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os meus radares ligados. Eu não consigo me sentir<br />

à vontade. Todos os radares estão ligados... Eu<br />

começo a perceber o que acontece ali... Como a<br />

pessoa segura a bolsa... Quando a pessoa muda de<br />

mesa... Quando o vendedor demonstra má vontade,<br />

sem querer atender. Não é uma coisa natural. Eu<br />

vivo sempre ativado!<br />

Este relato mostra o stress de um passeio, onde a<br />

ansiedade se torna uma companhia, e esta é apenas uma das<br />

situações vividas com frequência. Bem, se tudo isso não puder<br />

emergir numa sessão de psicoterapia, acho que não atingiremos<br />

em nosso trabalho o resultado desejável – o autoconhecimento<br />

e as transformações oriundas desse processo. Então, a partir de<br />

mim mesma e do meu trabalho passei a me empenhar para ter<br />

um foco de atenção diferenciado com este grupo da população<br />

tão frequente no serviço público.<br />

A FUNÇÃO DE ESPELHO DA SOCIEDADE<br />

Quando eu te encarei frente<br />

a frente não vi o meu rosto<br />

Caetano Veloso<br />

Winnicott (1971), psicanalista inglês, escreveu um<br />

artigo denominado O papel de espelho da mãe e da família<br />

no desenvolvimento infantil que abre com a seguinte frase:<br />

“No desenvolvimento emocional individual, o precursor do<br />

espelho é o rosto da mãe”, e mais adiante coloca: “o que<br />

vê o bebê quando olha para o rosto da mãe Sugiro que,<br />

normalmente, o que o bebê vê é ele mesmo. Em outros<br />

termos, a mãe está olhando para o bebê e aquilo com o que<br />

ela se parece se acha relacionado com o que ela vê ali”.<br />

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