Novembro de 2011 - Paróquia Nossa Senhora das Mercês
Novembro de 2011 - Paróquia Nossa Senhora das Mercês
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Boletim informativo da Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês - Ano XII - n.° 121 - <strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2011</strong>
Igreja matriz<br />
<strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês<br />
Horários e atendimentos<br />
ENDEREÇO<br />
da paróquia e convento<br />
Av. Manoel Ribas, 966<br />
80810-000 CURITIBA-Pr<br />
Tel. paróquia: (041) 3335.5752 (sec.)<br />
Tel. convento: (041) 3335.1606 (freis)<br />
Tel. Catequese: (041) 3336.3982<br />
EXPEDIENTE da Secretaria paroquial:<br />
De segunda a sexta-feira Das 8h às 12h<br />
e <strong>das</strong> 13h às 18h<br />
Sábado<br />
<strong>das</strong> 9h à 12h<br />
MISSAS<br />
horário<br />
Segunda-feira:<br />
6h30<br />
Terça, quarta e<br />
quinta-feira:<br />
6h30 e 19h<br />
Sexta-feira:<br />
6h30, 15h e 19h<br />
Sábado:<br />
6h30, 17h e 19h<br />
Domingo: 6h30, 7h30, 9h, 10h30,<br />
12h, 17h e 19h<br />
ENTREAJUDA<br />
Quinta-feira:<br />
9h, 15h e 20h<br />
NOVENA PERPÉTUA DE N. SRA. DAS MERCÊS<br />
Sexta-feira<br />
8h30 e 19h<br />
ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO<br />
Sexta-feira<br />
<strong>das</strong> 9h às 19h<br />
Benção com o Santíssimo às 18h30<br />
BÊNÇÃOS<br />
De segunda à sexta-feira: <strong>das</strong> 8h às 11h30<br />
e <strong>das</strong> 14h às 18h<br />
Sábado:<br />
<strong>das</strong> 9h30 às 11h30<br />
e <strong>das</strong> 14h às 17h<br />
Telefone para agendar bênçãos: 3335.1606<br />
Encontros <strong>de</strong> Entreajuda<br />
Depressão, <strong>de</strong>sânimo, obsessões, possessões, somatizações,<br />
fobias, timi<strong>de</strong>z, complexo <strong>de</strong> culpa, conceitos<br />
falhos <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> drogas, dificulda<strong>de</strong>s conjugais,<br />
problemas familiares e outros. Participe <strong>de</strong>sses<br />
Encontros <strong>de</strong> Entreajuda com frei Ovídio Zanini, em todos<br />
os domingos, <strong>das</strong> 15 às 18h, no salão paroquial da Igreja<br />
<strong>das</strong> Mercês. O ingresso é <strong>de</strong> R$ 20,00 (vinte reais), com<br />
direito a um material <strong>de</strong> relax e programação mental.<br />
Será servido gratuitamente um lanche. Informações na<br />
secretaria paroquial, tel. 3335-5752, e-mail ovidiozanini@<br />
bol.com.br, celular da Ir. Alzira: 9971-8844.<br />
ANIVERSARIANTES<br />
<strong>Nossa</strong> comunida<strong>de</strong> felicita os aniversariantes do mês <strong>de</strong><br />
novembro, oferecendo a todos a prece comunitária e as intenções<br />
na Santa Missa. Saú<strong>de</strong>, paz, prosperida<strong>de</strong> e que nunca<br />
falte o amor a Jesus Cristo e <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> em suas famílias.<br />
Demonstrativo financeiro<br />
Setembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong><br />
RECEITAS<br />
Dízimo paroquial......................................................................................................................... R$ 62.307,00<br />
Ofertas...................................................................................................................................... R$ 14.570,00<br />
Espórtulas/ batizados/ casamentos........................................................................................... R$ 2.605,00<br />
Total........................................................................................................................................................................... R$ 79.482,00<br />
Dizimistas ca<strong>das</strong>trados.......................................................................................................................................... 1.316<br />
Dizimistas que contribuíram...................................................................................................................................... 921<br />
Novos Dizimistas........................................................................................................................................................ 24<br />
DESPESAS<br />
Dimensão Religiosa<br />
Salários/ encargos sociais/ férias/ rescisão............................................................................... R$ 16.813,62<br />
Côngruas................................................................................................................................... R$ 3.270,00<br />
Casa paroquial/ Auxílio Alimentação - IPAS.................................................................................. R$ 7.922,93<br />
Desp.cultos /ornamentação....................................................................................................... R$ 750,00<br />
Luz/ água/ telefone................................................................................................................... R$ 2.212,10<br />
Conserv. dos imóveis/ Pinturas.................................................................................................. R$ 12.892,29<br />
Café do Dízimo e Homenagens................................................................................................... R$ 3.127,31<br />
Manut. Móveis/ Escada/ Toldos................................................................................................. R$ 8.624,00<br />
Rouparia/ Copa/ Alimentação/ Gás............................................................................................ R$ 645,57<br />
Despesas com correio (jornal e dízimo)....................................................................................... R$ 529,70<br />
Serviços <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong>........................................................................................................... R$ 96,00<br />
Serviços <strong>de</strong> alarme..................................................................................................................... R$ 180,00<br />
Manutenção <strong>de</strong> Veículos/ Combustíveis...................................................................................... R$ 857,10<br />
Material <strong>de</strong> limpeza.................................................................................................................... R$ 904,57<br />
Material <strong>de</strong> expediente/ xerox/ Gráficas...................................................................................... R$ 1.362,20<br />
Revistas/ internet/ WEB/ “O capuchinho”.................................................................................. R$ 2.320,20<br />
Pla.<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> func. / farmácia/ Exame................................................................................... R$ 1.646,98<br />
Vales transportes e fretes........................................................................................................... R$ 796,50<br />
Reforma Elétrica do Salão Paroquial............................................................................................ R$ 6.000,00<br />
Total........................................................................................................................................................................... R$ 70.951,07<br />
Dimensão Missionária<br />
Taxa para Arquidiocese............................................................................................................... R$ 7.154,00<br />
Taxa para a Província freis Capuchinhos...................................................................................... R$ 6.287,93<br />
Mat. pastoral/ catequético/ Cursos............................................................................................ R$ 1.942,73<br />
Total........................................................................................................................................................................... R$ 15.384,66<br />
Dimensão Social<br />
Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz....................................................................................... R$ 4.000,00<br />
Total........................................................................................................................................................................... R$ 4.000,00<br />
TOTAL GERAL........................................................................................................................................................... R$ 90.335,73<br />
SUGESTÕES<br />
Caro leitor! Sua opinião e sugestões são muito importantes.<br />
Entregue-as na secretaria da paróquia ou envie-as para o<br />
e-mail ediegohenrique@hotmail.com. - Se você quiser saber<br />
mais, envie suas perguntas às quais procuraremos respon<strong>de</strong>r.<br />
Man<strong>de</strong> seus artigos até o dia 20 <strong>de</strong> cada mês.<br />
Expediente do Boletim | Pároco: Fr. Pedro Cesário Palma. Vigários<br />
paroquiais: Fr. Ovídio Zanini, Frei Benedito Felix da Rocha e<br />
Frei João Daniel Lovato. Jornalista responsável: Luiz Witiuk - DRT<br />
nº 2859. Coor<strong>de</strong>nação: Secretaria Paroquial e Diego Silva. Capa:<br />
Mayra Armentano Silvério. Diagramação: Edgar Larsen. Impressão:<br />
Ed. O Estado do Paraná (tel. 3331-5106). Tiragem: 5.000<br />
exemplares.<br />
ORAÇÃO VOCACIONAL<br />
Ó Deus, que não queres a morte do pecador,<br />
e sim, que se converta e viva, nós te<br />
suplicamos pela intercessão da Bem-aventurada<br />
sempre Virgem Maria; <strong>de</strong> São José,<br />
seu esposo e <strong>de</strong> todos os santos, que nos<br />
conce<strong>das</strong> maior número <strong>de</strong> operários para a<br />
tua Igreja, que trabalhando com Cristo, se <strong>de</strong>diquem<br />
e sacrifiquem pelas almas. Por Jesus<br />
Cristo, na unida<strong>de</strong> do Espírito Santo. Amém.<br />
BÊNÇÃO DE<br />
SÃO FRANCISCO<br />
DE ASSIS<br />
“O Senhor te abençoe e te proteja.<br />
Mostre-te a sua face e se<br />
compa<strong>de</strong>ça <strong>de</strong> ti.<br />
Volva a ti o seu rosto e te dê a paz”<br />
2 - Ano XII - n.° 121 - <strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2011</strong>
Mensagem do Pároco<br />
No início do mês <strong>de</strong> novembro comemoramos<br />
“Finados” e “Todos os Santos”. Essas duas comemorações<br />
são faces da mesma realida<strong>de</strong>. Trata-se<br />
<strong>de</strong> “comemorar”, isto é, manter vivo na memória<br />
duas celebrações <strong>de</strong> vida e <strong>de</strong> esperança.<br />
Em Finados, lembramos pessoas queri<strong>das</strong> que<br />
já partiram, honramos seus túmulos e rezamos<br />
por elas. Recordamos, também, a provisorieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> nossa vida e a urgência <strong>de</strong> vivê-la bem, isto é,<br />
conforme Jesus Cristo viveu e ensinou. Por fim, reafirmamos<br />
nossa fé na ressurreição. Como rezamos<br />
na Liturgia, “Para os que crêem, a vida não é tirada,<br />
mas transformada; e <strong>de</strong>sfeito o nosso corpo mortal,<br />
nos é dado, nos céus, um corpo imperecível”.<br />
Embora a morte <strong>de</strong> uma pessoa querida nos entristeça,<br />
a certeza da ressurreição nos anima, pois sabemos<br />
que a morte não é o fim, mas a passagem<br />
para uma vida plena junto <strong>de</strong> Deus.<br />
E aqui fazemos ligação com a celebração <strong>de</strong> Todos<br />
os Santos. Quem são eles? São os que comemoramos<br />
no dia <strong>de</strong> Finados e que estão no céu, juntos<br />
<strong>de</strong> Deus. Todos nós somos chamados a ser santos.<br />
Em novembro, encerramos o ano litúrgico e iniciamos<br />
novo ano, com a celebração <strong>de</strong> Cristo Rei.<br />
O novo ano litúrgico começa com o tempo do Advento,<br />
preparação do Natal do Senhor.<br />
Em novembro, também, nossa paróquia lança a<br />
campanha “Natal Solidário”. É nosso gesto concreto<br />
para proporcionar um “Feliz Natal” às pessoas<br />
necessita<strong>das</strong> <strong>das</strong> comunida<strong>de</strong>s que aten<strong>de</strong>mos.<br />
Paz e Bem!<br />
Graças à generosida<strong>de</strong> dos paroquianos, dizimistas e benfeitores, arrecadamos no mês <strong>de</strong> setembro<br />
<strong>de</strong> <strong>2011</strong>, os donativos abaixo discriminados:<br />
DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: SETEMBRO/11<br />
Destinatário<br />
Frei Pedro Cesário Palma<br />
AÇÃO SOCIAL DA PARÓQUIA<br />
N. SRA. DAS MERCÊS<br />
Peças <strong>de</strong><br />
roupas<br />
Calçados<br />
pares<br />
Diversos<br />
Total<br />
Alimentos<br />
kg<br />
N. Sra. da Luz (Vila) 1.671 198 283 2.152 364 kg<br />
