado nas escolas(School place bullying) e <strong>se</strong>u<strong>se</strong>feitos têm sido alvo de pesquisasrealizadas por instituições com amissão de resguardar os direitosdas crianças e dos adolescentes,como a Associação Brasileira Multiprofissionalde Proteção à Infânciae à Adolescência (Abrapia), umadas primeiras a discriminar ostipos de bullying; locais de maiorfrequência; reação dos <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>-alvoou agressores; <strong>se</strong>ntimentos emrelação à situação; a população--alvo; sua faixa etária e <strong>se</strong>xo.Segundo os resultados da pesquisa,realizada entre <strong>alu<strong>no</strong>s</strong> de9 escolas da rede pública e duasparticulares, 50,5% dos autores debullying são do <strong>se</strong>xo masculi<strong>no</strong>. “Noa<strong>no</strong> passado eu qua<strong>se</strong> perdi o a<strong>no</strong>letivo por faltas. Eu não tinha maisvontade de ir à escola porque algunsmeni<strong>no</strong>s da minha sala ficavam mezoando, por eu <strong>se</strong>r muito magra.Todo dia eles inventavam umapelido, faziam musiquinha...erahorrível”, desabafa a menina, de13 a<strong>no</strong>s, aluna de uma escola doRio de Janeiro, que prefere não <strong>se</strong>identificar.Como <strong>no</strong> Brasil ainda não háuma lei federal antibullying, cujasações <strong>se</strong>jam detalhadas na Lei deDiretrizes e Ba<strong>se</strong>s da Educação,alguns estados e municípios <strong>se</strong>anteciparam e criaram <strong>se</strong>us projetosde lei. No a<strong>no</strong> passado, o RioGrande do Sul sancio<strong>no</strong>u uma leique não prevê punições aos estudantes,apenas ações educacionais.A determinação abrange as escola<strong>se</strong>staduais e privadas de ensi<strong>no</strong>básico e de educação infantil. Jáo maior centro financeiro do Brasiladotou, desde 2009, a lei quedetermina que as escolas públicasda educação básica do municípiodeverão incluir em <strong>se</strong>u projeto pedagógicomedidas de conscientiza-EstudoBullyingEscolar <strong>no</strong>Brasil 2010Fonte: Conduzido pela ONG PlanA pesquisa realizada com<strong>alu<strong>no</strong>s</strong> do Ensi<strong>no</strong> Funda-mental de escolas pública<strong>se</strong> privadas das federaçõesbrasileiras mostra que...10% 17% 20%já foramalvos de bullyingjá foramper<strong>se</strong>guidos peloscolegas na Internetpre<strong>se</strong>nciamato de violência comfrequênciaRevista <strong>Appai</strong> Educar 23

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