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Família CERAMBYCIDAE - Acervo Digital de Obras Especiais

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96 INSETOS DO BRASIL<br />

cimento, pois têm diametro maior e a ramificação do<br />

furo principal é feita <strong>de</strong> baixo para cima. As incisões<br />

produzidas pelas mandíbulas <strong>de</strong>monstram tambem que<br />

a larva trabalha <strong>de</strong> cabeça para cima. A alguns centímetros<br />

abaixo <strong>de</strong>sse orificio, a larva tapa o canal, <strong>de</strong> dois<br />

lados, formando um casulo <strong>de</strong> 8 a 12 cm. <strong>de</strong> comprimento,<br />

no qual ella fica protegida contra as formigas, etc., no<br />

periodo posterior da evolução. A tapagem é formada pelas<br />

fitas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira que a larva tira das pare<strong>de</strong>s do casulo.<br />

Este se faz no verão no começo do segundo anno <strong>de</strong> vida<br />

larval. Nelle a larva passa immovel alguns mêses antes<br />

<strong>de</strong> se transformar em nympha. Nesse estado <strong>de</strong> nympha,<br />

segundo estudos do sr. Azevedo Sampaio, se gastam 71<br />

dias, isto é, mais <strong>de</strong> dois mêses. O inseto perfeito que<br />

<strong>de</strong>lla nasce, alarga o orificio da sabida e começa a vida<br />

livre. As femeas fecundadas <strong>de</strong>positam <strong>de</strong> novo os ovos.<br />

Acontece frequentemente que a larva, na parte inferior<br />

do furo por ella feito, abre, no tronco, canaes horizontaes<br />

(fig. 65, à direita). Estes, alargados, se juntam<br />

e formam um córte do tronco ou do ramo. A parte superior<br />

cáe pelo proprio peso ou <strong>de</strong>rrubada pelo vento. Muitas<br />

vezes o córte é feito em dois ou tres planos; então a<br />

superfície da quebradura é irregular. Em alguns casos,<br />

o ramo ou tronco cortado não se quebra - produz-se a<br />

cicatrização.<br />

A superficie irregular e sinuosa do córte <strong>de</strong>monstra<br />

que não se trata dos "serradores" e sim <strong>de</strong> broca, que<br />

córta o tronco <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fóra. A grossura dos ramos<br />

ou troncos cortados varia muito.<br />

Guardamos no museu do Instituto Agronomico um<br />

tronco <strong>de</strong> 12 cm. <strong>de</strong> diametro, cortado por esta broca.<br />

O casulo com a larva acha-se sempre em cima do<br />

córte.<br />

A explicação <strong>de</strong>sse phenomeno é a seguinte: o estado<br />

passivo da larva no casulo dura approximadamente um<br />

anno. Uma vegetação normal da arvore po<strong>de</strong>ria reparar-lhe<br />

as lesões, cicatrizando o furo da sabida, e o insecto<br />

perfeito ficaria impossibilitado <strong>de</strong> sahir. O córte é<br />

feito para matar a parte em que a larva evolue, ou, quando<br />

menos, para enfraquecel-a. Nos pés muito fracos, ou<br />

nos ramos que <strong>de</strong>finham, a larva (observámos alguns<br />

casos) não faz o córte. Verificamos pés gran<strong>de</strong>s, vigorosos,<br />

completamente estragados, por terem perdido inteiramente<br />

as copas, ou os ramos principais, cortados pelas<br />

brocas. Por causa <strong>de</strong>stas, os pés, embora fortes, per<strong>de</strong>m

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