Almirante Tamandaré 1.533 206 233 1.972 355 kg<br />
Vila Ver<strong>de</strong> 1.316 150 248 1.714 357 kg<br />
Cerne 20 - 5 25 120 kg<br />
Setor Mercês 56 10 - 66 152 kg<br />
Totais 4.596 564 769 5.929 1.348 kg<br />
Natal solidário<br />
com Jesus<br />
Repletos do sentimento <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong><br />
e fraternida<strong>de</strong>, iniciamos a Campanha do Natal<br />
Solidário com Jesus para as Paróquias da<br />
Vila <strong>Nossa</strong> Sra. da Luz, na CIC (em Curitiba),<br />
e <strong>Nossa</strong> Sra. da Conceição (em Almirante Tamandaré),<br />
nossas Paróquias Irmãs, assisti<strong>das</strong><br />
durante o ano.<br />
Contamos com a colaboração <strong>de</strong> todos para<br />
essa campanha tão importante, manifestando<br />
nossa união e amor aos nossos irmãos.<br />
Almejamos arrecadar 800 cestas <strong>de</strong> alimentos<br />
e 800 kits para crianças, contendo brinquedo,<br />
conjunto <strong>de</strong> roupas e bombons.<br />
Os envelopes para doação estão sendo distribuídos<br />
na Secretaria Paroquial e também ao<br />
final <strong>das</strong> missas e celebrações <strong>de</strong> Entreajuda.<br />
Você po<strong>de</strong>rá colocar seu nome e <strong>de</strong> sua família<br />
nos envelopes que serão colocados no altar<br />
para as intenções nas Missas Natalinas, na<br />
véspera e no dia <strong>de</strong> Natal, em agra<strong>de</strong>cimento<br />
por esse nobre gesto <strong>de</strong> altruísmo e amor ao<br />
próximo.<br />
Em nossas Paróquias Irmãs, vamos festejar<br />
o Natal com a entrega dos presentes em<br />
três momentos distintos. No dia 10/12/11,<br />
às 15h, a entrega será na Paróquia <strong>Nossa</strong> Sra.<br />
da Conceição, em Almirante Tamandaré. No<br />
dia 11/12/11, às 15h, será na Paróquia <strong>Nossa</strong><br />
Sra. da Luz, na Vila Ver<strong>de</strong>. Por fim, no dia<br />
18/12/11, também às 15h, a entrega acontece<br />
na se<strong>de</strong> da Paróquia <strong>Nossa</strong> Sra. da Luz, na<br />
CIC.<br />
Com nosso coração agra<strong>de</strong>cido, rogamos a<br />
Deus por saú<strong>de</strong>, paz, prosperida<strong>de</strong> e copiosas<br />
bênçãos a todos os benfeitores do Natal Solidário<br />
com Jesus! Deus abençoe!<br />
À Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz, doamos em dinheiro: R$ 4.000,00 para a promoção<br />
humana.<br />
“Deus ama quem dá com alegria” (2Cor. 9,7)<br />
Agra<strong>de</strong>cemos a você, pela sua generosa doação.<br />
Frei Pedro Cesário Palma<br />
Pároco<br />
Boletim Informativo da Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês - 3
O dízimo é sinal <strong>de</strong> compromisso com Deus,<br />
com a Igreja e com os pobres. Jesus, na sua bonda<strong>de</strong><br />
infinita, instituiu sua Igreja para ela evangelizar,<br />
catequizar, servir e santificar. E, para que ela<br />
possa <strong>de</strong>sempenhar a sua vocação evangelizadora<br />
no mundo, necessita <strong>de</strong> recursos materiais e esses<br />
recursos <strong>de</strong>vem provir <strong>de</strong> nós, seus filhos, que<br />
somos e formamos a Igreja viva <strong>de</strong> Cristo na Terra.<br />
Assim, <strong>de</strong>volver o dízimo é ser justo para com<br />
Deus e estar <strong>de</strong> coração aberto para colaborar com<br />
o seu Reino, que é justiça, amor e paz. Com o dízimo,<br />
você ajuda a transformar a Igreja para que ela<br />
seja cada vez mais unida e fraterna, a fim <strong>de</strong> que<br />
possa cumprir sua missão evangelizadora como Jesus<br />
quer. Portanto, po<strong>de</strong>mos dizer que:<br />
• Dízimo é como uma semente, quando plantada<br />
e cultivada, teremos a certeza <strong>de</strong> que<br />
produzirá muitos frutos para Deus, para a<br />
“Des<strong>de</strong> os primeiros tempos, a Igreja<br />
honra a memória dos <strong>de</strong>funtos e oferece<br />
sufrágios em seu favor, em particular o<br />
sacrifício eucarístico, para que, uma vez<br />
purificados, possam chegar à visão beatífica<br />
<strong>de</strong> Deus.” (Catec. Igreja Cat. 1032).<br />
De fato, encontramos na Palavra <strong>de</strong> Deus<br />
que Ju<strong>das</strong> Macabeus enviou dinheiro a<br />
Jerusalém para que fosse oferecido um<br />
sacrifício expiatório em favor dos mortos,<br />
e assim fossem liberados dos pecados<br />
(Cfr. 2Mc 12,46). <strong>Nossa</strong>s orações, especialmente<br />
a missa, ofereci<strong>das</strong> pelos falecidos<br />
<strong>de</strong>funtos são uma ajuda preciosa<br />
para que possam completar a purificação<br />
e chegar à glória do céu.<br />
Em muitos lugares, existe o costume<br />
<strong>de</strong> oferecer uma missa gregoriana por um<br />
falecido, porém muitas pessoas nem sabem<br />
o que são estas missas. É chamada<br />
missa gregoriana aquela que um mesmo<br />
sacerdote oferece, por trinta dias seguidos,<br />
na intenção <strong>de</strong> um único falecido.<br />
Como todos os sacerdotes rezam diariamente<br />
uma missa e po<strong>de</strong>m aplicar a intenção<br />
<strong>de</strong>sta missa por um <strong>de</strong>funto, ele<br />
então po<strong>de</strong> assumir a celebração <strong>de</strong> uma<br />
missa gregoriana quando tiver a certeza<br />
<strong>de</strong> que, por trinta dias seguidos, po<strong>de</strong>rá<br />
rezar a missa sempre na mesma intenção.<br />
Para uma missa gregoriana, a Igreja<br />
estabelece o valor da oferta que a pessoa<br />
que propõe a intenção <strong>de</strong>ve entregar.<br />
O nome “Missa Gregoriana” tem a<br />
sua origem num fato que suce<strong>de</strong>u no<br />
mosteiro que vivia São Gregório Magno,<br />
papa, no século VI. Ele conta que um<br />
monge <strong>de</strong> nome Justo, estando muito enfermo,<br />
tinha escondido três moe<strong>das</strong> <strong>de</strong><br />
ouro, o que era um gran<strong>de</strong> pecado para<br />
um monge.<br />
Por isso, quando ele morreu, não foi<br />
Dízimo e Partilha<br />
Igreja e para os pobres. “Aquele que dá a semente<br />
ao semeador e o pão para comer, vos<br />
dará rica sementeira e aumentará os frutos<br />
da vossa justiça” (2Cor 9,10). É só confiar<br />
em Deus, <strong>de</strong>volver o dízimo e os frutos, com<br />
certeza, virão em abundância.<br />
• Dízimo é uma fonte <strong>de</strong> graças e bênçãos. Na<br />
medida em que eu abro minhas mãos e meu<br />
coração pra oferecer, do mesmo modo estou<br />
apto para receber as bênçãos <strong>de</strong> Deus.<br />
• Dízimo é o fruto do amor, da justiça e da misericórdia<br />
com Deus e com os irmãos menos<br />
favorecidos.<br />
• Dízimo visa e busca, acima <strong>de</strong> tudo, o bem<br />
comum <strong>de</strong> todos os fiéis, a manutenção e o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>das</strong> Pastorais da Paróquia,<br />
como a família a serviço <strong>de</strong> todos e <strong>de</strong> cada<br />
um.<br />
Missas Gregorianas<br />
Ser dizimista<br />
é, portanto,<br />
assumir<br />
uma <strong>das</strong><br />
formas mais<br />
justas <strong>de</strong> partilha.<br />
Quem tem<br />
muito, partilha muito.<br />
Quem tem pouco, partilha pouco. Quem não tem<br />
nada, tem o direito <strong>de</strong> receber daquilo que foi colocado<br />
para ser partilhado.<br />
Devolvendo o dízimo, estou colocando em comum<br />
uma parte dos meus bens, para que todos<br />
possam viver com dignida<strong>de</strong>, como filhos <strong>de</strong> Deus.<br />
“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos,<br />
se vos amar<strong>de</strong>s uns aos outros” (Jo 13, 35).<br />
Pastoral do Dízimo<br />
enterrado com os outros monges e todos<br />
sabiam que estaria pagando pelo seu pecado<br />
no purgatório. Depois <strong>de</strong> um tempo,<br />
seu irmão <strong>de</strong> sangue chamado Copioso,<br />
também monge, com muita tristeza pediu<br />
ao prior que se fizesse alguma coisa, pois<br />
se sentia muito triste sabendo que o seu<br />
irmão estava sofrendo. O prior então <strong>de</strong>terminou<br />
que se oferecesse por ele trinta<br />
dias <strong>de</strong> missa. Os monges começaram<br />
a fazê-lo, mas se esqueceram <strong>de</strong> contar<br />
com precisão o número <strong>das</strong> missas celebra<strong>das</strong>.<br />
Certo dia, Copioso sonhou com<br />
o seu irmão morto e lhe perguntou como<br />
estava. Ele respon<strong>de</strong>u que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> hoje<br />
sou feliz, pois voltei à comunhão. Copioso<br />
comunicou este fato ao prior que, ao<br />
contar os dias para ver quantos haviam<br />
passado, se encontram com a surpresa<br />
<strong>de</strong> que naquele dia justamente haviam<br />
completado os trinta dias (Cfr. São Gregório,<br />
Diálogos Livro IV, Cap. 55).<br />
Na Paróquia <strong>das</strong> Mercês, há um bom<br />
número <strong>de</strong> freis sacerdotes que todos<br />
os dias celebram a santa missa. Alguns<br />
<strong>de</strong>les já anciãos e sem outros compromissos<br />
pastorais. Assim sendo, há a<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assumir algumas missas<br />
gregorianas em cada mês. Este é<br />
um lindo presente que se po<strong>de</strong> oferecer<br />
a nossos entes queridos que já partiram<br />
<strong>de</strong>ste mundo.<br />
Frei Mariosvaldo<br />
Florentino,<br />
ofm cap<br />
Frei<br />
Mariosvaldo é<br />
doutor em<br />
Liturgia e<br />
trabalha no<br />
Paraguai<br />
4 - Ano XII - n.° 121 - <strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2011</strong>
<strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Graças<br />
e a Medalha Milagrosa<br />
No dia 27 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1830, na Capela <strong>das</strong> Filhas da Carida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
São Vicente <strong>de</strong> Paulo, em Paris, <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> apareceu à Irmã Catarina<br />
Labouré trazendo, do céu, braça<strong>das</strong> <strong>de</strong> luz para o mundo. A Virgem apareceu<br />
sobre um globo. Pisando uma serpente e segurando em suas divinas mãos<br />
um globo menor, oferecia-o a Deus num gesto <strong>de</strong> súplica. “Este globo, diz<br />
<strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong>, representa o mundo inteiro e cada pessoa em particular”.<br />
O Globo <strong>de</strong>sapareceu e as mãos divinas <strong>de</strong> Maria suavemente se esten<strong>de</strong>m<br />
<strong>de</strong>rramando sobre o globo brilhantes raios <strong>de</strong> luz. Formou-se um quadro oval<br />
ro<strong>de</strong>ado <strong>das</strong> palavras: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos<br />
a vós”. Virou-se o quadro, aparecendo no reverso, um M encimado<br />
por uma cruz e, embaixo, os corações <strong>de</strong> Jesus e Maria. A Santíssima Virgem<br />
pe<strong>de</strong>: “Faça cunhar uma medalha conforme este mo<strong>de</strong>lo. As pessoas<br />
que a trouxerem com fé e confiança receberão graças especiais”. A Medalha<br />
foi cunhada e logo se espalhou pelo mundo, fazendo tão gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />
milagres que foi popularmente chamada <strong>de</strong> MEDALHA MILAGROSA.<br />
Comunicando a Medalha ao mundo, Maria procura <strong>de</strong>spertar nossa<br />
confiança em Deus e apela para que nós nos transformemos, pela fé e<br />
seguimento <strong>de</strong> seu Filho, em medalhas milagrosas que multiplicam a fé, a<br />
esperança e a carida<strong>de</strong> cristã.<br />
Em Curitiba, às segun<strong>das</strong>-feiras, na Casa Provincial <strong>das</strong> Filhas da Carida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> São Vicente <strong>de</strong> Paulo, que fica na Avenida Manoel Ribas, n° 02,<br />
os <strong>de</strong>votos da Medalha Milagrosa se encontram para novena às 17h30,<br />
seguida <strong>de</strong> Celebração Eucarística. Às 19h, a novena é rezada novamente,<br />
sem celebração Eucarística.<br />
De 18 a 26 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, às 19h, realiza-se a novena preparatória<br />
à Festa da Medalha Milagrosa. Junte-se aos <strong>de</strong>votos da Medalha<br />
Milagrosa para pedir e agra<strong>de</strong>cer as graças recebi<strong>das</strong>.<br />
Colaboração: Ir. Romilda Maria Paludo - Filhas da Carida<strong>de</strong><br />
Dia Nacional <strong>de</strong><br />
Ação <strong>de</strong> Graças<br />
O Dia Nacional <strong>de</strong> Ação <strong>de</strong> Graças é celebrado sempre na 4ª quinta-<br />
-feira do mês <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> cada ano. Neste ano será no dia 24 <strong>de</strong><br />
