Ano XIV - nº 135 - Maio.2013 - Paróquia Nossa Senhora das Mercês
Ano XIV - nº 135 - Maio.2013 - Paróquia Nossa Senhora das Mercês
Ano XIV - nº 135 - Maio.2013 - Paróquia Nossa Senhora das Mercês
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Ano</strong> <strong>XIV</strong> - nº <strong>135</strong> - <strong>Maio.2013</strong>
Igreja Matriz<br />
<strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
Horários e atendimentos<br />
ENDEREÇO<br />
da Paróquia e Convento<br />
Av. Manoel Ribas, 966<br />
80810-000 Curitiba-PR<br />
Tel. Paróquia: (041) 3335.5752 (sec.)<br />
Tel. Convento: (041) 3335.1606 (freis)<br />
Tel. Catequese: (041) 3336.3982<br />
EXPEDIENTE DA SECRETARIA PAROQUIAL:<br />
De segunda a sexta-feira<br />
Das 8h às 12h e <strong>das</strong> 13h às 18h<br />
Sábado<br />
<strong>das</strong> 9h à 12h<br />
HORÁRIO DE MISSAS:<br />
MISSAS<br />
HORÁRIO<br />
Segunda-feira:<br />
6h30<br />
Terça, quarta e quinta-feira:<br />
6h30 e 19h<br />
Sexta-feira:<br />
6h30, 15h e 19h<br />
Sábado:<br />
6h30, 17h e 19h<br />
Domingo: 6h30, 7h30, 9h, 10h30,<br />
12h, 17h e 19h<br />
ENTREAJUDA<br />
Quinta-feira 9h, 15h e 20h<br />
NOVENA PERPÉTUA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS<br />
Sexta-feira<br />
8h30 e 19h<br />
ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO<br />
Sexta-feira <strong>das</strong> 9h às 19h<br />
Benção com o Santíssimo às 18h30<br />
BÊNÇÃOS<br />
De segunda a sexta-feira:<br />
Sábado:<br />
<strong>das</strong> 8h às 11h30 e <strong>das</strong> 14h às 17h50<br />
<strong>das</strong> 10h às 12h e <strong>das</strong> 14h às 17h<br />
Telefone para agendar bênçãos: 41 3335.1606<br />
ANIVERSARIANTES<br />
<strong>Nossa</strong> Paróquia felicita os aniversariantes do mês de maio, oferecendo<br />
a todos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa. Saúde,<br />
paz, prosperidade e que nunca falte o amor a Jesus Cristo e <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong><br />
em suas famílias.<br />
>> Expediente do Boletim<br />
O CAPUCHINHO<br />
Pároco: Frei Pedro Cesário Palma<br />
Vigários Paroquiais: Frei Benedito Félix da Rocha e João Daniel Lovato<br />
Freis do Convento: Frei Moacir Antonio Nasato, Frei Juarez De Bona<br />
e Frei Hélio de Andrade<br />
Jornalista responsável: Luiz Witiuk – DRT nº 2859<br />
Coordenação: Izilda de Figueiredo<br />
Capa: Mayra Armentano Silvério<br />
Diagramação e Arte: Aldemir D. Batista - 9983-3933<br />
Impressão: Editora Exceuni - (41) 3657-2864 / 3657-4542<br />
Tiragem: 5.000 exemplares<br />
>> Demonstrativo Financeiro - Abril 2013<br />
RECEITAS<br />
Dízimo paroquial ....................................................................... R$ 72.147,00<br />
Ofertas ....................................................................................... R$ 12.838,00<br />
Espórtulas/batizados/casamentos ........................................... R$ 3.435,00<br />
Total ........................................................................................... R$ 88.420,00<br />
Dizimistas ca<strong>das</strong>trados 1302<br />
Dizimistas que contribuíram 946<br />
Novos Dizimistas 24<br />
DESPESAS<br />
DIMENSÃO RELIGIOSA<br />
Salários/encargos sociais, férias e Indenização ....................... R$ 18.973,49<br />
Côngruas .................................................................................... R$ 5.424,00<br />
Casa paroquial/Auxilio Alimentação - IPAS .............................. R$ 3.034,00<br />
Café do Dízimo .......................................................................... R$ 3.000,00<br />
Desp.cultos /ornamentação/homenagens............................... R$ 1.432,00<br />
Luz/água/telefone .................................................................... R$ 2.398,73<br />
Conserv. dos imóveis/ Pinturas/Bancos ................................... R$ 8.795,39<br />
Projetores e Moveis .................................................................. R$ 4.418,00<br />
Rouparia / Copa/Costura/ Gás/ Alimentação ........................... R$ 387,50<br />
Despesas com correios (dizimo) ............................................... R$ 758,50<br />
Serviços de contabilidade ......................................................... R$ 96,00<br />
Serviços de alarme/ Segurança ................................................. R$ 321,60<br />
Manut. de Veículos/Combustíveis/ seguros ............................. R$ 2.143,00<br />
Material de limpeza .................................................................. R$ 701,00<br />
Material de expediente/xerox/Gráficas .................................. R$ 1.121,15<br />
Revistas/internet/ WEB/"O capuchinho" ................................. R$ 2.979,30<br />
Plano de saúde de func. / farmácia .......................................... R$ 1.412,50<br />
Vales transportes, alimentação e fretes................................... R$ 2.754,00<br />
Total....................................................................................... R$ 60.150,16<br />
DIMENSÃO MISSIONÁRIA<br />
Taxa para Arquidiocese ref. 03/13 ............................................. R$ 8.164,65<br />
Taxa para a Província freis Capuchinhos ................................... R$ 5.811,25<br />
Mat.pastoral/catequético/Cursos / Seminário ........................ R$ 3.785,00<br />
Repasse para o encontro do EJC ............................................... R$ 5.000,00<br />
Total....................................................................................... R$ 22.760,90<br />
DIMENSÃO SOCIAL<br />
Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz (CIC) ............................. R$ 4.000,00<br />
Total....................................................................................... R$ 4.000,00<br />
TOTAL GERAL.......................................................................... R$ 86.911,06<br />
>> Ação Social da Paróquia N. Sra. <strong>das</strong> Mercês<br />
Graças à generosidade dos paroquianos, dizimistas e benfeitores, arrecadamos<br />
no mês de abril/13, os donativos abaixo discriminados:<br />
DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: ABRIL/2013<br />
Destinatário Peças de Pares de<br />
Roupas Calçados<br />
Diversos Total Alimentos<br />
Kg<br />
N. Sra. da Luz (Vila) 2.527 206 394 3.127 250 KG<br />
Almirante Tamandaré 2.214 192 361 2.767 270 KG<br />
Vila Verde 1.778 250 430 2.458 226 KG<br />
Setor Mercês 055 05 010 070 322 KG<br />
TOTAL 6.574 653 1.195 8.422 1.068 KG<br />
À Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz (CIC), doamos<br />
em dinheiro: R$ 4.000,00 para a promoção humana.<br />
Agradecemos a você, pela sua generosa doação.<br />
Frei Pedro Cesário Palma<br />
Pároco<br />
Boletim Informativo da<br />
2 Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
maio.2013
Mensagem do Pároco<br />
O mês de maio é rico em comemorações e<br />
celebrações. Dia 12 comemoramos o dia <strong>das</strong><br />
mães. Que Deus abençoe você, mamãe! Você<br />
que, apesar dos trabalhos e canseiras, sorri feliz<br />
com os filhos ao peito, ao colo ou ao seu redor!<br />
Você que chora, dorida, a perda de um filho, ou<br />
quando algum dos seus filhos se desvia do caminho<br />
do bem! Você que é jovem ou idosa, doente<br />
ou saudável, rica ou pobre, lembrada pelos<br />
seus filhos ou esquecida por eles! Deus jamais<br />
se esquece de você! Deus abençoe você,<br />
mamãe que, não tendo dado à luz fisicamente,<br />
é mãe pelo coração e pelo espírito, pela generosidade<br />
e abnegação, para tantos que não tiveram<br />
outra mãe! Deus abençoe você, mamãe,<br />
que partiu deste mundo e continua intercedendo<br />
pelos seus filhos lá do céu!<br />
Maio é também o mês consagrado a Maria<br />
de Nazaré, a Mãe <strong>das</strong> mães. Ela nos foi dada<br />
por Jesus para ser nossa mãe e nos indicar os<br />
caminhos do seu Filho! Como afirmou o próprio<br />
Jesus, ela sempre fez a vontade de Deus (Mc 3,<br />
35). Que Maria ponha no coração de seu Filho<br />
to<strong>das</strong> as mães do mundo.<br />
Temos, também, no mês de maio, diversas festas<br />
litúrgicas. Começamos o mês festejando São<br />
José (01.05), modelo e patrono dos trabalhadores.<br />
Quarenta dias após a Páscoa temos a festa<br />
da Ascensão de Cristo (12.05). Cinqüenta dias<br />
pós-páscoa, celebramos Pentecostes (19.05), que<br />
encerra o Tempo Pascal. No primeiro domingo<br />
depois de Pentecostes, celebramos a Santíssima<br />
Trindade (26.05) e, na quinta-feira seguinte, Corpus<br />
Christi (30.05).<br />
Vivamos intensamente este mês, rico em comemorações<br />
e celebrações valiosíssimas para<br />
nossa espiritualidade.<br />
Paz e Bem!<br />
Frei Pedro Cesário Palma,<br />
OFMCap.<br />
As rosas de Santa Rita de Cássia<br />
O Movimento Santa Rita de Cássia da Paróquia N. Sra. <strong>das</strong> Mercês convida todos<br />
a participarem da Festa Litúrgica de Santa Rita de Cássia - a Santa <strong>das</strong> Rosas -<br />
para a Solene Celebração Litúrgica, em sua honra, no dia 22 de maio, quarta-feira,<br />
às 17h que será presidida por frei Moacir Antônio Nasato.<br />
A devoção a esta Santa é muito forte em nossa<br />
Paróquia. O movimento está festejando 39 anos<br />
e se reúne to<strong>das</strong> às quartas-feiras, em nossa<br />
Igreja Matriz, às 17h, para rezar a novena perpétua<br />
em louvor à Santa Rita. Estas pessoas<br />
devotas, rezam por suas intenções particulares,<br />
pelos doentes e por todos os que pedem e<br />
necessitam de graças especiais, principalmente às causas difíceis<br />
que Santa Rita é a benfeitora.<br />
Por ocasião da festa, o movimento tem a tradição de distribuir a todos<br />
que participam da celebração, uma rosa. Venha prestigiar este momento<br />
de devoção e receber sua rosa com a bênção de Santa Rita de Cássia!<br />
Movimento Santa Rita de Cássia da<br />
Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
maio.2013<br />
Boletim Informativo da<br />
Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
3
Santíssima Trindade, Deus três vezes Misericordioso...<br />
Se perguntarmos às pessoas<br />
quem é Deus e como entendem<br />
Deus, possivelmente vamos ter<br />
respostas indefini<strong>das</strong>, incompletas<br />
ou incapazes de oferecer<br />
um conceito claro de Deus. As<br />
pessoas sentem dificuldade de<br />
explicar ou definir Deus em conceitos<br />
humanos, ou até mesmo<br />
dar-lhe um nome.<br />
Se existe dificuldade de enquadrar<br />
Deus numa definição,<br />
ou até mesmo num nome, dependendo<br />
da experiência que se faz<br />
de Deus, outros fatores podem<br />
contribuir para afastar-se ou<br />
aproximar-se de Deus. A indiferença,<br />
por exemplo, torna Deus<br />
distante e escondido, o medo<br />
pinta Deus como juiz severo e<br />
castigador dos erros humanos e<br />
também contribui para o distanciamento.<br />
Mas, para quem faz<br />
experiência profunda do amor<br />
de Deus, ele se mostra próximo<br />
e se manifesta pela paz e pelo<br />
amor, através da fraternidade.<br />
Quem assim se encontra com<br />
Deus, sente-se necessitado de<br />
louvá-lo e encontra mil motivos<br />
para exaltá-lo.<br />
Deus se revela no amor e é<br />
pelo amor que experimentamos<br />
Deus. Amor que se manifesta divinamente<br />
em diversos modos,<br />
mas de maneira especial na misericórdia<br />
ao se fazer companheiro<br />
de caminhada do povo,<br />
mesmo que esse tenha cabeça<br />
