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Pais, alunos, professores e sociedade se unem no combate ... - Appai

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Na opinião de Maria de FátimaMuniz o lugar não poderia ter sidouma <strong>se</strong>nzala, pois é uma construçãoem forma de arcos, muitoaberta para um modelo de prisão.O alicerce de pedras leva a crerque o prédio tenha sido construídona época da escravidão. Há algunsindícios de que o local teria sido umarmazém de laranjas até o final daSegunda Guerra, um leprosárioou um crematório de corpos devítimas da han<strong>se</strong>nía<strong>se</strong> atingidasdurante um grande surto <strong>no</strong> finaldo 2º Reinado.O assunto é tão interessante que jávirou te<strong>se</strong> de mestrado e discussãona Web. Mas, para Fátima, o fatode até hoje não <strong>se</strong> ter descobertoao certo o que teriam sido asruínas não é o mais importante,visto que a história oficial é feitade te<strong>se</strong>s. Es<strong>se</strong> “mistério” tem dadopa<strong>no</strong> pra manga e permite que osjovens <strong>se</strong> transformem em verdadeirosarqueólogos. O objetivoé levar a garotada a perceber quea história é construída a partir desuposições e que não existe uma“verdade absoluta”.A ideia é garantir uma situaçãode vivência fora da escola. A professoradefende que a educaçãoprecisa fazer um movimento, teruma dinâmica e adaptar a pedagogiaaos dias atuais: “Ela nãopode ficar só entre quatro paredes.Interagir com a natureza édar <strong>se</strong>ntido à vida. Alguns <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>e <strong>professores</strong> me dizem: “ah! eumoro lá perto, já vi aquilo tudo”,e eu rebato: Ah!, mas agora vocêvai ver com olhos de historiador. Eos que moram aqui perto vão meconduzindo e acabo descobrindooutras <strong>no</strong>vidades junto com eles”.Durante a exposição dos trabalhosos comentários são muitos:“Descubro que Queimados temmuitas coisas interessantes quenão conhecia, sonho em descobriro que poderia ter sido”, diz Diego,do 7º a<strong>no</strong>, que acompanha o assuntopela Internet e leva <strong>no</strong>vidadespara a sala de aula.“Fico feliz em ver o deslumbramentodas turmas ob<strong>se</strong>rvando asruínas: todos <strong>se</strong> jogam para elascomo <strong>se</strong> corres<strong>se</strong>m atrás para desvendar.Eles fazem esculturas <strong>no</strong>próprio local com a argila e depoisde<strong>se</strong>nvolvem outras atividade<strong>se</strong>m sala de aula. Ao de<strong>se</strong>nharsuas visões eles reconhecem <strong>se</strong>upatrimônio, como a Igreja, quedata de 1737, em estilo colonial,e a própria estação da Central doBrasil/Queimados, a primeira linhaferroviária inaugurada peloimperador, que chegou aomunicípio com a Corte abordo da locomotiva Baronesa,não para escoamentode recursos naturais, mascomo transporte urba<strong>no</strong>”,completa Fátima.O peque<strong>no</strong> Fabrício, do 7ºa<strong>no</strong>, também guarda grandesrecordações do trabalhoe fica muito orgulhoso deDepois de irem a campo"reconhecer" as ruínas eoutros locais da região, <strong>alu<strong>no</strong>s</strong>percebem-<strong>se</strong> como parteintegrante da HistóriaRevista <strong>Appai</strong> Educar 39

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