<strong>Novembro</strong>.<br />
Gratidão traz saú<strong>de</strong> emocional e bem-estar<br />
Cultive a gratidão.<br />
Lembre que há tanto para agra<strong>de</strong>cer.<br />
Agra<strong>de</strong>ça a Deus, a fonte <strong>de</strong> on<strong>de</strong> recebemos tudo.<br />
Agra<strong>de</strong>ça a vida.<br />
Agra<strong>de</strong>ça ao seu corpo e sua mente.<br />
Agra<strong>de</strong>ça a seus pais, filhos, parentes, amigos, a to<strong>das</strong> as pessoas<br />
e acontecimentos.<br />
Lembre-se <strong>de</strong> to<strong>das</strong> as coisas boas <strong>de</strong> sua vida.<br />
Permita que a gratidão dissolva seu cansaço, tristeza e lembranças<br />
negativas.<br />
Permita que seu coração se torne suave e doce através da gratidão<br />
e experimente entusiasmo e tranquilida<strong>de</strong><br />
Pelo amor<br />
Pela fraternida<strong>de</strong>,<br />
Pela partilha<br />
Que geram vida.<br />
Agra<strong>de</strong>çamos a Deus <strong>de</strong> todo Coração<br />
Pela luta,<br />
Pela esperança<br />
Que nos levam a sonhar.<br />
Pelas pedras do caminho<br />
Que nos ensinam a levantar.<br />
Pela lágrima<br />
Que se transforma em prece.<br />
Pela alegria,<br />
Pelas bênçãos,<br />
Volta teu olhar a Deus<br />
E AGRADECE!<br />
Colaboração: Frei Moacir Antonio Nasato<br />
Pesquisa: Internet<br />
Boletim Informativo da Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês - 5
Se<strong>de</strong> santos<br />
Segundo Dom Eusébio Oscar Scheid, “a celebração<br />
da Festa <strong>de</strong> Todos os Santos nos recorda<br />
os heróis da Igreja <strong>de</strong> Cristo, através dos tempos,<br />
a começar da Santíssima Virgem Maria, dos Apóstolos<br />
e dos mártires dos primeiros séculos. Essa<br />
ininterrupta sucessão chega até os nossos dias,<br />
constituindo a maior glória da Igreja. As biografias<br />
dos santos são verda<strong>de</strong>iras apologias da veracida<strong>de</strong><br />
e da historicida<strong>de</strong> do fato cristão e, ao<br />
mesmo tempo, do ensinamento evangélico, que<br />
norteou suas vi<strong>das</strong>, até atingirem o cume da santida<strong>de</strong>”.<br />
Será que é difícil ser santo? Será que somente<br />
alguns escolhidos po<strong>de</strong>m ser santos? Afinal <strong>de</strong><br />
contas: o que é ser santo? Se olharmos as biografias<br />
dos nossos santos, veremos que foram<br />
homens e mulheres como nós, que nunca concordaram<br />
com as próprias faltas e que sempre<br />
buscaram uma vida segundo o Evangelho. Basta<br />
lembrarmos São Francisco <strong>de</strong> Assis que, quando<br />
lhe foi pedido para escrever uma regra para o<br />
novo movimento que nascia, disse simplesmente<br />
que “a regra e vida dos fra<strong>de</strong>s menores era viver<br />
o Evangelho <strong>de</strong> Nosso Senhor Jesus Cristo”. Sabemos<br />
que viver o Evangelho não é somente para<br />
alguns escolhidos mas para todos os batizados.<br />
Segundo o Papa Bento XVI, a santida<strong>de</strong> “consiste<br />
em unir-se a Cristo e assumir as suas atitu<strong>de</strong>s,<br />
pensamentos e formas <strong>de</strong> vida. Por isso, a<br />
santida<strong>de</strong> tem a sua raiz última no batismo, pelo<br />
qual somos enxertados em Cristo e nos é comunicado<br />
o seu Espírito, a sua vida <strong>de</strong> Ressuscitado.<br />
Mas Deus respeita sempre a nossa liberda<strong>de</strong>,<br />
pedindo que aceitemos este dom e vivamos as<br />
suas exigências; isto é, pe<strong>de</strong> que nos <strong>de</strong>ixemos<br />
transformar pela ação do Espírito Santo, conformando<br />
a nossa vonta<strong>de</strong> com a d’Ele. A santida<strong>de</strong><br />
me<strong>de</strong>-se pela estatura que Cristo atinge em nós”.<br />
A vivência do Batismo acontece no dia a dia,<br />
nas pequenas coisas, no serviço, na doação, na<br />
acolhida, na carida<strong>de</strong>. Se quisermos aprofundar<br />
mais, voltemos às palavras <strong>de</strong> nosso Papa: “Essencial<br />
é não <strong>de</strong>ixar jamais um domingo sem um<br />
encontro com Cristo Ressuscitado na Eucaristia;<br />
isso não é um fardo, mas a luz para toda a semana.<br />
Não começar nem terminar jamais um dia<br />
sem pelo menos um breve contato com Deus. E,<br />
no caminho da nossa vida, seguir os “sinais do<br />
caminho” que Deus nos comunicou no Decálogo<br />
lido com Cristo, que é simplesmente a <strong>de</strong>finição<br />
da carida<strong>de</strong> em <strong>de</strong>termina<strong>das</strong> situações. Penso<br />
que esta é a verda<strong>de</strong>ira simplicida<strong>de</strong> e gran<strong>de</strong>za<br />
da vida <strong>de</strong> santida<strong>de</strong>: o encontro com o Ressuscitado<br />
no domingo; o contato com Deus no começo<br />
e no final do dia; seguir, nas <strong>de</strong>cisões, os “sinais<br />
do caminho” que Deus nos comunicou, que são<br />
apenas formas da carida<strong>de</strong>. Daí que a carida<strong>de</strong><br />
para com Deus e para com o próximo sejam o sinal<br />
distintivo <strong>de</strong> um verda<strong>de</strong>iro discípulo <strong>de</strong> Cristo<br />
(‘Lumen gentium’, 42). “Esta é a verda<strong>de</strong>ira simplicida<strong>de</strong>,<br />
gran<strong>de</strong>za e profundida<strong>de</strong> da vida cristã,<br />
do ser santos” (Bento XV).<br />
Quem vive assim está a caminho da santida<strong>de</strong><br />
verda<strong>de</strong>ira. Sabemos que esse caminho é Jesus<br />
Cristo. E é Ele mesmo<br />
que nos disse:<br />
“se<strong>de</strong> santos porque<br />
eu sou santo”.<br />
Não esqueçamos<br />
<strong>de</strong> que, se estamos<br />
no caminho do discipulado,<br />
todos po<strong>de</strong>mos<br />
chegar a esse<br />
sublime i<strong>de</strong>al <strong>de</strong><br />
vida. É Santo Agostinho<br />
que nos lembra<br />
isso: “Se eles e elas chegaram a ser santos, porque<br />
não posso eu também?”.<br />
Quem acompanha o ano litúrgico lembra que<br />
toda semana estamos celebrando a vida <strong>de</strong> algum<br />
santo ou santa na nossa Igreja. Todos nos<br />
<strong>de</strong>ixam mensagens <strong>de</strong> esperança com seu testemunho<br />
<strong>de</strong> vida. Cada santo, do seu jeito, é seta<br />
indicando o caminho a seguir. Por isso, aconselho<br />
a todos que leiam a vida dos santos, conheçam<br />
suas história e suas dificulda<strong>de</strong>s. Mesmo entre<br />
nós, que ainda vivemos, encontramos pessoas<br />
simples, mas pessoas boas, que talvez nunca serão<br />
canoniza<strong>das</strong> mas que são santas. Peçamos<br />
ao Deus Santíssimo que possamos, a cada dia,<br />
vivenciarmos o Evangelho <strong>de</strong> Nosso Senhor Jesus<br />
Cristo, que é Santo porque o seu Pai é Santo.<br />
Paz e Bem!<br />
Frei Benedito Félix da Rocha<br />
Vigário paroquial<br />
freidito@bol.com.br<br />
6 - Ano XII - n.° 121 - <strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2011</strong>
O que nos chama a atenção no calendário do mês <strong>de</strong><br />
novembro é a celebração dos finados. Há quem <strong>de</strong>teste<br />
pensar na morte.<br />
Poucos dias após a inauguração do Cemitério Parque<br />
Iguaçu, em Curitiba, fui conhecê-lo. Impressionou-me a beleza<br />
do espaço todo, o bosque, aquele bem cultivado gramado.<br />
Era mesmo um parque. Ao sair, falei à jovem secretária que<br />
ali estava sentada a um birô: - gostei muito daqui e voltarei<br />
mais vezes para meditar sobre a morte. Para minha surpresa<br />
ela me disse: “não, por favor; venha sim, para nos visitar e<br />
para um cafezinho, mas não para pensar na morte”.<br />
O fenômeno morte é paralelo ao nascimento. Como diria<br />
alguém jocosamente, embora possa parecer humor macabro:<br />
“a vida é uma doença terminal e sexualmente transmissível”.<br />
Porém a verda<strong>de</strong> crua, nua, mas também serena<br />
é: quem nasceu, necessariamente vai morrer um dia.<br />
Não dá para negar que <strong>de</strong> fato, a morte seja mesmo<br />
o fim <strong>de</strong> uma jornada. Talvez pudéssemos compará-la, um<br />
pouco com o entar<strong>de</strong>cer <strong>de</strong> um dia, o fim <strong>de</strong> uma festa, o<br />
último aceno <strong>de</strong> um encontro. O fechar <strong>das</strong> cortinas <strong>de</strong> um<br />
gran<strong>de</strong> espetáculo.<br />
O fato é que nos costumamos associar fim com uma<br />
coisa ruim. Quando enten<strong>de</strong>rmos que o fim não necessariamente<br />
precisa significar algo negativo, a própria dor da<br />
separação <strong>de</strong> um ente querido, será diferente. Até mesmo<br />
quando sentirmos que a morte ronda ao nosso redor seja<br />
por uma doença terminal ou pela velhice, a nossa atitu<strong>de</strong><br />
será bem diferente.<br />
Fiquei muito impressionado e bem impressionado,<br />
quando soube da morte <strong>de</strong> frei Irineu Costela; um dos<br />
egressos da Província Capuchinha do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e<br />
São Paulo: evangelização em meio aos conflitos<br />
Um dos temas fundamentais na teologia paulina é a<br />
evangelização. É fundamental porque mostra a figura do<br />
verda<strong>de</strong>iro discípulo <strong>de</strong> Cristo que escuta, crê e prega a<br />
palavra do Mestre, não obstante os momentos <strong>de</strong> crises e<br />
dificulda<strong>de</strong>s.<br />
São Paulo, o apóstolo dos gentios, passou por vários<br />
conflitos por causa do Evangelho. Um conflito forte foi o<br />
que diz respeito à acusação <strong>de</strong> que ele não era apóstolo<br />
(1Coríntios 9,2). O mesmo aparece na carta aos Gálatas,<br />
e é por isso que ele insiste em dizer várias vezes que não<br />
é apóstolo “da parte dos homens” (Gálatas 1,1), e sim da<br />
parte <strong>de</strong> Cristo (Gálatas 1,12).<br />
Embora Paulo não tenha ouvido/ entendido toda a revelação<br />
por parte <strong>de</strong> outro apóstolo ou <strong>de</strong> outro evangelizador,<br />
mas por parte <strong>de</strong> Cristo (Gálatas 1,12) não quer dizer<br />
que, no encontro com Cristo, ele recebeu como que uma<br />
caixinha que continha to<strong>das</strong> as verda<strong>de</strong>s que haveria <strong>de</strong><br />
proclamar ao mundo. Paulo se refere à salvação pela Fé em<br />
Jesus Cristo sem as obras da Lei (Gálatas 2,16).<br />
Outras dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes da evangelização surgem.<br />
Paulo faz questão <strong>de</strong> afirmar o direito que o missionário<br />
tem <strong>de</strong> ser sustentado por causa do trabalho que faz<br />
(1Coríntios 9,6-14; Gálatas 6,6; 2Tessalonicenses 3,9). Entretanto,<br />
quis trabalhar com as próprias mãos (1Cor 4,12)<br />
para não ser pesado para a comunida<strong>de</strong> (1Tessalonicenses<br />
2,9). Ele tinha uma profissão: fabricante <strong>de</strong> ten<strong>das</strong> (At<br />
18,3).<br />
Seguramente, a família <strong>de</strong> Paulo era rica. Devia ter uma<br />
empresa para a confecção <strong>de</strong> ten<strong>das</strong>, uma vez que <strong>de</strong>via<br />
dar um bom lucro, haja vista a presença dos soldados romanos<br />
(o império romano dominava toda esta região) que<br />
necessitavam <strong>das</strong> ten<strong>das</strong>. E Paulo opta em <strong>de</strong>ixar tudo isso<br />
para trabalhar com as próprias mãos, o que era <strong>de</strong>sprezível<br />
no mundo grego, uma vez que o trabalho manual era <strong>de</strong>stinado<br />
aos escravos.<br />
A morte como fim plenitu<strong>de</strong><br />
integrante do grupo fundador dos Missionários Franciscanos,<br />
que tem sua casa central em Ponta Grossa.<br />
Nos dias que antece<strong>de</strong>ram minha transferência para<br />
Umuarama, em 2002, frei Irineu, vitimado por um câncer,<br />
fazia quimioterapia no Hospital <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Graças<br />
e hospedava-se no Convento <strong>das</strong> Mercês.<br />
Conversei longamente com ele que me pareceu, apesar<br />
da gravida<strong>de</strong> do seu estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, extremamente sereno.<br />
Em menos <strong>de</strong> um ano fiquei sabendo da sua morte.<br />
Por ocasião <strong>de</strong> uma vinda a Curitiba, fui visitar a minha,<br />
hoje também saudosa amiga, Irmã Atília e lhe perguntei:<br />
- como foi a morte do frei Irineu. A Irmã me respon<strong>de</strong>u:<br />
foi uma verda<strong>de</strong>ira catequese, uma pregação, para todo o<br />
Hospital. Médicos, enfermeiros, <strong>de</strong>mais funcionários, todos<br />
queriam vê-lo nos seus últimos dias. Tinha o semblante<br />