dura. Amor que se mostra em<br />
grau máximo na entrega do Filho<br />
e de sua Salvação, abrindo a<br />
possibilidade de ter em si a vida<br />
em plenitude encontrada somente<br />
em Deus. É contemplando a<br />
misericórdia amorosa de Deus<br />
que se compreende a fé como estilo<br />
de vida, vivenciada na confiança<br />
a Deus, porque quem nele crê<br />
não morrerá, mas terá a vida.<br />
O estilo de vida cristão, inspirando-se<br />
no amor misericordioso<br />
de Deus, ganha sua expressão<br />
mais evidente na comunidade e na<br />
convivência fraterna. Se Deus é<br />
amor e se a fé do cristão nasce da<br />
contemplação do amor misericordioso<br />
de Deus, então é natural<br />
sentir a presença de Deus na promoção<br />
da paz e da concórdia de<br />
uma comunidade. Toda existência<br />
cristã consciente, como estilo de<br />
vida fundamentado no Evangelho,<br />
encontra na comunidade Trinitária<br />
seu modo de acolher e conviver<br />
com o outro, isto é, viver e conviver<br />
comunitariamente. Numa<br />
palavra, significa viver como salvados<br />
e não como gente que vive<br />
para ser salva. Lá onde se age no<br />
amor, onde se favorece a concórdia<br />
e a comunhão entre as<br />
pessoas e se trabalha pela paz,<br />
sempre existirá o reflexo do Deus<br />
Uno e Trino porque será uma comunidade<br />
refletida pela pluralidade,<br />
mas fundamentada na unidade<br />
profunda do amor. Será uma<br />
comunidade refletida na Trindade<br />
Santa.<br />
O fundamento teológico <strong>das</strong><br />
orações está no dogma da Santíssima<br />
Trindade, professando a distinção<br />
<strong>das</strong> Três Pessoas divinas e<br />
a sua unidade. Isto é visível na<br />
proclamação do Prefácio e na memória<br />
da ação reveladora do Filho<br />
e do Espírito Santo, enviados<br />
pelo Pai (oração do dia). A síntese<br />
encontra-se na aclamação ao<br />
Evangelho, cantando a Trindade<br />
Santa como o Deus eterno, aquele<br />
“que é que era e que vem”.<br />
Juntamente com a proclamação<br />
da fé na Trindade, a celebração<br />
assume a característica de<br />
grande ação de graças ao Pai pela<br />
sua misericórdia para conosco<br />
(antífona de entrada), pela acolhida<br />
da vida humana como oferenda<br />
eterna (sobre as oferen<strong>das</strong>), e<br />
pela filiação divina (antífona de<br />
comunhão) que nos permite viver<br />
em comunhão de amor com Deus<br />
(depois da comunhão).<br />
Nietzsche, filósofo, proclamou<br />
a morte de Deus, mas a religião<br />
continua atraindo milhões de pessoas<br />
no mundo inteiro, até hoje.<br />
Depois do Vaticano II, teólogos<br />
católicos e protestantes sugeriram<br />
um novo pensar teológico,<br />
menos sacro, para mostrar que<br />
Deus estava mais presente no<br />
mundo secular e não tão intensamente<br />
no sacro. É quando aparece<br />
a “teologia secular” de F. Gogarten,<br />
a “cidade secular” de H.<br />
Cox, só para lembrar dois mais<br />
conhecidos.<br />
Há alguns atrás, não consigo<br />
precisar a data, a revista britânica<br />
Time, numa matéria de capa,<br />
perguntava: “Where did God go”<br />
– “Para onde foi Deus”. A matéria<br />
falava de igrejas vazias, de catedrais<br />
que se tornavam cada vez<br />
mais museus de arquiteturas antigas,<br />
freqüenta<strong>das</strong> mais por turistas<br />
que por fiéis. Mostrava<br />
como a religião perdia sua força<br />
na Europa e Deus deixava de ser<br />
atração na vida <strong>das</strong> pessoas. A<br />
pergunta de capa da “Time”, contudo,<br />
não ficou sem resposta e os<br />
jornalistas apontavam outros lugares<br />
onde era possível encontrar<br />
Deus. Daqueles, cito três que fazem<br />
parte de nossa realidade sócio-religiosa.<br />
O primeiro lugar onde podemos<br />
encontrar Deus é na vida privada,<br />
na intimidade de uma fé<br />
subjetiva. O modelo desse fiel resume-se<br />
na frase: “a coisa mais<br />
importante é ter Deus no meu coração”.<br />
É o fenômeno da religião<br />
individual e individualizada, privatizada.<br />
Outro local, ligado ao<br />
primeiro, está nos movimentos de<br />
espiritualidade que não se preocupam<br />
com pregações teóricas<br />
para convencer futuros adeptos,<br />
mas falam de Deus para emocionar<br />
seus participantes com canções,<br />
com testemunhas de gente<br />
que venceu na vida. Outro local<br />
onde Deus se encontra é no meio<br />
da juventude. Neste caso, a revista<br />
“Time” citava a comunidade de<br />
Taizè, as Jorna<strong>das</strong> Mundiais da<br />
Juventude e outros encontros religiosos<br />
que reúnem milhares de<br />
jovens.<br />
O que pensar disso Um teólogo<br />
canadense, Jean Marie Tillard,<br />
há cinco ou seis anos atrás,<br />
escreveu um livro com a pergunta<br />
“Seremos nós, os últimos cristãos”<br />
No decorrer do texto ele<br />
afirma que a nossa geração, de<br />
fato, poderá ser a última geração<br />
que testemunhará uma certa<br />
modalidade de ser cristão.<br />
Lança a possibilidade de haver<br />
novas formas de ser cristão no<br />
mundo, novos estilos de vida<br />
para viver o Evangelho.<br />
É uma proposta, digamos assim,<br />
que nos remete à Conferência<br />
de Aparecida com o forte impulso<br />
para que o cristianismo<br />
seja vivenciado no discipulado<br />
de Cristo e na mentalidade do<br />
Evangelho, como discípulos do<br />
Evangelho. Esta modalidade, que<br />
não é contemplada na matéria<br />
da Revista Time, mas será, com<br />
certeza, num futuro não muito<br />
distante, um dos locais privilegiados<br />
onde encontrar-se com o<br />
Deus de Jesus Cristo.<br />
Para nós cristãos católicos,<br />
a verdadeira celebração é aquela<br />
marcada pelo louvor e pela<br />
adoração dirigida à Trindade<br />
Santa e exaltada, de quem reconhece<br />
na Trindade Santa a fonte<br />
do amor misericordioso, da salvação<br />
e da fraternidade.<br />
Diácono Jorge A. F. de Andrade<br />
A visitação de <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> a sua prima Santa Isabel<br />
Lc 1,39-40 – “Alguns dias depois,<br />
Maria se aprontou e foi<br />
depressa para uma cidade que<br />
ficava na região montanhosa da<br />
Judéia. Entrou na casa de Zacarias<br />
e cumprimentou Isabel”<br />
Vamos colocar nossa imaginação<br />
neste caminho percorrido<br />
por Maria a pé, desde Nazaré<br />
até os montes onde habitavam<br />
Zacarias e Isabel.<br />
À distância entre Nazaré e Ain<br />
Karin (Hebron) é de aproximadamente<br />
150 km. É uma viagem de<br />
mais de 80 quilômetros em linha<br />
reta. Mas não era possível uma<br />
viagem em linha reta, não só devido<br />
ao acidentado do terreno,<br />
como pela necessidade de atravessar<br />
a Samaria. Geralmente os<br />
samaritanos atacavam os que<br />
passavam pelo seu território,<br />
principalmente quem fosse para<br />
Jerusalém.<br />
É uma jovem, mas não tem<br />
medo, porque Deus está com Ela,<br />
dentro d’Ela. De certo modo, podemos<br />
dizer que a sua viagem foi<br />
a primeira “procissão eucarística”<br />
da História.<br />
<strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> foi visitar<br />
Santa Isabel, não porque pudesse<br />
haver qualquer resquício de<br />
dúvida, sobre o que tinha dito o<br />
Anjo, ou então que este a tivesse<br />
enganado. Jamais isto teria<br />
acontecido. Ela foi visitar a prima<br />
porque recebeu uma inspiração<br />
de fazê-lo, foi tocada por uma<br />
graça, recebendo assim, um impulso<br />
em seu interior e obedecendo<br />
a este prontamente. Ela põe-se<br />
a caminho, porque lhe veio ao espírito<br />
uma preocupação: “Minha<br />
prima está para dar a luz, não<br />
contou nada a ninguém, não haverá<br />
quem a ajude, ela não tem<br />
filhos, está sozinha, eu preciso<br />
ajudá-la”.<br />
Maria não pensou em si; dirigiu-se<br />
ao lugar em que estava Isabel,<br />
que era distante de três a quatro<br />
dias de caminhada. Certamente<br />
acompanhou alguma caravana<br />
que por lá passava, pois, viajar<br />
sozinho naquela época, era um<br />
risco enorme.<br />
Entretanto, pôs-se em direção<br />
para onde O Evangelho diz: “foi<br />
com pressa às montanhas...”<br />
Ela não fez um plano de viagem...,<br />
“bem quando eu me sentir<br />
um pouco melhor”..., “quem sabe,<br />
num dia mais propício”... Não, “foi<br />
com pressa...”.<br />
Quando se trata de fazer o<br />
bem, é assim que se age. Quando<br />
alguém está com alguma necessidade,<br />
Ela atende às pressas; e foi<br />
por isso que se pôs a caminhar<br />
imediatamente. Maria vive dentro<br />
da contemplação de Deus, que se<br />
encontra no mais intimo de seu<br />
coração. Nosso Senhor Jesus Cristo<br />
estava sendo formado enquanto<br />
homem em seu claustro virginal.<br />
Por isso, quanta razão tinha<br />
para ficar em casa contemplando<br />
este Deus que estava sendo gerado<br />
em seu interior. Entretanto, recebida<br />
a notícia, não titubeou,<br />
põe-se a caminho.<br />
Maria nos convida a empreender<br />
um caminho.... nos dá o<br />
exemplo de quanto nós devemos<br />
ser sensíveis, o quanto devemos<br />
ser flexíveis, o quanto devemos<br />
estar prontos para atender as inspirações<br />
que Deus põe em nossas<br />
almas.<br />
Quantas e quantas vezes nós<br />
ao longo de nossa vida temos essas<br />
ou aquelas inspirações, temos<br />
esses ou aqueles toques interiores<br />
da graça, sentimos em<br />
nossa alma que devemos empreender<br />
um caminho ou então abandonar<br />
algo que nos prejudica, que<br />
nos leva a ofender a Deus. Quantas<br />
vezes sentimos a voz de consciência,<br />
ou a própria voz de Deus<br />
nos convidando a empreender um<br />
caminho...<br />
SANTA ISABEL<br />
Lc 1,41-42 – Quando Isabel ouviu<br />
a saudação de Maria, a criança<br />
se mexeu na barriga dela. Então,<br />
cheia do poder do Espírito<br />
Santo, Isabel disse bem alto:<br />
“Você é a mais abençoada de to<strong>das</strong><br />
as mulher, e a criança que<br />
você vai ter é abençoada também!”<br />
Encontramos a história de Isabel<br />
e Zacarias narrada no magnífico<br />
evangelho de São Lucas, onde<br />
ele descreveu que havia, no tempo<br />
de Herodes, rei da Judéia, um<br />
sacerdote chamado Zacarias, da<br />
classe de Abias; a sua mulher pertencia<br />
à descendência de Aarão<br />
e se chamava Isabel. Eles viviam<br />
na aldeia de Ain-Karim e tinham<br />
parentesco com a Sagrada<br />
Família de Nazaré.<br />
Foram escolhidos por Deus<br />
por sua fé inabalável, pureza de<br />
coração e o grande amor que dedicavam<br />
ao próximo.<br />
Isabel, apesar de sua santidade,<br />
era estéril e com idade<br />
avançada. Foi quando o anjo<br />
do Senhor apareceu ao velho<br />
sacerdote Zacarias no templo<br />
e disse-lhe que sua mulher, Isabel,<br />
teria um filho que teria o<br />
nome de João, que significa<br />
“agraciado por Deus”. O menino<br />
seria repleto do Espírito Santo<br />
desde a gestação de sua mãe, reconduziria<br />
muitos dos filhos de<br />
Israel ao Senhor seu Deus e seria<br />
precursor do Messias.<br />
Frei Moacir Antonio Nasato<br />
OFMCap<br />
Boletim Informativo da<br />
4 Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
maio.2013
Ascensão do Senhor<br />
Jesus transpõe os Céus e assenta-se com o Pai<br />
A palavra Páscoa possui origem hebraica e significa<br />
passagem. Já os judeus celebravam a Pessach, relembrando<br />
sempre da passagem dos Hebreus pelo Mar Vermelho,<br />
