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Se bem o país não se tenha ainda debruçado<br />

sobre a questão do bulling – não se tem notícias de dados<br />

estatísticos da matéria – vivido especificamente nesse<br />

segmento da sociedade, as crianças negras no âmbito do<br />

ensino público (sem falar no que ocorre no ensino privado,<br />

que estimamos ser de menor monta por força do poder<br />

aquisitivo e do status social das famílias que optam por<br />

esse tipo de ensino para seus filhos), é de se esperar que<br />

com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, do<br />

Estatuto da Igualdade Racial, da Secretaria para Promoção<br />

da Igualdade Racial (vinculada ao Governo Federal),<br />

com o surgimento de inúmeros conselhos estaduais e<br />

municipais para promoção da causa negra em parceria<br />

com diversos grupos de consciência, sociais, culturais, ou<br />

profissionais de homens e mulheres negras, bem como o<br />

avanço e a abertura da sociedade para um novo patamar<br />

de consciência republicana e a incorporação de um<br />

espírito verdadeiramente pátrio, onde as diferenças sejam<br />

vividas na fraternidade e na solidariedade entre brancos,<br />

negros e índios, é de se esperar que a discussão franca do<br />

desenvolvimento social seja feita de maneira aberta, sem<br />

partidarismos, sem subterfúgios, sem individualismos, mas<br />

com nobreza, lealdade, e pés no chão.<br />

É de se esperar que tudo isso seja uma meta<br />

a alcançar, mas comecemos a realização desta tarefa,<br />

olhando para aquilo que, grosso modo, parece invisível,<br />

mas que cala fundo no sofrimento de todas as crianças<br />

que passam por bulling, mas sobretudo, o sofrimento das<br />

crianças negras, as mais vulneráveis de todas.<br />

De tudo o que vimos, o que nos salta à vista Saltanos<br />

que, apesar de toda a bibliografia produzida desde o<br />

seu aparecimento, apesar de todas as publicações, debates,<br />

entrevistas etc., ocorre-nos que o fenômeno bulling com<br />

o viés aplicado exclusivamente à criança negra na fase<br />

escolar, com foco naquilo que nos parece ser o eixo mais<br />

específico da relação, ou seja, o racismo (ou melhor, em<br />

se tratando de crianças, o preconceito introjetado na<br />

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