sempre tranquilo e sorri<strong>de</strong>nte. Perguntado se não estava<br />
triste, preocupado com a sua situação, dizia: “Por que <strong>de</strong>vo-<br />
-me preocupar? A vida toda me preparei para este encontro<br />
com o Pai. Agora está chegando a hora do gran<strong>de</strong> abraço<br />
com Ele”.<br />
De fato a morte é o fim da vida terrestre. Causa sem dúvida<br />
um trauma na família, na socieda<strong>de</strong> em que conviveu<br />
o indivíduo em questão. Mas quando esse fim é entendido<br />
como meta alcançada, então passa a ser nascimento. Ou<br />
ainda, ponto <strong>de</strong> partida e não apenas ponto <strong>de</strong> chegada.<br />
É verda<strong>de</strong> que a morte é mesmo o fim <strong>de</strong> uma jornada.<br />
Ela <strong>de</strong> fato marca a ruptura <strong>de</strong> um processo. A morte cria<br />
uma separação, uma cisão entre tempo e eternida<strong>de</strong>. Mas<br />
isto diz respeito apenas ao aspecto biológico, temporal,<br />
material. Porém o homem é mais do que isto, é mais do<br />
que animal, mais do que temporal, mais do que material. O<br />
Na carta aos filipenses, diz: “circuncidado ao oitavo dia,<br />
da raça <strong>de</strong> Israel, da tribo <strong>de</strong> Benjamim, hebreu filho <strong>de</strong><br />
hebreus; quanto a Lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor<br />
da Igreja; quanto à justiça que há na Lei, irrepreensível”<br />
(Fil 3,5-6). Esta certamente foi uma <strong>das</strong> razões <strong>de</strong> crises/<br />
dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Paulo, uma vez que ele era legítimo ju<strong>de</strong>u,<br />
a ponto <strong>de</strong> observar to<strong>das</strong> as leis, e <strong>de</strong>ixou tudo por causa<br />
<strong>de</strong> Cristo.<br />
Logo, quando Paulo fala que “o que era lucro tive-o<br />
como perda, por amor <strong>de</strong> Cristo” (Fil 3,7), está falando <strong>de</strong><br />
algo que sentiu na pele. Não era como <strong>de</strong>ixar alguma coisa<br />
supérflua, e sim algo que o caracterizava naquele mundo<br />
(ju<strong>de</strong>u e cidadão romano) e que lhe era fonte <strong>de</strong> subsistência<br />
(fabricante <strong>de</strong> ten<strong>das</strong>, família...).<br />
Paulo teria as seguintes formas básicas para ganhar a<br />
vida naquele tempo: po<strong>de</strong>ria cobrar pelo ensino como faziam<br />
os gran<strong>de</strong>s mestres no mundo grego (o filósofo Aristóteles,<br />
por exemplo); ou receber esmolas. Estas formas<br />
estariam bem <strong>de</strong> acordo com o que pensavam os gregos,<br />
para quem o trabalho manual era próprio dos escravos e<br />
impróprio para um cidadão livre. Mas Paulo nunca aceitou<br />
esmolas, a não ser da comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filipos (Filipenses<br />
4,15-16; 2Coríntios 11,9).<br />
Po<strong>de</strong>ríamos nos perguntar por que Paulo faz toda essa<br />
renúncia e <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> anunciar o Evangelho em meio a tantos<br />
conflitos, e 1Coríntios 9,19-22 po<strong>de</strong> apresentar uma luz:<br />
Paulo faz a opção <strong>de</strong> se rebaixar totalmente para ganhar a<br />
todos para Cristo.<br />
Outro gran<strong>de</strong> conflito que Paulo vivenciou aconteceu<br />
no Areópago, em Atenas. O apóstolo dos gentios preparou<br />
bem seu discurso e falou <strong>de</strong> Jesus, sem mencionar seu<br />
nome. Não se referiu à cruz (Atos dos Apóstolos 17,30-<br />
31). E quando falou da ressurreição <strong>de</strong> Cristo os ouvintes<br />
zombaram <strong>de</strong>le e disseram: “volte outro dia e talvez te ouviremos!”<br />
(Atos 17,32).<br />
homem é mais do que o tempo. Ele aspira pela eternida<strong>de</strong><br />
da vida. Portanto para o homem que viveu não só a sua<br />
animalida<strong>de</strong>, mas a totalida<strong>de</strong> do seu ser, a morte não é o<br />
fim <strong>de</strong> tudo. A morte é ponto <strong>de</strong> partida da vida verda<strong>de</strong>ira<br />
e eterna.<br />
O ciclo normal da vida é: nascer, crescer, amadurecer,<br />
envelhecer e morrer. Quando alguém não passa por este<br />
caminho, significa que algo <strong>de</strong> errado aconteceu com ele. E<br />
é bom que se diga, não é a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. Quem morre<br />
em criança ou na juventu<strong>de</strong>, morre fora <strong>de</strong> hora. Deus naturalmente,<br />
não quer isto.<br />
Aquele gran<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> vida que se tem na infância<br />
e na juventu<strong>de</strong>, aos poucos vai se <strong>de</strong>sgastando com o passar<br />
dos anos. A morte vai acontecendo aos poucos; vamos<br />
morrendo em prestações. Cada segundo, cada momento<br />
representa vida <strong>de</strong>sgastada.<br />
A morte não po<strong>de</strong> nos assustar. Pois ela é o fim <strong>de</strong><br />
uma vida, a biológica, a material, a temporal e o começo da<br />
vida pessoal, interior, a que não termina. A morte só <strong>de</strong>ve<br />
causar medo para quem não se empenhou em construir<br />
essa vida interior.<br />
Então a morte é fechar os olhos para este mundo e<br />
abrir para a eternida<strong>de</strong>. De fato é mesmo, como dizia frei<br />
Irineu, o momento do gran<strong>de</strong> abraço com o Pai, para o qual<br />
nos preparamos durante toda a nossa<br />
vida.<br />
Que estes pensamentos nos levem<br />
a ver a vida e a morte com muito<br />
mais otimismo e principalmente com<br />
muito mais sentido cristão e religioso.<br />
Frei Davi Nogueira Barboza<br />
Esse foi mais um momento <strong>de</strong> crise e conflito para Paulo:<br />
fracassou no seu discurso. Talvez ele quisesse <strong>de</strong>rrubar<br />
o sistema da religião pagã que havia em Atenas. Entretanto,<br />
não conseguiu. E sua chegada em Corinto revela como<br />
vivenciou este gran<strong>de</strong> conflito (1Coríntios 2,3; 1Tessalonicenses<br />
3,7). Um <strong>de</strong>talhe: <strong>de</strong>pois do episódio <strong>de</strong> Atenas,<br />
Paulo começa a falar da Cruz <strong>de</strong> Cristo. Antes, parecia<br />
um gran<strong>de</strong> orador que <strong>de</strong>sejava mudar a opinião <strong>de</strong> todos<br />
através <strong>de</strong> sua palavra. Agora Paulo afirma: “Quando fui ao<br />
encontro <strong>de</strong> vocês não me apresentei com o prestígio da<br />
oratória ou da sabedoria, para anunciar-lhes o mistério <strong>de</strong><br />
Deus” (1Coríntios 2,1-5).<br />
Nesse contexto <strong>de</strong> conflitos, que Paulo viveu, é possível<br />
compreen<strong>de</strong>r que ele teve a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transformar<br />
conflitos em fonte <strong>de</strong> fé, esperança e amor. Há quem fale<br />
em uma espiritualida<strong>de</strong> do conflito, uma vez que Paulo tirou<br />
proveito <strong>de</strong> to<strong>das</strong> estas crises, assim como os discípulos<br />
<strong>de</strong> Emaús: a cruz que era sinal <strong>de</strong> morte, <strong>de</strong>sânimo, <strong>de</strong>sesperança...<br />
transforma-se em sinal <strong>de</strong> vida e esperança<br />
(Lucas 24,13-35).<br />
Que o Apóstolo Paulo nos ilumine a enfrentar nossos<br />
conflitos e nunca <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> anunciar o Cristo – “Anunciar o<br />
evangelho não é título <strong>de</strong> glória para mim; é, antes, necessida<strong>de</strong><br />
que se me impõe. Ai <strong>de</strong> mim, se eu não anunciar o<br />
evangelho!” (1Coríntios 9,16).<br />
Paz e Bem!<br />
Frei Rogério Goldoni Silveira<br />
– OFMCap<br />
freiroger@yahoo.com.br<br />
Frei Rogério dá curso<br />
bíblico to<strong>das</strong> as primeiras<br />
segun<strong>das</strong>-feiras do mês<br />
na Igreja <strong>das</strong> Mercês.<br />
Boletim Informativo da Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês - 7
Na Igreja Católica, o Ano Litúrgico inicia no 1º<br />
Domingo <strong>de</strong> Advento e termina no sábado anterior<br />
a ele. É dividido em quatro ciclos: Advento<br />
até Natal, Natal até o Batismo <strong>de</strong> Jesus, Quaresma<br />
<strong>de</strong> Quarta-feira <strong>de</strong> Cinzas até Domingo <strong>de</strong> Ramos,<br />
Páscoa que envolve o Tríduo Pascal e Ressurreição<br />
<strong>de</strong> Jesus, terminando no Pentecostes.<br />
Segue o Tempo Comum com 33 a 34 semanas<br />
em que se comemoram os mistérios <strong>de</strong> Cristo,<br />
as festas da Virgem Maria e dos Santos. O Tempo<br />
Comum termina com o domingo <strong>de</strong> Cristo Rei.<br />
As festas <strong>de</strong> domingos ou dias santos <strong>de</strong><br />
guarda são <strong>de</strong>z no Ciclo Anual: 01 <strong>de</strong> janeiro<br />
(Santa Maria, Mãe <strong>de</strong> Deus); 06 <strong>de</strong> janeiro (Epifania),<br />
19 <strong>de</strong> março (S. José); Ascensão <strong>de</strong> Jesus<br />
(quinta-feira da sexta semana da Páscoa);<br />
1ª quinta-feira após o domingo da SS. Trinda<strong>de</strong><br />
(Corpus Christi); 29 <strong>de</strong> junho (S. Pedro e S. Paulo);<br />
15 <strong>de</strong> agosto (Assunção <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong>);<br />
1º <strong>de</strong> novembro (Todos os Santos); 08 <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>zembro (Imaculada Conceição <strong>de</strong> Maria) e 25<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro (Natal). A Santa Sé conce<strong>de</strong>u, às<br />
Tempos Litúrgicos<br />
Conferências Episcopais, licença para transferir<br />
para o domingo seguinte os feriados <strong>de</strong> guarda<br />
que acontecem em dias da semana.<br />
O Ano Litúrgico tem três ciclos (A, B e C), <strong>de</strong><br />
leituras próprias. O Advento é um tempo <strong>de</strong> esperança<br />
da vinda do Messias. É marcado pelas<br />
figuras admiráveis <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong>, grávida <strong>de</strong><br />
Jesus, e do precursor João Batista. As leituras<br />
nas missas dominicais acenam para a Segunda<br />
Vinda <strong>de</strong> Cristo, com algumas referências ao fim<br />
do mundo. Mundo é termo latino que significa<br />
limpo. Portanto, o mundo que Deus criou jamais<br />
será <strong>de</strong>struído, mas, transformado como o pão<br />
e o vinho da Eucaristia. A História da Igreja <strong>de</strong><br />
Cristo é simbolizada na Eucaristia. O que <strong>de</strong>ve<br />
ser <strong>de</strong>struído, e isso quanto antes melhor, é o<br />
imundo do pecado. Somos todos chamados para<br />
a transformação do universo segundo os mandamentos<br />
da Lei do Senhor.<br />
Logo após a ressurreição <strong>de</strong> Cristo, os cristãos<br />
pensavam que logo iria acontecer a Parusia<br />
ou Segunda Vinda <strong>de</strong> Cristo que, para cada um<br />
<strong>de</strong> nós, acontece na hora da morte. Para nós,<br />
cristãos, morte é ressurreição e assunção ao<br />
céu, prefigurada na assunção <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong>.<br />
Devemos preparar-nos para esta hora bendita<br />
com a prática da esmola, jejum e abstinência,<br />
especialmente <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m interior. Jejum e abstinência<br />
são excelentes comportamentos <strong>de</strong> vida<br />
sadia e santa. Jejuar e abster-se <strong>de</strong> carne às sextas-feiras<br />
e quartas-feiras é um comportamento<br />
eclesial e também <strong>de</strong> medicina ou vida longa.<br />
Como notamos, os ciclos e tempos do Ano<br />
Litúrgico <strong>de</strong>vem ser vividos com espírito linear ou<br />
<strong>de</strong> perene novida<strong>de</strong>, a caminho do encontro com<br />
Cristo Jesus. A cada ano e a cada dia, Deus nos<br />
apresenta inspirações e graças sem fim. Sentimos<br />
em cada memória litúrgica a pre<strong>de</strong>stinação<br />
que Deus nos fez para sermos seus filhos amados,<br />
her<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> suas riquezas (Ef 1, 3-14). O<br />
sentido <strong>de</strong> nossa vida é a ressurreição ou assunção.<br />
Frei Ovídio Zanini<br />
8 - Ano XII - n.° 121 - <strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2011</strong>
Cristo é Rei e Senhor<br />
Jesus Cristo é rei e senhor do universo<br />
Para tratar <strong>de</strong>ste tema tão importante, busquei<br />
os textos bíblicos que me ajudaram a compreen<strong>de</strong>r<br />
a profunda natureza <strong>de</strong> Jesus Cristo.<br />
Não é possível comentá-los todos num espaço<br />
tão pequeno, mas apresento as citações para o<br />
amigo leitor conferir: Dn 7,13-14; Ap 1,5-8; Jo<br />