conduzidos por Moisés, saindo da terra da escravidão<br />
– o Egito – para a terra da liberdade. E para nós<br />
cristãos, a Páscoa é a centralidade de nossa fé, pois acreditamos<br />
que o Cristo que foi morto na cruz não terminou<br />
como outro mortal, mas Deus o ressuscitou dos mortos.<br />
Por isso, todo nosso calendário litúrgico converge e emana<br />
da Páscoa. A cada domingo, podemos dizer que celebramos<br />
a nossa “Páscoa semanal”. Os tempos litúrgicos,<br />
como o Advento, o Natal ou a Quaresma, bem como as<br />
festas dedica<strong>das</strong> à Virgem Maria e aos santos todos,<br />
também só possuem sentido porque existe a Páscoa.<br />
Ora, durante séculos de Cristianismo, muitas pessoas<br />
derramaram seu sangue por causa do Evangelho e do<br />
Reino de Deus. Outras formaram estilos de vida para<br />
seguir a Jesus com maior disponibilidade. Houve também<br />
as que estudaram a fundo o Mistério do Deus feito<br />
homem, entre outras tantas ações. Mas isso também só<br />
teve sentido, porque acreditaram que Jesus vive e está<br />
no meio de nós. E ainda hoje, percebemos que existem<br />
pessoas tão comprometi<strong>das</strong> com a causa do Reino de<br />
Deus que doam suas vi<strong>das</strong> inteiras em favor daqueles<br />
que mais precisam. Isso é a prova de que Jesus ressuscitou<br />
e de que sua mensagem permanece frutificando em<br />
nosso meio.<br />
Cremos que as ações e as festas da Igreja dependem<br />
da Páscoa. Logo, não é diferente com a Solenidade da<br />
Ascensão do Senhor que ainda está dentro do próprio<br />
Tempo Pascal. Essa Solenidade é comemorada 40 dias<br />
depois do domingo de Páscoa (antes era celebrada na<br />
quinta-feira da 6º semana da Páscoa, mas no Brasil, por<br />
particularidades culturais, foi transferida para o domingo<br />
seguinte, ou seja, o 7º domingo da ressurreição). Após<br />
a saída do Egito, o povo de Deus vagou pelo deserto,<br />
conduzidos por Moisés, durante 40 anos. Jesus, após sua<br />
ressurreição, apareceu já glorificado, aos discípulos por<br />
40 dias. Para nossa fé, não importa se foram de fato 40<br />
anos de peregrinação no deserto ou se Jesus permaneceu<br />
40 dias com os discípulos. O que importa é a simbo-<br />
Pentecostes, do grego, "pentekosté", é o qüinquagésimo<br />
dia após a Páscoa. Comemora-se a vinda<br />
do Espírito Santo na Igreja.<br />
Antigamente, para os judeus, Pentecostes<br />
era uma festa de grande alegria, pois era a festa<br />
<strong>das</strong> colheitas. Eram ofereci<strong>das</strong> as primícias <strong>das</strong> colheitas<br />
no templo. Era também chamada "a festa<br />
<strong>das</strong> sete semanas" por ser celebrada sete semanas<br />
depois da Páscoa, no qüinquagésimo dia.<br />
No primeiro Pentecostes depois da morte de<br />
Jesus, cinqüenta dias depois da Páscoa, o Espírito<br />
Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém<br />
na forma de línguas de fogo: todos ficaram cheios<br />
do Espírito Santo e começaram a falar em outras<br />
línguas (At 2,1-4). As primícias da colheita aconteceram<br />
naquele dia, pois foram muitos os que se<br />
converteram e foram recolhidos para o Reino de<br />
Deus. Pentecotes é a festa do Espírito Santo. Jesus<br />
já havia predito: "Quando vier o Paráclito, que vos<br />
enviarei de junto do Pai, ele dará testemunho de<br />
mim. E vós também dareis testemunho, porque<br />
estais comigo desde o começo". (Jo 15, 25-27). O<br />
Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho.<br />
logia que o número 40 nos traz: preparação para um grande<br />
evento – para os Hebreus, a entrada na Terra Prometida,<br />
já para Jesus a entrada definitiva no Céu. Uma mulher,<br />
por exemplo, geralmente possui uma gestação de<br />
40 semanas. Isto é: gesta uma nova vida dentro de si e<br />
prepara-se para gozar as alegrias após tantas complicações.<br />
No templo dos judeus havia um lugar considerado sagradíssimo,<br />
denominado Santo dos Santos. Acreditava-se<br />
que era nesse lugar que Deus se manifestava quando descia<br />
à Terra. O próprio Sumo Sacerdote – o mais importante<br />
líder religioso do judaísmo na época – só entrava nesse<br />
recinto uma vez por ano e era por ocasião da festa da<br />
Expiação – Yon Kipur. O ato de Jesus penetrar os Céus,<br />
como nos relata o Evangelho de Marcos e de Lucas, bem<br />
como outros escritos e reflexões dos primeiros cristãos, é<br />
O que é Pentecostes<br />
a realização do Eterno e Sumo Sacerdote: pela sua coerência<br />
até o final, Jesus se revelou vítima, altar e sacerdote,<br />
abrindo-nos o caminho ao Pai. Esse caminho não<br />
se faz mais com sacrifícios de animais (como os judeus<br />
faziam), mas se faz com a misericórdia pelo pobre e pelo<br />
marginalizado.<br />
E qual a mensagem que fica para nós nesta Solenidade<br />
Acredito que a melhor mensagem é a do anjo, no<br />
relato dos Atos dos Apóstolos escrito por São Lucas. Os<br />
discípulos, após a subida do Senhor, ficam maravilhados<br />
olhando para o céu. O anjo, entretanto, intervém: “Homens<br />
da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando<br />
para o céu Esse Jesus que vos foi levado para o céu, virá<br />
do mesmo modo que vistes partir para o céu.” (At 1,11)<br />
Essa festa convida a nós cristãos a não ficarmos de braços<br />
cruzados, simplesmente esperando o retorno do Senhor.<br />
Sim! Ele voltará! Mas é preciso construir seu Reino<br />
de Justiça e de Amor entre nós! Não podemos ficar somente<br />
voltados para os nossos interesses em uma religião<br />
não intimista e isolada. Ou como diria o refrão de<br />
um hino <strong>das</strong> antigas Campanhas da Fraternidade, composto<br />
pelo Pe. Zezinho: “Erguer as mãos com alegria,<br />
mas repartir também o pão de cada dia!”<br />
Eduardo Soczek<br />
Professor, Aspirante Franciscano-Capuchinho<br />
Portanto Cristo não pertence ao passado,<br />
mas é o Ressuscitado; o Evangelho não é letra morta,<br />
mas potência de vida; a Igreja não é uma organização,<br />
mas comunhão no amor trinitário.<br />
Com a vinda do Espírito Santo todos compreendiam<br />
a mesma mensagem embora fossem<br />
de línguas diferentes. Hoje em dia, a linguagem<br />
que todos compreendem é a linguagem da CARI-<br />
DADE. Praticando a CARIDADE todos compreenderão<br />
que somos discípulos e discípulas de Jesus Cristo.<br />
A FÉ, A ORAÇÃO E A CARIDADE FORMAM O TRI-<br />
PÉ: DISTINTIVO DO CRISTÃO!<br />
Frei Hélio<br />
de Andrade<br />
OFMCap<br />
maio.2013<br />
Boletim Informativo da<br />
Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
5
Nossos Freis<br />
Frei Benedito, exemplo de perseverança<br />
Eu nasci no município de Astorga, Paraná,<br />
em 1953. Meus pais, Joaquim e Ana<br />
vieram de Silvianópolis, Minas Gerais, a<br />
fim de trabalhar na plantação de café no<br />
norte do Paraná. Somos 13 irmãos dos<br />
quais, 07 homens e 06 mulheres. Eu sou o<br />
oitavo filho.<br />
Minha família é católica, de uma religiosidade<br />
muito forte, sempre levando a<br />
sério os compromissos com a Igreja. Assim,<br />
15 dia após o nascimento fui batizado<br />
por um frei capuchinho chamado Ambrósio<br />
Canato, italiano, missionário no<br />
Paraná e Santa Catarina por muitos anos.<br />
Eu tinha um ano de vida quando meus<br />
pais se mudaram para Terra Rica, onde<br />
comprou suas próprias terras para o<br />
plantio de café. Ali fui preparado pela<br />
minha irmã, Francisca, recebi a primeira<br />
comunhão. Nesta época, sem conhecer<br />
quase nada da vida, eu admirava muito o<br />
padre que celebrava missas, quase sempre<br />
em nossa casa, pois não havia outro<br />
lugar apropriado para isso. Além do padre,<br />
eu admirava muito um menino que<br />
vinha junto para ajudar o padre, e sabia<br />
responder a missa em latim.<br />
Vendo a necessidade de aumentar as<br />
terras, pois a família continuava aumentando,<br />
meus pais se mudaram para o<br />
município de Janiópolis na época Pinhalzinho<br />
onde comecei meus estudos e minha<br />
participação na igreja, hoje Paróquia<br />
<strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> Aparecida, cujo primeiro<br />
pároco foi o Frei Eugênio Nichele tenho a<br />
alegria de conviver com ele agora, já no<br />
final de sua vida aqui no Convento <strong>das</strong><br />
Mercês.<br />
Minha vocação brotou mesmo, quando<br />
numa missa Frei Eugênio falava sobre<br />
a necessidade que a Igreja tinha de novas<br />
vocações. Ao chegar em casa, após a<br />
missa minha mãe comentou com meu pai<br />
sobre a fala do Frei e disse que se um de<br />
seus filhos quisesse ela deixaria que fosse<br />
para o Seminário. Eu estava por perto<br />
e escutei a conversa e imediatamente me<br />
prontifiquei. Então, em 1967, com 13<br />
anos de idade, entrei para o Seminário de<br />
Siqueira Campos, onde cursei o quarto<br />
ano primário. Demorei pouco tempo e já<br />
me acostumei com a vida seminarística.<br />
Em 1968 o Seminário foi transferido<br />
para Uraí, Norte do Paraná, e nós seminaristas<br />
fizemos o quinto ano primário.<br />
Ficamos um ano em Uraí e em 1969 fomos<br />
para Engenheiro Gutierrez, Município<br />
de Irati, no grande seminário Santa<br />
Maria. Pasmem, éramos 150 seminaristas,<br />
houve ano que havia 180 seminaristas.<br />
No Seminário Santa Maria morei 6<br />
anos, quando então terminei o segundo<br />
grau.<br />
Durante todo esse tempo íamos recebendo<br />
formação humana, cristã e religiosa.<br />
Era hora de fazer uma experiência<br />
mais profunda, no ano que se chama de<br />
Noviciado. Entre uma crise e outra decidi<br />
fazer essa experiência, recebendo então<br />
o hábito capuchinho e fazendo os primeiros<br />
votos no final do ano de 1975.<br />
Neste ano fomos acompanhados e orientados<br />
pelo Frei João Daniel Lovato, que<br />
era o mestre dos noviços.<br />
Após essa experiência e feito os primeiros<br />
votos iniciei os estudos de Filosofia<br />
e Teologia. Em 1978 interrompi os estudos<br />
para mais uma experiência no Seminário<br />
Santa Maria, como assistente<br />
dos seminaristas. Neste ano pude amadurecer<br />
mais minha decisão de continuar me<br />
preparando para os votos perpétuos e também<br />
a ordenação sacerdotal. Em 1979 retomei<br />
os estudos de Filosofia e Teologia ao<br />
mesmo tempo fazendo estágio pastoral<br />
nas nossas paróquias durante os meses<br />
de férias. Era hora de tomar a decisão<br />
definitiva. Em 1980, no dia 4 de Outubro,<br />
nas mãos de Frei José Carlos Corrêa<br />
Pedroso, professei solenemente na Ordem<br />
Dos Frades Menores Capuchinhos.<br />
A ordenação sacerdotal veio um ano<br />
depois, aos 02 de agosto de 1981, sendo<br />
bispo ordenante, Dom Geraldo M. Pelanda.<br />
Foi uma grande solenidade, além do sentido<br />
e significado de uma liturgia e rito de<br />
ordenação, éramos 07 freis sendo ordenados<br />
na mesma igreja e na mesma hora.<br />
Minha primeira missa solene foi na cidade<br />
de Mundo Novo, MS, onde moravam meus<br />
pais na época.<br />
Você que está lendo o que escrevi deve<br />
estar pensando que tudo foi muito bonito,<br />
parece que não houve dificuldades, não<br />
apareceram obstáculos, etc. Não é assim.<br />
A vida seminarística era muito divertida,<br />
mas também muito difícil. Deus sabe o<br />
quanto custou perseverar até o momento<br />
presente.<br />