18,33-37; 2Sm 5,1-3; Cl 1,12-20; Lc 23, 35-43;<br />
1Cor 15, 20-28; Mt 25,31-46.<br />
Jesus <strong>de</strong> Nazaré se apresenta como rei, mas<br />
seu reino não é <strong>de</strong>ste mundo. Ele é rei <strong>de</strong> um<br />
reino diferente. Sabemos que durante toda sua<br />
vida pública, ele teve extremo cuidado para que<br />
não se <strong>de</strong>sse uma interpretação política à sua<br />
missão. Várias vezes querem fazê-lo rei, mas ele<br />
sempre se esquiva. Jesus é Pastor e Rei, sua<br />
realeza se esten<strong>de</strong> e se exerce sobre toda a humanida<strong>de</strong>.<br />
A realeza <strong>de</strong> Jesus é <strong>de</strong> origem divina<br />
e tem o primado sobre tudo, porque o Pai pôs<br />
nele a plenitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> to<strong>das</strong> as coisas.<br />
O universo compreen<strong>de</strong> to<strong>das</strong> as coisas que<br />
serão sujeitas a Deus Pai e são redimi<strong>das</strong> em<br />
relação a Cristo. Tem-se uma visão cósmica da<br />
realeza <strong>de</strong> Cristo. Ele é rei <strong>de</strong> reconciliação, <strong>de</strong><br />
perdão, que veio para salvar a humanida<strong>de</strong> toda<br />
e <strong>de</strong> todos os tempos.<br />
Para o Cristo convergem os caminhos da história<br />
da humanida<strong>de</strong>.<br />
REI DIFERENTE<br />
Cristo é um rei diferente, pois seu reino não<br />
é <strong>de</strong>ste mundo, é o único mediador da salvação<br />
<strong>de</strong> toda a humanida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> toda a criação. Nele,<br />
to<strong>das</strong> as coisas encontram seu acabamento, sua<br />
verda<strong>de</strong>ira subsistência, segundo o <strong>de</strong>sígnio criador<br />
<strong>de</strong> Deus. Ele continua a criar por meio do<br />
amor, e toda a criação é chamada, no homem e<br />
na mulher, a participar <strong>de</strong> sua vida divina, a entrar<br />
em sua Família.<br />
Toda a criação encontra, em Cristo, seu ponto<br />
<strong>de</strong> apoio, <strong>de</strong> subsistência (Hb 1,3;Cl 1,17). Por<br />
isso, nesse sentido, Jesus Cristo é o primogênito<br />
<strong>de</strong> toda a criatura; é o rei da criação porque só ele<br />
é a imagem <strong>de</strong> Deus invisível, e a realização do<br />
<strong>de</strong>sígnio criador <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> unicamente <strong>de</strong>le. E a realeza<br />
<strong>de</strong> Cristo assume o aspecto <strong>de</strong> uma reconciliação<br />
universal pelo seu sangue <strong>de</strong>rramado na cruz.<br />
RECONCILIAÇÃO E PERDÃO<br />
Cristo é rei que reconcilia e perdoa<br />
Vemos no Evangelho (Lc 9,28-36) o episódio<br />
dos dois ladrões, como que a indicar que, para o<br />
Cristo, o modo <strong>de</strong> exercer sua realeza sobre toda a<br />
humanida<strong>de</strong>, inclusive sobre seus inimigos, é oferecendo-lhes<br />
o perdão (24,39-43). Segundo os especialistas,<br />
Lucas é muito sensível a esta i<strong>de</strong>ia em<br />
toda a narrativa da paixão, mas aqui Jesus chega<br />
ao máximo diante dos seus adversários: “Pai perdoa-lhes<br />
porque não sabem o que fazem”. Jesus<br />
perdoa sem limites. Ele exerce, pois, e manifesta<br />
sua realeza não nas afirmações <strong>de</strong> um po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>spótico,<br />
mas no serviço<br />
<strong>de</strong> um perdão que busca<br />
a reconciliação.<br />
Ele é o primogênito<br />
<strong>de</strong> toda a criatura e,<br />
como to<strong>das</strong> as coisas<br />
foram cria<strong>das</strong> nele, “foi<br />
do agrado <strong>de</strong> Deus reconciliar<br />
consigo to<strong>das</strong><br />
as coisas, por meio<br />
<strong>de</strong>le, estabelecendo a<br />
paz no sangue <strong>de</strong> sua<br />
cruz”.<br />
Cristo é rei porque,<br />
perdoando e morrendo<br />
para remissão dos pecados,<br />
cria uma nova<br />
unida<strong>de</strong> na humanida<strong>de</strong>.<br />
Quebrando a corrente<br />
do ódio, oferece<br />
a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />
novo futuro.<br />
REI QUE SERVE<br />
A solenida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo<br />
Rei foi instituída pelo<br />
Papa Pio XI, em 1925,<br />
para reagir contra os excessos<br />
do laicismo mo<strong>de</strong>rno,<br />
corrente que preten<strong>de</strong><br />
passar sem Deus<br />
ou dispensar Deus da<br />
vida, da existência.<br />
Cristo é rei para criar<br />
um povo real, isto é, livre<br />
<strong>de</strong> qualquer escravidão<br />
humana, para favorecer<br />
e acolher os recursos,<br />
os costumes, as riquezas<br />
dos povos, purificá-<br />
-los, consolidá-los, elevá-<br />
-los (cf LG 13).<br />
Cristo, o homem<br />
novo, solidário com a<br />
comunida<strong>de</strong> humana,<br />
eleva e aperfeiçoa, em seu ministério pascal, a<br />
ativida<strong>de</strong> dos homens e <strong>das</strong> mulheres para uma<br />
melhor, mais humana convivência na colaboração,<br />
na fraternida<strong>de</strong> e na paz (cf GS 22).<br />
Amiga e amigo leitor!<br />
Reconhecendo que Jesus é rei, cremos que,<br />
com ele, Deus manifestou plenamente que a realização<br />
do homem e da mulher só po<strong>de</strong> se dar<br />
pela obediência à sua vonta<strong>de</strong> e aceitação <strong>de</strong><br />
seu projeto. Não há qualquer ação humana que<br />
não esteja sob o juízo <strong>de</strong> Deus. Não po<strong>de</strong> haver<br />
lugar na história, <strong>de</strong> quem quer que seja, sem a<br />
relação com Deus por meio <strong>de</strong> Jesus Cristo.<br />
O ensinamento da realeza <strong>de</strong> Cristo, portanto,<br />
nos ensina ainda, que a vida a que somos chamados<br />
é a mesma que viveu Jesus Cristo: a vida<br />
<strong>de</strong> serviço aos irmãos e às irmãs. Vivendo-a, confessamos<br />
seu senhorio e nos tornamos, como<br />
ele, pessoas <strong>de</strong> paz e <strong>de</strong> reconciliação.<br />
Cristo, Bom Pastor, veio não para ser servido,<br />
mas para servir (cf Mt 20,28; Mc 10,45) e dar a<br />
vida pelas ovelhas (cf Jo 10,11).<br />
Chegará o tempo em que a humanida<strong>de</strong> toda<br />
reconhecerá Jesus Cristo, como Rei e Senhor do<br />
universo e da história.<br />
CRISTO REI E SENHOR,<br />
VENHA A NÓS O VOSSO REINO!<br />
Frei João Daniel Lovato, OFMCap<br />
fr.lovato@terra.com.br<br />
Boletim Informativo da Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês - 9
Nossos freis<br />
Frei Zanini comemora 77 anos <strong>de</strong> vida, 54 <strong>de</strong><br />
sacerdócio e nos conta um pouco da sua história<br />
Início dos estudos, em Roma, no ano <strong>de</strong> 1959.<br />
Em Roma, durante estudos e estágio<br />
<strong>de</strong> arqueologia.<br />
Em janeiro <strong>de</strong> 1958, logo após sua or<strong>de</strong>nação.<br />
No dia 22 <strong>de</strong> novembro vou<br />
celebrar 77 anos <strong>de</strong> vida. Nasci<br />
<strong>de</strong> uma família <strong>de</strong> colonos. Vivi<br />
minha infância num lindo vale<br />
com parreiral, pessegueiros, laranjeiras,<br />
bergamoteiras, jabuticabeiras,<br />
goiabeiras, nogueiras,<br />
figueiras, bananeiras, cerejeiras,<br />
gaviroveiras e outras que<br />
nunca esqueço. Éramos uma<br />
família <strong>de</strong> 13 pessoas. Des<strong>de</strong><br />
pequeno fui meio adoentado e<br />
sou o único que continua vivo<br />
neste mundo.<br />
Padre Frei Tito, pároco <strong>de</strong><br />
Capinzal, quando vinha celebrar<br />
missa em nossa capela, costumava<br />
almoçar em nossa casa e<br />
<strong>de</strong>spertou em mim o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />
também ser padre. Na época, o<br />
que me atraía era o fato do padre<br />
ter um jeep. Falei com papai<br />
e mamãe e me abençoaram, dizendo:<br />
“Vai, filho. Se algum dia<br />
quiser voltar, a casa está aberta”.<br />
Com <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>,<br />
apesar <strong>de</strong> três anos na escola<br />
primária, entrei analfabeto no<br />
seminário dos freis capuchinhos<br />
em Barra Fria, hoje Lacerdópolis.<br />
Em poucos meses ajudava o<br />
Diretor a alfabetizar os alunos.<br />
Gostei da vida no seminário. Seguidamente<br />
jogava futebol, passeava<br />
nos campos próximos, ia<br />
pescar e colher laranja em famílias<br />
benfeitoras que nos convidavam.<br />
Com 12 anos, entrei<br />
no seminário <strong>de</strong> Butiatuba, em<br />
Almirante Tamandaré, para cursar<br />
o antigo ginásio. Éramos em<br />
95 seminaristas. Com 16 anos<br />
entrei no noviciado, vestindo a<br />
batina dos franciscanos capuchinhos.<br />
Éramos 18 noviços e<br />
12 fizemos a primeira profissão<br />
religiosa. De 1951 a 1957, cursei<br />
Filosofia e Teologia. Na igreja<br />
matriz <strong>das</strong> Mercês, aos 15 <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1957, fui or<strong>de</strong>nado<br />
sacerdote por D. Emanuel da<br />
Silveira D’Elboux, então arcebispo<br />
<strong>de</strong> Curitiba. Estavam presentes mamãe, o irmão<br />
Laurindo e o cunhado Aparício Masiero.<br />
Lembro que, ao acompanhá-los para a Estação<br />
Ferroviária, num certo momento, mamãe me disse:<br />
“Filho, não tenho gran<strong>de</strong>s presentes para lhe dar.<br />
Se eu souber que você teve carida<strong>de</strong> com seus irmãos,<br />
especialmente os mais<br />
pobrezinhos, sentir-me-ei a mãe<br />
mais feliz do mundo”. Em novembro<br />
<strong>de</strong> 1963, lendo a paixão<br />
<strong>de</strong> Cristo no Calvário, em Jerusalém,<br />
diante do lugar da crucificação,<br />
percebi a sabedoria do<br />
sentimento <strong>de</strong> minha mãe.<br />
De 1957 a 63 cursei Teologia<br />
Dogmática, na Pontifícia Universida<strong>de</strong> Gregoriana<br />
e Sagrada Escritura, no Pontifício Instituto Bíblico,<br />
ambos em Roma. Por seis meses, como <strong>de</strong>ver do<br />
curso bíblico, visitei os lugares bíblicos com fins <strong>de</strong><br />
Arqueologia: Egito, Líbano, Jordânia, Palestina, Israel,<br />
Chipre e Grécia.<br />
Lecionei Teologia, Bíblia e História<br />
Eclesiástica durante 25 anos em<br />
Curitiba, Ponta Grossa, São Paulo,<br />
Londrina, Tabatinga no Amazonas e<br />
em Angola. Preguei centenas <strong>de</strong> retiros<br />
por todo o Brasil. Publiquei 35<br />
livros. Gravei 14 fitas K7, cinco CDs<br />
e um DVD <strong>de</strong> reprogramação mental<br />
e cura interior. Fui pároco na igreja<br />
<strong>das</strong> Mercês e em Uraí – Norte do<br />
Paraná. De 1996 até 2001, em 24<br />
dioceses, com Irmã Alzira Dalmônico,<br />
ministrei encontros em duas noita<strong>das</strong><br />
<strong>de</strong> Reprogramação Mental e<br />
Cura Interior em 912 paróquias, com<br />
<strong>de</strong>monstrações <strong>de</strong> hipnose em mais<br />
<strong>de</strong> 10 mil pessoas, na tentativa <strong>de</strong><br />
advertir o povo sobre os males da<br />
pregação alienante <strong>de</strong> alguns grupos<br />
pentecostais.<br />
De 1965 a 1977 <strong>de</strong>diquei-me à<br />
promoção dos pobres catadores <strong>de</strong><br />
restos vendáveis. O prefeito <strong>de</strong> Curitiba<br />
Eng. Ivo Arzua Pereira conversou<br />
longamente comigo e solicitou à Câmara<br />
dos Vereadores a criação <strong>de</strong><br />
uma Fundação Social para realizar<br />
este plano. A Fundação Social recebeu<br />
o nome <strong>de</strong> FREI (Fundação <strong>de</strong><br />
Recuperação dos Indigentes) e foi<br />
instalada em Campo Magro, atualmente<br />
com o nome <strong>de</strong> FAS (Fundação<br />
<strong>de</strong> Ação Social), mantida pela<br />
Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Curitiba.<br />
Des<strong>de</strong> 1996, atraiu-me profundamente<br />
o valor do controle ou cura<br />
interior através do cuidado da nossa<br />
mente. “Guarda o teu coração com<br />
todo cuidado, porque <strong>de</strong>le provém<br />
a vida” (Pr 4, 23 – Bíblia <strong>de</strong> Jerusalém).<br />
E Jesus advertiu: “Com efeito,<br />
é <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro do coração do homem<br />
que saem as intenções malignas, e<br />
são elas que o tornam impuro” (Mc 7, 21-23). Costumamos<br />
achar que as tentações e males vêm <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>mônios do outro mundo, quando o Eclesiástico<br />
adverte: “Quando o ímpio maldiz a Satã, ele maldiz<br />
a si próprio” (Eclo 21, 27 – Bíblia <strong>de</strong> Jerusalém).<br />
“Cada qual é tentado pela própria concupiscência<br />
que o arrasta e seduz” (Tg 1, 14).<br />
Por isso, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002, todo domingo <strong>de</strong>dico-me<br />
a um encontro <strong>de</strong> controle mental e cura interior<br />
no salão paroquial, <strong>das</strong> 15h às 18 h, porque Jesus<br />
enviou seus apóstolos e discípulos para pregar o<br />
evangelho e curar os doentes, especialmente <strong>de</strong><br />
or<strong>de</strong>m emocional, que vivem dominados por memórias<br />
negativas.<br />
Frei Ovídio Zanini<br />
10 - Ano XII - n.° 121 - <strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2011</strong>
Voluntariado<br />
Chamado Divino em favor da Comunida<strong>de</strong><br />
Depoimento <strong>de</strong> Juecy<br />
Eu, Juecy, já era voluntária no grupo chamado<br />
“LAM” (Leigos para Animação Missionária), on<strong>de</strong><br />
atuava em muitas Paróquias da capital. Também<br />
fazia parte do “CAM” (Conselho <strong>de</strong> Animação Missionária)<br />
da Cúria, com supervisão <strong>de</strong> D. Pedro Fedalto,<br />
participando com palestra, com meu esposo<br />
Cristovam, em cursos para noivos e <strong>de</strong>mais ativida<strong>de</strong>s<br />
do CAM. Porém, pouco atuava aqui na Paróquia<br />
N. Sra. <strong>das</strong> Mercês, até que fui convidada a ajudar<br />
a Wilma no coral e liturgia infantil.<br />
Foi aí, sob o manto da Virgem N. Sra. <strong>das</strong> Mercês<br />
e a bênção <strong>de</strong> Jesus, que nasceu uma gran<strong>de</strong> e<br />
forte amiza<strong>de</strong>, que nos tornou irmãs pelo coração e<br />
pelo amor a Jesus, faz quase 30 anos. Comecei então<br />
a atuar mais aqui na Paróquia, como catequista,<br />
coor<strong>de</strong>nadora da catequese no meu setor, Ministra<br />
da Eucaristia, também com o Cristovam. Aí conheci<br />
pessoas maravilhosas a quem tenho gran<strong>de</strong> estima.<br />
Porém, com o aci<strong>de</strong>nte do meu filho, com lesão medular<br />
grave, que o <strong>de</strong>ixou tetraplégico parcial, hoje<br />
ca<strong>de</strong>irante, me afastei <strong>de</strong> to<strong>das</strong> as ativida<strong>de</strong>s, só<br />
ficando na parte musical <strong>das</strong> novenas <strong>de</strong> sexta-feira,<br />
pela manhã e à tar<strong>de</strong>. Isso me faz muito bem e feliz,<br />
mesmo sendo tão pouca minha atuação.<br />
Juecy Doniak Linero<br />
Juecy e Wilma.<br />
Depoimento <strong>de</strong><br />
Wilma<br />
No final <strong>de</strong> 1979, conheci<br />
frei Davi, que me<br />
convidou para participar<br />
<strong>de</strong> uma reunião dos integrantes<br />
da Liturgia.<br />
Fiquei encantada com<br />
a alegria e acolhimento<br />
<strong>de</strong> todos.<br />
No ensaio dos cantos,<br />
que eram dirigidos<br />
e acompanhados no<br />
violão, por um grupo<br />
<strong>de</strong> jovens, noviços que<br />
viviam e estudavam no<br />
convento, senti-me “em<br />
casa” cantando com<br />
eles, pois sempre gostei<br />
muito <strong>de</strong> cantar.<br />
Des<strong>de</strong> então, fiquei<br />
participando da liturgia.<br />
Além <strong>de</strong> cantar nas missas,<br />
organizamos um<br />
“coralzinho infantil” que<br />
rapidamente cresceu e<br />
com o qual me envolvi<br />
Wilma e Juecy.<br />
completamente. Como senti que precisava <strong>de</strong> ajuda,<br />
procurei as Irmãs do Colégio Vicentino, que me<br />
encaminharam para minha amiga Juecy. Foi aí que<br />
começou uma amiza<strong>de</strong> linda, que nasceu para durar<br />
sempre.<br />
As alegrias que este trabalho me trouxe, e traz<br />
até hoje, superam muito qualquer dificulda<strong>de</strong>.<br />
Cantar e organizar os cantos <strong>das</strong> Missas é uma<br />
tarefa gratificante, que além <strong>de</strong> me realizar, me<br />
trouxe muitas amiza<strong>de</strong>s preciosas, tanto dos freis<br />
da paróquia e do convento, como também <strong>de</strong> todos<br />
os integrantes <strong>das</strong> equipes <strong>de</strong> liturgia e dos funcionários<br />
da paróquia. Sinto o carinho e acolhimento<br />
<strong>de</strong> to<strong>das</strong> as pessoas, nas celebrações em que participo<br />
e, principalmente, sinto a alegria <strong>de</strong> estar colocando<br />
a serviço <strong>de</strong> Deus os dons que Ele me <strong>de</strong>u.<br />
Agra<strong>de</strong>ço a Deus por ter me mostrado este caminho.<br />
Wilma Barsotti<br />
Servir a Deus e à comunida<strong>de</strong> através da música<br />
“A Música Litúrgica autêntica traz consigo o selo da participação comunitária.<br />
Ela reflete o direito que todo cristão e toda cristã têm, por força<br />
do sacerdócio batismal, <strong>de</strong> expressar-se como assembleia celebrante que<br />
louva e agra<strong>de</strong>ce, suplica e oferece por Cristo, com Cristo e em Cristo, ao<br />
Pai, na unida<strong>de</strong> do Espírito Santo. Cantando, tocando e dançando, a assembleia<br />
celebrante, qual nação santa, povo que ele conquistou, proclama os<br />
gran<strong>de</strong>s feitos daquele que nos chamou <strong>das</strong> trevas a sua luz maravilhosa.”<br />
Trecho do documento “Canto E música na liturgia pós-Concílio Vaticano<br />
II”, produzido pelo setor “Música Litúrgica” da CNBB<br />
Se você se interessa em colocar a sua voz à disposição da evangelização<br />
e da liturgia, procure-nos! Mais informações, presencialmente, na<br />
Secretaria Paroquial ou pelo telefone (41) 3335-5752.<br />
Boletim Informativo da Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês - 11
Espaço Catequético<br />
Tema do mês: Ano Litúrgico<br />
O que é o ano litúrgico?<br />
Todo mundo conhece o Ano Civil, que começa<br />
em 1º <strong>de</strong> janeiro e encerra em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro,<br />
e rege a nossa vida em socieda<strong>de</strong>. Já quem rege<br />
nossa vida religiosa é o Ano Litúrgico, que se inicia<br />
no 1º domingo do Advento (último domingo <strong>de</strong><br />
novembro) e termina no último domingo do Tempo<br />
Comum, com a festa <strong>de</strong> Cristo Rei (penúltimo domingo<br />
<strong>de</strong> novembro).<br />
Qual a sua função e como se divi<strong>de</strong>?<br />
O ano litúrgico é um resumo vivo da história da<br />
salvação, em que Jesus é o centro. Ele se divi<strong>de</strong><br />
em três gran<strong>de</strong>s partes: Tempo <strong>de</strong> Natal, Tempo<br />
<strong>de</strong> Páscoa e Tempo Comum. No Tempo <strong>de</strong> Natal<br />
vivemos o nascimento <strong>de</strong> Jesus, os fatos que lhe<br />
antece<strong>de</strong>m, a importância da família, a Epifania e<br />
o Batismo do Senhor. No Tempo <strong>de</strong> Páscoa falamos<br />
da Paixão, Morte, Ressurreição, Ascenção e<br />
Santificação no Espírito Santo. No Tempo Comum,<br />
relembramos o que Ele fez e disse, e nos espelhamos<br />
para também fazermos o trabalho pelo Reino<br />
<strong>de</strong> Deus.<br />
Existem feriados no Ano Litúrgico?<br />
Existem festas móveis e fixas (muitas <strong>de</strong>las são<br />
feriados, especialmente para nós brasileiros que somos<br />
um país católico). As festas móveis são aquelas<br />
que não têm dia certo como a Páscoa, já as festas<br />
fixas têm uma data <strong>de</strong>terminada, como o Natal.<br />
Como sabemos em que período do Ano Litúrgico<br />
estamos?<br />
Uma <strong>das</strong> maneiras é conferir as cores usa<strong>das</strong><br />
na Liturgia. Se o padre está <strong>de</strong> branco estamos nas<br />
datas mais importantes como no Tempo Pascal ou<br />
do Natal. Já o vermelho, que simboliza o fogo e o<br />
sangue, é usado no Domingo da Paixão, <strong>de</strong> Ramos,<br />
na Sexta-feira Santa e nas celebrações do Espírito<br />
Santo, como a Crisma. O Roxo está ligado à serenida<strong>de</strong><br />
e penitência, por isto é usado na Quaresma<br />
e no Advento, é também usado nas celebrações<br />
fúnebres e na confissão.<br />
Notícias da Catequese<br />
Fique <strong>de</strong> olho nas datas!!!<br />
Pais e catequistas, fiquem atentos às datas que se<br />
seguem e os dias que serão informados por seus filhos:<br />
• Reunião da catequese para os pais- segunda<br />
quinzena <strong>de</strong> novembro;<br />
• Entrega do álbum litúrgico para os pais e catequistas<br />
- última semana <strong>de</strong> novembro;<br />
• Encerramento da catequese - primeira semana<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro;<br />
• Confraternizações <strong>de</strong> final <strong>de</strong> ano com catequistas,<br />
catequizandos e pais - primeira semana<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro.<br />
Passatempo<br />
Calendário do Advento<br />
O advento é o período <strong>de</strong> 4 semanas<br />
que antece<strong>de</strong>m ao Natal, no qual fazemos<br />
uma preparação para esta data tão<br />
importante para nós, cristãos. É hora <strong>de</strong><br />
fazer uma boa confissão, agra<strong>de</strong>cimentos<br />
por todo o ano que passou, e muitas<br />
boas ações. Existem ritos e símbolos<br />
para evi<strong>de</strong>nciar ainda mais a importância<br />
<strong>de</strong>ste período, entre eles a coroa, as<br />
vestes roxas do padre e o calendário.<br />
Em 1815, foi criado o primeiro calendário<br />
do advento, que consiste em dois<br />
pedaços <strong>de</strong> cartolina sobrepostos. Vinte<br />
e quatro janelas são corta<strong>das</strong> na camada<br />
superior com um número entre 1 e<br />
24 em cada uma <strong>de</strong>las. Começando no<br />
primeiro dia <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, uma janela é<br />
aberta a cada dia, fazendo a contagem<br />
regressiva até a noite <strong>de</strong> Natal. Cada compartimento mostra uma imagem e um propósito para fazer<br />
até o Natal, que tal fazer um com seus pais?<br />
Dia <strong>das</strong> Crianças<br />
Muitas foram as ativida<strong>de</strong>s<br />
feitas pela catequese<br />
para comemorar o<br />
Dia <strong>das</strong> Crianças. Entre<br />
elas, uma Gincana bem<br />
divertida, com temas<br />
religiosos é claro!!!<br />
Coroa do Advento - Origem<br />
Des<strong>de</strong> a sua origem, a Coroa <strong>de</strong><br />
Advento possui um sentido especificamente<br />
religioso e cristão:<br />
anunciar a chegada do Natal às<br />
crianças.<br />
On<strong>de</strong> surgiu?<br />
A tradição da coroa do advento<br />
surgiu no norte da Alemanha e na<br />
Escandinávia, no século XVI, para<br />
preparar os cristãos para a festa<br />
do natal.<br />
O que significa o Círculo?<br />
A coroa tem a forma <strong>de</strong> círculo,<br />
símbolo da eternida<strong>de</strong>, da unida<strong>de</strong>,<br />
do tempo que não tem início<br />
nem fim, <strong>de</strong> Cristo, Senhor do<br />
tempo e da história.<br />
O que significam os ramos ver<strong>de</strong>s?<br />
Os ramos ver<strong>de</strong>s, que enfeitam<br />
o círculo, são símbolo nórdico<br />
<strong>das</strong> árvores que não per<strong>de</strong>m as<br />
folhas no inverno. É, pois, sinal<br />
<strong>de</strong> persistência, <strong>de</strong> esperança,<br />
<strong>de</strong> imortalida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> vitória sobre<br />
a morte.<br />
O que significam as velas?<br />
As quatro velas indicam as quatro<br />
Curiosida<strong>de</strong>s<br />
semanas do Tempo do Advento,<br />
as quatro fases da História da Salvação,<br />
os quatro pontos car<strong>de</strong>ais,<br />
a Cruz <strong>de</strong> Cristo, o Sol da salvação,<br />
que ilumina o mundo envolto<br />
em trevas. O ato <strong>de</strong> acen<strong>de</strong>r gradativamente<br />
as velas significa a<br />
progressiva aproximação do Nascimento<br />
<strong>de</strong> Jesus, a progressiva<br />
vitória da luz sobre as trevas. As<br />
velas tem um simbolismo:<br />
• a primeira é a vela do perdão<br />
concedido a Adão e<br />
Eva que, <strong>de</strong> mortais, se<br />
tornarão seres viventes<br />
em Deus;<br />
• a segunda é a vela da fé<br />
dos patriarcas que crêem<br />
na promessa da Terra Prometida;<br />
• a terceira é a vela da alegria<br />
<strong>de</strong> Davi, pela sua <strong>de</strong>scendência<br />
e a nativida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Maria;<br />
• a quarta é a vela do ensinamento<br />
dos profetas, que<br />
anunciam a justiça e a paz.<br />
Equipe Pastoral da Catequese<br />
12 - Ano XII - n.° 121 - <strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2011</strong>
Corpo <strong>de</strong> Bombeiros do Paraná:<br />
99 anos <strong>de</strong> história em <strong>de</strong>fesa da vida!<br />
Tiveram início os serviços contra incêndios na<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Curitiba com uma Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bombeiros<br />