Agora devo falar um pouco dos lugares<br />
por onde andei até o momento depois<br />
da ordenação sacerdotal. Os três primeiros<br />
anos morei em Ponta Grossa, na Paróquia<br />
São Cristóvão. Essa foi meu primeiro<br />
amor. Estava tão bom trabalhar<br />
com aquele povo, quando fui transferido<br />
para o Seminário Santa Maria como diretor<br />
espiritual do mesmo. Fiquei apenas<br />
um ano e fui designado a trabalhar com<br />
a equipe missionária. Foram dois anos<br />
de missão no Paraná e Santa Catarina.<br />
De novo devo dizer que estava muito bom<br />
ali, mas o Provincial, Fr. João Daniel<br />
Lovato me enviou para Roma. Fui estudar<br />
Franciscanismo, onde acabei fazendo<br />
o mestrado em espiritualidade franciscana.<br />
Depois de dois anos em Roma,<br />
retornei à Província e fui indicado como<br />
formador na casa de Noviciado. Após<br />
cinco anos como mestre de noviços o<br />
Provincial, Frei Atilio Galvan me mandou<br />
para Londrina, para estudar psicologia e<br />
ao mesmo tempo ser mestre dos freis pósnoviços.<br />
Terminado o curso de psicologia<br />
fui transferido para Ponta Grossa, como<br />
formador dos aspirantes no Convento Bom<br />
Jesus. Depois de cinco anos mudei para a<br />
Paróquia Imaculada Conceição onde<br />
fiquei apenas um ano. De lá vim morar<br />
aqui em Curitiba, na Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong><br />
da Mercês onde atuo até hoje.<br />
Gostaria de dizer um muito obrigado<br />
a Deus que é a minha maior força, meu<br />
amparo, minha proteção, e que sem mérito<br />
nenhum de minha parte me deu tantas<br />
coisas boas até o momento presente.<br />
Agradeço tudo que aconteceu de<br />
bom nestes 60 anos de vida, 42 anos de<br />
vida consagrada, e 32 anos de vida sacerdotal.<br />
Agradeço aos freis da Província<br />
Capuchinha, especialmente os<br />
que comigo hoje convivem no dia a<br />
dia. Agradeço ao povo da Paróquia que<br />
tem me compreendido e me dado bons<br />
testemunhos de fé e perseverança.<br />
Obrigado a todos.<br />
Paz e Bem<br />
Frei Benedito Félix da Rocha<br />
Vigário Paroquial<br />
freidito@bol.com.br<br />
Boletim Informativo da<br />
6 Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
maio.2013
Maria e os dons do Espírito Santo<br />
Estamos no mês dedicado a Maria, Mãe de Deus e<br />
nossa Mãe. E, também, nos preparando para a Festa de<br />
Pentecostes, que este ano será comemorado no dia 19.<br />
Maria, a "Bendita entre to<strong>das</strong> as mulheres", foi a primeira<br />
pessoa a receber a manifestação do Espírito Santo em<br />
plenitude, quando abrigou em seu ventre, o Filho do Altíssimo.<br />
Depois Ela e os Apóstolos, reunidos no Cenáculo,<br />
receberam a efusão do Espírito Santo. Assim Maria,<br />
que já O possuía, teve os dons estimulados para, junto<br />
com os Apóstolos, formar a Igreja.<br />
Esse acontecimento foi um derramamento do Espírito<br />
Santo que vem sobre nós, sobre a Igreja e a sustenta. O<br />
fogo do Espírito Santo incendiou o coração dos Apóstolos<br />
fazendo com que eles passassem por uma transformação.<br />
Ao sair do Cenáculo, Pedro não era a mesma<br />
pessoa que entrou. Assim como João não era mais o mesmo.<br />
Eles sentiram aquela força que veio do alto para<br />
capacitá-los, para realmente fazer com que eles fossem<br />
para o mundo e formassem a Igreja.<br />
Por isso, ao celebrarmos esta Festa, devemos realmente<br />
viver um novo Pentecostes. Cada vez mais, nós<br />
católicos batizados, que participamos da Igreja em diversas<br />
funções, como leitores, cantores, entre outros, não<br />
podemos ser meros "papa-hóstias". Não sejamos meros<br />
cristãos que participam da Igreja, que vêm e voltam da<br />
mesma maneira. Se não deixarmos o fogo do Espírito<br />
queimar a alma, não cedemos a Deus e Ele não consegue<br />
trabalhar em nós.<br />
Precisamos ser discípulos de Jesus, ser Luz. E onde<br />
buscar essa Luz No Espírito Santo, da mesma forma que<br />
a Igreja nascente surgiu em Pentecostes. Nós precisamos<br />
passar por essa transformação em nossas vi<strong>das</strong>,<br />
caso contrário a Palavra de Deus não ecoa. A semente<br />
não brota, não produz. <strong>Nossa</strong>s comunidades não afloram.<br />
<strong>Nossa</strong>s pastorais não progridem. <strong>Nossa</strong> vida espiritual<br />
não decola para Deus.<br />
Sem dúvida todos já ouviram a expressão: "Deus não<br />
escolhe os capacitados, Ele capacita os escolhidos". Ele<br />
nos capacita concretamente com os dons do Espírito Santo.<br />
Mas quais são eles E como deixá-los agirem na nossa<br />
vida<br />
O primeiro é o dom do Temor de Deus e através dele,<br />
o Espírito nos arranca o orgulho e nos ajuda a plantar a<br />
humildade, nos fazendo reconhecer o poder, a majestade<br />
e a soberania de Deus. Ele é o Criador, nós suas criaturas.<br />
Maria é o modelo de quem acolheu plenamente esse<br />
dom. Sua vida foi uma resposta ao chamado do Senhor.<br />
Docilmente, ela se fez Sua serva deixando que o Todo<br />
Poderoso realizasse nela o mistério da encarnação do<br />
Verbo Divino.<br />
Outro dom é o da Piedade, que combate em nós o<br />
egoísmo que é o segundo obstáculo para a união com<br />
Deus. Não podemos ter um coração frio e indiferente,<br />
mas terno e devotado no caminho com Deus e com os<br />
irmãos. Esse dom produz frutos importantes: faz brotar<br />
em nós a consciência da filiação divina.<br />
Maria também foi movida por esse dom. Sua vida e<br />
suas atitudes sempre foram de amor filial para com Deus.<br />
Esse dom também a fez respeitar as Sagra<strong>das</strong> Escrituras e<br />
guardar tudo em seu coração.<br />
Já o dom da Ciência traz a verdade como grande virtude.<br />
Ele tira o "falso brilho", ou seja, do apego a coisas, de<br />
fascinação. Às vezes ficamos fascinados por coisas, pela<br />
tecnologia, por carros, pela casa, pelos bens, pela paixão.<br />
Esse dom nos mostra que nem tudo que brilha é<br />
ouro e acima de tudo, nos mostra o que é brilho<br />
falso e o que é verdadeiro na fé.<br />
Maria teve a fé aperfeiçoada por esse dom. O<br />
Canto do Magnificat que ela eleva a Deus mostra a<br />
sua compreensão às coisas cria<strong>das</strong> em relação<br />
a Ele, o Criador.<br />
No dom da Fortaleza, o Espírito Santo vem<br />
modificar-nos e corrigir nossos ímpetos, ao mesmo<br />
tempo em que nos faz resistentes para que<br />
consigamos sofrer corajosamente, superando<br />
qualquer obstáculo à realização da vontade divina.<br />
Maria teve em plenitude o dom da Fortaleza e o<br />
provou aos pés da cruz, quando resistiu à dor e ao<br />
sofrimento de ver seu Filho, inocente, ser morto.<br />
Ela não fraquejou, manteve-se firme e soube esperar<br />
a madrugada da Ressurreição.<br />
Há também o dom do Conselho e é justamente o<br />
que oferece o caminho. Quantas vezes gastamos nossas<br />
forças para o mal Por vezes somos capazes de<br />
articular, de usar as pessoas para destruir. Usar a<br />
força, a inteligência e a sabedoria para o mal. Por<br />
isso, a virtude aflorada por esse dom é a prudência.<br />
Maria é chamada de Mãe do Bom Conselho por ser<br />
plena desse dom. Ela foi à mulher da prudência, sempre<br />
voltada para Deus e não hesitou em oferecer-se totalmente<br />
como a serva do Senhor.<br />
O dom do Entendimento também nos diz respeito e<br />
nos faz penetrar nas verdades revela<strong>das</strong>. Faz-nos compreender<br />
quão sábios e misericordiosos são os desígnios<br />
de Deus. Maria, pelo dom da Inteligência, compreendeu<br />
a sua maternidade como um desígnio divino e mergulhou<br />
nas coisas da fé como nenhuma outra criatura humana.<br />
Enfim, o dom da Sabedoria, que não se aprende nos<br />
livros, mas é derramado pelo Espírito de Deus, que completa<br />
a inteligência. Está ligado à ação e isto quer<br />
dizer que devemos buscar e desejar a sabedoria. É o<br />
dom que aperfeiçoa a caridade e nos une ao soberano<br />
bem.<br />
Maria é a sede da sabedoria. Esse dom a fez compreender<br />
e aceitar o plano de Deus em sua vida. Por meio dele,<br />
ela soube distinguir, quase que por instinto, as coisas divinas<br />
<strong>das</strong> coisas humanas. O dom da Sabedoria a inflamou<br />
do mais puro amor a Deus e ao próximo.<br />
Por isso, temos Maria como exemplo. Preparemo-nos e<br />
deixemo-nos que o fogo do Espírito nos vivifique e aqueça<br />
a nossa alma.<br />
Padre Reginaldo Manzotti é coordenador da Associação<br />
Evangelizar é Preciso – obra que objetiva a evangelização<br />
pelos meios de comunicação – e pároco reitor do<br />
Santuário <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> de Guadalupe, em Curitiba (PR).<br />
Apresenta diariamente programas de rádio e TV que são retransmitidos<br />
e exibidos por milhares de emissoras do país e<br />
exterior. Site: www.padrereginaldomanzotti.org.br.<br />
Evangelizar realiza 24 Horas em Oração no dia 29 de junho<br />
Há sete anos, milhares fiéis de Curitiba e participantes<br />
vindos em caravanas de várias regiões<br />
do país e da América Latina chegam ao Santuário<br />
<strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> de Guadalupe, em Curitiba (PR),<br />
para participar <strong>das</strong> 24 Horas em Oração na Presença<br />
do Senhor. São celebrações de missas, ter-<br />
ço, adoração, pregações, momentos de louvor e<br />
muitas intenções.<br />
Este ano, a programação tem início às 19h do dia<br />
29 de junho (sábado) e segue ininterruptamente até<br />
o final da tarde de domingo, dia 30. O evento, aberto<br />
ao público, é realizado pelo Padre Reginaldo Manzotti,<br />
como encerramento da Campanha do Sagrado<br />
Coração de Jesus, e este ano espera reunir<br />
mais de 5 mil pessoas.<br />
O Santuário <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> de Guadalupe<br />
fica na Praça Senador Correia, 128, no centro<br />
de Curitiba.<br />
maio.2013<br />
Boletim Informativo da<br />
Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
7
Nos dias 20 e 21 de abril aconteceu, na<br />
Casa de Retiros Mãe do Divino Amor - Seminário<br />
Maior Palotino, no bairro Cajuru, o 8º<br />
Encontro de Jovens com Cristo da Paróquia<br />
<strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês,<br />
O ano de 2013 é especial para os jovens, e<br />
por isso, escolhemos como tema do 8º EJC o<br />
lema da Campanha da Fraternidade deste<br />
ano: "Eis-me aqui, envia-me". Aproximadamente<br />
80 pessoas do grupo de jovens (EJC) e<br />
casais (ECC) se empenharam para proporcionar<br />
a 50 jovens de to<strong>das</strong> as idades, um encontro<br />
com Cristo. A experiência foi, como<br />
nos anos anteriores, especial! Nosso trabalho<br />
foi acompanhado de perto pelo diretor<br />
espiritual do EJC, nosso querido Frei Pedro,<br />
que participou de alguns momentos do encontro,<br />
em especial da Missa de Encerramento,<br />
celebrada em ação de graças pelos dois<br />
dias maravilhosos que vivemos.<br />
A celebração do nosso trabalho foi durante<br />
esses dois dias, mas os preparativos começaram<br />
um mês antes, quando marcamos<br />
oficialmente a data do encontro. Nas semanas<br />
seguintes, vivemos uma verdadeira maratona<br />
de divulgação nas Missas, distribuição<br />
de panfletos, reuniões com as equipes,<br />
ensaios, compras...etc. Um mês é um tempo<br />
curto para preparar um encontro como este,<br />
8º EJC - O ENCONTRÃO<br />