Voluntários. Era a Socieda<strong>de</strong> Teuto-Brasileira <strong>de</strong><br />
Bombeiros Voluntários, fundada em 1897, e visava<br />
satisfazer a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contemplar a comunida<strong>de</strong><br />
com um serviço contra incêndios, <strong>de</strong> caráter<br />
supletivo ao Governo do Estado e Município, os<br />
quais, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> escassos recursos financeiros,<br />
tinham dificulda<strong>de</strong> para organizarem o Departamento<br />
Contra o Fogo.<br />
Passados 30 anos da primeira tentativa, finalmente,<br />
no ano <strong>de</strong> 1912, o então Presi<strong>de</strong>nte da<br />
Província do Paraná, Dr. Carlos Cavalcanti <strong>de</strong> Albuquerque,<br />
apresentou ao Congresso Legislativo do<br />
Paraná um pedido <strong>de</strong> crédito necessário à criação<br />
<strong>de</strong> um Corpo <strong>de</strong> Bombeiros na Capital. Criou-se então<br />
o “Corpo <strong>de</strong> Bombeiros do Estado do Paraná”.<br />
Organizou-se, assim, pela sanção da Lei n° 1.133,<br />
<strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1912, a tão esperada organização<br />
que tinha equiparado os postos dos seus<br />
componentes, na plenitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus direitos, honras,<br />
prerrogativas e vantagens, aos equivalentes<br />
do Regimento <strong>de</strong> Segurança que é a atual Polícia<br />
Militar do Paraná.<br />
O dia 08 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1912 marcou o início<br />
<strong>das</strong> ativida<strong>de</strong>s do Corpo <strong>de</strong> Bombeiros do Estado<br />
do Paraná, pela leitura da or<strong>de</strong>m do dia n° 1, baixada<br />
pelo Major Fabriciano do Rego Barros, primeiro<br />
Comandante da Corporação.<br />
A constituição inicial tinha caráter rigorosamente<br />
militar e a imprescindível autonomia completa,<br />
possuía um Estado-Maior, duas companhias e dois<br />
Estado-Menor. No ano <strong>de</strong> 1917 foi incorporado à<br />
Força Militar como Companhia <strong>de</strong> Bombeiros.<br />
Foi inaugurado, festivamente, o prédio do quartel<br />
(sito às ruas Ébano Pereira e Cândido Lopes,<br />
tendo, aos fundos, a alameda Dr. Muricy), em 14<br />
<strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1914. Via-se, ao centro, a torre metálica,<br />
importada da Alemanha na fundação do Corpo<br />
<strong>de</strong> Bombeiros. As luzes da elegante torre metálica,<br />
apta a qualquer exercício <strong>de</strong><br />
bombeiro, eram dois: o branco<br />
e o vermelho. A segunda <strong>de</strong>ssas<br />
lâmpa<strong>das</strong> elétricas, quando<br />
acesa, expressava sinal aos<br />
bombeiros <strong>de</strong> folga para sua<br />
recolhida ao quartel, indício que<br />
era dada partida da Primeira<br />
Prontidão e consequente formação<br />
do Segundo Socorro, sendo<br />
sobreaviso para todo o pessoal.<br />
O quartel permaneceu ali até o<br />
ano <strong>de</strong> 1951, quando o prédio<br />
foi <strong>de</strong>molido, dando lugar ao<br />
mo<strong>de</strong>rno edifício da Biblioteca<br />
Pública Estadual.<br />
O dia, nos primeiros anos <strong>de</strong><br />
existência da corporação, era<br />
também bastante aproveitado, trabalhoso como<br />
sempre foi: exercícios <strong>de</strong> bomba, instrução <strong>de</strong> infantaria,<br />
ginástica sueca e acrobática, esgrima<br />
para oficiais, ensaios <strong>de</strong> corneteiros, trabalhos <strong>de</strong><br />
gabinete, revistas <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> fardamento,<br />
armamento e equipamento,<br />
inspeção do material,<br />
faxina, revista <strong>de</strong><br />
camas, escola regimental,<br />
etc.<br />
Em 1928, voltou a<br />
ser in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, com<br />
a constituição <strong>de</strong> Corpo,<br />
por intermédio da<br />
Lei n° 2.517 <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong><br />
março <strong>de</strong> 1928, passando<br />
a ter Estado-<br />
-Maior, Estado-Menor<br />
e duas companhias.<br />
Em 1931, passou novamente<br />
a fazer parte<br />
da Força Militar como<br />
Batalhão Sapadores-<br />
-Bombeiros, para fins<br />
militares, tendo, porém, sua parte administrativa e<br />
técnica <strong>de</strong>svinculada e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do Comando<br />
Geral.<br />
No ano <strong>de</strong> 1932, o Decreto n° 134 <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong><br />
janeiro do mesmo ano, dispôs que a Corporação<br />
<strong>de</strong> Bombeiros passava a ser chamada Corpo <strong>de</strong><br />
Bombeiros e tinha caráter in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da Força<br />
Militar, embora po<strong>de</strong>ndo ser empregado em serviços<br />
<strong>de</strong> guerra.<br />
Em 1934, por intermédio do Decreto n° 86 <strong>de</strong><br />
18 <strong>de</strong> janeiro, o Governo sujeitou os integrantes<br />
do Corpo <strong>de</strong> Bombeiros à Justiça Militar da Força<br />
e reduziu-o a uma companhia, vedando as transferências<br />
entre uma Corporação e outra. Em 1936,<br />
passa à administração do Município e, em 1938,<br />
retornou à administração do Estado sendo reincorporado<br />
à Polícia Militar com a <strong>de</strong>nominação<br />
<strong>de</strong> Companhia <strong>de</strong> Bombeiros, porém gozando <strong>de</strong><br />
autonomia administrativa para<br />
aplicação dos meios que lhe<br />
fossem atribuídos no orçamento<br />
do Estado. Determinou o Governador<br />
do Estado, Bento Munhoz<br />
da Rocha Neto, que fosse<br />
<strong>de</strong>molida a tradicional caserna<br />
dos bombeiros, visando executar<br />
o projeto <strong>de</strong> alargamento<br />
da Rua Cândido Lopes, medida<br />
imprescindível para o <strong>de</strong>safogo<br />
do intenso trânsito <strong>de</strong> veículos,<br />
naquele trecho central da cida<strong>de</strong>.<br />
Mudou-se, assim, no dia 04<br />
<strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1951, quarta-feira, a<br />
se<strong>de</strong> da administração do Corpo<br />
<strong>de</strong> Bombeiros e sua Estação-<br />
-Central para a Avenida Viscon<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Guarapuava, esquina com Nunes Machado.<br />
Iniciou-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo a adaptação do prédio (que<br />
fora quartel do Exército, inclusive do 14° Regimento<br />
<strong>de</strong> Cavalaria e do 5° Batalhão <strong>de</strong> Engenharia; Casa<br />
<strong>de</strong> Detenção e, há uns 20 anos, se<strong>de</strong> da Guarda Civil<br />
da Capital) às suas novas finalida<strong>de</strong>s. Abertura<br />
<strong>de</strong> pátios e construção <strong>de</strong> um parque <strong>de</strong> Primeiro<br />
Socorro com alojamento da Primeira Prontidão, barracões<br />
<strong>das</strong> oficinas, etc., levantaram-se como por<br />
encanto, graças à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> improvisação do<br />
comando e dos seus operosos subordinados.<br />
Foi <strong>das</strong> mais comovi<strong>das</strong> a <strong>de</strong>spedida do quartel<br />
da Rua Ébano Pereira. O Comandante Souza Teixeira<br />
compreen<strong>de</strong>u o alcance do fato para a história<br />
da Corporação. Tudo previu e, com digna solenida<strong>de</strong>,<br />
foi levada a efeito.<br />
Em 1953, a Corporação passou a <strong>de</strong>nominar-se<br />
Corpo <strong>de</strong> Bombeiros da Polícia Militar do Paraná.<br />
Colaboração: Major Mauricio Aliski<br />
Chefe da Comunicação Social do Corpo <strong>de</strong><br />
Bombeiros da Polícia Militar do Paraná<br />
Boletim Informativo da Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês - 13
Parapsicologia e<br />
Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida – Nº 53<br />
Ao longo <strong>de</strong> toda a história da humanida<strong>de</strong>, as casas “mal assombra<strong>das</strong>”,<br />
“possessões”, pressentimentos, comunicação mental etc., sempre<br />
foram alvo do temor e da curiosida<strong>de</strong> humana. Ao longo <strong>de</strong> séculos e<br />
milênios, esses fenômenos foram consi<strong>de</strong>rados e interpretados como manifestações<br />
do mundo sobrenatural, espiritual ou do além. Não po<strong>de</strong>mos<br />
esquecer que a epilepsia já foi tratada como um fenômeno diabólico.<br />
Dentro da comunida<strong>de</strong> científica, os primeiros a darem uma maior importância<br />
a esses fenômenos foram os médicos psiquiatras. Com os estudos<br />
<strong>de</strong> Freud, Jung e outros cientistas, as janelas da mente começaram<br />
a se abrir.<br />
No seu início, a Parapsicologia surgiu para estudar os fenômenos paranormais.<br />
Em 1879, foram divulgados os primeiros resultados <strong>das</strong> pesquisas<br />
feitas pela Socieda<strong>de</strong> Dialética <strong>de</strong> Londres, tendo como principal<br />
nome o físico e químico inglês William Crookes, ganhador <strong>de</strong> Prêmio Nobel.<br />
Em 1882, entusiasmados pelas pesquisas, um grupo <strong>de</strong> físicos e filósofos<br />
fundou a Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pesquisas Psíquicas em Londres, para investigar<br />
se, <strong>de</strong> fato, existia o conhecimento extra-sensorial. Já nos dois primeiros<br />
anos, 50 mil pessoas tinham sido pesquisa<strong>das</strong> e 5.705 casos selecionados.<br />
Dois anos <strong>de</strong>pois, a mesma socieda<strong>de</strong> foi fundada nos Estados Unidos,<br />
em Boston. Entre os fundadores estava William James, consi<strong>de</strong>rado<br />
o pai da Psicologia Mo<strong>de</strong>rna Americana.<br />
As experiências <strong>de</strong> Joseph Banks Rhine e seus colaboradores, na Universida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Duke, Carolina do Norte – EUA, foram muito importantes.<br />
Dr. Rhine elaborou novos métodos <strong>de</strong> pesquisa para comprovar o conhecimento<br />
extra-sensorial (telepatia, precognição, clarividência). Uma <strong>das</strong><br />
principais modificações introduzi<strong>das</strong> foi a <strong>de</strong> aplicar a estatística matemática<br />
à avaliação dos resultados obtidos. De 1934 a 1940 fizeram-se<br />
só na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Duke, quase 3 milhões <strong>de</strong> tentativas <strong>de</strong> percepção<br />
extra-sensorial, com resultados altamente satisfatórios, segundo o cálculo<br />
<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>s. Nas experiências usava-se um baralho especialmente<br />
criado para fazer testes <strong>de</strong> percepção extra-sensorial. Uma pessoa tirava<br />
uma <strong>das</strong> cartas e, em outro local, outra pessoa tentava captar qual era a<br />
carta tirada.<br />
Segundo as estatísticas matemáticas, uma pessoa que não seja paranormal,<br />
em 25 tentativas consegue no máximo cinco acertos, por mero<br />
acaso ou coincidência. Quem é paranormal consegue mais do que 20% <strong>de</strong><br />
acertos, como o caso <strong>de</strong> uma jovem que numa distância <strong>de</strong> 500 metros<br />
acertou uma vez to<strong>das</strong> as 25 cartas do baralho e várias vezes conseguiu<br />
passar <strong>de</strong> 20 acertos. A média obtida por ela em 1.850 tentativas foi <strong>de</strong><br />
18 acertos em cada baralho <strong>de</strong> 25 cartas.<br />
Em agosto <strong>de</strong> 1953 realizou-se, na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Utrecht (Holanda),<br />
o Primeiro Congresso Internacional <strong>de</strong> Parapsicologia, com a participação<br />
<strong>de</strong> especialistas <strong>de</strong> 14 países. A conclusão geral foi <strong>de</strong> que, a partir <strong>das</strong><br />
experiências do Dr. Rhine e seus colaboradores, não havia como negar a<br />
existência dos fenômenos paranormais <strong>de</strong> conhecimento.<br />
O que acontece na vida <strong>de</strong> muitas pessoas, bem como as experiências<br />
<strong>de</strong> laboratório comprovam, é que existe no ser humano uma faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
conhecimento diferente <strong>de</strong> quanto a ciência po<strong>de</strong> atribuir aos cinco sentidos.<br />
O nome científico usado para <strong>de</strong>signar esta faculda<strong>de</strong> é “Percepção<br />
extra-sensorial” ou, “Psi-Gamma”(PG).<br />
No dia 30 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1969 a Associação dos Parapsicólogos,<br />
fundada em 1957, com se<strong>de</strong> em Nova York, passou a fazer parte da Associação<br />