principalmente, pra inscrever a quantidade de<br />
jovens que desejávamos. Por diversas vezes<br />
nos sentimos correndo contra o tempo, sentimos<br />
medo, tivemos dúvi<strong>das</strong>, mas como disse<br />
a Luciana do ECC (Conselheira do EJC), a partir<br />
do momento que a data foi marcada, Jesus<br />
Cristo já confirmou Sua presença no encontro,<br />
e pra que ele acontecesse, bastava que nós nos<br />
deixássemos guiar pela luz do Espírito Santo e<br />
permitíssemos que Ele fizesse morada em nós.<br />
Com muito amor e dedicação, buscamos colocar<br />
em prática um dos objetivos da Campanha<br />
da Fraternidade - "jovem evangelizando<br />
jovem", e, independente do trabalho que realizávamos<br />
durante o encontro, nosso desejo<br />
era mostrar a face e o amor de Deus nos momentos<br />
de louvor, descontração, palestras e<br />
orações, tudo preparado com muito amor e<br />
vivido também com bastante intensidade,<br />
não só pelos encontristas, mas também pelos<br />
"encontreiros" (equipes de trabalho).<br />
Temos certeza que a Graça de Deus foi derramada<br />
sobre aquele lugar, e o resultado não<br />
podia ser melhor: nossas expectativas foram<br />
supera<strong>das</strong>, nossa fé renovada e nossa família<br />
ficou ainda maior!<br />
No nosso primeiro pós-encontro, reunimos<br />
mais de 60 jovens! Mais uma vez, tivemos certeza<br />
que o próprio Jesus estava conosco. Estamos<br />
reabastecidos e inundados com a luz do<br />
Espírito Santo, e, na certeza de que somos<br />
Jovens de Deus, seguimos nossa caminhada<br />
neste "<strong>Ano</strong> da Juventude", que nos proporcionará<br />
ainda muitas coisas maravilhosas,<br />
que transformarão a nossa vida pra sempre.<br />
Aos que fizeram o 8º EJC, obrigada por nos<br />
permitir entrar um pouco no coração de vocês<br />
durante os dois dias do encontro! É com<br />
amor que os acolhemos!<br />
Aos nossos queridos "tios" do ECC, valeu<br />
pelo carinho, apoio, força e trabalho incansável<br />
que foram fundamentais pra que o 8º<br />
EJC se tornasse realidade!<br />
A você que ainda não fez o encontrão, não<br />
espere o próximo ano, venha fazer parte do<br />
grupo desde já! Nos reunimos aos sábados<br />
no Salão Paroquial, às 17h, e preparamos a<br />
Missa todos os domingos, às 12h.<br />
Venha compartilhar conosco os preparativos<br />
para o Tapete de Corpus Christi, a Missa<br />
Sertaneja, a Semana Missionária e, claro,<br />
a Jornada Mundial da Juventude!<br />
Gisele Morais<br />
Entre em contato conosco!<br />
ejc.mercês@gmail.com<br />
facebook.com/ejcmerces<br />
Coordenadoras: Gisele Morais e Roberta Nadai<br />
Boletim Informativo da<br />
8 Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
maio.2013
Corpus Christi (expressão provinda do latim<br />
que significa Corpo de Cristo) é um evento religioso<br />
baseado em tradições católicas. É realizada<br />
na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima<br />
Trindade que, por sua vez, acontece no domingo<br />
seguinte ao de Pentecostes. É uma festa de preceito,<br />
isto é, para os católicos é de comparecimento<br />
obrigatório participar da Missa neste dia.<br />
Ao falar da presença de Cristo neste Sacramento,<br />
o Concílio de Trento usou três advérbios.<br />
Jesus está presente na Eucaristia "verdadeiramente,<br />
realmente e substancialmente" (Denzinger n°<br />
1651). Esses três advérbios são as chaves que<br />
abrem as portas do ensinamento católico. Esta<br />
solenidade de Corpus Christi, em que a Igreja não<br />
apenas celebra a Eucaristia, mas também a leva<br />
de forma solene em procissão, mostrando publicamente<br />
que o Sacrifício de Cristo é para a salvação<br />
do mundo inteiro.<br />
"A Igreja vive da Eucaristia" (cf. carta encíclica<br />
Ecclesia de Eucharistia de João Paulo II) e sabe<br />
que esta verdade não exprime apenas uma experiência<br />
quotidiana de fé, mas encerra de modo<br />
sintético o núcleo do mistério que ela mesma é,<br />
assim sendo, através da Eucaristia, Jesus nos<br />
mostra que está presente ao nosso lado, e se faz<br />
alimento para nos dar força para continuar, Ele<br />
nos comunica seu amor e se entrega por nós.<br />
Esta celebração teve origem em 1243, em Liège,<br />
na Bélgica, quando a freira Juliana de Cornion<br />
teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo<br />
de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado<br />
com destaque. Em 1264, o papa Urbano IV,<br />
estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a<br />
Santo Tomás de Aquino que preparasse as leituras<br />
e textos litúrgicos que, até hoje, são usados<br />
durante a celebração. A procissão com a hóstia<br />
consagrada conduzida em um ostensório é datada<br />
de 1274. Foi no período barroco, contudo, que<br />
Festa de Corpus Christi<br />
"Quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele" (Jo 6,56).<br />
ela se tornou um grande acontecimento com cortejo<br />
de ação de graças.<br />
A tradição de fazer o tapete nas ruas para passar<br />
o Santíssimo vem dos imigrantes açorianos -<br />
Portugal. Devido à imigração açoriana ao Brasil<br />
esta festa adquiriu contornos do barroco português.<br />
Celebrado desde a época colonial ao longo<br />
dos anos foi crescendo no quesito de diversificação<br />
de cores e criatividade nos enfeites e desenhos<br />
que são feitos nas ruas. No Brasil, a festa<br />
passou a integrar o calendário religioso de Brasília,<br />
em 1961 e o primeiro lugar que se usou enfeitar<br />
as ruas foi em Ouro Preto, cidade histórica do<br />
interior de Minas Gerais.<br />
A celebração de Corpus Christi consta de uma<br />
missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.<br />
A procissão lembra a caminhada do<br />
povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra<br />
Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi<br />
alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado<br />
com o próprio Corpo de Cristo. Jesus se<br />
oferece como pão vivo descido do céu, capaz de<br />
transformar-nos interiormente e dar-nos uma<br />
vida sem limites. Para "comer deste pão" e estar<br />
em comunhão com Ele eu devo integrar-me em seu<br />
corpo, isto é, na Igreja. Porque é somente através<br />
dela, quando celebra a eucaristia, que eu posso<br />
alimentar-me deste pão vivo que nos da vida eterna.<br />
O mistério eucarístico é "fonte e ápice de toda<br />
a vida cristã" (LG 11). Não há ação cristã transformadora<br />
que nele não esteja alicerçada, alimento<br />
que nos torna um com Cristo, irmãos e irmãs<br />
entre nós. A comunhão com o Ressuscitado edifica<br />
a Igreja como comunidade de fé, esperança e<br />
caridade. Fiel à ordem do Senhor, a Igreja continua<br />
fazendo, em sua memória, até a sua volta gloriosa,<br />
o que Ele fez na véspera de sua paixão. Ao<br />
se tornarem misteriosamente o Corpo e o Sangue<br />
de Cristo, os sinais do pão e do vinho continuam<br />
a significar também a bondade da criação presente<br />
no mundo.<br />
Encerro, lembrando as palavras sábias que<br />
nosso Catecismo da Igreja Católica em seu número<br />
1340, nos ensina que "ao celebrar a última<br />
Ceia com seus apóstolos durante a refeição pascal,<br />
Jesus deu o seu sentido definitivo à páscoa<br />
judaica. Com efeito, a passagem de Jesus a seu<br />
Pai pela sua Morte e sua Ressurreição, a Páscoa<br />
nova, é antecipada na ceia e celebrada na Eucaristia<br />
que realiza a Páscoa judaica e antecipa a<br />
Páscoa final da Igreja na glória do Reino".<br />
Frei Luiz<br />
Roberto<br />
Portella<br />
O Dia <strong>das</strong> Mães<br />
As mais antigas celebrações do Dia <strong>das</strong> Mães remontam<br />
às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em<br />
honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses.<br />
Em Roma, as festas comemorativas do Dia <strong>das</strong> Mães eram<br />
dedica<strong>das</strong> a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos.<br />
À medida que o Cristianismo se espalhou pela Europa<br />
passou a homenagear-se a "Igreja Mãe", a força espiritual<br />
que lhes dava vida e os protegia do mal. Ao longo<br />
dos tempos a festa da Igreja foi-se confundindo com a<br />
celebração do Domingo <strong>das</strong> Mães. As pessoas começaram<br />
a homenagear tanto as suas mães como a Igreja.<br />
maio.2013<br />
Boletim Informativo da<br />
Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
9
Neste <strong>Ano</strong> da Fé “deverá intensificarse<br />
a reflexão sobre a fé, para ajudar todos<br />
os que crêem em Cristo a se tornarem<br />
mais conscientes e a revigorarem<br />
sua adesão ao Evangelho, sobretudo num<br />
momento de profunda mudança como<br />
este que a humanidade está vivendo”<br />
(Porta da Fé, n. 8). É com esse intuito<br />
que passo expor neste respeitável Informativo<br />
Paroquial, breve estudo sobre as<br />
Fontes da Fé, pois apreciamos saber que<br />
a nossa fé cristã está fundamentada em<br />
fontes seguras e consistentes.<br />
Tenhamos presente que “crer é reconhecer<br />
a Verdade de Deus em Jesus Cristo,<br />
deixando-se plasmar inteiramente<br />
por essa verdade”. Com essa afirmação<br />
entendemos que a fé é dinâmica, nos revitaliza<br />
e se torna uma necessidade inadiável<br />
no dia a dia de nossa existência.<br />
<strong>Nossa</strong> fé tem sua origem na Revelação<br />
divina contida na Sagrada Escritura<br />
e na Tradição sob a orientação do Magistério<br />
da Igreja, que são as fontes de<br />
nossa fé, inseparáveis para caminhada<br />
cristã, pois “um não tem consistência sem<br />
os outros, e que juntos, cada qual a seu<br />
modo, sob a ação do Espírito Santo, contribuem<br />
eficazmente para a salvação”<br />
(DV 10,3).<br />
A SAGRADA ESCRITURA<br />
Entendemos por Sagrada Escritura,<br />
os 46 livros do Antigo Testamento e os 27<br />
que compõe o Novo Testamento, compreendidos<br />
como sagrados e inspirados.<br />
Eles contêm a Palavra revelada de Deus<br />
que alimenta nossa fé, é conforto e alimento<br />
espiritual indispensável para nossa<br />
vida cristã. A Escritura é o Livro da Fé,<br />
o Santo Livro. É a âncora que dá consistência<br />
para que a Tradição se mantenha<br />
fiel ao projeto de Deus em Jesus Cristo.<br />
Na Sagrada Escritura, a Igreja encontra<br />
incessantemente seu alimento e sua força,<br />
pois nela não acolhe somente uma<br />
FONTES DA FÉ<br />
palavra humana, mas o que ela é realmente:<br />
a Palavra de Deus (cf DV 24). E “a Igreja<br />
leva em sua Tradição a memória viva da<br />
Palavra de Deus, e é o Espírito Santo que<br />
lhe dá a interpretação espiritual da Escritura”<br />
(CIC 113).<br />
A Sagrada Escritura e a tradição,<br />
são realidades integra<strong>das</strong> e complementares.<br />
A tradição indicou os textos<br />
sagrados que compõe a Bíblia e ainda<br />
hoje define os critérios para sua leitura<br />
e compreensão.<br />
(O Catecismo da Igreja Católica trata<br />
amplamente sobre Bíblia,Tradição e Magistério,<br />
do número 74 a 141. Quem desejar<br />
aprofundar mais esses assuntos, consulte-o).<br />
A TRADIÇÃO<br />
A Tradição significa transmissão da Verdade<br />
revelada, que provem primeiramente<br />
do anúncio dos portadores originais da<br />
Revelação cristã, Jesus e os apóstolos,<br />
continuada no decorrer dos tempos, na<br />
Igreja, por ação do Espírito Santo, perpetuada<br />
até nossos dias.<br />
A História da Salvação, se prolonga na<br />
Tradição, que é a presença viva da Palavra<br />
de Deus na prática da fé da Igreja que se<br />
desdobra ao longo dos tempos, em virtude<br />
da prática dos fiéis na grande comunidade,<br />
a Igreja.<br />
É necessário distinguir entre Tradição<br />
e tradicionalismo.<br />
A Tradição é a fé autêntica que recebemos<br />
dos que nos precederam. Ela nos<br />
ajuda a preservar, através dos tempos, que<br />
mudam, a fidelidade a Jesus Nosso Mestre<br />
e Senhor, à sua pessoa e à sua doutrina. Já<br />
o tradicionalismo é o apego conservador a<br />
certos princípios, ritos e costumes em oposição<br />
a novas tendências surgi<strong>das</strong> na Igreja<br />
ou na sociedade.<br />
O MAGISTÉRIO<br />
Por Magistério da Igreja entendemos<br />
o ensinamento que o Colégio dos Bispos,<br />
em comunhão com o Papa, ensina. Segundo<br />
a Dei Verbum, documento do Vaticano<br />
II que trata da Divina Revelação, o Papa,<br />
sucessor de S. Pedro, em nome de Jesus<br />
Cristo tem autoridade de interpretar autenticamente<br />
a Palavra de Deus, escrita<br />
na Sagrada Escritura ou transmitida pela<br />
Tradição (cf DV, n. 10).<br />
Além disso, o Magistério da Igreja, assistido<br />
pelo Espírito Santo, nos orienta, de<br />
modo seguro, na vivência de nossa fé, na<br />
alegre esperança e na caridade.<br />
A fé é uma conduta ou ato pessoal e<br />
também comunitário ou eclesial, não somente<br />
por ser partilhada entre irmãos e<br />
irmãs (cf A Porta da Fé, n.10), mas por ser<br />
dom do Espírito Santo, concedido a todos<br />
os que a professam e dom testemunho do<br />
Senhor Jesus.<br />
O Magistério da Igreja, conforme sua<br />
atuação pode ser chamado de ordinário<br />
ou extraordinário. É ordinário quando é expressão<br />
do ensinamento cotidiano do Papa<br />
e dos Bispos unidos a ele, sucessor do apóstolo<br />
Pedro, Cabeça do Colégio Apostólico<br />
e é extraordinário quando é expressão de<br />
uma definição solene pronunciada pelo<br />
Papa ou pelos Bispos, reunidos em Concílios<br />
Ecumênicos.<br />
A Igreja, por meio do seu Magistério,<br />
prega a verdade que não é sua, mas lhe é<br />
confiada por Jesus Cristo desde sempre.<br />
Este ensinamento requer obediência e<br />
acolhida fiel, tanto dos que ensinam como<br />
dos que recebem o ensinamento, pois a<br />
verdade é sustentada pela presença e<br />
ação do Espírito Santo.<br />
Amiga e amigo leitor!<br />
Ouvimos muitas vezes afirmações levianas<br />
sobre nossa Igreja e há pessoas que a<br />
abandonam por falta de uma fé esclarecida<br />
e sólida.<br />
Não conhecem ou não querem conhecer<br />
sua origem e sua história milenar, o<br />
conteúdo de sua fé, marcada pela vida<br />
de homens e de mulheres, santos e heróis<br />
da fé, testemunhas fiéis incontestáveis<br />
do Evangelho de Cristo, que podem<br />
ser vistos também como grandes benfeitores<br />
da humanidade por tanto bem que<br />
realizaram.<br />
Na verdade ninguém cria por si o conteúdo<br />
da fé católica e nós, como membros<br />
dessa Igreja, nossa mãe, acolhemos<br />
com alegria e gratidão, o que ela ensina,<br />
como um dom precioso, uma herança recebida<br />
dos apóstolos, por intermédio da<br />
Igreja.<br />
Valorizemos muito, portanto, as fontes<br />
seguras de nossa fé: a Sagrada Escritura,<br />
a Tradição, no sentido explicado<br />
a cima e o que a Igreja ensina no seu Magistério.<br />
Que neste <strong>Ano</strong> da Fé, nos empenhemos<br />
a conhecer mais, aprofundar e vivenciar<br />
com alegria nossa fé. Que a Solenidade<br />
de Pentecostes que se aproxima,<br />
nos renove e fortaleça na vivência<br />
cristã e renove nossa Igreja e a “face<br />
da terra”. Que nossa humanidade seja<br />
mais cristã, mais justa, mais fraterna,<br />
mas ecumênica e cresça mais na<br />
“Civilização do amor”.<br />
Frei João Daniel Lovato,OFMCap<br />
Vigário Paroquial<br />
fr.lovato@terra.com.br<br />
Por que procurar ajuda<br />
Durante a longa jornada da vida as<br />
pessoas são motiva<strong>das</strong> a acumular coisas<br />
e formar reservas, afinal nunca se<br />
sabe o dia de amanhã. Na ânsia de garantir<br />
a sobrevivência tende a focar as<br />
energias no acúmulo e guarda de bens<br />
materiais, nunca se sabe quando vão ter<br />
vontade de reler aquela revista, então<br />
lotam o revisteiro com números antigos.<br />
Nunca se sabe quando terão tempo para<br />
ler o jornal, então vão acumulando os<br />
montes num canto da casa. Assim ocorre<br />
também com os ressentimentos que vão<br />
se acumulando e se tornando lixos demasiadamente<br />
pesados. Muitas pessoas<br />
assumem com uma facilidade impressionante<br />
os lixos dos outros, habituaramse<br />
a carregar os sofrimentos <strong>das</strong> outras<br />
pessoas e sofrem muitas vezes sozinhas,<br />
ao mesmo tempo que se queixam da incompreensão<br />
daqueles que as rodeiam.<br />
Ansiedade, insônia, síndrome do pânico,<br />
depressão, transtorno do déficit de atenção<br />
e medos irreais, são apenas alguns dos<br />
distúrbios que podem ser desencadeado<br />
pelo organismo com a finalidade de promover<br />
avisos de pedidos de socorro. Os sintomas<br />
são equivalente a luz vermelha do<br />
painel do seu carro avisando que falta óleo.<br />
O que você faz Desliga a luz do painel ou<br />
coloca óleo no carro O fato é que a luz do<br />
seu painel só se acende quando necessita<br />
enviar um sinal de alerta avisando que algo<br />
está errado.<br />
O sofrimento que as pessoas estão habitua<strong>das</strong>,<br />
as fazem pensar que terão de viver<br />
assim para sempre, conformando-se<br />
com o rótulo de “nervosas” “stressa<strong>das</strong>”,<br />
“deprimi<strong>das</strong>” etc... Muita gente vive em um<br />
estado de apreensão tão grande, que viver<br />
passa a ser um peso a ser carregado a cada<br />
dia.<br />
Necessita sim de ajuda toda pessoa que<br />
se encontra em situação de sofrimento e<br />
percebe que sozinha não dá mais para segurar,<br />
que chegou o momento da reação, o<br />
momento do “basta”. Toda pessoa PODE e<br />
MERECE apoio e, não há no mundo quem<br />
nunca precisou de um ombro amigo de um<br />
colo de uma palavra de incentivo, de orientação<br />
ou ajuda para superar dificuldades<br />
ou modificar comportamentos e sentimentos.<br />
Com a finalidade de acolher e orientar<br />
as pessoas que passam por dificuldades é<br />
que existe o S O S Família na Igreja N. S<br />
<strong>das</strong> Mercês. Estamos de plantão nas<br />
quinta feiras <strong>das</strong> 9,00h às 21,00h. com<br />
uma equipe de experientes voluntários<br />
dispostos a oferecer ajuda aos que necessitam.<br />
Contamos também com Psicólogos,<br />
Parapsicólogos e Educador Financeiro.<br />
Portanto, seja qual for a sua dificuldade,<br />
saiba que existe gente disposta a lhe<br />
ajudar.<br />
Jair Rebelo e Equipe S.O.S Família Mercês<br />
Boletim Informativo da<br />
10 Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
maio.2013
Catequese em Ação<br />
Retiro com os catequizandos da Primeira Eucaristia<br />
No dia 20 de abril de 2013, no Seminário dos<br />
Padres da Consolata, Jardim Itália, Santa Felicidade,<br />
a Pastoral Catequéticada Paróquia <strong>Nossa</strong><br />
<strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês, realizou o retiro em preparação<br />
da Primeira Eucaristia com 57 catequizandos.<br />
O retiro foi marcado por momentos de oração,<br />
dinâmicas, palestras sobre batismo e eucaristia<br />
com o Pe. Jair Jacon, momentos de meditação,<br />
palestras sobre o sacramento da reconciliação<br />
com Frei Pedro, confissão e Celebração<br />
Eucarística.<br />
Missa da Primeira Eucaristia<br />
No dia 27 de Abril a Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês celebrou a Missa da Primeira Eucaristia dos 57 catequizandos a celebração belíssima foi presidida<br />
pelo Frei Pedro Cesário Palma. No dia 28 de Abril 4º domingo do mês no horário <strong>das</strong> 10h30 foi a vez dos cinco catequizandos adultos receberem a Primeira Eucaristia.<br />
>> Avisos da Catequese - Retiro da Crisma 25.05.13 - Crisma 01.06.13 às 9h - Missa da catequese 4º domingo dia 26.05.13 às 10h30<br />
maio.2013<br />
Boletim Informativo da<br />
Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
11
Família - Alicerce da Sociedade<br />
A dinâmica da família é formada pelo relacionamento<br />
pais e filhos. Os filhos de ontem são os pais<br />
hoje e os filhos de hoje são os pais de amanhã. É<br />
nesse laboratório chamado família, que se criam<br />
os santos, os heróis, os homens e mulheres responsáveis<br />
pelo progresso e bem estar da humanidade.<br />
Mas é também na família que se criam os<br />
ladrões, os delinquentes, os bandidos.<br />
Temos consciência de que ninguém é mau por<br />
natureza. A essência de todo ser humano é perfeita.<br />
As pessoas se tornam más, desequilibrados,<br />
doentes... porque tem a mente mal programada.<br />
Graças aos descobrimentos revolucionários no campo<br />
da Neurociência, da Parapsicologia e da Psicologia<br />
do desenvolvimento, temos hoje consciência<br />
da importância de se iniciar a educação de um<br />
filho já no ventre materno. Sabemos que o período<br />
de gestação é de suma importância, pois é lá<br />
que se estrutura a base da personalidade de um<br />
novo ser. Os pais transmitem ao filho não somente<br />
a vida física, mas também a vida emocional, mental<br />
e psíquica.<br />
O Dr. Thomas Verny, psiquiatra e escritor, afirma<br />
em um de seus livros: "A primeira escola é o<br />
ventre materno". Hoje sabemos que o cérebro do<br />
bebê está conectado ao seu ambiente, reconhecendo<br />
estímulos e impressões. Querendo ou não,<br />
tudo o que fazemos - nossas palavras, nossos gestos,<br />
a raiva que liberamos ou as lágrimas que reprimimos,<br />
gravam-se silenciosamente, como sementes<br />
na mente do feto.<br />
Saber que o ambiente é fundamental no desenvolvimento<br />
da criança, transforma de forma<br />
radical o papel dos pais. Dar somente o sustento<br />
ao filho, não é o suficiente. Os pais devem ser os<br />
estimuladores, os modelos emocionais, os guias nas<br />
artes humanas da paciência, da empatia, da segurança,<br />
do amor.<br />
Certa vez perguntaram a Santo Agostinho: "que<br />
devo fazer para ser um bom pai Não sou instruído,<br />
por isso responda-me em poucas palavras". Agostinho<br />
respondeu: "Neste caso, há apenas uma palavra<br />
a ser dita: AME! E TUDO O QUE FIZER SERÁ CERTO.<br />
Amar é o caminho. O amor verdadeiro não contém<br />
erro. Também em relação aos filhos, ao cônjuge... se<br />
faltar o amor, faltará a essência que dá sentido na<br />
relação pais e filhos. Poderá haver pessoas vivendo<br />
sob o mesmo teto, mas que pela vivência do dia a<br />
dia não se pode classificar como verdadeira família.<br />
Quem ama procura estar presente...Quem ama escuta,<br />
compreende...Que ama dá prioridade ao ser<br />
amado.<br />
O equilíbrio na relação pais e filhos, encontra-se<br />
nos princípios democráticos dos pais. Onde há democracia,<br />
a educação é baseada no respeito, na confiança,<br />
no diálogo, qualidades básicas <strong>das</strong> pessoas<br />
organiza<strong>das</strong>, bem resolvi<strong>das</strong> e bem sucedi<strong>das</strong>. Os<br />
pais democráticos atuam como participantes, conselheiros,<br />
orientadores, exemplos firmes e vivos.<br />