Americana para o Progresso da Ciência, uma <strong>das</strong> mais importantes<br />
organizações científicas do mundo. Isso significa que os métodos <strong>de</strong><br />
pesquisa <strong>de</strong>sta Associação <strong>de</strong> Parapsicólogos foram consi<strong>de</strong>rados sérios<br />
e apropriados e que o estudo do fenômeno parapsicológico é uma área<br />
válida <strong>de</strong> investigação científica.<br />
Parapsicólogo Flávio Wozniack<br />
(41) 3336-5896 ou (41) 9926-5464<br />
E-mail: flavio.wozniack@ig.com.br<br />
Relações humanas afetivas<br />
- na visão virtual<br />
Como ficam as relações humanas afetivas quando o comportamento é predominantemente<br />
virtual? A comunicação nos dias <strong>de</strong> hoje é instantânea: via<br />
satélite, fala-se com qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, em tempo<br />
real. O teclar tomou o espaço do falar. A comunicação mudou e a conversa do<br />
olho no olho, do papo em família está, aos poucos, ce<strong>de</strong>ndo espaço para as<br />
re<strong>de</strong>s sociais. Os amigos tuitam e os casais se conhecem pela internet. Muita<br />
gente atualiza o Facebook; empresários fazem transações comerciais via internet,<br />
com pessoas que <strong>de</strong>sconhecem pessoalmente; pais e filhos conversam<br />
pelo MSN... Através do e-mail, o filho justifica aos pais seu <strong>de</strong>sempenho nos<br />
estudos e seu comprometimento com o futuro profissional. Os jovens dizem<br />
que não estão isolados e garantem que, pela internet, sempre tem assunto.<br />
A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se comunicar é uma <strong>das</strong> principais características do<br />
ser humano - da socieda<strong>de</strong>. Continuamos interagindo e, talvez, hoje as pessoas<br />
se comunicam muito mais do que antigamente. Especialistas no assunto<br />
como: antropólogos e sociólogos, dizem que esse comportamento virtual é<br />
um reflexo <strong>das</strong> mudanças nas relações <strong>de</strong> trabalho no final do séc. XX. Com a<br />
informatização veio a instabilida<strong>de</strong> no emprego, a dificulda<strong>de</strong> <strong>das</strong> pessoas fazerem<br />
planejamento a longo prazo e a dificulda<strong>de</strong> <strong>das</strong> pessoas em criar laços<br />
afetivos mais profundos. O momento presente passa a ser muito exaltado e os<br />
jovens, que cresceram <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa nova organização e com essa orientação,<br />
apren<strong>de</strong>ram que é importante o aqui e o agora.<br />
Os jovens usam as re<strong>de</strong>s sociais e acabam esten<strong>de</strong>ndo o comportamento<br />
virtual para a vida real. Eles se conectam e <strong>de</strong>sconectam muito rápido. Não há<br />
compromisso. Se algo ou alguém lhes <strong>de</strong>sagrada, eles bloqueiam. Para o ser<br />
humano, esse comportamento tem um preço: o aumento do nível <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong><br />
e o aumento <strong>de</strong> estados <strong>de</strong>pressivos.<br />
Para aquele que usa freqüentemente as re<strong>de</strong>s sociais para se comunicar,<br />
ter um mínimo <strong>de</strong> paciência é chato. A consequência <strong>de</strong>sse comportamento é<br />
tolerância zero. Porque na internet é tudo muito ágil.<br />
No mundo adulto, on<strong>de</strong> existe a hierarquia e os conflitos do trabalho, estamos<br />
per<strong>de</strong>ndo a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conviver com o outro. Por conta disso, os jovens<br />
<strong>de</strong> hoje são mais imaturos emocionalmente.<br />
O ser humano necessita <strong>de</strong> um tempo para seu <strong>de</strong>senvolvimento, para a<br />
maturida<strong>de</strong> cognitiva (modo <strong>de</strong> pensar) e emocional, que faz parte <strong>de</strong> um processo<br />
da vida. Esse é construído porque não nascemos prontos e acabados.<br />
A infância é um tempo e uma fase para a criança brincar. É brincando que ela<br />
cria e adquire maturida<strong>de</strong> para a fase adulta. Na carência <strong>de</strong>sse tempo, pagamos<br />
o preço <strong>das</strong> consequências.<br />
Dentro <strong>de</strong>ssa perspectiva <strong>de</strong> comportamento, o futuro é uma incógnita. A<br />
comunicação virtual vem para facilitar o dia-a-dia <strong>das</strong> pessoas mas não para<br />
substituir os encontros entre elas.<br />
Rosecler Schmitz<br />
CRP-08/10 728<br />
14 - Ano XII - n.° 121 - <strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2011</strong>
Fatos da<br />
Vida Paroquial<br />
ACONTECEU<br />
Boas vin<strong>das</strong> aos novos dizimistas<br />
Neste mês <strong>de</strong> outubro foram ca<strong>das</strong>trados os novos dizimistas<br />
Sueli Aparecida Leonel Rodrigues, Carla Linzmeyer<br />
Conceição, Nelci Elvira Dall’Agnol Nogueira, Emerson da<br />
Silva Taborda, Natália Kleina, Eliane do Rocio Cavalheiro,<br />
Naianne Carolina Campos, Luiz Fernando Fernan<strong>de</strong>s Cardoso,<br />
Aura Mirin, Murilo Bedusco dos Santos, Juliana Skraba<br />
Assad Silva, Auxiliadora Pequeno da Cruz, Gizele <strong>de</strong> J. <strong>de</strong><br />
Oliveira, Maria Etelvina F. Dove Hidaka.<br />
Finados<br />
Em comemoração ao dia <strong>de</strong> finados, 2 <strong>de</strong> novembro,<br />
nossos paroquianos tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rezar e pedir<br />
por seus entes queridos por meio <strong>de</strong> pedidos colocados<br />
em envelopes que foram distribuídos à comunida<strong>de</strong>. To<strong>das</strong><br />
as intenções foram <strong>de</strong>posita<strong>das</strong> na urna localizada no altar.<br />
As missas foram celebra<strong>das</strong> no sábado, 29 <strong>de</strong> outubro, às<br />
6h30, 17h e 19h, no domingo, 30 <strong>de</strong> outubro, às 6h30,<br />
7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h, na segunda-feira, 31 <strong>de</strong><br />
outubro, às 6h30, na terça-feira, 1º <strong>de</strong> novembro, às 6h30<br />
e 19h, e na quarta-feira, 2 <strong>de</strong> novembro, às 6h30, 11h e<br />
19h.<br />
Novena <strong>de</strong> Natal<br />
A paróquia N. Sra. <strong>das</strong> Mercês informa a toda a comunida<strong>de</strong><br />
que estão disponíveis os livrinhos da novena <strong>de</strong> Natal.<br />
Adquira o seu na secretaria paroquial no valor <strong>de</strong> R$ 1,00.<br />
Frei Lovato lança seus livros<br />
No dia 30 <strong>de</strong> outubro, Frei João Daniel Lovato realizou<br />
o lançamento <strong>de</strong> seus dois livros: “A dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem<br />
sofre” e “Frei Miguel Bottacin – vida e obras”. Esse lançamento<br />
foi realizado com celebração eucarística e noite<br />
<strong>de</strong> autógrafos, no Salão Paroquial. Diversos familiares,<br />
freis capuchinhos e membros da comunida<strong>de</strong> São Leopoldo<br />
(on<strong>de</strong> residiu, na vila <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> da Luz, na CIC)<br />
marcaram presença. Os livros estão à venda na Secretaria<br />
Paroquial.<br />
Frei Benedito participa <strong>de</strong> congresso <strong>de</strong> Psicologia<br />
Nos dias 13 a 16 <strong>de</strong> outubro, frei Benedito esteve em<br />
Brasília (DF) participando do V Congresso <strong>de</strong> Psicologia,<br />
promovido pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).<br />
A CRB, preocupada com as vocações à Vida Religiosa Consagrada,<br />
chamou à Reflexão, Psicólogos religiosos e leigos<br />
que trabalham diretamente na formação <strong>de</strong> novos candidatos<br />
à Vida Religiosa.<br />
A temática girou em torno <strong>das</strong> “Diferentes Gerações<br />
na Vida Religiosa Consagrada hoje: <strong>de</strong>safios e perspectivas”.<br />
Os conteúdos foram trabalhados a partir <strong>de</strong> quatro<br />
enfoques: 1.Teológico, assessorado pelo pe. Dr. J. Batista<br />
Libânio, SJ; 2.Sociológico, assessorado pela profa. Dra.<br />
Brenda Carranza; 3.Psicológico, assessorado pelo prof. Dr.<br />
Geraldo Paiva e 4.Antropológico, assessorado pelo Dr. Paulo<br />
Dullius.<br />
Capítulo provincial dos<br />
freis capuchinhos<br />
De 17 a 21 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> <strong>2011</strong> os Freis Capuchinhos da Província do Estado do Paraná e<br />
Santa Catarina estiveram reunidos em Capítulo Provincial (assembléia), em Butiatuba, município <strong>de</strong><br />
Almirante Tamandaré, PR. Há cada três anos os freis fazem esta reunião para avaliar suas vi<strong>das</strong> e<br />
missão, programar suas ativida<strong>de</strong>s e eleger os novos superiores.<br />
Ministro Provincial:<br />
fr. Cláudio Sérgio <strong>de</strong><br />
Abreu,<br />
Vigário Provincial:<br />
fr. Rivaldo Vieira,<br />
II Definidor Provincial:<br />
fr. Itamar José Angonese,<br />
III Definidor Provincial:<br />
fr. Márcio José Tessaro,<br />
IV Definidor Provincial:<br />
fr. Evandro Aparecido <strong>de</strong><br />
Souza.<br />
Além dos 105 freis que<br />
participaram do Capítulo,<br />
fizeram-se presentes:<br />
Os novos superiores<br />
eleitos no Capítulo foram:<br />
1. Fr. Mauro Jöhri, Ministro Geral da Or<strong>de</strong>m dos Capuchinhos, resi<strong>de</strong> em Roma (presidiu o<br />
Capítulo);<br />
2. Fr. José Gislon, Definidor Geral da Or<strong>de</strong>m dos Capuchinhos e fr. Sidney D. Machado, Secretário<br />
Geral da Or<strong>de</strong>m dos Capuchinhos (ambos resi<strong>de</strong>m em Roma);<br />
3. Dom frei Mário Marquez, bispo <strong>de</strong> Joaçaba-SC e Dom fr. Cláudio Sturm, bispo <strong>de</strong> Patos<br />
<strong>de</strong> Minas-MG (ambos da Or<strong>de</strong>m dos Capuchinhos - participaram <strong>de</strong> uma parte da assembléia<br />
e <strong>de</strong>ram suas mensagens);<br />
4. Dom Moacyr José Vitti, Arcebispo <strong>de</strong> Curitiba (participou <strong>de</strong> um momento da assembléia<br />
e <strong>de</strong>u sua mensagem);<br />
5. Fr. Roberto Genuin, Ministro Provincial da Província dos capuchinhos <strong>de</strong> Veneza (Itália) e<br />
fr. Francisco Daniel (Definidor Provincial <strong>de</strong> Veneza (o Ministro Provincial <strong>de</strong>u sua mensagem);<br />
6. Frei Mariosvaldo Florentino, Custódio no Paraguai (<strong>de</strong>u sua mensagem);<br />
7. Elevir Dionysio Neto, representante da OFS do Estado do Paraná (participou <strong>de</strong> um momento<br />
da assembléia e <strong>de</strong>u sua mensagem).<br />
Agra<strong>de</strong>cemos a todos que lembraram e rezaram para o bom andamento do XV Capítulo Provincial<br />
dos freis capuchinhos do Paraná e Santa Catarina.<br />
A direção<br />
Secretaria da paróquia<br />
Boletim Informativo da Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês - 15
Novena <strong>de</strong><br />
Natal<br />
Aproximamo-nos da celebração do Natal <strong>de</strong> Jesus. Somos<br />
convidados a contemplar a Palavra <strong>de</strong> Deus que se fez carne<br />
e veio habitar entre nós. Nós, discípulos missionários, queremos<br />
viver uma experiência profunda com o Senhor Jesus<br />
nesse tempo especial.<br />
Contemplando São João, o “discípulo que Jesus amava”<br />
(Jo 13,23), que chegou a esta certeza íntima: Jesus é a sabedoria<br />
<strong>de</strong> Deus encarnada, é a sua Palavra eterna feito<br />
homem mortal, viu e acreditou (Jo 20,8), <strong>de</strong>sejamos ter a<br />
mesma liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoiar as nossas cabeças sobre o<br />
peito <strong>de</strong> Cristo (cf. Jo 13,25), don<strong>de</strong> brotou sangue e água<br />
(Jo 19,34), símbolos dos Sacramentos da Igreja.<br />
Irmãos e irmãs, é Natal. Jesus nasceu<br />
uma única vez. A celebração anual <strong>de</strong> seu<br />
nascimento é uma oportunida<strong>de</strong> que Deus<br />
nos conce<strong>de</strong> para uma verda<strong>de</strong>ira conversão.<br />
Desejamos a todos que essa data<br />
seja repleta da graça <strong>de</strong> Deus e que o Menino<br />
Jesus estabeleça morada na casa <strong>de</strong><br />
cada uma <strong>de</strong> nossas famílias, tornando-as<br />
mais missionárias. Participem <strong>de</strong>ssa novena<br />
com entusiasmo e esperança.<br />
Vin<strong>de</strong><br />
Senhor<br />
Jesus!<br />
Feliz e Santo Natal a todos, sob a proteção<br />
da Sagrada Família <strong>de</strong> Nazaré.<br />
Dom João Bosco <strong>de</strong> Souza, OFM<br />
Bispo <strong>de</strong> União da Vitória<br />
Presi<strong>de</strong>nte da CNBB –<br />
Regional Sul II<br />
16 - Ano XII - n.° 121 - <strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2011</strong>