Sentem orgulho pelos pais que são e pelos filhos<br />
que têm. A relação dos filhos com os pais é amistosa,<br />
de confiança mútua, pois é através do diálogo e<br />
da negociação que se chega a um denominador comum,<br />
o ponto de equilíbrio.<br />
Outro aspecto importante: o filho tem tendência<br />
a ser o que os pais pensam e esperam dele. Pensamentos<br />
podem ser mudados. Se você pai, ou mãe,<br />
tem dificuldades de dialogar com seu filho, utilize a<br />
comunicação telepática silenciosa e afirme mentalmente<br />
todos os dias: meu filho, você é saudável,<br />
inteligente, responsável, confiante... nós o amamos<br />
muito.<br />
Adote na família e na vida o modelo positivo de<br />
educação e de visão existencial. O método positivo<br />
busca elogiar, valorizar e até premiar. Quem não<br />
melhora com um elogio Isso vale também para o<br />
casal.<br />
É possível construir um mundo melhor, cada um<br />
fazendo a sua parte. Eu, você pai, mãe, filho. Cada<br />
um de nós pode cultivar a paz e o amor em seu<br />
coração. A paz na família, precisa começar na mente<br />
e no coração de cada um. Sejamos os protagonistas<br />
de famílias mais bem estrutura<strong>das</strong>, equilibra<strong>das</strong>,<br />
movi<strong>das</strong> pelo combustível do amor. Que bom<br />
seria se no final de cada dia pudéssemos dizer: O<br />
MUNDO HOJE É MELHOR PORQUE EU VIVI NELE.<br />
A família de Nazaré é exemplo vivo na arte de<br />
amar. É berço de compreensão, de respeito, de ternura<br />
e carinho. Jesus, Maria e José, são modelo perfeito<br />
de mãe, de pai e de filho. Sigamos esse modelo<br />
- sejamos imitadores dessa família perfeita.<br />
Nelly Kirsten<br />
Parapsicóloga Clínica<br />
Fones:<br />
(041) 3024-8513<br />
9117-0869<br />
Maria! Maria! Maria! Três vezes Maria, mil vezes Maria!<br />
Quem já não ouviu e já não pronunciou este doce<br />
nome É bonito, melodioso e fácil de se pronunciar,<br />
as palavras deslizam nos lábios “como o orvalho<br />
do Hermon sobre os montes de Sião” (Sl 133,3).<br />
Quem não tem uma Maria na família Eu tenho<br />
várias. Maria era também o nome de minha falecida<br />
mãezinha, grande parteira e rezadeira do imenso<br />
seringal do Amazonas. Minha mãe recitava, todos<br />
os dias, o Rosário, o Ofício da Imaclada e diversas<br />
Jaculatórias enquanto ocupava-se em seu ofício<br />
de mãe, esposa, dona de casa, parteira e rezadeira.<br />
Esta era e assim foi minha mãe que a morte a<br />
levou quando eu tinha 02 anos de idade.<br />
Mas o objetivo dessa matéria é para falar da Mãe<br />
Maior, Ela é a Maria principal, por excelência é a<br />
Maria Mãe de Jesus e nossa, é a Maria de Nazaré,<br />
do silêncio, da Manjedoura, de Jerusalém, do Calvário,<br />
da Cruz,... Ela é a Mãe da humanidade, assim<br />
como nos deu Jesus, também seu Filho Jesus, entregou-nAs<br />
para essa missão (Jo 19,26-27). Para ser<br />
Maria com com as marias que fazem, com taleto,<br />
força, luta, desempenho, com seus amores, e dissabores,<br />
suas dores e cruzes e, acima de tudo, sua<br />
fé, sua crença, fazem este mundo girar caminhar,<br />
ser melhor e mais humano.<br />
Estamos mais que catedráticos sobre a história<br />
desta adolescente que, diferente <strong>das</strong> demais meninas<br />
de sua época servia e vivia intensamente seu<br />
Deus. Foi por essas e outras que o Criador agradouse<br />
desta humilde e agraciada serva para ser a Mãe<br />
de seu Primogênito e Unigênito Filho.<br />
Maria, a “<strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong>” é um dos maiores motivos<br />
de discórdia entre nós e nossos irmãos de<br />
outras designações religiosas. É pena que eles não<br />
aceitem essa adoção tão fantástica. Esta mãe é aquela<br />
que percebe quando acaba o vinho do amor, da concórdia,<br />
da cordialidade na família.<br />
Que bom que nossa religião não é órfã, nós temos<br />
um Pai e uma Mãe que nos ouve, nos atende,<br />
nos protege, nos ama e que, às vezes, nos deixa enfrentarmos<br />
as barreiras para o amadurecimento da<br />
fé.<br />
Sou Casimiro Vidal Nogueira, conhecido<br />
como Kazeh Vidal. Já compus mais de 400 músicas,<br />
dentre elas 55 dedica<strong>das</strong> à esta Mãe maravilhosa,<br />
três vezes Admirada, mil vezes invocada,<br />
cantada, por nós seus filhos e filhas.<br />
Já venci vários concursos nacionais com missas<br />
inteiras edita<strong>das</strong> nos Folhetos O DOMINGO<br />
e DEUS CONOSCO. O último prêmio foi com o<br />
Hino da Campanha da Fraternidade de 2011. Estou<br />
com 03 cd’s disponíveis em algumas poucas<br />
paróquias, a começar por esta <strong>das</strong> Mercês. Dois<br />
cd’s são dedicados inteiramente à Maria com<br />
seus diversos títulos, ao todo 30 músicas para<br />
você se encantar ainda mais com esta Mãe que<br />
passa na frente, que escuta, que atende e não<br />
desampara um filho, uma filha e sempre dá um<br />
jeitinho de apresentar nossas necessida<strong>das</strong> ao<br />
seu amado Filho, quando lha pedimos.<br />
Casimiro<br />
Vidal Nogueira<br />
Boletim Informativo da<br />
12 Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
maio.2013
Capuchinhos do Paraguai encerram Jubileu de 25 anos<br />
O jornal ‘O Capuchinho’ nº133, primeiro deste ano,<br />
apresentou na página 8 ampla notícia sobre o <strong>Ano</strong> Jubilar<br />
dos Capuchinhos no Paraguai. Agora vamos noticiar<br />
somente os festejos da conclusão deste importante jubileu.<br />
Antes porém, caro leitor, gostaria de informar-lhe<br />
brevemente como é organizada a nossa Ordem Capuchinha<br />
para melhor compreender o que é a Custódia do<br />
Paraguai.<br />
ORGANIZAÇÃO: A Ordem dos Frades Menores Capuchinhos<br />
faz parte da Primeira Ordem Franciscana e está<br />
presente em mais de 100 países. Para que haja uma administração<br />
viável é assim dividida: Casa de presença,<br />
Delegação, Custódia, Vice-Província, Província e Conferência.<br />
Nós, os capuchinhos <strong>das</strong> Mercês pertencemos à<br />
Província do Paraná e Santa Catarina e fazemos parte da<br />
CCB (Conferência dos Capuchinhos do Brasil). A Custódia<br />
do Paraguai iniciou com freis da nossa Província.<br />
Eles lá chegaram há 25 anos. Inicialmente partiram três,<br />
formando uma Casa de Presença para lá implantarem a<br />
Ordem. O grupo cresceu e hoje é uma Custódia, composta<br />
por 11 brasileiros e 13 paraguaios, residindo em 5<br />
fraternidades: 2 em Assuncion, 2 em Ciudad del Este e 1<br />
em Pastoero. Futuramente eles poderão tornar-se Província.<br />
CELEBRAÇÕES: O ano jubilar iniciou no dia 11 de<br />
março de 2012 e encerrou dia 10 de abril de 2013. Nos<br />
dias 11 e 12 de agosto de 2012 os freis Antônio Rodrigues<br />
de Lima (brasileiro) e Tomás Sosa (pós-noviço paraguaio)<br />
estiveram nas Mercês. Falaram sobre este Jubileu<br />
nas missas e apresentaram um vídeo sobre a presença<br />
deles e como atuam naquele país. E assim o fizeram em<br />
várias paróquias e fraternidades da nossa Província.<br />
Para o encerramento deste ano Jubilar nossa Província<br />
colocou à disposição um micro-ônibus para levar os<br />
freis ao Paraguai. A festa de conclusão do jubileu ocorreu<br />
com três grandes celebrações: a ordenação sacerdotal<br />
de fr. Tomás Sosa, paraguaio; a solenidade da bênção<br />
do sino jubilar e a missa de encerramento. Todos os freis<br />
participaram destes eventos eventos: no dia 9 visitamos<br />
o convento São Pio de Pietrelcina, sede do pós-noviciado<br />
Meu pai foi um trabalhador que se transformou numa<br />
referência na minha fase adulta e motivo de admiração<br />
na minha infância. Mecânico caprichoso e aplicado. Tinha<br />
o respeito dos seus colegas e o reconhecimento daqueles<br />
que necessitavam dos seus préstimos profissionais.<br />
Demétrio era como se chamava. Não conseguiu estudar<br />
muito. Mesmo assim sabiamente utilizava da sua<br />
inteligência prática e perspicácia no desempenho profissional.<br />
Nunca ouvi queixar-se do seu trabalho. Gostava<br />
do que fazia e o fazia muito bem. Do suor do seu trabalho<br />
de cada dia extraiu o sustento da família com seus<br />
sete filhos. Remuneração que garantia roupa simples e<br />
comida em casa. Não ficou rico. Aliás sempre dizia que a<br />
única riqueza de herança que poderia deixar para os<br />
filhos era a garantia do estudo.<br />
Meu pai, um trabalhador ético, dedicado e honesto.<br />
Esta é a imagem que guardo dele. Se por um lado, na<br />
concepção da competitividade capitalista de hoje, foi<br />
um homem sem ambição pelo lucro, por outro, revelouse<br />
um homem que deixou o legado de um trabalhador<br />
digno e que, portanto, dignificou sua vida pela forma<br />
dedicada e comprometida com que assumiu o trabalho.<br />
O trabalho como atividade digna nem sempre esteve<br />
presente na vida humana. Na história antiga e até o final<br />
da Idade Média o trabalho era uma atividade desprezível,<br />
quase que uma situação de condenação <strong>das</strong> cama<strong>das</strong><br />
mais pobres, ou atividades liga<strong>das</strong> a escravos e subalternos.<br />
De instrumento de tortura para escravos, chegou-se<br />
ao valor do trabalho humano. Somente a partir do século<br />
XVII é que, lentamente, o trabalho começou a ser visto<br />
como uma atividade capaz de gerar benefícios materiais<br />
e bem-estar social, ser reconhecido também como agente<br />
de transformação social. A bem da verdade esta é uma<br />
luta que perdura até hoje para que a atividade laboral<br />
seja plena fonte de vida e plenamente humanizada e,<br />
portanto, sem a desumanizante exploração pelo lucro.<br />
A necessária sobrevivência, hoje, passa por ter-se<br />
e com a capela de São Pio, muito frequentada pelo povo.<br />
Aos poucos chegavam os convidados e ao meio dia houve<br />
o almoço festivo; às 19h, realizou-se a ordenação sacerdotal<br />
de fr. Tomás, acima citado, por Dom Frei Andrés Stanovinik,<br />
na paróquia Niño Salvador del Mundo, atendida<br />
por nossos freis; dia 10, no convento São Leopoldo e sede<br />
da Custódia, com a oração do meio-dia, houve a bênção e<br />
inauguração do sino jubilar (de belíssima sonoridade),<br />
seguida de almoço festivo e momento cultural paraguaio<br />
(harpa e dança folclórica); às 18 horas, visitamos a primeira<br />
casa dos freis. Ali houve a bênção da placa comemorativa,<br />
com a presença dos três primeiros freis, do<br />
ministro provincial atual e o da época. Depois seguimos<br />
em procissão até a Igreja São Paulo, onde foi celebrada<br />
a missa festiva de conclusão do jubileu, presidida pelo<br />
secretário do Núncio Apostólico do Paraguai, concelebrada<br />
por muitos sacerdotes, com a presença dos freis<br />
da Custódia e da Província e grande número de fiéis.<br />
Presenças especiais: Participaram do encerramento<br />
deste Jubileu diversos pessoas especiais: Dom Frei Andrés<br />
Stanovnik, arcebispo de Corrientes e ex Definidor<br />
Geral para a América Latina, Frei Ugo Mejias, Definidor<br />
Geral atual para a América Latina nos países de língua<br />
espanhola, os superiores maiores e secretários da formação<br />
do Chile, Equador, Peru e Guatemala porque iriam<br />
celebrar a assembleia da Conferência dos capuchinhos<br />
dos Andes (CCA) nessa ocasião; fr. Giovanni Lazzara<br />
(diretor da revista de S. Leopoldo em Pádua) e fr. Flaviano<br />
Gusella (guardião do convento de Pádua), representantes<br />
da Província-mãe de Veneza (Itália); fr. Cláudio<br />
Sérgio de Abreu, nosso atual Ministro Provincial e todo<br />
seu Conselho, Frei João Daniel Lovato, (Ministro Provincial<br />
da época) que enviou em 1988 nossos três primeiros<br />
freis ao Paraguai: Joemar Varassin Hohmann, Antônio<br />
Carlos Lemhkuhl e Itamar José Angonese; vários freis que<br />
lá trabalharam e depois retornaram ao Brasil; outros<br />
freis da Província e os formandos que foram participar<br />
da conclusão dos festejos em ação de graças por este<br />
Jubileu e todos os freis da Custódia.<br />
Encerramos este artigo agradecendo a Deus por importante<br />
acontecimento e que, apesar do momento escasso<br />
de vocações, a Ordem Capuchinha continua se<br />
expandindo naquele bom povo do Paraguai.<br />
Fr. Juarez De Bona,<br />
OFMCap<br />
juarezdb@convoy.com.br<br />
A Dignidade do Trabalhador<br />
“Construirão casas e habitarão nelas, plantarão vinhas e comerão de seus frutos.<br />
Ninguém trabalhará inutilmente...” (Is 65, 17-25).<br />
uma fonte de renda que geralmente advém do trabalho.<br />
Trabalho que pode retornar à sua gênese e simbolizar situação<br />
de escravidão. Enquanto cristãos precisamos estar<br />
atentos. Eticamente não podemos nos submeter e/ou ter a<br />
nós submetidos, cristãos em situação de escravidão. Por<br />
isso devemos defender condições dignas de trabalhos a<br />
profissionais como, por exemplo, a empregada doméstica.<br />
Nosso trabalho deve promover dignidade à nossa existência.<br />
Por isso a preocupação e vigilância. A competitividade<br />
de mercado, muitas vezes, leva as empresas onde<br />
trabalhamos a promoverem uma competitividade entre<br />
seus colaboradores e que aliena o trabalhador de suas<br />
relações sociais, levando-o a viver exclusivamente a vida<br />
da empresa. Para nós cristãos, a família e a convivência<br />
social são fundamentais, sentido para nossa existência.<br />
Faz-se, portanto, necessário estarmos atentos a esse processo<br />
de escravização do trabalho.<br />
A Igreja está entre as instituições cujas vozes proclamam<br />
o trabalho como atividade humana que promove a<br />
realização e a valorização da pessoa, mas também constrói<br />
a justiça social, reconhecendo que o trabalhador –<br />
não importa o seu nível – colabora na construção de um<br />
mundo melhor, portanto, muito além de mero produtor<br />
de riqueza cumulativa.<br />
A figura do Carpinteiro de Nazaré, que com seu trabalho<br />
na transformação da madeira forjou a sua dedicação<br />
que revolucionou os séculos vindouros com seus<br />
gestos de amor, perdão, resgate da dignidade humana,<br />
garantindo que somos filhos de um Pai que é Amor... esse<br />
Jesus seja a nossa inspiração como trabalhadores que<br />
lutam pela sobrevivência material, que têm consciência<br />
de que o trabalho é direito do cidadão, fonte de realização<br />
e promoção da dignidade humana.<br />
Luiz Witiuk<br />
Jornalista<br />
e professor<br />
maio.2013<br />
Boletim Informativo da<br />
Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
13
To<strong>das</strong> as datas importantes<br />
destaca<strong>das</strong> no calendário<br />
são fixa<strong>das</strong> a partir<br />
de um fato histórico<br />
para justificar a escolha. O<br />
dia <strong>das</strong> mães que se consagrou<br />
no segundo domingo<br />
de maio, foi marcado<br />
por sucessivos acontecimentos<br />
históricos. O fato<br />
que deu origem ao dia <strong>das</strong><br />
mães foi a morte da mãe<br />
da americana Ana Jarvisque,<br />
desconsolada com a<br />
perda, entrou em profunda<br />
depressão e decidiu<br />
perpetuar a memória da<br />
mãe. Na companhia <strong>das</strong><br />
amigas, prestou uma homenagem que se estendeu a to<strong>das</strong><br />
as mães vivas e faleci<strong>das</strong>, com a intenção de estreitar os laços<br />
familiares, demonstrando todo o seu amor, cultivando ternura<br />
a união e o respeito entre pais e filhos.<br />
Está próximo, neste ano, o dia dedicado às mães do mundo<br />
inteiro. Um dia especial para prestar-lhe a merecida homenagem.<br />
Estejam presentes ou ausentes, longe ou perto,<br />
há sempre uma via de comunicação com elas e muitas maneiras<br />
de fazê-lo. Elevar uma prece ao Criador é a mais bela homenagem<br />
e a voz que to<strong>das</strong> as mães ouvirão. Para muitos<br />
filhos ela permanecerá viva na memória, para outros ela viverá<br />
somente no mundo da imaginação sem terem a graça de<br />
tê-las conhecido, e há os que são abençoados pela sua presença<br />
todos os dias, e por ainda se sentirem envolvidos pelo<br />
calor do seu abraço e viverem unidos pela expressão de amor<br />
e afeto materno, dons que as mães recebem de Deus.<br />
No verdadeiro lar é indispensável a presença da mãe. Desde<br />
a mais tenra idade a criança necessita do aconchego do<br />
colo da mãe tanto para suprir sua fome, quanto para acalmar<br />
o choro, aplacar sua dor e acalentar seu sono. Ela está presente<br />
para educar e proteger os filhos, acompanhá-los nas primeiras<br />
palavras, ampará-lo nos primeiros passos, no primeiro<br />
dia de aula. A atenção e o afeto que as mães dedicam aos<br />
Theresinha Vian Rambo e sua mãe<br />
Mãe é puro amor!<br />
filhos permite que, em<br />
cada etapa da vida,eles<br />
cresçam protegidos e confiantes<br />
guiados pelos seus<br />
ensinamentos.<br />
As transformações que<br />
ocorrem em cada fase do<br />
desenvolvimento dos filhos,<br />
exige dela maior dedicação,<br />
atenção e cuidados<br />
redobrados. Eles crescem<br />
e as relações se tornam<br />
mais difíceis, surgem<br />
os conflitos entre eles,<br />
chega o momento de estabelecer<br />
limites, repreender<br />
e corrigir. A mãe, incansável<br />
e solícita, está<br />
presente para fortalecer, motivar e fazê-los entender que<br />
crescer e amadurecer exige aprendizado contínuo e sacrifício.<br />
Ensina-lhes a vencer as dificuldades, a superar as crises e<br />
enfrentar as adversidades, prepara-os para que saibam se<br />
desenvolver o melhor possível, em sua sociedade, orientando-os<br />
na construção do caminho, da vereda mais sólida e segura<br />
que os levará a plenitude.<br />
A vida adulta leva o filho a desvencilhar-se dos laços maternos,<br />
para buscar sua autonomia, conquistar sua independência<br />
e viver seu sonho. O lar, deixado para trás, parece que<br />
já é fase concluída. Os filhos partem para conquistar a independência,<br />
sem lembrar que “partem” o coração da mãe, tendo<br />
certeza de que a missão dela já está cumprida.<br />
Estou escrevendo neste momento, revivendo a minha<br />
própria história que ainda está viva. Segui em frente sem<br />
olhar para trás, pensando que o mundo me daria tudo o que<br />
sonhava, que eu conquistaria tudo o que ambicionava e que<br />
o aconchego do lar onde tudo aprendi poderia ficar distante.<br />
Nesse momento enquanto escrevo, uma forte emoção toma<br />
conta de mim, sinto uma extrema necessidade dos seus<br />
sábios conselhos, dos seus braços estendidos envolvendome<br />
num abraço. Ouço-a, aos 96 anos, dizer-me que não devo<br />
demorar para vê-la, e ainda, quando a abraço na despedida,<br />
põe a mão sobre a minha cabeça pedindo para Deus me abençoar<br />
e os anjos me acompanharem. Quantas graças recebo<br />
em cada retorno! A distância me impede de visitá-la com mais<br />
frequência, mas o lar ainda está lá, no mesmo lugar, esperando<br />
o momento de retornar. Descobri que este é o verdadeiro<br />
mundo com o qual sonhava.<br />
Com gestos simples e afáveis preparou-me para a vida,<br />
carregou-me no ventre, nos braços, no coração, no sonho,<br />
nas orações que jamais esquecerei, advertindo-me <strong>das</strong> dificuldades<br />
e dos problemas que enfrentaria. É imenso e ilimitado<br />
amor que me dedica. Através <strong>das</strong> lições de ternura transmiti<strong>das</strong><br />
pelos seus exemplos de afeto e acolhimento, aprendi<br />
como vivenciar virtudes como a humildade, a generosidade,<br />
a retidão de caráter e a fraternidade. As mães, com sua<br />
missão, reforçam a união entre os membros da família, criando<br />
laços indissolúveis.<br />
Theresinha Vian Rambo<br />
Boletim Informativo da<br />
14 Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
maio.2013
ACONTECEU<br />
Aconteceu no último<br />
dia 04 de maio<br />
no salão paroquial<br />
da Igreja N S <strong>das</strong><br />
Mercês nossa já tradicional<br />
FEIJOADA,<br />
promovida pelo<br />
ECC/ECSU com objetivo<br />
de arrecadar<br />
fundos para a realização<br />
do ECC- Encontro<br />
de Casais<br />
com Cristo que neste<br />
ano acontecerá<br />
nos dias 30, 31 de agosto e 1º de setembro, e o<br />
ECSU - Encontro de Casais em Segunda União nos<br />
dias 19 e 20 de outubro. Agradecemos imensamente<br />
a todos que estiveram presentes colaborando<br />
com o evento, seja, preparando, divulgando,<br />
Boas vin<strong>das</strong> aos novos<br />
dizimistas do mês de<br />
Abril/13 – Lívia Maria Neves,<br />
Karla Sad, Vinicius Boeira,<br />
Zuleima R. Santos<br />
FATOS DA VIDA PAROQUIAL<br />
Tradicional feijoada<br />
Cuch, Marcos Fabiano dos<br />
Santos Silveira, Silvio Favaro,<br />
Cléa Ferreira Guimarães,<br />
Arcélio Brustolim,<br />
Bernadete Carvalho Porto,<br />
vendendo ou comprando, saiba que de alguma<br />
forma esteve colaborando com o processo de<br />
evangelização. Agradecimento especial a equipe<br />
que trabalhou arduamente na organização<br />
e a equipe da cozinha que desde a manhã de<br />
Novos dizimistas<br />
sexta feira empenhou-se no preparo da deliciosa<br />
feijoada para aproximadamente 500 pessoas.<br />
Rosiane Maria Milzerski, Lidinalva<br />
Garcia, Cíntia Fialho<br />
Mendonça, Divair Bontorin<br />
Favoretto, Solange<br />
Ap. Erdmann Arantes, Patrícia<br />
Regina Gueno Catapan,<br />
Ruth Salles Ozaki,<br />
José Carlos Caliari, Juliana<br />
Ferreira Terres, Wilson<br />
Goudart Mengarda,<br />
Deus Abençoe a todos<br />
Equipe Dirigente 2013<br />
Josué Pedro de Souza, Érico<br />
Lúcio A. de Oliveira,<br />
Vanderlei Grzegorzewski,<br />
Laide Slompo Chales e Joana<br />
Emília Miranda Petry.<br />
>>VAI ACONTECER<br />
O grupo de Jovens promoverá no sábado dia<br />
25 de maio no Salão Paroquial uma sensacional<br />
pastelada, com o objetivo de angariar fundos para<br />
Pastelada do EJC Mercês<br />
contribuir com as despesas de viagem dos jovens<br />
do EJC, que irão participar da Jornada Mundial<br />
da Juventude, no mês de julho no Rio de Janeiro.<br />
Venham prestigiar este acontecimento e<br />
apoiar os jovens nesta importante missão de<br />
fortalecimento da fé e evangelização.<br />
maio.2013<br />
Boletim Informativo da<br />
Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
15
No dia 13 de maio deste ano, completam-se 96 anos que Lúcia de Jesus,<br />
de 10 anos e seus primos Francisco de 9, e Jacinta Marto de 7, apascentaram<br />
um pequeno rebanho, após rezarem o terço. Depois um clarão iluminou<br />
o espaço e viram, em cima de uma pequena azinheira, uma “<strong>Senhora</strong><br />
mais brilhante que o sol”, de cujas mãos pendia um terço branco...<br />
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA – A fé dos puros de coração!<br />
Boletim Informativo da<br />
16 Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
maio.2013